Anais do XVI Encontro de Iniciação Científica e I Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da PUC-Campinas 27 e 28 de outubro de 2011 ISSN 1982-0178 AVALIAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA DE REPOUSO ANTES, DURANTE E APÓS PROGRAMA DE TREINAMENTO AERÓBIO EM JOVENS SAUDÁVEIS Gabriela Mariani Brigliador Prof. Dr. Mário Augusto Paschoal Faculdade de Fisioterapia Centro de Ciências da Vida [email protected] Função Autonômica Cardíaca e Atividade Física na Saúde e na Doença Centro de Ciências da Vida [email protected] Contextualização: Um dos mais importantes marcadores fisiológicos presentes em estudos longitudinais que envolvem o treinamento aeróbio é a presença da bradicardia de repouso em seus executantes. No entanto, os trabalhos que mostram a ocorrência desse mecanismo adaptativo são geralmente feitos revelando os valores de FC, de forma comparada, no início e no final do estudo. Igualmente, esses estudos são de duração superior a dois meses de treinamento aeróbio (TA). Objetivo: Avaliar as modificações na FC antes, durante e após treinamento aeróbio de 12 sessões e analisar se essas modificações foram decorrentes de adaptações autonômicas cardíacas ou modificações intrínsecas relativas ao nódulo sinoatrial. Métodos: Foram estudadas 15 jovens sedentárias saudáveis com idades entre 18 e 25 anos cujos batimentos cardíacos foram registrados por meio do cardiofrequencímetro Polar S810 antes e após seis e 12 sessões de um TA realizado por 40min (20min em esteira rolante - Super ATL Inbrasport® e 20min em bicicleta ergométrica - Johnson JPB 5100®), três vezes/semana, a uma intensidade relativa a 65% da FCmax obtida em teste incremental. Os dados de FC foram transferidos, via interface de sinais infravermelhos, a um computador para que fosse procedida a análise da variabilidade da freqüência cardíaca (VFC) por meio do software Polar Precision Performance®. Os dados foram comparados estatisticamente pelo teste Anova One Way e post hoc de Tuckey nos três referidos momentos do TA, sendo considerado significativo o valor de p<0,05. Resultados: os dados mostraram que tanto o valor absoluto de FC (74,0 vs 68,2 bpm) como de índices da VFC no domínio do tempo (pNN50 = 11,9 vs 17,6%; rMSSD = 50,9 vs 64,0ms) e da freqüência (razão BF/AF = 1,0 vs 0,6) se mostraram diferentes na comparação feita antes e após o TA. Conclusão: constatou-se que modificações positivas no balanço autonômico cardíaco com aumento da atividade vagal e redução da atividade simpática já ocorrem após 12 sessões de TA de baixa intensidade. Palavras-chaves: FC, variabilidade da freqüência cardíaca, sistema nervoso autônomo, treinamento aeróbio. Área do Conhecimento: Ciências da Saúde – Fisioterapia e Terapia Ocupacional. 1. INTRODUÇÃO: O principal marcador da influência do exercício aeróbio sobre o organismo humano é a redução da FC de repouso, conhecida como bradicardia de repouso [1]. Esta bradicardia pode ocorrer pela elevação do tonus parassimpático [2] e/ou diminuição da atividade simpática [3]. Por outro lado, o sedentarismo influencia na presença de maiores valores da FC de repouso, contribui para o surgimento e progressão de patologias cardiovasculares [4] e risco de mortalidade precoce [5]. No entanto, poucos estudos abordam a questão de quanto tempo seria suficiente para que essa modificação biológica efetivamente se estabelecesse, não permitindo inferências mais palpáveis sobre essa influência do TA sobre esse mecanismo autonômico cardíaco. Estudos longitudinais realizados por Uusitalo et al (1998) [6] e Bonaduce et al (1998) [7], identificaram redução da FC de repouso, apesar de não serem observadas alterações expressivas nos indicadores autonômicos. Obviamente que vários fatores podem interferir nessa resposta orgânica, que vão desde as condições genéticas, até o tipo, tempo e intensidade de exercício realizado [8,9], assim como o ambiente (mais frio ou mais calor, umidade relativa do ar), a população envolvida (saudáveis ou doentes, jovens ou idosos), aspectos psicológicos como a motivação em realizar o treinamento, etc. Dentro desse contexto, a intenção desse estudo foi a de monitorar a evolução da resposta biológica ao treinamento, em três momentos. Além de se analisar o comportamento da FC no início, no meio e no final de um programa de TA, também buscou-se determinar se as possíveis modifica- Anais do XVI Encontro de Iniciação Científica e I Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da PUC-Campinas 27 e 28 de outubro de 2011 ISSN 1982-0178 ções adaptativas encontradas eram resultantes de alterações no balanço vago-simpático cardíaco, ou seja, mudanças no perfil autonômico cardíaco. Para isso, a ferramenta de investigação empregada foi a variabilidade da frequência cardíaca (VFC). 2. MÉTODO 2.1. Atividades Realizadas e Justificativas O presente estudo, considerado de caráter longitudinal, foi devidamente aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com seres humanos da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, constando do protocolo nº 757/09, e compreendeu as seguintes etapas: a) seleção dos voluntários; b) avaliação antropométrica e clínica composta pela avaliação do peso, estatura, cálculo do IMC, registro dos perímetros dos seguimentos corporais (braço, antebraço, coxa, perna e abdome) além da aferição da pressão arterial (PA) e da frequência cardíaca (FC) no repouso. Também foram feitas ausculta pulmonar e cardíaca de todos os participantes; c) realização do registro cardíaco na condição de repouso durante 10min antes, durante e após as sessões de TA; d) realização do TA com os devidos controles de manutenção de uma zona alvo de treinamento, e) interpretação e análise dos dados obtidos. 2.2. Critérios de seleção O grupo foi constituído de jovens sedentários saudáveis (IMC entre 23 e 30 Kg/ m²) que não praticavam qualquer atividade física desportiva regularmente, há no mínimo seis meses antes da coleta de dados. 2.3. Amostra O grupo selecionado foi constituído por 16 meninas com idade média de 20,3 ± 1,0. 2.4. Avaliação antropométrica As variáveis investigadas foram o peso e a estatura corporais para possibilitar o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). Peso Corporal: foi empregada uma balança ® mecânica antropométrica Filizola com precisão de 100g e capacidade máxima para 150kg. Estatura: foi utilizada a toesa metálica da mesma balança utilizada para constatação do peso corporal. 2.5. Avaliação clínica Envolveu a coleta dos dados vitais, tais como: FC e PA. O controle da FC ao repouso foi registrado por meio do cardiofreqüencímetro Polar S810®, durante 10min em decúbito supino. A PA no repouso foi aferida com o emprego de esfigmomanômetro aneróide Tycos e estetoscópio Littmann. Por meio deste, também foram realizadas auscultas pulmonar e cardíaca, segundo as técnicas amplamente descritas na literatura. 2.6. Metodologia da aplicação do exercício aeróbio e controle da intensidade do treinamento O TA envolveu um programa de 12 sessões, intercaladas dia sim e dia não (três vezes/semana). O tempo do TA foi dividido, sendo 20min de exercício na esteira rolante Super ATL – Inbrasport® e os outros 20min na bicicleta Johnson JPB 5100® a 65% da FCmax obtida em laboratório. Para isso, os voluntários usaram um cardiofrequencímetro, no qual eram programados os valores de FC alvo que deveriam ser mantidos durante o TA. 2.7. Coleta e análise dos dados Antes do início do treinamento, após seis sessões e novamente após 12 sessões, as voluntárias foram encaminhadas a uma sala com temperatura controlada (23ºC) onde foram feitos os registros dos batimentos cardíacos por 10min em cada etapa, sempre em posição e condições controladas de repouso total. Esses dados dos registros de FC foram transferidos, via interface de sinais infravermelhos, a um computador para que fosse procedida a análise da variabilidade da freqüência cardíaca (VFC) por meio do software Polar Precision Performance® e dos valores absolutos de FC. Os dados foram comparados estatisticamente pelo teste Anova One Way e post hoc de Tuckey nos três referidos momentos, sendo considerado significativo o valor de p<0,05. Anais do XVI Encontro de Iniciação Científica e I Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da PUC-Campinas 27 e 28 de outubro de 2011 ISSN 1982-0178 3. Resultados Tabela I. Dados antropométricos e clínicos (médias e desvios padrão) dos voluntários Variáveis Voluntários Voluntários Voluntários 0 sessoes 6 sessoes 12 sessoes (n=16) (n=16) (n=16) Voluntários BF (u.n.) 44,4 ± 17,9 42,2 ± 13,6 37,5 ± 12,3 (n=16) AF (u.n.) 55,1 ± 18,1 57,3 ± 13,8 61,4 ± 12,9 Idade (anos) 20,3 ± 1,0 0,8 ± 0,4 0,6 ± 0,4 54,2 ± 7,1 razao BF/AF *1,0 ± 0,6 Peso (kg) Altura (cm) 150,0 ± 0,3 Variáveis 2 IMC (kg/m ) 21,5 ± 2,4 Índice cintura/quadril 0,7 ± 0,0 FC repouso (bpm) 73,0 ± 7,5 PAS repouso (mmHg) 111,2 ± 11,0 PAD repouso (mmHg) 74,6 ±11,7 u.n = unidades normalizadas; *p<0,05 na comparação entre 0 e 12 sessões 4. Figuras p<0,05 100 PAS= pressão arterial sistólica; PAD= pressão arterial diastólica 90 bpm Tabela II. Médias e desvios padrão das variáveis estudadas no domínio do tempo (DT) nos momentos pré, durante e após o treinamento aeróbio (repouso 10 min.) 80 70 60 iRR (ms) pNN50 (%) *11,9 ± 9,2 13,4 ± 8,3 17,6 ± 9,5 rMSSD (ms) 50,9 ± 31,8 49,2 ± 22,0 64,0 ± 26,4 dp (ms) 59,2 ± 24,8 52,2 ± 19,6 63,7 ± 19,9 FC média (bpm) *74,0 ± 7,9 71,8 ± 8,6 68,2 ± 6,0 s 886,0 ± 79,7 ss õe 847,6 ± 94,4 se *820,6 ± 92,6 12 (n=16) FC (n=16) õe s (n=16) se ss 12 sessões 6 Voluntários 6 sessões FC Voluntários 0 sessões in ci Voluntários FC Variáveis al 50 p<0,05 1100 1000 900 ms 800 700 *p<0,05 na comparação entre 0 e 12 sessões Tabela III. Médias e desvio padrão das variáveis estudadas no domínio da freqüência (DF) nos momentos pré, durante e após o treinamento aeróbio (repouso 10 min.) õe s se ss 12 R iR iR R 6 iR R se in ss õ ic ia l es 600 Figuras 1 e 2. Valores medianos da FC de repouso (bpm) e dos intervalos R-R (iRR) obtidos de jovens sedentários saudáveis antes, durante e após programa de treinamento aeróbio. Anais do XVI Encontro de Iniciação Científica e I Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da PUC-Campinas 27 e 28 de outubro de 2011 ISSN 1982-0178 p<0,05 40 % 30 20 10 se ss õ 12 pN pN N N 50 50 pN 6 N 50 se ss õe es s in ci al 0 p<0,05 3 2 1 12 F F/ A B B F/ A B F F/ 6 A F in i se ss õ se ss õe s es ci al 0 Figura 3 e 4. Valores medianos de pNN50 e da razão baixa/alta (BF/AF), obtidos de jovens sedentários saudáveis antes, durante e após programa de treinamento aeróbio. 4. DISCUSSÃO Na análise dos valores da tabela I, que abordou os resultados antropométricos e clínicos, observa-se que todos os voluntários foram fiéis ao critério previamente proposto, que foi estudar jovens na faixa etária de 19 a 22 anos de idade. Esse aspecto de controle da faixa etária tem relevância em estudos sobre VFC pois segundo vários autores [10-14] essa ferramenta de investigação sofre influência (diminuição da VFC) com o avançar idade. Quanto aos valores da altura e peso, que promoveram o cálculo do IMC (21,5 ± 2,4), nota-se que não há variação ex- pressiva e que essa faixa de valor do índice é considerada normal, não ocasionando interferências no estudo [15]. Também, é evidente que os valores médios de PA sistólica (112,2 ± 11,0 mmHg), PA diastólica (74,6 ± 11,7 mmHg) e FC de repouso (73,0 ± 7,5bpm) apresentados estão de acordo com os padrões de normalidade [16]. Os valores da tabela II, referentes ao DT, revelam que com o decorrer do TA houve aumento dos índices que refletem a atividade parassimpática cardíaca. As variáveis pNN50 (%), rMSSD (ms), dp (ms) e iRR (ms) mostram que com o treinamento, os jovens sedentários modificaram suas modulações autonômicas cardíacas após 12 sessões e que esse processo já se encontrava em andamento após a sexta sessão, mas ainda não se diferiam dos dados pré TA (figuras 1, 2 e 3). Sabe-se que quanto maior o iRR, menor será a FC e vice-versa [17-19]. Já as variáveis pNN50 (%) e rMSSD (ms) representam a atividade parassimpática sobre o coração [20,21] e quanto maiores elas forem, maior será a proteção contra arritmias e morte súbita [22]. Os achados documentados no DT revelam claramente que com o decorrer do TA houve, entre os períodos zero e 12 sessões, aumento significativo do valor de alguns índices parassimpáticos da VFC, os quais são confirmados também pela análise da razão BF/AF feita no DF, a qual sofreu progressiva diminuição com o desenvolver do TA (tabela III e figura 4) Esse fato tem grande relevância pois esse índice reflete o balance vago-simpático cardíaco que pendeu para o lado do parassimpático. Em suma, pode-se inferir que com 12 sessões de TA em intensidade considerada de leve a moderada, já existem modificações positivas na função autonômica cardíaca. Esses dados confirmam que a diminuição nos valores de FC ocorreram devido a modificações autonômicas cardíacas. 5. CONCLUSÃO Após 12 sessões de TA feito em jovens sedentários saudáveis a uma intensidade correspondente a 65% da FCmax houve significativa redução da FC de repouso comparada aos valores pré treinamento. O aspecto de maior relevância do estudo é que se pode confirmar, por meio da análise da VFC, que esse mecanismo foi autonômico dependente. Esses resultados revelam que um programa de TA nesses moldes poderia ser incorporado à prática fisioterapêutica que tivesse por objetivo tratar de pacientes que apresentassem disfunções autonômicas resultantes de sedentarismo, prevenção de cardiopatias, patologias cardíacas pré-existentes, situações de Anais do XVI Encontro de Iniciação Científica e I Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da PUC-Campinas 27 e 28 de outubro de 2011 ISSN 1982-0178 preparação de pacientes para cirurgias tóracoabdominais, e várias outras condições. AGRADECIMENTO Ao PIBIC/CNPq pela bolsa de IC. REFERÊNCIAS [1] Jouven, X.; Empana, J.P.; Schwartz, P.J; Desnos, M.; Courcon, D.; Ducimetiere, P. (2005), Heart-rate profile during exercise as a predictor of sudden death. New England Journal of Medicine, v. 12, p. 1951-8. 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