Resumo
Aula-tema 01: Ciência econômica – conceitos e correntes de pensamento
econômico
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Nesta aula-tema, vamos estudar alguns conceitos básicos da ciência econômica,
suas divisões e evolução história do pensamento econômico até a atualidade. Para
acompanhar bem a discussão, você deverá ler os Capítulos I e II do livro-texto
Economia 1 e realizar as demais atividades preparadas para a aula.
Vamos iniciar nosso percurso estudando alguns conceitos fundamentais da
economia e depois passaremos à evolução de algumas correntes econômicas ao
longo da história até os dias atuais.
A ciência econômica estuda como o indivíduo e a sociedade escolhem empregar os
recursos produtivos que são finitos em uma sociedade com necessidades ilimitadas,
procurando responder a quatro questões fundamentais: o que produzir, quanto
produzir, como produzir e para quem produzir.
Para discutir essas questões, você verá que, durante as atividades desta aula-tema,
serão abordados alguns conceitos fundamentais, iniciando pelo conceito de
economia de mercado e pela noção de preços e salários determinados pela
interação entre curvas de oferta e demanda. Simplificando a questão, pode-se dizer
que existem dois agentes importantes atuando no sistema econômico: de um lado,
as empresas produzindo bens e serviços (produzindo as curvas de oferta); do outro
as famílias comprando esses bens e serviços (determinando as curvas de
demanda). Paralelamente, está o sistema monetário, representado pelo fluxo de
dinheiro entre famílias e empresas para aquisição de bens e serviços e pela compra
e pagamento desses bens e serviços.
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VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval; GARCIA, Manuel Enriquez. Economia. Edição especial para o
Programa do Livro-texto da Universidade Anhanguera. 2. ed. revista. São Paulo: Saraiva, 2008.
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Juntando-se o fluxo real e o fluxo monetário da economia temos o que chamamos
fluxo circular da renda: há bens e serviços sendo ofertados pelas empresas no
mercado de bens e serviços, e famílias demandando esses bens, famílias que, por
sua vez, ofertam fatores de produção no mercado de fatores de produção, os quais
são comprados pelas empresas, e finalmente a moeda facilitando essa
intermediação.
Em termos históricos, pode-se dizer que a ciência econômica começa a se estruturar
a partir do século XVI com a primeira escola econômica, o mercantilismo. Na época,
já se postulava a acumulação de riqueza de uma nação, estimulando o comércio
exterior e o acúmulo de riquezas. Essa postura econômica teve como
consequências negativas o nacionalismo exacerbado e a constante intervenção do
Estado na economia.
Dois séculos depois, surge na França o fisiocracismo com o médico François
Quesnay,
representando
a
síntese
desse
pensamento
em
oposição
ao
mercantilismo. O fisiocracismo pregava a não regulamentação governamental,
argumentando que a economia seria guiada por leis naturais, como a lei da
gravidade. O governo seria apenas um catalisador para que as leis naturais fossem
cumpridas.
Na mesma época, surgiu um novo grupo guiado por um dos economistas mais
famosos até hoje: Adam Smith. A publicação de sua obra máxima, A riqueza das
nações, é um marco na moderna teoria econômica. Nesse livro, Adam Smith procura
defender a livre-iniciativa e a redução das interferências governamentais na
economia.
A livre-iniciativa se baseia na noção de que a sociedade poderia ser melhorada pela
iniciativa de seus agentes buscando o próprio bem-estar. Adam Smith e aqueles que
o precederam são classificados na literatura como economistas clássicos.
A partir do fim do século XIX até as primeiras décadas do século XX, surge o
período conhecido como neoclássico, no qual se desenvolveu a teoria do
comportamento do consumidor, tendo Alfred Marshall como seu principal
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representante. Essa teoria se baseia na ideia de que o ser humano busca maximizar
sua satisfação.
A teoria neoclássica perdurou até 1929, quando ocorreu a quebra da Bolsa de Nova
York, que levou a economia a uma recessão profunda. Nesse período, os
neoclássicos não conseguiam explicar o porquê da recessão, nem prever quando os
Estados Unidos sairiam da crise ou por quais meios.
Em 1936, com a publicação da Teoria geral do emprego, do juro e da moeda, por
John Maynard Keynes, há uma nova revolução no pensamento econômico, que
ajudou a economia americana a sair dessa recessão. Conforme essa teoria, o
governo é o indutor e condutor do crescimento. O mercado comanda, pois é mais
eficiente, mas nem todos se beneficiam dessa eficiência. Assim, o Estado
complementa o sistema.
Pode-se dizer que o Estado terceiriza para o setor privado, não é estatizante. É uma
economia de mercado, mas com o governo induzindo investimentos.
Diante dessa revolução do pensamento econômico, foram surgindo novos grupos de
pensadores, entre os quais podemos destacar os monetaristas. Para esse grupo o
governo é o “guardião” da moeda, ou seja, é ele quem deve cuidar da regulação do
mercado (setor financeiro, defesa da concorrência) e investir em bens públicos
(justiça, segurança, defesa nacional, educação básica, saneamento), deixando os
demais investimentos para o setor privado.
Para ampliar sua compreensão sobre o conteúdo desta aula, você deve assistir às
Web Aulas, realizar a atividade de autodesenvolvimento, responder ao roteiro de
estudo e consultar as fontes indicadas no Saiba Mais. No fim da aula, você deve
fazer a atividade de verificação de aprendizagem dos conteúdos estudados.
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Conceitos Fundamentais
Economia (do grego oikos = casa e nomos = administração) é a ciência que estuda
o emprego de recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, pelos
indivíduos e pela sociedade. O que motiva o emprego desses recursos é a
satisfação das necessidades humanas.
A ciência econômica procura analisar os custos e os benefícios das alternativas
disponíveis para o crescimento da sociedade. A decisão final é do poder político, e é
manifestada, num regime democrático, por meio de eleições. O objetivo da ciência
econômica é estudar a forma mais eficiente e justa de satisfazer as necessidades
humanas e melhorar o padrão de vida da coletividade. As restrições são dadas pela
escassez de recursos produtivos e pelas restrições orçamentárias.
A macroeconomia é o ramo da teoria econômica que estuda a determinação e
comportamento dos grandes agregados, como o Produto Interno Bruto (PIB). A
determinação e medição dos agregados macroeconômicos correspondem à
contabilidade
social.
As
relações
de
comportamento
entre
as
variáveis
macroeconômicas correspondem à teoria macroeconômica propriamente dita.
A microeconomia, também chamada teoria de preços, estuda a formação de
preços em mercados específicos. Analisa as variáveis que determinam o
comportamento
de
consumidores
e
de
empresas
nos
vários
mercados
separadamente.
Agentes econômicos são qualquer tipo de consumidor, empresa ou governo que
tome decisões em um sistema econômico.
Neoliberais é uma redefinição do liberalismo clássico, influenciado pelas teorias
econômicas neoclássicas. Esse grupo procura dar ênfase ao papel do mercado. São
privatistas, apoiam a abertura comercial e a estabilização de preços.
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Keynesianos formam um grupo que procura enfatizar o papel do mercado. São
privatistas e sua política é voltada ao crescimento econômico com base em uma
política industrial que prioriza a política fiscal.
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Referências
VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval; GARCIA, Manuel E.. Fundamentos de
economia. PLT. 1ª ed. São Paulo: SARAIVA, 2009.
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