ENVELHECIMENTO POPULACIONAL E SAÍDA
DO MERCADO DE TRABALHO: QUAL É A
IDADE?
Ana Amélia Camarano
Solange Kanso
Daniele Fernandes
Junho, 2013
MOTIVAÇÕES
• A redução do crescimento populacional e da força de
trabalho e o seu envelhecimento estão requerendo a
manutenção do trabalhador brasileiro na ativa o maior
número de anos possível.
• Idade avançada e invalidez resultam em perda de
capacidade laborativa que podem levar à saída precoce da
atividade econômica.
SAÍDA PRECOCE DA
FORÇA DE TRABALHO?
• Invalidez: doenças crônicas advindas da idade, acidentes,
condições de trabalho inadequadas etc.
• Outros incentivos: o valor do benefício previdenciário, a
legislação previdenciária em vigor, o custo de oportunidade
por esta saída, a necessidade de complementação de renda
etc.
• No Brasil, a posse de um benefício previdenciário não
significa necessariamente que um indivíduo deixe o mercado
de trabalho, pois a legislação permite a volta do aposentado
para a atividade econômica sem nenhuma penalidade. Isto
só não ocorre para as pessoas que se aposentam por
invalidez.
OBJETIVO DO TRABALHO
• Estudar o processo de saída dos trabalhadores da atividade
econômica ou entender como a transição para a inatividade
está ocorrendo no Brasil.
• Buscar entender em que momento da vida (idade) os
indivíduos deixam o mercado de trabalho e passam a
receber o benefício da aposentadoria e que fatores levaram
a isto.
ALGUMAS PERGUNTAS
• Os indivíduos se aposentam e deixam o mercado de trabalho
ou continuam trabalhando?
• Qual o impacto do valor do benefício previdenciário e/ou da
pensão por morte na permanência do indivíduo no mercado
de trabalho?
• Quem continua trabalhando: os mais ou os menos
escolarizados?
• Por que trabalhadores alcançam a idade mínima e não
requerem o benefício previdenciário?
ASSUME-SE QUE
• A relação entre envelhecimento e perda da capacidade
laborativa não é estática. Nem todos os idosos (60 anos ou
mais) perderam a capacidade de trabalhar.
• A transição da situação de ativo para inativo é gradual,
sendo difícil estabelecer um divisor de águas.
• Essa relação muda no tempo e é diferenciada por regiões,
sexo, idade, escolaridade, recebimento de algum benefício
social etc.
FONTE DE DADOS
• Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 1998, 2003,
2008 e 2011 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
e
• Registros administrativos do Ministério da Previdência
Social.
OUTLINE
1. Introdução
2. Mudanças na composição etária, por sexo e escolaridade da
força de trabalho brasileira: taxas de entrada e saída
3. Comparações Internacionais
4. Legislação previdenciária: idade mínima para o
recebimento do beneficio previdenciário e idade ao seu
início.
 Diferenças por gênero
5. A participação no mercado de trabalho do aposentado
OUTLINE
6. A saída da atividade econômica por invalidez (acidentária e
previdenciária): fatores responsáveis
 Diferenças por gênero
 Acidentes e Doenças incapacitantes
7. A saída da atividade econômica por idade: fatores
determinantes
 Diferenças por gênero
8. Considerações Finais
ALGUNS RESULTADOS
• Tendência à estabilidade na idade à concessão dos
benefícios previdenciários para ambos os sexos entre 1992 e
2010 (homens – 51,5 e mulheres – 52,4);
• A idade média à aposentadoria por invalidez acidentária
apresentou uma tendência ascendente para ambos os sexos,
mas de forma mais acentuada para as mulheres.
ALGUNS RESULTADOS
ALGUNS RESULTADOS
Taxas médias de saída da PEA por morte ou retiro profissional:
Homens:
• as taxas por retiro profissional aumentaram entre 1998 e
2008;
• as saídas por morte diminuíram no período.
Mulheres:
• as taxas de saídas são similares às dos homens, embora
tenham padrões de participação e de mortalidade
diferentes.
ALGUNS RESULTADOS
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