FACULDADE NORTE CAPIXABA DE SÃO MATEUS CURSO DE PEDAGOGIA FERNANDA RIBEIRO SOUZA PANMELLA BARBOSA ALTOÉ ZILMARA SANTOS DA SILVA EVASÃO ESCOLAR NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: UM ESTUDO DE CASO NA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PIO XII. SÃO MATEUS 2013 FERNANDA RIBEIRO SOUZA PANMELLA BARBOSA ALTOÉ ZILMARA SANTOS DA SILVA EVASÃO ESCOLAR NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: UM ESTUDO DE CASO NA ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PIO XII. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao programa de Graduação em Pedagogia da Faculdade Norte Capixaba de São Mateus, como requisito parcial para a obtenção de título em Licenciatura plena em Pedagogia. Orientadora: Prof.ª Polyana Ziviani Contarato. SÃO MATEUS 2013 FICHA CATALOGRÁFICA 3 FERNANDA RIBEIRO SOUZA PANMELLA BARBOSA ALTOÉ ZILMARA SANTOS DA SILVA EVASÃO ESCOLAR NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: UM ESTUDO DE CASO NA ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PIO XII. Monografia apresentada ao Programa de Graduação em Pedagogia da Faculdade Norte Capixaba de São Mateus, como requisito parcial para obtenção da Licenciatura Plena em Pedagogia. Aprovado em de de 2013 COMISSÃO EXAMINADORA __________________________________________________ Profª Polyana Ziviani Contarato Faculdade Norte Capixaba de São Mateus Orientador _________________________________________________ Profª Polyana Ziviani Contarato Faculdade Norte Capixaba de São Mateus Avaliador 4 Agradecemos a Deus pela iniciativa e perseverança que se fizeram brotar em nossas vidas, pelo desafio enfrentado incansavelmente nessa jornada. Também aos nossos familiares por abdicar de nossas presenças, nos compreendendo e incentivando rumo à trajetória do sucesso. 5 Dedicamos exclusivamente a construção deste trabalho ao nosso Deus, que mostra o quanto ele é fiel para conosco a cada dia. Aos nossos familiares pelo apoio, confiança, carinho, incentivo e nossas incansáveis aflições. A nossa orientadora Polyana Ziviani Contarato, pela paciência e dedicação. As professoras Carolina Dadalto e Josete Pertel pelas incríveis dicas habilidosas direcionando a uma proposta significativa. 6 Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou; Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derribar, e tempo de edificar; Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de saltar; Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar; Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de deitar fora; Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar; Tempo de amar, e tempo de aborrecer; tempo de guerra, e tempo de paz. (Eclesiastes, 3:1-8). 7 RESUMO O presente desenvolvimento deste trabalho tem por objetivo entender e descobrir os reais motivos da Evasão Escolar na EJA haja vista um grande problema encontrado no contexto escolar atual. Abordaremos neste respectivo trabalho o histórico da EJA, o método Paulo Freire, a evasão escolar na EJA, a relação professor/aluno, dando embasamento a uma construção do processo e etapas para o entendimento do respectivo tema. Nessa pesquisa utilizou-se a pesquisa descritiva, exploratória, bibliográfica e estudo de caso para averiguação dos resultados. Aplicou-se um questionário para uma turma do primeiro, do segundo e do terceiro ano do segundo segmento do Ensino Médio e também a um professor de cada turma, da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio “PIO XII”, com o intuito de ter uma estimativa quanto ao tema proposto, bem como também ir à busca de informações importantes que servirão de subsídio para o referido apresentado na temática. PALAVRAS-CHAVES: Educação de Jovens e Adultos, Evasão Escolar, Paulo Freire. 8 ABSTRACT This development of this work aims to understand and discover the real motives of School in EJA considering a major problem encountered in the context of current school. Discuss their work in this history of the EJA, the Paulo Freire method, truancy in EJA, the teacher /student relationship, giving a foundation building process and steps to the understanding of the respective subject. In this research we used a descriptive, exploratory, literature and case study to investigate the results. We applied a questionnaire to a group of first, second and third year of the second segment of the High School and also a teacher of each class, the State School of Elementary and Secondary Education " Pius XII ", in order to have an estimate as to the theme, and also go to find valuable information that will inform the above presented the theme. KEYWORDS: Education for Youth and Adults, Dropouts, Paulo Freire. 9 LISTA DE SIGLAS CAEE - Centro de Atendimento Educacional Especializado E.E.E.F.M - Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio EJA – Educação de Jovens e Adultos LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Básica MEC – Ministério da Educação e Cultura MOBRAL – Movimento Brasileiro de Alfabetização PNAC – Programa Nacional de Alfabetização e Cidadania 10 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Qual o seu sexo?.....................................................................................38 Gráfico 2 - Faixa etária..............................................................................................39 Gráfico 3 - Estado civil...............................................................................................39 Gráfico 4 - Série estudada.........................................................................................40 Gráfico 5 - Quantidade de filhos.............................................................................. 40 Gráfico 6 - Como você percebe seu professor.........................................................41 Gráfico 7 - Incentivo dos pais para o estudo...........................................................41 Gráfico 8 - O que o/a levou a voltar a estudar..........................................................42 Gráfico 9 - Volta aos estudos, o que mudou............................................................42 Gráfico 10 - Primeira vez que estuda na EJA...........................................................43 Gráfico 11 - Gosto pelo estudo.................................................................................43 Gráfico 12 - Você trabalha........................................................................................44 Gráfico 13 – Com estudo regular a vida seria melhor............................................44 Gráfico 14 - Vontade de abandonar a EJA..............................................................45 Gráfico 15 - Perdeu ao abandonar os estudos.......................................................45 Gráfico 16 - Onde deseja ir com seus estudos?.....................................................46 Gráfico 17 - Escolher da EJA para lecionar............................................................47 Gráfico 18 - Papel do professor da EJA..................................................................48 Gráfico 19 - Desafio em lecionar na EJA.................................................................48 Gráfico 20 - Problemas/desafios encontrados com os alunos.............................49 Gráfico 21 - A EJA traz relevância para a vida?......................................................49 Gráfico 22 - Professor da EJA quais as maiores dificuldades?............................50 Gráfico 23 - Métodos utilizados para trabalhar em sala.........................................50 Gráfico 24 - Alunos que conseguem concluir a EJA..............................................51 11 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13 1.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA ................................................................................. 14 1.2 DELIMITAÇÃO TEMA ......................................................................................... 15 1.3 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA ........................................................................ 16 1.4 OBJETIVOS ........................................................................................................ 16 1.4.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................................. 16 1.4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................ 16 1.5 HIPÓTESE .......................................................................................................... 17 1.6 METODOLOGIA .................................................................................................. 17 1.6.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA .......................................................................... 17 1.6.2 TÉCNICAS PARA COLETA DE DADOS ............................................................... 18 1.6.3 FONTES PARA COLETA DE DADOS.................................................................... 18 1.6.4 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA PESQUISADA .......................................... 19 1.6.5 INSTRUMENTOS PARA COLETA DE DADOS .................................................... 19 1.6.6 TRATAMENTO E ANÁLISE DE COLETAS ......................................................... 20 2 REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................................... 21 2.1 HISTÓRICO DA EJA NO BRASIL ....................................................................... 21 2.2 MÉTODO DE PAULO FREIRE ........................................................................... 23 2.3 O PROCESSO DE EVASÃO ESCOLAR NA EJA ............................................... 29 2.4 RELAÇÃO PROFESSOR/ALUNO DA EJA ......................................................... 33 3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS/ ESTUDO DE CASO ....................... 36 3.1 E.E.E.F.M “PIO XII” – OBJETO DE ESTUDO DA PESQUISA ............................ 36 3.2 APRESENTAÇÃO DOS DADOS ........................................................................ 36 3.2.1 QUESTIONÁRIOS RESPONDIDOS PELOS ALUNOS......................................... 37 3.2.2 QUESTIONÁRIOS RESPONDIDOS PELOS PROFESSORES ............................. 46 4 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÃO .................................................................... 51 4.1 CONCLUSÃO...................................................................................................... 51 4.2 RECOMENDAÇÃO ............................................................................................. 54 5 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 55 APÊNDICE ................................................................................................................ 59 APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO PARA OS ALUNOS ............................................ 60 APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO PARA OS PROFESSORES ................................ 62 12 1 INTRODUÇÃO A Educação de Jovens e Adultos é uma modalidade de educação básica, que busca a preparação do aluno, do tempo perdido, propiciando a continuidade aos estudos, que envolve como campo abrangente questões sociais, econômicas, políticas e culturais. Dessa forma é assegurado por lei o acesso à Educação de Jovens e Adultos através da Lei 9.394 no “Art.37. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria” (BRASIL 1996, p.50). De modo que a educação de jovens e adultos busca um ensino de qualidade com foco no aprendizado do aluno, e uma real mudança na qualidade de vida, visando a sua realidade. De certo que a Educação de Jovens e Adultos enfrentou e vêm enfrentado várias dificuldades ao longo dos tempos. Desse modo, um dos principais desafios encontrados na EJA é que ao adentrar na escola o aluno já possui uma bagagem de vivências e histórias, nesse contexto são variedades de culturas que a escola deverá abraçar. É importante respeitar as “condições culturais” desse jovem e adulto. Eles precisam ser entendidos de fato, envolvidos com o meio criando um elo de comunicação entre o educador e o educando (GADOTTI, 2011). Segundo Gadotti (2011, p. 39): Ler sobre a educação de jovens e adultos não é suficiente. É preciso entender, conhecer profundamente, pelo contato direto, a lógica do conhecimento popular, sua estrutura de pensamento em função da qual a alfabetização ou aquisição de novos conhecimentos têm sentido. A educação de jovens e adultos não se baseia apenas em métodos, mas em processos e condições de conhecimento em formar cidadãos autônomos, críticos, reflexivos e capazes de buscar melhores condições de vida. Cabe ao educador criar situações que aproximem as relações de trocas de aprendizado dando ênfase na participação através da socialização. 13 Por meio das experiências vivenciadas no espaço escolar no Estágio Supervisionado I, de observação e participação na sala de aula no ano de 2012 na EJA, verificou-se que não há uma efetiva comunicação entre os professores e alunos, chamando à atenção ao distanciamento no aspecto que diz respeito a um ambiente acolhedor, de um espaço e material adequado, de motivação, de acompanhamento desse aluno. Nesse caso o educador tem um papel de suma importância, pois ele precisa entender e conhecer o seu aluno, é necessário criar oportunidades nas quais ocorra uma troca não só de perspectiva de vida, mas de situações que preparam o aluno para o mundo. E tratando-se da Educação de Jovens e Adultos é importante frisar que: O professor é um educador... e, não querendo sê-lo, torna-se um deseducador. Professor-instrutor qualquer um pode ser, dado que é possível ensinar relativamente com o que se sabe; mas professor/educador nem todos podem ser, uma vez que só se educa o que se é! (GADOTTI, 2011, p.71 e 72). Assim o objetivo dessa monografia é compreender os motivos que levam a evasão escolar e sua(s) influência(s) no existencial pedagógico educacional. Empregando uma pesquisa bibliográfica e um estudo de caso a realizar-se em uma turma de cada série, juntamente com os professores das respectivas turmas da Educação de Jovens e Adultos, na E.E.E.F.M “PIO XII”, no Município de São Mateus/ES. 1.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA A educação passa pelo processo em que a sociedade forma seus membros a uma determinada imagem e a uma determinada função ligada a seus próprios interesses. A educação é essencial e é insubstituível. Dentre todas as práticas culturais da vida humana e da experiência de sociedade como a nossa, dificilmente alguma outra será tão insubstituível quanto à educação. (BRANDÃO, 2002, p.18). Desta forma, o homem faz-se um ser em desenvolvimento constante em que se adapta ao meio em que vive e sobrevive, até porque precisa de uma instrução formal onde possa contribuir para a formação profissional qualificada e para o seu sucesso no futuro. É então através da escola que os jovens e adultos são orientados a buscar essas melhores condições de vida. Assim, em justificativa serão apontados 14 elementos bastante preocupantes que atigem a modalidadede ensino da EJA Educação de Jovens e Adultos. De modo geral, os estudos/pesquisas procuram analisar quais são as causas que resultam neste alto índice de evasão, a fim de obter explicações por meio de pesquisas bibliográficas e questionários na escola da rede estadual apenas no ensino médio da EJA. A escolha do tema não foi para resolver ou reverter este quadro de evasão, até porque isto demandaria um bom tempo, mas sim para conhecer estas respostas acerca do índice de evasão escolar neste segmento. Neste sentido, o presente trabalho pode contribuir para uma conscientização coletiva em que a educação formal especialmente a de jovens e adultos aconteça de maneira siginficativa e prazerosa, em que desperte a busca pelo conhecimento, contribuindo assim para a formação educacional. É importante lembrar que todos podem contribuir para o desenvolvimento da Educação de Jovens e Adultos, permitindo que este aluno não vise somente à capacitação formal, mas que desenvolva suas capacidades em busca de saberes, descobrindo um novo mundo e que através das suas habilidades e competências possa ter uma formação indispensável no meio social para o exercício da cidadania, partindo do conhecimento cultural que já possui, refletindo sobre o que antes era desconhecida na sociedade a qual pertence, pois o jovem e o adulto busca na Educação de Jovens e Adultos recuperar o tempo perdido. Logo a importância desta pesquisa é entender como acontece à evasão e quais suas causas específicas, já que esta é também uma preocupação dos educadores, e é claro, despertar o interesse em busca de possíveis soluções. 1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA Esta pesquisa delimita-se em verificar através de questionários direcionados ao corpo discente e docente, os motivos do processo de evasão escolar em três turmas: uma do primeiro, do segundo e do terceiro ano e os professores da Educação de Jovens e Adultos, na E.E.E.F. M “PIO XII” do Ensino Médio, localizada 15 na Rua Cel. Constantino Cunha, nº 1890, no Centro da Cidade de São Mateus, ES, no Município de São Mateus/ES durante o segundo semestre no ano de 2013. 1.3 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA A Educação de Jovens e Adultos tem um longo caminho percorrido e infelizmente a evasão faz parte desse contexto. Sendo assim o problema estabelecido neste trabalho consiste no seguinte questionamento: Quais os motivos que levam os alunos da EJA a evadirem na escola E.E.E.F.M “PIO XII” em São Mateus/ES no segundo semestre no ano de 2013? 1.4 OBJETIVOS 1.4.1 OBJETIVO GERAL Compreender os motivos da evasão escolar e sua(s) influência(s) no existencial pedagógico educacional da E.E.E.F.M “PIO XII” São Mateus/ ES, no ensino da Educação de Jovens e Adultos do Ensino Médio. 1.4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Investigar os principais fatores da evasão escolar no Ensino Médio da EJA, na E.E.E.F.M “PIO XII” São Mateus/ ES, buscando conhecer o perfil dos alunos através da aplicação de questionário, verificando os seguintes aspectos: Verificar em qual série acontece mais a evasão escolar na Educação de Jovens e Adultos; Observar como é o perfil do professor na EJA quanto a sua formação profissional e acadêmico; 16 Entender quais os motivos que levam os alunos a optarem por estudar na EJA. 1.5 HIPÓTESE Acredita-se que ao final deste trabalho serão conhecidos os principais motivos da evasão na modalidade EJA no Ensino Médio da E.E.E.F.M “PIO XII” no ano de 2013, tendo como tentativa buscar respostas sobre os principais aspectos a serem investigados no contexto educacional, a respeito do corpo discente e docente. 1.6 METODOLOGIA 1.6.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA A pesquisa foi classifica em Descritiva, Exploratória e Explicativa, buscando uma análise quantitativa acerca do assunto tratado. A pesquisa Exploratória tem como objetivo: o levantamento de dados, através de bibliografia, e estudo de caso, onde segundo GIL (2002, p.41) “pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições”. Logo, pois busca o aprimoramento do assunto estudado. Na pesquisa Descritiva trata-se de analisar e interpretar os dados coletados através de questionários aplicados. Na concepção de GIL (2002, p.42) “as pesquisas descritivas têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis”. Já na pesquisa Explicativa visa estudar fenômenos, registros e interpretá-los, explicando a razão dos questionamentos encontrados, na visão de GIL (2002, p.42) “esse é o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas”. 17 1.6.2 TÉCNICAS PARA COLETAS DE DADOS A pesquisa tem por finalidade buscar respostas na realidade e na aquisição de conhecimentos. A abordagem metodológica adotada constitui-se em três: Pesquisa Bibliográfica, Pesquisa de Campo e Estudo de Caso. Uma das fontes enriquecedoras do conhecimento é a abordagem Bibliográfica que se tem a oportunidade de conhecer as várias concepções de diferentes autores, para GIL (2002, p. 44): A pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Embora quase em todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho dessa natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas. Na abordagem a Pesquisa de Campo é onde coleta dados, vivencia situações, explora ambiente, investiga, observa os processos para maior compreensão do assunto proposto. Segundo GIL (2002, p.53): “(...) a pesquisa é desenvolvida por meio da observação direta das atividades do grupo estudado e de entrevistas com informantes para captar suas explicações e interpretações do que ocorre no grupo”. Através do Estudo de Caso usa-se a investigação para explorar e descrever um fato ocorrido onde não se tem a exatidão de uma resposta. Logo GIL diz que: Estudo de caso consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento, tarefa praticamente impossível mediante outros delineamentos já considerados. (GIL, 2002, p. 54). É através do estudo de caso que se levantam dados para uma possível solução de problemas previamente observados. 1.6.3 FONTES PARA COLETA DE DADOS A presente abordagem é caracterizada por fontes primárias por constituir de material não elaborado, algo que não foi publicado, no caso dos questionários aplicados na instituição escolar. Na concepção de Andrade: 18 Fontes primárias são constituídas por obras ou textos originais, material ainda não trabalhado, sobre determinado assunto. As fontes primárias englobam as obras que ainda não foram analisadas ou interpretadas e constituem o subsídio das pesquisas documentais. ANDRADE (2001, p. 43). Já fonte secundária retrata-se sobre o processo de materiais já elaborados e publicados, tais como: livros, revistas, artigos, etc. Na visão de ANDRADE (2001, p. 43): “Fontes secundárias referem-se a determinadas fontes primárias, isto é, são constituídas pela literatura originada de determinadas fontes primárias e constituemse em fontes das pesquisas bibliográficas”. 1.6.4 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA PESQUISADA A pesquisa será realizada no universo que envolve três salas de aula contendo: uma turma do primeiro ano, com vinte e dois alunos, uma turma do segundo ano, com vinte oito alunos e uma turma do terceiro ano com vinte e três alunos do Ensino Médio. Quanto aos professores será aplicado a um professor de cada sala, num total de três professores, e aos alunos um total de setenta e três alunos, sendo a aplicação dos questionários feitos com uma amostragem de uma pesquisa ocorrendo no exercício do ano letivo de 2013. 1.6.5 INSTRUMENTOS PARA COLETA DE DADOS A realização da coleta de dados será por meio de um questionário para os alunos e outro para os professores, da EJA na E.E.E.F.M “PIO XII”, em três turmas da Educação de Jovens e Adultos, no Município de São Mateus/ES que será no segundo semestre no ano de 2013. Segundo Andrade: Questionário é um conjunto de perguntas que o informante responde, sem necessidade de presença do pesquisador. O formulário também é constituído por uma série de perguntas, mas não dispensa a presença do pesquisador. ANDRADE (2001, p. 148). Desse modo o questionário possibilita a diagnosticar e auxiliar no levantamento de possíveis questionamentos e a sua aplicabilidade será a possível resolução da formulação do problema proposto na monografia. 19 1.6.6 TRATAMENTO E ANÁLISE DE COLETAS As informações coletadas serão analisadas de forma quantitativa, de acordo com: O processo de análise de dados envolve vários procedimentos, codificação das respostas, seleção e tabulação dos dados. A codificação, análise e tabulação para a obtenção de informações só se efetivam após a coleta de dados. GIL (2002, p.125). São através dos gráficos que se podem interpretar os dados coletados, é de suma importância que essas informações estejam claras e objetivas para melhor compreensão. 20 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 HISTÓRICO DA EJA NO BRASIL A história da Educação teve início com a chegada dos jesuítas, aproximadamente em 1549, tendo em vista a catequização de adultos com funções religiosas, tendo o aspecto mais religioso do que o educacional. Segundo Azevedo: [...] Em dois séculos, ou precisamente, em 210 anos, que tanto se entendem desde a chegada dos primeiros jesuítas até a expulsão da Ordem pelo Marquês de Pombal, em 1759, foram eles quase os únicos educadores do Brasil. (AZEVEDO, 1976 p. 9-11). Com a chegada da família real ao Brasil, percebeu-se a necessidade de mão-deobra para atender e servir a realeza. Segundo Piletti (1988, p. 165) “a realeza procurava facilitar o trabalho missionário da igreja, na medida em que esta procurava converter os índios aos costumes da Coroa Portuguesa”. Em 1881 foi intitulada a “Lei Saraiva” homenageando o então Ministro do Império José Antônio Saraiva, através do Decreto nº 3.029, a Lei tinha por objetivo ser responsável pela primeira reforma eleitoral do Brasil, conceder o “título de eleitor”, aos homens, modo que proibia analfabeto ao voto, começou então a pensar que o voto era de grande contribuição política, pois grande parte não sabia nem ler e escrever (PAIVA, 1973). Entre 1887 a 1897 no Império-República, grandes discussões na educação surgiram tais como as “ligas contra o analfabetismo” que visava o direito ao voto e tendo o Estado assumir suas reais obrigações em relação à educação, voltadas para melhorias na qualidade do ensino, com intuito a população analfabeto. (PAIVA, 1973). As discussões ainda não pararam segundo Paiva: 21 As reformas da década de 20 tratam da educação dos adultos ao mesmo tempo em que cuidam da renovação dos sistemas de um modo geral. Somente na reforma de 28 do Distrito Federal ela recebe mais ênfase, renovando-se o ensino dos adultos na primeira metade dos anos 30. (PAIVA, 1973, p.168). Com a falta de políticas consistentes voltadas para a educação de jovens e adultos o governo viu a necessidade de criar um “fundo destinado à alfabetização de adultos”, pois o índice de analfabetismo surgiria em meados de 1940. Já em 1945 no final da ditadura de Vargas, ocorreu o “movimento de fortalecimento dos princípios democráticos do país”, (PORCARO, 2011). No ano de 1949 na Dinamarca foi realizada a “I Conferência Internacional sobre a Educação de Adultos”. Essa Conferência trouxe a ideia de uma educação de adultos como uma “espécie de educação moral”, onde contribuiria para o “respeito aos direitos humanos”. Já a “II Conferência Internacional” realizada em Montreal em 1963, baseava-se em dois enfoques: a “educação permanente, a educação de base ou comunitária”. Na “III Conferência Internacional” em Tóquio em 1972, a educação de adultos ficou entendida como “suplência da educação fundamental (escola formal)”, e em Paris aconteceu “IV Conferência Internacional em 1985” caracterizando-se pela “pluralidade de conceitos”, onde se discutiu temas relacionados à educação de forma que proporcionasse melhorias no aspecto técnico, pedagógico e metodológico da EJA, (GADOTTI, 2011). De acordo com Gadotti (2011, p.43), a “história da educação de adultos dita, no Brasil, poderia ser dividida em três períodos”: 1º De 1946, em que foram realizadas grandes campanhas nacionais de iniciativa oficial, chamadas de “cruzadas”, sobretudo para “erradicar o analfabetismo“, entendido como uma “chaga”, uma doença como a malária. Por isso se falava em “zonas negras de analfabetismo”. 2º De 1958 a 1964. Em 1958 foi realizado o 2º Congresso Nacional de Educação de Adultos, que contou com a participação de Paulo Freire. Partiu daí a ideia de um programa permanente de enfrentamento do problema da alfabetização que desembocou no Plano Nacional de Alfabetização de Adultos, dirigido por Paulo Freire e extinto pelo Golpe de Estado de 1964, depois de um ano de funcionamento. A educação de adultos era entendida a partir de uma visão das causas do analfabetismo, como educação de base, articulada com as “reformas de base“, defendidas pelo governo popular / populista de João Goulart. Os CPCs (Centros Populares de Cultura), extintos logo depois do golpe militar de 1964, e o MEB (Movimento 22 de Educação de Base) apoiado pela Igreja e cuja duração foi até 1969, foram profundamente influenciados por essas ideias. 3º O governo militar insistia em campanhas como a “Cruzada do ABC” (Ação Básica Cristã) e posteriormente, com o MOBRAL. Nessa perspectiva o MOBRAL (Movimento Brasileiro de Alfabetização) ficou marcado na história da EJA, com finalidade de “redemocratização”, que visava o “controle da população rural”. No ano de 1989 foi criada a “Comissão Nacional de Alfabetização” com o então coordenador Paulo Freire, com intuito de preparar o “Ano Internacional da Alfabetização (1990)”, GADOTTI (2011). Ainda no ano 1990 foi lançado o PNAC (Programa Nacional de Alfabetização e Cidadania), que proporcionou uma ambiciosa estratégia de mobilização nacional, contudo o mesmo não foi instaurado devido à crise do governo do presidente Fernando Collor, pelo impeachment. Tempo depois o MEC formalizou em destinar mais recursos na educação infantil do que na EJA, objetivando reduzir a geração de analfabetos. A União voltou a investir na EJA no ano de 1997, com o Programa Alfabetização Solidária, que atendia os municípios com maiores taxas de analfabetismo. Todos esses fatos históricos contribuíram para uma mudança na educação da EJA, tornando-a mais igualitária, focada na valorização do Adulto e do Jovem, e na capacitação dos professores vinculados ao Programa/ Modalidade. 2.2 MÉTODO PAULO FREIRE Tratar de Paulo Freire consiste em falar de libertação, conscientização e visão de mundo transformado. Freire defendia os direitos do povo, daqueles que não tiveram a oportunidade de fazer valer seus direitos como cidadãos. De acordo com Cecília de Lora: “Paulo Freire revela-nos de forma vivencial as exigências mais sutis do processo de conscientização. Penso que o grande mérito de Paulo, o mestre bondoso e estimulante, está precisamente em ser catalizador honesto de uma série de inquietudes que se agitam em nosso meio.” [...]. (DE LORA, 2006, apud FREIRE, 2006, p. 10). O método Paulo Freire era voltado para a realidade vivenciada do indivíduo, onde o aluno identifica-se com a aprendizagem. Prezava por uma alfabetização que 23 estimulasse a criação, o desenvolvimento psicológico, emocional e social do aluno, levando em consideração suas vivências, ou seja, um método inovador e transformador. De acordo com Freire: “Contradizendo os métodos de alfabetização puramente mecânicos; projetávamos levar a termo uma alfabetização direta, ligada realmente a democratização da cultura e que servisse de introdução; ou, melhor dizendo, uma experiência susceptível de tornar compatíveis sua existência de trabalhador e o material que lhe era oferecido para aprendizagem.” (FREIRE, 2006, p. 47). Desse modo, o processo de ensino deveria dar-se a partir da vivência da realidade de cada aluno, de sua visão de mundo, onde o conteúdo da aprendizagem estivesse de fato ligado ao processo de aprender. Passando assim por várias fases de elaboração e aplicação do método, procurava-se abordar as palavras principais dentro do universo e do dia a dia do grupo a ser pesquisado e trabalhado. O processo passa por três etapas importantes: a etapa da investigação onde o professor e o aluno buscam as palavras geradoras dentro do universo vocabular e da sociedade na qual ele está inserido, a etapa de tematização, em que os alunos aprendem a codificar e decodificar o significado das palavras tomando consciência do mundo e a etapa da problematização, transformando o modo que esse aluno vê para assim ter a possibilidade de mudar o contexto na qual ele vive. “As palavras geradoras devem nascer desta procura e não de uma seleção que efetuamos no nosso gabinete de trabalho, por mais perfeita que ela seja do ponto de vista técnico” (FREIRE, 2006, p.49). Selecionando as palavras dentro do contexto vocabular do aluno, criando e elaborando situações cotidianas que fazem parte da realidade do grupo ao qual se trabalha. Desse modo o educando sente-se familiarizado com o processo de ensino e aprendizagem, pois o que ele está aprendendo faz parte de fato de sua vida cotidiana. Através da metodologia de vivência do aluno, de acordo com Freire, é possível perceber as dificuldades fonéticas desse grupo a partir da identificação das palavras geradoras. “(...) o educador propõe a visualização da palavra geradora, e não a memorização, quando se visualiza a palavra e se estabelece o laço semântico entre ela e o objeto a que se refere representado na situação, mostra-se ao aluno por meio de outro diapositivo, a palavra sozinha sem o 24 objeto correspondente. Imediatamente depois apresenta-se a mesma palavra separada em sílabas, que o analfabeto geralmente identifica como partes. Reconhecidas as partes, na etapa da análise, passa-se a visualização das famílias silábicas que compõe as palavras em estudo.” (FREIRE, 2006, p.51). Levando assim o educando a possibilidade de analisar e classificar as palavras, a partir de uma sílaba e assim, identificar todo o resto da família fonética, formando a palavra final. Desse modo produzindo, não somente o conhecimento, mas levando ao reconhecimento, e a partir daí chegar a escrita. Em um dos seus livros “Educação como Prática da Liberdade”, Freire (2011, p.48) cita ainda, mais cinco fases para se executar a prática do método: o levantamento do universo vocabular com quem se trabalha; a escolha das palavras selecionadas do universo vocabular pesquisado; a criação de situações existenciais típicas do grupo com que vai se trabalhar; a elaboração de fichas de roteiro que auxiliem os coordenadores de debate no seu trabalho e a elaboração de fichas para a decomposição das famílias fonéticas. Freire procurava através dessas fases investigar e conhecer o educando para assim elaborar as atividades de forma que eles pudessem identificar-se com o processo de aprendizagem, sentisse-se parte do processo, e não meros reprodutores, mas sim, transformadores e agentes de sua própria história. Os conceitos e métodos a liberdade oferecida aos alunos segundo Freire é a: “[...] matriz que proporciona sentido a uma educação que não pode ser efetiva e eficaz senão na medida em que os educandos nela tomem parte de maneira livre e crítica. Esse é um dos princípios essenciais da organização dos círculos de leitura” [...] (FREIRE, 2006, p. 59). Tendo mais liberdade de expressão o educando consegue transferir para o educador a realidade a qual ele vive, de modo que consiga absorver desses diálogos coletivos as reais necessidades de aprendizagem desse aluno, podendo assim intervir de maneira qualitativa dando a necessária orientação. Dessa forma, tem-se o foco voltado para a alfabetização em conjunto com a conscientização, pois de nada adianta alfabetizar sem conscientizar, sem ampliar e transformar a visão de mundo dos educandos. “Contribuindo para a vida social do 25 grupo”. “A conscientização tem por ponto de partida o homem brasileiro, o homem do povo, com sua maneira própria de captar e de compreender a realidade, captação e compreensão de tipo especialmente mágico” (FREIRE, 2006, p.60). Despertando um novo olhar no analfabeto, levando-o a compreender que a falta de conhecimento não precisa ser eterna e que ignorância total não existe. Assim, todos podem aprender e desenvolver suas capacidades e habilidades por mais difícil que se pareça a princípio. Segundo Brandão: Falo sobre como o método educa enquanto se constrói e, portanto, falo de método como um processo, com as sequências e etapas que ele repete a cada vez; como uma história coletiva de criar e fazer, que é sua melhor ideia (BRANDÃO, 2006, p.15). Para Paulo Freire não bastava apenas ensinar, a aprendizagem precisava estar ligada ao processo de criação e inovação, um aprendendo com a experiência do outro, ensinava-se coletivamente, trazendo a realidade vivenciada pelo povo no dia a dia, para a sala de aula por meio dos círculos de cultura. Paulo Freire pensou que um método de educação construído em cima da ideia de um diálogo entre educador e educando, onde há sempre partes de cada um no outro, não poderia começar com o educador trazendo pronto, do seu mundo, do seu saber, o seu método e o material da fala dele. (BRANDÃO, 2006, p.21). Ninguém é detentor do saber; sempre haverá algo novo para aprender, o processo de ensino e aprendizagem é longo e contínuo. Por isso criou-se o círculo de cultura, onde se aprendia coletivamente. Círculo, porque todos estão a volta de uma equipe de trabalho que não tem um professor ou um alfabetizador, mas um animador de debates, que como um companheiro alfabetizado, participa de uma atividade comum em que todos se ensinam e aprendem [...]. De cultura porque muito mais do que o método individual de “saber ler e escrever”, o que círculo produz são modos próprios e novos, solidários, coletivos de pensar. E todos juntos aprenderão, de fase em fase, de palavra a palavra, que aquilo que constroem e uma outra maneira de fazer a cultura que os faz, por sua vez, homens sujeitos, seres de história-palavras e ideias-chaves no pensamento de Paulo Freire.” (BRANDÃO, 2006, p.44). 26 Através das fichas de cultura era possível levar o educando a reler o mundo, com desenhos que faziam parte da realidade daquele povo, e também, com perguntas simples sobre o desenho, que os levavam a refletir e a pensar sobre a razão das coisas, e assim, mudando e transformando o modo no qual esses educandos enxergavam o mundo. Por meio do círculo de cultura, eles tinham a oportunidade de se reunir em grupos para discutir e procurar soluções para os problemas diários da vida cotidiana. A democratização da cultura disse certa vez um desses anônimos mestres analfabetos, tem que partir do que somos e do que fazemos como povo. Não do que pensam e querem alguns de nós (BRANDÃO, 2006). O conceito de círculo de cultura tinha a mesma concepção que hoje temos na EJA, ou seja, a concepção de transformar a visão de mundo desses educandos, levandoos a ter novas perspectivas de vida, enxergando o mundo de outra forma, para que assim eles se sintam autores da própria história. O objetivo do círculo de cultura era provocar o diálogo e a clareza da consciência, incentivando o educando a escrever em casa todas as palavras que foram capazes de gerar, procurando sempre respeitar o ritmo de cada um, não forçando nem exigindo. O mesmo trabalho coletivo de construir o método, a cada vez, deve ser também o trabalho de ajustar, inovar e criar a partir dele (BRANDÃO, 2006, p. 68). Após o diálogo gerado através do círculo de cultura, os educandos eram incentivados a pensar e a repensar sobre o que fora aprendido, para que assim o aprendizado não ficasse somente no círculo de cultura, mas fosse levado para o cotidiano, o dia a dia de cada um deles. Como as palavras geradoras eram palavras do cotidiano, faria com que automaticamente eles ligassem uma coisa a outra, esse processo era feito de forma lenta, respeitando as limitações de cada um, a aprendizagem ia surgindo aos poucos. No círculo de cultura era inserido tudo aquilo que faz parte da vida da comunidade e da localidade. Cada aluno já vem com conteúdos do seu cotidiano, cabe ao educador saber trabalhar isso em sala de aula, para tornar esse educando um sujeito alfabetizado/letrado; ou seja, alguém que conhece e entende de fato o mundo ao qual está inserido. “Mundo este, ao qual o aluno está inserido, reflete na 27 aprendizagem de cada um, por isso é tão relevante à leitura anterior do mundo.” O método de alfabetização de adultos do professor Paulo Freire não representa mais do que a fase inicial de um longo processo dentro do sistema de educação”. (BRANDÃO, 2006 p.81). A partir do método Paulo Freire, iniciou-se o processo de educação de Jovens E Adultos, porém, esse processo é longo e demorado, pois requer toda uma mudança no sistema educacional. Requer uma educação voltada especialmente para jovens e adultos, que realmente fale a linguagem desses educandos. Não basta somente ensinar, mas sim preparar o educando para a vida em sociedade, para a cidadania, de modo que ele venha desenvolver o senso crítico reflexivo para entender e compreender o real motivo e o porquê das coisas e não apenas reproduzir, mas aprender a pensar e questionar o que pensou. De forma que ele entenda que é o principal sujeito de sua história. O educador tem como trabalho “reinventar” a educação. Há uma proposta politicamente humana: a de criar com o poder do saber do homem libertado, um homem novo, livre também de dentro para fora. Trabalhando e alfabetizando com amor, diálogo e compreensão, Paulo Freire fez história, e atualmente, seus métodos são utilizados no processo de ensino e aprendizagem na educação de jovens e adultos (BRANDÃO, 2006 p.85). O método Paulo Freire era voltado para a libertação do homem, libertação esse a qual ele se referia, era a libertação do homem com relação a sua visão de mundo, a partir do momento em que esse homem começava a ler e escrever, ele se renovava, descobria um mundo antes não visto por ele. Freire usava o amor e acreditava que é a partir do diálogo que se percebe as reais necessidades para assim procurar coletivamente a solução. Poucas vezes, em toda a história da educação, um mero “processo de alfabetização” atingiu tantas pessoas e ocasionou tamanha discussão. Poucas vezes, também um método, vinte anos depois de sua criação, continuou a gerar conhecimento com a mesma força e vida de seu início. Mais que um simples 28 processo de alfabetização, Paulo Freire criou uma prática pedagógica. Cujo embasamento político obrigou a própria educação, a repensar-se a reconhecer em cada indivíduo um agente da história (BRANDÃO, 2006). A forma de alfabetizar de Paulo Freire é tão importante para a nossa educação que venceu o tempo, fez com que os métodos pedagógicos fossem repensados de forma a qual a educação começasse a entender que é o indivíduo que constrói sua própria história, e até hoje esse método é utilizado com a mesma eficácia do início, logicamente com algumas adaptações, mas ajudando a muitas pessoas a se reconhecerem como agentes construtores e reconstrutores de sua história. 2.3 O PROCESSO DE EVASÃO ESCOLAR NA EJA A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade de ensino da rede pública que visa garantir as pessoas que não tiveram acesso ao ensino regular na idade apropriada a dar continuidade aos estudos. A Legislação Brasileira diz: Art. 2º. A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (BRASIL, 1997, p.2). A respeito disso, é possível compreender que educação é dever da família, Estado e escola visando à permanência do aluno. Como diz no Art. 37º LDB/96: “A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria”. Mas com o passar dos anos o mercado de trabalho vêm avançando e surgem as novas tecnologias, em que essas exigem mais mão de obra qualificada. Dessa forma, várias famílias que se situavam nas zonas rurais foram morar nos centros urbanos. Com mudanças ocorridas, exigiam-se mais conhecimentos e maior escolarização e dessa forma precisariam voltar à escola básica. A partir daí, surge o reingresso do adulto as turmas da EJA. A educação permite ir em busca de uma vida mais equilibrada permitindo a esses adultos buscar uma melhoria de vida. Para que aumentem as 29 possibilidades individuais de educação, e para que se tornem universais, é necessário que mude o ponto de vista dominante sobre o valor do homem na sociedade, o que só ocorrerá pela mudança de valoração atribuída ao trabalho. Quando o trabalho manual deixar de ser um estigma e se converter em simples diferenciação do trabalho social geral, a educação institucionalizada perderá o caráter de privilégio e será um direito concretamente igual para todos. (Pinto, 2000, p.37). Haja vista que, a Educação de Jovens e Adultos reflete bastante na vida dos adultos ingressantes, abrindo cada vez mais espaço trazendo assim mais significado em busca de novos conhecimentos, fazendo-os refletir sobre a importância de ir à busca do crescimento pessoal. A estrutura da Educação Brasileira com toda a sua diversidade vem garantir uma educação que se organiza e se distribui de diversas formas. Deste modo, a educação no Brasil tem passado por grandes mudanças começando pela educação básica, levando no desenvolvimento de uma escolarização mais qualitativa. A Educação Básica no Brasil se destina as crianças com até três anos de idade, sendo que na pré-escola se destina a crianças com 4 e 5 anos dessa forma denomina-se Educação Infantil. Dos seis anos de idade em diante, dá-se início a educação formal em que o conhecimento do aluno se aproxima em diversos assuntos de modo geral e científico dando continuidade ao durante todo o Ensino Fundamental. O Ensino Fundamental nos dias atuais têm duração de 9 anos se estendendo do 1º ao 9º ano obrigatório na constituição descrito na lei Nº 11.274 oportunizando maior tempo na aprendizagem e mais qualidade no ensino. E por fim, o Ensino Médio com duração de três anos, não há uma obrigatoriedade descrita na constituição que descreve no artigo 208: “[...] II- progressiva universalização do ensino médio gratuito.” (BRASIL, 2006, p.102). A obrigatoriedade no Ensino Médio é, portanto responsabilidade do Estado. 30 No entanto, o abandono nesta última modalidade é maior devido a não obrigatoriedade deste ensino. Entretanto, em 2003 o MEC – (Ministério da Educação e Cultura) propunha que a alfabetização de Jovens e Adultos passaria a ser prioridade do Governo Federal. Para compreender sobre a evasão escolar se tem em vista que não é um caso isolado, mas um termo preocupante e que pode vir a produzir uma série de determinantes que causa efeito na produtividade da vida escolar. Deste modo fica em evidência a importância que a educação de jovens e adultos representa na vida dos ingressantes, pois assim têm-se a oportunidade de recuperar o que lhe é de direito. [...] defasado em relação aos processos educativos com as novas tecnologias; com falta de qualidade dos serviços oferecidos; com falta de relação entre os currículos e a realidade social; com iniquidade de acesso e permanência nas escolas. (GÓMEZ, 1999, p.35-7) Tais aspectos acompanham a trajetória dos alunos da EJA, e de certa forma pode vir a ter grandes influências no que diz respeito ao processo escolar. Os alunos da Educação de Jovens e Adultos ao integrarem-se, tendo isso por direito, buscam a princípio satisfazer suas particularidades no que diz respeito à escolarização. Em se tratando de Evasão Escolar, ARROYO relata: “Na maioria das causas a evasão escolar tem a responsabilidade de atribuir a desestruturação familiar, e o professor e o aluno não têm responsabilidade para aprender, tornando-se um jogo de empurra.” (ARROYO, 1997, p.23). Sabe-se que muitos são os fatores que levam a evasão, mas é importante a escola estar preparada tanto para receber quanto para formar os adultos ingressantes, pois estes estão em busca de novas oportunidades. Segundo ARROYO: “(...) os jovens e adultos continuam vistos na ótica das carências escolares: não tiveram acesso, na infância e na adolescência, ao ensino fundamental, ou dele foram excluídos ou dele se evadiram; logo propiciemos uma segunda oportunidade”. (ARROYO, 2006, p.23). 31 A grande questão em evidência quando se trata de evasão, sem deixar de citar as questões sociais, econômicas, políticas e culturais, poderá ter muito a ver com o que a não permanência na EJA causa na vida desses adultos e estar na EJA propicia uma nova oportunidade de vida. E pensando nessa problemática à medida que isso acontece mais cresce o número de jovens e adultos que ainda não completaram a educação básica na idade correta. Carlos Cury aponta no artigo “Direito a Educação direito à igualdade, direito à diferença” que: O direito à educação escolar é um desses espaços que não perderam e nem perderão sua atualidade. Existe garantia ao acesso dos cidadãos à educação básica. Afinal, a educação escolar é uma dimensão fundante da cidadania, e tal princípio é indispensável para políticas que visam à participação de todos nos espaços sociais e políticos e, mesmo, para reinserção no mundo profissional. O contorno legal indica os direitos, os deveres, as proibições, as possibilidades e os limites de atuação, enfim: regras. Tudo isso possui enorme impacto no cotidiano das pessoas, mesmo que nem sempre elas estejam conscientes de todas as suas implicações e consequências. (CURY, 2002, p. 245-246). Por outro lado, para que se possa superar o fracasso escolar é necessário o investimento em alternativas de modo que o educando possa se desenvolver na sociedade. Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação a LDB: A educação nacional é inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, objetiva o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o serviço responsável da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (BRASIL, Lei nº 9.394/96 Art. 2º 1996). Muito mais que ensinar a ler e escrever são também ter a preocupação em inseri-los no processo educacional, valorizando a experiência que este aluno já traz consigo ao longo da vida para que ele possa se sentir alguém importante e que possa ter uma visão de novas perspectivas de vida. 32 2.4 RELAÇÃO PROFESSOR/ALUNO DA EJA A Educação de Jovens e Adultos permeia por um processo, que visa uma efetiva relação de respeito de se colocar no lugar do outro tanto do aluno quanto do professor. Nessa perspectiva ambos os papéis estão interligados, necessitando assim de um melhor desenvolvimento no processo educacional. Nesse aspecto o que o professor precisa ensinar e o que o aluno precisa aprender? O professor dentre muitos atributos que possui, precisa buscar significado dentro das diferentes situações de aprendizagem desenvolvendo com seus alunos as competências para um melhor aprendizado. É importante trazer as suas realidades várias alternativas e refletir sobre cada uma delas na prática em diferentes situações e buscando pensar no seu educando em sua totalidade, “a noção de professor reflexivo vivenciadas em sala de aula baseia-se na consciência da capacidade de pensamento e reflexão que caracteriza o ser humano como criativo e não mero reprodutor de ideias e práticas que lhe são exteriores”. (ALARCÃO, 2011, p. 44). O perfil desse educador vai além de conhecimentos adquiridos, na verdade vai ao encontro no desempenho das suas funções no cotidiano, estando em contato com o educando e de como esta relação acontece. Segundo Augusto Cury: O educador tem como trabalho levar seu aluno a pensar, a desenvolver autonomia, senso crítico, mas sem esquecermos que estamos ensinando pessoas, sendo assim não se pode deixar de humanizar a educação, levando em consideração o educando no seu total. (CURY, 2013, p.57). Para que o educar aconteça é imprescindível que o contexto em que o educando está inserido se desenvolva, neste conceito o papel do educador além de proporcionar meios e alternativas de aperfeiçoamento intelectual e cognitivo está também em cumprir com o seu papel social. O educador/professor necessita estar ao lado de seu educando buscando compreender, e acompanhar seu desempenho. Esforçando – se em formar reconhecer a sua identidade e aperfeiçoar a sua consciência crítica e visão de 33 mundo direcionando a buscar e compreender qual o seu verdadeiro papel de educador da EJA. Buscar conhecer o aluno é um pré-requisito para uma boa relação, assim evidenciase um avanço da qualidade no processo de ensino-aprendizagem. Este conhecer só acontece através da afetividade nas relações, em que um respeita o limite e o espaço do outro possibilitando assim, uma consonância que vai muito além de mais um aprendizado, mas no encontro em benefício de reconhecimento da consciência e autonomia. Quando o educador se preocupa com seu educando está cumprindo com o seu papel e deste modo à relação entre ambos pode refletir positivamente no processo de aprendizagem. Assim, o educador em potencial tem a tarefa de preparar o educando para a sociedade pensando nele como alguém com potencial. Esta relação professor/aluno é de grande importância, pois consiste em encaminhálo a vida, de modo a identificar qual é a sua contribuição no meio social, a partir da autoconsciência, “(...) exerce o papel de um dos mediadores sociais entre o universal da sociedade e o particular do educando” (LUCKESI, 1994, p.15). No processo de ensino e aprendizagem da EJA não é somente o educando que aprende, a aprendizagem é construída com a troca de experiências de educandos e educador, ambos fazem parte desse processo, e através do diálogo é possível obter essa troca de experiência. Com tudo o que pesquisamos e com toda a nossa vivência na modalidade da EJA, percebemos que o educador, o aluno e a escola precisam estar em sintonia. O aluno da EJA não pode ser tratado como criança, não se pode simplesmente pegar um plano de aula qualquer com conteúdos do Ensino Fundamental Regular e aplicar para eles, afinal estamos educando adultos, é preciso que se diferencie o modo de ensino e aprendizagem para esse público, esse processo de educação de jovens e adultos é chamado de Andragogia como definiria Cavalcanti (1999): 34 A Andragogia significa, portanto, “ensino para adultos”. Um caminho educacional que busca compreender o adulto desde todos os componentes humanos, e decidir como um ente psicológico, biológico e social. Busca promover o aprendizado através da experiência, fazendo com que a vivência estimule e transforme o conteúdo, impulsionando a assimilação. (CAVACANTI, 1999, p. 67). No entanto sabemos que ainda existem muitas barreiras na Educação de Jovens e Adultos, barreiras essas que com o passar dos tempos estão sendo superadas, porém ainda tem muito que melhorar no que se refere a investimentos. O educando entende que ele faz parte do mundo em vive e que é responsável pelas mudanças que ocorrem em sua vida, sendo capaz de construir e reconstruir sua história da melhor forma e quando quiser. Assim, a aprendizagem acontece de modo motivador e com significado em uma relação direta em que é possível expressar a autenticidade do indivíduo enquanto agente ativo em seu meio social. 35 3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS / ESTUDO DE CASO 3.1 E.E.E.F.M “PIO XII” – OBJETO DE ESTUDO DA PESQUISA A Escola “PIO XII” fica localizada na Rua Cel. Constantino Cunha, nº 1890, no Centro da Cidade de São Mateus, ES. A instituição se caracteriza por três turnos ofertando: o Ensino Fundamental do1º ao 9º ano no turno (matutino e vespertino), tendo o CAEE- Centro de Atendimento Educacional Especializado (Deficiente Auditivo) no turno (matutino e vespertino) e Educação de Jovens Adultos (Ensino Médio - noturno). A Escola contempla uma clientela no total de novecentos alunos, e compõem a equipe de noventa funcionários. A Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio “PIO XII”, foi criada pelo Decreto nº 723 de 04 de Agosto de 1959, constituída de 6 (seis) classes excedentes do Grupo Escolar Amâncio Pereira e recebeu esse nome e homenagem ao Papa Pio XII, o Papa da paz, falecido naquele mesmo ano. A primeira diretora foi à professora Maria Iêda Laordello Lê, designada pela Portaria nº 924 de Agosto de 1959, até chegar a atual diretora Divana Maria Marquezine se passaram 11 diretores. A clientela da Escola “PIO XII” são de alunos moradores em bairros vizinhos, dentre eles: Aviação, Ideal, Porto e também alunos que residem no meio rural e em bairros mais distantes que vem da Ilha de Guriri, Pedra D’ Água, Nativo de Barra Nova, Meleira, Liberdade, Areinha, Cerejeira, Litorâneo, Vila Nova, Bom Sucesso, São Jorge, e dos municípios de Conceição da Barra. 3.2 APRESENTAÇÃO DOS DADOS A amostra dos alunos pesquisados é composta de setenta e três alunos, e dos professores pesquisados são três, sendo cada um de uma turma, da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio “PIO XII”, do município de São Mateus – ES. 36 3.2.1 QUESTIONÁRIOS RESPONDIDOS PELOS ALUNOS O questionário foi aplicado aos a alunos no período noturno da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio “PIO XII”, da zona urbana da cidade de São Mateus MateusES, com o objetivo de analisar quais os reais motivos da evasão escolar na EJA nessa respectiva cidade. 1 – QUAL O SEU SEXO? Gráfico 1 - Qual o seu sexo? De acordo com o gráfico 1 a demanda é em maior parte parte no sexo feminino. No primeiro e no terceiro ano apresenta uma porcentagem de 32,5% no feminino, já no segundo ano a porcentagem é 35% no feminino e 42% no masculino. 37 2 – QUAL DESSA FAIXA ETÁRIA VOCÊ SE ENQUADRA? Gráfico 2 - Faixa etária No gráfico 2 os ingressantes em sua maioria estão entre 18 a 25 anos de idade nas três séries pesquisadas. Na idade de 26 a 50 anos a maior procura está no segundo ano, esse número cai de forma relevante no terceiro ano do ensino médio. 3 – QUAL O SEU ESTADO CIVIL? 90,0% 83% 80,0% 70,0% 55% 60,0% SOLTEIRO 50,0% CASADO 40,0% 30,0% 34% 37,4% 36% DIVORCIADO 28,6% OUTROS 17% 20,0% 9% 10,0% 0% 0% 0% 0% 0,0% 1° ANO 2 ° ANO 3° ANO Gráfico 3 - Estado civil De acordo com o gráfico 3 mostra que a maioria do solteiros está no terceiro ano equivalente a 37,4%, já no primeiro ano a grande maioria são casados com estimativa de 55%, no quesito divorciado o segundo ano abrange 83% em maior quantidade. 38 4 – QUAL A SUA SÉRIE? ANO 38% 40% 35% 32,0% 30% 30% 25% 20% ANO 15% 10% 5% 0% 1° ANO 2 ° ANO 3° ANO Gráfico 4 - Série estudada O gráfico 4 afirma que a maior quantidade dos alunos estão cursando o segundo ano do ensino médio com 38%. 5 – QUANTIDADES DE FILHOS? Gráfico 5 - Quantidade de filhos O gráfico 5 enfatiza que o terceiro ano 40% não tem filhos, já no segundo ano predomina 42% de um a dois filhos, nesta mesma série, apresenta também alunos com 3 a 4 filhos com estimativa de 75% em sua maioria. 39 6 – COMO VOCÊ PERCEBE SEU PROFESSOR? 60% 54% 50% 40% 30% 31% 29% 32% 37% 36% 34% Uma pessoa comum 32% Uma pessoa despreparada Um facilitador Um mes tre 20% 15% 10% 0% 0% 0% 0% 1° ANO 2 ° ANO 3° ANO Gráfico 6 - Como você percebe seu professor O gráfico 6 acima afirma que o terceiro ano percebe seu professor como uma pessoa comum com 37%, no segundo ano 54% dos alunos observa o professor como um facilitador e ainda no segundo ano 36% visualiza o professor como um mestre. 7 – VOCÊ TEM INCENTIVO DOS SEUS PAIS PARA ESTUDAR? 80% 67% 70% 60% 50% SIM 40% 34,5% 31% 30% 34,5% NÃO 22% 20% 11% 10% 0% 1° ANO 2 ° ANO 3° ANO Gráfico 7 - Incentivo dos pais para o estudo Conforme a análise do gráfico 7 os alunos do segundo e terceiro ano tem incentivo dos pais com 34,5%, já no primeiro ano apenas 31% tem este incentivo. Já no segundo ano 67% não tem incentivo em comparação ao primeiro e segundo ano com estimativa de 22% e 11%. 40 8 - O QUE O/A LEVOU A VOLTAR A ESTUDAR? Gráfico 8 - O que o/a levou a voltar a estudar. O gráfico 8, segundo os dados analisados nota-se nota se que a maioria dos alunos voltaram a estudar por necessidade no primeiro e no terceiro com 38,5%, no segundo ano apresenta uma necessidade pelo trabalho com 50% e vontade própria no primeiro e segundo ano com 36%. 9 – COM A VOLTA AOS ESTUDOS, O QUE MUDOU EM SUA VIDA? Gráfico 9 - Volta aos estudos, o que mudou. Ao realizarmos a analise do gráfico 9 acima, percebemos que inicialmente no segundo e terceiro ano 38% dos alunos decidiram voltar para ter oportunidade de emprego melhor com a volta aos estudos. No segundo 40% sentiu-se sentiu se melhor como pessoa. Já no primeiro e terceiro ano disseram que não sentiram nada com o retorno abrangendo a porcentagem de 40%. 41 10 - É A PRIMEIRA VEZ QUE ESTUDA NA EJA? Gráfico 10 - Primeira vez que estuda na EJA O gráfico mostra que os alunos no primeiro ano em maior número já estudaram na EJA no primeiro com 20%, no segundo ano com 35% e no terceiro ano com 45%. No primeiro e segundo ano 42% não frequentou anteriormente a EJA. 11 – VOCÊ GOSTA DE ESTUDAR? Gráfico 11 - Gosto pelo estudo No gráfico 11, acima percebe-se percebe nitidamente que a maioria oria dos alunos no segundo ano respondeu que gostam de estudar com 44%, sendo que, no primeiro com 29% e terceiro com 27%. No primeiro ano 40% e no terceiro ano 60% responderam que não gostam de estudar. 42 12 – VOCÊ TRABALHA? Gráfico 12 - Você trabalha A análise do gráfico 12 nos mostra que a maioria dos alunos no terceiro ano, ainda não trabalha com 52% sendo que no primeiro ano com 30% e segundo com 18%. Os que não trabalham 55% estão no segundo ano, 30% no primeiro e metade deste valor no terceiro ano com apenas 15%. 13 – SE VOCÊ ESTIVESSE ESTUDADO REGULARMENTE SUA VIDA SERIA MELHOR? Gráfico 13 – Com estudo regular a vida seria melhor O gráfico acima diz que 47% dos alunos no segundo ano afirmam que se estivesse estudado regularmente sua vida seria melhor, já no primeiro ano 60% diz que não seria melhor a vida, e 50% no terceiro ano disseram que talvez mudasse. 43 14 – EM ALGUM MOMENTO SENTIU VONTADE DE ABANDONAR A EJA? Gráfico 14 - Vontade de abandonar a EJA O gráfico 14 mostra que parte dos alunos do primeiro 27%, no segundo ano 43% e terceiro ano 30% sentiram vontade de abandonar a EJA. Dos que não sente sentem vontade em abandonar a EJA 24% estão no primeiro ano, 41% estão no segundo ano e no terceiro ano 35%. 15 - O QUE VOCÊ PERDEU AO ABANDONAR OS ESTUDOS? 60% 56% 48% 50% 42% 40% 33% 30% SIM 29% 30% 28% NÃO 24% TALVEZ 20% 11% 10% 0% 1° ANO 2 ° ANO 3° ANO Gráfico 15 - Perdeu ao abandonar os estudos No gráfico 15 os dados coletados nos mostra que no primeiro ano 30% ,segundo ano 42% e no terceiro ano 28% afirma perder uma etapa na vida, a maioria dos alunos no segundo ano com 56% disseram que não perderam e no terceiro ano com 48% a maioria disseram que talvez perdessem. 44 16 – ATÉ ONDE VOCÊ DESEJA IR COM SEUS ESTUDOS? Gráfico 16 - Onde de deseja ir com seus estudos A análise do gráfico acima nos afirma que a maioria dos alunos no segundo ano 50% deseja concluir o ensino médio e também nesta mesma série a maioria com 39% pretende fazer faculdade e 40% dos alunos do primeiro ano querem fazer até pós-graduação. 45 3.2.2 QUESTIONÁRIOS RESPONDIDOS PELOS PROFESSORES O questionário foi aplicado para os professores no período noturno, da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio “PIO XII”, da zona urbana da cidade de São Mateus-ES, ES, com o objetivo de analisar quais os reais motivos da evasão escolar na EJA nessa respectiva cidade. 17 - O QUE O LEVOU A ESCOLHER A EJA PARA LECIONAR? Gráfico 17 - Escolher da EJA para lecionar De acordo com a análise do gráfico 17 nota-se nota que cerca de 67% dos professores optou por lecionar na EJA por identificar-se identificar se com a modalidade. Destes apenas 33% escolheram a EJA por indisponibilidade de vagas em outras modalidades. 46 18 – QUAL O PAPEL DO PROFESSOR AO LECIONAR NA TURMA DA EJ EJA? 80% 70% 67% 60% ESTIMULAR A APRENDIZAGEM 50% 40% DINAMISMO 33% COMPREENDER A REALIDADE DO ALUNO 30% TRANSMITIR CONTEÚDOS 20% 10% 0% 0% 0% PROFESSORES Gráfico 18 - Papel do professor da EJA Nota-se se no gráfico acima que o maior percentual de professores atingindo 67% acredita que o papel do professor ao lecionar na EJA é estimular a aprendizagem, enquanto que 33% acredita que é preciso ser dinâmico. dinâmico 19 – QUAL O SEU MAIOR DESAFIO EM LECIONAR COMO PROFESSOR DA EJA? Gráfico 19 - Desafio em lecionar na EJA Neste gráfico, 67% dos professores da EJA veem como maior desafio em lecionar nesta modalidade a evasão escolar e 33% acredita que seja o fator desânimo. 47 20 – QUAIS OS MAIORES PROBLEMAS/DESAFIOS ENCONTRADOS COM RELAÇÃO AOS ALUNOS DA EJA? Gráfico 20 - Problemas/desafios encontrados com os alunos Considerando os dados acima o maior motivo para que a evasão ocorra, é o cansaço físico dos alunos com 67%. Apenas 33% acredita redita que seja o horário de início das aulas. 21 – VOCÊ ACREDITA QUE A EJA TRA TRAZ RELEVÂNCIA PARA A VIDA PESSOAL L DOS ALUNOS? Gráfico 21 - A EJA traz relevância para a vida O gráfico mostra que 100% dos entrevistados acreditam que a EJA trouxe relevância para a vida dos alunos. 48 22 – ENQUANTO O PROFESSOR DA EJA QUAIS AS MAIORES DIFICULDADES LDADES QUE VOCÊ TÊM ENCONTRADO? Gráfico 22 - Professor da EJA quais as maiores dificuldades Os dados do gráfico acima mostram que as maiores dificuldades encontradas lecionar como professor da EJA ainda destaca-se destaca se o fator evasão escolar com 67% e o desinteresse dos alunos com apenas 33%. 23 – QUAIS OS MÉTODOS OS QUE VOCÊ UTILIZA PARA TRABALHAR COM OS SEUS ALUNOS DA EJA? Gráfico 23 - Métodos todos utilizados para trabalhar em sala Segundo a análise do gráfico, 67% dos professores afirmam que os métodos mais utilizados para trabalhar em sala com os alunos da EJA, são: revistas, jornais e dinâmicas, sendo que 33% afirmam utilizar como métodos aulas, aulas, apostilas e livros. 49 24 – APROXIMADAMENTE, QUANTOS % DE ALUNOS CONSEGUEM CONCLUIR EJA NA SUA VISÃO? Gráfico 24 - Alunos que conseguem concluir a EJA O gráfico demonstra que 67% dos professores afirmam que o maior percentual dos alunos que concluem em a EJA está entre 30 e 50%, sendo que apenas 33% dos professores acreditam que 50 a 100% chegam a concluir. 50 4 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES 4.1 CONCLUSÃO A motivação para a realização deste trabalho surgiu através das experiências vivenciadas no estágio supervisionado I em que ao estagiarmos em turmas da Educação de Jovens e Adultos percebemos as dificuldades na modalidade da EJA, dentre elas destacou-se a evasão, despertando o interesse de pesquisar e aprofundar em busca de entender essa problemática. Ao longo desta pesquisa constatamos os principais aspectos que norteiam a educação de jovens e adultos tais como o histórico, o método Paulo Freire, o processo de evasão, a relação professor/aluno que serviram de subsídio para uma completa absorção de dados. Através dos estudos realizados, importantes informações foram levantadas que ajudaram a compreender os reais motivos que levam a evasão escolar especificamente na turma da EJA. Muito mais que compreender nos levou também a refletir em como existem fatores determinantes que influenciam no processo de ensino-aprendizagem. A evasão infelizmente está presente no contexto da EJA por diversos motivos, dentre eles destacam-se o cansaço físico, pois a grande maioria dos alunos opta por estudar na EJA devido a trabalhar durante o dia e estudar no período da noite, o horário de início das aulas também é uma dificuldade, a falta de incentivo da família e a dificuldade em aprender contribuem em grande peso para que os alunos da EJA evadam. Mediante os dados coletados o que mais nos chamou a atenção foi o fato de que a grande maioria dos alunos quer estar na EJA, apesar do mercado de trabalho ser exigente, eles voltaram a estudar por vontade própria, por acreditarem que o estudo tem grande relevância em suas vidas e faz diferença sim, pois acreditam que se não tivessem abandonado os estudos suas vidas seriam melhores, destacando que os 51 alunos da EJA em sua maioria, apesar das dificuldades não tem vontade de abandonar os estudos, muito pelo contrário, desejam não apenas concluir o Ensino Médio, mas chegarem a faculdade e até mesmo a pós- graduação. O objetivo dessa pesquisa permeia também em conhecer o perfil do professor atuante na EJA bem como o perfil do aluno ingressante nessa modalidade em que é possível conhecer como este professor está preparado para ensinar e de como o aluno vem absorvendo a aprendizagem. Em decorrência dos dados levantados através da aplicação do questionário observou-se que esses profissionais optaram por atuar na EJA por identificarem-se ou por indisponibilidade de vagas em outros turnos. Verificou-se que o educador da EJA em sua maioria se percebe como um estimulador da aprendizagem, fazendo com que seus alunos se sintam instigados a buscar cada vez mais conhecimentos que podem servir de motivação para que se sintam parte do processo. Como diz PINTO (2010. P.116): “O educador tem, portanto, que acompanhar o movimento da realidade. A forma de vida pessoal mais perfeita na qual pode realizar este intento é permanecer em constante vinculação com o povo”. Para que assim aconteça é importante que este educador esteja em constante contato com seu aluno passando a conhecê-lo em sua totalidade para que haja a troca de experiência. Desta forma, o questionário aplicado trouxe informações que reforçam os problemas que geram a evasão. Muito ainda precisa ser feito, mas é preciso buscar meios que possam contribuir para que se tenha uma inclusão desses alunos evadidos entre eles destaca-se que: é necessário contemplar uma metodologia diferenciada que dê sustentação e ainda possibilite que o aluno adulto se sinta seguro e atuante na sala de aula com os professores e colegas. É considerável pontuar assinalar que todos podem e precisam contribuir de maneira a oportunizar a inclusão dos alunos ingressantes na EJA. 52 Notamos que a grande maioria dos alunos percebe o professor não como um estimulador ou um mestre, mas como uma pessoa comum. Baseadas nesses dados, concluirmos e percebemos que o professor é ferramenta indispensável no processo de ensino e aprendizagem, que por meio da figura do educador o aluno sente-se estimulado e motivado a seguir em frente e essa relação precisa ser de interação e colaboração entre as partes, para que se alcancem os objetivos desejados, como cita CURY (2003, p. 62): “Não basta ser eloquente. Para ser um professor fascinante é preciso conhecer a alma humana para descobrir ferramentas pedagógicas capazes de transformar a sala de casa e a sala de aula num oásis, e não numa fonte de estresse”. O professor da EJA precisa perceber seu aluno como um todo levando sempre em consideração todos os seus aspectos, intermediando o processo de ensino aprendizagem, mas sem jamais se esquecer de que está trabalhando com seres humanos que não são uma tabula rasa e sim pessoas com experiências enriquecedoras e transformadoras que contribuem para a aprendizagem. Percebemos que de fato a evasão ainda é uma problemática que precisa ser vencida no contexto da EJA, mas para que isso ocorra é preciso que haja mudanças desde o sistema educacional, perfil do professor da EJA, a metodologia de ensino aplicada e a postura de todos os profissionais que lidam diretamente com Jovens e Adultos. A responsabilidade é de todos, em todos os aspectos, pois o trabalho precisa ser realizado em conjunto envolvendo aluno, professor, equipe pedagógica e família em todas as etapas do desenvolvimento do ensino aprendizagem na educação de jovens e adultos tendo em vista uma educação qualitativa e transformadora. 53 4.2 RECOMENDAÇÕES Recomenda-se em relação à metodologia aplicada o professor precisa relacionar o conteúdo com a prática vivenciada pelos alunos, pois é um processo de construção em que ambos participam ativamente e assim os alunos sentem-se parte do contexto escolar, trazendo a segurança necessária para o desenvolvimento da aprendizagem. No decorrer do processo dentro dos resultados obtidos por meio do questionário aplicado é importante ressaltar que gerou um questionamento por meio dos educandos na questão da flexibilidade ao início das aulas, que começa às 18h30min, desse modo por se tratar de um fator que gera uma problemática no que diz respeito às faltas, devido ao fato de que os mesmos trabalham durante o dia encontrando dificuldades em chegar à escola neste horário. Sendo assim, a interação entre professor, aluno e escola se faz presente com a colaboração de ambas as partes, fortalecendo o vínculo afetivo de maneira agradável e construtiva e a partir daí todos os envolvidos poderão alcançar os objetivos desejados. . 54 5 REFERÊNCIAS 1. AZEVEDO, F. A Transmissão da cultura. São Paulo: Melhoramentos, 1976. 2. BARCELOS, Valdo. Formação de professores para educação de jovens e adultos. 4ª edição. --- Petrópolis, RJ: ed. Vozes, 2010. 3. BRANDÃO, Carlos Rodrigues. A escola popular na escola cidadã. 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CEMIN, Alexandra; UNISALLE – Centro Universitário La Salle, Programa de Pós-Graduação em Educação; A Evasão Escolar no Ensino Médio na Visão da Escola Estadual Santa Catarina de Caxias do Sul – RS. Disponível 55 em:<http://www.unilasalle.edu.br/canoas/assets/upload/alexandra.pdf>. Acesso em: 19/02/2013. 11. COSTA, Dayane Aparecida Silva; CUNHA, Greicy Aparecida da; ARANTES, Mariana Furtado. UniUbe. O Processo da Evasão Escolar na Vida dos Alunos da EJA de uma Escola Estadual de Uberaba MG. Disponível em: http:// www.unifacef.com.br/novo/iv_congresso_de_iniciacao_cientifica/pdf. Acesso em: 19/02/2013. 12. CURY. Augusto Jorge, 1958. Pais Brilhantes Professores Fascinantes. Rio de Janeiro. Ed sextante, 2003. 13. DURANTE, Marta. Alfabetização e Adultos: leitura e produção de textos/ Marta Durante. — Porto Alegre: Artes Médicas, 1998. 14. FREIRE, Paulo. Educação e mudança. 34 ed --- São Paulo. Ed: Paz e Terra: 2011 (Prefácio Moacir Gadotti). 15. FREIRE, Paulo. 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( ) Sim ( ) Não 8 - O que o/a levou a voltar a estudar? ( ) Necessidade ( ) Trabalho ( ) Vontade 9 - Com a volta aos estudos, o que mudou em sua vida? ( ) Oportunidade de emprego melhor 60 ( ) Sentiu-se melhor como pessoa ( ) Não mudou nada 10 - É a primeira vez que estuda na EJA? ( ) Sim ( ) Não mudou nada 11 - Você gosta de estudar? ( ) Sim ( ) Não 12 - Você trabalha? ( ) Sim ( ) Não 13 - Se você tivesse estudado regularmente sua vida seria melhor? ( ) Sim ( ) Não ( ) Talvez 14 - Em algum momento sentiu vontade de abandonar a EJA? ( ) Sim ( ) Não ( ) Talvez 15 - O que você perdeu ao abandonar os estudos? ( ) Uma etapa na vida ( ) Oportunidade de trabalho ( )Não perdi nada 16 - Até onde você deseja ir com seus estudos? ( ) Concluir apenas o ensino médio ( ) Fazer faculdade ( ) Fazer pós-graduação 61 APÊNDICE B - QUESTIONÁRIO PARA OS PROFESSORES Este questionário destina-se somente a estudo de caso com finalidade acadêmica neste Trabalho de Conclusão de curso de Pedagogia no ano de 2013, na E.E.E.F.M “PIO XII”. Nome:________________________ Idade:_______________ Sexo:_____________ Formação: __________________________ Tempo de serviço: _________________ 17 - O que o levou a escolher a EJA para lecionar? ( ) Nada em particular ( ) Identificou-se ( ) Indisponibilidade de vagas em outros turnos ( ) Não sei ( ) Oportunidade de trabalho 18 - Qual o papel do professor ao lecionar na turma da EJA? ( ) Estimular a aprendizagem ( ) Transmitir conteúdos ( ) Desânimo ( ) Compreender a realidade do aluno 19 - Qual o seu maior desafio em lecionar como professor da EJA? ( ) Evasão ( ) Desânimo ( ) Falta de material didático apropriado 20 - Quais os maiores problemas/desafios encontrados com relação aos alunos da EJA? ( ) Falta de tempo ( ) Cansaço físico ( ) Horário de início das aulas 62 ( ) Falta de apoio da família 21 - Você acredita que a EJA traz relevância para a vida pessoal dos alunos? ( ) sim ( ) não 22 - Enquanto professor da EJA quais as maiores dificuldades que você tem encontrado? Enumere de 1 a 4. ( ) Evasão escolar ( ) Limitação de material didático ( ) Desinteresse dos alunos ( )Ambiente desfavorável 23 - Quais os métodos que você utiliza para trabalhar com os alunos da EJA? ( ) Revistas, jornais, dinâmicas ( ) Vídeos, Filmes, data show e outros ( ) Projetos ( ) Aula expositiva, apostila, livros 24 - Aproximadamente, quantos % de alunos conseguem concluir a EJA na sua visão? ( ) 10 a 30% ( ) 30 a 50% ( ) 50 a 100% 63