1109 Desenvolvimento de um Tomógrafo por Impedância Elétrica X Salão de Iniciação Científica PUCRS William Antunes Rubert2, Ricieri Andrella Neto1, Cássio Stein Moura1,2 (orientador) 1 Faculdade de Física, PUCRS, 2Faculdade de Engenharia, PUCRS. Resumo O trabalho sondou a possibilidade e a viabilidade da construção de um Tomógrafo por Impedância Elétrica (TIE) e estudou os diversos métodos possíveis de obtenção de imagens funcionais. A TIE é uma ferramenta que vem sendo empregada em áreas da medicina, geofísica, ciências ambientais e ensaios não destrutivos de materiais desde os anos 1980 (D’Antona, 2002). O objetivo principal do projeto é o emprego da técnica em geofísica, não descartando as outras aplicações. Introdução A Tomografia por Impedância Elétrica (TIE) é uma técnica não invasiva que produz imagens que representam a distribuição de resistividade ou condutividade de uma secção transversal de um determinado corpo (George, 1999). Correntes elétricas são aplicadas num par de eletrodos e os potenciais elétricos que surgem nos demais eletrodos são medidos e registrados por um sistema de aquisição de dados, como mostrado na Figura 1. Tais dados nos dão subsídios para a geração da imagem. A imagem representa a distribuição de resistividade mais provável do corpo. (Lima, 2006) X Salão de Iniciação Científica – PUCRS, 2009 1110 Figura 1. Diagrama Conceitual de um Tomógrafo por Impedância Elétrica. Em geofísica as aplicações mais comuns estão em: localização de minérios subterrâneos, monitoramento de fluxos de fluidos injetados na terra, na extração de petróleo ou caracterização da posição ambiental. As vantagens da técnica segundo Herreira (2007) são: • É não invasiva. • O baixo custo computacional em hardwares. • Portabilidade. • Boa resposta temporal. • Boa sensibilidade. Desvantagens: • Baixa resolução espacial. • Complexidade computacional. Em aplicações médicas ou geofísicas a TIE não deve ser encarada como uma técnica para se obter imagens anatômicas, como na Tomografia Computadorizada (TC) ou Ressonância Magnética (RM), mas sim imagens funcionais. X Salão de Iniciação Científica – PUCRS, 2009 1111 Metodologia O trabalho tem como objetivo estudar as aplicações possíveis e de interesse do Grupo Interdisciplinar de Geofísica Aplicada (GIGA) da técnica de TIE, traçando, assim, uma metodologia para a construção dos hardwares e softwares iniciais para o estudo da técnica. Inicialmente fez-se uma revisão bibliográfica para compreender a técnica e estudar a abordagem de maior interesse. Paralelamente à primeira etapa será feito um estudo dos materiais utilizados e da melhor geometria e quantidade de eletrodos necessários para a visualização das amostras a serem analisadas. Esse primeiro trabalho tem caráter exploratório, sendo uma primeira abordagem do problema. Transposta essa etapa, qual seja, o desenvolvimento do equipamento, os algoritmos serão desenvolvidos. Esta última etapa ainda será estabelecida. Conclusão O trabalho encontra-se em fase de desenvolvimento, as aplicações vêm ao encontro às áreas de interesse do GIGA e o baixo custo em equipamentos faz com que a alternativa seja muito atraente. A resposta temporal da TIE em geofísica é de grande interesse, já que os métodos atualmente acessíveis de aquisição de imagem são invasivos e demandam muito tempo. Referências D’Antona, G., Active Monitoring Apparatus for Underground Pollutant Detection Based on Electrical Impedance Tomography. IEEE Instrumentation and Measurement. (2002), pp. 21 – 23. GEORGE, D. L., Validation of electrical-impedance tomography for measurements of material distribution in two-phase flows. International Journal of Multiphase Flow. Vol. 26, (2000), pp. 549 – 581. HERREIRA, C. N. L., Algoritmo de Tomografia por Impedância Elétrica baseado em Simulated Annealing. São Paulo: USP, 2007. Tese (Mestrado em Engenharia), Escola Politécinica, Universidade de São Paulo, 2007. LIMA, C. R., Estudo da Obtenção de Imagens de Tomografia de Impedância Elétrica do Pulmão pelo Método de Otimização Topológica. São Paulo: USP, 2006. Tese (Mestrado em Engenharia), Escola Politécinica, Universidade de São Paulo, 2006 THE OPEN PROSTHETIC PROJECT. Disponível em: http://openprosthetics.org/myoelectric. Acesso em: 04 .jun. 2009. X Salão de Iniciação Científica – PUCRS, 2009