Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.2, n.2, p.191-196, 2000 ISSN: 1517-8595 191 ARTIGO TÉCNICO CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DE FRUTOS DE UMBU-CAJÁ Spondias sp. PROVENIENTES DOS PÓLOS BAIXO-JAGUARIBE (CE) E ASSU-MOSSORÓ (RN)1 Milene Arcângela Souza de Noronha2, Eudes de Almeida Cardoso3, Nildo da Silva Dias2 RESUMO Frutos de umbu-cajá (Spondias sp.), foram colhidos de 9 árvores, sendo seis localizadas no pólo Baixo-Jaguaribe, e três localizadas no pólo Assú-Mossoró, com o objetivo de estudar as características físico e químicas de frutos de umbu-cajá. De cada planta foram coletadas aleatoriamente 20 frutos com boas características externas de qualidade, os quais se encontravam nos estádios de maturação: maturo e maduro. No aspecto físico o comprimento médio dos frutos variou entre 28,88 e 29,60 mm; a largura do fruto variou de 29,11 a 29,57 mm; espessura da polpa de 13,99 a 14,57 mm e o peso médio oscilou entre 12,60 a 13,24 g, nos dois estádios de maturação e o rendimento da polpa corresponde a aproximadamente 72% do peso do fruto, não havendo efeito significativo entre os dois estádios de maturação. Os valores obtidos nos dois estádios de maturação para os sólidos solúveis totais (SST) variaram entre 11,04 e 12,88%, para a acidez total titulável (ATT) entre 18,04 e 16,83 mmol (H +)/100 g. Para o pH constatou-se valores entre 3,15 e 3,27, açúcares redutores 6,77 e 7,70% e o teor de umidade foi 86,02 e 86,62%. Palavras-chave: umbu-cajá, qualidade, pós-colheita de frutos. PHYSIC-CHEMICAL CHARACTERIZATION OF UMBU-CAJÁ ( Spondias sp.) from BAIXO-JAGUARIBE AND ASSU-MOSSORÓ THE POLES ABSTRACT Umbu-cajá fruits (Spondias sp.) have been picked from 9 trees, six trees which are located in the Baixo–Jaguaribe pole and tree ones that are located in the Assu-Mossoró pole, to evaluate its physic-chemical characteristics. 20 fruits have been collected de each plant by chance. They had good external characteristics of quality, which were in the maturation stadiums: semimatured and matured. The physical aspect of the medium fruits length varied from 28.88 and 29.60 mm; the fruit width varied from 29.11 to 29.57 mm; the pulp thickness varied from 13.99 to 14.57 mm and the medium weight oscillated from 12.60 to 13.24 g, in the two maturation stadiums and the pulp revenue corresponds approximately 72% of the fruit weight, without having significant effect between the two maturation stadiums. The obtained values in the two maturation stadiums for the total soluble solids (SST) varied from 11.04 and 12.88%, they varied from 18.04 and 16.83 mmol (H+)/100 g to the total titulavel acidity (TTA). Values between 3.15 and 3.27, reducers sugars 6.77 and 7.70% has been verified to pH and the moisture content has been 86.02 and 86.62%. Keywords: umbu-cajá, quality, powder-crop of fruits. Protocolo 21 2000 33 de 28/06/2000 1 Parte da monografia de graduação apresentada pelo primeiro autor à Escola Superior de Agricultura de Mossoró- ESAM, como requisito para obtenção do título de Engenheiro Agrônomo 2 Engenheira Agrônoma, Mossoró-RN 3 Professor, M.Sc., Departamento de Fitotecnia da ESAM, CP 137, CEP 59625-900, Mossoró, RN. (0xx84) 312 21 00. e-mail: [email protected]. 192 Características físico-químicas de frutos de umbu-cajá dos pólos do baixo-Jaguaribe (CE) e assu-Mossoró (RN) Noronha et al. frutos do umbu-cajá provenientes do pólos Baixo-Jaguaribe e Assu-Mossoró. INTRODUÇÃO As frutas têm sido, historicamente, um componente necessário e comum na alimentação humana. Portanto, estudos que redundem em conhecimento para facilitar a exploração e a expansão de seu cultivo se revestem de um caráter importante. Apesar disso, pouco se tem estudado sobre as frutas comestíveis nativas ou introduzidas nos trópicos. Muitas espécies poderiam ser exploradas, economicamente, porém o desconheci-mento quase total de sua biologia apresenta-se com um fator limitante (Medeiros, 1985). O Nordeste brasileiro destaca-se como um grande produtor de frutos tropicais nativos e cultivados, em virtude das condições climáticas prevalecentes. A fruticultura, nesta região, constitui-se em atividade econômica bastante promissora, devido ao sabor e aroma exótico de seus frutos e à sua enorme diversificação. O conhecimento do valor nutritivo desses frutos assume importância considerável, pois alimentação adequada e aplicação de métodos tecnológicos eficientes só se tornam possíveis mediante conhecimento do valor nutricional dos alimentos (Macedo, et al. 1995). Segundo Gibson (1972), citado por Pires (1990), a industrialização de frutos no Nordeste brasileiro ainda não atingiu os níveis desejados, tanto do ponto de vista quantitativo, como qualitativo, limitando-se as empresas deste ramo ao aproveitamento de frutos já tradicionais ao processo de transformação industrial. Dentre os frutos que vêm despertando interesse, especialmente para a agroindústria, destacam-se os do gênero Spondias. A procura pelos frutos deste gênero deve-se principalmente às boas características para a industrialização e para o consumo “in natura” ou para o fabrico de sorvetes, polpas, geléias, etc. Seus frutos são comercializados em feiras livres ou destinados ao abastecimento da indústria. Pelas potencialidades apresentadas por esse gênero, pode-se afirmar que se trata de um recurso fitogenético importante para o Nordeste, onde as condições edafoclimáticas favorecem o seu cultivo e a sua produção. O fruto do umbu-cajá assume posição de destaque no tocante ao aspecto comercial em função do aroma, sabor e palatabilidade que oferece ao ser degustado nas mais variadas formas. Desse modo, objetivou-se, neste trabalho, avaliar as características químicas e físicas de MATERIAL E MÉTODOS Os frutos de umbu-cajá utilizados neste trabalho foram colhidos de 9 árvores provenientes da região semi-árida no mês de junho, época de plena frutificação, sendo 6 árvores localizadas na fazenda “Timbaúba” pertencente ao empresário Marcelo Ramalho Dantas localizada no Pólo Baixo-Jaguaribe, município de Russas-CE e 3 árvores localizadas na fazenda experimental “Rafael Fernandes” pertencente à Escola Superior de Agricultura de Mossoró, localizada no pólo Assu-Mossoró, município de Mossoró-RN. O município de Mossoró-RN apresenta coordenadas geográficas de 5o 11’ de latitude Sul, 37o 20’ de longitude Oeste e altitude de 18 m. De acordo com a classificação climática de Köppen, o clima da região é do tipo BSWh, que significa clima muito seco e quente com estação chuvosa no verão, atrasando-se para o outono. As precipitações médias anuais estão entre 450 e 650 mm. Quanto à insolação média, é de 236 horas mensais e a umidade relativa média mensal é de 68,9% (Carmo Filho & Oliveira, 1989). O município de Russas-CE apresenta coordenadas geográficas de 4o 56’ de latitude Sul e 37o 58’ 14” de longitude W. Gr. e altitude de 60 m. O município goza do clima do sertão nordestino: quente e seco no verão, e temperado durante o inverno, que é de março a junho. A temperatura média é 36o C precipitação anual 608 mm (IBGE, 1959). As plantas do pólo Baixo-Jaguaribe se encontram em um solo tipo aluvião pesado, com 70% de argila, 30% de silte e areia, numa região de várzea, próximo ao rio Jaguaribe. O solo do pólo Assu-Mossoro é do tipo latossolo vermelho amarelo. De cada planta foram coletados aleatoriamente 20 frutos que apresentavam boas características externas de qualidade, para serem caracterizados físico e quimicamente. Após a coleta, os frutos foram trazidos ao Laboratório do Núcleo de Estudos em Póscolheita (NEP), da Escola Superior de Agricultura de Mossoró (ESAM). Os frutos analisados se encontravam nos estádios de maturação a seguir descritos: Ifrutos maturos (estádio intermediário entre verde e maduro) e II- frutos maduros. As análises se basearam na comparação entre os Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.2, n.2, p.191-196, 2000 Características físico-químicas de frutos de umbu-cajá dos pólos do baixo-Jaguaribe (CE) e assu-Mossoró (RN) estádios de maturação dos frutos em geral e não referentes a comparação entre árvores. As análises foram feitas 90 dias aproximadamente após a coleta. Durante esse período os frutos foram congelados em um freezer à temperatura de - 18 o C. Inicialmente os frutos foram caracterizados fisicamente, após o congelamento, quanto ao comprimento, largura, espessura, rendimento de casca, polpa e caroço. As análises referentes ao comprimento, largura e espessura foram realizadas com o auxílio de um paquímetro com precisão de 0,05 mm. Os pesos dos frutos foram determinados com o auxílio de uma balança analítica de marca AINSWORTH com precisão de quatro casas decimais. O rendimento em polpa foi obtido pela diferença entre o peso do fruto inteiro, subtraindo do peso da casca + caroço correspondente, expressando o resultado em porcentagem. A extração da polpa para se determinarem as características químicas do fruto foi feita através de um multi processador, deixando-a bastante homogênea. Os frutos foram analisados quimicamente quanto ao teor de sólidos solúveis (SST), acidez total titulável (ATT), açúcares redutores em glicose (AR), potencial hidrogeniônico (pH) e teor de umidade, conforme a metodologia utilizada pelo Núcleo de Estudos em Póscolheita da ESAM, descrita a seguir: Determinou-se o conteúdo de sólidos solúveis totais por leitura em refratômetro digital, modelo PR-100, Palette (Atago Co., LTD., Japão) com compensação de temperatura automática. O pH foi registrado em Phmetro digital modelo DMPH-2 marca Digimed com precisão de 0,01 unidades de pH. A ATT foi obtida por titulação da polpa ( diluição 1:5) com NaOH padronizado, sendo os resultados expressos em mmoles(H+)/ 100g de polpa. As análises de açúcares foram feitas após quinze dias da extração da polpa, tendo neste período sido mantida em freezer. Os açúcares redutores e não-redutores foram analisados pelo método de Somoghy-Nelson (Southgate, 1991). Partiu-se inicialmente com uma alíquota de 3 g de polpa , a qual foi diluída para 100 ml, usando-se 10 ml para hidrólise da sacarose e, em seguida, 3 ml para desproteinização. O doseamento foi monitorado a partir de 0,2 ml do extrato desproteinizando no caso dos açúcares redutores e 0,8 ml da solução após hidrólise da sacarose desproteinizada. Os resultados foram Noronha et al. 193 expressos em glicose por 100 g de polpa. Utilizou-se 10 g de polpa de cada amostra, determinando-se por gravimetria com auxílio de estufa com circulação forçada, mantida na estufa por 72 horas, a 700 C. Para as variáveis das caracterizações físicas e químicas, a comparação entre as médias dos estádios de maturação maturo e maduro, foi realizada, utilizando-se o teste de “Student” para confirmar diferenças entre médias, ao nível de 5% de probalidade, conforme Spiegel (1994). RESULTADOS E DISCUSSÃO Na Tabela 1, são apresentados os valores das características físicas dos frutos mensurados nas 9 plantas de umbu-cajá, nos estádios de maturação estudados. Observa-se que não houve efeito significativo em nenhuma característica avaliada, quando aplicado o teste de “Student”. Embora os frutos estudados tenham sido coletados de plantas dispersas em áreas diferentes, praticamente não ocorreram variações nas características físicas estudadas, conforme se constata através dos coeficientes de variações determinados. Isto demonstra que apesar de existir variabilidade genética em plantas de polinização aberta, não se constataram variações expressivas nas determinações realizadas. Estes resultados das mensurações físicas são considerados ótimos, quando se pretende comercializar frutos “in natura”, classificandoos pelo tamanho e peso uniformes, tornando-se melhor o acondicionamento. Analisando-se a Tabela 1, percebe-se que os valores médios encontrados para o comprimento, variaram entre 28,88 a 29,60 mm nos dois estádios de maturação. Estas dimensões são próximas das determinadas por Santos (1996), quando trabalhou com a mesma espécie cujos valores oscilaram entre 29,35 e 29,60 mm de comprimento. Para a largura do fruto, foram encontrados valores que oscilaram entre 29,11 a 29,57 mm, que também se aproximam das mensurações efetuadas por Santos (1996). Comparando-se as dimensões do comprimento e largura, nota-se que os valores são bem próximos, levando o fruto a uma forma quase cilíndrica (Figura 1 a 9), o que facilita o acondicionamento em embalagem para venda “in natura”. Com relação à espessura da polpa, os valores encontrados para os dois estádios de maturação encontram-se na faixa de 13,99 a Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.2, n.2, p.191-196, 2000 194 Características físico-químicas de frutos de umbu-cajá dos pólos do baixo-Jaguaribe (CE) e assu-Mossoró (RN) 14,57 mm. Embora a espessura da polpa seja uma característica importante, não foram encontrados na literatura trabalhos que Noronha et al. discorressem sobre esta determinação com a espécie em estudo. Tabela 1. Características físicas e percentuais das partes componentes de frutos de umbu-cajá (Spondias sp) 90 dias após as colheitas procedentes dos Pólos Baixo-Jaguaribe e Assú-Mossoró. Estádio Comprim. Largura Espaçam Comprim. do Fruto do fruto da polpa do de Maturação (mm) (mm) (mm) caroço (mm) I 28,88a 29,11a 13,99a 18,27a II 29,60a 29,57a 14,57a 18,09a TTESTE 0,20 0,54 0,72 0,27 CV 1,74 1,11 2,87 0,70 Largura do caroço (mm) 15,04a 14,92a 0,20 0,57 VARIÁVEIS Peso Peso Rendim. Peso Rendim. Peso do de de do de de fruto polpa polpa caroço caroço casca (g) (g) (%) (g) (%) (g) 12,60a 9,25a 72,87a 1,99a 16,38a 1,37a 13,24a 9,67a 72,40a 2,25a 16,18a 1,51a 0,64 0,53 1,13 0,19 0,16 1,16 3,50 3,14 0,46 8,67 0,87 6,87 Rendim. de casca (%) 10,91a 11,49a 0,97 3,66 * Médias seguidas pela mesma letra minúscula na vertical não diferem, entre si, pelo teste t ao nível de 5% de probabilidade. I – Estádio de maturação maturo. II – Estádio de maturação maduro. TTabelado = 2,12 O peso médio dos frutos variou entre 12,60 a 13,24 g, nos dois estádios de maturação. Esta pequena variação pode ser explicada através do crescimento do fruto, ou seja, depois que atinge um determinado tamanho, não volta mais a crescer, apenas sofre transformações bioquímicas que culminam com a maturação. Santos (1996) e Sacramento (1998), quando trabalharam com esta mesma espécie encontraram valores de peso semelhantes aos obtidos no presente trabalho. Os rendimentos de polpa obtidos nos frutos nos dois estádios de maturação corresponderam a aproximadamente 72% do fruto. Estes percentuais são considerados excelentes, quando o objetivo é a utilização no processamento industrial. Os resultados referentes às análises químicas da polpa de umbu-cajá estão apresentados na Tabela 2. Observando-se essa tabela verifica-se que houve diferenças significativas em relação ao teor de SST e ATT, entre os dois estádios de maturação. Os valores obtidos no presente trabalho em relação ao teor de SST foram 11,04 e 12,88. Estes resultados são inferiores aos encontrados por Santos (1996), quando trabalhou com umbu-cajá e por Sacramento et al. (1998) e Lima (1995), quando utilizou as mesmas determinações químicas no cajá. Frutos produzidos em regiões tropicais tendem a apresentar maior teor de SST do que em outras regiões, por desenvolverem-se sob altas temperaturas e elevada intensidade luminosa, o que reflete positivamente na fotossíntese (Pantastico, 1975). Tabela 2 - Característica Químicas das frutas de umbu-cajá (Spandis sp), 90 dias após a colheita dos frutos procedentes do Pólo Baixo-Jaguaribee do Pólo Assú-Mossoró. Estádio de Maturação I II TTESTE CV VARIÁVEIS SS (%) pH 11,04b 12,88a 3,75 10,88 3,15a 3,27a 0,62 2,64 Acidez (mmol (H+)/100 g) 18,04a 16,83b 2,56 4,91 Umidade (%) 86,02a 86,62a 0,93 0,49 AR (%) 6,77a 7,70a 1,76 9,10 * Médias seguidas pela mesma letra minúscula na vertical não diferem, entre si, pelo teste t ao nível de 5% de probabilidade. I – Estádio de maturação maturo. II – Estádio de maturação maduro. TTabelado = 2,12 Para a acidez total titulável (ATT), constataram valores entre: 18,04 e 16,83 mmol (H+) / 100 g, sendo inferiores aos encontrados por Sacramento et al. (1998) e Silva et al. (1995), em relação ao cajá. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.2, n.2, p.191-196, 2000 Características físico-químicas de frutos de umbu-cajá dos pólos do baixo-Jaguaribe (CE) e assu-Mossoró (RN) A perda da acidez é desejável em grande parte dos frutos e marcante no processo de amadurecimento. Os valores obtidos, no presente trabalho, em relação ao teor de ATT confirmam, segundo Kays (1991), citado por Fernandes (1996), que após a coleta e durante o armazenamento, a concentração de ácidos orgânicos tende a declinar na maioria dos frutos, devido à larga utilização desses compostos como substrato respiratório e como esqueletos de carbono, para a síntese de novos compostos. Verificou-se efeito não significativo em relação ao pH e o teor de açúcares redutores, entre os dois estádios de maturação. Para o pH, constataram valores entre: 3,15 e 3,27, sendo superiores aos encontrados por Santos (1996) e Lima et al. (1990), com relação ao umbu-cajá; Sacramento et al. (1998), Silva et al. (1995), Lima (1995) e Lima et al. (1990), em relação ao cajá. Para os açúcares redutores, constataram valores compreendidos entre: 6,77 e 7,70, valores estes inferiores ao encontrado por Sacramento et al. (1998), quando fez as mesmas determinações na polpa do cajá. A síntese muito elevada de glicose durante a maturação é importante devido ao fato de glicose e frutose possuírem juntas um poder adoçante maior que o da sacarose, conferindo ao suco sabor mais agradável (Nascimento et al., 1998). O teor de umidade da polpa não diferiu, estatisticamente, em relação aos dois estádios de maturação. Os resultados obtidos no presente trabalho foram: 86,02 e 86,62%. Mostraram-se inferiores ao encontrado por Santos (1996), em relação ao umbu-cajá. Em relação aos resultados obtidos por Almeida & Valsechi (1996), referindo-se ao cajá, os valores do presente trabalho mostraram-se inferiores. Noronha et al. 195 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Carmo Filho, F. do; Oliveira, O.F. de Mossoró, um município do semi-árido nordestino: características climáticas (e) aspectos florísticos. 1ed. Mossoró-RN: ESAM, Coleção Mossoroense, 1989. 672 p. Carvalho, V.D. de. Qualidade e conservação pós-colheita de goiabas. Informe Agropecuário. Belo Horizonte: EPAMIG, n.179, p.48-54, 1994. Fernandes, P.M. de G.C. Armazenamento am-biente e refrigerado de melão, híbrido orange flesh, submetido à aplicação póscolheita de cloreto de cálcio. Lavras: UFLA, 1996. 86p (Dissertação de Mestrado). Instituto Brasileiro De Geografia E Estatística. Enciclopédia dos municípios brasileiros: Ceará. Rio de Janeiro, 1959, v. 16, 565p. Lima, E.D.P.A.; Cardoso, E.A.; Silva, H.; Lima, C. 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Para os açúcares redutores e teor de umidade, verificou-se efeito não significativo entre os dois estádios de maturação. Medeiros, P. D. de. Estudo anatomofisiológico da unidade de dispersão de Spondias-cytherea sonn (cajarana), Recife: UFRPE, 1985. 99p. (Dissertação de Mestrado). Nascimento, T. B. do; Ramos, J. D.; Menezes, J. B. Características físico-químicas do maracujá amarelo (Passiflora edulis f. flavicarpa Degener) produzido em diferentes épocas. Revista Brasileira de Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.2, n.2, p.191-196, 2000 196 Características físico-químicas de frutos de umbu-cajá dos pólos do baixo-Jaguaribe (CE) e assu-Mossoró (RN) Fruticultura. Cruz das Almas, v.20, n.1, p.33-38, 1998. Pantastico, E.B. Índices para cosecha. In: Pantastico, E.B. Fisiologia de la postrecolección, manejo y utilizacion de frutas y hortalizas tropicales y subtropicales. Espa-nha: Companhia Editorial Continental, 1975. p. 77-98. Pires, M dos G. de M. 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