Software Estudo da Teoria da Mente em Autistas Creice Barth (NIEE/UFRGS – [email protected]) M.sc. Liliana Maria Passerino (ULBRA/FEEVALE – [email protected]) Dra. Lucila M. C. Santarosa (NIEE/UFRGS – [email protected]) Autismo -Limitadas condutas verbais e comunicativas; -Trato ritualístico de objetos; -Relações sociais anormais; -Comportamento ritualístico; -Autoestimulação Teoria da Mente • É a capacidade de atribuir estados mentais a ele mesmo e a outras pessoas e dessa forma poder predizer o comportamento dos outros a partir das suas crenças, desejos e intenções representadas no estado mental. (Howlin et alli, 1999) A partir de estudos realizados com chimpanzés por Premack e Woodruff na década de 70, esse conceito para o estudo do autismo foi aplicado por três investigadores: Baron Cohen Leslie Frith, que afirmaram que o transtorno psicológico básico do autismo seria um déficit na capacidade de predizer relações entre estados externos e estados internos (Cuxart, 2000). Falsa-crença • A falsa-crença é uma tarefa que consiste em mostrar uma situação compartilhada por dois sujeitos, com a mesma crença, e depois que um dos sujeitos sai de cena, o segundo altera o contexto. • Consiste em deduzir qual será a crença que o primeiro personagem terá quando voltar à cena. • Crianças pequenas e autistas em geral não percebem que a situação alterada pelo segundo sujeito é desconhecida para o primeiro e portanto este terá uma falsa-crença da situação. Teoria da Mente e Autismo • Autistas estão impedidos na aquisição de uma teoria da mente, pois ela oferece uma explicação para as principais características da síndrome: Comportamento social; Domínio da linguagem e da comunicação. • Possibilidade de prever determinados comportamentos bizarros e estranhos, característicos de indivíduos da teoria da mente. (Tager-Flushberg e Sullivan (1995)) Software Público-Alvo Sujeitos portadores da Síndrome dos Transtornos Invasivos do Desenvolvimento E Autistas, alfabetizados ou não. Objetivos do desenvolvimento do software: Projeto atualmente desenvolvido pelo Software de Autoria Everest para a graduação da Faculdade de Pedagogia Multimeios e Informática Educativa – PUCRS - Brasil Objetivo do software: Analisar e auxiliar no desenvolvimento da Teoria da Mente com sujeitos atendidos pela ONG RedEspecial-BR. Início da elaboração do software Descobrindo Emoções • Desenvolvido a partir do Software de Autoria Toolbook; • Apenas desenhos (2D) • Protótipo • Desenvolvido em 2002 NÍVEL 1 NÍVEL 2 Resultados Estudo de Caso • Este software foi testado com autistas do tipo moderado primeiramente em 2002. Para os não alfabetizados, as perguntas foram lidas. Principais Resultados •Para a cena do Aniversário de Carla, o aluno M. • Para as cenas apresentadas muitos alunos não reconheceram as Respondeu que Maria ficou Triste no Aniversário expressões faciais de medo, raiva, de Carla; triste e alegre; • “Como você se sentiria?”. “Raiva”, respondeu M. tentando “acertar”. Alunos responderam de forma ecolálica; “Você tem certeza?” – “Não” – respondeu M. mais citadas foram: Feliz (dobro • As Nasemoções respostas as emoções não se das outras), triste, raiva e medo, nesta ordem. encaixaram nas situações. Considerações Finais •Atualizações do Software • O software Descobrindo Emoções está em desenvolvimento, suas alterações serão: Expansão dos níveis da Teoria da Mente; Aplicação de atividades pedagógicas; Reelaboração do material gráfico (troca dos desenhos por fotos digitalizadas); Adição de áudio. Considerações Finais Novos Estudos de Caso • Após dois anos de atendimentos especializados, M. interagiu pela segunda vez com o software. • Neste ano (2005), M. continua interagindo com o software no laboratório de informática. Considerações Finais Como fechamento, gostaríamos de colocar que o Software permite verificar os déficits da Teoria da Mente dos sujeitos observados. Permanecem em aberto as questões de Astington(2001) relacionadas ao papel da Linguagem e do Mediador nas experiências da Teoria da Mente, cujo estudo deverá ser através de grupos de controle, permitindo identificar o papel do mediador e seu apoio lingüístico adicional fornecido na interação do software. Obrigada!