Oficina nº 17 – O cinema e linguagem na escola
OBSERVAÇÃO : aproveitar o filme para explorar os temas transversais.
1- Objetivos:
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enriquecer nosso olhar e nossa imaginação;
criar vínculos entre a literatura, cinema e televisão;
estabelecer relações entre a ilustração de livros e os filmes animados;
criar espaços para que os alunos tornem-se telespectadores críticos e não passivos da
televisão, dos filmes e de outros espetáculos
estabelecer relações entre textos;
desenvolver leitura intertextual, tendo como base gêneros textuais diferentes;
identificar diferentes gêneros textuais, considerando sua função social, seu circuito
comunicativo e suas características lingüístico-discursivas;
compreender globalmente os textos lidos, identificando o tema central e articulando
informações explícitas e implícitas pela produção de inferências;
reconhecer a presença de diferentes enunciadores nos textos lidos, identificando as
marcas lingüísticas que sinalizam suas vozes;
reconhecer as relações semânticas que organizam o conteúdo dos textos: tempo, espaço,
causa, finalidade, condição, oposição, conclusão, comparação, entre outras.
Posicionar-se criticamente diante dos textos lidos e filmes, apresentando apreciações e
valorações estéticas, éticas, políticas e ideológicas.
Criar espaços para que os alunos tenham contato com a cultura do cinema.
2-Recursos Necessários:
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Filme “Shrek 2”
TV, DVD
Fita crepe
Etiquetas adesivas ( 1 para cada participante)
Folhas de flip para o Banco de Perguntas
Cartazes ou transparências com a definição de estereótipo, preconceito e discriminação.
Folha impressa com a história Os cinco macacos
Cartaz como as perguntas para discussão dialógica.
Filmes e obras literárias.
Trilha sonora dos filmes.
3-Tempo previsto
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Entre 7a 10 horas
4-Aquecimento para o tema
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com os alunos sentados em círculo, criar um espaço para que os aluno falem a respeito do
filme “Shrek 1”
Quem eram os personagens, o que eles falam, resumo da história, o que mais chamou a
atenção, do que não gostaram, etc.;
Comentar com os alunos que o primeiro “Shrek” tirou o primeiro Oscar de Melhor Longa de
Animação das mãos de “Monstros” S.A.
Explicar que o segundo filme é melhor que o primeiro, tem novos personagens. É um dos
melhores filmes de animação a chegar aos cinemas nos últimos anos. São 93 minutos de
muita diversão ininterrupta. Com tudo isso, o longa em apenas 18 dias rendeu mais de
US$ 300 milhões nas bilheterias americanas ( o recordista anterior, “Homem-Aranha”,
levou 22 dias para atingir a marca).
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Convidar o grupo para assistir ao filme “Shrek 2 ”
5- Discussão e reflexão
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Onde exatamente começa o segundo filme.
Solicitar aos alunos que façam inferências de informações implícitas e explícitas.
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Iniciar a conversa sobre o filme, solicitando aos alunos que identifiquem a cena que mais
lhes tenha chamado a atenção e que expliquem o por quê.
Propor a realização de uma discussão dialógica em torno da seguinte questão: o que
levou o casal a superar as dificuldades e vencer os preconceitos?
Qual a causa do pai ( Rei Harold) de Fiona a contratar um matador de aluguel para
assassinar Shrek?
O que o filme nos fez saber?
Comentar as falas (destinatário da fala de cada locutor).
Comentários sobre que narra, que expõe, quem descreve, quem argumenta, como as
personagens se expressam.
Por que o Burro continua roubando a cena, por mais que Fiona e Shrek se esforcem para
serem os atores principais?
Quem é o personagem Gato de Botas?
Qual a relação desse personagem com o personagem da literatura clássica “O Gato de
Botas”?
Caracterizar a “Fada Madrinha”, o “Príncipe Encantado”, a “Irmã Feia” e os pais de
Fiona.
Se necessário, complementar as falas dos alunos, discorrendo sobre os fatores que
podem levar ao preconceito, a baixa-auto estima; o medo de ser abandonado, a
incapacidade de resistir às pressões....
Solicitar aos alunos para criar estratégias de como resistir às pressões.
Produção de textos – pedir aos alunos que produzam uma sinopse do filme e uma
história em quadrinhos.
Criar oportunidades para que os alunos socializem suas produções de texto.
Solicitar aos alunos que escrevam uma peça teatral baseada no filme.
Chamar a atenção para a presença de diferentes enunciadores nos texto, identificando as
marcas lingüísticas que sinalizam suas vozes; observando a variação lingüística.
Enfatizar a importância da pontuação como um dos elementos orientadores na
produção de sentidos.
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6- Vivência
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Dividir o grupo em dois subgrupos e propor ao primeiro grupo que encenem a parte do
filme que mais gostaram e, ao segundo grupo que encenem um outro enredo, com outro
final. A a partir daí, as falas devem ser improvisadas. Os integrantes do grupo podem se
revezar no papel, dando livre continuidade ao diálogo. O professor pode também sugerir a
quem está representando frases que seriam ditas nas situações que vão surgindo.
Discutir com os alunos a ironia e humor presentes no filme.
Criar um espaço para os comentários.
Pedir aos alunos que pesquisem na internet o gênero do filme, os dubladores dos
personagens, a versão em português, os comentários sobre o filme.
Solicitar aos alunos que produzam uma resenha crítica ou uma curiosidade sobre o
filme.
Socializar as resenhas e as curiosidades.
INFORMÁTICA
● Pesquisar na Internet sobre a indústria e arte.
● Pesquisar a linguagem cinematográfica: imagem, enquadramento, planos, ângulos,
movimentos de câmera, iluminação, figurino, cenário, cor, elipses e ligações, metáforas e
símbolos, sons, ruídos e música, montagem, diálogos, procedimentos narrativos, espaço,
tempo, ator.
● Pesquisar sobre a literatura no cinema: autores e obras.
● Pesquisar sobre roteiros para filmes ficcionais ou documentários de curta metragem.
● Transformar filmes em roteiros para texto teatral ( editor de textos).
7- Metacognição – estereótipo, preconceito e discriminação / explorando os temas
transversais.
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Propor ao grupo a vivência de uma situação de discriminação.
Explicar que cada aluno receberá na testa uma etiqueta adesiva com uma palavra que
represente um rótulo discriminatório que circula na sociedade, na escola, na sala de aula.
Dar um exemplo para que o grupo compreenda do se trata.
Sugestões de rótulos: negão, bicha, sapatão, loira burra, vagabundo, mãe solteira,
menino de rua, burro, gordo, magrela, etc.
Deixar que a discussão se prolongue por tempo suficiente para que as pessoas sintam o
efeito do rótulo ou até deduzam que rótulo receberam.
Solicitar que todos retirem os rótulos e abrir espaço para que os participantes expressem o
que sentiram e perceberam.
Explicar, com apoio de transparências ou cartazes, o sentido dos termos estereótipo,
preconceito e discriminação.
Contar a história Os cinco macacos, para mostrar ao grupo como os estereótipos e os
preconceitos se reproduzem o longo do tempo e vão se distanciando cada vez mais dos
fatos, levando as pessoas a assumir, inconscientemente, atitudes discriminatórias.
Explorar a distinção entre fato e opinião.
Relacionar o texto que está sendo lido ao filme.
Identificar a diferença entre os gêneros textuais (filme e texto), considerando sua função
social, seu circuito comunicativo e suas características lingüístico-discursivas.
Pedir aos alunos que elaborem perguntas e escolham uma como tema de discussão
( debate).
Convidar os participantes a trazer as discussões para o plano pessoal ( experiências de
preconceito) e cotidiano, respondendo e compartilhando com o grupo a sua a seguinte
pergunta.
Você já se sentiu agredido (agressão física, crítica verbal, exposição ao ridículo,
tratamento não igualitário, exclusão silenciosa) por causa de alguma característica
pessoal?
Compartilhar com o grupo o que aconteceu, como, onde, por quê e como você reagiu.
Explicar também como gostaria de ter sido tratado na situação.
Explicar que mudar de atitude e comportamento não é fácil, mesmo quando já sabemos
nossa maneira de sentir, pensar e agir não é adequada e justa. Dizer que uma forma de
mudar a nós mesmos, é ouvir os outros, pensar coletivamente em alternativas de
transformação, a começar pelo “nosso próprio quintal”.
Propor aos participantes que identifiquem comportamentos e atitudes preconceituosas e
discriminatórias que eles mesmos adotam na convivência do dia-a-dia, dentro e fora do
grupo.
Sugerir que façam um pacto de se ajudarem mutuamente sempre que algum membro do
grupo adotar tais comportamento.
Dar tempo para que todos anotem no Caderno de Registros o pacto feito.
Desenvolver um trabalho para explorar as sinopses dos filmes.
8- Educação Física – planejamento coletivo
Explorar o cinema, teatro, música a partir dos filmes assistidos.
O professor de educação física pode trabalhar o mito em relação ao corpo, o padrão de
beleza estabelecido pela mídia que não é o da maioria das pessoas. O uso de anabolizantes, a
busca pelo corpo perfeito nas academias, etc.
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Promover o cinema na escola, explorando diferentes gêneros : musical, comédia,
fantasia, animação e, até mesmo, drama.
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Filmar os alunos em dramatizações dos filmes assistidos e passar para os alunos.
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Criar na escola o cinema com sessões de filmes variados.
Sugestões de filmes que apresentam uma boa oportunidade para introduzir crianças
e adolescentes no mundo maravilhoso da música dita “clássica”, pouco conhecida e pouco
divulgada na maior parte das nossas escolas.
Muitos compositores, em diferentes épocas, inspiraram-se em lendas medievais
para criar belas peças sinfônicas.
Algumas peças de pequena duração são apropriadas para iniciar um trabalho
interessante com alunos que têm pouca familiaridade com a música sinfônica. Entre elas,
destacam-se:
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O aprendiz de feiticeiro, de Paul Dukas, estreada em 1897, é um scherzo, baseado numa
balada de Goethe, sobre um bruxinho que, na ausência de seu mestre, tenta usar um
feitiço para fazer uma vassoura trabalhar por ele, na limpeza do castelo. Sem saber como
dominá-la, quase morre afogado, quando um exército de vassouras incansáveis transporta
baldes d'água, sem parar. Walt Disney aproveitou bem a idéia e a música no terceiro
episódio de Fantasia ( Fantasy, EUA/1940).
Uma noite no monte Calvo.
Dança macabra.
Dança da morte, de Franz Lizt, também conhecida como Totentanz, foi escrita em 1849,
inspirada pelo afresco do Último Julgamento, de Orcagana, que impressionou o compositor
emsua visita a Pisa ( itália), anos antes. A obra musical é uma paráfrase do Dies Irae, hino
em homenagem aos mortos, que consta dos textos usados nas missas de réquiem. É uma
peça curta ( dura cerca de 15 minutos), mas intensa, uma espécie de pintura sonora, de
tons dissonantes, porém belos.
Tamar, de Mili Balakirev .
O pássaro de fogo, de Igor Stravinsky, balé apresentado em Paris em 1910, com enredo
baseado no folclore russo, narra as aventuras do filho czar, que captura um pássaro
mágico. A pedido deste, liberta-o em seguida. Prosseguindo em sua viagem, o jovem
torna-se prisioneiro do feiticeiro Kastchei, o qual transforma em pedra todos os viajantes
que aproximam-se da sua fortaleza. Mas o Pássaro de Fogo, agradecido, vem salvar o
jovem, derrotando Kastchei. Quando este morre, a fortaleza volta a ser o maravilhoso
palácio onde mora uma bela princesa, que também retorna à vida. Esta peça pode ser
apreciada com uma suíte, de duração bem menor que o balé, mas bastante expressiva em
sua harmonia moderna, cheia de sons em combinações novas, uma música do século XX.
El amor brujo, de Manuel de Falla, concebido entre 1914 a 1915, é originalmente, uma
peça longa, em que se sucedem recitativos, cantos e danças, entre as quais a famosa
Dança Ritual do Fogo. Mais freqüente ser ouvida é a suíte orquestral compacta. O amor
bruxo do título é o fantasma de um cigano que atormenta sua antiga amada, agora com
um novo namorado. Para afugentar o espírito, o casal penetra no esconderijo de uma
feiticeira, apoderando-se de um sortilégio que manterá afastado o fantasma importuno. A
música De Falla é tipicamente espanhola, com ritmos ciganos, sonoridade expressiva e
exuberante. É forte e vibrante, desperta a vontade de dançar, bater palmas e pés, em
arroubos de paixão.
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Sugestões de filmes para 1ª a 4ª série
1.
O mágico de Oz ( The wizard of Oz, EUA/1939), de Victor Fleming, conta a história da
menina Dorothy, interpretada de maneira encantadora por Judy Garland, que, durante a
passagem de um furacão, vai parar no país de Oz. Muitas coisas acontecem: a morte da
malvada Bruxa do Leste, esmagada pela casa de Dorothy, a vinda de sua irmã, a Bruxa do
Oeste, que pretende punir a causadora do fato, as peripécias da menina e seus amigos ( o
Espantalho, o Homem de Lata e o Leão Medroso), em busca do mágico que poderia
satisfazer seus desejos. E, no fim, a certeza de que “o melhor lugar do mundo é a nossa
casa...” Vale a pena lembrar a beleza das canções, sobretudo “Over the rainbow”, na voz
inesquecível de Judy Garland, que recebeu um Oscar especial. Alem desse prêmio, a
canção citada e a trilha sonora também foram laureadas.
Abracadabra (Hocus pocus, EUA/1993), de Kenny Ortega, conta as peripécias de três
feiticeiras, enforcadas no século VII, que chegam ao século XX, durante as comemorações
do Dia Das Bruxas, dispostas a seqüestrarem crianças, usando-as para se tornarem
imortais. A atriz Bette Midller está impecável no papel da líder do grupo.
A convenção das bruxas (The witches, EUA/1990), de Nicholas Roeg, relata o encontro
das bruxas más do planeta, disfarçadas, em um hotel de luxo, onde deverão decidir como
eliminar todas as crianças, transformando-as em ratinhos. Angélica Huston, a bruxamestra, chefia a turma do mal, mas é desafiada por um menino esperto, determinado a
enfrentá-la e derrotá-la, com ajuda de sua avó.
Na terra da magia ( Willow, EUA/1998), de Ron Howard, é um belo conto de fadas, com
todos os arquétipos do gênero. Willow é um anão dedicado a proteger um bebê que
ameaça o poder de uma rainha cruel. Para cumprir sua missão, recebe ajuda de um
corajoso guerreiro e de vários seres fantásticos. A trilha sonora, de grande beleza, pontua
todas as aventuras do grupo.
As crônicas de Nárnia – O leão, a feiticeira e o armário ( The chronicles of Narnia,
EUA/2005), de Andrew Jackson, é um dos contos da obra de mesmo nome, do escritor
inglês C.S. Lewis, que deixou várias histórias para crianças e adolescentes. O filme relata
as aventuras de quatro irmãos que descobrem a passagem para um universo paralelo,
atravessando o fundo de um armário, durante uma brincadeira de esconde-esconde. Esse
mundo da fantasia é denominado por uma cruel feiticeira, de aspecto glacial, que o
mantém sob um longo e tenebroso inverno. As quatro crianças são ajudadas por um leão,
com poderes mágicos, e precisam dominar o medo, a inveja, a vaidade, a ambição para
tornarem-se fortes, contrapondo-se à feiticeira e vencendo-a. Só assim a primavera poderá
retornar àquelas terras. O filme ganhou um Oscar pela criativa maquiagem dos
personagens fantásticos.
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5.
Observação: Muitos filmes de animação têm explorado o mito das bruxas, nesses
cem anos, desde a invenção do cinema. Ao longo desse tempo, é interessante observar a
evolução da tecnologia e dos efeitos especiais na criação dos desenhos animados.
6.
Branca de Neve e os sete anões (Snow White and seven dwarfs, EUA/1937),
produzido por Walt Disney, representa um marco na cinematografia de animação, sendo o
primeiro desenho de longa metragem. A concepção artística de cada personagem é
perfeita, seja daqueles que vieram da história tradicionalmente conhecida, seja dos que
foram criados por Disney. Cada um deles ganha seu próprio tema musical e as melodias
são incomparáveis. Como curiosidade, é interessante mencionar que,numa lista contendo
os nomes dos cem vilões mais terríveis da história do cinema, publicada ao ensejo do seu
centenário, a madrasta da Branca de Neve figura com destaque.
Contos dos irmãos Grimm
A bela adormecida (The sleeping beauty, EUA/1958).
A Gata Borralheira.
Hansel e Gretel ( Joãozinho e Maria).
Rapunzel.
Rosa Branca e Rosa Vermelha.
A pastorinha dos gansos.
Rumpelstiltskin.
A espada era a lei ( The sword in the stone, EUA/1936), sobre a saga do rei Arthur e os
cavaleiros da Távola Redonda.
14. Kirikou e a feiticeira ( Kirikou et la sorcière, FRA/BEL/LUX/ 1998), de Michael Ocelot,
conta, de maneira criativa, a história de um bebê africano muito corajoso. Ele tenta
proteger sua aldeia contra uma feiticeira malvada que, por artes mágicas, roubou toda a
água de seu povo. É uma fábula ecológica, bem atual.
15. A viagem de Chihiro ( sem to Chihiiro Kamikafushi/2001) descreve a viagem de férias
de menina acompanhada por seus pais. Perdidos vão parar num mundo paralelo, de
espíritos e bruxos, que transformam o casal em porcos, obrigando a menina a trabalhar em
terríveis condições para libertá-los.
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O castelo animado ( Hauru no ugoku shiro/2004) mostra como o jovem chapeleira é
aprisionada no corpo de uma velha, por artes de uma bruxa maldosa. Durante o período
em que dura o feitiço, ela é acolhida por um mago e o ajuda em meio a uma guerra
violenta.
Observação de filmes resenhados a seguir são mais adequados para os alunos das
últimas séries do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.
1. Excalibur, ING/1981), de John Boorman, reconta de maneira deslumbrante a saga do rei
Arthur e seus cavaleiros da Távola Redonda. É uma história que permaneça viva ao longo
dos séculos que permanece viva ao longo dos séculos, porque trata dos sentimentos
primordiais do ser humano: amor, amizade, coragem, lealdade, arrependimento, perdão.
Além do nobre rei Arthur e seu sonho de uma Inglaterra unida, destacam-se no filme sua
meia-irmã, a feiticeira Morgana e o mago Merlin, que o criou. Ambos possuem poderes
mágicos, que usam para o bem ou para o mal, de acordo com as circunstâncias.
Impressionam pela força de suas personalidades e pela veracidade que os atores Helen
Mirren e Nicol Williamson imprimem a seus papéis. A fotografia é belíssima e a trilha
sonora, inspirada no “Crepúsculo dos deuses”, de Richard Wagner, é empolgante e
grandiosa como a história merece.
2. Os irmãos Grimm ( The brothers Grimm, EUA/2005), de Terry Gillian, é uma fantasia
bem-humorada sobre personagens reais – Jacob e Wilhen Grimm – contadores de
histórias, entre outras habilidades, no tempo das guerras napoleônicas. O filme destaca
aspectos realistas da época ( batalhas, miséria, sujeira, autoritarismo) mesclados à poesia,
à imaginação e ao sonho, explorando um universo mágico: a rainha má, a donzela em
perigo, o castelo sombrio, a torre misteriosa, o espelho encantado, a floresta ameaçadora,
os seres fantásticos, enfim, todos os arquétipos dos contos de fadas.
3. As bruxas de Eastwick, EUA/1987), de George Miller, é uma fábula moderna. Conta
como três mulheres independentes ( Susan Saradon, Michelle Pfeiffer e Cher) descobrem
seus poderes mágicos e passam a usá-los. Ao se apaixonarem por um desconhecido
sedutor ( Jack Nicholson, extraordinário), são denominados por ele, percebendo-o como a
própria encarnação do Diabo. Como vingança, elas se unem e preparam armadilhas
incríveis, para mandá-lo, novamente, de volta para o Inferno.
4. As bruxas de Salem ( The crucible, EUA/1996), de Nicholas Hytner, baseia-se em peça
de grande sucesso do dramaturgo Arthur Miller, estreada em 1953 – uma metáfora da
paranóia macarthista que dominou as esferas políticas e culturais dos Estados Unidos nos
anos 50. O filme, uma fiel adaptação da obra teatral, reconta um fato real ocorrido no
século XVII, retratando a intolerância, o fanatismo e a histeria que dominam uma aldeia de
pioneiros. Sob a pressão de um suposto caso de bruxaria, surgem a discórdia e a
desconfiança dentro da comunidade. O tratamento dado ao tema explora aspectos da
maior importância: discute-se a violência contra o ser humano, a rejeição ao pensamento
divergente, o poder e a dominação de poucos sobre os demais membros da coletividade.
Reforçando o clima insano de perseguições ideológicas do século XVII, quando os fatos
ocorrem, e do século XX, quando a peça foi escrita, a história mantém-se absolutamente
atual.
Observação: A escola precisa saber aproveitar o interesse de crianças e
adolescentes por essas histórias e filmes, incentivando a leitura, trazendo para a sala de
aula a discussão sobre conteúdo e personagens de livros e filmes, destacando os valores
éticos e salientando o que trazem de original, curiosos, diferente.
Outras sugestões de obras literárias.
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Charles Perrault
Contos da Mãe Gansa, em 1967, passando o esplendor da corte de Luís XIV e a miséria
das classes rurais francesas para o ambiente das narrativas.
2. Monteiro Lobato, folclore nacional – Sítio do Pica-Pau Amarelo.
3. Maria Clara Machado, escreveu e dirigiu muitas peças destinada ao público infantil, a
bruxinha que era boa (1945); Pluft, o fantasminha (1955).
4. Marion Zimmer Bradley ( década de 80), fenômeno editorial. Essa obra revela o mundo
de Camelot através de suas heroínas: a rainha Guinevere; a mãe de Arthur, Igraine; a
Senhora do Lago, Viviane; e, principalmente, a feiticeira Morgana, narradora dos
acontecimentos, que desempenha o papel principal nesta versão da saga. A autora
descreve os fatos sob a ótica feminina, mais compassiva, mais preocupada com os
sentimentos dos personagens e com suas ações corajosas e seus objetivos de conquista.
5. Joanne Kathleen Rowling (vida do século XX para o século XXI), o aprendiz de bruxo,
Harry Potter arrebata de maneira avassaladora o público juvenil e, por que não dizer,
também os adultos.
A criatividade da autora é incrível. A a partir dos mitos e do folclore do Reino Unido e de
outros países, ela constrói um mundo paralelo ao real, um universo de fantasia, onde o Bem luta
contra o Mal e os segredos e mistérios se sucedem a cada volume.
O talento de Rowling explora com competência as relações entre bruxos e “trouxas” (nós,
pobres mortais); as peculiaridades de um sistema de ensino todo voltado para a aprendizagem
das artes mágicas; os horrores de um vilão como nunca se viu, tão cruel e sem escrúpulos; uma
multidão de personagens instigantes e curiosos.
A imaginação da autora perpassa os sete livros da série, descrevendo um mundo
fantástico, mas coerente, representado sobretudo por Hogwarts, a escola onde os bruxinhos
aprendem as incríveis artes da feitiçaria. O currículo escolar é originalíssimo, com aulas de defesa
contra as forças das trevas; herbologia; poções; clarividência, feitiços, leitura da mente. O castelo
onde funciona a escola é povoado de fantasmas que passeiam entre os moradores; os quadros
que enfeitam as paredes têm vida; portas e passagens abrem-se e fecham-se à ordem das
pessoas. No seu entorno, vivem animais e seres fantásticos (hipogrifos, centauros, aranhas
gigantes, basiliscos, testrálios, uma fênix que renasce das próprias cinzas), crescem plantas
assustadoras, como as mandrágoras e o salgueiro lutador.
Muitos artefatos mágicos: vassouras que voam, varinhas de condão, mapas animados,
cartas falantes, capas de invisibilidade, livros e jornais com fotos vivas, panelas que cozinham
sozinhas, relógios que, ao invés de marcarem as horas, mostram onde os membros da família se
encontram.
Além da saga aventuresca do herói e seus companheiros, a autora expõe valores morais
como amizade, companheirismo, lealdade, desprendimento e, sobretudo, tolerância, respeito e
combate ao preconceito.
1.
Referência Bibliográfica
CEALE – Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita. Planejamento da alfabetização: capacidades
e atividades. Belo Horizonte: Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais, 2006. (Coleção
Instrumentos da Alfabetização; 6).
KLEIMAN, Ângela B. Oficina de leitura: teoria e prática. 5.ed. Campinas: Pontes/Ed. Da
UNICAMP,1997.
REVISTA AMAE educando, Nº 325, OUTUBRO, 2007. P. 36-41.
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