UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA – UNAMA
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE – CCBS
CURSO DE FISIOTERAPIA
ALYNE CASTELO ALMEIDA
ANDREZA FERNANDA CASTRO DOS SANTOS
PREVALÊNCIA E IMPLICAÇÕES CLÍNICAS DA INCONTINÊNCIA
URINÁRIA EM MULHERES DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
EM BELÉM DO PARÁ
BELÉM
2009
ALYNE CASTELO ALMEIDA
ANDREZA FERNANDA CASTRO DOS SANTOS
PREVALÊNCIA E IMPLICAÇÕES CLÍNICAS DA INCONTINÊNCIA
URINÁRIA EM MULHERES DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
EM BELÉM DO PARÁ
Projeto referente ao trabalho de conclusão
do curso de Fisioterapia apresentado para
análise da banca examinadora de
qualificação de TCC da Universidade da
Amazônia – UNAMA
Orientador (a): Nazete dos Santos Araújo
BELÉM
2009
A447p
Almeida, Alyne Castelo
Prevalência e implicações clinicas da incontinência urinária em mulheres
de uma unidade básica de saúde da Pratinha / Alyne Castelo Almeida,
Andreza Fernanda Castro dos Santos. -- Belém, 2009.
147 f.
Trabalho de Conclusão de Curso -- (Graduação) Universidade da
Amazônia. Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, curso de Fisioterapia
Orientadora: Prof. Esp. Nazete dos Santos Araújo
1. Incontinência Urinária. 2. Qualidade de vida. 3. Assoalho pélvico. 4.
Santos, Andreza Fernanda Castro dos I. Título
CDD 616.63
ALYNE CASTELO ALMEIDA
ANDREZA FERNANDA CASTRO DOS SANTOS
PREVALÊNCIA E IMPLICAÇÕES CLÍNICAS DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA
EM MULHERES DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE EM BELÉM DO PARÁ
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado a curso de Fisioterapia do
Centro de Ciências Biológicas e da
Saúde da Universidade da Amazônia
como requisito para obtenção do título
em Fisioterapia.
Banca examinadora
____________________________________________
Prof. Érica Feio Carneiro
_____________________________________________
Prof. Cibele Câmara
Apresentado em: __/ __/ ______
Conceito: __________________
Belém – PA
2009
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus pais pelo
apoio, amor e paciência. A eles que sempre
tiveram ao meu lado, me incentivando, e
acima de tudo acreditando em meu sonho e
em meu potencial.
(Alyne Castelo)
DEDICATÓRIA
Dedico primeiramente a Deus, pois sem ele,
nada seria possível; em especial a minha
mãe, pelo apoio e pela confiança, me
proporcionando o melhor presente de
TODOS: minha formação!
(Andreza Santos)
AGRADECIMENTOS
Somos gratas primeiramente a Deus que nos escolheu e traçou um futuro lindo que
não poderíamos imaginar. Obrigada Senhor pela tua infinita sabedoria e graça!
Agradecemos ao Senhor pelos pais maravilhosos que temos que incutiram em nós o
amor de maneira tão especial e garra necessária para transpor os obstáculos, que nos fizeram
mulheres determinadas em nossos objetivos, mas que nunca esquecem que pessoas são muito
mais importantes.
A nossa LINDA família por nos fazerem sentir tão peculiar, compartilhar nossos
sonhos com vocês é um privilégio! Somos gratas pelo cuidado, pelo amor e principalmente
por termos na nossa família os melhores e mais fiéis amigos. Amamos vocês.
Aos nossos preciosos amigos, pois de forma direta ou indireta, nos ajudaram e deram
força para concluirmos essa grande jornada.
A nossa orientadora Nazete, que foi fundamental para realização e transposição desse
grande trabalho, pelo esforço, pela paciência, respeito e dedicação de aproveitar o melhor de
cada uma de nós.
Obrigada por tudo!
EPÍGRAFE
“Mesmo que tu já tenha feito uma
longa caminhada, há sempre um
caminho a fazer.” (Santo Agostinho)
RESUMO
A incontinência urinária é definida como qualquer perda involuntária de urina. E sua
incidência é subestimada pela falta de estudos epidemiológicos no Brasil. O objetivo deste
estudo foi avaliar a prevalência da incontinência urinária (IU) em mulheres atendidas em uma
Unidade Básica de Saúde de Belém-PA. Metodologia: Foram escolhidas 100 mulheres,
aleatoriamente que foram divididas em dois grupos: o grupo sem incontinência urinária
(n=68), e o grupo com incontinência urinária (n=32), responderam um questionário aplicado
por entrevistadores previamente treinados. Resultados: A média de idade no grupo sem IU
foi de 47 anos, e no com IU de 54, havendo significância estatística nos dois grupos (p = 0,
0075). A prevalência da IU foi de 32% e em 37% a IU de esforço estava associada. O índice
de massa corpórea (IMC) não houve significância estatística, fato que pode ser influenciado
pelo tamanho da amostra. No grupo das mulheres incontinentes, observou-se número
significativamente mais alto em relação à maneira de se sentir, onde (n=28) responderam que
se sentem desconfortável com essa situação. Conclusão: Os resultados do presente estudo
demonstraram que a prevalência da IU foi maior na incontinência urinaria de esforço e que a
incidência tem predominância ao envelhecimento, proporcionando uma grande alteração na
Qualidade de vida das mesmas deixando-as cada dia mais e desconfortáveis.
Palavras-chave: Prevalência da IU, Implicações Clínicas da IU, Qualidade de Vida.
ABSTRACT
Urinary incontinence is defined as any involuntary loss of urine. And its incidence is
underestimated by the lack of epidemiological studies in Brazil. The aim of this study was to
evaluate the prevalence of urinary incontinence (UI) in women seen at a Basic Health Unit in
Bethlehem, PA. Methodology: We selected 100 women, who were randomly divided into
two groups: the group without urinary incontinence (n = 68), and the group with urinary
incontinence (n = 32), answered a questionnaire applied by previously trained interviewers.
Results: The mean age in the group without urinary incontinence was 47 years, and with the
UI of 54, with statistical significance in both groups (p = 0, 0075). The prevalence of UI was
32% and 37% of the effort was associated with UI. Body mass index (BMI) was not
statistically significant, which may be influenced by sample size. In the group of incontinent
women, there was significantly higher on the way to feel, where (n = 28) responded that they
feel uncomfortable with this situation. Conclusion: The results of this study showed that the
prevalence of UI was higher in urinary incontinence and the incidence has dominated aging,
providing a major change in quality of life of those leaving them each day and more
uncomfortable.
Keywords: Prevalence of UI, UI clinical implications, quality of life.
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1- Teoria Integral da Continência.............................................................................13
FIGURA 2 - Perda de urina ao sentir vontade de ir ao banheiro..............................................22
LISTA DE TABELAS
TABELA 1- Distribuição das diferentes variáveis levando em consideração o perfil
amostral....................................................................................................................................20
TABELA 2- Referente aos sintomas do início da perda urinária das
participantes..............................................................................................................................21
TABELA
3Relata
as
formas
de
perda
urinária
das
participantes..............................................................................................................................21
TABELA
4Relacionada
às
participantes
que
tiveram
Infecção
na
Bexiga.......................................................................................................................................22
TABELA 5- Maneira que a paciente se sentirá se permanecer com IU o resto da
vida...........................................................................................................................................23
LISTA DE SIGLAS
AP - Assoalho Pélvico
ICS - Sociedade Internacional de Continência
IU - Incontinência Urinária
IUE - Incontinência Urinária de Esforço
IUU - Incontinência Urinária de Urgência
IUM - Incontinência Urinária Mista
QV - Qualidade de Vida
QVRS - Qualidade de vida relacionada à saúde
TCLE - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
UNAMA - Universidade da Amazônia
SUMÁRIO
1.
2.
INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 5
OBJETIVOS........................................................................................................................ 7
2.1 GERAL ............................................................................................................................. 7
2.2 ESPECÍFICOS ................................................................................................................. 7
3. REFERÊNCIAL TEÓRICO ............................................................................................... 8
3.1 MECANISMO DA CONTINÊNCIA URINÁRIA .......................................................... 8
3.2 INCONTINÊNCIA URINÁRIA FEMININA .............................................................. 12
3.3. PREVALÊNCIA E IMPLICAÇÕES CLÍNICAS DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA
.............................................................................................................................................. 14
3.4. ABORDAGEM SOBRE A QUALIDADE DE VIDA DA MULHER COM
INCONTINENCIA URINARIA .......................................................................................... 15
4. METODOLOGIA ............................................................................................................. 17
4.1 TIPO DE ESTUDO ........................................................................................................ 17
4.2. LOCAL DA PESQUISA ............................................................................................... 17
4.3. ASPECTOS ÉTICOS .................................................................................................... 17
4.5. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO ............................................................. 18
4.6. COLETA DE DADOS .................................................................................................. 18
4.7. ANÁLISE DE DADOS ................................................................................................. 19
5. RESULTADOS ................................................................................................................. 20
6. DISCUSSÃO..................................................................................................................... 24
7. CONCLUSÃO .................................................................................................................. 26
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 27
9. ANEXO I - QUESTIONÁRIO ESPECÍFICO DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA ...... 31
10.
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ................................... 37
5
1. INTRODUÇÃO
A incontinência urinária é definida como qualquer perda involuntária de urina. E sua
incidência é subestimada pela falta de estudos epidemiológicos no Brasil. (BARACHO,
2007).
A perda involuntária e visivelmente demonstrável de urina, conhecida como
Incontinência Urinária (I.U.) é identificada em grande escala nas diversas populações, e pode
ser apontada atualmente como um dos maiores alvos de estudo dos profissionais responsáveis
pela saúde da mulher. (RAMOS, 2006).
Comum, principalmente entre mulheres, a incontinência urinária pode acometer até
50% delas em alguma fase de suas vidas. Ressalta-se que, sua prevalência aumenta com a
idade, e é muitas vezes erroneamente interpretada como parte natural do envelhecimento, por
conta dos danos trazidos. (BARACHO, 2007).
Com o avançar da idade, o suporte do colo vesical, o comprimento funcional da uretra
e a competência do assoalho pélvico, que oferece um suporte adicional à uretra, tendem a
diminuir, bem como, a força de contração da musculatura detrusora, gerando assim a perda
involuntária de urina. (GUEDES, 2006).
As mulheres têm maior probabilidade que os homens de apresentarem essa condição,
entretanto o número exato de pessoas acometidas pode ser muito maior do que as estimativas
atuais, porque muitas pessoas não procuram ajuda por vergonha, por acharem que o problema
é conseqüência normal do envelhecimento ou, ainda, por acharem que não existe tratamento.
(HUNSKAAR et al, 2005).
A I.U. é um estado anormal e, não depende somente da integridade do trato urinário
inferior, mas de alterações da motivação pessoal, da destreza manual, da mobilidade, da
lucidez, e a existência de doenças associadas estão entre os fatores que podem ser
responsáveis. (GUEDES, 2006).
Ela é causada pelo aumento da pressão intra-abdominal, ineficácia da musculatura do
assoalho pélvico, a idade avançada, a gravidez, o parto, a queda dos níveis de estrógeno na
menopausa, obesidade, doença pulmonar obstrutiva crônica, tabagismo, ingestão hídrica
excessiva, fatores dietéticos, constipação intestinal, as incapacidades físicas e mentais e
doenças que comumente acometem os idosos como acidente vascular encefálico e mal de
Parkinson, bem como, medicações e cirurgias que comprometem o tônus muscular pélvico e
6
ou danos nervosos, podendo levar a mulher, ao isolamento, depressão e a perda da autoestima. (SILVA & SANTOS, 2005).
No Brasil, são poucos os estudos sobre a prevalência de incontinência urinária e
fatores de risco associados, fato que dificulta conhecer a real dimensão do problema em nossa
população. Porém, apesar dos poucos estudos sobre prevalência e incidência de IU, estima-se
que existam mais e 13 milhões de mulheres acometidas pelos diferentes tipos de doenças.
(SILVA & SANTOS, 2005).
Apesar de não ser uma doença que leve a morte, pode, muitas vezes, levar a
transtornos psicológicos, trazendo implicações sociais e interferindo negativamente na
qualidade de vida das mulheres incontinentes. (BARACHO, 2007).
Considerando-se a população feminina em geral, a literatura médica aponta os tipos
mais comuns de IU, de acordo com os sintomas: incontinência urinária de esforço que é a
perda involuntária de urina associada com atividades físicas que aumentam a pressão intraabdominal; urge-incontinência, definida como perda involuntária de urina associada com um
forte desejo de urgência para urinar, e incontinência mista, quando existe associação dos
sintomas de incontinência de esforço e urge-incontinência. (BARACHO, 2007).
A qualidade de vida (QV) pode ser entendida como uma construção social
caracterizada
por
fatores
culturais,
com
características
subjetivas,
bidirecionais,
multidimensionais e mutáveis. Onde foi introduzida no âmbito da saúde para avaliar
desfechos objetivos. E posteriormente, obteve-se a necessidade de avaliá-la partindo da
opinião pessoal, o que ressaltou a subjetividade do construto. (DIAS, 2006 & HICKEY,
2005).
A avaliação do impacto da IU e de intervenções a ela relacionadas na QVRS pode ser
feita de forma objetiva ou subjetiva por questionários específicos ou por entrevista na qual o
incontinente avalia o impacto a perda urinária em sua vida. (KOOGAN, 2006; SALMON,
2005).
O presente estudo teve como objetivo investigar, a prevalência da incontinência
urinária, assim como os fatores de riscos associados entre as mulheres atendidas em uma
Unidade Básica de Saúde de Belém do Pará.
7
2.
OBJETIVOS
2.1 GERAL
Verificar a Prevalência e Implicações clínicas da Incontinência Urinária em mulheres
em uma Unidade Básica de Saúde de Belém do Pará.
2.2 ESPECÍFICOS
•
Verificar as implicações clínicas mais freqüentes em mulheres com queixa de
Incontinência Urinária.
•
Fazer o levantamento da Prevalência da Incontinência Urinária em mulheres em uma
Unidade Básica de Saúde em Belém do Pará.
8
3. REFERÊNCIAL TEÓRICO
3.1 MECANISMO DA CONTINÊNCIA URINÁRIA
A continência é a capacidade normal de acumular fezes e urina, com controle
consciente sobre o tempo e o lugar para urinar e defecar. (NOGUEIRA, 2008).
A urina é constantemente produzida, em volumes diferentes, maiores durante o dia e
menores durante a noite, e armazenada na bexiga. A bexiga normal aumenta seu volume para
conter e armazenar a urina sem aumento de pressão significativo até que ela esteja
completamente distendida, e sem as contrações do detrusor. O relaxamento do detrusor,
durante a fase de enchimento, é o componente-chave para a acomodação vesical. (BELÃO,
2004).
Durante a fase de enchimento, a continência urinária é mantida através do aumento da
pressão intra-uretral, sendo essa superior a pressão intravesical. A diferença entre essas duas
pressões é denominada de pressão de fechamento uretral, sendo seu mecanismo ainda não
totalmente esclarecido. (BELÃO, 2004).
O ato de eliminação da urina e, conseqüente esvaziamento da bexiga, é denominado de
micção e depende de uma ação coordenada entre uretra e bexiga (músculo detrusor).
(BELÃO, 2004).
O músculo detrusor reduz todas as dimensões da bexiga, em virtude da distribuição de
suas fibras. A contração do detrusor promove a abertura do colo da bexiga e a urina é
conduzida para a uretra. Em associação a esta contração, o assoalho pélvico relaxa e permite a
descida da base da bexiga, resultando na perda do ângulo uretrovesical, assim a uretra e o
trígono assumem uma posição linear (BELÃO, 2004).
Na fase de esvaziamento, a contração eficiente do detrusor, que depende da
integridade deste músculo e de sua inervação parassimpática, será responsável pela
eliminação de todo o volume urinário, sem a presença de resíduo pós-miccional. (BELÃO,
2004).
É importante ressaltar que na micção voluntária primeiramente ocorre à contração dos
músculos abdominais, o que aumenta a pressão da urina na bexiga, permitindo a entrada de
mais urina no colo vesical na uretra posterior, sob pressão com conseqüente distensão de suas
9
paredes excitando assim, os receptores de estiramento, estimulando o reflexo de micção e
inibindo simultaneamente o esfíncter uretral externo. (CARVALHO, 2008).
A micção e a continência urinária estão sob controle de vários eventos neurológicos
entre sistema nervoso central e sistema nervoso periférico (Sistema Nervoso Autônomo e
Sistema Nervoso Somático), que garantem o controle voluntário do ato miccional.
(MONTEIRO; SILVA FILHO, 2007).
O principal centro facilitador da micção é o centro pontino, localizado na substância
cinzenta pontina-mesencefálica que serve como via final de todos os neurônios motores
vesicais. O córtex cerebral é representado pelo lobo frontal, responsável pelo controle
voluntário da micção. Age inibindo os reflexos da contração do músculo detrusor na fase de
enchimento vesical diante do aumento da pressão vesical. A substância reticular pontomesencefálico é responsável pela coordenação entre os vários níveis de controle, pela
organização dos estímulos aferentes e eferentes do trato urinário durante a fase de enchimento
vesical, inibindo o centro sacral da micção e permitindo a acomodação do detrusor. Os
núcleos da base são formados por um grupo de núcleos subcorticais que atuam inibindo as
contrações do músculo detrusor, influenciando no processo de esvaziamento vesical. O
sistema límbico é formado pelo hipocampo, amígdala, e giro ungulado, exercendo influência
no funcionamento do trato urinário, principalmente em situações de estresse. O cerebelo atua
na coordenação de vários músculos, inclusive os abdominais envolvidos na postura e no
equilíbrio durante a micção. O centro sacral da micção é a via de transmissão de todos os
estímulos sensoriais aferentes do trato urinário inferior e constitui o arco reflexo simples entre
o músculo detrusor e o sistema esfincteriano uretral. (MORENO, 2004).
Na neurofisiologia da micção, o Sistema Nervoso Periférico é formado pelo Sistema
Nervoso Autônomo (Simpático e Parassimpático) e Sistema Nervoso Somático. (MORENO,
2004).
Sistema Nervoso Autônomo Simpático origina-se na medula espinhal entre os
segmentos T10 a T12, é representado principalmente pelo nervo hipogástrico. Sua fibras pré
sinápticas são curtas e tem como neurotransmissor a acetilcolina, enquanto as fibras póssinápticas têm como neurotransmissor a noradrenalina. As mesmas podem atuar nos
receptores α e β. Os receptores a predominam na uretra e, quando estimulados, promovem a
contração do esfíncter externo da uretra. Já os receptores β predominam na bexiga e quase
inexistem na uretra, e quando estimulados atuam relaxando o músculo detrusor. O Sistema
Nervoso Autônomo Simpático atua principalmente na fase de armazenamento urinário.
(MORENO, 2004).
10
Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático origina-se na medula sacral, entre os
segmentos S2 a S4, é representado principalmente pelo nervo pélvico. As fibras préganglionares são longas e terminam em gânglios da parede vesical. O neurotransmissor do
Sistema Nervoso Autônomo parassimpático é sempre acetilcolina, que atua nos receptores
nicotínicos localizados na sinapse pré-ganglionar e nos receptores muscarínicos na parede
vesical. A acetilcolina produz a contração do m. detrusor e o relaxamento do esfíncter externo
uretral. Portanto, o Sistema Nervoso Autônomo parassimpático atua na fase do esvaziamento
vesical. (MORENO, 2004).
Sistema Nervoso Somático origina-se na medula sacral, no núcleo somatomotor, que é
representado pelo nervo pudendo, que inerva a musculatura do diafragma pélvico e esfíncter
externo na uretra, enviando algumas fibras para o trato urinário inferior. É responsável por
iniciar os mecanismos de enchimento e esvaziamento vesical, com a contração e relaxamento
dos músculos do AP e musculatura estriada da uretra, através do controle voluntário da
micção, previamente ao desencadeamento dos reflexos autonômicos da micção. (MORENO,
2004).
Existem 32 reflexos da micção, que estão divididos em reflexo de continência,
reflexos de início de micção, reflexos intramiccionais e reflexos de cessação da micção.
Dentre estes ressaltamos o reflexo de continência A3 de Mahony, cujo tem a função de
inibição do desejo miccional e é objeto de estudo na reeducação do assoalho pélvico.
(BARACHO, 2007).
O assoalho pélvico é o conjunto de estruturas que dá suporte às vísceras abdominais e
pélvicas. Consiste dos músculos coccígeos (M. isquiococcígeo) e elevadores do ânus (M.
puborretal, pubococcígeo, íleococcígeo), que conjuntamente são chamados de diafragma
pélvico, que é atravessado à frente pela vagina e uretra e ao centro pelo canal anal.
(BODANESE, 2007).
Os músculos do assoalho pélvico têm importantes funções, contraem-se para manter a
continência urinaria e fecal e relaxam-se permitindo o esvaziamento intestinal e vesical,
evitam o deslocamento dos órgãos pélvicos e participam da responsividade sexual feminina
normal, sendo extremamente distendidos para permitir o parto. (BEREK, 2005).
Eles estão dispostos em três planos: plano profundo, constituindo o diafragma pélvico; o
plano médio, que se compõe do esfíncter externo da uretra (músculo essencial na
continência), e os dois transversos profundos, representando uma sustentação visceral,
sobretudo para a base visceral; e o plano superficial que possui um eixo bi-isquiático que se
constitui de um verdadeiro plano musculoso aponeurótico e separa a região perineal em duas
11
zonas, um triângulo anterior onde estão situados os músculos bulbocavernosos e
isquiocavernosos, e um triângulo posterior, onde está situado o músculo esfíncter externo do
ânus. (BODANESE, 2007).
A musculatura do assoalho pélvico é constituída histomorfologicamente por dois tipos de
fibras: as do tipo I (70%), de contração lenta, que em condições de repouso, mantêm o tônus
continuamente e auxilia a fáscia endopélvica, responsável pelas vísceras pélvicas, e as fibras
do tipo II (30%) de contração rápida, que permitem uma resposta imediata a mudanças súbitas
na pressão abdominal com contração muscular reflexa e intensa. O que faz com que isto tenha
uma grande importância no mecanismo de continência urinária. (BODANESE, 2007).
Os nervos destinados ao períneo são ramos dos 2°, 3° e 4° nervos sacrais, podendo
receber contribuição eventual de S1 e S5. O nervo pudendo é formado pela união de dois
ramos do plexo sacral próximo ao ligamento sacroespinal, passando posteriormente a este e
deixando a cavidade pélvica através do forame isquiático maior. Após curto trajeto na região
glútea, ele penetra no períneo através forame isquiático menor. O nervo passa para frente no
canal pudendo e por meio de seus ramos, supre o músculo esfíncter do ânus e os músculos e
pele do períneo. (MORENO, 2004).
12
3.2 INCONTINÊNCIA URINÁRIA FEMININA
As disfunções do trato urogenital feminino são problemas comuns e complexos. Sendo
os mais encontrados: disfunções da bexiga, e incontinência urinária. A IU é mais freqüente
que a incontinência fecal e suas conseqüências resultam em uma má integração social,
gerando nos indivíduos por ela acometida isolamento, depressão, perda da auto-estima, e uma
qualidade de saúde inadequada. (PORTER, 2005).
A IU feminina é um problema mundial de saúde que com o aumento da expectativa de
vida torna-se uma condição que acomete um número cada vez maior de pessoas, gerando um
prejuízo clínico, social, sexual, psíquico e econômico à paciente. Onde o impacto econômico
para a sociedade e para a mulher incontinente é enorme, envolvendo custos com protetores,
médicos, tratamento e diagnóstico. (KENTON, 2006).
Diversas teorias foram formuladas visando justificar a fisiologia da continência
urinária: a clássica teoria das equalizações das pressões intra-abdominais (ENHORNING,
1967) que serviu de base, por muito tempo, para o desenvolvimento de novas alternativas
terapêuticas; a Teoria Integral (PETRUS & ULMISTEN, 1990), a mais aceita, atualmente,
que explica os diferentes tipos de incontinência, através da laceração da parede vaginal e dos
ligamentos pélvicos. (BARACHO, 2007).
A teoria de Petrus buscou explicar, de forma conjunta, os mecanismos fisiopatológicos
envolvidos não apenas na incontinência urinária de esforço, mas também na urgência
(polaciúria, noctúria), alterações do esvaziamento vesical e intestinal, além da dor pélvica
crônica. De acordo com essa teoria, as alterações da tensão aplicada pelos músculos e
ligamentos sobre as fáscias justapostas à parede vaginal determinam a abertura ou o
fechamento do colo vesical e da uretra. Alterações de tensão sobre a vagina determinariam,
também, ativação prematura do reflexo miccional, desencadeando contrações involuntárias do
detrusor e levando a perdas urinárias indesejáveis. (BARACHO, 2007).
A elasticidade vaginal e seu sistema de sustentação e de suspensão geram uma força
anterior que mantém a uretra fechada durante o repouso. Ela depende da integridade tecidual,
dos componentes vascular e conjuntivo, que estão relacionados diretamente com o estímulo
hormonal, e de particularidades constitucionais como tipo de colágeno e componentes da
matriz extracelular de cada indivíduo. (PRIOR, 2006).
13
Figura 1: Teoria Integral da Continência.
Fonte: http://www.uroginecologia.com.br/index/?q=node/12
Os Fatores de Risco que estão relacionados com a IU estão descritos abaixo. (COSTA,
2008):
•
Idade: As alterações do trato genital associadas à idade predispõem a pessoa idosa ao
quadro de incontinência.
•
Presença de infecção do trato urinário: Risco de IU é três vezes maior em pacientes que
apresentem quadro de infecção do trato urinário.
•
Obesidade: Risco de IU é maior em pacientes obesas.
•
Paridade: Risco de IU são maiores em mulheres previamente submetidas partos cesáreos
ou vaginais em comparação às nulíparas, devido distensão da Musculatura do Assoalho
Pélvico.
•
Via dos partos: Segundos alguns estudos, o parto vaginal apresenta um risco maior de IU
do que o parto cesáreo.
•
Cirurgias prévias: Essas cirurgias devem ser documentadas e especificadas. A
histerectomia pode comprometer as relações anatômicas e o suprimento vascular e nervoso
dos órgãos pélvicos.
•
Doenças neurológicas: Algumas delas podem levar à incontinência, como esclerose
múltipla, doença de Parkinson, acidente vascular encefálico ou trauma raquimedular.
14
De acordo com Almeida, 2006. A Incontinência Urinária é classificada de acordo com
a sintomatologia, ela pode ser de esforço, urgência, mista e por transbordamento.
A Incontinência Urinária de Esforço (IUE) acontece devido a uma deficiência no suporte
vesical e uretral que é feito pelos músculos do assoalho pélvico e ou por fraqueza ou lesão do
esfíncter uretral. Essa condição leva a perda de urina durante o aumento da pressão intraabdominal, como tossir, espirrar, correr, rir, pegar peso, levantar da posição sentada para de
pé ou ate mesmo andar. Geralmente não ocorrem perdas urinarias durante o repouso e durante
o sono. (ALMEIDA, 2006).
A Incontinência Urinária de Urgência (IUU) ocorre como conseqüência da hiperatividade
detrusora (HD). Denominamos HD quando o músculo detrusor apresenta contração
involuntária. Para a preservação da continência urinária é fundamental que a bexiga apresente
função normal e a pressão intravesical deve permanecer relativamente baixa e constante
durante todo o enchimento. (ALMEIDA, 2006).
A Incontinência Urinária Mista é a combinação da Incontinência Urinária de Esforço e de
Urgência, ou seja, uma insuficiência uretral associada com hiperatividade detrusora.
(ALMEIDA, 2006).
Incontinência Urinária por Transbordamento acontece quando a bexiga não é esvaziada
por longos períodos, tornando-se tão cheia que a urina simplesmente transborda. Isso pode
acontecer quando existe diminuição da sensibilidade ou da contratilidade vesical ou, ainda,
quando existe uma obstrução uretral crônica. (ALMEIDA, 2006).
3.3. PREVALÊNCIA E IMPLICAÇÕES CLÍNICAS DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA
A prevalência da incontinência urinária varia de acordo com a população, faixa etária,
porém, sabe-se que ela aumenta com o envelhecimento. Assim, estudos populacionais
explanaram que pelo menos 40% das mulheres irão apresentar alguma vez em suas vidas, um
episódio de IU, porém, apenas 20% dessas mulheres tornam-se sintomáticas o bastante para
necessitar de auxílio clínico. Estudos epidemiológicos revelam uma prevalência de
incontinência que varia de 20% a 50%, sendo que 50% das pacientes apresentam
incontinência urinaria de esforço, 30-40% incontinência mista e 10-20% incontinência de
urgência. (CONCEIÇÃO, 2005).
15
A incontinência urinária é um problema comum que pode afetar mulheres de todas as
idades. A perda da continência urinária pode afetar até 50 % das mulheres em alguma fase de
suas vidas, trazendo grandes implicações em sua qualidade de vida. A evolução da
sintomatologia da incontinência urinária pode ocasionar isolamento social, perda da função
sexual e outros problemas psicossociais, permitindo que estes tenham uma percepção negativa
sobre seu estado geral de saúde. (FONSECA, 2005).
Quanto aos índices que apontam a prevalência e incidência da IU, estes dependem das
características da população estudada como a idade, o sexo, as condições físicas e mentais,
além da definição de incontinência adotada e das condições de saúde geral da população alvo.
(SILVA, 2005).
Os índices de prevalência da IU feminina sofrem variação de acordo com a
metodologia adotada em cada estudo. Na população norueguesa, entre mulheres com 20 anos
ou mais, a prevalência de IU foi de 25% (2); no entanto, considerando as mais idosas, entre 80
e 89 anos, estes índices foram de 46% (3). Em jovens, principalmente aquelas que realizam
atividade física intensa como atletas, dançarinas e militares, com idade média de 19,9 a 31,8
anos, os estudos apontaram índices de 28% a 51% (4-6). (HIGA, 2006).
Ao gerar implicações negativas nos âmbitos emocional, social e econômico tanto para
o indivíduo incontinente, como para seus amigos, familiares e cuidadores, a IU representa um
desafio para profissionais da saúde, na busca de formas alternativas de abordagem e
tratamento do problema, o que tem sido constantemente subestimado, principalmente em
nosso meio. (SILVA, 2005).
3.4. ABORDAGEM SOBRE A QUALIDADE DE VIDA DA MULHER COM
INCONTINENCIA URINARIA
A qualidade de vida (QV) pode ser entendida como uma construção social relativizada
por fatores culturais, com características subjetivas, bidirecionais, multidimensionais e
mutáveis. (ABREU, 2006)
A QVRS, por sua vez, recebe influência do conceito de saúde proposto pela
Organização Mundial de saúde (OMS) e designa uma série de modelos conceituais que
definem o construto por meio de dimensões da vida e da percepção individual da saúde. Nessa
perspectiva, entende-se que os funcionamentos físicos e emocionais repercutem diretamente
16
sobre a QV enquanto as anormalidades biológicas a influenciam indiretamente devido a sua
relação causal com a doença e com a incapacidade física. (ABREU, 2006)
O termo qualidade de vida (QV) tem enfoque multidimensional e seu conceito é
subjetivo. Apesar de possuir muitas definições, é sabido que tem o intuito de avaliar o efeito
de determinados conhecimentos e aquisições na vida das pessoas. Entre eles estão incluídas as
condições de saúde física, funções cognitivas, a satisfação sexual, as atividades do cotidiano,
o bem estar emocional e a vida familiar e social. (AUGE, 2005).
A expressão qualidade de vida foi mencionada pela primeira vez na década de 20,
entretanto, só teve seu âmbito na área da saúde no final dos anos 50, quando era medida por
meio da morbidade e da mortalidade. (ABREU, 2006).
Com o passar dos anos a qualidade de vida, firmou-se como importante variável tanto
para a prática clínica, quanto para a pesquisa científica na área da saúde, para melhor avaliar
desfechos de pesquisas ou efeitos de intervenção , assim como, seu impacto no bem estar
físico psicológico e social da paciente. (NOGUEIRA, 2008).
O interesse em mencionar a qualidade de vida em relação aos cuidados da saúde
aumentou nos últimos anos, ao ponto de a Organização Mundial de Saúde (OMS) iniciar um
projeto de avaliação internacional de qualidade de vida, levando em consideração decisões de
tratamento, utilização de novos fármacos e políticas de pesquisa. A maior parte dos
instrumentos de medida da qualidade de vida é baseada em questionários que avaliam os
diversos aspectos e dimensões da vida dos pacientes como o físico, o psicológico, o social, o
desempenho geral, a dor, o sono e os sintomas específicos das doenças. (FONSECA, 2005).
A incontinência urinária diminui a qualidade de vida da mulher, tornando sua vida
limitada, pois o uso diário de absorventes, o custo com medicamentos, à freqüência miccional
aumentada, o odor característico da urina, as restrições de determinadas atividades físicas e as
perdas de urina durante o ato sexual levam ao constrangimento e ao afastamento social.
(REIS, 2008)
A perda de qualquer função fisiológica, como a capacidade de repleção e
esvaziamento vesical adequado, mesmo que temporários, é limitante e afeta aspectos sociais e
psicológicos, com importante comprometimento da qualidade de vida da paciente. Por isso, a
Sociedade Internacional de Continência (ICS) têm recomendado que um questionário de
qualidade de vida seja incluído em todo e qualquer estudo sobre incontinência urinária.
(FONSECA, 2005; AUGE, 2005).
Existem na literatura muitos questionários que abordam a qualidade de vida em
mulheres com incontinência urinária; os questionários genéricos são de fácil administração e
17
compreensão, mas têm como inconveniente apresentar dimensões gerais, que podem ser
pouco sensíveis as alterações clínicas que as pacientes venham a apresentar. Já os
questionários específicos avaliam aspectos próprios da gravidade e do impacto dos sintomas
da vida das pacientes. (FONSECA, 2005; RETT, 2007).
Como a incontinência urinária, tem grande impacto na qualidade de vida das
pacientes, um instrumento para mensuração da qualidade de vida permitirá avaliar o resultado
do tratamento escolhido e facilitará a comparação de estudos realizados em diferentes locais,
utilizando diferentes tratamentos, em populações semelhantes. (NOGUEIRA, 2008).
4. METODOLOGIA
4.1 TIPO DE ESTUDO
Foi adotado um estudo de coorte prospectivo, com levantamento de dados qualitativos
e quantitativos por meio de amostra aleatória.
4.2. LOCAL DA PESQUISA
A pesquisa foi realizada na Unidade Básica de Saúde da Pratinha em Belém-PA.
4.3. ASPECTOS ÉTICOS
A pesquisa foi realizada de acordo com a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de
Saúde (2000), com a aprovação da professora orientadora (Anexo I), após a autorização do
Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade da Amazônia e com o aceite voluntário do Termo
de Consentimento Livre Esclarecido – TCLE (Apêndice I) pelas pacientes.
4.4. AMOSTRA
18
Participaram da pesquisa 100 (cem) mulheres, que foram escolhidas de forma
aleatória, e divididas em dois grupos, sendo o primeiro formado por 32 (trinta e duas)
mulheres com incontinência urinária e 68 (sessenta e oito) sem incontinência urinária. Na
faixa etária entre 30 e 80 anos.
4.5. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO
Foram utilizados como critérios de inclusão, mulheres com idade de 30 a 80 anos, com
e sem Incontinência Urinária, não portadora de doenças neurológicas associadas, que
assinaram ao TCLE, que responderam ao Questionário Especifico de Incontinência Urinária
(ANEXO I), (AMARO, 2005) e que freqüentem a Unidade Básica de Saúde da Pratinha. E no
critério de exclusão todos que não se enquadram nos Critérios de Inclusão.
4.6. COLETA DE DADOS
A pesquisa aconteceu no ambulatório geral da Unidade Básica de Saúde da Pratinha,
com uma amostra composta por 150 mulheres, sendo que somente 100 aceitaram participar da
pesquisa, onde (32) tinham Incontinência Urinária e (68) não, a faixa etária era de 30 a 80
anos, onde a coleta aconteceu de forma aleatória, individual e as mesmas não foram
identificadas, garantindo total sigilo no estudo.
O levantamento de dados ocorreu no período de março a maio de 2009, no turno
matutino. Inicialmente, as participantes receberam instruções explicativas do presente estudo,
seguidas de instruções em relação ao questionário, e foram convidadas a participar da
pesquisa, onde as que aceitaram participar assinaram o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido e responderam ao Questionário específico de Incontinência Urinária (AMARO,
2005), (ANEXO I), este era composto de (72) questões e dividido em cinco partes: 1 identificação; 2 - avaliação específica dos sintomas como relação entre esforço, perda
urinária, circunstância da perda de urina, antecedentes obstétricos, problemas relacionados ao
armazenamento de urina e antecedentes cirúrgicos; 3 - efeitos psicossociais da doença;
composição familiar e serviços de saúde utilizado pelo paciente. Ressaltando que só foram
utilizadas as questões de nº 01 a 23, 25, 26, 28, 29, 31, 43, 50, 52,53 para o as mulheres com
19
Incontinência urinária e as questões de nº 17 a 29 para as mulheres sem Incontinência
Urinária. Onde foi aplicado pelas acadêmicas do 8º semestre de Fisioterapia da Universidade
da Amazônia: Alyne Castelo Almeida e Andreza Fernanda Castro Santos.
.
4.7. ANÁLISE DE DADOS
Na análise estatística aplicaram-se métodos estatísticos descritivos e inferenciais. O
método estatístico descritivo foi aplicado para demonstrar através de tabelas e gráficos a
evolução causada pela intervenção. O método estatístico inferencial foi aplicado através de
métodos não paramétricos (teste do Qui-Quadrado). O teste do Qui-Quadrado foi aplicado
com o objetivo de analisar as distribuições das variáveis de IUE, IUU e IUM. O teste Exato de
Fisher e o teste t de Student foram aplicados para comparação de médias dos grupos com e
sem incontinência urinária.
O nível de significância adotado foi de 5% para rejeição da hipótese de nulidade. Os
valores significativos foram assinalados com asterisco (*). O software utilizado para o
resultado do estudo foi o BioEstat 5.0.
20
5. RESULTADOS
A Tabela 1 mostra a análise de diversas variáveis. O número das participantes da
pesquisa que foram distribuídas em dois grupos: o grupo com incontinência composto de
(n=32) e o grupo sem incontinência com (n=68), tendo como significância de IU (p = 0, 0005)
para o total da amostra. A média de idade das mulheres com incontinência de (54 ± 11.6), e
tempo de perda urinária de (60.1± 84.8) e das mulheres sem Incontinência Urinária, média de
idade de (47 ± 13.0) anos. Com significância estatística nos dois grupos (U = 726,00; p = 0,
0075). Em relação ao IMC das participantes pode-se analisar que não houve significância
estatística, fato que pode ter sido influenciado pelo tamanho da amostra. Já se referindo a
média do número de gravidezes, observou-se que um resultado altamente significativo (p = 0,
0001). A média de parto normal e o número de histerectomias não tiveram significância
estatística no presente estudo. Já o número de cirurgias para perda de urina feita pelas
mulheres com incontinência teve um alto valor significativo (p = 0, 0055) no estudo.
Variáveis
Número de participantes
Média de Idades
IMC
Média Número de Gravidezes
Média Parto Normal
Número de Histerectomias
Número de Cirurgias para perda de xixi
* Altamente Significativo
Com IU
32
54
27.4
53
28
8
12
Sem IU
68
47
25.4
105
51
13
1
Estatística
QQ = 12.25
U = 726.00
t = -1.60
QQ = 32.49
QQ = 1.365
QQ = 0.169
QQ = 7.962
p valor
0.0005*
0.0075*
0.112
< 0.0001*
0.243
0.681
0.0055*
Tabela 1: Distribuição das diferentes variáveis levando em consideração o perfil amostral.
Fonte: Coleta de dados.
21
A Tabela 2 mostra que das 32 participantes com incontinência urinária, (17)
começaram a apresentar os primeiros sintomas de perda urinária a partir do nascimento do
primeiro filho, (3) após realização de uma cirurgia, (11) começaram a sentir os sintomas sem
nenhuma causa específica e (1) não teve correlação com nenhum desses sintomas.
Foi depois de:
Nascimento do filho
Após a Cirurgia
Não teve relação com nada
Não preenchido
Total
Com
Incontinência
17
3
11
1
32
Tabela 2: Referente aos sintomas do início da perda urinária das participantes.
Fonte: Coleta de dados
Em relação à análise da variável das formas de ocorrência de perda urinária, a grande
parte das mulheres n(12) com perda urinária foi devido aos esforços (tossir, espirrar ou
carregar peso), conforme se observa na Tabela 3.
Ocorre perda de xixi quando:
Tosse, espirra ou carrega peso
Sorri, anda rápido, corre ou desce escadas
Quando levanta da cama
Quando dorme
Perde sem perceber
Nada acontece
Total
Nunca
9
29
31
31
28
30
158
Tabela 3: Relata as formas de perda urinária das participantes.
Fonte: Coleta de dados
Às vezes
4
1
2
7
Sempre
12
2
1
1
2
2
20
Total
25
32
32
32
32
32
185
22
O Figura 2 está relacionada à perda de urina ao sentir vontade de ir ao banheiro, onde
das 32 mulheres com incontinência, 13% delas nunca perderam urina, 52% perdem urina às
vezes e 35% sempre perdem urina quando sentem vontade de ir ao banheiro.
Figura 2: Perda de urina ao sentir vontade de ir ao banheiro.
4; 13%
11; 35%
Sempre
Às vezes
Nunca
16; 52%
Fonte: Pesquisa de campo
p = 0, 029 (Significativo)
Abordou-se também como variável, a ocorrência de infecções na bexiga, constatandose que n(21) participantes com IU tiveram infecções na bexiga e n(10) não tiveram. Conforme
observado na tabela 4.
Infecção
Incontinência
Total
Bexiga
Sim
Não
21
21
Sim
42
10
47
Não
57
Total
31
68
99
Tabela 4 – Relacionada às participantes que tiveram Infecção na Bexiga.
Fonte: Pesquisa de campo.
Qui Quadrado = 10, 383 p < 0, 0001 (Altamente Significativo)
23
Também foi analisado nas mulheres como elas iriam se sentir se passassem o resto da
vida com incontinência urinária, verificando-se na tabela 5 que a maioria das participantes
n(28) iriam se sentir desconfortável com essa situação.
Maneira de se
Incontinência
Total
Sentir
Sim
Não
28
2
Desconfortável
30
2
0
Infeliz
2
1
0
Terrível
1
Total
31
2
33
Tabela 5 – Maneira que a paciente se sentirá se permanecer com IU o resto da vida.
Fonte: Pesquisa de campo
Disposição dos dados inviabiliza a construção de teste de hipóteses.
24
6. DISCUSSÃO
O primeiro aspecto observado diz respeito à incidência de acordo com a faixa etária,
observando-se que 32% das mulheres com IU possuem a média de idade de 54 anos, 68% das
mulheres sem IU a média foi de 47 anos. Logo, este fato corrobora com a afirmação de
Guedes (2006), no qual a incidência de incontinência urinária na mulher aumenta com a
idade, tornando-se mais evidente após a menopausa.
Freitas, Menke e Rivoire (2002), estimam que 45% da população feminina apresentam
algum tipo de incontinência e dessas, 50% apresentam a incontinência urinária de esforço.
(BELÃO, 2004). Os resultados deste estudo apontam a mesma tendência, pois 37,5% do total
das mulheres com IU que participaram do estudo apresentaram incontinência urinária de
esforço.
Na avaliação da obesidade pelo IMC, constatou-se significativo aumento do peso
corpóreo na IU, correlação também observada por outros autores. Observou-se, ainda, que a
obesidade foi um fator de piora na IU. (AMARO, 2005). Entretanto os dados citados acima
discordam com o nosso estudo, pois o resultado obtido pelo IMC das participantes, não teve
significância em relação à incontinência urinária.
A literatura ressalta que a intensidade com que ocorre a IU (pequena, moderada ou
severa), irá influenciar a qualidade de vida da mulher incontinente, ou seja, quanto maior o
volume urinário perdido maior será a implicação negativa. (LOPES, 2006). Logo tais achados
são enriquecedores para a atual pesquisa, pois em relação à quantidade de perda urinária, foi
encontrado um n= 12 do total das participantes com IU que perdem grande quantidade de
urina causando assim uma grande implicação negativa, deixando as muito desconfortáveis.
Outro dado analisado no presente estudo foi o fato da maioria das mulheres
incontinentes apresentarem infecções urinárias no decorrer de suas vidas, isso mostra que esse
fator tem relevância importante quando se trata da incontinência urinária. Os resultados são
relevantes com a afirmação de Silva, 2005, onde diz que a infecção do trato urinário é
considerada como um dos fatores concorrentes ou mesmo causais da IU, à medida que piora o
comportamento da bexiga já instável, ao aumentar o número e a freqüência de suas contrações
involuntárias.
25
Observou-se também, a carência de estudos qualitativos voltados à percepção das
perdas urinárias e sua implicação na qualidade de vida da mulher incontinente, o que
dificultou a discussão dos resultados alcançados e, por essa razão, sugere-se que pesquisas,
metodologicamente similares, sejam implementadas com vista à melhor compreensão dos
dados obtidos.
26
7. CONCLUSÃO
Os resultados do presente estudo demonstraram que a incidência da Incontinência
Urinária aumenta com o envelhecimento, apresentando uma maior prevalência na IU de
esforço. O estudo permitiu concluir que a IU causa um impacto negativo importante e
substancial sobre a QV das mulheres.
Em relação ao IMC das participantes pode-se analisar que não houve significância
estatística, fato que pode ter sido influenciado pelo tamanho da amostra. Concluiu-se também
que as maiorias das mulheres incontinentes apresentaram infecções urinárias no decorrer de
suas vidas, isso mostra que esse fator tem relevância importante quando se trata da
incontinência urinária.
Encontramos dificuldades na realização da pesquisa devido a falta de estudos
direcionados a prevalência e implicações da IU, portanto sugere-se que sejam implementadas
mais pesquisas, metodologicamente similares, com vista à melhor compreensão dos dados
obtidos.
27
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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30
ANEXOS
31
9. ANEXO I - QUESTIONÁRIO ESPECÍFICO DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA
ESTUDO DA PREVALÊNCIA DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM UMA AMOSTRA
DA POPULAÇÃO FEMININA DE BELÉM - PA
Data
Nº
IDENTIFICAÇÃO:
Nome: ____________________________________________________________
Data nascimento: ........./ ........ / .............
Endereço: _________________________________________________________
Cidade: _________________________
CEP: ________________________
Fone: ___________________
ÁREA
CENTRAL
INTERMEDIÁRIA
PERIFÉRICA
AVALIAÇÃO ESPECÍFICA DOS SINTOMAS
1.
A senhora perde xixi? Mesmo que seja só de vez em quando: SIM
*NÃO
*(caso responder NÃO, responder diretamente as questões de número 17 até 29).
2. Há quanto tempo a senhora perde xixi? _____________ (meses).
3. Foi depois de: (Marcar com X pode ser mais de uma resposta).
Nascimento do filho
Durante a gravidez
Após uma cirurgia
Não teve relação com nada
4. Outro (qual?) __________________________________.
OCORRE PERDA DE XIXI QUANDO: ( MARCAR COM X , E PODE SER MAIS QUE
UMA RESPOSTA)
Nunca
5
Tosse ou espirra ou carrega peso
6
Sorri, anda rápido, corre e sobe escadas
7
Quando levanta da cama
Às vezes
Sempre
32
8
Quando dorme
9
Perde sem perceber
10 Nada acontece
11. Fica perdendo xixi direto?
SIM
NÃO
12. Usa protetores de calcinha ou “panos”?
SIM
NÃO
13. Quantos a Sra. usa por dia: _________________
MODO QUE PERDE XIXI
14. Quando sente vontade de fazer xixi a Sra. consegue segurar o xixi ou perde xixi antes de
chegar até o banheiro?
sempre
Às vezes
Nunca
PERDE XIXI
15. Quando você faz força você perde
A maior parte de xixi
Moderada porção de xixi
Pequena porção de xixi
16. Quando não dá tempo de chegar ao banheiro você perde:
A maior parte de xixi
Moderada porção de xixi
Pequena porção de xixi
PROBLEMAS DE ARMAZENAMENTO E MICCIONAIS
17. Ocorre dor em região da bexiga quando a bexiga esta cheia?
sim
não
18. Quantas vezes faz xixi por dia: __________
19. Tem que levantar durante a noite para fazer xixi?
sim
não
20. Tem que fazer força para começar a fazer xixi? sim
21. Qual é a quantidade de xixi?
pequena
às vezes
não
média
grande
RESPONDER QUANTAS VEZES FICOU GRÁVIDA E COMO TEVE OS FILHOS
22. PARTO NORMAL
23. QUANTOS: _______
SIM
NÃO
33
24. PIOROU A PERDA DE XIXI APÓS:
SIM
NÃO
25. CIRURGIA NA BARRIGA ( CESÁREA) SIM
NÃO
26. QUANTOS: _______
27. PIOROU A PERDA DE XIXI APÓS:
SIM
NÃO
28. ABORTOS (PERDEU CRIANÇA):
SIM
NÃO
30. PIOROU A PERDA DE XIXI APÓS:
SIM
NÃO
TIPOS DE CIRURGIA QUE JÁ FEZ
31. Retirada do útero SIM
NÃO
32. Cirurgia na cabeça: SIM
NÃO
29. QUANTOS: _______
33. Quantas vezes: _____
34. Cirurgia de coluna: SIM
NÃO
35. Quantas vezes: _____
35. Outras cirurgias:
SIM
NÃO
36. Quantas vezes: _____
37. Ocorre perda de cocô
SIM
NÃO
38. Já fez tratamento da perda de xixi?
39. Que tipo de tratamento?
SIM
NÃO
REMÉDIO
CIRURGICO
40. Se tomou remédio, qual ? _______________________________________
41. Por quanto tempo tomou remédio? ________________ (MESES)
42. Qual o resultado?
MELHOROU
PIOROU
43. SE FEZ CIRURGIA PARA PERDA DE XIXI?
SEM ALTERAÇÕES
SIM
NÃO
QUE TIPO FOI?
44. PELA VAGINA, SIM
NÃO
45. Quantas vezes foi operada? ______________
46. PELA BARRIGA, SIM
NÃO
47. Quantas vezes foi operada? ______________
QUAL O RESULTADO DE CADA CIRURGIA?
48. PELA BARRIGA
49. PELA VAGINA
MELHOROU
MELHOROU
50. Teve infecção na bexiga?
SIM
PIOROU
SEM ALTERAÇÕES
PIOROU
SEM ALTERAÇÕES
NÃO
51. Quantas no último ano? ___________________
34
SE A SENHORA FICAR O RESTO DA SUA VIDA COM ESSE PROBLEMA DE PERDA
DE XIXI.
52. A senhora vai se sentir de que jeito?
Feliz
Desconfortável
Bem
Infeliz
Mais ou menos
Terrível
53. PESO: ____________ Kg
54. ALTURA: ____________ Cm
PARTE 2 – SUA FAMÍLIA
Composição Familiar
55
56
57
58
59
Relação c/ chefe
Escolaridade
Ocupação
Ocupação Entrevistada
Tamanho Familiar
Tipo Familiar
Quantos anos de escolaridade
Renda Percapta em SM
SERVIÇOS DE SAÚDE UTILIZADOS PELA FAMÍLIA
60. PÚBLICOS
SIM NÃO
61. ARE
SIM NÃO
62. HC – UNESP
SIM NÃO
63. CENTRO DE SAÚDE
SIM NÃO
64.Qual? ___________________________________
65. PRIVADOS
SIM
NÃO
QUAL O VÍNCULO?
66 PARTICULAR
67 UNIMED
OUTROS CONVÊNIOS
68
LOCAL:
69
70
71
CONSULTÓRIO
Santa Casa
ABHS
S
S
S
S
S
S
N
N
N
N
N
N
72. O Sra já procurou atendimento médico para este problema?
Renda
35
SIM
73
75
Local1
Quantas vezes
NÃO
74
Local2
Por causa deste problema a senhora:
SIM
76
77
78
79
Se isolou da familia
Se isolou dos amigos
Não sai de casa
Todas
NÃO
36
APÊNDICES
37
10. TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
PREVALÊNCIA E IMPLICAÇÕES CLÍNICAS DA INCONTINÊNCIA
URINÁRIA EM MULHERES DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
EM BELÉM DO PARÁ
Você está sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa acima citado. O documento
abaixo contém todas as informações necessárias sobre a pesquisa que estamos fazendo. Sua
colaboração neste estudo será de muita importância para nós, mas se desistir a qualquer
momento, isso não causará nenhum prejuízo a você.
Eu, ____________________________________________, residente e domiciliado na,
_________________________________________________
portador
da
Cédula
de
identidade, RG ______________ , e inscrito no CPF/MF_______________________
nascido(a) em _____ / _____ /_______ , abaixo assinado(a), concordo de livre e espontânea
vontade em participar como voluntário(a) do estudo Prevalência e Implicações clínicas da
incontinência urinária em mulheres de uma Unidade Básica de Saúde em Belém do
Pará.
Estou ciente que:
I)
O estudo se faz necessário para que se possam descobrir a prevalência e implicações da
Incontinência Urinária em mulheres que freqüentam a Unidade Básica de Saúde da Pratinha.
II)
Os dados serão coletados na Unidade Básica de Saúde, através do questionário de
Incontinência Urinária realizado pelas acadêmicas de Fisioterapia Alyne Castelo Almeida e
Andreza Castro Santos.
III)
Esse questionário será aplicado apenas para este estudo e em nada influenciará o meu
tratamento; não vai me curar; não vai me causar nenhum problema.
IV)
A participação neste projeto não tem objetivo de me submeter a um tratamento, bem como
não me acarretará qualquer ônus pecuniário com relação aos procedimentos médico-clínicoterapêuticos efetuados com o estudo;
38
V)
Tenho a liberdade de desistir ou de interromper a colaboração neste estudo no momento em
que desejar, sem necessidade de qualquer explicação;
VI)
A desistência não causará nenhum prejuízo à minha saúde ou bem estar físico. Não virá
interferir no atendimento ou tratamento médico;
VII)
Os resultados obtidos durante este ensaio serão mantidos em sigilo, mas concordo que sejam
divulgados em publicações científicas, desde que meus dados pessoais não sejam
mencionados;
VIII) Caso eu desejar, poderei pessoalmente tomar conhecimento dos resultados, ao final desta
pesquisa.
( ) Desejo conhecer os resultados desta pesquisa.
( ) Não desejo conhecer os resultados desta pesquisa.
Belém,____ de _______________de 2009
Testemunha 1 : _______________________________________________
Nome / RG / Telefone
Testemunha 2 :
___________________________________________________
Nome / RG / Telefone
Responsável pelo Projeto:
Profª. Nazete dos Santos Araújo ( CREFITO: 16295, ESPECIALISTA EM SAÚDE DA MULHER)
ACD: ALYNE CASTELO ALMEIDA ( 8120-7522) ,ACD: ANDREZA SANTOS ( 8878-5850)
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prevalência e implicações clínicas da incontinência