MESTRADO EDUCAÇÃO FÍSICA PARÂMETROS DA SÍNDROME METABÓLICA, DO ESTRESSE OXIDATIVO, DA CAPACIDADE ANTIOXIDANTE E DA MODULAÇÃO AUTONÔMICA CARDÍACA EM REPOUSO E EXERCÍCIO FÍSICO EM JOVENS COM EXCESSO DE PESO CORPORAL MARILENE GONÇALVES QUEIROZ Jovens com o excesso de peso corporal, associado a outros parâmetros da Síndrome Metabólica (SM), podem já apresentar alterações na modulação autonômica cardíaca, tanto em repouso, quanto em exercício físico. Além disto, as doenças cardiovasculares são mais prevalentes quanto maior a associação dos diversos componentes da SM. A contribuição dos componentes da SM para a etiologia da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) é complexa. A massa corporal, índice de massa corporal, frequência cardíaca de repouso, pressão arterial, perfil glicêmico e lipídico apresentam correlação negativa com o tônus vagal. A obesidade gera inflamação crônica de baixo grau e potencializa o estresse oxidativo, os quais causam perturbações vasculares. Assim como, os estágios de pré-hipertensão em jovens associam-se com estresse oxidativo aumentado e alterações negativas no sistema antioxidante e na modulação cardiovagal. Devido à facilidade de mensuração, o comportamento da frequência cardíaca é amplamente estudado durante diferentes condições de saúde associadas ao repouso e ao exercício físico. Diante do supracitado, este estudo tem por objetivo analisar parâmetros da SM, do estresse oxidativo, da capacidade antioxidante e da VFC em repouso e exercício físico em jovens de 18 a 25 anos com excesso de peso corporal. Serão avaliados 30 jovens divididos em eutróficos (IMC abaixo de 25 kg/m2), sobrepeso (IMC entre 25 e 29,9 kg/m2) e obesos (IMC entre 30 e 35 kg/m2). Será determinada a associação entre a modulação autonômica cardíaca em repouso (VFC) e exercício físico (limiar de variabilidade da frequência cardíaca - LiVFC) com variáveis morfofisiológicas (IMC, circunferências da cintura %GC, pressão arterial), perfil glicêmico e lipídico (glicemia, insulina, triglicerídeos, colesterol total, LDL colesterol e HDL colesterol), estresse oxidativo (TBARS), capacidade antioxidante (enzimas catalase e superóxido dismutase). Para a determinação da frequência cardíaca de repouso, será considerada a média dos 5 minutos de mensuração. O índice de VFC utilizado será o SD1, a partir da plotagem de Poincaré. Para a identificação do LiVFC e do Limiar de lactato será realizado um teste progressivo máximo em cicloergômetro, iniciando o primeiro estágio com 15w e incrementos de 15w a cada 1 minuto. O LiVFC será identificado pelo Critério de Lima e Kiss (1999). Para a determinação do lactato sanguíneo durante o exercício físico, serão coletadas amostras de sangue capilar (25 µl) do lóbulo da orelha ao final de cada estágio no teste. O limiar de lactato será identificado seguindo o critério de BERG et al. (1990). Para análise dos dados será utilizada estatística descritiva. Para comparar as variáveis morfofisiológicas, bioquímicas, de estrese oxidativo, sistema antioxidante e da VFC, e as cargas referentes ao LiVFC e do limiar de lactato entre os diferentes índices de massa corporal a ANOVA One-Way. Para correlacionar as variáveis morfofisiológicas, bioquímicas e de modulação autonômica correlação de Pearson. Para comparar as cargas referentes ao limiar da variabilidade da frequência cardíaca, com o limiar de lactato o teste T de Student. Para todas as análises será considerado p<0,05. PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO VI MOSTRA DA PÓS-GRADUAÇÃO/2014