GEOMETRIA EUCLIDIANA I AULA 09: POLÍGONOS REGULARES TÓPICO 01: POLÍGONOS REGULARES Recordemos que um polígono é regular se é equiângulo e equilátero, isto é, se seus ângulos têm a mesma medida e seus lados também. Sabemos ainda que nem todo polígono equilátero é equiângulo e vice-versa. Entretanto, todo triângulo equilátero é equiângulo e todo triângulo equiângulo é equilátero. Veremos a seguir uma importante propriedade acerca dos polígonos regulares. Demonstraremos que todo polígono regular é inscritível e circunscritível, ou seja, há uma circunferência que contém seus vértices e há outra que tangencia seus lados. OLHANDO DE PERTO Trabalharemos com um hexágono regular na demonstração: HEXÁGONO REGULAR: O argumento que utilizaremos é aplicável a qualquer polígono regular. Considere um hexágono regular de vértices A, B, C, D, E e F. TRIÂNGULO OAB Pelo caso L.A.L. de congruência de triângulos decorre que os triângulos OAB e OBC são congruentes, pois é lado comum, e ≡ . Como consequência, temos que e ≡ . Sendo os ângulos do polígono congruentes, segue-se que ≡ PONTO 0 Pelo caso L. A. L. de congruência de triângulos, decorre que os triângulos OBC e OCD são congruentes. Enfim, prosseguindo com o mesmo argumento anterior, chegaremos que os triângulos OAB, OBC, OCD, ODE, OEF e OFA são congruentes entre si e são isósceles. OLHANDO DE PERTO Por conseguinte, O é equidistante dos vértices A, B, C, D, E e F do polígono. Logo, é centro de uma circunferência que passa nos vértices do polígono. Outra consequência é que esses seis triângulos isósceles têm alturas relativas, respectivamente, aos lados , , , , e com mesma medida. Portanto, O também é centro de uma circunferência que tangencia os lados do polígono. CENTRO DO POLÍGONO Definição 1: Chamaremos de Centro do polígono o centro O das duas circunferências e de apótema do polígono o raio da circunferência inscrita nele, isto é, o raio da circunferência que tangencia seus lados. OBSERVAÇÃO Observe que o raio da circunferência circunscrita ao polígono é a distância do centro a qualquer de seus vértices ao passo que o raio da circunferência inscrita nele é a distância do centro a qualquer de seus lados. OLHANDO DE PERTO Agora, atente para o seguinte: todo polígono regular de n lados se decompõe em n triângulos isósceles e congruentes entre si. Eles têm um vértice comum, que é o centro do polígono, e os outros vértices são os vértices do polígono. Assim, a área do polígono é igual a n vezes a área de um desses triângulos. Denotando por , e R, respectivamente, o apótema, o lado e o raio da circunferência circunscrita ao polígono, então cada um desses triângulos tem dois lados medindo R e um medindo , sendo a altura relativa ao lado . Assim sendo, a área de cada triângulo da decomposição é igual . . Entretanto, Consequentemente, a área do polígono é igual a éo semi-perímetro do polígono, logo, sua área é igual a seu semiperímetro vezes seu apótema, isto é, seu semi-perímetro multiplicado pelo raio da circunferência inscrita nele. Enfim, denotando a área do polígono regular de n lados por e por seu semi-perímetro, temos: . Responsável: Professor José Aílton Forte Feitosa Universidade Federal do Ceará - Instituto UFC Virtual