Panorama histórico da aprendizagem de L2 – MURPHY
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Últimas décadas do séc. XIX (Método de tradução e gramática)
Transmissão de regras estruturais e análise da forma
Tradução para e da língua alvo (foco na leitura)
Gramática é ensinada dedutivamente com ênfase na acurácia
Língua materna dos estudantes é o meio de instrução
Início do séc. XX (Método Direto)
Surgimento da Linguística Aplicada
Florescimento da indústria (USA), comércio internacional e viagens
Valorização das habilidades orais, contextos significativos e ensino
indutivo de gramática
Tradução é evitada ao máximo
Compreensão de pequenos textos artificiais com listas de vocabulário,
leitura silenciosa e posterior discussão do texto em Inglês
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Durante a 2ª Guerra Mundial (Método do Exército)
• Proficiência oral dos soldados nas línguas dos inimigos
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Metade do séc. XX (Método Áudio-lingual)
Lançamento do 1º satélite russo em 1957 => estudo de FL nos EUA
Linguística estrutural – disseca a língua em suas partes menores para
estudo e comparação + Psicologia comportamental – condicionamento
Skinner – estímulo, resposta e reforço
Formação de hábito, drills repetitivos, erros são evitados ao máximo
Papel central e ativo do professor – controle dos processos
Foco na proficiência oral (leitura e escrita em 2º plano)
Compreensão é menos importante do que a habilidade de imitar,
memorizar e responder a diálogos modelo
Explicação gramatical é minimizada
Textos privilegiados: mini-diálogos artificiais
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• Final dos anos 60 (teoria da gramática transformacional - 1959)
• Aspectos inatos da mente contrastam e entram em conflito com a ênfase
de Skinner nos comportamentos observáveis
• Proposição de Chomsky (1966) inovação permite a geração de novos
padrões oracionais – gramática implícita
Anos 70 e 80 (prenúncios da Abordagem comunicativa)
• Psicolinguística e sociolinguística - ênfase semântica e social na língua
• Importância do uso real da língua
• Hymes (1968) – conceito de competência comunicativa
• Instrução com base em necessidades individuais aferidas em função dos
objetivos e contexto de uso da língua
• Importância do significado (em detrimento da forma)
• Início das primeiras considerações a respeito de construtos como a
motivação, as crenças, a autonomia e o agenciamento dos estudantes
• Krashen (1978) – distinção entre aquisição e aprendizagem de línguas
=> Conceito de aquisição sugere que línguas podem ser aprendidas sem
estudo formal sobre estrutura e forma
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Final do séc. XX (Abordagem comunicativa)
Uso de material autêntico e realia
Práticas comuns: teatros, simulações e jogos
Interação e negociação de significado (trabalhos em pares, grupos e
cooperação - sementes da colaboração)
Tolerância por erros – critério da inteligibilidade
Instrução centrada no estudante (cada vez menos o foco recai sobre o
professor)
QUADRO 01
Século XXI (Nova era na aprendizagem de línguas – novo paradigma para
o ensino e a aprendizagem de línguas)
• Educação centrada no estudante com base em seu conhecimento,
habilidade e atitudes – controle da aprendizagem pelo estudante
• Construção do conhecimento, comunidade de aprendizes, descoberta
individual e coletiva, resolução de problemas, aprendizagem holística
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Construtivismo – o conhecimento e a realidade não têm um valor absoluto e
objetivo
Aprender é o processo de construção de representações significativas, de criar
sentido do próprio mundo experiencial
Papel do professor – coach – dar oportunidades e incentivos para a construção
do conhecimento, nas experiências dos estudantes
Professores transformam-se em aprendizes junto aos estudantes
Abordagem ecológica, holística e contextual
Percepção da aprendizagem como processo histórico e situado
Desenvolvimento da competência comunicativa por meio de insights e
estratégias “cross-culturais” visando efetiva comunicação com outros povos
Estudante como eterno aprendiz
Favorecimento do desenvolvimento do pensamento crítico
Operação em contextos multidisciplinares
Acomodação de diferentes crenças, estilos e estratégias de aprendizagem
Incentivo à metacognição (viabiliza o desenvolvimento da autonomia) e ao uso
da tecnologia
QUADRO 2
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A evolução do uso da tecnologia no ensino de L2
1ª FASE
2ª FASE
3ª FASE
INSTRUCIONAL
(método áudio-lingual)
Ensino projetado para
promover o domínio de
regras estocadas na
memória do computador
. Materiais estruturados c/
rotas de aprendizagem prédeterminadas
. Drills repetitivos p/
simples prática
. Estudantes são passivos
. Computador é instrutor
autoritário
. Estudante aprende o que
o computador ensina
COLABORATIVA
(abordagem comunicativa)
Ensino projetado para
promover interação entre
o estudante e o
computador
. Foco na comunicação
. Ensina gramática
implicitamente
. Encoraja o estudante a
criar língua
. Evita evidenciar todos os
erros cometidos
. Instrui na língua alvo
. Evita aceitar resposta
única - flexibilidade
. Aprendizagem lúdica
INTEGRADORA
(abordagem digital)
Ensino projetado para
promover interação entre
pessoas
. O computador é usado p/
gerar realidade – facilitador
da aprendizagem
. Multimídia e internet
(hipermídia)
. Construtivismo
. Instrução não linear
(padrão hipertextual),
independente do tempo e
usa comunicação síncrona
e assíncrona
QUADRO 4
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Evolução de abordagens e uso de tecnologia no
ensino de L2
Critérios de
comparação
Século XX
>>1970
Século XXI
1970>>
Abordagens e Áudio-lingual
métodos
Direto
Ensino
comunicativo
Abordagem
digital
Uso de
tecnologia
Behaviorista
(estímulo e
resposta)
Comunicativo
(processadores de texto e
slides)
Ambientes de
aprendizagem
online – web
1.0, 2.0 e 3.0
Teoria de
behaviorista
aprendizagem
Influências
humanísticas
Construtivismo
Ambiente
tradicional
online
tradicional
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Método áudio-lingual
Ensino comunicativo
. Ênfase na estrutura e forma
. Ênfase no significado e na
comunicação
. Objetivo: competência linguística . Objetivo: competência
comunicativa
. Erros precisam ser evitados
. Erros são parte da aprendizagem
. Professor decide qual língua o
Professor não consegue saber qual
estudante vai usar
língua o estudante vai usar
. Estudantes precisam interagir com . Estudantes precisam interagir com
a língua
pessoas
. Objetivo primordial é a acurácia
. Objetivo primordial é a fluência
. Língua é hábito
. Língua é criação
. Professores controlam os
. Professores dão assistência aos
estudantes
estudantes
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Instrução convencional
. Orientada para o produto
. Dirigida pelo professor
. Ensino didático
. Corpus definido por um conjunto
de tópicos de conteúdo
. Trabalho individual
. Professor como dispensador de
conteúdo
. Agrupamentos em função de
habilidades comuns
. Avaliação de fatos, conhecimento
e habilidades específicas
Novo paradigma instrucional
. Orientada para o processo
. Exploração do estudante
. Instrução pela interação
. Corpora definido por projetos
autênticos e multidisciplinares
. Trabalho colaborativo
. Professor como facilitador da
aprendizagem
. Agrupamentos heterogêneos
(várias habilidades)
. Avaliação com base na
performance dos estudantes
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Ensino comunicativo