IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS
CAUSADOS PELO PARCELAMENTO EM
PEQUENAS PROPRIEDADES RURAIS NO
MUNICÍPIO DE JARAGUARI-MS, COM AUXÍLIO DO
GEOPROCESSAMENTO.
Maria Luiza de Lima Ribeiro Marques – Engenheira Sanitarista e
Ambiental formada pela Universidade Católica Dom Bosco – UCDB.
Engenheira do Instituto de Meio Ambiente de MS – IMASUL – Gerência de
Licenciamento Ambiental
Maria Fernanda de Lima Ribeiro Marques – Estudante de Engenharia
Sanitária e Ambiental da UCDB
Prof. Dr. Felipe Augusto Dias - Engenheiro-Agrônomo. Doutor em
Geografia Física. Professor e Coordenador do Laboratório de
Geoprocessamento da UCDB.
JULHO/2010
•
•
•
2.913 km²
Jaraguari - MS
Estado de Mato Grosso do Sul.
Mato Grosso do Sul
z
propriedades rurais com grandes extensões
z
pecuária extensiva e agricultura.
Objetivo
Identificar os impactos ambientais causados pelo
parcelamento de grandes propriedades em pequenas áreas
rurais no município de Jaraguari-MS, com auxílio do
Geoprocessamento
z
Identificar a área de estudo no município de Jaraguari - MS;
z
Elaborar o mapa de uso do solo da área de estudo dos anos 1986,
1988, 1993, 2001 e 2009;
z
Diagnosticar e localizar geograficamente os impactos ambientais
ocorridos devido ao parcelamento da área;
z
Identificar a origem dos impactos ambientais;
z
Comparar os impactos ambientais identificados e verificar a relação
destes com o parcelamento por meio de geoprocessamento dos anos
1986, 1988, 1993, 2001 e 2009;
Caracterização da Área
z
A área de estudo foi classificada segundo o Projeto RadamBrasil (1990) como Região dos Planaltos Rampeados.
z
As temperaturas médias do mês mais frio são menores que
20°C e maiores que 18°C.
z
Caracteriza-se por Clima de Savana, com verões chuvosos e
invernos secos.
z
O período seco estende-se de 4 a 5 meses. A precipitação
anual varia de 1.200 a 1.500 mm.
z
FLORA: As formações naturais da vegetação do
Estado de Mato Grosso do Sul vão desde campo limpo,
completamente destituído de árvores até florestas
exuberantes.
Ex: Ipê-amarelo, Caraguatá, Angico, Brizantão,
Brachiaria humidicola.
MATERIAL E MÉTODOS
Mapas analógicos e digitais;
z Imagens de satélite;
z Avaliação em campo, com
documentação fotográfica.
z
Geoprocessamento
• Cartas planialtimétricas (IBGE/DSG) das áreas
úmidas em escalas 1:100.00 em formato digital e
impressas;
• Software: Geomatica Focus (PCI, 2007);
• Imagens - (Dados multitemporais do Sensor
TM/Landsat-5, órbita 225, ponto 074) – combinando as
bandas 4, 5 e 3;
Data das imagens: 08/1986, 08/1988, 08/1993, 08/2001 e 08/2009.
Cada imagem obtida pelo INPE captura uma área de 900 km².
Depois das análises multitemporais das imagens,
foi elaborado o diagnóstico das propriedades
analisadas,
definindo
suas
irregularidades,
e
classificados de acordo com o tipo de irregularidade.
CLASSIFICAÇÃO DE IMAGENS
A classificação automática substitui a análise visual do
dado de imagem por técnicas avançadas de identificação
automática de feições da cena, ou seja, categoriza todos os
pixels da imagem digital dentro de várias classes ou temas
de cobertura de solo.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Imagens classificadas de 1986 e 1988.
Imagens classificadas de 1988 e 1993.
Imagens classificadas de 1993 e 2001.
Imagens classificadas de 1986 e 2009.
Detalhamento dos percentuais, área de entorno e área
parcelada, das classes identificadas nas imagens de satélite
dos anos de 1986 e 2009.
Discriminação
Área de
Entorno em
1986
Área
Parcelada em
1986
Área de
Entorno em
2009
Área
Parcelada em
2009
Cobertura Vegetal
34,29
42,77
15,64
17,41
Área Antropizada
65,62
57,18
83,93
82,43
Área Queimada
0,02
0,00
0,00
0,00
Corpos Hídricos e
Áreas Úmidas
0,07
0,45
0,16
0,15
Diferença de
nível topográfico
Plantação de
Eucalipto
Pastagem degradada
evidenciada pela presença de
cupinzeiro
Introdução de espécies exóticas, como a gramínea
braquiária.
Solo exposto
Processos
erosivos
Mudança do leito
das estradas
Estrada
atual
antiga
Estrada
Bifurcação
Abertura de
estradas
CONCLUSÃO
z
O geoprocessamento demonstrou ser uma ferramenta
eficaz no que diz respeito à precisão, confiabilidade e
facilidade na geração de dados para a comparação
multitemporal das áreas avaliadas.
z
Foi comprovado que o parcelamento causou a perda
de parte da vegetação nativa, o surgimento de
erosões e a perda efetiva do solo em alguns locais da
área de estudo.
z
As áreas apresentam mesmo grau de degradação
ambiental, com cerca de 84% de área antropizada.
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