PREFEITURA DE SÃO PAULO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO – CS EMEF VARGEM GRANDE TCA - Trabalho Colaborativo de Autoria A Rinite Alérgica e suas problemáticas Orientadores: Prof. Gerson Alves de Oliveira Prof. André Adolfo Mota Trindade Orientandos: Ester de Amorim Reis - 9º C Maíra de Jesus Santos - 9º F Rafaela Reis Santos - 9º F São Paulo 2014 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .............................................................................................. 1 2. RINITE ALÉRGICA ....................................................................................... 2.1. Alérgenos ............................................................................................... 2.2. Fatores desencadeantes ........................................................................ 2.3. Sintomas ................................................................................................ 2.4. Conduta terapêutica ............................................................................... 2 3 3 4 6 3. PREVENÇÂO ................................................................................................ 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 8 ANEXOS ....................................................................................................... 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................. 15 1. INTRODUÇÃO Sabe-se que a rinite alérgica consiste em uma doença que acomete diversos indivíduos das mais variadas faixas etárias. Com a intenção de saber como as pessoas do bairro Vargem Grande lidam com esta doença, propomos este trabalho que tem com o objetivo saber como as mesmas se tratam e quais as formas de prevenção que utilizam, já que no bairro diversas pessoas possuem esta enfermidade mas não sabem como se prevenir. Escolhemos o tema, pois duas integrantes deste grupo possuem a doença e devido a isso enfrentam inúmeras dificuldades em seu cotidiano. Para realizar esta pesquisa, utilizaremos informações retiradas de sites específicos na internet, livros, revistas e informações passadas nas aulas de ciências, além disso, produziremos um questionário onde entrevistaremos pessoas que sofrem com a doença. Como produto final, daremos uma palestra em nossa escola, direcionada aos alunos do 5º ano, além de produzir um panfleto com informações de prevenção, onde eles entregarão aos seus responsáveis. 2. RINITE ALÉRGICA A rinite alérgica constitui-se de uma reação alérgica da mucosa nasal a determinados antígenos, principalmente inalatórios. Frequentemente, estas manifestações alérgicas se estendem aos seios paranasais, se associando a sinusites alérgicas em graus variados. Afetam indistintamente ambos os sexos, e geralmente quem possui histórico de alergia (atopia) na família. É uma doença muito comum em adolescentes e adultos jovens, embora possa ocorrer em qualquer faixa etária. Apesar de assemelhar-se a um estado gripal, a rinite tem mecanismos e causas diferentes. O resfriado e a gripe são causados por vírus já a rinite alérgica é uma inflamação do revestimento interno do nariz e os sintomas têm início minutos após o contato com o alérgeno (substância que provoca a alergia), na maior parte das vezes poeira doméstica e ácaros. Na rinite, assim como em todo tipo de alergia, encontra-se presente o envolvimento do fator emocional como potencializador das manifestações alérgicas. Outro importante estímulo alérgico é a inspiração de ar frio, pois, a inspiração rápida e intensa de ar frio, pode levar à paralisação momentânea dos cílios da mucosa nasal, favorecendo, assim, o aparecimento de rinites infecciosas, sinusites e infecções respiratórias. Figura 1: A doença 2.1. Alérgenos Entende-se como alégeno, toda e qualquer substância que desencadeia algum tipo de alergia no indivíduo. A poeira doméstica consiste em um bom exemplo de alérgeno, pois se trata de uma mistura de substâncias que engloba desde descamação de pele humana e de animais, pelos, até restos de alimentos, estofamentos, fibras de tecidos, bactérias, mofos e bolores (fungos). Combinação perfeita para desencadear inúmeros tipos de processos alérgicos. Figura 2: Alérgenos por toda parte 2.2. Fatores desencadeantes Os fatores desencadeantes da rinite alérgica consistem praticamente nos mesmos da asma brônquica, podendo ser alimentos, ácaros, poeiras, drogas, substâncias químicas, etc., embora os inalantes sejam os principais responsáveis pelo desenvolvimento da doença. Deve-se tomar cuidados especiais com os seguintes fatores: pó encontrado na residência, especialmente em carpetes e cortinas ricos em ácaros; inalação de pólen presente no ar, grama, poluentes atmosféricos (principalmente o ozônio e o dióxido de enxofre), pêlos e fezes de animais domésticos (gatos, cachorros), esporos de fungos presentes na terra (poeira) e em suspensão no ar atmosférico, inspiração de ar frio, fumaça de cigarro, inalação de sprays de cabelo e desodorantes, vapores, etc. Alimentos como leite, chocolate, tomate, crustáceos, entre outros, também podem desencadear a doença. No Brasil, a poeira domiciliar consiste em um dos principais fatores, pois carrega um percentual significativo de ácaros em sua composição, principalmente o Dermatophagoides sp, que se alimenta de pele e a espécie Blomia tropicalis. Figura 3: Tipos de alérgenos e seus fatores desencadeantes 2.3. Sintomas O quadro clínico das rinites alérgicas é caracterizado por tais sintomas: Espirros: muitas vezes constituem-se no único sintoma da doença. Ocorrem logo após o contato com o alérgeno e podem chegar a durar vários minutos. Prurido nasal: consiste em uma coceira nas narinas acompanhada de espirros e pode estender-se à conjuntiva ocular, ao canal auditivo externo e, até mesmo, ao lábio superior. Tanto os espirros quanto o prurido ou coceira ocorrem por irritação das terminações nervosas da mucosa local, pela presença de edema e da inflamação presente na região. Coriza: se trata da saída abundante de secreção nasal, de aspecto aquoso. Pode até mesmo, haver gotejamento espontâneo da secreção. Ocorre devido ao aumento da secreção das glândulas da mucosa nasal e quando a alergia se prolonga, esta secreção torna-se mais densa, apresentando-se esverdeada ou, quando ocorrerem infecções associadas, torna-se amarelada. Obstrução ou congestão nasal: é um sintoma também muito frequente. Mais raramente, pode ser o único sintoma que o paciente apresenta. Pode acometer uma ou ambas as fossas nasais e é o sintoma que mais incomoda o paciente, pois o obriga à respiração bucal, além de perturbar muito o seu sono. Figura 4: Principais sintomas da rinite alérgica Figura 5: Ação da rinite alérgica 2.4. Conduta terapêutica Referente as formas de tratamento e o controle da doença, se utiliza diferentes mecanismos direcionados ao sintoma apresentado. Temos como exemplo os corticóides inalatórios ou tópicos, que consistem em uma classe terapêutica que tem por objetivo diminuir o processo inflamatório da reação alérgica, sendo muito eficazes, pois proporcionam regressão de todos os sinais inflamatórios e alérgicos que acometem o indivíduo. Já os anti-histamínicos são considerados medicamentos de primeira linha para o controle da rinite alérgica. Estes bloqueiam a ligação de histamina ao receptorH1, reduzindo a maior parte dos sintomas associados a doença. Os descongestionantes são vasoconstritores nasais disponíveis comercialmente para uso na rinite e uma outra forma de controle para sintomas específicos. São medicamentos que causam contração na musculatura lisa da mucosa nasal, diminuindo a congestão relacionada a fatores alérgicos ou não alérgicos, porém, não exercem efeito no processo inflamatório, pouco menos, promovem melhoras no prurido nasal ou espirros. Um grupo de drogas que pode ser muito útil no tratamento de rinites alérgicas, especialmente no controle da presença de muco e secreções, são anticolinérgicos. No entanto, tratam somente esse sintoma, não apresentando qualquer ação sobre os demais. Para finalizar, uma outra maneira de combater a doença ou até mesmo preveni-la se faz através da terapia profilática, que se trata da aplicação de vacinas de hipossensibilização por via subcutânea ou intradérmica, através da administração de doses gradativas e crescentes dos principais antígenos que podem estar causando a rinite em um determinado paciente. O foco deste tratamento é promover a formação de anticorpos, sendo importante resaltar que os resultados podem ser variáveis. 3. PREVENÇÂO A melhor maneira de tratar as rinites é a prevenção, através de medidas para diminuir a presença de agentes alergenos nos ambiente onde se convive. É preciso evitar sempre as substâncias que desencadeiam a crise e o papel mais importante no tratamento é do indivíduo, já que pequenas medidas trazem grandes resultados. Cita-se abaixo, algumas ações que podem prevenir ou amenizar as crise de rinite alérgica: Evite a poeira doméstica e os ácaros; Evite agentes e substâncias irritantes; Retire tudo o que pode juntar poeira em sua casa, tais como tapetes, carpetes e cortinas grossas; Passar sempre um pano úmido sobre os móveis e o chão, se possível, diariamente; Deixar os ambientes sempre abertos para arejá-los e para que os raios solares entrem o maior tempo possível. CONSIDERAÇÕES FINAIS O nosso trabalho sobre rinite alérgica foi muito produtivo, pois encontramos em nosso bairro, pessoas que assim como nós sofrem com os sintomas da doença. Tivemos a oportunidade de entrevistá-las e compartilhar de suas angústias. Notamos através da pesquisa que a maioria destas pessoas sofrem pelo contato aos mais variados objetos e produtos, tais como cobertor, pêlos de animais, mofos, brinquedos de pelúcia, perfumes e desodorantes, produtos de limpeza, entre outros. E que os sintomas são muito comuns a maioria delas, que é dor de cabeça, espirros, coriza e congestão nasal, coceira nos olhos e etc. Algumas pessoas do bairro fazem acompanhamento e tratamento, precisando muitas vezes se locomover para lugares distantes, outras não seguem um tratamento, ou por não acreditarem na eficácia ou por falta de recurso para custear a locomoção e os medicamentos, já que este é para o resto da vida. Com este trabalho, podemos concluir que a rinite alérgica pode acometer qualquer pessoa das mais diversas classes sociais e, sabemos que os mais abastados conseguem lidar melhor com ela, pois são munidos de recursos e acabam tendo um melhor acompanhamento. Para nós o que resta é a prevenção, ou seja, combate direto aos alérgenos que são os fatores desencadeantes da doença. Fazemos isso, limpando bem a casa e se precavendo do contato com objetos e substâncias que podem iniciar o processo alérgico característico da doença. Tarefa difícil essa, mas ainda a mais eficaz. ANEXOS 1 - Modelo de questionário utilizado na pesquisa de campo EMEF Vargem Grande Questionário para obtenção de dados estatísticos TCA - Rinite 1 - Nome: 2 - Idade: 3 - Sexo: Masculino ( ) Feminino ( ) 4 - Você sofre de Rinite alérgica? Sim ( ) Não ( ) 5 - Quando descobriu que sofria da doença? 6 - O que sentia? Quais os sintomas? 7 - Quais as dificuldades enfrentadas na vida por causa da doença? 8 - Você faz tratamento para combater a doença? Sim ( ) Não ( ) 9 - Quais são os tratamentos? Eles são eficazes? (Explique) 10 - Quais sãos as atitudes tomadas por você para prevenir a doença? 2 - Dados obtidos através da pesquisa de campo REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ACADEMIA BRASILEIRA DE RINOLOGIA. Rinite alérgica. http://www.rinologia.org.br/ pergunteEspecialista_detalhes.asp?id=70. Acesso em: 12/09/2014. CHIESI. O que é rinite?. http://www.chiesi.com.br/default.asp?p=oqueerinites/. Acesso 18/08/2014. NUTRIÇÃO E ASSUNTOS DIVERSOS. 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