Capítulo IX – Meios de Transporte Especial – MTE 1 2 .1 . T E M A S C O R R E N T E S P A R A R E F L E X Ã O “A consciência é o interprete perfeito da vida (Karl Bart) 1 3 .E N T R E N A M I E N T O 14. El entrenamiento es parte integrante y essecial de la acción del gerente ejecutivo. El auto perfeccionamiento, como también de sus subordinados, debe ser constante, pero eso no debe ser entendido como suficiente para cambiar personas a un modelo ideal realizando simpl es entrenamientos formales. 15. La renovación de la organización no se apoya en instalaciones modernas y funcionales, ni en tecnología apurada, sino, fundamentalmente, en crecimiento humano. El hombre en crecimiento en una organización en crecimiento caracteriza la real renovación. El crecimiento del gerente ejecutivo sólo es válido cuando conduce a la madurez. Crecimiento implica en aceptar riesgos, asumir actitudes de abertura, enfrentar desafíos y nuevas experiencias, tomando decisiones de coraje e innovadoras. El crecimiento del ser humano es mucho más que entrenar. Crecimiento implica en rever e incorporar valores, optar por nuevas alternativas, nueva estrategia, nueva tecnología, nueva estructura, nueva mentalidad. El crecimiento exige, concomitantemente , la auto renovación organizacional y de recursos humanos. Sin embargo, lo que de verdad justifica el cambio es la noción de acrecimiento de valor. El cambiar por cambiar no llega a parte alguna. Los cambios deben haber justificado todos los riesgos de incertidumbre y de las expectativas. Hay la necesidad que las personas involucradas en este proceso de cambio innovador se sientan recompensados por los sacrificios y riesgos asumidos con coraje y decorridos del proceso de adaptación. Serenidad en la percepción de los desafíos, pues para cada problema mal diagnosticado, cualquier solución es inadecuada. El futuro desafía y exige, cada vez más, una visión universal para las decisiones. L.P. Jacks afirma que “El pesimista ve la dificultad en cualquier oportunidad. El optimista ve la oportunidad en cualquier dificultad”. El optimismo en el futuro es condición básica para el éxito de un gerente ejecutivo, que enfrentará los preconceptos, los cuales son para las mentes lentas, el substituto de las ideas. Sin embargo, el gerente ejecutivo de una organización lleva consigo un considerable poder, que jamás debe ser utilizado con venganzas personales o funcionales. Es necesario tener la conciencia que el poder es tan serio como inestable. Quién lo conquista debe saber convivir con él, pues es frágil, efémero, 1 peligroso, fugaz y se mueve mucho. Muchos antecipan su muerte al perder el poder, pues se olvidan que son humanos cuando están con el poder en sus manos. Controlar nuestras emociones es una actividad de tiempo integral. La rabia es el sentimiento más difícil de controlarse, la más seductora de las emociones negativas. Algunas gerentes buscan darle a ella una oportunidad en una “catarse”, pero según el psicólogo Dolf Zillmann, de la Universidad de Alabama, EUA, la mejor manera es desarmarla. Mientras más pensamos en lo que nos dejó con rabia, más “buenos motivos” y justificativas podemos inventar para quedarnos con rabia de un superior, de un subordinado o de cualquier otra persona. El amargarse la vida con e s o a l i m e n ta l a s l l a m a s d e l a r a b i a . V e r l a s c o s a s d e m a n e r a diferente extingue estas llamas. Según Zillmann, el disparador universal de la rabia es la sensación de estar en peligro. Una persona que tuvo el día difícil en su trabajo tiende a ponerse con rabia más tarde en su casa con alguna cosa. Hay una simbiosis emocional entre la casa y el trabajo. La rabia alimenta la rabia. La rabia es una secuencia de provocaciones, cada una disparando una reacción excitadora que tarda en disiparse. El gerente ejecutivo tiene, obligatoriamente, conciencia de sus emociones para evitar disgustos. La rabia no disipada por la razón, fácilmente explota en violencia. Con rabia, las personas no perdonan e se quedan lejos de alcanzar la razón. Sus pensamientos se fijan en la venganza, indiferentes a las consecuencias. La rabia “promueve una ilusión de poder e invulnerabilidad que inspira y facilita la agresión”, observa el Profesor Zillmann. Hay dos técnicas para que un gerente interrumpa el proceso evolucionista de la rabia. El profesor Zillmann sugiere: evaluar y criticar a las ideas que disparan el surto, ya que es la evaluación original de una interacción que confirma y encoraja la primera explosión de la rabia, y son las evaluaciones posteriores que provocan las llamas. Mientras más temprano ocurra la intervención en el siglo, más efectiva. La rabia puede ser completamente interrumpida si la información que busca eliminarla viene antes que la rabia tenga oportunidad de llegar. Ero hay el momento ideal para que se detenga esta escalada. La interrupción funciona bien en niveles moderados de rabia, pues en altos niveles, no hace diferencia en consecuencia de lo que se llama (incapacidad cognitiva”, en otras palabras, las personas no pueden más pensar bien. L a s e g u n d a t é c n i c a s e c a r a c t e r i za p o r l a i n t e n t a t i v a d e quedarse tranquilo, o sea, desacelerar la ira, enfriando psicológicamente y buscando distracciones. Los primeros estudios sobre esta segunda técnica fueron efectivados en 1899 y todavía permanece como 2. VIAGEM SEM VOLTA 2 Será possíve l inventar uma máquina do tempo? Como ela será? Viagens para o futuro já seriam, de certa forma, uma realidade. Albert Einstein previu que o tempo passaria mais devagar para quem estivesse mais longe do centro gravitacional da Terra, e sua teoria se provou correta. Por causa disso, a viagem mais longa para o futuro foi realizada pelo cosmonauta russo Sergei Avdeyev, que somou dois anos de missões em órbita e conseguiu avançar 0,02 segundo no tempo. Uma viagem mais "emocionante" que essa precisaria de espaçonaves capazes de vencer distâncias inimagináveis, e rápida o suficiente para o passeio não durar mais que uma vida. Se alcançar o futuro é difícil, voltar ao passado parece ainda mais. Por enquanto, a física prevê a possibilidade de viagens no t e m p o p a r a ap e n a s u m t i p o d e p a s s a g e i r o : f ó t o n s , a s p a r t í c u l a s q u e compõem a luz. A idéia foi lançada há pouco tempo, propondo o uso de aparelhos sofisticados para manipular forças eletromagnéticas. A viagem de partículas no tempo não seria tão divertida, mas fazer o mesmo com pessoas seria praticamente impossível. Não podemos voltar ao passado porque a estrutura do espaço- tempo é controlada por campos gravitacionais. Para fazer o tempo se reverter, seria necessário um campo gravitacional absurdamente forte, algo que nã o o c o r r e n o S i s t e m a S o l a r . E s s e f e n ô m e n o e x i s t i r i a e m a b e r r a ç õ e s cosmológicas como buracos negros, mas mesmo que alguém consiga chegar a esse local, dificilmente sobreviverá para contar a história. F o n t e : N O V E L L O , M á r i o , G a l i l e u E s p e c i a l , E d i t o r a G l o b o 20 0 3 p 2 8 3. QUESTÃO DE LEVEZA Porque um balão cheio de gás hélio sobe? O gás hélio sobe na atmosfera porque um volume de hélio é mais leve que igual volume de ar. A explicação pode ser dada por meio do Princípio de Arquimedes (que nasceu em Siracusa, Itália, em 287 a.C.), aplicável a todo corpo mergulhado num fluído. Imagine uma bexiga cheia de hélio. O ar em volta da bexiga exerce uma pressão sobre ela. Assim como a pressão atmosférica ao nível do mar é maior do que no alto de uma montanha, essa pressão é mais atuante na parte de baixo da bexiga do que na parte de cima. Neste exemplo, porém, a diferença de pressão é muito pequena. Essa diferença faz surgir uma força resultante sobre a bexiga, de baixo para cima, chamada empuxo se ela estiver cheia de ar, e fo r desprezado o peso da borracha, ela não cai nem sobe, porque o peso do ar é igual ao empuxo. Fonte: TIEDEMANN, Peter, Galileu Especial, Editora Globo 2003 p 28 4. POR QUE NÃO PODEMOS CRIAR ARTIFICIALMENTE PETRÓLEO? Porque ainda não foi possível reproduzir em laboratório as condições geológicas de pressão e temperatura, além do ciclo de geração transporte e acumulação do petróleo que, na natureza levou milhões de anos para ocorrer. 3 A origem do óleo está ligada a decomposição de restos animais e vegetais este s seres decompostos foram, ao longo dos anos, acumulando -se no fundo dos mares e dos lagos. A enorme pressão causada pelos movimentos da crosta terrestre e altas temperaturas transformou esses fósseis no petróleo, que se deslocou por terrenos porosos até se acumular nas bacias sedimentares. Mesmo se conseguíssemos recriar essa sequência em laboratório, provavelmente gastaríamos mais energia tentando recriar o petróleo do que a que obteríamos com ele. É mais fácil inventar uma nova fonte de energia. Fonte: Galileu Especial, Editora Globo 2003 p 42 5. DIRIGÍVEIS A história dos dirigíveis não se conta somente com episódios trágicos, como a explosão do Hindenburg, no aeródromo de Lakehurst, nos Estados Unidos, em 6 de maio de 1937. Dela fazem parte também páginas heróicas decisivas para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia. Dirigível é um balão aerostático propulsado por um ou mais motores. Compõe-se de um invólucro em forma de fuso, que contém u m a m a s s a d e g á s m a i s l e v e q u e o a r , e s t a b i l i z a d o r e s h o r i z o n ta i s e verticais e, geralmente, uma ou duas cabinas que servem para alojar os passageiros, armazenar a carga e sustentar os motores e o sistema de direção. Fundamentos e classificação. A diferença essencial entre um balão convencional e um dirigível reside na autopropulsão, que permite o controle da direção nos dirigíveis, enquanto os balões seguem o rumo das correntes de ar que encontram em sua trajetória. O resultado desse comportamento dos balões foi catastrófico para o aeronauta em muitas ocasiões. Por isso, os esforços da pesquisa aeronáutica nesse campo orientaram-se para a dirigibilidade, quer mediante mudanças nas estruturas, quer pelo aperfeiçoamento do sistema de propulsão. O aeróstato sobe porque o peso do gás contido no envoltório é menor que o peso de um volume equivalente de ar, segundo um princípio enunciado por Arquimedes. Os gases empregados com mais freqüência para esse fim são o hidrogênio e o hélio. O primeiro é mais leve, o que possibilita ao aeróstato alcançar maiores alturas e transportar maior volume de carga. Prefere-se, no entanto, usar o hélio, que tem a vantagem de não ser inflamável nem explosivo. A forma aerodinâmica ideal dos dirigíveis seria a de dois cones unidos pelas bases. Tal desenho, não obstante, gera sérias perturbações e forças de atrito que dificultam o controle do vôo. A experiência confirmou que os modelos mais adequados são aqueles de perfil semelhante a um elipsóide. No que se refere à estrutura, os dirigíveis se classificam em rígidos, semi -rígidos e flexíveis. O zepelim, dirigível projetado pelo conde Ferdinand Von Zeppelin, constitui um exemplo do primeiro grupo. Sua armação rígida lhe permite alcançar velocidades 4 superiores e maior capacidade de carga. Dirigível, um artefato de guerra Em 1709, Bartholomeu de Gusmão requeria a patente do balão a D. João V, ressaltando as vantagens militares de seu engenho: “fazendo muitas vezes duzentas e mais léguas por dia (...) se poderão levar os avisos de maior importância aos exércitos”. Era um prenúncio do caráter mili tar de que se revestiria o desenvolvimento ulterior da tecnologia aeronáutica. Em 1783, Girond de Villete, em companhia de Pilatre de Rozier, realizou uma ascensão cativa na França e notou a importância que os b a l õ e s p o d e r i a m a s s u m i r n a o b s e r v a ç ã o d o s m o vi m e n t o s d e t r o p a s adversárias. O balão ainda dava seus primeiros passos. Em 21 de novembro do mesmo ano, em Paris, Rozier e o Marquês de Arlandes realizaram o primeiro vôo livre com um balão. Suspenso por ar quente, o engenho atingiu a 3.000 mil pés de alt ura e sete milhas e meia de distância, em um vôo de apenas 26 minutos de duração. Logo depois, o físico J. A Charles sugeriu que o hidrogênio poderia ser mais eficiente do que o ar quente para promover a ascensão de balões. O hidrogênio havia sido descrito e isolado por Cavendish em 1766 e foi empregado com sucesso por Charlière, também em Paris, a 1º de Dezembro do mesmo ano. Dez anos depois, o balão já era empregado como arma de guerra. Em 1794, a França criava uma escola e dois coros de balões militares. No mesmo ano, o balão era empregado na batalha de Maubeuge e, no ano seguinte, no cerco de Mainz. A partir desse momento, o balão passava a fazer parte do arsenal de guerra. Em fins do século XIX, diversos inventores procuravam aumentar a estabilidade e dirigibilidade dos balões. O desenvolvimento das aeronaves mais leves do que o ar estava limitado pelo problema fundamental dos propulsores. Giffard havia realizado, em 1852, um vôo bem- sucedido com um dirigível impulsionado por um motor a vapor. A experiência, no entanto, não teve continuidade, pois era evidente que o motor a vapor apresentava um peso excessivo para aplicação aeronáutica. Além disso, o hidrogênio, um gás inflamável, era então empregado como elemento ascensional, o que tornava impraticáve l a aplicação do motor a vapor em dirigíveis 5 Em 1862, durante a guerra de Secessão, nos Estados Unidos, um balão cativo equipado com máquina fotográfica e telégrafo foi utilizado no cerco de Richmond. Por outro lado, durante a Guerra Franco-Prussiana de 1870, os balões foram largamente empregados. Paris, sitiada pelos alemães, construiu 66 balões que venceram o cerco inimigo e levaram mensagens às províncias exortando o povo ao combate. Gambetta, um dos lideres da resistência francesa aos alemães, deixou Paris a bordo de um balão, seguindo para Tours, onde organizou um exército para combater os invasores, confirmando 171 anos mais tarde as previsões de Bartholomeu de Gusmão. Em 1869, a Inglaterra organizou um corpo de balões militares. A Rússia o fez em 1874, seguida pela Alemanha em 1884 e pela Bélgica em 1886. As principais potências européias estavam convencidas da importância estratégica dos novos engenhos. No Brasil, o balão foi utilizado para fins militares em 1867, durante a Guerra do Paraguai, para observação dos movimentos do exército adversário. Foram empregados mais tarde motores de maior potência: o de combustão interna, testado em 1872 pelo alemão Paul Haenlein e, nove anos depois, o elétrico, graças ao trabalho dos franceses Albert e Gaston Tissa ndier. Em 1886, dois militares franceses, os capitães Charles Renard e Arthur Krebs, construíram e voaram em um dirigível movido por um motor elétrico. A aeronave denominada La France, fora inteiramente financiada pelo Ministério da Guerra francês. O motor elétrico, no entanto, apresentava o mesmo problema verificado com o motor a vapor para aplicação aeronáutica: peso excessivo em relação ao empuxo possível com a tecnologia disponível na época. Santos Dumont retomou as experiências com dirigíveis valendo se de motores a explosão e, a partir daí, diversos outros inventores seguiram sua trilha, estudando os problemas da dirigibilidade e estabilidade das aeronaves, ainda por resolver nos primeiros anos do século XX. Augusto Severo partilhou desse esforço, oferecendo uma contribuição à resolução do problema da estabilidade dos dirigíveis. Em 1893, irrompeu a Revolta da Armada, pondo em risco o governo republicano de Floriano Peixoto. Nesse momento, o Deputado Federal Augusto Severo propôs ao Presidente da R e p ú b li c a a c o n s t r u ç ã o d e u m b a l ã o d i r i g í v e l p a r a a t a c a r p e l o a r o s navios revoltosos que dominavam a Baía de Guanabara. Dessa forma, foi construído em Paris, e posteriormente trazido ao Rio de Janeiro, o dirigível “Bartholomeu de Gusmão”, projetado por Severo. O primeiro dirigível de estrutura rígida data de 1897, ano que marcou o início do apogeu dessas aeronaves. Alberto Santos Dumont e Ferdinand Von Zeppelin desenharam grande número de modelos que tiveram importantes aplicações nas três primeiras décadas do século XX, tanto em viagens transatlânticas e em explorações polares como nas batalhas da primeira guerra mundial. Ao final do conflito, adquiriram notável difusão as linhas de vôo regular, entre 6 as quais se sobressaíram a frota dos Graf Zeppelin. Alberto Santos Dumont O primeiro Hangar do mundo O primeiro Hangar do mundo foi construído em 1900. Tinha 11 metros de altura, 7 de largura e 30 de extensão. As portas de correr também foram as primeiras jamais vistas! Muitos diziam que o peso das portas impediri a de serem empurradas, mas Santos Dumont as montou sobre rolamentos, e até uma criança era capaz de movê -l a s . Dirigível nº 1 Quando Santos Dumont cogitou colocar um motor a explosão pendurado em um balão de hidrogênio duas opiniões o levaram a t o m a r p r o vi d ê n c i a s . D i s s e r a m q u e a t r e p i d a ç ã o d o m o t o r i r i a r o m p e r os cabos de sustentação. Ele cuidadosamente pendurou o seu triciclo em uma árvore para verificar como se comportava o conjunto e funcionou até melhor. Disseram que tudo iria explodir. Ele aumentou as cordas de sustentação afastando o motor do invólucro, virou o cano de escapamento para baixo e colocou as válvulas de hidrogênio na extremidade bem atrás. N a p r i m e i r a t e n t a t i v a d e d e c o l a g e m c h o c o u- s e c o n t r a a s á r v o r e s , pois decolou a favor do vento confor me foi convencido pelas pessoas que assistiam. Dois dias depois, a 20 de setembro de 1898, decolou contra o vento conforme sua concepção. Para espanto da assistência pela, primeira vez na história da humanidade um balão e v o l u i n o e s p a ç o p r o p u l s i o n a d o p o r um m o t o r a p e t r ó l e o . A p ó s e s t e evento, aperfeiçoou, sua criação nos dirigíveis 2 e 3. O nº 2, de 25 metros de comprimento, era provido de um motor de 1,5 CV de potência, pesando 30 Kg, o qual girava uma hélice a 1200 rpm, deslocando-se de forma lenta mas controlada na direção em que o brasileiro lhe apontava ! Prêmio Deutsch Os sucessos das experiências daquele pequeno brasileiro, levaram o magnata do petróleo Henry Deutsch de La Meurthe, no dia 24 de marco de 1900 a oferecer um prêmio de 50.000 francos a quem, entre 1º de maio de 1900 e 1º de outubro de 1903, partindo e retornando do campo de Saint Cloud, por seus próprios meios e sem tocar o solo ao longo do percurso, sem auxílio de terra contornasse a Torre Eiffel e regressasse ao ponto de partida em no máximo 30 minutos. A distância de ida e volta eqüivalia a 30 quilômetros. A conquista desse prêmio seria avaliada por uma comissão formada por membros do Aero Clube da França. Fez experiências com o número 4, tentou por duas vezes vencer o prêmio com o N° 5 . Em 27 de agosto de 1901, após a tentativa de vencer o prêmio, sofreu um grave acidente com seu dirigível N° 5. Houve perda de 7 gás, e o invólucro começou a murchar rapidamente. Ao perceber a gravidade da situação, Santos Dumont se amarrou à "nacele" (cesto). A cauda desceu muito e se rasgou numa chaminé, provocando uma explosão no ar. Por instantes ele permaneceu desacordado, e quando voltou a si estava pendurado no alto do Hotel Trocadero. Escalou rapidamente o cordame do dirigível, e auxiliado pelos bombeiros ainda conseguiu recuperar o motor do aparelho. Mais tarde foi intimado pela proprietária do Hotel Trocadero a pagar 150 francos pelos estragos causados por ocasião do acidente. Em 19 de outubro de 1901, (menos de dois meses após seu quase fatal acidente com o N°5 !) às 14h42min, Santos Dumont partiu com seu dirigível nº 6, com 33 metros de comprimento e 622 metros cúbicos, para circundar a torre Eiffel; após 29min30s o nº 6 encontrava -se sobre o ponto de partida. Santos Dumont Número 9 Construiu o N° 7 para participar de corridas de dirigíveis. Pulou o N° 8 por superstição (quase morreu no mês de Agosto !). Em 1903 constrói o Santos Dumont N° 9 para passear em Paris tornando -se o mais popular de todos. Com ele visitava amigos em seus castelos, descia para tomar chá nos principais restaurantes, participou do desfile das comemorações da "Queda da Bastilha" em 14 de julho de 1903, e fez ascensões noturnas. Também levou como passageiro o menino Clarkson Potter, e a i n d a f o i n e s t e d i r i g í v e l q u e p e r m i t i u q ue o u t r a p e s s o a d i r i g i s s e u m seu veículo aéreo, a cubana Aida de Acosta, a primeira mulher a pilotar uma aeronave no mundo. O primeiro ônibus aéreo – Santos Dumont Número 10 O dirigível N.º 10 era um grande aparelho de 200 metros cúbicos d e h i d r o g ê n i o , q ue p o d e r i a l e v a r q u a t r o o u c i n c o p a s s a g e i r o s e m cada barquinha, num total de 20 pessoas. Dumont acreditava poder levar passageiros no que seria o primeiro "ônibus aéreo do futuro". Em 1903, um grupo de oficiais convidou Dumont a participar da parada milita r de 14 de julho, data nacional francesa. O inventor acedeu e realizou evoluções com o dirigível N.º 9. Logo depois, escreveu uma carta ao ministro da guerra francês, oferecendo sua colaboração, e seus dirigíveis para emprego pela França em caso de guerra , exceto aquelas que se realizassem contra países do continente americano. O ministro aceitou o oferecimento, e com a colaboração de Dumont, foi construído um dirigível militar, a aeronave Patrie. Foram realizadas experiências para determinar a possibilidade de emprego de dirigíveis em caso de conflito. O maior interesse do Ministério da Guerra francês residia no rompimento de cercos. Dessa forma, o inventor deveria sair de Paris de trem, com o balão 8 d e s m o n t a d o , a t i n g i r a u m d e t e r m i n a d o p o n t o , m o n t a r o d i ri g í v e l e romper um hipotético cerco inimigo sobre uma cidade especificada, em um tempo máximo dado. Aviões Brancos no Atlântico Sul – Os dirigíveis no Brasil Abstraindo, é claro, os célebres Zepellins (Graf e Hindenburg) q u e t o d o s s a b e m o s a n d a r a m p o r a q ui n o a p o g e u a l e m ã o a n t e r i o r à guerra, pouca gente sabe que a US Navy operou no Brasil, de 1943 a 1945, com dois esquadrões de Blimp em missões de patrulha anti submarina. A idéia de desdobrar essas Unidades de Dirigíveis para o Atlântico Sul surgiu em meados de 1942, quando começou a se tornar evidente a tendência dos submarinos alemães abandonarem o Atlântico Norte em direção às águas supostamente mais seguras do litoral brasileiro. É interessante relembrar que já se tornara óbvia a i n c a p a c i d a d e d o s U- B o a ts a l e m ã e s s u s t e n t a r e m o b l o q u e i o d a s r o t a s entre a América e a Europa frente à rápida evolução dos equipamentos anti -submarino (em especial o radar). Ora, reza a boa arte da guerra que, se existe incapacidade de se atingir um objetivo de guerra proposto, é melhor começar a acionar a diplomacia. Não era essa, entretanto, a concepção pusilânime dos vassalos do Fürher, que resolveram concentrar seus ataques no nosso litoral. Não que os produtos argentinos e brasileiros não fossem importantes para o esforço de guerra aliado. Eram, mas não tão cruciais quanto o suprimento americano que atravessava o Atlântico Norte para a Inglaterra. Mas o fato é que, face às previsões, foi decidida a ativação de uma Wing de dirigíveis em território brasileiro com dois esquadrões de oito blimps cada. Seriam a Fleet Airship Wing Four e os Esquadrões ZP -41 e ZP -42 que operariam, inicialmente os blimp modelo K e, depois, com o modelo M (que nunca chegou ao Brasil). O problema é que os óbices a serem vencidos foram superiores à s e s t i ma t i v a s e , d e p o i s d e m u i t o s e p l a n e j a r , a W i n g s ó s e r i a ativada em Recife em julho de 43, com o ZP -41 previsto operar do Amapá, Igarapé Assu e São Luiz e, o ZP -42, de Fortaleza, Maceió, Ipitanga e Noronha. O p r i m e i r o b l i m p , a c h e g a r a o B r a s i l , o K- 8 4 d o Z P - 4 1 , p o u s o u na sede do esquadrão no Campo do Pici, em Fortaleza, em 27 Set 43, ou seja, já tarde para ajudar contra a grande blitz que os s u b m a r i n o s f i z e r a m e m j u l h o . M a i s a t r a s a d o a i n d a , c h e g o u o K- 7 3 (novembro de 43) na sede do ZP -4 2 e m M a c e i ó . S a n t a C r u z, n o R i o , f o i n a t u r a l m e n t e e s c o l h i d a p a r a s e r s e d e d o órgão de manutenção de grandes revisões e reparos, pois o hangar alemão lá estava. A operação dos blimps fez uso desmedido da mobilidade característica da arma aérea. E o improviso também se fez presente de modo continuado. Os blimps operaram destacados em uma infinidade de lugares (Igarapé Assu, Amapá, São Luiz, Pici, Recife, Noronha, Maceió, Ipitanga, Caravelas, Vitória e Santa Cruz) e os 9 esquadrões alternaram suas sedes entre o Pici, São Luiz e Maceió freqüentemente. Conquanto a grande ofensiva alemã já houvesse sido rechaçada, foi extraordinariamente expressiva a quantidade de missões de cobertura de comboio efetuadas pelo ZP -41 e ZP -42. Ademais, os blimps foram usados em incontáveis missões de salvamento e para quebra-galhos de toda ordem. Os Modelo K, pelo que nos é dado inferir, não eram muito maiores do que os que andam voando pelo Rio hoje. Até possuíam uma certa semelhança. Tinham capacidade limitada de carga (4 tripulantes e 1 bomba de profundidade) sendo- nos desconhecida sua autonomia, mas é de se supor que fosse bem grande. No Brasil, os Blimps jamais chegaram a se defrontar com nenhum submarino alemão, o que pode ter sido uma sorte ou uma decisão deliberada. O resultado de tal confronto dificilmente lhes seria favorável. Existe, todavia, literatura registrando um afundamento na Florida, embora ele não conste da publicação German, Japanese and Italian submarines losses, World War II (OPNAV-P 3 3 -100 New 5-460 do Chief of Naval Operations,Navy Department) que consultamos. A presença dos Blimps no Brasil deixou muitos vestígios na FAB. Uma grande parcela dos alojamentos ainda existentes em Santa Cruz foi herdada da Base Naval americana. As instalações de C a r a v e l a s e x i s t e m a t é h o j e , e m b o r a a B a s e p r e vi s t a p a r a o l o c a l nunca tenha sido ativada - o local serviu apenas como ponto de reabastecimento, possuindo apenas uma pequena guarnição. Em Noronha, também, ainda se podia, a uns dez anos atrás, encontrar o círculo de asfalto, próximo à cabeceira, usado como ponto de mastreamento. E, em Maceió, o grande pátio de asfalto onde ficava a Base do ZP -42 (cerca de um quilômetro ao sul do aeroporto) ainda é visível do ar. Abaixo estão relacionados algumas informações extraídas do H i s t ó r i c o d o s E s q u a d r õ e s Z P - 4 1 e ZP - 4 2 : 08 Jan 44 - K -36 avista 3 barcos salva - vidas a cerca de 240 milhas ao sul de Noronha. Eram náufragos do furador-de -bloqueio Rio Grande afundado pelos Cruzadores Jouett e Omaha. 13 Jan 44 - K -98 localiza náufragos do furador-de-b l o q u e i o Burgerland também afundado pelo Jouett e Omaha. 17 Jan 44 - K -36 colide com o terreno em meio à nevoeiro em Cabo Frio com perda total do material. 23 Jan 44 - K -118 voando de Paramaribo para o Brasil, avista B25 acidentado ao norte de Macapá. 0 4 F e v 4 4 - K - 9 0 e K- 1 1 4 r e s g a t a m s o b r e v i v e n t e s d e u m A- 3 0 Baltimore canadense acidentado próximo de Amapá. 07 Fev 44 - K -90 se acidenta em Igarapé Assu . 11 Fev 44 - K -106 e K-114 resgatam sobreviventes de dois B-25 acidentados na selva no Amapá. 0 5 M a r 4 4 - K - 1 1 4 r e s g a t a s o b r e v i v e n t e s d e B- 2 4 a c i d e n t a d o a 20 milhas de Belém. 1 7 F e v 4 4 - K 1 1 0 e K- 9 8 r e a l i z a m , a p a r t i r d e F o r t a l e z a , b u s c a 10 de B -24 desaparecido no mar. 18 Fev 44 - K -98 localiza no mar carga de pelotas de borracha do furador-de-bloqueio Rio Grande (essa carga acabou quase toda recuperada, ou pelos navios americanos, ou por ter ido dar na praia). 03 Mar 44 - K -110 presta socorro à Catalina acidentado no litoral norte de Fortaleza. 22 Mar 44 - K -110 localiza avião de treinamento da FAB pousado na praia próximo de Santa Cruz. 21 Abr 44 - K -73 localiza PV-1 acidentado na Bahia. 07 Jun 44 - K -131 localiza e resgata tripulação de A -20 acidentado em Turiassu. 08 Jul 44 - K -125 conduz Presidente Getúlio Vargas, Ministro Salgado Filho, Brig Trompowsky e Brig Duncan para assistirem exercício anti -submarino da FAB em frente à Marambaia. 11 Jul 44 - K -125 realiza busca para localizar avião da FAB que havia amerissado na Baía de Sepetiba. 22 Jul 44 - K -128 participa da busca de sobreviventes da Corveta Camaquã da Mari nha Brasileira. 23 Jul 44 - K -128 participa das buscas de avião do NATS (Naval Air Transport Service) acidentado próximo a Maceió. 21 Set 44 - K -117 localiza destroços de avião da Cruzeiro acidentado na Bahia. 25 Set 44 - K -128 participa de busca de B -29 desaparecido próximo de Noronha. 22 Nov 44 - K -52 realiza busca de Martin PBM acidentado no mar na Bahia. 27 Nov 44 - Catalina da Fleet Airship Wing 4 se acidenta próximo de São Luiz com 22 pessoas à bordo com perda total de pessoal e material. 1 3 J a n 4 5 - K - 1 2 5 , a p a r t i r d e S a n t a C r u z , e , K- 1 3 2 a p a r t i r d e Caravelas, efetuam busca de B-26 da US Navy desaparecido na rota (este avião pousou em emergência em um pequeno campo ao sul de Vitória - provavelmente Guaraparí). 3 0 M a r 4 5 - ZP - 4 2 r e c e b e o r d e n s d e r e t o r n o a o s E s t a d o s U n i d o s . 04 Abr 45 - K -108 localiza C-45 da FAB que fizera pouso forçado no Amapá. 13 Jul 45 - K -98 localiza A -26 acidentado 0 2 O u t 4 5 - ZP - 4 1 é d e s a t i v a d o . Os dirigíveis de volta "É no mínimo curioso notarmos que quando escutamos a palavra dirigível, logo vem a nossa mente as terríveis imagens de 06 de maio de 1937 com o célebre acidente que destruiu, pelo fogo, o Hindenburg em Lakehurst, New Jersey (USA). Passados mais de 60 anos do trágico acidente, ainda associamos estas magní ficas e extraordinárias máquinas de voar ao inexplicado acontecimento. Atualmente muitos países estão pesquisando os dirigíveis, entre eles: Estados Unidos, Rússia, China, Canadá, Austrália, Alemanha e 11 Inglaterra. O primeiro lugar no "ranking" dos países é a Rússia com o projeto: THERMOPLANE ALA-600, estima-se transportar na ordem de 600.000 Kg de carga. Curiosamente, países com grandes dimensões territoriais como o Brasil são os alvos dos fabricantes. Existem basicamente dois tipos de dirigíveis: o não ríg ido (ou flexível, "blimp") e o rígido. A diferença básica entre os dois é que o não rígido colapsa quando o gás é removido, e o rígido (ou Zeppelin) que foi construído na Alemanha no início deste século, conforme invento do Gal. Aeronauta Von Zeppelin, não colapsa quando removido o gás de seu interior graças a estrutura que sustenta o envelope. Os dirigíveis tem múltiplas aplicações, entre elas: Publicidade e propaganda (fixador de imagem, estima-se que em grandes centros urbanos a aeronave é vista por apro ximadamente 30 milhões de pessoas num prazo de 6 meses), para cobertura jornalísticas e esportivas sobretudo para emissoras de televisão, companhias de correios em áreas de acesso mais difícil, como extensas áreas do A m a z o n a s , g u a r d a c o s t e i r a , p r o g r a m a s t ur í s t i c o s e s p e c i a l m e n t e n o eco-turismo, em situações de emergência (desastres, enchentes, incêndios e outras calamidades públicas) pois esta aeronave leva vantagem sobre seu competidor imediato, o helicóptero em termos de custo (aproximadamente 50%), capacidade e segurança. Além de outras aplicações como por exemplo: promover o aproveitamento econômico dos espaços vazios do País com evidentes benefícios sociais e respeito a natureza: desbravamento e ocupação racional da Amazônia, transporte de produtos agro-pastoris, casas pré fabricadas para implantação de pequenas comunidades e pelotões militares, pesquisas de minérios, transporte de equipamentos para construções pesadas e operação de obras de engenharia (pontes, micro-usinas, etc), transporte de veículos em geral, excursões turísticas, atendimento aos serviços de proteção, segurança de fronteiras e assim por diante. Podem, ainda, quando transformados em pequenos postos de saúde ou hospitais móveis, atender as diferentes comunidades espalhadas pelas regiões em desenvolvimento. Segundo pesquisa recentemente divulgada nos Estados Unidos da América, a partir de opiniões obtidas sobre eficácia das mais v a r i a d a s f o r m a s d e m í d i a d i s p o n í v e i s , c o m p r o v o u- s e q u e o s d i r i g í v e i s p r o v o c a m u m e f e i t o r e s i d u a l d i f i c i l m e n t e a lc a n ç a d o p o r outras mídias durante campanhas publicitárias. Hoje cerca de 15 veículos comerciais desse tipo sobrevoam os céus dos EUA, 5 estão no Japão, 4 na Europa, 3 na Austrália, 2 no Canadá, 2 na Coréia e 1 no Brasil (Goodyear, agora em parceria com a Rede Globo). Uma coisa é certa e a maioria dos especialistas concordam: já está em andamento uma nova revolução na aviação mundial e é o retorno dos dirigíveis, obviamente dentro de um novo conceito. Estima-se que até 2010 os céus estarão novamente repleto s destes "transatlânticos voadores". Enfim, como pode-se verificar, o retorno dos dirigíveis é uma 12 realidade já em processo adiantado na Europa e América do Norte e inevitável para países com as dimensões territoriais do Brasil. Navegação de Dirigíveis Autônomos Veículos mais leves que o ar (LTAs, do Inglês Light Than Air), também conhecidos como dirigíveis, são artefatos aéreos compostos basicamente por um balão (ou balões) para sustentação e motores a hélice para propulsão. Pesando as vantagens e desvanta gens dos LTAs, vê -se claramente que uma boa aplicação para eles é o sensoreamento remoto e observação aérea usando pequenas aeronaves. Uma vez que os LTAs podem voar muito próximos ao solo por longos períodos de tempo e com uma interferência mínima sobre o ambiente, os dirigíveis preenchem uma lacuna nas escalas de observações aéreas, provendo imagens com melhor resolução e muito maior flexibilidade de aquisição que aquelas adquiridas através de satélites ou aviões. A monitoração e vigilância de áreas de preservação ou de acesso restrito são exemplos de tarefas que requerem uma tal capacidade de aquisição de imagens. Uma vez que tais tarefas observacionais podem ser tediosas ou mesmo perigosas, e considerando ainda que o hélio (usado nos balões de sustentação) é um elemento caro e aeronaves pequenas seriam preferíveis, LTAs autônomos seriam ideais para tais atividades. LTAs autônomos são robôs aéreos - dirigíveis equipados com sensores e guiados por controles computacionais baseados nas informações coletadas por esses sensores. A natureza aérea dos LTAs e o tipo de aplicação aqui discutida tornam sensores visuais (como, por exemplo, câmeras de vídeo) mais indicados para dirigíveis autônomos. A pesquisa envolvendo LTAs autônomos está ainda em sua infância. Embora existam alguns esforços correntes direcionados à construção de LTAs autônomos, um ferramental científico sólido para o controle e a navegação visualmente guiada de LTAs está ainda longe de ter sido estabelecida. Portanto, essa representa uma estrada aberta para importantes trabalhos originais. Este projeto propõe o desenvolvimento de um sistema de navegação aérea visualmente guiada para dirigíveis autônomos. Usando um conjunto de marcos visuais (objetos de calibração com propriedades geométricas e visuais conhecidas) como um referencial, o dirigível estará apto a estimar sua posição e orientação no espaço tendo então uma maneira de desempenhar automaticamente manobras de navegação. Espera-se ainda que o sistema seja capaz de aprendizagem, selecionando e e xplorando novos objetos de calibração à medida que realiza seu trajeto e, dessa forma, criando um espaço navegável conhecido para si mesmo à medida que progride em sua missão. O Ministério da Ciência e Tecnologia estuda uso de dirigíveis para monitorar espaço O monitoramento de reservas ambientais brasileiras e das linhas de transmissão de energia localizadas em todo o território nacional 13 pode vir a ser feito por dirigíveis, nos próximos anos. Esta perspectiva está sendo avaliada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Os técnicos do ministério estimam, conforme cálculos iniciais, que o uso destes dirigíveis - que já vem sendo feito por outros países - permite uma observação aérea bem mais barata e segura q u e o r e a l i z a d o a t u a l m e n t e p o r o u t r a s a e r o na v e s . Para estudar esta possibilidade levando-se em conta a realidade e o clima do Brasil, o ministério está apoiando um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (em São Paulo) e do Centro de Pesquisas Renato Archer (de Campinas/SP). A idéia, que conta com a coordenação dos pesquisadores Fredy Sudbrack, Josué Júnior e Carlos Alberto Barroso, está sendo retomada de um projeto iniciado por grupos das universidades de São José dos Campos e de Campinas, em São Paulo, na década de 70. Os três profissionais estiveram, recentemente, na Alemanha e na Inglaterra, onde trocaram experiências com especialistas no assunto. Em Cambridge - Inglaterra - eles participaram da convenção anual da Associação Internacional do Dirigível. E na Alemanha, visita ram a fábrica de dirigíveis, que é considerada a mais tradicional linha de montagem deste segmento no mundo. Segundo Fredy Sudbrack, assessor da Secretaria de Política Tecnológica e Empresarial do MCT, os dirigíveis utilizados hoje são semelhantes aos anti gos "Zepellins" do início do século, embora tenham concepção tecnológica totalmente renovada. Sudbrack contou que, além de oferecerem segurança, os equipamentos utilizados nos dirigíveis vêm sendo aperfeiçoadas a cada dia em todo o mundo, por peritos em a eronáutica. Em Cambridge, os brasileiros aproveitaram para mostrar um sistema desenvolvido no Brasil, chamado de "guiagem de dirigíveis", que permite o controle dessas aeronaves de forma automática ou remota, o que dispensa a presença de um piloto. U m a vi s ã o f u t u r i s t a Os dirigíveis foram largamente utilizados desde o princípio do século até a década de trinta como um meio viável de transporte de cargas, de passageiros e, até mesmo, para fins bélicos. Entretanto, os materiais disponíveis naquele tempo para construção dos dirigíveis não eram seguros nem confiáveis. Isto resultou em um grande número de sérios acidentes, o que levou ao seu desuso. Recentemente, o desenvolvimento de novas tecnologias e de novos materiais sintéticos, assegurou aos dirigíveis a oportunidade de serem construídos de forma mais segura e eficiente. Entretanto, o processo de manuseio, ou seja, a descida até ao solo para carregar e descarregar, e o processo de atracamento em terra permanecem complexos e demorados até hoje. C o m o i n t u i to d e s o l u c i o n a r e s t e d i l e m a d e m a n u s e i o , 14 d e s e n v o l v e u- s e o p r e s e n t e p r o j e t o . E l a v i s a p e r m i t i r o u s o d e dirigíveis como simples balões presos a um sistema de direção que os mantém perto do solo à altura desejada. E s s e s i s t e m a c o n s t i t u í- s e d e u m b a l ã o c o m o f o r m a t o d e u m dirigível, construído com material sintético ('Kevlar' por exemplo), inflado com gás hélio ou hidrogênio. Deverá ter compartimento para transporte de carga ou de passageiros. O sistema de guiagem utiliza duas linhas de torres paralelas, com espaço livre entre elas. A altura das torres varia de acordo com as diferentes elevações do solo. Sobre essas torres serão colocados, de forma contínua, tubos ou chapas de aço que servirão de guias, e que passaremos a chamar de 'trilhos'. N o e s p a ç o l i v r e en t r e a s t o r r e s o b a l ã o s e m o v i m e n t a r á p r e s o aos trilhos através de tirantes. A fixação dos tirantes aos trilhos será feita através de roldanas, sapatas, rodas dentadas ou outro sistema que facilite o deslizamento. Temos, assim, uma estrada suspensa, construída de trilhos sobre torres, com o balão preso aos trilhos, através de tirantes, transitando a uma altura desejada. Santos Dumont recebeu o título de "Pai da Aviação", com o posto de Marechal-do-Ar, pela Lei nº 7.243, de 06 de novembro de 1984. Por ingerência de D. Anésia Pinheiro Machado (Decana Mundial da Aviação Feminina), uma das crateras da Lua recebeu o nome de Santos Dumont. Esse fato foi divulgado oficialmente pelo astronauta americano Michael Collins, Diretor do Museu Nacional do Ar, em W a s h i n g t o n, E s t a d o s U n i d o s , e m n o m e d o C o m i t ê d e N o m e n c l a t u r a da União Astronômica Internacional O ser humano jamais aceitará seus limites. Mesmo porque, a ultrapassagem de tais limites tem propulsionado a expansão mesma da força criadora desse ser - à exceção de to dos da natureza - que supera em maestria o que lhe falta por condição. A história do homem tem demonstrado esse permanente esforço de superar os limites físicos do corpo; a sua constrição e inabilidade intrínsecas em relação a outros seres tem sido enfrentada e desafiada de vários modos. Assim, da impossibilidade de ter a força da gravidade como aliada de seu corpo inapto para o vôo, o homem faz nascer uma história carregada de significação: a história aeronáutica. Evolução do balão ao dirigível. A criação de um artefato de guerra. Fonte: www.museutec.org.br/resgatememoria2002 15