40 079 Buiatria 2015 MATERNAL, FETAL AND NEONATAL HEART RATE AND HEART RATE VARIABILITY ASSESSMENT IN HOLSTEIN CATTLE. CEDENO, D.A.; LOURENÇO, M.L.G.; BOLANOS, C.A.; ULIAN, C.M.V.; CHIACCHIO, S.B. Universidade Estadual Paulista, Botucatu, SP, Brasil. E-mail [email protected] Fetal heart rate monitoring not only enables verification of fetal health and viability, but also provides information about the stage of development of the autonomic nervous system. Thus, the objective of the work was to determine values in heart rate and heart rate variability in Holstein cows, her fetus and neonates. The study was design to be descriptive of continuous fetomaternal and neonatal electrocardiogram recordings during perinatal and neonatal period. In the study, 23 healthy pregnant Holstein cows and 18 neonates were used. The electrocardiograms were registered during the period from May to November 2014. This project had the approval of the Ethics Committee on Animal Use - CEUA and signing the informed consent by the owner of the farm. Heart rate (HR) and heart rate variability (HRV) were assessed by fetomaternal electrocardiography (ECG). The electrocardiographic examinations followed a pattern of repetitions over time at pre-defined times. Fetomaternal recordings were conducted in six pre partum moments; 35, 28, 21, 14, 7 and 1 day, and in neonates six moments; 35, 28, 21, 14, 7 and 1 day after calving. Heart rate, time domain variables; the mean beat-to-beat interval (RR interval), its standard deviation (SDNN), and the root mean square of successive RR differences (RMSSD) and frequency domain variables; low frequency (LF), high frequency (HF) and ratio LF/HF of heart rate variability were analyzed. Changes over time were analyzed using a general linear model for repeated measures. A p value < 0.05 was considered significant. All data given are means ± SEM. No significant changes in maternal and fetal RR interval and HR were found. In fetus, SDNN decreased significantly from 38. 0.8 ± 2. 6 ms to 28. 9 ± 2. 4 ms (p < 0.05), while RMSSD did not reach statistical significance. Fetal heart rate and interval RR differs statistically from one day before delivery (163 ± 7. 5 bpm; 381±24. 2 ms) and the day after calving (131 ± 5 bpm; 472± 16. 2 ms). Variables in time (SDNN and RMSSD) and frequency (LF and HF) domain presented a significantly difference (p < 0.05) from fetal to neonatal stage. In conclusion, fetomaternal ECG is a reliable technique to detect cardiac signals in bovine fetuses in the last 35 days of gestation. In the last week of gestation, reductions in the fetus values of SDNN and RMSSD reflect a shift towards more sympathetic dominance. After calving, the increased in high frequency and decreased in low frequency indicate activation of the vagal nerve on the heart and respiration modulation. 080 DESMITE DO LIGAMENTO COLATERAL MEDIAL E SUBLUXAÇÃO DA ARTICULAÇÃO METACARPO FALANGEANA EM UM TOURO ATLETA: RELATO DE CASO. MASSITEL, J.; SCHADE, J.; PROCHNO, H.C.; BREGADIOLI, G.C.; GONÇALVES, G.R.; SCORSIM, L.M.; ZANELLA, L.F. Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR, Brasil. E-mail: [email protected] O presente relato tem como objetivo descrever um caso de desmite do ligamento colateral medial e subluxação da articulação metacarpo falangeana em um touro atleta. Trata-se de um bovino, macho, mestiço (Girolando x Nelore) de aproximadamente seis anos de idade, utilizado para gineteadas em rodeios. De acordo com a história clínica o animal “deslocou” lateralmente a articulação metacarpo falangeana do membro torácico direito (MTD) durante uma prova de gineteada há 6 dias, sendo observada claudicação súbita que levou o animal a decúbito segundos depois. Nos dias seguintes o animal foi tratado com meloxicam 20 mL, IV, SID durante 3 dias, continuando a claudicação e “deslocamento” intermitente da articulação durante a locomoção. Ao exame físico o animal encontrava-se em estação e alerta, sendo observados parâmetros dentro da normalidade. Foi evidenciada claudicação leve envolvendo o MTD e aumento de volume de consistência flutuante com sensibilidade dolorosa a palpação no aspecto dorso medial da articulação metacarpo falangeana. Os achados ultrassonográficos revelaram heterogenicidade e aumento da espessura do ligamento colateral medial (LCM) da articulação metacarpo falangeana, além da presença de uma linha anecóica transversal no ligamento, sugerindo desmite e ruptura do LCM. Também foi evidenciado aumento do espaço articular sob o LCM, sugestivo de subluxação da articulação supracitada. Optou-se pelo tratamento conservativo consistindo na administração de Condroton® (sulfato de condroitina “A” e Sulfato de Glucosamina) 10 mL, IM a cada 7 dias (5 aplicações), gelo tópico BID, 15 a 20 minutos cada aplicação durante 7 dias; dimetilsulfóxido (DMSO) tópico, SID, seguido por bandagem compressiva durante 15 dias; repouso em baia durante os primeiros 30 dias, seguidos por repouso em piquete de tamanho restrito por mais 60 dias. Após 60 dias de tratamento o animal apresentava locomoção normal com discreto aumento de volume de consistência firme e indolor no aspecto dorso medial da articulação metacarpo falangeana do MTD. Touros atletas são submetidos a uma grande variação de movimentos, proporcionando maior suscetibilidade a lesões ortopédicas, entretanto, são escassos os estudos referentes à etiopatogenia, diagnóstico e tratamento destas enfermidades na espécie bovina. A utilização do exame ultrassonográfico no caso em questão foi considerada essencial para o diagnóstico, visto que permitiu avaliação adequada das estruturas envolvidas. O tratamento conservativo foi baseado no controle da inflamação local, condroproteção e repouso, buscando a estabilização da articulação por meio da fibrose periarticular resultante do processo natural de reparo. Dessa forma, o tratamento conservativo foi considerado eficaz no presente relato, visto que o animal voltou a se locomover normalmente. Biológico, São Paulo, v.77, Suplemento 2, p.1-235, 2015