ano 05_edição 41_abril_2008 Bem-vindos calouros, bem-vindos formandos uma publicação mensal da FEA-USP Encontro de gerações FEA na Aula Magna: Jacinto Bebiano Simões Ferreira, aluno da turma de Economia de 1957, professor Azzoni e alunos do Centro Acadêmico À primeira vista, o título desta reportagem do jornal bem organizadas –, a movimentação tem um ponto Gente da FEA pode parecer errado. Bem-vindos comum importante, expresso no fato de que a FEA calouros, tudo bem. Mas bem-vindos formandos? é uma instituição que tem história, que se destaca É isso mesmo. Em um começo de ano intenso, com no presente e que tem futuro. “Na FEA não há inúmeras atividades, a FEA recebeu os calouros de ex-alunos, há alunos de diferentes gerações”, des- 2008, realizou a Colação de Grau dos alunos de tacou o professor Carlos Azzoni, diretor da FEA, 2007, premiou o trabalho de alunos e professores, na abertura da noite de cerimônia da Aula Magna, recebeu ex-alunos e ainda premiou, com o Econo- afirmando aos calouros ter a confiança de que “car- teen, “possíveis futuros alunos” do curso Colegial. regarão o orgulho de ser Feano para as gerações que Atividades à parte – e elas foram muitas e muito os sucederão”. (CONTINUA NA PÁGINA 6) PAINEL Uma síntese da Aula Magna de Guilherme Peirão Leal p.02 FEA PROFESSORES Idéias para uma década de desenvolvimento p.04 Os muitos talentos da professora Diva Benevides Pinho p.10 E AINDA... FEA CCInt p.03 FEA X FEA p.08 FEA FUNCIONÁRIOS p.12 ANÁLISE E OPINIÃO #02 “O sonho é imutável. Nunca deixem de sonhar” “Modelos de produção têm que ser alterados em prol da sustentabilidade. Acreditem na possibilidade de transformação que vocês têm. O ambiente da FEA é propício para isso.” CONVIDADO A PROFERIR A AULA MAGNA de cabeça nessa aventura, me apaixonei… Não se sabe o DESTE ANO, que constrói o que. Você constrói a empresa mas a empresa GUILHERME PEIRÃO LEAL, 59 ANOS, EX-ALUNO DE FEA DA ADMINISTRAÇÃO DA te constrói... Era uma empresa pequena ainda, em 1979, e aí E HOJE CO-PRESIDENTE E ACIONISTA cresceu 30 e tantas vezes na década de 80. No início da década NATURA, TRAJETÓRIA FEZ UM RELATO DE SUA E TRANSMITIU À ATENTA PLATÉIA DE CALOUROS UMA MENSAGEM PROVOCATIVA, de 90, a Natura renasceu também. Se funde e vai para o divã (eram várias pequenas empresas antes), vai se perguntar o que quer do mundo”, relembrou. À A razão de ser da empresa surgiu de modo mais claro com a O empresário começou por promoção Bem-Estar – Estar Bem. “Bem-estar, relação de você relatar sua chegada à FEA. Filho de pais com você mesmo, e Estar Bem, a sua relação com o mundo – e de classe média, recebeu uma educação essas coisas interagindo e se relacionando. Nessas crenças, a mais de qualidade mas, como muitos jovens, básica de todas é a de que a vida é uma cadeia de relações. A não sabia bem o que fazer ao terminar vida não se define sozinha. Não é só o ser humano, é a bactéria, o colegial. Pensava em Engenharia, o ar, se você quer estar bem você tem que pensar no todo, se Psicologia. pensar no todo tem que pensar na parte”, afirmou. CIDADANIA. “Já COM FORTE tinha APELO começado a trabalhar, porque a coisa em casa estava A sociedade, lembrou ele, vivia um momento de apertada. Então procurei uma faculdade reorganização, as ONGs começavam a surgir e a empresa não paga, à noite. Tive a sorte de fazer participou de uma série de episódios na década de 90, o Instituto o exame e ser aceito nesta casa. Muito Ethos, por exemplo. Assim foi sendo construído “um sucesso me orgulho de ter estado aqui de 1969 a econômico relevante, uma marca de valor, um patrimônio que 1973, 1974”, disse ele. passou a ser mais do que econômico, simbólico de um Brasil Jovem, com 19 anos, ele chegou para que é possível dar certo dentro da ética”. Para Guilherme Leal, a primeira aula de Administração após a mudança necessária hoje “é mais profunda, de valores, tem um dia de trabalho. Namorar era depois modos de produção e modelos de consumo que têm de ser da aula na FEA, contou. “Acelerando, a alterados se quisermos encontrar patamares sustentáveis. Vocês vida me levou… Nos meus dez primeiros estão entrando em uma instituição de excelência. Ousem anos trabalhei em banco, depois na ser honestos, acreditem na sua capacidade de transformar Fepasa, e tive a sorte de ser mandado o mundo. Tenham humildade para ouvir e aprender. Não se embora da Fepasa por questões políticas. constrói conhecimento sem a humildade de ouvir. Mas não Aos 29 anos a vida me colocou diante sejam humildes a ponto de não acreditar na possibilidade de da possibilidade de embarcar em uma transformação que vocês têm. Tem uma frase do Fernando fascinante aventura, que foi a Natura.” Pessoa que diz que a única coisa que é imutável é o sonho. Guilherme Leal tinha apenas um pequeno Nunca deixem de sonhar. É isso que eu desejo para vocês. capital, a indenização recebida da Fepasa e meio terreno na Granja Viana. “Entrei Sejam felizes!” GUILHERME PEIRÃO LEAL CO-PRESIDENTE E ACIONISTA DA NATURA (TRECHOS DA AULA MAGNA DE 2008) FEA CCInt CCInt e Clube Internacional organizaram vários eventos especiais para receber 40 estudantes de diversos países. Muita informação e cultura #03 Primeira na USP e no Brasil a promover o intercâmbio de estudantes com faculdades de outros países, há 22 anos, a FEA é também a que mais recebe estudantes do exterior. Neste semestre, 40 intercambistas de diversos países estão aqui. Para recebê-los, a FEA preparou muita informação, eventos e um pouco da história e da cultura brasileira. Para começar o ano, foi realizada a Semana de Recepção aos Intercambistas, que segue os preceitos das universidades participantes dos convênios, mas que no Brasil, segundo o professor Edson Luiz Riccio, presidente da Comissão de importância fundamental no processo Cooperação Internacional (CCInt-FEA), “mostra um pouco da de ajudar os estrangeiros a se adaptarem. habitual cordialidade brasileira”. Para Maria de Lourdes Silva, a A começar pelo site que fornece Malú, Chefe de Serviços Internacionais da CCInt, a recepção é informações sobre o país, a cidade de de extrema importância pois fornece informações básicas para São Paulo, a USP e a FEA (http://www. a segurança e bem-estar dos alunos. Entre elas, como funciona clubeinternacional.org/index.html). No a faculdade, direitos e deveres, meios de transporte, notas, dia 23 de fevereiro, o Clube organizou freqüência, acesso à biblioteca etc. um passeio ao centro histórico de São Para que um estudante estrangeiro queira vir estudar na Paulo. “Eles gostaram especialmente do FEA, além de investir nos convênios, é preciso priorizar o mercadão”, conta Roberta Alves, membro relacionamento. Por isso, a CCInt-FEA realiza uma série de do Clube Internacional. “Eles gostaram eventos, com o apoio do Clube Internacional. Os resultados muito das frutas expostas, do pastel de são fáceis de comprovar: de acordo com Marcio Fernandez bacalhau e do sanduíche de mortadela”, Cuzziol, Assistente de Relações Internacionais, em 2001 havia complementa Maysa Hathner, também seis intercambistas e neste semestre já são 40. do Clube. À noite foi a vez do clube de Para o professor Riccio, os intercambistas apreciam, entre salsa e casas de samba e de forró. Mas o outros aspectos, a enorme diversidade cultural do país e, ao grande sucesso deste ano foi a viagem a voltarem, relatam as boas experiências vivenciadas. O interesse Maresias, no dia 7 de março. crescente, segundo ele, também se deve ao fato de que alguns A maior preocupação de Leandro países “acreditam que o Brasil representa um sonho de esperança Ramos, membro idealizador do Clube para o mundo”. Já os brasileiros que vão ao exterior são o espelho Internacional é que a consciência da não só da FEA mas do Brasil, lá fora. Além de vivenciarem importância do relacionamento com outras culturas e formas de aprendizado, os brasileiros divulgam os estudantes estrangeiros se amplie o alto nível de ensino e pesquisa para outras pessoas e que o Clube desenvolvidos aqui. Internacional continue a desempenhar Do centro histórico a Maresias o seu papel. A participação no Clube é Prof. Riccio: “Alguns países acreditam que o Brasil representa um sonho de esperança para o mundo” O Clube Internacional, um trabalho voluntário, feito com muita parceiro da CCInt, tem responsabilidade e comprometimento. Intercambistas 2008: além da qualidade do ensino, os estudantes estrangeiros apreciam a diversidade cultural do país PAINEL #04 Idéias para uma década de desenvolvimento e bem-estar “À medida que o mundo cresce mais, a pressão em termos de uso de recursos naturais aumenta muito. Isso se revela no aumento do preço desses recursos.” “O QUE DEVE SER FEITO NOS PRÓXIMOS quadro de maior acesso a novas tecnologias e uma redução 20 MESES PARA A QUE A DÉCADA QUE SE no custo de acesso ao capital; de outro, importantes mu- INICIA EM JANEIRO DE 2010 TRAGA PARA danças demográficas. TODOS OS BRASILEIROS A SEGURANÇA, Quando se ajusta as projeções do PIB pelo poder de com- A QUALIDADE DE VIDA E O BEM-ESTAR pra, verifica-se que em 2030 os países em desenvolvimento CORRESPONDENTES ÀS POTENCIALIDADES responderão por mais de 61% do PIB global. Hoje respon- DO PAÍS?” Essa foi a pergunta colocada dem por menos de 48%. Em 2015, o PIB chinês será maior pelo ex-reitor da USP Jacques Mar- que o da Europa. Entre 2015 e 2020, o PIB dos EUA deverá covitch aos expositores do seminário ser ultrapassado pelo da China, que representará 22% do PIB Brasil 2020, que reuniu na FEA em mundial (atualmente representa 13%). março os professores Otaviano Canu- Nesse mesmo período, a segunda força em curso é a tran- to dos Santos Filho, Carlos Roberto sição demográfica. Com base nas taxas de natalidade e mor- Azzoni e James Terence Coulter Wri- talidade, é possível projetar uma população mundial crescen- ght. O evento foi organizado com o do de 6,2 bilhões, em 2001, para 7,2 bilhões em 2015 e 8,1 objetivo de preparar o Colóquio Bra- bilhões em 2030 (um bilhão de pessoas a cada 15 anos). A sil 2020, Uma década promissora para expansão populacional será bem maior nos países em desen- o Brasil?, que a USP programou para volvimento. Além disso, o mundo terá uma janela de oportu- junho em homenagem aos 60 anos de nidades fantástica, em virtude da redução da população em atividades acadêmicas de seu ex-reitor idade não produtiva (menos de 15 anos). Haverá ainda um José Goldemberg. aumento da população com mais de 65 anos. Cada um dos expositores procurou À medida que o mundo cresce mais, a pressão em termos dar uma contribuição para responder à de uso de recursos naturais aumenta muito. Isso se revela no pergunta colocada por Marcovitch. Leia aumento do preço desses recursos (petróleo, metais e, mais abaixo o resumo das apresentações. recentemente, dos alimentos). A expansão dos investimentos na China e na Índia gera uma grande demanda por aço, Otaviano Canuto estanho e outros metais. Outra mudança causada pelo au- Novo padrão de crescimento mento do PIB nos países mais pobres é a tendência para uma Otaviano Canuto apresentou ten- alimentação mais rica em proteínas de origem animal. dências de caráter mais global a partir A mensagem que fica é que nos próximos 15 a 25 anos de cenários de crescimento econômi- haverá enorme leito de oportunidades que, se soubermos co e evolução demográfica elaborados aproveitar, poderá nos levar em 2020 a um Brasil muito mais pelo Banco Mundial em 2005. Nos saudável, com melhor distribuição renda. próximos 15 a 25 anos, haverá o confronto de duas grandes forças. De um Carlos Roberto Azzoni lado, uma nova configuração da eco- Os riscos de não fazer nada nomia mundial, um novo padrão de O diretor da FEA, Carlos Roberto Azzoni, mostrou os crescimento que tem na sua raiz um resultados de um modelo que permite prever o comporta- “Se não houver mudanças até 2023, o crescimento continuará concentrado na região Sudeste, a mais rica, onde ele já é grande.” mento da economia brasileira até 2023. Levando em conta o as empresas incorporam novos conhe- cenário mundial, o modelo chega a cenários para a economia cimentos, novas formas de atuar e no- nacional e a cenários regionais compatíveis com os cenários vas políticas de gestão de pessoas que mundiais. Faz também cenários compatíveis com mudanças as tornam mais fortes e mais capazes de de tecnologia, de hábitos, demográficas etc. competir. São processos longos, de 10, Esse modelo indica que o PIB brasileiro poderia crescer #05 15 anos à frente. 5,3% até 2023, desde que a carga tributária pudesse cair ao No Brasil, o grande objetivo é me- longo do tempo. Se não cair e até aumentar, o PIB crescerá lhorar a qualidade de vida da popula- só 2,5%. Um grande problema é que a taxa de investimento ção. Como isso pode acontecer? As fica em torno de 20%. É muito pouco. Isso tem a ver com o empresas podem explorar as oportuni- baixo investimento público. dades no mercado de massa no Brasil Se não houver mudanças até 2023, o crescimento conti- e no exterior. Se o país fornecer pro- nuará concentrado na região Sudeste, a mais rica, onde ele dutos para esses mercados e atender a já é grande. O Brasil tem problemas nacionais e regionais: enorme demanda existente no mundo concentração da produção e da riqueza no Sul-Sudeste, de- por mais alimentos e energia, terá con- sigualdes de renda per capita, na saúde, educação etc. A re- dições de distribuir o crescimento para gião mais pobre é o Nordeste. Mesmo com Sudam e Sudene outras regiões. conseguiu-se muito pouco. Os estudos realizados na FEA Essa meta depende de um tripé: edu- mostram que o maior programa de desenvolvimento regional cação de qualidade, acesso universal já feito é o Bolsa Família. para o nivel médio e técnico, para que Os atuais gargalos têm a ver com a educação e com as a força de trabalho possa lidar com a distorções impostas pelo setor público sobre a sociedade e informática e novas tecnologias; sanea- a economia. O tamanho dos desafios é grande. Portanto, o mento básico e aumento da vida útil das esforço deve ser maior. pessoas; e fortalecimento das institui- Otaviano Canuto dos Santos Filho Carlos Roberto Azzoni ções e da base do conhecimento, sisteJames Wright mas institucionais que dêem segurança Pensar o futuro é essencial ao investimento. Nada disso se faz sem O professor James Wright fez diversas reflexões sobre o investimentos em ciência e tecnologia. efeito da globalização e sobre alguns cenários para o Brasil A inclusão digital de toda a população até 2020. As empresas, hoje, têm de atuar efetivamente com é indispensável. Além disso, é necessá- visão global. Isso significa usar conhecimento, pessoas, co- ria uma base insumos sustentáveis. Sis- nhecer mercados e necessidades de clientes de todos os lu- temas de transporte aprimorados para gares do mundo. pessoas e cargas, matriz energética re- Isso é um enorme desafio. Embraer, Vale do Rio Doce, novável, padrões de desenvolvimento Natura, Gerdau, Sadia, Ambev são empresas brasileiras que ambientalmente sustentáveis. Os líderes têm saído mundo afora conquistando mercado com o saber têm de dar resposta. A inação não é uma fazer brasileiro. As pesquisas mostram que, ao ir para fora, opção viável. James T. Coulter Wright FEA ALUNOS #06 Bem-vindos calouros, bem-vindos formandos “Na FEA não há ex-alunos, há alunos de diferentes gerações. Tanto quanto brilhou no passado e brilha no presente, o destino da FEA é brilhar no futuro.” Orquestra, bateria, palestras dos líderes das entidades estudantis, teatro e muita informação na recepção aos calouros A ORGANIZAÇÃO DAS ATIVIDADES PREVIS- transmitir, especial- AULA MAGNA AOS mente aos calou- “JEITO FEA ros, que não estão DE RECEBER” E A PREOCUPAÇÃO DA INSTI- entrando em uma TUIÇÃO DE RESSALTAR OS SEUS VALORES E faculdade qualquer. A SUA CULTURA. Logo na abertura, o pro- E que a qualidade fessor Azzoni destacou que “a FEA tem de uma instituição uma história marcante de excelência e como a FEA não de comprometimento, de participação na cai do céu. Ela tem vida social, empresarial e econômica bra- um esforço e a casa sileira”. Segundo ele, “uma história como faz esse esforço. Ela tem um preço, a sociedade paga e a FEA essa não é herdada ou recebida de presen- devolve também muito à sociedade. te. É conquistada, construída pelas várias Formado há 50 anos TAS PARA A NOITE DA CALOUROS SINTETIZA BEM O Aula Magna: uma síntese do ciclo virtuoso da FEA gerações de professores, de funcionários e Para homenagear as primeiras gerações que lançaram as de alunos. Uma construção permanente, bases para a construção da FEA, a organização convidou para que requereu muito esforço, inteligência, a noite da Aula Magna Jacinto Bebiano Simões Ferreira, alu- coragem e ousadia. Tanto quanto brilhou no da turma de Economia de 1957, que recebeu um diploma no passado e brilha no presente, o destino comemorativo de cinquenta anos de formatura. Foi a conexão da FEA é brilhar no futuro. O que vamos do passado com o futuro, demonstrando o ciclo virtuoso que celebrar hoje nesse auditório é uma ga- acompanha a evolução da faculdade. “O brilho nos olhos do rantia de que esse vaticínio prevalecerá”. nosso aluno Jacinto por si só traduziu a emoção do momento”, O professor Azzoni explica que a fa- diz o professor Azzoni. culdade tem procurado cultivar “a expli- Para os formandos, uma homenagem especial: o reconheci- citação” do orgulho de ser da FEA. Esse mento do mérito dos melhores trabalhos de conclusão de curso orgulho sempre esteve presente, mas nem e os melhores desempenhos. Um a um, foram homenageados os sempre é verbalizado de forma clara. “A melhores de 2007. Para completar, o aluno Leandro Henrique FEA é uma instituição de excelência, ran- Ramos recebeu placa de reconhecimento da faculdade pelo seu queada como a melhor na área no Brasil, trabalho de criação do Clube Internacional e apoio aos alunos com os seus valores, as suas conquistas, a intercambistas estrangeiros. Os professores que receberam a sua qualidade. E todos nós, alunos, pro- melhor avaliação didática dos alunos de graduação da FEA em fessores e funcionários, precisamos lem- 2007 também receberam uma placa de reconhecimento. brar disso a cada manhã e trabalhar para Turma de 2020? que isso continue”, afirma ele. Ao deixar Foi assim, em tom de brincadeira, que o professor Azzoni claro esse conjunto e trazer à tona os va- se referiu aos alunos do colegial que receberam o Prêmio Eco- lores da FEA, o professor Azzoni procura noteen de Ensaios, concurso realizado pelo Departamento de “A FEA é uma instituição de excelência, com os seus valores e qualidades. Alunos, professores e funcionários precisam lembrar disso a cada manhã e trabalhar para que continue.” #07 Economia entre os concluintes do ensino médio de escolas públicas do estado de São Paulo. Para participar, cada concor- Igor Cadete Fonseca rente escreveu um ensaio sobre o tema Problemas Econômicos “O que eu mais gostei foi a chance de fazer amigos brasileiros – Desafios ao Desenvolvimento. O primeiro lugar logo na primeira semana. A apresentação da FEA ficou com Júlio Cesar de Carvalho Monta, da Escola Estadual pelo Prof. Azzoni me surpreendeu, não esperava que Cruz Isabel. fosse feita pelo próprio diretor. O passeio ao centro da cidade, BM&F Aula Magna e às outras unidades da USP foi uma experiência diferente. Sou de A Aula Magna foi ministrada por Guilherme Peirão Leal, São Paulo, mas mesmo assim fui a lugares que ainda não conhecia. ex-aluno de Administração da FEA, co-presidente e acionista O mais divertido foi participar do teatro, pois além de engraçado, da Natura, que contou a sua trajetória e a expansão da Natura toda a FEA parou para nos assistir. Nunca pensei que a semana de mas destacou que queria principalmente ser provocativo. “Gos- recepção fosse ser tão boa – acima de qualquer expectativa”. taria que vocês que estão começando percebam a beleza de se Ailin Bastos Nakanishi perceber como parte de um todo. Se perceber de fato com um “O modo com que nos receberam ajudou a traçar potencial transformador que é único. Mas primeiro é preciso laços de amizade. A palestra, a visita ao centro e a se encantar com a magia da vida. E se deixar ser um agente de exposição foram muito interessantes para conhecer transformação para cuidar desse todo. A mudança que temos o que foi a USP para a história de São Paulo. Conhecer as entidades que provocar é profunda, é cultural, é de valores. Há modos de da FEA foi importante, para escolhermos aquela com que nos iden- produção e modelos de consumo que têm que ser alterados se tificamos mais. Os valores da FEA foram observados no momento quisermos encontrar patamares sustentáveis de desenvolvimen- que nos demonstrou a relevância de passar o que a faculdade está to, se quisermos produzir um novo modelo civilizatório que seja disposta a oferecer.Também recebemos atenção, carinho e preocu- equilibrado e sustentável ao longo do tempo” (ver página 2). pação por parte dos funcionários, professores e alunos.” Certificado, régua e compasso Não faltou emoção, nem fotos com ministração) ao entregar o certificado a logomarca da FEA. Nada de despe- ao filho Marcelo, formando de Con- didas, porém, porque as cerimônias de tabilidade. E o orgulho do também colação de grau dos formandos de 2007 formando de Contabilidade, Eder de têm um significado diferente para a FEA. Reunidos no mesmo Souza Diógenes, funcionário do Insti- auditório onde foram recepcionados como bixos, os formandos tuto de Biociências da USP e ex-alu- foram “intimados” pelo professor Azzoni a não se afastarem por no do cursinho da FEA, ao posar para muito tempo porque “aluno da FEA é sempre aluno da FEA”. a foto ao lado de sua esposa Cleusa “Não nos deixem, voltem para fazer pós ou especialização, Soares Diógenes, funcionária da UPD ou só para nos visitar. Tragam seus filhos para mostrar a eles FEA. Na mensagem final, o professor a experiência que vocês tiveram aqui”, enfatizou o professor. Azzoni recorreu a um verso do poeta Outros convites foram registrados: participar do portal de re- Gilberto Gil: “A FEA já lhes deu ré- lacionamento de ex-alunos FEA+ e não se esquecer da foto gua e compasso. Brilhem e iluminem para o painel de alunos. Alguns momentos foram marcantes o futuro como vocês iluminaram os como a satisfação do professor Marcos Cortez Campomar (Ad- corredores dessa faculdade”, concluiu. O professor Campomar entregou o certificado ao filho Marcelo O formando Eder de Souza Diógenes, ex-aluno do cursinho da FEA, posa ao lado da esposa Cleusa FEA X FEA #08 Organização impecável marca o sucesso da RSAI Com a participação de 20 alunos da FEA, a organização foi o ponto alto e recebeu inúmeros elogios da comunidade acadêmica internacional, que apresentou trabalhos de alto nível. COM DO MAIS DE DUZENTOS ESPECIALISTAS BRASIL E DO EXTERIOR, A 8ª RSAI Congresso foi organizado por gente da casa, professores e CONGRESSO MUN- alunos e o maior sucesso coube à participação dos alunos. 2008 DA REGIONAL SCIENCE AS- Entre os muitos e-mails de elogios e impressões recebidos dos WORLD CONFERENCE, DIAL DE foi mesmo um sucesso, segundo ele, foi a organização. “O REALIZADO participantes, a pergunta era sempre a mesma: onde é que vo- DE MARÇO, FOI cês acham alunos tão bons? Um dos e-mails inclusive dizia: se MUITO ELOGIADO PELO ALTO NÍVEL DOS os seus alunos são tão bons para estudar como eles são para PARTICIPANTES E PELA SUA QUALIDADE trabalhar, eu quero eles no meu laboratório”, conta o professor ACADÊMICA. O destaque maior, contudo, Azzoni. O trabalho foi realizado por 20 alunos, selecionados do ponto de vista dos participantes, foi a por um grupo de cinco colegas, a pedido dos organizadores. SOCIATION NA FEA INTERNATIONAL, ENTRE 17 E 19 organização impecável do evento, con- A beleza do campus e o nível das instalações da FEA tam- duzida por professores e alunos da FEA. bém causaram um choque visível nos participantes, que já O evento teve também o apoio da conheciam os trabalhos da casa e seus professores, mas ain- Associação Brasileira de Estudos Re- da não haviam visitado a USP. A impressão foi tão positiva gionais (ABER), entidade que reúne que o Congresso motivou vários convites à FEA, entre eles os pesquisadores brasileiros na área. quatro convites para associação a universidades estrangeiras, Fundada em 1954, a RSAI é uma co- entre elas a McMaster, de Toronto, Canadá. Um consórcio munidade internacional de acadêmicos de universidades, quatro européias e quatro americanas, que interessados nos impactos regionais dos trocam alunos de doutorado, também convidou oficialmente processos nacionais ou globais de mu- a FEA a participar. dança econômica e social. A entidade Temas em debate estimula uma abordagem mul- Durante o Congresso foram apresentados cerca de duas tidisciplinar que a ajuda pro- centenas de trabalhos. Entre outros temas, foram apresentados duzir novos insights para lidar trabalhos sobre clusters, demografia, energia e crescimento re- com os problemas regionais, gional, ambiente e crescimento, mapeamento e aplicações de tanto do ponto de vista teó- computador (GIS), habitação, locação intraurbana, inovação rico como em matéria de pla- e crescimento, mercado de trabalho, migração, desenvolvi- nejamento e de formulação de mento regional, desigualdade regional, economias rurais, setor políticas públicas. de serviços, pequenas e médias empresas e crescimento re- Segundo o professor Car- gional, capital social, política social, análise espacial, política los Azzoni, diretor da FEA, o tributária e crescimento regional, turismo e desenvolvimento Congresso da RSAI foi muito regional, comércio e desenvolvimento regional, transporte e bom do ponto de vista acadê- crescimento, crescimento urbano e redes urbanas. mico, em razão da qualidade Além do professor Azzoni, participaram da organização dos participantes. Mas o que do evento os professores da FEA Joaquim José Guilhoto, A impressão dos participantes foi tão positiva que o Congresso motivou vários convites à FEA chefe do Departamento de Economia, Eduardo Haddad e Danilo Igliori. Cartazes com ilustrações bem-humoradas compõem a campanha que motiva os alunos a desligar o celular durante as aulas. Por uma aula melhor SEMPRE FOCADA NA QUALIDADE E EXCELÊNCIA DO ENSINO de não só ensinar, mas de educar para no- COMO BASE PARA A FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE ALTO NÍVEL, vos hábitos dentro e fora da sala de aula”. CELULAR Segundo ela, não é tarefa fácil despertar o AULA MELHOR. A nova campanha traz de volta à interesse e a atenção de jovens acostuma- ação o Programa Boa Aula (ver quadro), criado na gestão ante- dos à agilidade da informação e a novas rior e que também faz parte da proposta da atual diretoria. tecnologias. “Para atrair os alunos, não A FEA LANÇOU A CAMPANHA INTERNA POR UMA DESLIGUE O Segundo a professora Vera Lúcia Fava, Coordenadora basta ter autoridade, tem que ter criati- da Comissão de Graduação, a iniciativa baseou-se no gran- vidade para que o conteúdo desperte a de número de solicitações de professores que vivenciam o atenção. Por isso é uma campanha que problema. Para ela, o ideal seria que a campanha nem fosse traz benefícios aos professores, aos alunos necessária, já que essa mentalidade deveria estar embutida e à credibilidade da FEA”, afirma a pro- na educação e no bom senso de cada um. “Para que a aula fessora Sylvia Saes. flua bem, não deve haver interferência externa e o celular Para investir na melhoria contínua dispersa a atenção. Nós, professores, além de dar o exemplo, do ambiente da FEA, a intenção dos temos o papel de não só educar os alunos para serem bons gestores da faculdade é sempre incor- profissionais, mas para serem bons cidadãos, ajudando a em- porar opiniões e sugestões. Por isso, butir nessa geração o espírito de civilidade que tanto falta novas necessidades podem ser trazidas neste país,” destaca a professora Vera Fava. à diretoria para análise. Essa postu- Apontada a necessidade de conscientização pela Co- ra faz parte do comprometimento da missão de Graduação, a equipe de comunicação (ATCeD), FEA de oferecer aos seus alunos a me- juntamente com a Assistência Acadêmica (ATAC) e a di- lhor experiência de ensino. retoria da FEA, elaborou a campanha e definiu a estratégia de divulgação. A idéia era surpreender – por isso, móbiles com os cartazes foram distribuídos por toda a faculdade. Programa Boa Aula A campanha Desligue o celular por uma Além disso, e-mails foram enviados aos alunos e, posterior- aula melhor é a terceira realizada no escopo do Programa mente, os mesmos cartazes foram afixados nas salas de aula. Boa Aula e a primeira na gestão do Prof. Carlos Azzoni. O Aos poucos, outras ações serão concebidas, com o objetivo principal objetivo do Programa é a melhoria contínua das de dar continuidade à campanha. condições operacionais que possibilitam uma boa aula. “O objetivo é conscientizar os alunos sobre a importância Veja a seguir os objetivos gerais do Programa Boa Aula: de mudar hábitos para satisfazer o bem geral e não somente 1. Diminuir o tempo perdido em sala de aula com pro- o individual. A aula deve ser uma experiência prazerosa para blemas operacionais; os alunos e para os professores e quando estamos concentra- 2. Garantir a qualidade das apresentações dos professo- dos, ela se torna muito mais gostosa”, ressalta Lu Medeiros, res, no que se refere a recursos audiovisuais; Assistente Técnica de Direção para a Área de Comunicação 3. Proporcionar o bem-estar aos participantes das aulas; e Desenvolvimento. 4. Envolver as pessoas nas ações de melhoria para obter Para a professora Maria Sylvia Saes, coordenadora do Programa de Iniciação Científica da FEA, “a iniciativa tem o papel o seu comprometimento; 5. Garantir a segurança física das pessoas e do patrimônio. #09 FEA PROFESSORES #10 Os muitos talentos de Diva Benevides Pinho “A Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras era um centro de efervescência, uma gigante de idéias, um coração pensante que atemorizava um pouco os políticos.” ECONOMISTA, ADVOGADA, CIENTISTA SOCIAL, ESPECIALISTA EM COOPERATIVISMO – COM CERCA DE 30 BLICADOS SOBRE ESSE TEMA PESQUISADORA DE LIVROS PU- – PINTORA E ECONOMIA DA ARTE. Todos esses títulos mostram apenas alguns dos muitos talentos de Diva Benevides Pinho, renomada professora titular da FEA-USP. No início de sua carreira acadêmica, ela lecionou na então Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP, na rua Maria Antônia, que tinha uma convivência Contrastes Urbanos II, pintura em acrílico muito estreita com a então Faculdade de Ciências Econômicas e Adminis- de contribuições de professores de destaque e eu me entu- trativas, com a qual dividia o pátio siasmei. Uma vez formada, passei no concurso de professor interno, professores e, naturalmente, assistente da cadeira de Economia Política e História das idéias. Autora do livro comemorati- Doutrinas Econômicas. vo A FEA-USP no Tempo, Contribui- Como era o ambiente da Ciências Sociais na época? ção à Memória dos seus 60 anos, Diva O curso de Ciências Sociais estava no auge. Havia ainda Pinho conta nesta entrevista alguns professores da Missão Francesa no Brasil. Eu tive o prazer momentos marcantes de sua de ser aluna dos professores Paul Hugon, Roger Bastide. trajetória. Tive aulas de metodologia com Gilles-Gaston Granger. A Como foi o seu início na USP? Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras era um centro de Quando eu vim estudar na efervescência, uma gigante de idéias, porque tinha Biolo- USP foi uma integração total. gia, Física, Química, Matemática, Ciências Sociais, Ge- Vim do interior, querendo ografia, História. Aquele coração pensante na rua Maria aprender, e o meu primeiro Antônia atemorizava um pouco os políticos. Nós tínhamos contato com a universidade ali o José Goldemberg, o Mário Schenberg e outros profes- se deu no curso de Ciências sores de outras áreas, mas todos se encontravam na Con- Sociais. Vim de São João da gregação, que era muito criativa, muito colaborativa e to- Boa Vista (SP), mas passei por dos eles desejosos de contribuir para o desenvolvimento do Cajuru (SP) e Mococa (SP). país. Depois veio a revolução e essa Faculdade foi dividida Prestei vestibular na Faculdade em muitas outras e perdeu o seu prestígio, a sua força. As de Filosofia. Era um momento pessoas foram disseminadas pelo campus e logo em seguida em que o curso de Ciências So- houve uma reforma universitária que criou os institutos das ciais estava vibrante de idéias, diversas especialidades. Professora Diva: “Estou preparando a segunda edição do meu livro sobre Economia da Arte, que vai ter um capítulo sobre leilões virtuais e arte digital.” “A FEA não recebeu uma missão estrangeira. Ela recebeu professores brasileiros que criaram um modelo paulista de curso de economia.” Como surgiu o seu interesse pela economia? Em Ciências Sociais nós tínhamos a possibilidade de #11 livro, A Arte como Investimento, e fui chefe do Departamento de estudar sociologia, economia, antropologia, política. Mi- Economia por oito anos. nha opção foi a economia. Naquele tempo, por influência E o Direito? da Missão Francesa, era uma economia política, da pólis, Foi uma opção pessoal. cidade-estado, uma economia institucional com grande Como eu fiz primeiro Ciên- embasamento humanista. É esse tipo de economia que eu, cias Sociais, um curso com depois, levo para a FEA, onde já havia vários professores muita coisa de vanguarda, de Ciências Sociais, porque quando a FEA foi criada ela quis estudar Direito para ver como não recebeu uma missão estrangeira. Ela recebeu professo- ele administra uma sociedade em res brasileiros que criaram um modelo paulista de curso de ebulição. O Direito caminha sempre economia. Um deles foi o professor José Francisco de Ca- atrás da reforma social. Ele tem de margo, que tinha sido assistente do professor Paul Hugon. regulamentar comportamentos apro- Outro foi o professor Dorival Teixeira Vieira. vados pela sociedade. Foi muito útil Como foi a evolução de sua carreira como professora para compreender os problemas que na FEA? estão ocorrendo no Brasil. Eu já vim como livre-docente. Aí fiz os concursos de Onde entra a pintura nessa trajetória? professor adjunto e, depois, professor titular. Meu doutora- A pintura foi medo da aposentado- do foi em Ciências Sociais. Naquele tempo ainda não havia ria. Eu tinha muito medo da aposenta- o curso de pós-graduação seriado, a gente fazia o doutorado doria, porque no Brasil nós não esta- e disciplinas de especialização. Fui aluna do professor Flo- mos acostumados a nos preparar para restan Fernandes em sociologia econômica, fiz a parte de ela. Geralmente o aposentado acaba solidarismo com os professores de Filosofia. sendo um cidadão meio frustrado, A defesa de tese do doutorado foi um momento especial? marginalizado até. Eu não queria ser Quando eu fiz o doutoramento foi um acontecimento essa pessoa marginalizada. Então eu na Maria Antônia. Vieram repórteres e muitas pessoas para criei essa área de arte. Passei a estudar assistir. Há muito tempo ninguém defendia tese em eco- economia da arte e a fazer uns quadros. nomia, área em que quase não havia muitas mulheres. Isso Acabei me integrando de tal forma em acontece até hoje. uma série de atividades que me apo- Como era a FEA nessa época? sentei de direito, mas não de fato. Eu A FEA, que era Faculdade de Ciências Econômicas e participo, por exemplo, da AMEFEA Administrativas, também passa por reformas estruturais e – Associação dos Amigos do Depar- se torna FEA. Há igualmente um grande desenvolvimen- tamento de Economia da FEA-USP e to de estudos econométricos e quantitativos, surge o IPE e estou preparando a segunda edição do depois a Fipe. Aí os estudos de economia se desenvolvem meu livro sobre economia da arte, que muito. Começo a trabalhar em outras áreas, entre elas a vai ter um capítulo sobre leilões virtu- economia da arte, que procurei desenvolver. Escrevi um ais e arte digital. A obra mais recente sobre cooperativismo Alunos de terno e gravata no pátio comum da FCEA e FFCL FEA FUNCIONÁRIOS #12 Concursos abrem espaço a novas contratações A possibilidade de realizar uma série de concursos foi conquistada a partir dos bons resultados obtidos pela FEA e permite renovar o quadro de professores. PARA MANTER A QUALIDADE DO TALENTO HUMANO QUE SEMPRE Para os funcionários da FEA que tra- A FACULDADE balham na organização dos concursos, a REALIZA UMA SÉRIE DE CONCURSOS QUE ABREM ESPAÇO A NOVAS missão é trabalhosa, a começar pela equipe CONTRATAÇÕES. Essa possibilidade, conquistada a partir dos bons da Assistência Acadêmica, integrada por resultados da faculdade – como a nota máxima nas avaliações da Miriam Keiko Matsuda (coordenadora), Capes – permite renovar o quadro de professores diante da saída Cláudia Aparecida Garcia, Sônia Cecília natural de alguns, além de ampliar o número de profissionais Damázio e Janete Miranda de Araújo. A que fazem o ensino de excelência da FEA. equipe cuida de editais, publicações, con- MARCOU O AMBIENTE DE ENSINO NA FEA, O resultado é muita efervescência na área de concursos. Só tatos com os membros da banca, titulares no primeiro trimestre do ano, a FEA realizou nove concursos e suplentes, e organiza o calendário. To- públicos para o cargo de professor doutor – três no Departa- dos os cuidados são tomados para seguir mento de Economia, dois no Departamento de Administração à risca o Regimento Geral da USP. O e quatro no Departamento de Contabilidade e Atuária. Entre Programa Jovens Doutores, apoiado pela os participantes havia professores contratados da FEA e outros Fipe, também ajuda a renovação do cor- interessados que, em alguns casos, foram indicados para os car- po docente. “Estamos trazendo ex-alunos gos. Todos os indicados pelas respectivas Comissões Julgadoras que se doutoraram no exterior para o De- tornaram-se servidores públicos autárquicos. partamento de Economia por um perío- Conquista importante do de dois a três anos, fazendo pesquisa, Houve ainda um concurso de livre-docência no Departa- aguardando concursos”, explica o diretor mento de Administração e outro de professor titular no De- da FEA. Ex-alunos ou empresas estão partamento de Economia. Segundo o professor Carlos Roberto igualmente dando apoio a esse Programa, Azzoni, diretor da FEA, “os concursos podem ser considerados visto como um “reservatório de talentos”. uma conquista a partir resultados obtidos pela FEA na pós-gra- A FEA abriu ainda outros 14 concursos, duação (nota máxima nos três departamentos nas avaliações 11 dos quais para professor doutor, dois da Capes), que abriram espaço para novas contratações”. de livre-docência e um para professor ti- Outro dado importante foi o fato de a FEA ter feito um tular. As inscrições terminaram dia 28 de Plano de Metas consistente e submetido à Reitoria. “Isso março e os concursos serão realizados em tudo resultou na possibilidade de ampliarmos o qua- maio, junho e julho. Além disso, foram dro, o que é fundamental, em razão abertas inscrições, com prazo até setem- de aposentadorias, saída de alguns bro, para um cargo de professor titular do professores etc.”, afirma Azzoni. GENTE DA FEA Uma publicação mensal da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo Assistência de Comunicação e Desenvolvimento ABRIL 2008_TIRAGEM 2.000 EXEMPLARES Av. Prof. Luciano Gualberto, 908 Cidade Universitária - CEP 05508-900 Departamento de Economia. Diretor da FEA CARLOS ROBERTO AZZONI Reportagem: DINAURA LANDINI E CAMILA BROGLIATO RIBEIRO Coordenação Geral LU MEDEIROS Projeto Gráfico: ELOS COMUNICAÇÃO E EDEMILSON MORAIS ASSISTÊNCIA DE COMUNICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA FEA-USP Layout e Editoração Eletrônica: CAROL ISSA Edição: Fotos: PRINTEC COMUNICAÇÃO LTDA. VLADIMIR HUENUMAN, ISMAEL BELMIRO ROSÁRIO, VANESSA GIACOMETTI DE GODOY – MTB 20.841 MILENA NEVES, WAGNER T. CASSIMIRO, ROBERTA DE PAULA ANTONIO CARLOS DE GODOY – MTB 7.773