Degradação Mecânica Degradação de Polímeros e Corrosão Prof. Hamilton Viana Prof. Renato Altobelli Antunes Degradação Mecânica • 1. Mecanoquímica ¾ A degradação mecânica envolve cisão molecular e conseqüentes alterações estruturais, todas elas causadas por esforço mecânico. ¾ Por esforço mecânico entende-se as solicitações que o material pode sofrer durante as etapas de processamento ou nas condições normais de uso. ¾ A mecanoquímica é o ramo da Química que se ocupa das alterações químicas causadas pelos esforços mecânicos. Degradação Mecânica • 2. Massas moleculares ¾ Os compostos orgânicos de baixa massa molecular, quando submetidos a esforços mecânicos, apenas rompem suas ligações secundárias, ¾ Os compostos orgânicos de alta massa molecular, ocorrem rupturas das ligações intramoleculares. Degradação Mecânica • 3. Resposta à solicitação mecânica ¾ As ligações químicas entre as cadeias poliméricas, as forças de van der Waals, as interações dipolo-dipolo, a mobilidade dos segmentos da cadeia polimérica, a cristalinidade (quando no estado sólido) e outros componentes morfológicos: todos contribuem para as propriedades macroscópicas do material; ¾ A ruptura da cadeia polimérica é a última reposnta do material estressado mecanicamente; ¾ Antes da fratura, o material sob várias alterações conformacionais pode apresentar deslizamento longitudinal das cadeias; Degradação Mecânica • 3. Resposta à solicitação mecânica (continuação) ¾ As cadeias tensionadas sofrem um aumento de energia, tornando-se excitadas; ¾ A liberação da tensão pode ocorrer de três formas: • Relaxação da entropia (alteração conformacional) • Relaxação da entalpia (cavitação ou deslizamento) • Ruptura de ligação Degradação Mecânica • 3.1. Modelo de Peterlin ¾ Durante o deslocamento gradual dos cristalitos, a molécula será tensionada; ¾ Depois de atingido o máximo comprimento possível, estas cadeias se rompem; ¾ Formam-se os mecano-radicais Degradação Mecânica • 3.1. Modelo de Peterlin (continuação) Degradação Mecânica • 3.1. Modelo de Peterlin (continuação) ¾ O modelo explica o fato de que a concentração de radicais não depende da tensão aplicada mas sim da deformação. ¾ O modelo assume que as regiões cristalinas são fortes o suficiente para permanecerem inalteradas pela força deformadora Degradação Mecânica • 3.2. Modelo de Zhurkov ¾ Este é um modelo para explicar a formação de micro volumes, ¾ Aplicável tanto para polímeros semicristalinos quanto para polímeros amorfos. ¾ Assume uma reação mecanoquímica na cadeia, que explica a aceleração do efeito de concentração de tensões nas heterogeneidades estruturais. Degradação Mecânica • 3.2. Modelo de Zhurkov (continuação) ¾ Apenas um par de radiais livres em fim de cadeia é formado pela cisão de uma ligação (preferencialmente em um local defeituoso); ¾ Estes radicais rapidamente são estabilizados (pela retirada de hidrogênio da cadeia vizinha) ¾ Formam grupos terminais e deixam como resultado dois radicais livres que propagarão o processo, Degradação Mecânica • 3.2. Modelo de Zhurkov (continuação) ¾ Chegam a formar entre 3000 e 5000 grupos finais estabilizados ; ¾ Nestes pontos existiam anteriormente cadeias contínuas; ¾ Vale ressaltar que o número de radicais livres continua inalterado Degradação Mecânica • 3.2. Modelo de Zhurkov (continuação) Degradação Mecânica • 4. Aspectos químicos da degradação mecânica ¾ Citando como exemplo a poliamida: • A ligação peptídica – CO – NH – é a mais fraca na cadeia (0,5 kcal/mol) • A ligação NH – CH2 – é um pouco menos fraca! Degradação Mecânica • 4. Aspectos químicos da degradação mecânica (continuação) Degradação Mecânica • 4. Aspectos químicos da degradação mecânica (continuação) ¾Tal mecanismo também sugere um caminho alternativo para a formação da ciclopentanona, a partir dos ácidos adípicos terminais da cadeia polimérica Degradação Mecânica • 4. Aspectos químicos da degradação mecânica (continuação) Degradação Mecânica • 4. Aspectos químicos da degradação mecânica (continuação) ¾Quantidades relativamente grandes de CO2 são produzidas, mas a reação geradora deste gás ainda não é conhecida. Degradação Mecânica • 4. Aspectos químicos da degradação mecânica (continuação) ¾ A formação de ligações cruzadas tem lugar em alguns casos e a hidrólise tem início se a água está presente ou se ela se forma durante a reação ¾ O trabalho de Straus e Wall apresenta ainda uma proposta para o mecanismo de degradação numa faixa estreita de temperatura (onde a cisão da cadeia é assumida ser a etapa determinante) Degradação Mecânica • 4. Aspectos químicos da degradação mecânica (continuação) ¾A formação de ligações cruzadas tem lugar em alguns casos e a hidrólise tem início se a água está presente ou se ela se forma durante a reação Degradação Mecânica • 4. Aspectos químicos da degradação mecânica ¾ Chegam a formar entre 3000 e 5000 grupos finais estabilizados ; ¾ Nestes pontos existiam anteriormente cadeias contínuas; ¾ Vale ressaltar que o número de radicais livres continua inalterado