RELATO DE EXPERIÊNCIA: ELABORAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DE
PROTOCOLO DE PREVENÇÃO DE DERMATITE ASSOCIADA À
INCONTINÊNCIA
Danielly dos Anjos Freschi 1 Fernanda Marchiori Moraes2 Giovana Ribau Picolo
Peres3
Introdução: A manutenção da integridade cutânea é uma das preocupações dos
profissionais de enfermagem. Isso porque, o extrato córneo – camada superficial da pele
– confere uma barreira protetora, evitando lesões cutâneas decorrentes de possíveis
fatores extrínsecos. Ao se considerar uma série de fatores ambientais que se relacionam
com a idade e afetam a eficiência da barreira de hidratação da pele, tem-se aumento do
risco de dermatite associada à incontinência (DAI) relacionada ao envelhecimento e,
como concomitantemente, há maior risco de incontinência urinária e fecal nessa faixa
etária. A ocorrência envolve períneo, grandes lábios, virilha, glúteos e escroto decorrente
da exposição à urina e nas regiões perianal e prega Inter glútea decorrente de exposição
às fezes. Mediante ao exposto, considera-se de suma importância que o enfermeiro esteja
instrumentalizado para o cuidado de qualidade, para isso, é necessário existir
profissionais envolvidos e qualificados que orientem a prevenção e o tratamento por meio
de protocolos institucionais competentes e seguros, considerando que a padronização dos
produtos é fator decisivo na eficácia e na redução dos custos. Objetivos: Este trabalho
tem como objetivo relatar a experiência da elaboração e implantação de um protocolo de
prevenção e tratamento de DAI, em uma rede de hospitais particular de grande porte da
cidade de São Paulo. Método: O Protocolo foi elaborado a partir do Consenso de DAÍ e
através da escolha e padronização de materiais específicos para prevenção e tratamento
de DAÍ. Foi instituído para todos os pacientes com incontinência o uso do creme barreira
em todas as trocas, para pacientes incontinentes que evoluíam com hiperemia foi
adicionado após o banho película protetora sem ardor em lenços de espuma e após e em
todas as outras trocas creme barreira, quando havia desnudação mantivemos a película
protetora sem ardor em lenços de espuma após o banho e em todas as trocas a utilização
de creme a base de vitamina B5 associada ao hidrocolóide pó. Sempre reavaliando a cada
72h. Depois de elaborado e aprovado, foi realizado treinamento da equipe de Enfermagem
do hospital, a fim de capacitar toda a equipe a aplicar o protocolo. Resultados: Após a
capacitação das equipes, foi possível observar uma redução das ocorrências de DAI e
também de suas complicações. Conclusão: A implantação do Protocolo juntamente com
o treinamento de toda a equipe de enfermagem resultou em uma maior conscientização
da importância da vigilância sobre a integridade da pele do paciente e consequentemente
a um cuidado de melhor qualidade. Estas intervenções somadas levaram a uma queda
significativa na incidência de DAI na Instituição e maior envolvimento dos membros da
equipe de Enfermagem nas ações de Preventivas. Considerações finais: Ainda há a
necessidade de maiores estudos sobre a prevalência das dermatites em ambiente
hospitalar, mas as evidencias diárias demonstram que com boas práticas de assistência é
possível prevenir a integridade da pele.
Palavras chave: Dermatite , incontinência urinária, incontinência fecal
Referências :
Gray M, Bliss DZ, Doughty DB, Emer Seltun J, Kennedy-Evans KL, Palmer MH. Dermatite
Associada a Incontinência – Um consenso sobre o tema. J wound Ostomy Continence Nurs. 2007;
34(1):45-54.
BLACK, JOYCE M et al. MASD Part 2: Incontinence-Associated Dermatitis and Intertriginous
Dermatitis - A Consensus. J Wound Ostomy Continence Nurs. 2011;38(4):359-370.
Denat Y, Khorshid L. The effect of 2 different care products on incontinence-associated
dermatitis in
patients with fecal incontinence. J Wound Ostomy Continence Nurs. 2011; 38(2):171-6.
1
Enfermeira Estomaterapeuta do Hospital São Camilo- Pompéia, Pós-graduada em
Estomaterapia e Enfermagem em Dermatologia e mail: [email protected]
2
Enfermeira Estomaterapeuta do Hospital São Camilo- Santana, Pós graduada em
Estomaterapia
3
Enfermeira Estomaterapeuta do Hospital São Camilo- Ipiranga, Pós-graduada em
Estomaterapia
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