SERVIÇO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DE ENSINO – UBERLÂNDIA
DIRETORIA EDUCACIONAL
SETOR PEDAGÓGICO
ATIVIDADES DE ENSINO - 2012
LÍNGUA PORTUGUESA
Questão 01
Observe as imagens:
Figura 01
MUNCH. Edvard. O grito. Óleo/tela. 1893.
Figura 02
PICASSO, Pablo. Guernica. Óleo/ tela. 1937.
Os dois textos marcam épocas de conflitos vivenciados pelos artistas. Isso é
perceptível
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a)
b)
c)
d)
nas expressões.
nas formas.
no estilo.
nos desenhos.
D2: inferir informações explícitas em um texto;
Habilidade do CBC:
1.4- reconhecer semelhanças e diferenças de tratamento dado a um mesmo
tópico discursivo em textos de um mesmo gênero, veiculado por suportes
diferentes.
3.4- reconhecer informações explícitas em um texto.
Análise: O aluno deverá nesta questão, localizar informações explícitas em um
texto, comparando os textos e buscando semelhanças entre eles.
Orientações: O professor poderá orientar seus alunos de forma a vislumbrar as
informações de fácil visualização do texto, exercitando a capacidade de
identificar as finalidades do mesmo e as consequências disso em sua
organização. Uma opção de trabalho seria utilizar textos de diferentes gêneros e
que tratem do mesmo tema.
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Questão 02
Leia as frases:
“PIETRO É O CARA DA ESCOLA”
“PIETRO É UM CARA DA ESCOLA”
A mudança do artigo definido pelo indefinido compromete o sentido da frase. O
emprego do artigo indefinido, na frase 2, tem conotação
a)
b)
c)
d)
afetiva.
depreciativa.
especificadora.
generalizadora.
D28 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma
determinada palavra ou expressão.
Habilidades do CBC:
6.5- reconhecer estratégias de modalização e argumentatividade usadas em um
texto e seus efeitos de sentido.
Análise: Toda escolha de termos implica uma interpretação e é essencial
reconhecer os diferentes sentidos deles em função da intenção do autor. Nessa
atividade, associa-se o valor semântico que as palavras adquirem com o
emprego de determinadas classes gramaticais em situações corriqueiras da vida
dos alunos.
Orientações: Os textos jornalísticos são sugestões úteis no desenvolvimento
das habilidades desse descritor, considerando a idéia de que escolher uma
palavra implica uma interpretação. Outra sugestão seria comparar manchetes de
jornais e solicitar a reflexão sobre os significados delas e a intenção do produtor
do texto ao usá-las.
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Questão 03
O príncipe e a raposa
– É uma coisa muito esquecida, disse a
raposa. Significa “criar laços...”
“– Bom-dia, disse a raposa.
– Criar laços?
– Bom-dia, respondeu polidamente o
principezinho, que se voltou, mas não
viu nada.
– Exatamente, disse a raposa. Tu não
és ainda para mim senão um garoto
inteiramente igual a cem mil outros
garotos. E eu não tenho necessidade
de ti. E tu não tens também
necessidade de mim. Não passo a teus
olhos de uma raposa igual a cem mil
outras raposas. Mas, se tu me cativas,
nós teremos necessidade um do
outro. Serás para mim único no
mundo. E eu serei para ti única no
mundo...
– Eu estou aqui, disse a voz, debaixo
da macieira...
– Quem és tu? Perguntou o
principezinho. Tu és bem bonita...
– Sou uma raposa, disse a raposa.
– Vem brincar comigo, propôs o
principezinho. Estou tão triste...
– Eu não posso brincar contigo, disse a
raposa. Não me cativaram ainda.
– Começo a compreender, disse o
principezinho. Existe uma flor... eu
creio que ela me cativou...
– Ah! Desculpa, disse o principezinho.
Que quer dizer “cativar”?
– É possível, disse a raposa. Vê-se
tanta coisa na Terra...
– Tu não és daqui, disse a raposa. Que
procuras?
– Oh! Não foi na Terra, disse o
principezinho.
– Procuro os homens, disse o
principezinho. Que quer dizer “cativar”?
A raposa pareceu intrigada:
– Os homens, disse a raposa, têm fuzis
e caçam. É bem incômodo! Criam
galinhas também. É a única coisa
interessante que eles fazem. Tu
procuras galinhas?
– Não, disse o principezinho. Eu
procuro amigos. Que quer dizer
“cativar”?
– Num outro planeta?
– Há caçadores nesse planeta?
– Não.
– Que bom! E galinhas?
– Também não.
– Nada é perfeito, suspirou a raposa. ”
EXUPÉRY, Antoine. O pequeno príncipe. Rio de Janeiro, Agir.
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O texto é um recorte da famosa obra O pequeno príncipe, romance francês que trata
de valores importantes do homem. Pensando nisso, a função desse gênero é
a) contar uma história
b) criticar alguém
c) dar uma informação
d) oferecer uma lição
D7: identificar a função de textos de diferentes gêneros.
Habilidades do CBC:
1.7- reconhecer o objetivo comunicativo
comunicativa) de um texto ou gênero textual.
(finalidade
ou
função
sócio-
1.12- Relacionar os gêneros de texto às práticas sociais que os requerem.
Análise: O aluno necessita primeiramente distinguir os diferentes tipos de textos
para assim, poder identificar a sua função. Nessa atividade, o tipo de texto
trabalhado é um recorte do romance O pequeno príncipe, narrativa destinada à
reflexão de valores morais em uma linguagem simples e acessível às crianças,
que faz uso da figura de linguagem personificação para alcançar o objetivo
proposto com êxito: oferecer uma lição de moral.
Orientações: É importante promover atividades com textos de gêneros diversos
demonstrando as diferentes finalidades: entreter, transmitir valores, apresentar
instruções de montagem, orientar o preparo de um prato, entre outras. O
professor pode solicitar aos alunos, que estes levem para a sala de aula: bula,
manual de instruções de algum aparelho eletrodoméstico, livros de receitas,
textos que se aproximem mais do dia a dia deles, para que criem o gosto pela
leitura.
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Questão 04 (ainda sobre o texto)
O trecho que está em negrito no 15º parágrafo contempla o verbo “cativar”, que
sintetiza a ideia principal do texto: ‘tu te tornas eternamente responsável por tudo
aquilo que cativas”. O sentido desse verbo é
a)
b)
c)
d)
conquistar.
ficar cativo.
hipotecar.
subjulgar.
D5: Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.
Habilidade do CBC:
4.1- Inferir o significado de palavras e expressões usadas em um texto.
Análise: Nesta atividade, o aluno necessita de conhecer os significados que uma
mesma palavra adquire e o mais adequado deles a um determinado contexto
linguístico. Desta forma, ele conseguira inferir o sentido mais adequado do
verbo destacado no texto.
Orientações: O professor pode levar para a sala de aula dicionários, para que o
aluno se familiarize com as várias acepções que uma mesma palavra pode
apresentar. Posteriormente, o docente pode disponibilizar frases que
contemplem, de forma contextualizada, cada um dos significados vistos, para
que os alunos marquem o sentido mais adequado ao contexto lingüístico
daquela sentença. Outra opção é pedir para que os alunos criem um dicionário
ao longo do ano com as palavras que vão conhecendo em todas as disciplinas.
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Questão 05
Ispinho e fulô
É nascê, vivê e morrê
Nossa herança naturá
Todos tem que obedecê
Sem tê a quem se quexá,
Foi o auto da Natureza
Com o seu pudê e grandeza
Quem traçou nosso caminho,
Cada quá na sua estrada
Tem nesta vida penada
Pôca fulo e muito ispinho.
[...]
ASSARÉ, Patativa do. Ispinho e fulô. São Paulo: Hedra, 2005. p. 25-26.
O autor faz uso de tantas expressões coloquiais com a intenção de
a)
b)
c)
d)
informar a localização geográfica do autor;
caracterizar o grupo social ao qual pertence o eu-lírico;
tornar o texto mais engraçado;
mostrar o nível de escolaridade do autor do texto.
D25- reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso de recursos ortográficos
e morfossintático.
Habilidades do CBC:
4.2 – Reconhecer recursos lexicais e semânticos usados em um texto e seus
efeitos de sentido.
24.8 – Interpretar, em frases apresentadas, o valor semântico e/ou argumentativo
de sintagmas nominais, adjetivos e adverbiais.
24.9 – Interpretar, em frases apresentadas, o valor semântico e/ou argumentativo
de sintagmas adverbiais que funcionam como modalizadores do discurso.
24.10 - Interpretar, em frases apresentadas, o valor semântico de constituintes
de sintagmas nominais, adjetivos e adverbiais.
Análise: A questão solicita ao aluno identificar a intenção comunicativa do autor
de um texto, decorrente das variações dos padrões gramaticais da língua.
Orientações: É interessante trabalhar textos literários no âmbito da sala de aula,
pois eles permitem aos alunos a observação da forma e do porquê do autor
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trabalhar com uma determinada expressão e não outra. Nesta questão, o autor
usa de expressões coloquiais para caracterizar o grupo social ao qual pertence
o eu-lírico. Posteriormente, pode ser feito um trabalho sobre preconceito
lingüístico. O professor pode trabalhar com relatos de vida dos alunos da sala,
fazendo com que cada um conte a sua história primeiramente de forma oral,
ressaltando a variedade regional que há na escola e posteriormente trabalhando
a escrita dessas histórias, mostrando ao aluno a diferença que há entre o modo
de falar e o de escrever.
Questão 06
A palavra estresse virou uma
grande vilã dos tempos modernos.
Injustamente, eu diria - porque o estresse
não é uma coisa só. Para começar, há
que separar o estresse (um problema a
resolver) da resposta ao estresse (as
mudanças que o cérebro orquestra no
corpo, e nele mesmo, para resolver o
problema). E como gostamos de um
problema! A resposta aguda, imediata,
ao estresse -a atenção aumentada, a
maior disposição, a mobilização de
reservas de energia e a sensação de
força que vem com ela- tem tudo para
ser uma grande aliada, pois aumenta
nossas chances de resolver o problema
da vez.
Até a resposta dada agora ao
problema de amanhã (o relatório a
entregar, a conta por pagar), mais
conhecida pelo nome de "ansiedade",
tem lá suas vantagens: começando a se
preocupar agora, você tem mais chances
de lembrar do problema a resolver e
ainda ganha um tempo para pensar em
estratégias e alternativas.
O lado ruim do estresse surge
quando, apesar de toda a preparação de
cérebro e corpo para resolver o assunto,
o problema não some. Assim, o estresse
torna-se crônico: abusos físicos ou
verbais, a falta de dinheiro que não se
resolve, a doença que não cede, a
solidão. Nesses casos em que suas
tentativas iniciais falharam, o cérebro,
sem controle da situação, muda de
estratégia e, ao invés de usar as
reservas disponíveis, passa a armazenálas. Aqui, sim, a resposta crônica ao
estresse torna-se nociva, com acúmulo
de gordura, hipertensão, desgaste mental
e risco aumentado de transtornos de
humor e de ansiedade.
Mas a maior parte dos estresses
da vida são pequenos e, sobretudo,
voluntários. E como gostamos de arranjar
pequenos problemas para resolver! Ao
nosso alcance, nem fáceis demais nem
difíceis demais, os problemas que nós
mesmos nos colocamos nos deixam no
controle da situação -algo que o cérebro
adora. O cingulado anterior registra a
chance de erro e aciona o locus
coeruleus, que nos deixa acordados e
atentos; o pré-frontal analisa a situação e
traça
estratégias; o sistema de
recompensa é ativado, e nos deixa não
só motivados como ainda gostando da
empreitada.
Não é surpresa que seja tão difícil
ficar à toa. Por que mais compraríamos
palavras cruzadas ou revistinhas de
lógica para resolver no ônibus ou no
avião, ou montaríamos quebra-cabeças,
se não pelo prazer de ter um problema
para resolver? O cérebro, pelo visto,
adora arranjar sarna para se coçar.
HOUZEL, S. H. Folha de S. Paulo. 28/05/09.
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O texto acima o autor pretende
a)
b)
c)
d)
mostrar os malefícios do estresse.
mostrar que o estresse é importante.
mostrar as doenças causadas pelo estresse.
mostrar que gostamos do estresse.
D14- Identificar a tese
Habilidade:
12.1 – Reconhecer e usar as fases ou etapas da argumentação em um texto ou
sequência argumentativa.
12.5- Reconhecer e usar mecanismos de textualização de discursos citados ou
relatos dentro de um texto ou sequência argumentativa.
Análise: Essa atividade requer que o aluno seja capaz de localizar a parte mais
importante do texto (ideia principal), para assim identificar a tese, ou seja, aquilo
que o autor do texto defende.
Orientações: O professor deve desenvolver atividades que propiciem a formação
de leitores proficientes, aqueles capazes de reconhecer as informações contidas
no texto (implícita e/ou explicitamente), ideias principal e secundárias, e fazer o
que se pede. Uma atividade possível seria desenvolver uma leitura coletiva
acerca de um texto argumentativo para que, em etapa ulterior, os alunos criem
uma tese a partir de argumentos presentes no texto ou o contrário, criem
argumentos a partir de uma tese. Outra atividade seria simulação de um júri,
dividindo a turma em defesa, acusação e jurados, para que o aluno consiga se
posicionar em relação e defende-la.
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Língua Portuguesa - Superintendência Regional de Ensino de