Título: Avaliação de Empresas: um estudo em uma empresa incubada no Estado de Alagoas. Autor: Victor Ranieri Bomfim Sampaio de Araújo1; Co-autores: Luiz Carlos Marques dos Anjos2, Josealdo Tonholo3, Sílvia Beatriz Beger Uchôa4 Resumo: Todas as empresas incubadas no Estado de Alagoas enquadram-se como MPE. A avaliação de uma empresa consiste em identificar seu valor de mercado. Muitos autores defendem que estas não podem ser avaliadas, principalmente por não possuírem histórico suficiente e não possuir uma boa base para se identificar a expectativa de crescimento. Este trabalho tem como objetivo avaliar uma empresa incubada, através de um estudo de caso. Este processo de avaliação é o mesmo utilizado para identificar o valor dos ativos intangíveis ou analisar um projeto de investimento. Esta pesquisa é relevante tanto para os gestores das incubadoras de empresas, assim como para os gestores das empresas incubadas, que poderão avaliar o investimento antes de lança-la no mercado, bem como para os gestores dos NIT, que terão mais uma ferramenta para identificar o valor de mercado de novas tecnologias. Este processo tem um custo auto para ser suportado pelas empresas incubadas, por sua fragilidade financeira, mas outros serviços providos pelas incubadoras de empresas, como análise de mercado, também tem este custo, contudo há políticas de financiamento para estes outros serviços. Assim este trabalho se justifica em demonstrar que as empresas incubadas carecem de informações oriundas da contabilidade e finanças. A empresa foi avaliada através do Fluxo de Caixa Descontado, através deste, foi identificado que o valor de mercado da empresa é de R$162,158.82. Foi possível realizar uma simulação do impacto fiscal na avaliação, pois mesma enquadrada como MPE, sua atividade não permite seu enquadramento no Simples Nacional, que reduz consideravelmente a carga tributária, assim foi possível identificar o valor de mercado de R$593,934.69, isto é 3,66 vezes maior. Com este exemplo pode-se possível afirmar que é possível avaliar uma empresa incubada, ainda que com pouco tempo de atividade e que este processo pode e deve ser utilizado pelas incubadoras de empresas e empresas incubadas. Palavras-chave: Avaliação de Empresas,Empresas Incubadas,Fluxo de Caixa Descontado. 1 Bacharel em Ciências Contábeis, +55 (82) 8899-2772, [email protected] Mestre em Contabilidade, +55 (82) 3214-1069/1064 [email protected] 3 Doutor em Físico-Química, +55 (82) 3214-1069/1064 [email protected] 4 Doutora em Química e Biotecnologia, +55 (82) 3214-1069/1064 [email protected] Av. Lourival Melo Mota, s/n, Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação, Maceió - AL, CEP:57072-900 2 Title: Firm Valuation: a study with a company incubated in the State of Alagoas. Author: Victor Ranieri Bomfim Sampaio de Araújo5 Co-authors: Luiz Carlos Marques dos Anjos6, Josealdo Tonholo7, Sílvia Beatriz Beger Uchôa8 Abstract: In the State of Alagoas, all incubated companies fall as SME. The valuation is a process that involves identifying the market value of a company. Many authors argue that companies, can not be assessed, mainly because of lack of sufficient historical and do not have a good basis for identifying the expected growth. This study aimed to evaluate the incubated companies, concluding with a case study. This valuation process is the same used to identify the value of an intangible asset or analyzing an investment project. It is relevant both for the managers of incubated companies, as for managers of business incubators, which can evaluate the investments before launching a company incubated in the market, but also for managers of TIC, which endow a tool identifying the market value of new technologies. This process has a high cost to be contributed by companies incubated, for the financial fragility of these companies is very large, but other services provided to the incubated companies, such as market analysis, also has this cost, however no funding policies for these and other services. Thus, this work is justified in showing that the incubated companies also lack of information from the sciences accounting and finance. The company was assessed using the method of Discounted Cash Flow, through this method, we identified the Market Value of the Company totaling R$162,158.82. It was also possible to perform a simulation as the fiscal impact on firm value, because despite this being a SME, its activity does not allow framing the simplified tax system - Simples Nacional, which considerably reduced the tax burden. If it were possible for such a framework, the Market Value of the Company would increase to R$593,934.69, ie, 3.66 times higher. Through this example, we can see that it is possible to evaluate a company, yet even with little activity time and that this process can and should be used by incubated companies and business incubators. Key-Words: Firm Valuation. Incubated Firm. Discounted Cash flow 5 Degree in Accounting, +55 (82) 8899-2772, +55 (82) 3214-1069/1064 [email protected] Master in Accounting, +55 (82) 3214-1069/1064 [email protected] 7 PhD in Physical Chemistry, +55 (82) 3214-1069/1064 [email protected] 8 PhD in Chemistry and Biotechnology, +55 (82) 3214-1069/1064 [email protected] Av. Lourival Melo Mota – Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação - Maceió - AL, Zip code:57072-900 6 1 INTRODUÇÃO Para este trabalho, o termo Avaliação de Empresas é definido como o processo pelo qual se define o valor de mercado de uma empresa. Para assegurar tal afirmação têm-se Martins (2009) que diz que ao avaliar uma empresa tem-se como objetivo determinar o valor justo de mercado, ou seja, aquele que representa de modo equilibrado, a potencialidade econômica de determinada companhia. O mesmo autor ressalta ainda que em uma negociação, o preço será definido com a interação entre os compradores e vendedores. Sendo assim o valor identificado através da avaliação servirá como base para o processo de negociação. A avaliação de empresas utiliza a mesma base teórica da avaliação de investimentos em ativo real e para identificar o valor de novas tecnologias. Os métodos utilizados são os mesmos, a diferença está no foco em que é dado. Os métodos utilizados nas avaliações são dos mais variados. Para este trabalho, os métodos foram divididos em três grupos: os que têm como base o valor de entrada, o valor de mercado e valor de saída. Esta avaliação será aplicada a uma empresa incubada, que possui diversas peculiaridades. Há autores que defendem que este tipo de empresa não pode ser avaliada, por diversos motivos, mas há também os autores que defendem o contrário. Destaca-se deste segundo grupo Damodaran, que afirmam que para avaliar uma empresa, com estas peculiaridades, se deve buscar informações em fontes não tradicionais. Na literatura encontra-se com facilidade trabalhos que relatam a avaliação de grandes empresas, mas pouco se encontra quanto a empresas de pequeno porte. Destacase aqui o fato de que todas as empresas incubadas em Alagoas são Micro e Pequenas Empresas e que no Brasil há poucas que não são. Com base no exposto, chegou-se ao seguinte questionamento: Quanto uma empresa incubada vale no mercado, utilizando as técnicas de avaliação de empresas? 1.1 OBJETIVOS Para responder ao questionamento acima foi delimitado o seguinte objetivo geral: Definir o valor de mercado de uma empresa incubada no Estado de Alagoas, utilizando uma das técnicas de avaliação empregadas em outras empresas, sendo esta através de um caso prático. Para tanto, serão abordados os métodos mais utilizados e escolhido o mais viável para a empresa. Para se alcançar tal objetivo foram traçados os seguintes objetivos específicos: Selecionar, através do catálogo das empresas incubadas em Alagoas, uma empresa que tenha as características e aptidão para ser avaliada; Aplicar o método mais viável para identificar o valor de mercado da empresa; Identificar o impacto fiscal no valor da empresa e Relacionar a utilização desta técnica com o desenvolvimento das cidades. 1.2 JUSTIFICATIVA Muito se fala quanto à avaliação de grandes empresas, mas pouco se produz quanto a empresas de pequeno porte. Este fato pode ser explicado, pois o processo de avaliação de empresas é bastante dispendioso, o que exclui estas empresas como utilizadoras destes serviços. Este fato, hoje no Brasil, exclui estas empresas incubadas de serem avaliadas, mas se utilizar esta mesma ótica, essas empresas também não utilizariam vários serviços fornecidos pelas incubadoras, como exemplo a pesquisa de mercado. Sendo assim este trabalho se justifica em demonstrar as vantagens do processo de valoração para uma empresa incubada. Damodaran (2002) reserva um capítulo para discutir a avaliação de empresas jovens e start-up, afirmando que muitos autores alegam que tais empresas não podem ser avaliadas, principalmente por não possuírem histórico suficiente e não possuir uma boa base para se identificar a expectativa de crescimento, principalmente quando está se inserindo em um novo setor. Destaca-se aqui, que todas as empresas incubadas em Alagoas enquadram-se como Mico e Pequenas Empresas – MPE (INCUBAL, 2012). Há no Brasil algumas que não se enquadram como MPE, mas são muito poucas (CRIATIAVA, 2012). Entretanto, no mesmo capítulo, Damodaran (2002) demonstra em suas discussões a possibilidade de se avaliar estas empresas e que para isto é preciso encontrar informações em locais menos convencionais, além de empregar um olhar diferente para o empreendimento. Podendo assim, este trabalho, ser justificado em realizar na prática a avaliação de uma empresa incubada, que se enquadra nas definições trazidas por Damodaran. Sendo o resultado deste trabalho passível de utilização, não somente do gestor, que recebera diversas informações quanto a sua empresa, mas também os gestores das incubadoras de empresas, que terão mais uma ferramenta de seleção de negócios. Isto se explica, pois as teorias utilizadas para avaliar uma empresa são as mesmas utilizadas para se avaliar um investimento. Sendo assim, o êxito deste trabalho comprova a utilização de todos estes métodos tanto para empresas incubadas, quanto para os projetos trabalhados nas incubadoras, mas que ainda não receberam um grande investimento para sair do papel, as pré-incubadas. Esta avaliação prévia aos investimentos e à entrada no mercado dará mais segurança para os gestores e descartará projetos que não tenha viabilidade econômica e financeira. O que diminuirá ainda mais a taxa de mortalidade destas empresas, além de atrair mais gestores para as incubadoras, refletindo-se assim no desenvolvimento local. 2 REVISÃO DA LITERATURA 2.1 QUANTO AS INCUBADORAS DE EMPRESAS E EMPRESAS INCUBADAS Como este trabalho avalia uma empresa incubada é preciso trazer o conceito de incubadoras de empresas, que é um entidade que tem por objetivo oferecer suporte a empreendedores para que eles possam desenvolver ideias inovadoras e transformá-las em empreendimentos de sucesso, já a empresa incubada é que recebe estes suporte (ANPROTEC, 2012). Ressalta-se, que graças a este suporte e seleção de projetos a taxa de mortalidade é menor que 20% para as incubadas e menor que 10% para as associadas, como a quase totalidade destas são micro e pequenas empresas, traz-se aqui as taxas destas empresas que não passam pelo processo de incubação, para servir como comparativo. Pois para estas empresas a taxa de mortalidade no Brasil aproximava-se de 50% e no Nordeste este número subia para a casa dos 60%, para empresas com até dois anos de existência. Esta taxa foi trazida por Anjos (2009), através de dados compilados do Sebrae e do IBGE entre outros autores, Além de condições favoráveis de infraestrutura e capacitação dos empreendedores, as incubadoras de empresas ainda possibilitam que as empresas incubadas façam inúmeras conexões, as quais favorecem o crescimento do negócio e o acesso ao mercado, pelo fato de estarem em um espaço onde há vários empreendimentos inovadores do mesmo porte. Segundo ainda a Anprotec (2012), uma Empresa Incubada é um empreendimento que está recebendo suporte de uma incubadora para o seu desenvolvimento. Quanto ao tempo de incubação, em média, são três anos. Este prazo, no entanto, varia de acordo com as características do empreendimento. Quanto ao processo de incubação, via de regra, são divididos em três etapas: Pré-incubação, Incubação e Graduação. Onde a pré-incubação é a fase que antecede a incubação. Visa dar vazão a ideias empreendedoras que surgem entre estudantes, professores e pesquisadores, auxiliando na transformação dessas ideias em negócios de sucesso. É na pré-incubação que são preparados os planos de negócios, para que haja o ingresso na Incubadora (NINTEC, 2012). A fase de incubação é o processo de apoio ao desenvolvimento de iniciantes ou de empresas nascentes. Sendo promovida pela incubadora condições favoráveis ao crescimento das empresas incubadas. A última fase é a graduação, que é a inserção de uma empresa no mercado. Depois de fortalecida por um determinado período, a empresa incubada se gradua. Neste momento a empresa opta por manter o vínculo com a Incubadora, tornando-se uma empresa associada, ou então tal vínculo é cortado e a empresa segue seu próprio caminho. Ressalta-se que depois de graduada, mesmo que opte pela associação, a empresa não ficará mais no espaço físico da incubadora. 2.2 AVALIAÇÃO DE EMPRESAS A terminologia Avaliação de Empresas é empregada para se determinar o valor de uma empresa. Há, na literatura, divergências quanto à nomenclatura, mas referente a finanças e à contabilidade, a maioria dos autores estudados utilizam Avaliação de Empresas. Como exemplo desta divergência, há autores da área da inovação e transferência de tecnologia que discordam do termo Avaliação, pois ao tratar da identificação do valor de ativos intangíveis, Souza (2009), usa a terminologia Valoração. Nesta mesma linha, Santos e Santiago (2008) argumentam que não se deve confundir os termos avaliação, valorização e valoração, pois para os mesmos, avaliação é a primeira análise a ser feita; valorização é a ação de criar valor e, por último, valoração é a ação de definir o valor. Dentro da microeconomia são definidos conceitos para se identificar o valor de um produto, a lei da oferta e da procura. Assim, através das curvas de oferta e de procura de um produto no mercado, é possível definir o preço do mesmo (VASCONCELLOS; GARCIA, 2006). Mas para uma empresa, um investimento ou uma nova tecnologia não se tem um mercado, ou seja, não há uma procura e uma oferta necessária para se identificar o valor. Sendo assim, Martins (2009) diz que o objetivo da avaliação de uma empresa é determinar o valor justo de mercado, que neste caso substituirá a definição do preço através do mercado, mas este valor identificado servirá de base par uma negociação e dificilmente será o valor da transação. Há diversos métodos para se avaliar uma empresa, para este trabalho, os métodos foram divididos em três grupos: os que têm como base o valor de entrada, o valor de mercado e o valor de saída. Entretanto, Martins (2000) afirma que todas as formas de se avaliar uma empresa são complementares entre si e que todas são úteis. Os métodos que utilizam como base o Valor de Entrada, geralmente, utilizam como base o quanto foi despendido ou quanto seria despendido hoje para adquirir os bens e direitos de uma empresa. Identificando o valor despendido para adquirir os bens da empresa e os corrigindo através da inflação, ou então utilizam o custo de reposição, ou seja, o quanto seria necessário gastar hoje para adquirir os bens e direitos da empresa estudada. Os modelos baseados no Valor de Mercado procuram auferir o valor do empreendimento por meio da comparação com empresas similares transacionadas no mercado (MARTINS et. al., 2009). Os que utilizam como base o Valor de Saída, têm como base o potencial de gerar caixa de uma empresa, para assim definir o valor da mesma. Martins et. al. (2009, p. 264) afirma que “um empreendimento depende dos benefícios líquidos que esperamos dele extrair no presente e no futuro”, ou seja, o que vai definir o valor da empresa é o potencial em gerar benefícios. Soares et. al. (2007) abordam a Análise Financeira de Projetos, onde se pode observar que a viabilidade de um projeto de investimento tem como foco o caixa, mais especificamente os fluxos de caixa liberados ou libertos - free cash flow. Outra afirmação que define este método é o de que: o valor de qualquer ativo pode ser encontrado através do valor presente dos fluxos de caixa esperados sobre esse ativo (DAMODARAN, 2002). Quanto as abordagens descritas a mais defendida é a com base no valor de saída, pois tanto para o gestor, como para futuros compradores, não interessa saber o quanto foi gasto (valor de entrada) ou por quanto outras empresas parecidas foram vendidas (valor de mercado), o que interessa é o potencial de gerar caixa desta empresa (valor de saída). Com base no exposto definiu-se que neste trabalho seria utilizado um dos modelos de avaliação que utilizam como base o valor de saída. Dentre os métodos existentes, foi definido o Fluxo de Caixa Descontado. Contudo, ressalta-se, que esta escolha foi influenciada pelas condições da empresa avaliada, bem como das informações que foram disponibilizadas para realizar o trabalho. 3 METODOLOGIA A execução deste trabalho foi dividida em quatro etapas. Primeiro, foi selecionada uma empresa; segundo, foi definido o método de avaliação; terceiro, foram coletados os dados e por último foi realizada a avaliação. Para selecionar a empresa foram utilizados os seguintes critérios: ser uma empresa incubada em Alagoas; estar na etapa de incubação; estar registrada; atuar no mercado e estar disposta a demonstrar as contas da empresa, sua operação e peculiaridades para a elaboração desta pesquisa. Sendo assim foi selecionada uma empresa que a pedido do gestor não será divulgada. A definição do método foi abordada no final de revisão da literatura, o método escolhido foi o Fluxo de Caixa Descontado – FCD, que utiliza como base o valor de saída. Quanto a coleta de dados, esta ocorreu através de visitas técnicas à empresa, contatos por telefone e por e-mail com o gestor, além de visitas a sites de grandes lojas de varejos. Para a tabulação destes dados foi utilizado um software de planilhas eletrônicas. Todo o processo de coleta e tabulação de dados ocorreu de outubro de 2012 a março de 2013. Este trabalho aborda o tema de forma qualitativa, quando se analisa a empresa em si. Pois se estudou a empresa incubada em toda sua complexidade e peculiaridade, não havendo ainda testes de hipóteses. E quantitativa quanto à coleta e tratamento dos dados da empresa, do setor e para se fazer a análise propriamente dita. O método utilizado é o Dedutivo, já que será desenvolvida, na prática, uma avaliação, detalhando assim o objeto de estudo e deduzindo as conclusões. 4 A AVALIAÇÃO Neste capítulo será descrito como foi feita a avaliação, ao mesmo passo que explicará o método do FCD. 4.1 FLUXO DE CAIXA DESCONTADO Tal método utiliza como base os fluxos de caixa que se estimam serem libertos pela empresa estudada. Neves (p. 201, 2012) diz que não existe um único fluxo de caixa para uma empresa, pois este depende de vários fatores, como o período em que ele é medido a maneira mais simples de encarar o fluxo de caixa é defini-lo como a variação das disponibilidades entre duas datas. Casarote Filho e Kopittke (2010, p. 6-7) trazem a representação do fluxo de caixa, que consiste em uma escala horizontal onde são marcados os períodos de tempo e na qual são representadas com setas para cima as entradas e com setas para baixo as saídas de caixa. Figura 1: Ilustração dos Fluxos de Caixa 2.000 0 1 2 3 2.000 4 5 3.000 Autor: Filho; Kopittke, 2010. Observa-se que o fluxo de caixa são estas entradas e saídas de caixa ou equivalente de caixa, fazendo o desconto dos fluxos é encontrado o Fluxo de Caixa Descontado, também chamado de Valor Presente Líquido. 4.2 ANÁLISE ESTRATÉGICA E HORIZONTE TEMPORAL A análise estratégica é um conjunto de ferramentas que tem como objetivo permitir compreender os ambientes interno e externo, e, muito especialmente, facilitar a apreensão das relações que entre eles existem (SOARES et. al., 2007). Para este trabalho, esta análise, é fundamental para traçar o cenário em que a mesma está inserida e com isto ter a base para a definição de alguns pressupostos. A análise dos ambientes foi feita através da análise das forças, fraquezas, oportunidades e ameaças – SWOT, cuja sigla deriva destas palavras em inglês. Esta faz uma abordagem do ambiente interno, analisando as forças e fraquezas e do externo, analisando as oportunidades e ameaças. Figura 1: Análise de SWOT Forças Fraquezas Produtos inovadores no mercado; Dificuldade quanto a expansão física; Grande fidelidade de clientes; Riscos quanto a integridade do patrimônio Produto inserido na realidade local. por falta de segurança; Oportunidades Ameaças Crescimento da economia nacional; Tributação muito elevada; Aumento do número de turistas que Falta de logística nacional tanto para compra consomem o produto; como para venda; Ser uma empresa incubada. Falta de incentivo para a produção. Autor: Araújo, 2013. Soares et. al. (2007) afirma que a análise estratégica tem importante contribuição para se identificar por quanto serão projetados os fluxos de caixa. Este é dividido em períodos é denominado Horizonte Temporal – HT. Há diferentes formas para esta identificação, para este trabalho foi utilizado o critério de tempo de amadurecimento da empresa. Pois a mesma é uma empresa nova no mercado, que investe em produtos inovadores, sua estrutura física não necessita de grandes investimentos e através da análise estratégica se observou que o produto não tende a se saturar no mercado. Sendo assim foi possível identificar um HT de 10 anos para a empresa. 4.3 PRESSUPOSTOS Para poder identificar os fluxos libertos durante o HT, é preciso recolher algumas informações referentes ao ambiente interno e externo da empresa. Primeiro foi identificado a inflação para o período trabalhado, pois quando se trabalha com valores monetários, tem que se observar a perda do poder de compra. Soares et. al. (2007) destaca que a inflação impacta nos rendimentos, nas despesas e nos juros e encargos ligados ao endividamento. Como este trabalho busca identificar o valor de mercado de uma empresa, utilizou-se o Índice Geral de Preços do Mercado – IGP-M, encontrando uma inflação de 6,452% ao ano. Os prazos médios neste trabalho denotam do tempo médio entre dois fatores, seja ele o momento da venda e o momento do recebimento. Para este trabalho foram identificados os prazos médios de: recebimento; pagamento das despesas, dos fornecedores, dos salários e dos tributos. A empresa tem dois tipos de clientes, uns a atacado e outros a varejo. Foi identificado primeiro a proporção destas vendas, que foi de 50% para cada tipo de cliente, contudo, foi identificado que gradativamente as vendas no varejo iriam se estacionar em 20%, em consequência a do atacado chegaria aos 80%. A empresa utiliza doações como ferramenta de divulgação e propaganda, foram identificadas que estas representavam 9,44% dos produtos que saiam do estoque. Sendo assim o custo de produção destas unidades doadas foram diretamente para o resultado, como despesas com divulgação. A definição do nível dos estoques influencia demasiadamente o resultado da empresa, pois este nível indica o montante de recursos que ficará retido na empresa. Foi preciso identificar o uso de matéria prima para cada produto, a mão-de-obra e outros custos indiretos, além do fluxo dos produtos dentro dos estoques. Os estoques da empresa são divididos em três seções: o de matéria prima; o de produtos em processo e o de produtos acabados. Cada vez que o produto em elaboração passa de um estoque para o outro ele recebe os custos de transformação incorridos, como pode ser identificado na figura a baixo. Figura 3: Fluxo do Estoque Autor: Araújo, 2013 Apesar da empresa ser classificada como um Micro Empresa, a mesma não se enquadra no regime tributário diferenciado, simplificado favorecido na Lei Complementar nº 123/2006, denominado Simples Nacional. Desta forma o gestor tinha duas opções de tributação, o Lucro Real e o Lucro Presumido, com base nos resultados da empresa, optou-se por utilizar o Lucro Presumido. Sendo assim os tributos incidentes para esta empresa foram divididos em três grupos: trabalhistas, operacionais e não operacionais. Os tributos classificados como trabalhistas são todos que incidem sobre a folha de pessoal: Contribuição Previdenciária – INSS; Fundo de Garantia por tempo de Serviço – FGTS; Contribuições à terceiros e a retenção do Imposto de Renda Retido na Fonte – IRRF. Os que são classificados como operacionais incidem diretamente sobre a operação da empresa, neste caso: Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e serviços de transporte intermunicipal e interestadual e de comunicações – ICMS; Contribuição para o Programa de integração Social – PIS e o programa de formação do patrimônio do servidor público PASEP; Contribuição para financiamento da seguridade social – COFINS e o Imposto sobre produtos industrializados – IPI. Os tributos não operacionais são aqueles cujo fato gerador não está ligado diretamente à operação da empresa. Neste grupo há duas categorias, os que incidem sobre o lucro: Imposto de Renda – IR e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL e os que incidem sobre transações financeiras, mas como tal empresa trabalha apenas com capital próprio não será aqui abordado. As alíquotas e as bases de cálculo para todos os tributos são definidas em lei. Segundo Pêgas (p. 404, 2008) o Lucro Presumido é a forma de tributação que utiliza apenas as receitas da empresa para apuração do resultado tributável do IR e CSLL. De forma muito resumida, este sistema de tributação utiliza como base a receita para presumir o lucro e deste lucro presumido há a aplicação de uma alíquota. 4.4 IMOBILIZADO, GASTOS E RESULTADO Após identificar os pressupostos, foi preciso averiguar qual é o investimento em imobilizado: móvel, instalações e o maquinário, necessário para a operação da empresa. Esta identificação foi feita in loco. Este investimento em imobilizado é contabilizado antes da operação da empresa, mas a cada ano parte deste investimento é considerado como despesa, na forma de depreciação. Quando este bem é totalmente depreciado é preciso repor o mesmo. Com isto foi utilizado o tempo de vida útil percebida pelo gestor, que difere do que é previsto pelo regulamento do imposto de renda. É necessário salientar que uma empresa incubada apresenta algumas peculiaridades quanto aos gastos, pois há despesas que não aparece em outras empresas, como exemplo a taxa paga a incubadora. Mas também há inúmeras despesas que se comportam de maneira diferente, ou até mesmo não possui, como aluguel, água, internet e telefone. Mas como tal processo consiste em identificar os fluxos previstos para um suposto comprador, ao se supor a compra, todas as peculiaridades seriam descartadas e a empresa seria analisada como se não fosse incubada. Desta forma foram previstos os gastos com pessoal através da necessidade de funcionários da empresa através das visitas e entrevistas, pois muitas das funções eram feitas por bolsistas. Somente após determinar todos estes dados foi possível elaborar calcular o resultado de todos os períodos, bem como os impostos devidos. Contudo não há nem despesas nem receitas financeiras, pois a empresa não teve nenhum financiamento. 4.5 ORÇAMENTOS E NCG O primeiro orçamento foi o operacional, onde consta as entradas e saídas referentes a operação da empresa, neste orçamento os prazos médios influenciaram diretamente no seu resultado anual, como exemplo o recebimento referente a venda de produtos, parte é recebida no mesmo ano e parte só será recebida no ano seguinte, a parcela referente a cada ano será definida com base no prazo médio de recebimento. O outro orçamento é o não operacional, no qual consta todos os recebimentos e pagamentos do período, incluindo tributos, entrada de capital e compra de imobilizado, ou seja, entradas e saídas que não são oriundas da operação da empresa. Após a elaboração desta tabela foi feito um resumo, com os saldos do orçamento operacional, o não operacional e confrontado com o saldo inicial, resultando assim o saldo final de caixa. Este saldo foi acompanhado com bastante atenção, pois não poderia apresentar resultados negativos, para isto foi calculado o quanto de capital teria que entrar na empresa, para cobrir o investimento em imobilizado e em Necessidade de Capital de Giro. Se esta conta caixa apresentar um resultado negativo no decorrer das provisões, significa que neste dado momento a empresa não teria recursos para cobrir suas obrigações, apresentando uma ruptura de caixa. Oque levaria a financiamentos com altas taxas de juros ou pagamento de juros e multas e o atraso na operação da empresa. Sendo extremamente necessário o panejamento correto destes orçamentos, pois tal ruptura impossibilitaria o bom funcionamento da mesma e poderia provocar inclusive seu encerramento. Com base nos orçamentos e nos outros dados levantados, foi possível elaborar o Balanço Patrimonial projetado para todo o HT. Este Balanço é uma das maiores medidas de controle deste trabalho, pois se não for observada a igualdade da equação patrimonial, Ativo = Passivo Exigível + Patrimônio Líquido, significa que há garaves inconsistências no trabalho. Além deste controle, é com base no Balanço que se identifica a Necessidade de Capital de Giro - NCG, que é a diferença entre as necessidades operacionais e os recursos operacionais. Esta subtração demonstra quanto a operação da empresa consome recursos, se o valor for positivo ou libera recursos se for negativo. A NCG é utilizada diretamente no calculo dos fluxos de caixa, como também é desta liberação ou consumo de recursos que é extraído o Investimento em NCG, que também compõe o calculo dos fluxos. 4.6 ANÁLISE FINANCEIRA Todos os pressupostos e todas os dados até aqui elaboradas foram assim feitos para se realizar a análise financeira. A primeira etapa na análise financeira é identificar o Horizonte Temporal – HT, que foi de 10 anos. Para a análise, primeiro se identificou os fluxos libertos, que podem ser calculados de duas maneiras, neste trabalho calculouse pelas duas para comparar o resultado e identificar possíveis erros. A primeira é igual a: Menos o valor da compra de ativo, menos o investimento em NCG, mais o RLP acrescido das depreciações, mais a venda do ativo imobilizado, mais a venda da NCG. A segunda consiste em substituir o investimento em NCG e RLP ajustado pelo saldo de Tesouraria Operacional. Após identificar os fluxos, foi calculada a taxa de desconto, como o capital da empresa consiste somente no custo do capital próprio, esta taxa consiste no custo deste. O método utilizado para se identificar tal custo foi o Modelo de Precificação de Ativos Financeiros – CAPM, que consiste na rentabilidade de um investimento sem risco, acrescido de um prêmio de risco, que para este trabalho encontrou-se uma taxa de 9,08%. Ao final do HT é preciso encerra-lo, há duas maneiras de se calcular, o da perpetuidade, que consiste em replicar o fluxo do último ano para mais 10 anos e fazer o desconto pela mesma taxa, somando este valor ao fluxo do último ano. A outra maneira é o encerramento da empresa onde são vendidos o ativo imobilizado e a NCG, ressaltando que deve-se aplicar os tributos incidentes na venda do imobilizado. O que foi feito com base no Lucro Presumido. Utilizando a fórmula do fluxo de caixa descontado encontrou-se o Valor Atualizado Líquido – VAL de R$ 159.033,83. Figura 04: Valor Atualizado Líquido e Taxa de Retorno Interno VAL TIR R$ 162.158,82 13,81% Autor: Araújo, 2013. Outra medida de análise é a Taxa de Retorno Interna – TIR, que representa a taxa de desconto que anula o VAL, para este trabalho a TIR é de 13,67%, ou seja, se o custo do capital fosse de 13,67% o valor atualizado líquido da empresa seria de zero, mas se fosse maior a empresa teria valor negativo o que indicaria que a empresa estaria destruindo o capital investido pelos sócios. Outra medida utilizada na análise financeira é o Período de Recuperação do Capital Investido ou Payback Period, termo muito utilizado mesmo na literatura brasileira. Tal medida consiste em identificar com quanto tempo o capital inicialmente investido pela empresa será pago, lembrando-se sempre do valor do dinheiro no tempo. Figura 05: Payback Period Período Fluxo Fluxo Atualizado Saldo 0 R$ (127.817,23) R$ (127.817,23) R$ (127.817,23) 1 R$ (63.180,30) R$ (57.920,85) R$ (185.738,08) 2 R$ (90.545,66) R$ (83.008,18) R$ (268.746,26) 3 R$ (87.047,41) R$ (79.801,14) R$ (348.547,40) 4 R$ (71.361,44) R$ (65.420,95) R$ (413.968,36) 5 R$ (67.224,15) R$ (61.628,07) R$ (475.596,43) 6 R$ (9.166,39) R$ (8.403,33) R$ (483.999,76) 7 R$ 45.096,15 R$ 41.342,12 R$ (442.657,64) 8 R$ 117.244,88 R$ 107.484,82 R$ (335.172,82) 9 R$ 191.322,58 R$ 175.395,92 R$ (159.776,90) 10 R$ 1.001.402,07 R$ 918.040,30 R$ 758.263,40 Autor: Araújo, 2013 Para a empresa analisada o investimento só é pago no final do HT, com a venda do Imobilizado e da NCG. Isto significa que durante o tempo de amadurecimento da empresa os fluxos gerados não são suficientes para realizar o retorno do investimento inicial. O que não quer dizer que a empresa seja menos atrativa por causa disto, mas sim que entre duas alternativas com o mesmo VAL e a mesma TIR, seria escolhido o que apresentasse o Payback Period mais rápido. 5 CONCLUSÕES Pode-se concluir que a empresa estudada se comportou como previsto por Damodaran (2002), pois o mesmo afirma que as empresas novas e start-ups apresentam nos primeiros anos fluxos negativos, mas que estes alteram-se com o passar do tempo e por fim apresentam fluxos positivos e grande potencial, o que de fato ocorreu. O processo de avaliação através do fluxo de caixa descontado pode apresentar três resultados quanto ao Valor Atualizado Líquido - VAL: VAL<0; VAL=0 ou VAL>0. No primeiro caso a atividade empresarial não está sendo capaz de gerar recursos financeiros para remunerar o capital investido, ou seja, o investidor está alocando dinheiro na empresa e ao final do período estimado, este dinheiro foi consumido pela empresa e esta não conseguiu devolver o valor investido. Na segunda opção, onde o VAL=0, indica que a empresa durante sua atividade, é eficiente para se manter e consegue remunerar o investidor, exatamente com este espera, sendo assim a empresa remunera seu capital com uma taxa de custo determinada pelo mercado e pelo risco da atividade. Na terceira e última opção, onde o VAL>0, a empresa consegue remunerar os capitais a uma taxa já determinada, bem como ainda sobra um valor, exemplificando com a empresa estudada, onde o VAL foi de R$ 162.158,82. Isto significa que a empresa consegue remunerar o investidor a uma taxa de 9,08%, a taxa de desconto, determinada através do mercado e do risco envolvido no negócio, e além desta remuneração exigida ainda libera recursos a mais no valor igual ao VAL, R$ 162.158,82. Conclui-se que este estudo demonstra que a empresa em questão é atraente tanto para o gestor dela e da incubadora de empresas, como também para a cidade, pois a mesma gerará empregos diretos e indiretos além de movimentar o mercado local. Outro ponto importante para a cidade, é que a empresa é incubada, logo trabalha com produtos inovadores, o que fará com que o reconhecimento da empresa divulgue a cidade. Pode-se afirmar que a realização deste estudo, demonstrando a capacidade financeira de uma empresa incubada, é fundamental para incentivar novos empreendimentos, pois assim os futuros gestores de empresas incubadas terão mais informações quanto à capacidade financeira do seu negócio, além de incentivar novos gestores a concretizarem seus negócios. E quanto mais negócios de sucesso na cidade, maior o desenvolvimento desta. Este trabalho foi realizado com uma empresa na fase de incubação, mas o processo deixa bem claro que pode-se realizar o mesmo trabalho em empresas na préincubação e desta forma identificar o viabilidade do projeto, optando assim por uma reestruturação ou até mesmo o descarte deste. Desta forma o gestor saberá ainda quais serão os períodos mais difíceis, quando será o payback do investimento feito, dentre outras informações geradas que não foram aqui exploradas. O outro momento fundamental para esta análise é antes da graduação, pois assim saberá se a mesma aguentará sobreviver no mercado sem o suporte da incubadora, evitando assim casos de insucesso na graduação da empresa. Desta forma diminuirá ainda mais as taxas de mortalidade, pois o encerramento de uma empresa prejudica muito o local onde está inserida. Os resultados referentes a avaliação das empresas incubadas acontecem tanto a curto prazo, ao despertar o interesse de novos gestores, por ter mais uma ferramenta para medir a capacidade econômica e financeira, além de proporcionar novas perspectivas. A médio prazo, quando as previsões financeiras se concretizarem e aumentar a confiança dos gestores e continua a despertar o interesse de novos. E a longo prazo, quando a taxa de manutenção e sobrevivência dos negócios se elevarem ainda mais. Através deste trabalho também foi possível identificar o impacto fiscal no resultado da empresa, pois se esta pudesse optar pelo Simples Nacional, seu valor de mercado seria de R$ 593,934.69, ou seja 3,66 vezes maior. Diversos estudos demonstram a importância das Micro e Pequenas Empresas, conseguindo assim um sistema de tributação simplificado e em suma maioria mais vantajoso. Cada vez mais é notada a importância da inovação no desenvolvimento em todos os níveis, está na hora também de repensar as legislações tributárias para as empresas incubadas, pois apesar desta se mostrar econômica e financeiramente viável, este impacto fiscal demonstra que muitas perdem tal viabilidade por esta causa. Quanto à resposta da questão problema pode-se ao fim deste trabalho afirmar que utilizando as técnicas de avaliação de empresas, esta vale no mercado R$ 162.158,82. Ressalta-se, mais uma vez, que este valor serve como base para futuras transações e não necessariamente é o valor a ser utilizado nesta. REFERÊNCIAS ANJOS, Luiz Carlos Marques dos. Um Estudo Sobre a Percepção dos Gestores de Micro e Pequenas Empresas Acerca da Utilização da Contabilidade para Obtenção de Financiamento. 2009. 104 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2009. ANPROTEC - Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores. (Brasil). Estudo, Análise e Proposições sobre as Incubadoras de Empresas no Brasil. Brasília: Anprotec, 2012. 24 p. Disponível em: <http://www.anprotec.org.br/ArquivosDin/Estudo_de_Incubadoras_Resumo_web_2206_FINAL_pdf_59.pdf>. Acesso em: 18 set. 2012. CASAROTTO FILHO, Nelson; KOPITTKE, Investimentos. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2010. Bruno Hartmut. Análise de CRIATIVA, Luz Consultoria. (Brasil). Guia das Incubadoras: O Berço das Empresas Brasileiras. 6. ed. 2012. 86 p. DAMODARAN, Aswath. Damodaran Online. Disponível <http://pages.stern.nyu.edu/~adamodar/>. Acesso em: 02 dez. 2012. em: ______, Aswath. Investment Valution: Tools and Techniques for Determining the Value of Any Asset. 2. ed. New York: Wiley, 2002. 1372 p. INCUBAL – Incubadora de Empresas de Alagoas. Sobre a Incubal e o NEG. 2012. 5 p MARTINS, Eliseu (Org.). Avaliação de Empresas: Da Mensuração Contábil à Econômica. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2009. 411 p. MARTINS, Eliseu. Avaliação de Empresas: da Mensuração Contábil à Econômica. Caderno de Estudos, São Paulo, v. 12, n. 24, p.28-37, 01 jun. 2000. Simestral. NINTEC, Núcleo de Inovação Tecnológica da Universidade Federal de Lavras. Disponível em: < http://www.prp.ufla.br/nintec/incubadora_empresas.html>. Acesso em: 12 nov. 2012. PÊGAS, Paulo Henrique. Manual de Contabilidade Tributária. 5. ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2008. 684 p. SANTOS, D. T. E.; SANTIAGO, L. P. Avaliar x valorar novas tecnologias:desmistificando conceitos. Belo Horizonte: Laboratório de Apoio à Decisão eConfiabilidade, Departamento de Engenharia de Produção, UFMG. 2008. Disponível em:<http://www.institutoinovacao.com.br/arquivos_internos/artigos/Avaliar_x_Valorar _1.pdf>.Acesso em: 25 jun. 2011. 8 p. SOARES, Isabel et al. Decisões de Investimento: Análise Financeira de Projectos. Lisboa: Sílabo, 2007. 357 p. SOUZA, Rodrigo De Oliveira.Valoração de Ativos Intangíveis: Seu Papel na Transferência de Tecnologias ena Promoção da Inovação Tecnológica. 2009. 139 p. Dissertação (Mestrado) - Departamento de Escola de Química, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2009. VASCONCELLOS, Marco Antonio S.; GARCIA, Manuel E.. Fundamentos de Economia. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2006. 246 p.