FACULDADE OPET
CURSO MBA EM GESTÃO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
GESTÃO DA INFORMAÇÃO COM SISTEMAS INFORMATIZADOS - UM ESTUDO
DE CASO DA SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ
CURITIBA
2010
VANDERLEI STICA DE CASTRO
GESTÃO DA INFORMAÇÃO COM SISTEMAS INFORMATIZADOS - UM ESTUDO
DE CASO DA SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ
Monografia apresentada como Trabalho de
Conclusão de Curso, Curso de MBA em Gestão de
Tecnologia da Informação, Faculdade OPET.
Orientador Prof. Jackson Luis Schirigatti
CURITIBA
2010
Dedico este trabalho com muito carinho à Ana Paula, esta mulher incrível
que incentivou e deu bastante força para que eu concluísse esta
monografia. Como muitas outras coisas desde que nos conhecemos, a
realização deste trabalho teve muito a ver com o fato de tê-la a meu lado.
Suas sugestões, idéias, pesquisas e organização exemplar contribuíram
para a melhoria da qualidade do trabalho como um todo.
Agradeço às minhas filhas Thais e Tatiane, que compreenderam a
importância deste trabalho e aceitaram ter um pouco menos de minha
atenção durante sua elaboração. Amo vocês!
Agradeço à CELEPAR, que me incentivou a fazer o curso MBA em Gestão
de Tecnologia da Informação, assim como os colegas de trabalho desta
empresa que me auxiliaram com troca de conhecimentos e respostas aos
questionários.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................6
1.1 JUSTIFICATIVA ....................................................................................................6
1.2 OBJETIVO GERAL ...............................................................................................7
1.2.1 Objetivos específicos .........................................................................................7
1.3 COLETA DE INFORMAÇÕES ..............................................................................8
1.4 COMO ESTÁ ORGANIZADO O TRABALHO........................................................8
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................10
2.1 DADO, INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO ......................................................10
2.2 GESTÃO DA INFORMAÇÃO ..............................................................................11
2.3 SISTEMA.............................................................................................................11
2.4 SISTEMA DE INFORMAÇÃO .............................................................................12
2.5 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO......................................................................13
2.6 GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO................................................14
2.7 GESTÃO PÚBLICA .............................................................................................15
2.8 LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE PÚBLICA...........................................................17
2.9 SESA – SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ .........................18
2.10 GSUS – SISTEMA DE GESTÃO DA ASSISTÊNCIA DE SAÚDE DO SUS ......19
2.11 CELEPAR – COMPANHIA DE INFORMÁTICA DO PARANÁ ..........................21
3 METODOLOGIA ....................................................................................................23
3.1 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA..............................................................................23
3.2 PESQUISA EXPLORATÓRIA (ESTUDO DE CASO)..........................................23
4 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS ...............................................................27
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................31
6 REFERÊNCIAS......................................................................................................34
7 APÊNDICES ..........................................................................................................37
RESUMO
Este trabalho apresenta um estudo de avaliação e análise da gestão da informação através de
sistemas informatizados na SESA - Secretaria de Estado da Saúde do Paraná. Foram considerados
os sistemas de informação que dão apoio à assistência à saúde e que são desenvolvidos e mantidos
pela CELEPAR - Companhia de Informática do Paraná. A TI - Tecnologia da Informação é uma aliada
no processo de gestão da informação e auxilia no cumprimento do princípio de eficiência esperado
pelos órgãos da administração pública, como a SESA. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica com o
objetivo de fundamentar os conceitos aqui utilizados, além de citar leis e atribuições dos órgãos
governamentais envolvidos neste estudo (SESA e CELEPAR). Também foi feito um levantamento
dos sistemas informatizados existentes na SESA e um estudo do GSUS - Sistema de Gestão da
Assistência de Saúde do SUS, que é um dos sistemas da SESA com maior potencial para aumentar
a eficiência da gestão da informação. Durante o desenvolvimento do trabalho foi feita uma pesquisa
de campo através da aplicação de um questionário com profissionais que atuam nas áreas de saúde
e TI abordando pontos positivos e negativos do uso da tecnologia da informação na gestão da saúde
do governo do Paraná. As respostas formatadas desse questionário estão nos apêndices desta
monografia. Finalizando foi realizada uma análise geral da situação atual da gestão da informação na
SESA e forram feitas algumas considerações para a melhoria do processo como um todo.
Palavras-chave: gestão da informação, tecnologia da informação, saúde, governo.
6
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho apresenta um estudo de caso da gestão da informação com o
uso de sistemas informatizados na SESA (Secretaria de Estado da Saúde do
Paraná).
Segundo Gil (2010), o estudo de caso é a alternativa mais adequada para a
investigação de determinado fenômeno dentro de um contexto. Num estudo de caso
a análise e interpretação dos dados acontece simultaneamente à sua coleta. Ou
seja, a análise se inicia desde a primeira leitura de documento, da primeira
entrevista, etc.
Foi feita a avaliação e análise das alternativas na área de assistência à saúde
considerando-se a política de informatização adotada pela SESA e pela CELEPAR
(Companhia de Informática do Paraná), bem como a gestão da informação gerada
pelos sistemas existentes. A CELEPAR está bastante envolvida neste processo
porque atua diretamente no desenvolvimento de sistemas e em grande parte da
gestão de TI (Tecnologia da Informação) da SESA.
O contexto desse estudo engloba os sistemas já existentes e sistemas que
venham a ser desenvolvidos e que poderão ser implantados no setor administrativo
ou nas unidades de saúde (hospitais, ambulatórios, laboratórios, farmácias, etc) sob
a administração do governo estadual por intermédio da SESA.
1.1 JUSTIFICATIVA
De acordo com Herrera (2007), o tratamento e a correta gestão da informação
são fatores diferenciadores de sucesso nas organizações.
“Os sistemas de informação poderão contribuir significativamente para a
solução de muitos problemas empresariais. Assim, o esforço das empresas deve-se
concentrar nos níveis superiores dos Sistemas de Informação Empresariais, ou seja,
Sistemas de Informação Estratégicos e de Gestão.” (REZENDE & ABREU, 2008, p.
37).
7
“Sistemas e tecnologias de informação tornaram-se componentes vitais
quando se pretende alcançar o sucesso de empresas e organizações e, por essa
razão,
constituem
um
campo
de
estudo
essencial
em
administração
e
gerenciamento de empresas.” (O’BRIEN, 2004, p. 3).
Ishibashi (2007) afirma que as atividades da Administração Pública devem
seguir alguns princípios, caso contrário é caracterizado desvio de finalidade ou de
poder e conseqüentemente ocorre a nulidade dos atos administrativos. Um desses
princípios é o princípio da eficiência, que exige que a atividade administrativa seja
realizada com presteza, perfeição e rendimento funcional, ou seja, da melhor forma
possível.
A SESA, como órgão da Administração Pública, deve fazer uso da TI para
obter resultados eficientes, garantindo armazenamento e fácil acesso aos dados. O
ideal é que existam sistemas informatizados que possibilitem a padronização dos
principais serviços de assistência à saúde oferecidos por suas unidades. Com esta
padronização é possível que sejam feitos os registros de atendimentos de forma
uniforme, o que permite fazer levantamentos estatísticos e um fácil resgate de dados
e informações relevantes de pacientes, atendimentos, serviços e outros.
1.2 OBJETIVO GERAL
Avaliar e analisar como é feita a gestão da informação com a utilização de
sistemas informatizados pela SESA.
1.2.1 Objetivos específicos
i) Revisar conceitos e fundamentos sobre gestão da informação e assuntos
relacionados;
ii) Revisar conceitos e fundamentos sobre legislação de saúde pública e sobre
as atribuições da SESA e da CELEPAR;
8
iii) Fazer um levantamento dos sistemas informatizados existentes e
implantados na SESA que se referem à área de saúde;
iv) Verificar a existência de algum planejamento de evolução ou integração de
sistemas ou ainda algum projeto novo na área de saúde para a SESA;
v) Avaliar, através de questionários, pontos fortes e pontos fracos na
utilização da TI para gestão da saúde do governo do Paraná através da SESA;
vi) Descrever, baseado na análise dos itens iii, iv e v, a situação atual da
gestão da informação com sistemas informatizados realizada pela SESA e fazer
considerações sobre a possibilidade de melhoria do processo como um todo.
1.3 COLETA DE INFORMAÇÕES
“Convém aos pesquisadores assegurarem-se das condições em que os
dados foram obtidos, analisar em profundidade cada informação para descobrir
possíveis incoerências ou contradições e utilizar fontes diversas, cotejando-as
cuidadosamente.” (GIL, 2010, p. 30).
As informações contidas nesta monografia são provenientes de várias fontes.
Durante o desenvolvimento do trabalho foram coletadas informações de livros, leis
federal e estadual, sítios de internet e documentos da CELEPAR e da SESA. Além
disso, foi realizado um questionário com algumas pessoas, para posterior análise
dos dados.
1.4 COMO ESTÁ ORGANIZADO O TRABALHO
No capítulo 1 foram descritas introdução, justificativa do trabalho, objetivos
gerais e específicos, detalhes sobre a coleta de informações e forma de organização
do trabalho em si.
No capítulo 2 foi abordada a fundamentação teórica, com a realização da
revisão bibliográfica de conceitos importantes relacionados com gestão da
informação. Também foram abordadas questões de gestão pública, legislação sobre
9
saúde pública, atribuições da SESA e da CELEPAR, levantamento dos sistemas
informatizados existentes na SESA e um estudo sobre o GSUS (Sistema de Gestão
da Assistência de Saúde do SUS).
No capítulo 3 foi descrita a metodologia de pesquisa empregada para o
desenvolvimento de todo o trabalho.
No capítulo 4 foi feita a descrição e análise dos dados pesquisados.
No capítulo 5 foram realizadas as considerações finais. Inicialmente verificouse se os objetivos específicos do trabalho foram alcançados, em seguida foi
realizada a análise da situação da gestão da informação com o uso de ferramentas
informatizadas feita pela SESA e por fim foram feitas considerações para melhoria
deste processo.
No capitulo 6 foram explicitadas as referências bibliográficas.
Por fim, no capítulo 7 foram colocados os apêndices, contendo as respostas
dos questionários utilizados para análise, essas respostas foram formatadas para
facilitar a consulta.
10
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A seguir é apresentada uma revisão bibliográfica com o objetivo de
estabelecer conceitos e definições importantes que servem como base para a
fundamentação e compreensão deste trabalho.
2.1 DADO, INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO
De acordo com Rezende e Abreu (2008), dado pode ser entendido como um
elemento da informação ou ainda um conjunto de letras, números ou dígitos. Este
conjunto tomado isoladamente não contém nenhum significado claro.
“Os dados são uma representação dos fatos, conceitos ou instruções de uma
maneira normalizada que se adapte à comunicação, interpretação e processamento
pelo ser humano ou através de computadores.” (COELHO, 2009).
“Informação é todo dado trabalhado, útil, tratado, com valor significativo
atribuído ou agregado a ele e com um sentido natural e lógico para quem usa a
informação.” (REZENDE & ABREU, 2008, p. 36).
Coelho (2009) afirma que informação é um produto, uma substância ou
matéria. Correlacionando os conceitos de dado e informação, pode-se dizer que a
informação quando está apenas no computador ou no papel é reduzida para forma
de dados, pois estes não conseguem entender o significado contido na mensagem,
dependendo então de uma pessoa fazer a leitura dessa mensagem para que esta
volte a ser informação.
Segundo Rezende e Abreu (2008), uma informação que é “trabalhada” por
pessoas ou por recursos computacionais e que possibilita a geração de cenários,
simulações e oportunidades, pode ser chamada de conhecimento. De uma outra
forma, pode-se conceituar conhecimento como o complemento da informação com
valor relevante e de propósito definido.
“O conhecimento está sempre sendo produzido na mente de indivíduos que usam
seu potencial intelectual em processos, tendo em vista produzir algo de valor para os
outros indivíduos. Através do andamento da informação, seja no campo da
criatividade, do desenvolvimento ou da socialização, estamos usando, criando e
disseminando conhecimento.” (COELHO, 2009).
11
“Atualmente, as pessoas vêem-se obrigadas a lançar mão do conhecimento pessoal
para falar sobre a informação, diferenciando dados, informações e conhecimento. O
conhecimento é uma informação valiosa da mente humana, que inclui reflexão,
síntese e contexto. Normalmente, é de difícil estruturação, trabalhosa captura em
máquinas, freqüentemente tácito ou subentendido, de transferência dificultosa e
complexo de gestionar.” (DAVENPORT & PRUSACK apud REZENDE & ABREU,
2008, p. 36).
2.2 GESTÃO DA INFORMAÇÃO
“A Gestão da Informação é um processo que consiste nas atividades de
busca, identificação, classificação, processamento, armazenamento e disseminação
de informações, independentes do formato ou meio em eu se encontra (seja em
documentos físicos ou digitais).” (TEIXEIRA, 2008).
Segundo Teixeira (2008), o objetivo da gestão da informação é garantir que
as informações cheguem às pessoas que delas necessitam e no momento certo
para tomadas de decisões.
Herrera (2007) afirma que nas empresas a gestão da informação é bastante
facilitada a partir da utilização da TI, através dos diversos softwares que têm o
propósito de prover o correto tratamento da informação.
“A Gestão da informação reflete o conhecimento que a organização tem de si
própria na percepção e consciência de suas forças e fraquezas concernentes ao
capital humano, tecnologia e metodologias e, a partir daí, implementar posturas
estratégicas com base nas competências existentes e nas por desenvolver.”
(HERRERA, 2007).
2.3 SISTEMA
“Sistema pode ser definido simplesmente como um grupo de elementos interrelacionados ou em interação que formam um todo unificado.” (O’BRIEN, 2004, p.
7).
12
Para O’Brien (2004), um sistema é um grupo de componentes que se
relacionam a fim de atingir um objetivo comum, estes recebem insumos e produzem
resultados a partir de um processo organizado de transformação. Esse sistema,
também chamado de sistema dinâmico possui três componentes básicos em
interação:
- Entrada: é a captação e reunião de elementos que serão processados pelo
sistema;
- Processamento: é o processo de transformação que transforma as entradas
(insumos) em saídas (produtos);
- Saída: é a transferência dos elementos produzidos por um processo de
transformação ao seu destino final.
“São diversos os conceitos de sistema, porém modernamente destacam-se os
seguintes:
- conjunto de partes que interagem entre si, integrando-se para atingir um objetivo ou
resultado;
- partes interagentes e interdependentes que conjuntamente formam um todo unitário
com determinados objetivos e efetuam determinadas funções;
- em informática, o conjunto de software, hardware e recursos humanos;
- componentes da tecnologia da informação e seus recursos integrados;
- empresa e seus vários subsistemas.” (REZENDE & ABREU, 2008, p. 6).
2.4 SISTEMA DE INFORMAÇÃO
“Todo sistema, usando ou não recursos de Tecnologia da Informação, que
manipula e gera informações pode ser genericamente considerado Sistema de
Informação.” (REZENDE apud REZENDE & ABREU, 2008, p. 36).
Turban, McLean e Wetherbe (2004) definem sistema de informação como o
sistema que coleta, processa, armazena, analisa e dissemina informações com um
determinado objetivo. Como em qualquer outro sistema, o sistema de informação
inclui entradas (dados, instruções) e saídas (relatórios, cálculos). As entradas são
processadas para produzir saídas e estas são enviadas para o usuário ou para
outros sistemas. Como qualquer outro sistema, o sistema de informação opera
dentro de um ambiente. Vale lembrar que o sistema de informação não é
necessariamente computadorizado, mesmo que a maioria deles o seja.
13
De acordo com Turban, McLean e Wetherbe (2004), um sistema de
informação baseado em computador é um sistema de informação que utiliza a
tecnologia de computação para executar parcialmente ou totalmente as tarefas
desejadas. Esse sistema pode compor-se de apenas um computador pessoal ou
software, ou incluir muitos computadores de diversos tamanhos com centenas de
impressoras, plotadores e outros equipamentos, bem como redes de comunicação e
bancos de dados. Normalmente, um sistema de informação inclui também pessoas.
Os elementos básicos dos sistemas de informação são: hardware, software, banco
de dados, rede, procedimentos e pessoas. Importante salientar que nem todo
sistema possui todos esses elementos.
Segundo Turban, McLean e Wetherbe (2004), todos os sistemas de
informação têm um objetivo e um contexto social. Um objetivo bastante comum é
fornecer solução para um problema de negócio. O contexto social do sistema
consiste dos valores e das crenças que determinam o que é admissível e possível
dentro da cultura das pessoas e dos grupos envolvidos.
2.5 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Para Turban, McLean e Wetherbe (2004), a definição de TI diz respeito ao
aspecto tecnológico de um sistema de informação. TI inclui hardware, bancos de
dados, software, redes e outros dispositivos. Pode ser vista como um subsistema de
um sistema de informação. Em algumas situações, porém, o termo TI também é
usado para denominar um Sistema de Informação. Pode ainda ser usado em um
sentido mais amplo, para descrever um conjunto de diversos sistemas de
informação, usuários e gestão de uma empresa inteira.
Foina (2006) afirma que, para atingir seus objetivos, a TI municia-se com
modernas ferramentas baseadas em computadores, bancos de dados, sistemas de
comunicação de voz, dados e imagens, processamento de dados e imagens,
microfilmagem, jornais internos, etc., enfim, todos os recursos disponíveis para
garantir a integridade sistêmica de uma empresa.
Segundo Foina (2006), deve-se ressaltar que o resultado da ação da área de
TI numa empresa só pode ser aferido mediante o sucesso das demais áreas
14
envolvidas, ou seja, o esforço e a dedicação da área de TI não trazem resultados
para ela mesma, mas para as demais áreas e para o negócio da empresa.
Na opinião de Foina (2006), as tecnologias usadas para o tratamento de
informação na empresa, formam um arcabouço tecnológico consistente e
dimensionado para suportar os sistemas, normas e procedimentos que efetivamente
tratam as informações que fluem por essas tecnologias. As tecnologias por si só não
agregam valor, nem contribuem para o sucesso da empresa, se não estiverem
dando suporte e apoio aos sistemas corporativos integrados e coerentes com os
objetivos e missão da empresa. Os programas de computador, normas,
procedimentos, práticas, etc que se utilizam das tecnologias computacionais são
denominados Sistemas de Informações Empresariais (ou Corporativos). Assim,
segundo essa definição, o Sistema de Informação contempla a TI e todos os seus
sistemas computacionais, normas e procedimentos necessários para a sua correta
utilização.
2.6 GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
“Para atender à complexidade e às necessidades empresariais, atualmente
não se pode desconsiderar a Tecnologia da Informação e seus recursos disponíveis,
sendo muito difícil elaborar Sistemas de Informação essenciais da empresa sem
envolver esta moderna tecnologia.” (REZENDE & ABREU, 2000, p. 75).
De acordo com Rezende e Abreu (2000), a TI não deve ser tratada e
estudada de forma isolada. É necessário envolver e discutir as questões conceituais
dos negócios e as atividades empresariais, essas questões não podem ser
organizadas e resolvidas simplesmente com os computadores e seus recursos de
software, por mais tecnologia que detenham. A partir das questões dos negócios
empresariais, aparecem as questões comportamentais necessárias para uma
utilização efetiva dessas tecnologias.
Segundo Rezende e Abreu (2000), os conceitos de Planejamento Estratégico,
Sistemas de Informação e Gestão de TI e respectivos recursos devem ser
disseminados dentro da empresa e multiplicados entre as pessoas que trabalham na
15
mesma. Para isso, deve-se utilizar planos de capacitação e treinamento, bem como,
de recursos de marketing positivo da informação.
Na opinião de Rezende e Abreu (2000), para que ocorra a efetiva gestão da
TI é fundamental a análise de viabilidade (custos, benefícios mensuráveis e não
mensuráveis e respectivos resultados), considerando ainda, as ópticas da realidade
econômica, financeira e político-social da empresa e também o sucateamento das
tecnologias disponíveis no mercado, além das questões sociopolíticas do ambiente
organizacional que podem surgir decorrentes do impacto da TI implantada. O foco
principal na análise desses extremos está na adequação à necessidade da empresa.
Rezende e Abreu (2000) afirmam que, além da análise de custos, benefícios
e viabilidade, será necessário dar atenção para mais estes itens:
- respeitar a legislação vigente, evitando pirataria;
- estabelecer um plano de contingência para atender a eventuais deficiências
de funcionamento;
- focar a competitividade empresarial e não a tecnologia propriamente dita;
- elaborar um plano de gestão da mudança decorrente da introdução da
tecnologia no contexto organizacional.
2.7 GESTÃO PÚBLICA
Segundo Dias (2002), as palavras gestão e administração são utilizadas
cotidianamente por muitas pessoas. O intercâmbio desses dois termos é, muitas
vezes, feito de maneira indiscriminada. Muitos compreendem as duas palavras como
sinônimos, mesmo em produtos acadêmicos. Os dicionários da língua portuguesa,
como o Aurélio e o Michaelis também trazem gestão e administração como
sinônimos.
Partindo-se da afirmação acima, neste trabalho as duas palavras também
foram consideradas sinônimos, principalmente porque a maioria dos livros
consultados sobre o assunto usam mais a palavra administração, apesar de os
termos se misturarem com freqüência.
Ishibashi (2007) afirma que administrar pode ser entendido como dirigir,
governar, executar e prestar serviços para alcançar determinados resultados.
16
Refere-se à gestão dos interesses públicos executada pelo Estado (ente com poder
soberano em seu território), prestando serviços públicos ou intervindo na atividade
privada, sempre em benefício da sociedade.
“A expressão “Administração Pública”, no seu sentido amplo, é utilizada para
designar os entes que exercem a atividade estatal.” (ISHIBASHI, 2007, p. 18).
De acordo com Ishibashi (2007), Administração Pública é a gestão de bens e
interesses da comunidade, seja no âmbito federal, estadual ou municipal, segundo
os preceitos do direito e da moral, buscando-se o bem comum. À Administração
Pública se dá o encargo da defesa, conservação e aprimoramento dos bens,
serviços e interesses da coletividade. Dessa forma o administrador público deve
assumir junto à população o compromisso de bem servi-la. O interesse público pode
ser entendido como as aspirações ou vantagens licitamente almejadas por toda a
comunidade administrada, ou por parte expressiva de seus membros.
Para Ishibashi (2007), apesar da Administração Pública ter prerrogativas e
privilégios em relação à entes particulares, também está sujeita a algumas
restrições. Os princípios administrativos são postulados fundamentais, pois orientam
e conduzem a atuação do aparelho de administração pública.
“A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.” (ISHIBASHI, 2007,
p. 26).
Ishibashi (2007) esclarece os princípios citados:
- Princípio da Legalidade: prega a subordinação completa da Administração
Pública à lei;
- Princípio da Impessoalidade ou Finalidade: o objetivo fundamental da
Administração Pública é sempre o bem comum, o interesse coletivo, e não o
interesse particular;
- Princípio da Moralidade: comportamento ético dos administradores públicos
no exercício de suas funções;
- Princípio da Publicidade: transparência na condução da atividade
administrativa;
- Princípio da eficiência: execução da atividade administrativa com presteza,
perfeição e rendimento funcional.
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2.8 LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE PÚBLICA
Segundo a Lei Federal 8.080 (19 de setembro de 1990), no seu artigo 4º, “O
conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas
federais, estaduais e municipais, da administração direta e indireta e das fundações
mantidas pelo Poder Público, constitui o Sistema Único de Saúde – SUS.”. O
parágrafo 2º do mesmo artigo ainda afirma que “A iniciativa privada poderá participar
do Sistema Único de Saúde – SUS, em caráter complementar.”.
Sobre a direção do SUS, a Lei Federal 8.080 (19 de setembro de 1990), no
artigo 9º estabelece o seguinte:
“A direção do Sistema Único de Saúde – SUS é única, de acordo com o inciso I do
art. 198 da Constituição Federal, sendo exercida em cada esfera de governo pelos
seguintes órgãos: I -no âmbito da União, pelo ministério da Saúde; II -no âmbito dos
Estados e do Distrito Federal, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão
equivalente; e III -no âmbito dos Municípios, pela respectiva Secretaria de Saúde ou
órgão equivalente.”.
Com relação às atribuições do Estado do Paraná, a Lei Estadual 13.331 (23
de novembro de 2001), no seu artigo 2º define: “É dever do Estado, através da
Política Estadual de Saúde, e dentro de sua competência, prover as condições
indispensáveis ao exercício do direito à saúde, garantido a todo cidadão.”. A mesma
lei em seu artigo 7º estabelece: “A gestão do SUS é exercida, no Estado, pela
Secretaria de Estado da Saúde/Instituto de Saúde do Paraná - SESA/ISEP - e, no
Município, pela respectiva Secretaria Municipal de Saúde ou órgão equivalente,
ressalvadas as competências constitucionais e legais conferidas ao Governador do
Estado e aos Prefeitos Municipais.”.
Ainda sobre as competências do Estado, a Lei Federal 8.080 (19 de setembro
de 1990), em seu artigo 17º define:
“À direção estadual do Sistema Único de Saúde – SUS compete:
I - promover a descentralização para os Municípios dos serviços e das ações
de saúde;
II - acompanhar, controlar e avaliar as redes hierarquizadas do Sistema Único
de Saúde – SUS;
III - prestar apoio técnico e financeiro aos Municípios e executar
supletivamente ações e serviços de saúde;
IV - coordenar e, em caráter complementar, executar ações e serviços:
a)
de vigilância epidemiológica;
b)
de vigilância sanitária;
c)
de alimentação e nutrição; e
d)
de saúde do trabalhador;
18
V - participar, junto com os órgãos afins, do controle de agravos do meio
ambiente que tenham repercussão na saúde humana;
VI - participar da formulação da política e da execução de ações de
saneamento básico;
VII - participar das ações de controle e avaliação das condições e dos
ambientes de trabalho;
VIII - em caráter suplementar, formular, executar, acompanhar e avaliar a
política de insumos e equipamentos para a saúde;
IX - identificar estabelecimentos hospitalares de referência e gerir sistemas
públicos.”.
2.9 SESA – SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ
Para Ishibashi (2007), a Administração Direta é o conjunto de órgãos que
integram as pessoas federativas (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), aos
quais foi atribuída a competência para o exercício, de forma centralizada, das
atividades administrativas do Estado. Forma centralizada significa que a atividade é
exercida diretamente pelo Estado, através de seus órgãos de gerência interna
(ministérios, secretarias de Estado, etc).
Portanto, a SESA é um órgão público da administração direta do governo do
estado do Paraná. Suas atribuições estão explicitadas no Plano de Saúde 20082011 (2008):
“A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná – SESA tem como principais atribuições
formular, pactuar, implantar e implementar políticas de saúde para áreas prioritárias;
responder pela integralidade da atenção à saúde e participar do financiamento do
SUS. Em conjunto com os municípios e a União, a SESA apóia técnica, política e
financeiramente os municípios. Coordena e organiza processos de abrangência
estadual e que desenvolvam relações intermunicipais, formulando e implementando o
processo permanente de planejamento orientado por problemas e necessidades em
saúde para a construção do Plano Estadual de Saúde. Sua atribuição também é a de
regular, monitorar, avaliar e auditar as ações, os serviços e os sistemas de saúde.”.
Foi realizada uma pesquisa para identificar os sistemas de informação
existentes na SESA. De acordo com Ambiente Corporativo SESA (2009), Anexo 5
(2009) e Plano de Ação (2010), existem atualmente para atender as diversas
especificidades da Gestão da Saúde os seguintes sistemas informatizados:
- SHT – Sistema de Controle Hemoterápico (Estação Local);
- SHTWEB – Sistema Estadual de Informação de Controle Hemoterápico (WEB);
- HEMOVIDA – Sistema de Informação Hemoterápico (WEB);
- SIM – Sistema de Informação sobre Mortalidade (WEB);
- SINASC – Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (WEB);
19
- SINAN-NET – Sistema de Informação Nacional de Agravos de Notificação (Estação
Local);
- SISNET – Sistema Transmissor de Dados para SIM, SINASC e SINAN (Estação
Local);
- PPI – Sistema de Pactuação Programada Integrada (WEB);
- TABNET - Tabulador Estatístico (WEB);
- SOL - Sala de Situação Online da Saúde (WEB);
- GES - Sistema de Gestão de Eventos da Saúde (WEB);
- SESAGEO – Ferramenta de Geoprocessamento;
- SISMEDEX – Farmácia Excepcional (WEB);
- FARM – Farmácia Hospitalar (WEB);
- GAL – Gerenciador de Ambiente Laboratorial (WEB);
- SCL – Regulação de Consultas (WEB);
- SCL – Regulação de Leitos (WEB);
- TRANSMISSOR – Sistema Transmissor de AIH, BPA, CNES, APAC (WEB);
- GSUS – Sistema de Gestão da Assistência de Saúde do SUS (WEB);
- SIA – Sistema de Informação Ambulatorial (Estação Local);
- SIH – Sistema de Informação Hospitalar (Estação Local);
- SCNS – Sistema do Cartão Nacional de Saúde (Estação Local);
- SCNES – Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde (Estação Local);
- TRANSMISSOR – Sistema de Recepção de Arquivos dos Sistemas SIA, SIH e
SIAB (WEB);
- SYSMAT – Sistema de Estoque de Materiais (Estação Local);
- SYSMED – Sistema de Estoque de Medicamentos (Estação Local);
- SONIH – Sistema Online de Notificação de Infecção Hospitalar (WEB);
- SGIF – Sistema de Gestão de Informações Financeiras (WEB);
- INFLUENZA – Controle da Gripe A H1N1 (WEB).
“Pela importância que possuem no atendimento à população, compreende-se
o enquadramento destes sistemas como sendo de importância diferenciada para o
Governo, por suas características combinadas de complexidade, utilização
corporativa e grande volume de acessos.” (ANEXO 5, 2009).
2.10 GSUS – SISTEMA DE GESTÃO DA ASSISTÊNCIA DE SAÚDE DO SUS
20
Foi dedicado um item específico para o GSUS por se tratar do mais
significativo sistema atualmente em desenvolvimento pela CELEPAR e SESA e
também porque esse sistema tem grandes perspectivas de expansão nos próximos
anos.
Segundo Resumo GSUS (2010), o GSUS – Sistema de Gestão da
Assistência de Saúde do SUS está sendo desenvolvido pela CELEPAR e conta com
a parceria da SESA e do Ministério da Saúde.
“Este sistema de informação tem como objetivo prover mecanismos de gestão
dos serviços de assistência de saúde ambulatorial e hospitalar da Rede de Saúde
Pública do Paraná, estruturado sobre as regras do Sistema Único de Saúde
Brasileiro (SUS).” (RESUMO GSUS, 2010).
De acordo com Resumo GSUS (2010), o levantamento de requisitos do
GSUS foi iniciado no ano de 2007 e contou com a colaboração de várias instituições
hospitalares como hospitais universitários, hospitais da SESA, DATASUS/RJ, entre
outros.
Requisitos GSUS (2007) afirma que a informatização do sistema de saúde do
Paraná foi priorizada na gestão 2007-2010 do governo estadual. Dessa forma foi
designada à CELEPAR, SESA, SETI (Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e
Ensino Superior) e UFPR (Universidade Federal do Paraná) a elaboração de um
projeto de informatização. Foi então caracterizada a demanda de desenvolvimento
de uma solução para gestão de saúde do Estado do Paraná, o objetivo declarado
pela SESA foi o de elaborar um projeto multi-instituição, ou seja, uma solução única
que possa ser utilizada simultaneamente por hospitais, unidades de saúde e
unidades administrativas da SESA.
Segundo Requisitos GSUS (2007):
“-
Caracterizou-se
a
necessidade
de
uniformizar
os
processos
e
funcionalidades entre as instituições (integração dos serviços de assistência á
saúde);
- Existe o interesse da SESA sobre a gestão integrada das informações.”.
Conforme citado em Resumo GSUS (2010), em 2008 foi implantada, no
Centro Hospitalar de Reabilitação Ana Carolina Moura Xavier, em Curitiba, a
primeira versão do sistema. Atualmente o GSUS disponibiliza funcionalidades do
21
módulo ambulatorial (Abertura de Prontuário de Paciente, Controle de Agenda
Médica, Acolhimento de Paciente, Registro de Atendimento Médico, etc) e está
implantado em 4 unidades, sendo 3 hospitais e 1 ambulatório. O escopo do sistema
é bastante abrangente e por isso o mesmo está sendo desenvolvido em módulos, o
próximo módulo que será implantado e está em fase de desenvolvimento é o módulo
de internação. Posteriormente, de acordo com as prioridades definidas pela SESA
serão desenvolvidos outros módulos.
“O GSUS tem como propósito sistematizar o fluxo de assistência à saúde de
forma integrada com o complexo de regulação existente no SUS, o que permitirá a
estruturação dos procedimentos de programação, regulação de acesso, auditoria e
faturamento.” (RESUMO GSUS, 2010).
2.11 CELEPAR – COMPANHIA DE INFORMÁTICA DO PARANÁ
Ishibashi (2007) explica que sociedades de economia mista são pessoas
jurídicas de direito privado, precisam ser criadas por lei específica e o seu capital
social deve ter a participação do poder público e de particulares, sendo a maior parte
(mais que 50%) das ações com direito a voto pertencente ao poder público. Sua
função é realizar atividades econômicas de interesse coletivo e também serviços
públicos.
“A Companhia de Informática do Paraná - CELEPAR é uma Sociedade de
Economia Mista, criada pela Lei Estadual 4945, de 30 de outubro de 1964,
constituída por escritura pública lavrada em 05 de novembro de 1964, é a mais
antiga Empresa Pública de Informática no país.” (CELEPAR, 2010).
CELEPAR (2010) cita que a CELEPAR é uma empresa de capital fechado e
seu acionista majoritário é o Estado do Paraná. A missão da empresa é “Aproximar
Administração Pública e Sociedade, provendo Soluções de Tecnologia da
Informação e Comunicação”. A CELEPAR trabalha para que o Governo do Paraná
maximize os resultados da administração pública e dos serviços que presta ao
cidadão, através do uso e desenvolvimento de tecnologia da informação e
comunicação, instrumento cada vez mais determinante para o sucesso das ações
22
empresariais e de governo. Seu papel é realizar uma gestão inteligente desses
recursos no contexto do governo do estado.
Segundo Plano de Saúde 2008-2011 (2008),
“O Estado do Paraná possui atualmente uma rede física de informática bem
estruturada, baseada no apoio logístico e técnico da CELEPAR, com todas as
unidades interligadas por links de dados, permitindo acesso às informações de forma
on-line. Há que se modernizar o parque de computadores, pois a evolução nesta área
se dá de forma muito rápida, tornando os equipamentos obsoletos. Na construção de
sistemas, a CELEPAR tem hoje uma equipe de técnicos ainda pequena, mas
dedicada exclusivamente à Secretaria de Saúde, o que tem gerado sistemas de
informação como o SESAFARM, que foi adotado para todo Brasil pelo Ministério da
Saúde. A centralização dos sistemas em ambiente único na CELEPAR tem
contribuído para sua segurança, melhor performance e agilidade das informações.
Visando melhorar o processamento centralizado, o Estado liberou recurso para a
aquisição de 20 Blades com 2 processadores cada e uma Storage de cinco GB, que
ficarão exclusivamente para os Sistemas da SESA, como: SIM, SINASC, SINAN,
SESAFARM, SHT, SINAVISA, sistemas hospitalares em desenvolvimento.”.
De acordo com Plano de Ação (2010), cabe à CELEPAR: “Definir o
planejamento das ações de Tecnologia da Informação e Comunicação – TIC para a
SESA, alinhada com a estratégia da Gestão de Saúde Pública do Governo do
Estado do Paraná.”.
23
3 METODOLOGIA
Este trabalho compõe-se de uma pesquisa bibliográfica, uma pesquisa
exploratória (estudo de caso) e uma análise quantitativa e qualitativa.
3.1 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
No capítulo 2 deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliográfica de
conceitos relacionados com gestão da informação, gestão pública, legislação sobre
saúde pública, atribuições da SESA e da CELEPAR e um levantamento dos
sistemas informatizados existentes na SESA.
Segundo Gil (2010), a pesquisa bibliográfica é realizada baseando-se em
material já publicado. Esta modalidade de pesquisa tradicionalmente inclui material
impresso, como livros, revistas, dissertações e outros. Devido à disponibilização de
novos formatos de informação existem atualmente outros formatos, como discos,
fitas magnéticas, CDs e material disponibilizado pela internet.
Fonseca (2007) afirma que a pesquisa bibliográfica deve ser utilizada em
conjunto com outro tipo de pesquisa, constituindo base teórica para o
desenvolvimento de trabalho de investigação em ciência. Sua finalidade é colocar o
pesquisador em contato com tudo que já foi publicado ou gravado sobre o assunto.
Ela deve propiciar o exame de um tema sob um novo enfoque para que em seguida
seja feita uma reflexão para correlacionar as informações obtidas com o objeto de
estudo.
De acordo com Gil (2010), grande parte das pesquisas acadêmicas requer em
algum momento a realização de pesquisa bibliográfica. Nota-se que na maioria das
teses e dissertações elaboradas atualmente, um capítulo ou seção é dedicado à
revisão bibliográfica, servindo como fundamentação teórica ao trabalho e também
para a identificação do estágio atual de conhecimento do tema.
3.2 PESQUISA EXPLORATÓRIA (ESTUDO DE CASO)
24
Gil (2010) relata que, de acordo com seus objetivos mais gerais, as pesquisas
podem ser classificadas em exploratórias, descritivas e explicativas. As pesquisas
exploratórias têm o propósito de dar ao pesquisador maior familiaridade com o
problema. Seu planejamento é flexível porque podem ser considerados variados
aspectos do fenômeno estudado. A coleta dos dados pode ocorrer de várias
maneiras, como levantamento bibliográfico, entrevistas, análise de exemplos,
estudos de caso, levantamentos de campo, etc.
Segundo Gil (2010), estudo de caso consiste no estudo exaustivo de um ou
poucos objetos, com o objetivo de obter seu amplo e detalhado conhecimento, o que
é muito difícil de conseguir com outros tipos de pesquisa. Atualmente o estudo de
caso é considerado o delineamento mais adequado para a investigação de um
fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto real.
Fonseca (2007), com relação à pesquisa de estudo de caso afirma: “É
desenvolvida a partir do estudo profundo de uma realidade específica, que pode ser:
uma instituição, comunidade, família, grupo reduzido de pessoas, um único
indivíduo.”. A coleta e análise dos dados a partir do estudo de caso são
consideradas mais simples que em outros tipos de pesquisa e existe a vantagem de
se focar na análise de um único problema, tendo uma visão geral do objeto
estudado.
De acordo com Fonseca (2007), pesquisa de campo consiste em:
“observação de fatos e fenômenos, tais como ocorrem espontaneamente, na coleta
de dados a eles referentes e no registro de variáveis que presumem relevantes, para
analisá-los”. Seu objetivo é obter informações acerca de um problema, podendo-se
obter resposta, comprovar hipótese e descobrir novos fenômenos ou relações entre
eles.
Definidos estes conceitos, pode-se afirmar que este trabalho é composto de
uma pesquisa exploratória pois procurou-se obter maior familiaridade com o tema
gestão da informação com sistemas informatizados. Trata-se de um estudo de caso
da SESA com relação a este tema.
Este estudo contou com uma pesquisa de campo. Em dezembro de 2009 foi
realizada uma pesquisa de opinião com pessoas ligadas diretamente com a
utilização da TI em sistemas de informação de saúde, no âmbito da SESA.
25
Os participantes desta pesquisa foram funcionários da CELEPAR e da SESA
que têm ligação e experiência com as áreas de saúde pública e TI. Cada
participante informou alguns dados relevantes sobre si mesmo, como tempo de
experiência com TI, com saúde, cargo e função dentro da empresa que trabalha,
formação, etc e em seguida deu sua opinião sobre algumas questões envolvendo o
tema desta monografia.
O instrumento de pesquisa utilizado foi um questionário sobre a situação atual
da gestão da TI no que se refere aos sistemas de saúde do governo do Paraná, as
dificuldades existentes, pontos fracos, pontos fortes e também as melhores formas
de utilizar a TI em prol da melhoria da gestão da saúde pública no estado. Esse
questionário foi composto das seguintes perguntas:
1. Em qual empresa você trabalha, qual seu cargo e/ou função?
2. Qual sua formação?
3. Há quanto tempo você trabalha na área de TI - Tecnologia da Informação?
4. Há quanto tempo você trabalha na área de saúde?
5. Como você classifica a utilização da TI na saúde por parte do Governo do
Paraná? ( ) Deixa a desejar ( ) Satisfatória ( ) Eficiente ( ) Outra, descreva.
6. Qual a principal dificuldade para o desenvolvimento de sistemas de TI por
parte do Governo do Paraná (CELEPAR/SESA)? ( ) Burocracia ( ) Falta de verba
( ) Questões políticas ( ) Outra, descreva.
7. De uma forma geral, como você considera a qualidade dos sistemas de TI
existentes que atendem as questões de saúde do Governo do Paraná? ( ) Péssima
( ) Ruim ( ) Regular ( ) Boa ( ) Excelente
Se desejar pode avaliar também a qualidade dos sistemas que tem mais
contato ou acha relevantes:
Sistema: _______ ( ) Péssima ( ) Ruim ( ) Regular ( ) Boa ( ) Excelente
Sistema: _______ ( ) Péssima ( ) Ruim ( ) Regular ( ) Boa ( ) Excelente
Sistema: _______ ( ) Péssima ( ) Ruim ( ) Regular ( ) Boa ( ) Excelente
Sistema: _______ ( ) Péssima ( ) Ruim ( ) Regular ( ) Boa ( ) Excelente
Sistema: _______ ( ) Péssima ( ) Ruim ( ) Regular ( ) Boa ( ) Excelente
8. Cite os pontos fracos da utilização da TI nos sistemas de saúde do
Governo do Paraná.
9. Cite os pontos fortes da utilização da TI nos sistemas de saúde do Governo
do Paraná.
26
10. Na sua opinião o que poderia ser feito para aproveitar plenamente a TI na
gestão da área de saúde do Governo do Paraná?
11. Qual sua perspectiva para o futuro da TI para a gestão da saúde no
Governo do Paraná?
Após elaborado, o questionário foi enviado por e-mail para os participantes,
que responderam e autorizaram o uso de suas opiniões neste estudo.
A descrição e análise dos dados foram feitos por meio de estatísticas das
respostas do questionário, bem como avaliação da opinião de cada participante
baseando-se na sua experiência e aptidão com o negócio.
27
4 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS
Com relação à pesquisa bibliográfica, foram revisados vários conceitos
fundamentais para a compreensão deste estudo como um todo. A partir desta
pesquisa foi possível ter maior clareza quanto a vários termos como gestão da
informação, sistema de informação, gestão da TI e gestão pública, além das
relações entre eles. Durante a pesquisa bibliográfica também foram explicitadas
definições da legislação sobre saúde e as atribuições do governo nesta área, bem
como as atribuições da SESA e da CELEPAR.
Ainda durante a pesquisa bibliográfica foi feito um levantamento dos sistemas
de informação existentes na SESA e adicionalmente foram levantadas informações
pertinentes do sistema GSUS, que é um sistema que possui um módulo implantado
em quatro unidades da SESA e que está em fase de desenvolvimento de outros
módulos. Por se tratar de um sistema multi-instituição tem o objetivo de fazer a
gestão integrada das informações das instituições em que estiver implantado.
Já com relação à pesquisa exploratória (estudo de caso), é feita a seguir a
análise quantitativa e qualitativa das respostas do questionário obtidas na pesquisa
de campo. Antes, porém, vamos às definições desses dois métodos de análise.
Fonseca (2007) explica que o método quantitativo se baseia em dados
mensuráveis das variáveis (questionários com respostas de múltipla escolha, por
exemplo), analisa-se a freqüência de ocorrência para medir a veracidade ou não
daquilo que está sendo investigado. O método qualitativo, por sua vez, caracterizase pela interpretação dos dados pesquisados (questionários com respostas abertas,
por exemplo). Os dois métodos podem se complementar na busca dos objetivos
desejados.
Como o questionário em questão continha perguntas fechadas e abertas, será
feita tanto a análise quantitativa quanto a análise qualitativa dos dados. As respostas
formatadas do questionário aplicado encontram-se nos Apêndices desta monografia.
Caracterizando o público pesquisado, foram entrevistadas 9 pessoas, 8
funcionários da CELEPAR e 1 funcionária da SESA. Quanto ao sexo foram 5
homens e 4 mulheres. Quanto ao cargo temos 6 analistas de sistemas, 1 auxiliar
administrativa e 2 pessoas que não informaram o cargo. Em termos de formação
temos uma grande variedade, apesar da maioria ter formação na área de TI: Ciência
28
da Computação, Engenharia da Computação, Pedagogia, Pós-Graduação em Web
Design, Pós-Graduação em TI, Pós-Graduação em Organização e Planejamento,
Mestrado em Informática Industrial, Mestrado em Engenharia Elétrica e Informática
Industrial, Mestrado em Tecnologia em Saúde.
Notou-se que o grupo de entrevistados tem bastante experiência em TI,
sendo que o entrevistado com menos experiência trabalha há 5 anos na área e o
mais experiente há 36 anos. A experiência média entre os entrevistados é superior a
20 anos.
Já com relação à experiência na área de saúde temos o entrevistado com
menos experiência há 1 ano na área e por outro lado o mais experiente com 23
anos. A média é superior a 7 anos.
A utilização da TI na saúde por parte do Governo do Paraná é classificada da
seguinte forma pelos entrevistados: 67% acham que deixa a desejar, 22%
consideram satisfatória e 11% consideram eficiente mas apenas nas áreas em que a
CELEPAR atua dentro da SESA.
Na opinião das pessoas entrevistadas, a principal dificuldade para o
desenvolvimento de sistemas de TI por parte da CELEPAR e da SESA é a seguinte:
56% acham que são as questões políticas; 11% acham que é a burocracia; 11%
acham que são questões políticas, falta de verba e também burocracia; 11% acham
que são questões políticas e também burocracia; 11% acham que existem outras
dificuldades que não as citadas anteriormente. Neste item 22% dos entrevistados
ainda observaram que há um sério problema de descontinuidade dos projetos por
conta de mudanças dos gestores dos órgãos públicos.
A qualidade dos sistemas de TI que atendem as questões de saúde no
governo do estado teve o seguinte resultado: 44% acham boa, 44% acham regular e
11% não opinaram.
Com relação à qualidade de alguns sistemas específicos, o entrevistado
poderia opcionalmente citar o sistema e avaliar a sua qualidade. O único sistema
que foi citado por mais de uma vez foi o GSUS, lembrado por 33% dos entrevistados
e teve a seguinte avaliação: 67% acham sua qualidade boa e 33% acham regular.
Os demais sistemas citados e seus conceitos foram os seguintes: SCL – boa, SAC –
boa, PPI – boa, SESAGEO – boa, SISMEDEX – boa, HOSPUB – boa e CMDE –
regular. Um dos entrevistados ainda agrupou os sistemas para sua avaliação de
29
qualidade de acordo com quem os desenvolveu e deu os seguintes conceitos: SESA
– regular, CELEPAR – boa, Ministério da Saúde – boa e terceiros – boa.
Analisando-se a opinião dos entrevistados com relação aos pontos fracos da
utilização da TI nos sistemas de saúde do governo, tivemos vários pontos citados
por mais de um entrevistado, os pontos mais lembrados foram:
- Dificuldade na utilização das informações produzidas pelos sistemas pois as bases
de dados não são integradas;
- Falta de pessoas para ajudar no processo, seja no atendimento, apoio, utilização,
desenvolvimento de sistemas ou projeto de sistemas corporativos de saúde;
- Questões políticas, pois acontecem mudanças de diretrizes do governo e a
mudança do próprio governador, dos secretários e gestores dos vários órgãos
estaduais. Isso faz com que não haja um planejamento adequado e torna muito
difícil o desenvolvimento de projetos a longo prazo;
- Falta de compromisso dos gestores da saúde, priorizando o tempo de entrega das
soluções de TI em detrimento da qualidade, o que acaba interferindo no produto final
entregue.
Já os pontos fortes da utilização da TI nos sistemas de saúde do governo
mais citados pelos entrevistados foram:
- Apoio, automatização e organização dos processos da área de saúde;
- Disponibilização de informações para gestão da saúde e tomada de decisões
estratégicas e investimentos;
- Padronização de processos para entrada de informações, o que auxilia quem
utiliza e facilita a troca de informações com outros órgãos e entidades;
- Existência de recursos financeiros públicos para aplicação em TI voltada para a
saúde;
- Melhoria no atendimento ao cidadão mais carente e necessitado.
Para o aproveitamento pleno da TI na gestão da saúde pelo governo, as
ações possíveis segundo os entrevistados são:
- Aumento das equipes que atendem e desenvolvem os sistemas de TI voltados
para a área de saúde;
- Promoção de treinamentos na área de TI, tanto para usuários como para
desenvolvedores e analistas;
- Planejamento bem feito de um projeto de saúde e definição de etapas necessárias
para sua execução;
30
- Ter um modelo tecnológico e dispor de mais recursos tecnológicos.
A última pergunta do questionário diz respeito às expectativas do entrevistado
com relação ao futuro da TI para a gestão da saúde no Paraná, os itens mais citados
foram:
- Sem perspectivas justamente pelo fato da mudança de governo a cada 4 anos;
- Esperança de que os investimentos, prioridades e projetos na área de saúde se
mantenham mesmo com a troca de governo;
- Convencimento dos gestores pela mudança da utilização das soluções de TI. Isso
deve ser feito pelas pessoas envolvidas e que têm todas as informações
necessárias para possibilitar o uso eficiente e integrado da informação;
- Aplicação de sistemas integrados e padronizados na área de saúde.
31
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O trabalho proposto atingiu os objetivos específicos, senão vejamos:
i) Revisar conceitos e fundamentos sobre gestão da informação e assuntos
relacionados. No capítulo 2 foi realizada pesquisa bibliográfica dos conceitos de
dado, informação, conhecimento, gestão da informação, sistema, sistema de
informação, tecnologia da informação e gestão da tecnologia da informação.
ii) Revisar conceitos e fundamentos sobre legislação de saúde pública e sobre
as atribuições da SESA e da CELEPAR. Também no capítulo 2 está disponível a
pesquisa bibliográfica dos temas: gestão pública, legislação sobre saúde pública,
SESA e CELEPAR.
iii) Fazer um levantamento dos sistemas informatizados existentes e
implantados na SESA que se referem à área de saúde. No item da fundamentação
teórica que trata da SESA foram citados os sistemas de informação existentes na
mesma.
iv) Verificar a existência de algum planejamento de evolução ou integração de
sistemas ou ainda algum projeto novo na área de saúde para a SESA. Chegou-se à
conclusão que o projeto a ser evoluído e que possibilitará a integração dos dados é
o sistema GSUS, que foi tratado nos capítulos 2, 4 e 5.
v) Avaliar, através de questionários, pontos fortes e pontos fracos na
utilização da TI para gestão da saúde do governo do Paraná através da SESA. Foi
realizada em dezembro de 2009 uma pesquisa de campo, aplicando-se um
questionário para levantar essas questões, detalhes nos capítulos 3, 4 e 5.
vi) Descrever, baseado na análise dos itens iii, iv e v, a situação atual da
gestão da informação com sistemas informatizados realizada pela SESA e fazer
considerações sobre a possibilidade de melhoria do processo como um todo. Este
foi o objetivo específico que norteou grande parte deste estudo, as principais
análises e considerações estão nos capítulos 4 e 5.
Durante o desenvolvimento deste trabalho foi possível perceber que a TI já
faz parte há algum tempo da gestão da saúde no Governo do Paraná. No entanto a
maioria dos sistemas de informação hoje existente fica isolada e por isso existe uma
grande dificuldade para se obter as informações necessárias para análises mais
amplas ou decisões estratégicas.
32
A SESA conta com inúmeros sistemas informatizados, desenvolvidos em
diversas linguagens de programação e por diferentes órgãos como o Ministério da
Saúde, a CELEPAR e a própria SESA. Houve alguma dificuldade, inclusive, no
levantamento dos sistemas existentes da SESA, pois não há uma documentação
totalmente completa e atualizada que relacione todos os sistemas.
Para avaliar a situação atual do uso da TI na gestão da saúde pelo governo
do Paraná foi feito um questionário com um grupo de profissionais experientes da
CELEPAR e da SESA.
Analisando o resultado da pesquisa pôde-se notar que os entrevistados têm
consciência que a utilização da TI na gestão da saúde do Estado deixa a desejar e
que muitas vezes planejamento e execução adequados esbarram em questões
políticas, pois cada governo tem suas diretrizes e normalmente essas não
consideram o trabalho que foi feito anteriormente ou que será feito posteriormente a
seu mandato.
Levantou-se que há a necessidade de mais pessoas na CELEPAR e na
SESA para trabalharem com TI na área da saúde, bem como capacitação dessas
pessoas. É fundamental também o comprometimento dos gestores, pois isso poderá
minimizar a descontinuidade dos projetos de TI.
Apesar dos problemas citados pode-se perceber que nos processos de
gestão de saúde em que a TI é utilizada, tem-se agilidade na execução de
procedimentos e obtém-se informações consolidadas para análise. Além disso, a
pesquisa de campo revelou que grande parte dos sistemas informatizados da SESA
tem boa qualidade.
Na fundamentação teórica foi feito um estudo do sistema GSUS, justamente
por ter sido uma iniciativa da gestão atual do Governo do Paraná que busca suprir
necessidades que vêm de encontro com boas práticas da gestão da informação. O
GSUS é um projeto que tem previsão de vários módulos, que padroniza
funcionalidades e integra informação de diversas unidades de saúde.
Se o desenvolvimento do GSUS tiver continuidade no próximo governo
estadual, expandir o número de unidades usuárias e ainda auxiliar a regulação
(controle) estadual de procedimentos (consultas, internações, etc) poderá ser o
início de uma nova fase da utilização da TI para gestão da saúde pública no governo
do Paraná. Cada novo módulo do GSUS poderá substituir um sistema que
33
atualmente está isolado e aos poucos os dados passam a ficar centralizados,
integrados e mais acessíveis, possibilitando ações estratégicas para a SESA.
Analisando este contexto, deve-se dizer que há muita coisa para melhorar na
gestão da TI para que a gestão da informação na área de saúde seja feita de forma
eficaz no governo do Paraná. Inicialmente deve-se melhorar a organização e fazer
um planejamento adequado das ações. Desenvolver sistemas padronizados e
integrados para facilitar a utilização dos usuários e facilitar o acesso e
disponibilização de informações.
O investimento na contratação e capacitação de profissionais das áreas de
saúde e de TI ajudará a suprir as deficiências existentes atualmente, além de
melhorar a qualidade das equipes de trabalho.
Dispondo-se de pessoal qualificado e em quantidade maior torna-se possível
o desenvolvimento de sistemas devidamente planejados e eficientes. Como
conseqüência tem-se uma redução no impacto que hoje é causado pela mudança de
governo.
Diante de todos estes fatos, pode-se concluir que a gestão da informação
com sistemas informatizados é indispensável para a SESA na prestação de serviços
de saúde pública com qualidade. A utilização da TI beneficia a sociedade e faz com
que sejam atendidos os objetivos descritos em lei e os princípios da administração
pública.
34
6 REFERÊNCIAS
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SESA. Documento criado pela GTI – Gerência de Tecnologia da Informação da
CELEPAR em maio de 2009.
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Sistemas B da CELEPAR em dezembro de 2009.
BRASIL. Lei Federal No 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as
condições para promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o
funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Disponível
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Revisão Crítica. Artigo da Revista Eletrônica de Administração – Facef – Vol. 01 –
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FOINA, Paulo Rogério. Tecnologia de Informação: planejamento e gestão. 2. ed.
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35
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Versão
aprovada
pelo
CES
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Disponível
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<http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/GPS/Plano_Saude_2008_2011PR_Final.p
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36
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setembro de 2007.
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REZENDE, Denis Alcides; ABREU, Aline França de. Tecnologia da Informação
Aplicada a Sistemas de Informação Empresariais: o papel estratégico da
informação e dos sistemas de informação nas empresas. São Paulo: Atlas, 2000.
REZENDE, Denis Alcides; ABREU, Aline França de. Tecnologia da Informação
Aplicada a Sistemas de Informação Empresariais: o papel estratégico da
informação e dos sistemas de informação nas empresas. 5. ed. São Paulo: Atlas,
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SESA. Secretaria de Estado da Saúde do Paraná. Disponível em
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TEIXEIRA, Hélio. (2008) O que é Gestão da Informação?. Disponível em
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TURBAN, Efraim; McLEAN, Ephraim; WETHERBE, James. Tecnologia da
Informação para Gestão: transformando os negócios na economia digital. 3. ed.
Porto Alegre: Bookman, 2004.
37
7 APÊNDICES
Para facilitar a visualização e análise dos questionários foi feita uma
formatação das respostas conforme segue.
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Gestão da Informação com Sistemas Informatizados