UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO PRO-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO SECRETARIA ACADÊMICA DE PÓS-GRADUAÇÃO (SAPG) PROGRAMA ANALÍTICO DISCIPLINA Código: IF1110 Créditos: 2+1 Nome: Técnicas de recuperação de áreas degradadas Carga Horária: 30T + 30P = 60h DEPARTAMENTO DE: CIÊNCIAS AMBIENTAIS INSTITUTO DE: FLORESTAS PROFESSOR(ES): Ricardo Valcarcel, SIAPE 0385886, [email protected] Jerônimo Boelsums Barreto Sansevero, SIAPE 2237271, [email protected] OBJETIVOS: Processos de degradação dos sub-sistemas em microbacias hidrográficas. Agentes intervenientes e formas de mitigação. EMENTA: Processos de degradação de ecossistemas. Fragilidade de subsistemas das microbacias. Resiliência, homeostase, resistência e elasticidade ambiental. Agentes de degradação. Estratégias de recuperação com enfoque holístico, Restauração, reabilitação e revegetação. Técnicas de recuperação envolvendo medidas físicas, biológicas e fisico-biológicas. Mecanismos de avaliação da eficiência conservacionista e auto-sustentabilidade ecológica das medidas. Parâmetros legais definidores de projetos de recuperação. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: 1. Apresentação das aspectos conceituais e teóricos relacionados a recuperação de áreas degradadas e restauração ecológica; 2. Áreas degradadas e ecossistemas perturbados: conceitos e aspectos funcionais; 3. Principais problemas e perspectivas futuras no Brasil; 4. Desafios e oportunidades para implementação do Código Florestal; 5. Definições, aspectos legais e práticos das ações de recuperação e restauração ecológica; 6. Reabilitação/ Recuperação/ Restauração de forma/processos; 7. Fontes pontuais e difusas de emissão de sedimentos em bacias hidrográficas; 8. Medidas biológicas: conceitos, estratégias e avaliação das funções das espécies; 9. Sucessão primária/secundária induzida em ambientes com funções ecológicas comprometidas; 10. Caracterização ambiental de áreas perturbadas e degradados – aspectos físicos e biológicos 11. Medidas físicas de recuperação. Definição de estratégias, desenho e avaliação do seu funcionamento; 12. Conjugação dos efeitos ambientais das medidas biológicas com as medidas físicas a curto, médio e longo prazo em projetos de restauração ambiental de ecossistemas com funções ecológicas alteradas; 13. Plano de recuperação de áreas degradadas 14. Monitoramento: tipos, estratégias, desenho e indicadores. 1 METODOLOGIA: Aulas teóricas, expositivas, trabalhos em grupo e atividades de campo com discussões teóricas pertinentes aos temas em evolução. BIBLIOGRAFIA: BÁSICA: ARONSON, J.; MILTON, S. & BLIGNAUT, J. (Ed). Restoring Natural Capital: Science, Business, and Practice. Society for Ecological Restoration International Island Press. Washington Covelo. ISBN-13: 978-1-59726-076-3.385p 2007. ATTANASIO, C.M.; RODRIGUES, R.R.; GANDOLFI, S.; NAVE, A.G. Adequação ambiental de propriedades rurais; recuperação de áreas degradas; restauração de matas ciliares. Piracicaba: EsalQ/LERF, 2006. 63p. BEGON, M.; TOWNSEND, C.R.; HARPER, J.L. Ecologia: de indivíduos a ecossistemas. 4 ed. Porto Alegre: Artmed, 2007, 740p. CHAZDON, R.L. (2008). Beyond deforestation: restoring forests and ecosystem services on degraded lands. Science, 320, 1458–60. FALK, D.A; PALMER, M.; ZEDLER, J. Foundations of restoration ecology. Island Press. 388p. 2008 HOBBS, R. J., and D. A. NORTON. (1996). Towards a conceptual framework for restoration ecology. Restoration Ecology 4:93–110. HOLL, K.D. & AIDE, T.M. (2011). When and where to actively restore ecosystems? Forest Ecology and Management, 261, 1558–1563. MIELNICZUK, J. Matéria Orgânica e a Sustentabilidade de Sistemas Agrícolas. In: SANTOS, G.A.; SILVA, L.S.; CANELLAS, L.P.; CAMARGO, F.A.O. (Eds.) Fundamentos da matéria orgânica do solo: ecossistemas tropicais & subtropicais. 2 ed. Porto Alegre: Metrópole, 2008. 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