Produção de Picolés Utilizando Leite Acidófilo Production of Ice Cream using Acidophilus Milk AUTORES AUTHORS Cristiana ANDRIGHETTO Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia – UNESP – Botucatu Maria Isabel Franchi Vasconcelos GOMES Departamento de Gestão e Tecnologia Agroindustrial Faculdade de Ciências Agronômicas/UNESP – Botucatu Fazenda Experimental Lageado - Caixa Postal 237, CEP: 18603-970 Botucatu-SP - e-mail: [email protected] RESUMO O objetivo deste trabalho foi produzir sorvete probiótico utilizando Lactobacillus acidophilus. Para isto, foram realizados 3 processamentos de picolés utilizando no preparo das caldas: leite acidófilo, sacarose, estabilizantes (goma guar, carboximetil celulose e amido de milho) e sabor artificial de morango. Os picolés foram embalados e armazenados a 25oC. Foram feitas análises de composição (umidade, proteína, gordura, açúcar e cinzas), acidez (% de ácido lático), pH e avaliações sensoriais (sabor e textura). Realizaram-se contagens em meio seletivo para o lactobacilo testando sua viabilidade, resistência aos sais biliares, tolerância a ácido durante armazenagem por 60 dias a -25oC. Pelos resultados obtidos pode-se concluir que o sorvete elaborado com leite acidófilo pode ser armazenado durante 60 dias a –25oC, sem ter suas características sensoriais e microbiológicas alteradas. Apesar de haver uma redução no número de células viáveis após exposição ao ácido clorídrico, o sorvete pode ser considerado um alimento probiótico durante 60 dias de armazenagem, porque apresentou 8,3 x 107 ufc/g de produto e resistência quando em meio com adição de 0,3% e 0,6% de sais biliares. SUMMARY The objective of this research was to produce probiotic ice cream using Lactobacillus acidophilus. Three lollipop processing procedures were carried out using acidophilus milk, sucrose, stabilizers (guar gum, carboxymethyl cellulose and corn starch) and artificial strawberry flavor, to prepare the mix. The lollipops were packaged and stored at -25oC. Compositional analyses were carried out (moisture, protein, fat, sugar and ash), acidity (% lactic acid), pH and sensory evaluations (flavor and texture). Counts were made in selective Lactobacillus media, testing for viability, resistance to bile salts and acid tolerance during storage for 60 days at –25oC. From the results was concluded that ice cream made with acidophilus milk could be stored for 60 days at -25oC without alterations of its sensory and microbiological characteristics. Although there was a decrease in the number of viable cells after exposure to hydrochloric acid, the ice cream may be considered as a probiotic food during 60 days of storage, since it presented 8.3x107cfu/g of product and was resistant to the media containing 0.3% and 0.6% of bile salts. PALAVRAS-CHAVE KEY WORDS Sorvetes; Leite acidófilo; Probiótico. Ice Cream; Acidophilus milk; Probiotic. Braz. J. Food Technol., v.6, n.2, p. 267-271, jul./dez., 2003 267 Recebido / Received: 08/11/2002. Aprovado / Approved: 20/05/2003. ANDRIGHETTO, C.; GOMES, M. I. F. V. 1. INTRODUÇÃO Poucos produtos probióticos podem ser encontrados no mercado brasileiro. Os probióticos carreiam, na forma viável, bactérias de origem intestinal humana com finalidade principal de repor a microbiota intestinal que foi, de algum modo, desbalanceada por tratamentos com antibióticos, quimioterapia, radioterapia ou por situações de estresse. A sobrevivência do probiótico no intestino está relacionada com a capacidade de resistir aos mecanismos antibacterianos. As características de um bom probiótico são as seguintes: conter um número suficiente de microrganismos capazes de sobreviver e aderir à mucosa intestinal, resistir a valores baixos de pH, aos sais biliares e aos fatores antimicrobianos existentes no trato gastrintestinal (FERREIRA 1998; ROGINSKI, 1988). Para se obter o máximo benefício dos probióticos é necessário que os mesmos estejam viáveis e disponíveis em concentrações superiores a 106ufc/g (SHAH, 1995). No Brasil, a AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (2002) também cita que os produtos contendo probióticos para o consumo devem possuir no mínimo 106ufc/g. Entretanto, vários fatores como acidificação do produto final, ácidos produzidos durante o armazenamento, nível de oxigênio no produto, permeação do oxigênio através da embalagem, compostos antimicrobianos e a perda de nutrientes do leite podem reduzir sua viabilidade e, conseqüentemente, suas propriedades probióticas são prejudicadas. Para se tentar minimizar este tipo de problema pode-se citar o uso do probiótico liofilizado (na forma de cápsulas ou pílulas), utilização da técnica de microencapsulação; ou ainda utilizar a tecnologia da Engenharia Genética para desenvolver linhagens mais específicas a determinadas condições do paciente. (SHAH, 1995; SANDHOLM, 2001). Muitas bactérias láticas possuem uma fase estacionária de crescimento pequena, mas também possuem uma rápida perda de viabilidade celular se armazenadas em temperaturas menores que -20 oC. Este pequeno tempo de prateleira representa um sério problema para os leites fermentados probióticos, sendo muito importante conhecer e confirmar a viabilidade e resistência destas bactérias láticas durante o processamento e estocagem. Se a armazenagem for sob congelamento a temperaturas menores ou iguais a –20oC, a viabilidade e resistência nestas temperaturas devem ser monitoradas (NAIDU et al., 1999). ANDRIGHETTO; GOMES (1998) produziram picolés utilizando como calda, leite UHT (100%) e leite UHT com soro obtido da fabricação de queijos, nas proporções de 25%, 50% e 100% de soro, fermentados por L. acidophilus 145. Os resultados observados para as contagens do acidófilo em meio específico foram: 3,0 x 108ufc/g nos sorvetes com 100% de leite, 8,3 x 107ufc/g quando se adicionaram 25% de soro, 1,0 x 208ufc/g com adição de 50% de soro e 7,4 x 107ufc/g para os picolés elaborados com 100% de soro. Apesar da diferença, os sorvetes com adição de soro mostraram bom potencial como alimento probiótico. Apesar de todos os benefícios à saúde ainda precisam ser determinados o papel específico das cepas potencialmente Braz. J. Food Technol., v.6, n.2, p. 267-271, jul./dez., 2003 Produção de Picolés Utilizando Leite Acidófilo efetivas, caracterizando cada um destes benefícios, definindo o princípio ativo. Há necessidade de se conhecer os mecanismos que envolvem a ação dos probióticos com investigação clínica destes efeitos. Além de produzir probióticos efetivos para as indústrias alimentícias e farmacêuticas, o desafio será conduzir investigações clínicas para determinar os efeitos à saúde ao se consumir probióticos bem caracterizados. Além disso, será importante investigar se os alimentos mantêm o potencial probiótico (KLAENHAMMER, 2000; SANDERS, 2000). Este trabalho pretendeu aliar os benefícios do leite acidófilo ao sor vete como opção viável de veicular o Lactobacillus acidophilus. Esta combinação possui alto valor nutritivo, com possibilidades de comercialização, podendo preencher uma parte do mercado em crescimento, uma vez que o consumo de produtos probióticos são pouco estimulados no Brasil. O consumo anual de sorvete por pessoa é 1,5 litros, com um faturamento estimado de dois bilhões de reais, fazendo deste segmento uma forma atrativa com grande potencial. O presente projeto teve por objetivos estudar o Lactobacillus acidophilus presente nos picolés durante armazenamento a –25oC, verificando a viabilidade da cultura, tolerância a ácido, resistência aos sais biliares e acompanhamento das mudanças sensoriais que poderiam ocorrer durante 60 dias de armazenamento. 2. MATERIAL E MÉTODOS Para elaborar a calda utilizaram-se leite UHT integral, 3% de cultura de L. acidophilus 145 (6,05x108ufc/g e 0,084% de ácido lático) e 5% de sacarose. Incubou-se a 37oC por 18 horas para fermentação. Após, adicionou-se o estabilizante (3,5g/l) composto por: goma guar, amido de milho e carboximetil celulose e o sabor artificial de morango (20g/l) previamente pasteurizados a 82°C por 30 minutos e o restante de sacarose (150g/l). Homogeneizou-se a mistura por 8 minutos e colocou-se a 4°C para maturação durante 2 horas. Após a maturação, congelou-se a calda à temperatura de 20oC, durante 15 minutos, nas fôrmas específicas para picolés. Depois de embalados os picolés foram armazenados à temperatura de -25oC. Foram realizados 3 processamentos (MADRID et al., 1995; HEKMAT; Mc MAHON, 1992). As análises de composição centesimal (umidade, proteína, carboidratos, gordura e cinzas) e de controle do produto: acidez (% de ácido lático) e pH, foram realizadas em todos os produtos prontos conforme TIMM (1989). O valor calórico foi obtido por calorímetro PARR 1281, utilizando como auxiliar óleo mineral puro. Os resultados foram expressos em kcal por 100g. As análises microbiológicas foram realizadas com intervalos de 20 dias durante 60 dias. A análise inicial foi após cada processamento. Os procedimentos gerais (amostragem, diluições, plaqueamento, repetições e contagens), seguiram as recomendações de HARRIGAN; McCANCE (1976). Os 268 ANDRIGHETTO, C.; GOMES, M. I. F. V. procedimentos específicos para L. acidophilus foram realizados de acordo com MITCHELL; GILLILAND (1985). Para resistência a sais biliares foram feitas curvas de crescimento de L. acidophilus em caldo MRS e MRS adicionado de 0,3% e 0,6% de extrato de bile da Oxoid, contendo glicolato de sódio e Taurocolato de sódio. Para esse teste foi adicionado assepticamente 10 gramas do picolé em 90ml de leite reconstituído esterilizado permanecendo por 18 horas a 370C (RODRIGUES, 1993). Colocou-se 1% desta cultura ativa nos meios a 37°C por 8 horas. O crescimento foi monitorado a cada hora através de leitura em espectrofotômetro (λ=600nm) (RODRIGUES, 1993). Para tolerância a ácido, colocou-se 1ml de sorvete em um tubo de ensaio com 9ml de ácido clorídrico 0,01N e incubou-se por 2 horas em estufa a 37°C, após esse período realizaram-se contagens utilizando MRS (McGREGOR, 1991). Os testes sensoriais aplicados foram de acordo com a metodologia preconizada por SENSORY EVALUATION DIVISION OF THE INSTITUTE OF FOOD TECHNOLOGISTIS (1991). A análise sensorial foi realizada por 10 provadores selecionados e treinados conforme ROÇA; BONASSI (1985). Os provadores receberam três picolés com 1, 30 e 60 dias de armazenamento (A, B e C, respectivamente), oferecidos à temperatura de -12°C. Para os testes sensoriais utilizou-se a escala não-estruturada de 9 pontos (variando de nãocaracterístico a característico) O delineamento experimental adotado foi o de blocos ao acaso com esquema fatorial. Os resultados foram analisados através da comparação das médias utilizando-se o teste e Tukey, com significância estatística ao nível de 5% de probabilidade. Utilizou-se como ferramenta o programa SAS (1996). 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO A Tabela 1 mostra os resultados da composição, acidez e pH do picolé de leite acidófilo. Os valores do extrato seco total (EST) estão de acordo com os recomendados por MADRID et al. (1995), que cita valores ideais na faixa de 30-33% para manter uma boa textura do sorvete de iogurte. Manteve-se o EST adequado como teor de açúcar 18,37%, conforme pode ser observado também pela Tabela 1. Com relação ao valor energético dos picolés pode-se observar que este alimento fornece baixas calorias, com valores médios de 120,15kcal/100g. Como cada picolé pesa em média 45g a energia por unidade seria de 54,04 kcal. O pH médio de 4.09 favoreceu a manutenção do Lactobacillus acidophilus, LAROIA; MARTIN (1991) evidenciaram que a sobrevivência do L. acidophilus ocorre em pH 3,9 a 5,8. Os resultados da avaliação sensorial mostram que não houve diferença significativa quando se avaliaram o sabor, a textura e a preferência. Os valores referentes à preferência foram semelhantes aos obtidos por ANDRIGHETTO; GOMES (1998) que observaram valores igual a 7,30 para sorvete com leite acidófilo. Braz. J. Food Technol., v.6, n.2, p. 267-271, jul./dez., 2003 Produção de Picolés Utilizando Leite Acidófilo TABELA 1. Caracterização dos picolés elaborados com leite acidófilo. PROCESS AMENTOS 1 2 3 MÉDIA Umidade (%) 72,52 72,19 72,03 72,25 27,75 EST (%) 27,48 27,81 27,97 Proteína (%) 2,50 2,41 2,47 2,47 Carboidratos (%) 17,11 18,28 19,73 18,37 Gordura (%) 3,40 3,46 3,83 3,57 Energia (kcal) 129,12 118,47 112,87 120,15 Cinzas (%) 0,65 0,61 0,62 0,63 Acidez (ac.lático) 0,065 0,074 0,071 0,070 pH 4,06 4,07 4,13 4,09 TABELA 2. Médias dos valores obtidos para análise sensorial dos picolés de leite acidófilo realizadas por equipe de 10 provadores selecionados, durante 60 dias de armazenamento. Sabor Textura Normal Ácido Doce Amargo Ranço Cristais Viscosidade de gelo A 6,29a(1) 2,40a 3,55a 1,27a 0,39a 2,93a 3,84a B 6,17a 3,06a 3,82a 1,54a 0,59a 3,37a 3,85a C 6,17a 2,53a 3,86a 1,32a 0,44a 2,96a 4,45a (1) letras iguais para o mesmo atributo sensorial indicam não haver diferença significativa a 5% pelo teste de Tukey (2) A ,1 dia de armazenamento; B , 30 dias de armazenamento e C, 60 dias de armazenamento Os resultados da Tabela 3 mostram a quantidade de células viáveis nos picolés antes e após a exposição ao ácido clorídrico (0,01N). Não houve diferença significativa antes e após exposição no tempo zero e 20 dias, porém houve uma redução no número de células expostas ao ácido clorídrico a partir de 40 dias de armazenamento, comparada com o sorvete antes da exposição ao ácido. De qualquer forma o potencial probiótico do alimento foi mantido. Os resultados obtidos por McGREGOR et al. (1991) mostraram também sobrevivência de Lactobacillus acidophilus em ácido clorídrico 0,01N, por 2 horas, após armazenamento congelado. BRA SHERS; GILLILAND (1995) observaram que o armazenamento a 7oC interferiu na viabilidade e resistência a sais biliares e outras atividades do lactobacilo, enquanto a armazenagem a –196oC manteve essas características. TABELA 3. Células viáveis (ufc/g) do sorvete acidófilo antes e após a exposição ao ácido clorídrico 0,01 N durante 60 dias de armazenagem. Células viáveis Dias Antes Após 0 1,3 x 109 20 7,9 x 108 40 1,1 x 109 60 8 9,2 x 10 a(2) 1,0 x 109 a b 5,5 x 108 b a 9,0 x 107 c a 8,3 x 107 c (2) letras iguais indicam não haver diferença significativa a 5% pelo teste de Tukey 269 ANDRIGHETTO, C.; GOMES, M. I. F. V. A Figura 1 mostra o crescimento do lactobacilo acidófilo em caldo MRS sem a adição de sais biliares. As Figuras 2 e 3 mostram o crescimento em caldo MRS com adição de 0,3% e 0,6% de sais biliares, respectivamente. As curvas de crescimento mostraram-se semelhantes para os 3 tratamentos, porém o crescimento do acidófilo em caldo MRS sem adição de sais biliares foi maior ao final de 8 horas, quando comparado aos meios com 0,3% e 0,6% de sais biliares em todos os tempos (0, 20, 40 e 60 dias). 0.75 tempo zero 20 dias 40 dias 0.50 60 dias 0.25 tempo zero 0.75 0.00 0.0 20 dias ^ Absorbancia aos 60 dias para os 3 tratamentos (Figuras 1, 2 e 3). Este comportamento também foi observado quando foi feita a contagem de células viáveis do sor vete em MRS ágar (Tabela 3). ^ Absorbancia Uma importante característica do L. acidophilus é sua habilidade de sobreviver em pH baixo e na presença de sais biliares, para finalmente colonizar o intestino humano. Por isto o grau de resistência a bile tem grande importância para um alimento ser considerado probiótico. Produção de Picolés Utilizando Leite Acidófilo 2.5 40 dias 7.5 10.0 Tempo (horas) 60 dias 0.50 5.0 FIGURA 3. Crescimento de Lactobacillus acidophilus em caldo MRS com adição de 0,6% de sais biliares, após 60 dias de armazenagem. 0.25 0.00 0.0 2.5 5.0 7.5 10.0 Tempo (horas) FIGURA 1. Crescimento de Lactobacillus acidophilus em caldo MRS, após 60 dias de armazenagem. As cur vas com 0,3% e 0,6% de sais biliares apresentaram-se semelhantes, obtendo-se valores mais elevados para o tratamento com 0,3%. Os mesmos resultados foram obser vados por RODRIGUES (1988) utilizando L. acidophilus CH2. Algumas cepas de Lactobacillus acidophilus, estudadas por SHAH; L ANKAPUTHURA (1995), também mantiveram-se viáveis após sua exposição a sais biliares. 4. CONCLUSÕES 0.75 tempo zero ^ Absorbancia 20 dias 40 dias 0.50 60 dias 0.25 0.00 0.0 2.5 5.0 7.5 10.0 Pelos resultados obtidos pode-se concluir que o sorvete elaborado com leite acidófilo pode ser armazenado durante 60 dias, a –25oC, sem ter suas características sensoriais e microbiológicas alteradas. Apesar de haver uma redução no número de células viáveis após exposição ao ácido clorídrico, o sorvete pode ser considerado um alimento probiótico durante 60 dias de armazenagem, porque apresentou 8,3 x 107ufc/g de produto e resistência quando em meios com adição de 0,3% e 0,6% de sais biliares. Apesar disto, outras pesquisas deverão se conduzidas para validar estes resultados e sua eficácia clínica. Tempo (horas) FIGURA 2. Crescimento de Lactobacillus acidophilus em caldo MRS com adição de 0,3% de sais biliares, após 60 dias de armazenagem. Houve uma redução na absorbância aos 20 dias de armazenagem, seguido de um aumento aos 40 dias e redução Braz. J. Food Technol., v.6, n.2, p. 267-271, jul./dez., 2003 AGRADECIMENTOS Os autores agradecem à FAPESP–Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo pelo auxílio financeiro ao projeto e pela bolsa de estudos concedida ao primeiro autor. 270 ANDRIGHETTO, C.; GOMES, M. I. F. V. REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDRIGHETTO, C.; GOMES M. 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