Objetivos Propriedades volumétricas de fluidos puros Compreender o comportamento PVT de fluidos puros Estudar equações de estado para descrever o comportamento PVT de fluidos reais Equações do tipo virial Equações de estado cúbicas Correlações generalizadas baseadas no Princípio dos Estados Correspondentes 2 EQ711 | Termodinâmica 1 | UFPE | I-3 | Rev. 0.3 | Prof. Luiz Stragevitch Modelo de gás ideal Tabelas e diagramas Até agora trabalhamos apenas com a equação de estado volumétrica do gás ideal = Também usamos equações para alguns fluidos reais na forma de tabelas e diagramas Exemplos: É a equação de estado mais simples Tabelas de vapor saturado e vapor superaquecido Uso limitado a pressões baixas Diagramas de Mollier Quanto mais baixa a pressão, melhor representa o comportamento real de um gás Disponíveis para a água e alguns outros fluidos de interesse industrial Importante uso: referência de modelos de gás real Fluido real = gás ideal + correção 3 Diagrama PV de um fluido real e gás ideal Diagrama PV do metano 190,6 K 200 K 220 K 80 /bar 4 300 K 500 K 60 40 20 V L 180 K L+V 165 K 140 K 0 5 0.1 1 /(L/mol) 10 6 /bar Diagrama PT do CO2 Ponto crítico do Cl2 = 143,9°C 100 80 60 = 76,6 atm Ponto crítico Líquido Sólido 40 20 Vapor 0 160 200 240 280 /K Ampola de Cl2 imersa em banho de óleo até tornar-se supercrítico; ao ser resfriado, volta a interface L-V 320 7 Continuidade entre líquido e vapor /bar /bar Diagrama PT do CO2 120 100 80 60 120 Fluido supercrítico 100 80 Sólido Líquido 20 Vapor 200 240 60 Gás supercrítico 40 0 160 8 280 /K 2 Sólido 40 320 Fluido supercrítico Líquido 20 0 160 360 1 Vapor 200 240 280 9 320 /K 360 O porquê das diferenças Interações intermoleculares O que faz o diagrama de um fluido real ser tão diferente do diagrama de um gás ideal? Forças de repulsão Interações intermoleculares (forças de van der Waals) Predominam quando as moléculas estão muito próximas Forças de atração Forças de atração Forças de repulsão Interações de longo alcance Dipolos permanentes e induzidos Predominam quando as moléculas estão separadas até alguns diâmetros moleculares Interações de curto alcance Forças de dispersão de London Uma equação de estado para um fluido real precisa considerar essas interações 10 Energia potencial 11 12 Energia potencial Energia potencial () entre duas moléculas separadas por uma distância entre seus centros de massa (separação) 0 Predomina repulsão Energia potencial A força entre as moléculas é dada por = Válido para moléculas esféricas Para moléculas mais complexas, outras coordenadas precisam ser consideradas (Ex.: ângulos de orientação) Predomina atração Ponto de contato 14 13 Energia potencial entre duas moléculas Forças atrativas Para partículas esféricas, independe da orientação (Ex.: argônio) London mostrou que as forças atrativas de gases apolares simples são dadas por = Para distâncias muito pequenas, ocorre sobreposição das nuvens eletrônicas Para moléculas poliatômicas, a energia varia com a orientação relativa (Ex.: CO2) Forças tornam-se repulsivas A equação de London não se aplica nessa região 16 15 Forças repulsivas Modelo de energia potencial de Mie São menos compreendidas A energia potencial total é a soma dos potenciais de repulsão e atração ! = + = " % As constantes ! e podem ser obtidas das seguintes condições: Representação empírica: ! = " ! é uma constante positiva # é um número usualmente entre 6 e 18 = valor mínimo do potencial (poço) 17 = distância intermolecular onde = 0 #" ⁄'% )⁄ "*% " % = #' 18 Potencial de Lennard-Jones Distância intermolecular e pressão Usa o valor teórico ' = 6 proposto por London Pressões baixas Considera # = 12 para o termo de repulsão Resultando em )0 = 4 As distâncias intermoleculares são grandes As forças de atração não tem alcance suficiente; não atuam Comportamento de gás ideal Por definição, tem-se comportamento de gás ideal quando → 0 Modelo de dois parâmetros = parâmetro de energia = distância intermolecular quando a energia potencial é nula 19 20 Distância intermolecular e pressão Fator de compressibilidade Pressões moderadas O comportamento do gás real é determinado pelas forças de atração e repulsão Predominam as forças atrativas Resultam em maior facilidade ou maior dificuldade de comprimir o gás real em relação ao gás ideal Observa-se que o gás real pode ser mais facilmente comprimido do que o gás ideal Define-se uma propriedade termodinâmica auxiliar para descrever a compressão, o fator de compressibilidade 2 3 2= = 45 Pressões elevadas Predominam as forças repulsivas Observa-se que é mais difícil comprimir o gás real do que o gás ideal 21 Comportamento em função da pressão 2 1.4 Obtenção do fator de compressibilidade Se o fator de compressibilidade for conhecido a uma dada condição de e , 2 , , então as propriedades do fluido podem ser calculadas 350 K H2 1.2 1.0 Pode ser obtido a partir de dados PVT medidos experimentalmente CH4 CF4 0.8 Dados experimentais são importantes para a validação de modelos Xe 0.6 0.4 NH3 0 Para fins de engenharia usam-se modelos, as equações de estado volumétricas C2H6 100 22 200 300 400 500 /bar 23 24 Equação virial Equação virial Expansão em série de potências em torno do modelo de gás ideal 1 7 + 0 + 8 + ⋯ = Forma V 7 =1+ + 0+⋯ 2= 2° termo Forma P 2= = 1 + : + 7 : 0 + ⋯ 3° termo = segundo coeficiente virial 7 = terceiro coeficiente virial Qual o significado dos coeficientes viriais? 25 Coeficientes viriais Há uma relação entre e ′, 7 e 7′, … 7 0 7: = : = 0 26 Dependência com a temperatura Dependem da temperatura apenas Relação direta com as forças intermoleculares O segundo coeficiente virial considera o desvio da idealidade devido às interações de moléculas tomadas aos pares /(cm8 /mol) 1° termo 100 0 ---100 O terceiro coeficiente virial leva em conta o desvio da idealidade devido às interações de moléculas tomadas três a três ---200 E assim sucessivamente ---400 Ar CH4 Xe C2H6 ---300 0 200 400 27 600 /K 800 Relação com o potencial de interação Equação virial truncada Relação do segundo coeficiente virial com o potencial intermolecular Em pressões baixas e moderadas observa-se que 7 0 ≪ Para moléculas simples com simetria esférica F = 2=>? @ G 1 e* B ⁄CD E 0 28 Explicação? Portanto, para muitas aplicações a equação virial pode ser usada truncada após o segundo termo 2= =1+ Os demais coeficientes viriais também podem ser relacionados com o potencial de interação intermolecular 29 30 Equação virial truncada Fator de compressibilidade do metano Na forma P: = 1 + : 2= ou =1+ 2= Dependência linear com a pressão 2 1.2 500 K 1 350 K 0.8 270 K 230 K 0.6 200 K 0.4 Condição satisfeita para pressões baixas e moderadas 0.2 0 40 80 120 160 31 Equação virial truncada Dados de coeficientes viriais A vantagem da equação truncada após o segundo termo é que os segundos coeficientes viriais estão mais facilmente disponíveis Dymond e Smith (1980) 200 /bar 32 Bancos de dados de substância pura Porém, seu uso prático fica limitado a pressões baixas e moderadas Predição: Tsonopoulos (1974) Aplicação da equação virial em faixas maiores de pressão depende da disponibilidade dos coeficientes viriais superiores Hayden e O’Connell (1975) Os coeficientes viriais superiores em geral são mais difíceis de serem encontrados na literatura Orbey e Vera (1983): terceiro coeficiente virial, válida apenas para gases simples e apolares Outros Revisões e extensões 33 Correlação de Tsonopoulos Base no Princípio dos Estados Correspondentes = ℱ G ( ) + Jℱ ) + ℱ 0 ( ) 0,330 0,1385 ℱ G = 0,1445 0 0,0121 0,000607 8 O 0,331 0,423 0,008 ℱ ) = 0,0637 + 0 8 O P Q ℱ 0 = O 35 34 Correlação de Tsonopoulos = ⁄ (temperatura reduzida) J: é o fator acêntrico ℱ 0 : termo polar e de associação P, Q: Podem ser parâmetros constantes ou dependentes do momento dipolar R Momento dipolar reduzido R0 S R = 10 0 R em D (debye), em atm, em K 36 Valores recomendados para T e U Correlação de Orbey-Vera Classe do gás P Q Simples Apolares 0 0 Cetonas Aldeídos Nitrilas Éteres Ésteres 2,14 × 10*W R 4,308 × 10*0) RO 0 2,188 × 10*W RW 7,831 × 10*0) RO 0 0,0878 0,00908 + 0,0006957R 0,0878 0,0525 —0,0109 0 Halogenados Mercaptanos Sulfetos Dissulfetos 1-Álcoois (exceto metanol) Metanol Água Base no Princípio dos Estados Correspondentes 37 Válida apenas para gases simples e apolares 70 = ℱ G ( ) + Jℱ ) 0 0,02432 0,00313 ℱ G = 0,01407 + 0,O )G,S 0,01770 0,04 0,003 ℱ ) = 0,02676 + + 8 0,O 0,00228 )G,S Exercício Equações de estado cúbicas Resolver o exercício 3.14 Também conhecidas como equações do tipo de van der Waals 38 São equações relativamente simples Se aplicam tanto para o líquido como para o vapor (faixas amplas de temperatura e pressão) Requerem pouca informação (e disponível em bancos de dados de componente puro) Fatores favoráveis que as tornaram de uso comum em engenharia 39 40 Equação de van der Waals Equação de van der Waals Proposta por van der Waals em 1873 Comparação com a equação do gás ideal = P 0 Q P + 0 Repulsão Atração É uma equação a dois parâmetros (P e Q) As constantes P e Q são positivas e diferentes para cada fluido O que acontece se P = 0 e Q = 0? = Q = Corrige a pressão do efeito das forças de atração 41 Corrige o volume do efeito do tamanho das moléculas 42 Equação de van der Waals Equação de van der Waals Avanços em relação à equação do gás ideal: Sua importância é maior do ponto de vista teórico Considera que as moléculas têm tamanho finito Considera as interações intermoleculares Os parâmetros P e Q permitem diferenciar os fluidos entre si É a equação mais simples que ainda reproduz qualitativamente todas as características de um fluido real (ex.: condensação, prevê um ponto crítico) Apesar dos avanços em relação modelo de gás ideal, a equação de van der Waals não é adequada para cálculos quantitativos Foi a precursora de várias outras equações de estado cúbicas que são usadas na prática Exemplos: equações de Soave-Redlich-Kwong (SRK) e Peng-Robinson (PR) 43 A isoterma crítica 44 A isoterma crítica Em coordenadas P-V, a isoterma crítica ( ) apresenta um ponto de inflexão no ponto crítico ( , , ) Ponto de inflexão no ponto crítico De acordo com as regras de cálculo: Y Y 0 Y Y0 EZE[ EZE[ =0 =0 45 46 Isoterma crítica Raízes da equação de van der Waals A observação de que a isoterma crítica apresenta um ponto de inflexão permite expressar as constantes P e Q em termos da e da do fluido Como ver se a equação de van der Waals é uma equação cúbica (3° grau)? Pode ser reescrita na forma 0 P PQ 8 Q + + =0 Possui uma raiz real e duas complexas se > ou = e ≠ Aplicando à equação de van der Waals obtémse 1 27 0 Q= P= 8 64 Possui 3 raízes reais e iguais no ponto crítico Para < pode apresentar uma ou 3 raízes reais e diferentes, dependendo da pressão A demonstração é um exercício da lista 47 48 Raízes da equação de van der Waals Raízes da equação de van der Waals > < Y Y Y Y E <0 Uma raiz real E >0 Y Y E <0 3 raízes reais 49 50 Raízes da equação de van der Waals Forma Z É mais prático trabalhar com a equação cúbica em termos de 2 do que em termos de < Facilita a percepção de ordens de grandeza, pois, o fator de compressibilidade é um número adimensional Uma raiz real A equação cúbica pode ser reescrita em termos de 2 2 8 1 + 2 0 + !2 ! = 0 Q P = != 0 51 52 Exercício 3.21 Resolução da equação cúbica (Scilab) Calcular a massa específica do metano gasoso nas seguintes condições: Parte (a) Console do Scilab -->T = 300; P = 100; -->Tc = 190.56; Pc = 46.07; R = 83.14472; -->a = (27/64) * (R * Tc)^2 / Pc; b = (1/8) * R * Tc / Pc; -->A = a * P / (R * T)^2; B = b * P / (R * T); -->roots([1, -(1 + B), A, -A * B]) ans = 0.8148075 0.1787695 + 0.2149241i 0.1787695 - 0.2149241i --> (a) 300 K, 100 bar (b) 160 K, 20 bar Passos: Resolver a equação cúbica na forma 2 (usar o Scilab, por exemplo) Selecionar a raiz apropriada Calcular a massa específica 53 54 Resolução da equação cúbica (Scilab) Fator de compressibilidade crítico Parte (b) Equação de van der Waals no ponto crítico Console do Scilab 28 1 + 20 + ! 2 ! = 0 -->T = 160; P = 20; -->Tc = 190.56; Pc = 46.07; R = 83.14472; -->a = (27/64) * (R * Tc)^2 / Pc; b = (1/8) * R * Tc / Pc; -->A = a * P / (R * T)^2; B = b * P / (R * T); -->roots([1, -(1 + B), A, -A * B]) ans = 0.7469090 0.2113697 0.1063511 --> onde P 27 = 0 64 Q 1 = , = = 8 ! = ! , = 55 Portanto: 9 27 27 28 20 + 2 =0 8 64 512 3 2 8 Fator de compressibilidade crítico Princípio dos Estados Correspondentes Três raízes iguais no ponto crítico 2 = 3⁄8 = 0,375 Desenvolvido por van der Waals Independe dos parâmetros P e Q Existe uma função universal ℱ tal que ℱ , , = 0 É o mesmo valor para qualquer fluido Válida para todos os fluidos (universal) =0 56 , , são as coordenadas reduzidas = = = , Valor difere do experimental (0,2 a 0,3) O fato de ter sido obtido o mesmo 2 para todos os fluidos sugere uma característica universal da equação Princípio dos Estados Correspondentes (PEC) 57 Teste do PEC Exemplo com a equação de van der Waals: 8 3 ℱ = + 0=0 3 1 58 Teste do PEC = 2,0 2 1 8 Funciona apenas para moléculas simples Exemplos: 0.8 = 1,2 0.6 N2 CH4 C3H8 C2H4 0.4 = 1,0 0.2 0 Ar Kr Xe CH4 O2 N2 CO Extensão do PEC Uso do terceiro parâmetro (o fator acêntrico) 0 1 2 3 4 5 6 59 60 Fator acêntrico Fator acêntrico Considera a natureza das interações intermoleculares sem a simetria esférica Por definição _ J = log Definição arbitrária (conveniência) Eb ZG,c 1 Para fluidos simples: J ≅ 0 Para fluidos simples observa-se que _ 1 em = 0,7 ≅ 10 O fator acêntrico foi definido para considerar o desvio dessa observação experimental Fluido Ar Kr Xe H2 J 0,000 0,000 0,003 −0,22 Fluido CH4 C2H6 C3H8 C4H10 J 0,009 0,100 0,153 0,201 Fluido N2 O2 NH3 CO2 J 0,042 0,021 0,255 0,227 61 62 Séries de hidrocarbonetos PEC a 3 parâmetros J 0.4 Todos os fluidos com um mesmo fator acêntrico possuem propriedades configuracionais reduzidas iguais na mesma e n-Parafinas Isoparafinas Olefinas Naftênicos Aromáticos 0.3 0.2 As propriedades configuracionais reduzidas são tabeladas (Pitzer) Exemplo para 2: 2 , , J = 2 G , , J = 0 + J2 0.1 0 ) 2 (G) : 2 do fluido simples (Ar ou CH4) 1 2 3 4 5 6 Número de carbonos 7 , 2 ) : correção do desvio em relação ao fluido simples 8 63 64 Limitações do PEC a 3 parâmetros Modelo de Lee-Kesler (LK) Não é adequada para cálculos na região crítica Considera um fluido simples (0) e um fluido de referência (ref) para melhor desempenho Idem para líquidos a baixas temperaturas O fluido de referência é o #-octano Motivou o aparecimento de diversas modificações do modelo original Uma das extensões muito usadas é a correlação generalizada de Lee e Kesler Lee e Kesler usam um fluido de referência e uma generalização da equação BWR com base no PEC 2 , , J = 2 G , , J = 0 J + d 2 d , , J d 2 J G , , J = 0 Tanto 2 G como 2 d são calculados pela forma reduzida de uma equação BWR modificada BWR = Benedict-Webb-Rubin 65 66 Modelo de Lee-Kesler (LK) Modelo de Lee-Kesler (LK) Ambos 2 G do fluido simples e 2 d do fluido de referência são representados pela forma reduzida de uma equação BWR modificada 7 f 2 e , = =1+ + 0+ S gW i i + 8 0 h + 0 exp 0 Os parâmetros , 7 e f são dados por: é definido como: 2= = = = Q0 Q8 QW 0 8 g0 g8 7 = g) + 8 0 f = ) + = Q) Total de 12 constantes: 67 Constantes da equação LK Constante Q) Q0 Valores diferentes para o fluido simples e para o fluido de referência Q8 QW Obtidas a partir de dados experimentais g) Fluido simples: argônio e metano g0 g8 Fluido de referência: #-octano d 68 Constantes da equação LK As 12 constantes da equação são tabeladas 2 Q) , Q0 , Q8 , QW , g) , g0 , g8 , gW , ) , 0 , h, i gW ) ⁄10*W 0 ⁄10*W = 0,3978 h 69 i Fluido simples Fluido de referência 0,1181193 0,265728 0,2026579 0,331511 0,154790 0,027655 0,030323 0,203488 0,0236744 0,0313385 0,0186984 0 0,0503618 0,016901 0,042724 0,155488 0,041577 0,487360 0,623689 0,0740336 0,65392 1,226 0,060167 0,03754 De volta às equações cúbicas Equação de Redlich-Kwong (RK) Conforme já discutido, a equação de van der Waals não serve para o cálculo quantitativo das propriedades dos fluidos Mantém o termo repulsivo de van der Waals Principal causa da deficiência: parâmetro P constante, necessário dependência com a temperatura 70 Dependência simples com a temperatura no termo atrativo P⁄ = Q + Q Apresenta avanços em relação à equação de van der Waals, especialmente para a fase vapor Modificações da equação de van der Waals O principal efeito foi da dependência com Exemplo: equação de Redlich-Kwong (RK) A modificação no denominador do termo atrativo foi menos importante 71 72 Outras equações de estado cúbicas Equação Soave-Redlich-Kwong (SRK) Duas equações muito usadas na prática: = Soave-Redlich-Kwong (SRK) P Q + Q P = P l Peng-Robinson (PR) Mantêm o termo repulsivo de van der Waals P = 0,42748 Incluem a dependência com a temperatura do parâmetro P = P 0 Q = 0,08664 Usam um terceiro parâmetro (fator acêntrico) Portanto, são conhecidas como equações a 3 parâmetros ( , , J) l = 1 + m 1 − ⁄ 0 m = 0,480 + 1,574J − 0,176J0 0 ≤ J ≤ 0,5 73 Equação Peng-Robinson (PR) = Forma Z P Q + Q + Q Q P = P l P = 0,45724 Q = 0,07780 SRK: 2 8 2 0 + ! 0 2 ! = 0 PR: 2 8 1 2 0 + ! 2 − 30 2 − ! − 0 − 8 = 0 0 l = 1 + m 1 − ⁄ 74 Para ambas: P != 0 0 m = 0,37464 + 1,54226J − 0,26992J0 0 ≤ J ≤ 0,5 = Q 75 76 Equações SRK e PR Outras equações de estado Requer resolução da equação cúbica em 2 (já discutido para van der Waals) Além das equações de vdW, RK, LK, SRK e PR, existem dezenas de outras equações de estado Escolha das raízes segue o mesmo procedimento apresentado para a equação de van der Waals Algumas delas são: Benedict-Webb-Rubin (BWR) e Benedict-WebbRubin-Starling (BWRS) SRK e PR também possuem 2 universal Lee-Kesler-Plöcker (LKP) SRK: 2 = 1/3 = 0,333 Peng-Robinson-Stryjek-Vera (PRSV) PR: 2 = 0,3074 Predictive SRK (PSRK) Comparar com van der Waals: 2 = 0,375 Comparar com o experimental (0,2 a 0,3) CPA 77 SAFT 78 Exercício 3.22 Resumo dos cálculos Para obter a quantidade de gás, é necessário o volume molar #= Equação Experimental Gás ideal van der Waals Lee-Kesler SRK PR O volume molar pode ser obtido de 2 = E o fator de compressibilidade é obtido resolvendo-se a equação de estado na e dadas 79 2 0,456 L/mol # kmol Desvio % ― 80