A CQCT: uma atualização Douglas Bettcher, Médico, PhD Diretor, Iniciativa Livre de Tabaco Organização Mundial da Saúde 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Objetivo Uma atualização sobre a Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco da OMS (CQCT da OMS) Tema da CQCT da OMS do Dia Mundial Sem Tabaco de 2011 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health 2 Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco da OMS Primeiro tratado global de saúde negociado sob os auspícios da OMS 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health A CQCT da OMS Estabelece o controle do tabaco como uma prioridade de saúde pública Fornece uma ferramenta baseada em indícios para a adoção de sólidas medidas de controle do tabaco Introduz um mecanismo para compromisso e responsabilidade por parte dos países 174 partes; Ilhas St. Kitts e Nevis, a parte mais recente Signatários da CQCT da OMS: 168 Entrada em vigor: 27 de fevereiro de 2005 3 A Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health 4 A abordagem da Convenção-Quadro A Convenção-Quadro é a base de um processo mais amplo para a criação da lei internacional Foi precursora na área do meio ambiente, com tratados ambientais como o Tratado do Ozônio, a Convenção-Quadro sobre Mudanças Climáticas Diretrizes e protocolos fazem parte desse processo contínuo e gradual A abordagem da Convenção-Quadro facilita o desenvolvimento permanente e contínuo da lei internacional 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health 5 A Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health 6 Diretrizes adotadas pela COP A Conferência das Partes (COP) estabeleceu grupos de trabalho para a elaboração das diretrizes e recomendações sobre a implementação dos diferentes artigos da CQCT da OMS Durante a COP4 foram adotadas diretrizes para os Artigos 12 e 14 Artigo 12: “educação, comunicação, treinamento e conscientização pública” Artigo 14: “exigência de medidas de redução quanto à dependência e cessação do tabaco” Diretrizes parciais para os Artigos 9 e 10 sobre a “Regulamentação dos conteúdos dos produtos de tabaco” e a “Regulamentação das divulgações dos produtos de tabaco” Diretrizes em desenvolvimento sobre os Artigos 17 e 18: “Provisão de suporte para atividades alternativas economicamente viáveis” e “Proteção do ambiente e da saúde das pessoas” 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health 7 A Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health 8 Protocolo sobre o comércio ilegal de produtos de tabaco Decisão da CQCT/COP4(11) A COP prolongou o mandato do organismo de negociação intergovernamental para a sessão final (INB 5, Genebra, 5-10 de março de 2012) com o propósito de finalizar o texto da minuta de um protocolo que visa eliminar o comércio ilícito dos produtos de tabaco 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health 9 A Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health 10 Artigo 6: Medidas de preço e tributação para redução da demanda O grupo de trabalho foi estabelecido durante a COP4 Decisão da CQCT/COP4(13) Grupo de trabalho: Formado por peritos em tributação e saúde Apresentar um relatório de andamento ou, se possível, fazer a minuta das diretrizes de implementação do Artigo 6 para análise da Conferência das Partes (durante a COP5) Considerar o relatório preparado pela Iniciativa Livre de Tabaco da OMS sobre políticas de preço e tributação e apresentado na COP4 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health 11 A Convenção-Quadro para Controle do Tabaco 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health 12 Artigo 21: Apresentação de relatórios e intercâmbio de informações Cada Parte apresentará à Conferência das Partes, por meio da Secretaria, relatórios periódicos sobre a implementação da CQCT da OMS Do relatório de progresso global preparado pela Secretaria da Convenção em 2010 Número total de partes que enviaram relatórios pelo menos uma vez — 135 De acordo com a decisão da CQCT/COP1(14), a Secretaria da Convenção preparou e enviou à COP quatro relatórios de andamento global sobre a implementação da CQCT da OMS A partir de 2012, os relatórios de andamento globais serão preparados a cada dois anos, de acordo com o novo ciclo de relatórios, e submetidos à consideração de cada sessão normal da COP Decisão da CQCT/COP4(16) 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health 13 Desafios do comércio Liberalização do comércio, tabaco e a implementação da CQCT da OMS Philip Morris (PMI) X Uruguai Philip Morris (PMI) X Austrália Lei C-32 Canadá 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Proibição de aditivos 14 Comércio do tabaco = consumo de produtos de tabaco Aumento do comércio de tabaco acarreta consequências à saúde Reduzir as barreiras ao comércio de tabaco leva a: Aumento da oferta, preços mais baixos Maior concorrência do produtos, preços mais baixos, aumento dos gastos publicitários, proliferação de marcas, principalmente no contexto de mulheres e grupos de baixa renda O investimento estrangeiro direto relacionado ao tabaco produz o tabaco transnacional com forte presença local que permite intenso lobby das autoridades do governo 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health 15 Mercados dos países em desenvolvimento são alvo A indústria conhece muito bem o poder do livre comércio para abrir os mercados dos países em desenvolvimento “A remoção das barreiras [de comércio] abrirá maiores oportunidades para nós” —PM “[P]ensar nas estatísticas do tabagismo da China é como tentar pensar sobre os limites do espaço sideral” —Rothmans 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health 16 Mercados dos países em desenvolvimento são alvo Estratégias agressivas para expandir o comércio global e lograr a penetração no mercado dos países em desenvolvimento e nas economias dos mercados emergentes Chegaram aos mercados da América Latina nos anos 60; às economias recém-industrializadas da Ásia nos anos 80; mercados da África, China e Europa Oriental na década de 90 Jovens e mulheres são os principais alvos das campanhas 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health 17 Visão da Iniciativa Livre de Tabaco (TFI) Visão Reduzir o ônus de doença e mortes causadas pelo tabagismo, protegendo portanto as gerações presentes e futuras das consequências devastadoras sanitárias, sociais, ambientais e econômicas geradas pelo tabagismo e pela exposição à fumaça do tabaco Razão de ser da TFI Dar suporte à implementação da CQCT da OMS 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health 18 Identificação das “melhores compras” de como lidar com o tabagismo OMS: ajudar os países a implementar a CQCT da OMS Fator de risco Intervenções/ ações, “melhores compras” Ônus evitável Eficiência de custo Custo de implementação Viabilidade Efeito combinado de 25-35 milhões de AVAI evitados (>50% ônus do tabaco) Grande eficiência de custo Custo muito baixo Altamente viável; forte estrutura (CQCT da OMS) Eficiência de custo razoável Baixo custo razoável Viável (cuidados primários) Proteger as pessoas da fumaça do tabaco Tabagismo (>50 milhões de AVAIs) 3,7% do ônus global Alertar sobre os perigos do tabaco Aplicar a proibição da publicidade do tabaco Aumentar os impostos sobre o tabaco Oferecer aconselhamento para os fumantes Fonte: Relatório global sobre doenças não contagiosas, 2010, http://www.who.int/nmh/publications/ncd_report2010/en 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health 19 Pacote para reverter a epidemia do tabaco (MPOWER) Monitoramento do tabagismo e políticas de prevenção Proteger as pessoas contra a fumaça do tabaco Oferecer ajuda para a cessação Warn — Alertar sobre os perigos do tabaco Enforce — Aplicar as proibições de publicidade, promoção e patrocínio do tabaco Raise — Aumentar os impostos sobre o tabaco 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health 20 Esforços estão alcançando resultados Cerca de 1,1 bilhão de pessoas recém-cobertas pelas medidas completas de controle do tabaco em 2010 Fonte: Relatório da OMS sobre a epidemia global do tabaco, 2011. 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health 21 Artigos 20 e 21, Monitoramento do tabagismo e políticas de prevenção O monitoramento do tabagismo e as políticas de prevenção — o monitoramento é essencial para os esforços de controle do tabaco Fornece dados nacionais e globais precisos sobre o tabagismo Mensura a eficiência das políticas de controle do tabaco 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health MPOWER — nível da melhor prática: 59 países 22 Artigo 8, Proteger as pessoas contra a fumaça do tabaco Todas as partes devem chegar a uma proibição abrangente em todos os locais públicos e de trabalho 100% livre de fumaça no prazo de cinco anos da homologação do tratado A proibição deve incluir ambientes fechados de escritórios, restaurantes, bares, instituições de saúde e instalações de transporte público Sem exceção de áreas separadas para fumantes (quer tenham sistemas de ventilação separados ou não) 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health MPOWER — nível da melhor prática: 31 países * *16 países adotam o livre de fumaça desde 2008 23 Artigo 14, Oferecer ajuda para a cessação do tabagismo Os esforços de cessação do tabaco são eficazes Aconselhamento de cessação incorporado aos serviços de atenção básica de saúde (viável e eficiente) Números de ligação gratuita (linhas para cessação) Terapia farmacológica (TRN) pode dobrar ou triplicar as taxas de cessação 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health MPOWER — nível da melhor prática: 19 países 24 Artigos 11 e 12, Alertar sobre os perigos do tabaco Artigo 11: cada parte deve adotar e implementar medidas eficazes de embalagem e rotulagem dentro de um prazo de três anos após a entrada em vigor da Convenção para aquela Parte 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health 25 Artigos 11 e 12, Alertar sobre os perigos do tabaco Várias advertências em rotação e mensagens em mais de 50% da superfície principal e pictogramas coloridos de advertências de saúde em todas as principais áreas de superfície/exibição Conteúdo das mensagens com autoridade, informações e sem crítica sobre os efeitos nocivos à saúde, resultados econômicos e sociais adversos, o impacto do tabagismo em pessoas queridas, e aconselhamento sobre a cessação MPOWER — nível da melhor prática: 19 países * *23 países fizeram uma campanha de comunicação em massa sobre a melhor prática nos últimos dois anos 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health 26 Artigo 13, Aplicar proibições Aplicar as proibições de publicidade, promoção e patrocínio do tabaco Diretrizes do artigo 13 Cada Parte deve, de acordo com sua constituição ou princípios constitucionais, adotar uma proibição abrangente de toda publicidade, promoção e patrocínio do tabaco no prazo de 5 anos da entrada em vigor, incluindo a publicidade alémfronteira com origem no seu território MPOWER — nível da melhor prática: 19 países 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health 27 Artigo 13, Aplicar proibições 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health 28 Artigo 6, Aumentar os impostos sobre o tabaco “As Partes reconhecem que medidas de preços e impostos são meios eficazes e importantes para a redução do consumo de tabaco”. O aumento dos impostos sobre o tabaco é a melhor forma de reduzir o consumo Os jovens são particularmente afetados pelos impostos do tabaco A melhor prática é cobrar impostos 75% acima do preço de varejo MPOWER — nível da melhor prática: 27 países 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health 29 Artigo 6, Aumentar os impostos sobre o tabaco 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health 30 Relatório global sobre o controle do tabaco (GTCR) Uma série de relatórios que acompanham a situação da epidemia do tabaco e o impacto das intervenções adotadas para sustá-la Os indicadores centrais do controle do tabaco são atualizados através da avaliação da legislação de controle do tabaco dos países As estimativas padronizadas de prevalência do tabagismo são calculadas baseadas nas pesquisas disponíveis 2011 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health 31