FACULDADE TECSOMA Biomedicina Gilson Gonçalves dos Santos PARTICIPAÇÃO DOS PEPTÍDEOS OPIÓDES ENDÓGENOS SINTETIZADOS POR POLIMORFONUCLEARES NA MODULAÇÃO DA DOR Paracatu, 16 de junho de 2012 Gilson Gonçalves dos Santos PARTICIPAÇÃO DOS PEPTÍDEOS OPIÓDES ENDÓGENOS SINTETIZADOS POR POLIMORFONUCLEARES NA MODULAÇÃO DA DOR Monografia apresentada ao curso de Biomedicina da Faculdade Tecsoma, como requisito parcial para obtenção do titulo de Bacharel em Biomedicina. Orientador temático: Msc. Claudia Peres da Silva Co-orientador temático: Msc. Carlos Fernando dos Santos Orientador metodológico: Geraldo Benedito Batista Paracatu, 16 de junho de 2012 SANTOS, Gilson Gonçalves, 1986. Participação dos peptídeos endógenos sintetizados por polimorfonuclares na modulação da dor. Gilson Gonçalves dos Santos. Paracatu: Faculdade Tecsoma – TECSOMA, 2012. Monografia. (Graduação). Biomedicina. Faculdade Tecsoma.. 1. Fisiologia 2. Neurobiologia da dor 3. Gênero e saúde Gilson Gonçalves dos Santos PATICIPAÇÃO DOS PEPTÍDEOS OPIODES ENDOGENOS SINTETIZADOS POR POLIMORFONUCLEARES NA MODULAÇÃO DA DOR Monografia apresentada ao curso de Biomedicina da Faculdade Tecsoma, como requisito parcial para obtenção do titulo de Bacharel em Biomedicina. _______________________________________________ Orientador temático: Msc. Claudia Peres da Silva _______________________________________________ Co-orientador temático: Msc. Carlos F. dos Santos ______________________________________________ Orientador metodológico: Geraldo Benedito Batista Paracatu, 16 de junho 2012. Aos meus pais, pelo incentivo e carinho... AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus, por sempre me manter de pé diante de todas as situações e obstáculos difíceis que tive que enfrentar ao longo desta caminhada, a meus pais pela dedicação, carinho e esforço para me proporcionar uma formação acadêmica, sem dúvida foram fundamentais para meu bom desempenho durante o curso e pela minha formação enquanto cidadão crítico. Não posso deixar de agradecer os grandes amigos que fiz nessa caminhada, pessoas que sempre me apoiaram e me ajudaram a crescer como pessoa e como acadêmica e que vão sempre ter um lugar reservado no meu coração. Seria injusto em deixar de fora de meus agradecimentos, aos meus Orientadores, Cláudia Peres da Silva, Carlos Fernando e Geraldo Batista. Agradeço a todos meus professores. Enfim sou grato a Gilson Gonçalves dos Santos, “Eu”, pela minha dedicação, persistência e perseverança ao longo destes 4 anos de jornada. (...) “Se pudéssemos ter a consciência do quanto a nossa vida é efêmera, talvez pensássemos antes de jogar fora as oportunidades que temos de ser e de fazer os outros felizes” (GALVAO,2008). RESUMO O processo inflamatório é composto por uma série de eventos, dentre estes eventos podemos citar a dor como uma experiência vivenciada pela quase totalidade dos seres humanos e este é um dos fatos que levam a analgesia a ser vista como um sexto sinal. A dor inflamatória é descrita como uma experiência sensorial e emocional de caráter desagradável provocada por lesão tissular, ou atribuída a tal ainda pode se manifestar mesmo na ausência de agressões teciduais vigentes, como na neuropatia periférica e em outras psicopatologias, sendo que esta vem sendo tratada com agentes que inibem a resposta imune. No processo inflamatório ocorre a migração de PMN (polimorfonucleares), migram para o tecido inflamatório durante o complexo processo de recrutamento por quimiocinas, adesão e extravasamento e tem sido reportada por diversos trabalhos, como células portadoras de peptídeos opióides, tais como a βendorfina (END), met-encefalina (ENK), e dinorfina (DYN). Nestes tecidos, o peptídeo opióide é liberado a partir de células imunitárias após a estimulação com o fator de liberação de coticotropina (CFR), noradrenalina, e Interleucina 1B (IL-1B), células do sistema imunológico depletados de peptídeos. Em resumo, no início de inflamação antinocicepção opióide-mediado periférica é extremamente dependente PMN. Assim vias endógenas e mecanismos envolvidos na analgesia periférica é um novo conceito do controle da dor e abre um potencial de novas abordagens terapêuticas. Palavras Chaves: Hiperalgesia, Antinocicepção, dor, polimorfonucleares, peptídeos opióides. ABSTRACT The inflammatory process is composed of a series of events, among these events we can cite pain, that is a experience for almost all human beings and this is one of the events that factors lead analgesia to be seen as a sixth signal. The inflammatory pain is described as an unpleasant sensory and emotional harshness caused by tissue damage, or assigned to it can still manifest even in the absence of aggression existing tissue, such as peripheral neuropathy and other psychopathology, and this has been treated with agents that inhibit the immune response. In inflammation is the migration of PMN (polymorphonuclear), migrate to inflammatory tissue for the complex process of recruitment by chemokines, adhesion and extravasation, and has been reported by several studies, such as opioid peptides bearing cells, such as β-endorphin (END), metenkephalin (ENK) and dynorphin (DYN). In these tissues, the opioid peptide is released from the immune cells after stimulation with coticotropina releasing factor (CFR), noradrenaline, and interleukin 1B (IL-1B), immune system cells depleted of peptides. In summary, in early inflammation-mediated peripheral opioid antinociceptive effects is highly dependent PMN. Thus endogenous pathways and mechanisms involved in peripheral analgesia is a new concept of pain control and opens a potential new therapeutic approaches. Keywords: Hyperalgesia, antinociception, pain, polymorph and opioid peptides. LISTA DE ABREVEATURAS CFR - corticotropina COX1 – Cicloxigenase -1 COX2 – Cicloxigenase -2 DYN - dinorfina Ed – Edição END – β-endorfina ENK - met-encefalina IL-1B - Interleucina 1B P. – Pagina PDYN - pró-dinorfina β-endorfina PENK- Proencefalina PGE2 - Prostagladina PMN – Polimorfonucleares POMC - pró-opiomelanocortina V. – Volume δ (delta) - Receptor Opióide κ (kappa) - Receptor Opióide μ (mu) – Receptor Opióide LISTA DE SIGLAS IASP – Associação Internacional do Estudo da dor CDC – Centro de Controle de Doenças UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas AINEs – Anti-inflamatorios não esteroidais TTX-r IASP – Antagonistas de canais de sódio SNC – Sistema Nervoso Central SNP – Sistema Nervoso Periférico SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... . 13 1.1 Processo Inflamatório .......................................................................................... 13 1.2 OBJETIVOS ........................................................................................................ 15 1.2.1 Objetivo geral.................................................................................................. 16 1.2.2 Objetos específicos........................................................................................ 16 2. REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................... 16 2.1 Aspectos da dor ................................................................................................ 16 2.1.1 Dor Inflamatória ................................................................................................ 17 2.1.2 Dor Crônica ...................................................................................................... 18 2.1.3 Dor Neuropática ............................................................................................... 19 2.2 Mecanismos de Hiperalgesia ........................................................................... 20 2.3 Modulação da dor .............................................................................................. 21 2.3.1 Antiinflamatórios não-esteroidais - AINEs ........................................................ 22 2.3.2 Antiinflamatórios esteroidais ............................................................................. 22 2.3.3 Opióides ........................................................................................................... 22 2.4 Peptídeos opióides endógenos........................................................................ 24 2.4.1 Síntese dos peptídeos opióides endógenos ..................................................... 24 2.4.2 Modulação da dor por peptídeos opióides endógenos ..................................... 25 2.4.3 Mecanismo de ação dos peptídeos opióides endógenos ................................. 26 2.4.4 Perspectiva da modulação da dor via peptídeos opióides................................ 26 3. METODOLOGIA ................................................................................................... 27 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 27 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 28 APÊNDICES ............................................................................................................. 32 1. INTRODUÇÃO 1.1 Processo inflamatório O processo inflamatório é composto por uma série de eventos que podem ser desencadeados por diferentes estímulos físicos, químicos e biológicos. Este processo dá-se como resposta do tecido à lesão celular envolvendo uma cascata de eventos bioquímicos que incluem extravasamento de fluidos, migração celular, liberação e ativação por mediadores, induzindo a lise celular e reparo tecidual. A migração de leucócitos envolve um mecanismo de regulação de adesão destas células ao endotélio, sendo que esta adesão constitui a ativação tanto do próprio endotélio como dos leucócitos para que ocorra a expressão de moléculas de baixa adesividade (selectinas) e de alta adesividade (integrinas). A inflamação ocorre de maneira geral em três fazes diferentes, uma fase transitória aguda, uma fase subaguda e a fase proliferativa crônica (GALLIN E SNYDERMAN, 1999). A fase aguda compreende a vasodilatação de arteríolas, capilares e vênulas, com o aumento da permeabilidade, do fluxo sanguíneo com exsudação de proteínas para o plasma. A fase subaguda ou tardia é marcada principalmente pela quimiotaxia e diapedese das células inflamatórias para tentativa do reparo e a terceira fase compreende o processo crônico com a degeneração tecidual e fibrose (INSEL, 1996). São compreendidos desde a antiguidade os cinco sinais da inflamação: dor, calor, rubor, tumor e perda de função. Sendo que a dor é uma experiência vivenciada pela quase totalidade dos seres humanos e este é um dos fatos que levam a analgesia a ser vista como um sexto sinal. É por meio dela que a maioria das afecções se manifesta. A dor inflamatória é descrita pelo IASP – Associação Internacional para o Estudo da Dor, como uma experiência sensorial e emocional de caráter desagradável provocada por lesão tissular, ou atribuída a tal. (FLOREZ,1993) ainda pode se manifestar mesmo na ausência de agressões teciduais vigentes, como na neuropatia periférica e em outras psicopatologias. (MOSSO E KRUGR, 1972). A dor decorrente de condições inflamatórias é muitas vezes tratada com agentes que inibem a resposta imune, tais como os corticosteróides ou moduladores 13 da cascata inflamatória como o emprego dos (AINEs) antiinflamatórios nãoesteroidais (DEQUEKER 1999) apesar de seus efeitos adversos como agressão gastrointestinal e osteoporose, quando administrados por longo tempo. (SIMON et al 1973; LEI et al., 2000). Diferentes estímulos inflamatórios induzem a liberação de mediadores Próinflamatórios por células residentes o que gera uma sensibilização dos nociceptores (FLOREZ, 1993). A participação de mediadores inflamatórios foi descrita utilizando pelo menos três métodos nociceptivos, o teste de contorções abdominais em camundongos (DUARTE et al,. 1988), o teste de pressão constante na pata de ratos (NAKAMURA E FERREIRA, 1987) e o teste de estimulação elétrica em cobaias. (NAKAMURA E LICO, 1986). No processo inflamatório ocorre o aumento da permeabilidade vascular o que leva a migração leucocitária para os sítios inflamados. Em estágios iniciais os PMN (polimorfonucleares), são os primeiros a chegarem ao local da inflamação devido ao seu potencial de diapedese e rápida velocidade de migração, entretanto a participação destes na gênese da dor inflamatória é contraditória, uma vez que pesquisas vêm demonstrando que essas células estão envolvidas tanto na indução como na inibição da resposta dolorosa, já que são produtoras de peptídeos opióides e também de precursores inflamatórios como prostaglandinas e eicosanóides. (STEIN et al., 1997). Os peptídeos opióides são produzidos por células do sistema imune e caem na circulação, mas são produzidas localmente sendo sua ação parácrina, ou seja, que age próximo ao local da secreção. Sob estímulos estressantes ou em resposta a agentes, imunócitos podem secretar opióides periféricos e produzir analgesia por inibir a excitabilidade dos nervos sensoriais, sendo que podem ser desprovidos de efeitos colaterais como a depressão respiratória, sedação, disforia ou dependência já que ocorrem a nível periférico (STEIN et al., 1997). No entanto como o sistema imune não é um órgão fixo, mas é formado por células que estão constantemente em trânsito entre a circulação e outros órgãos de origem e outros órgãos, o seu campo de ação pode ser muito extenso, produzindo resposta local limitada quando necessário. Esse parece ser o caso da analgesia produzida em sítios inflamatórios. Logo é inquestionável que eventualmente diversos pesquisadores se depararem com a interrogação: Quais são os mecanismos envolvidos na modulação da dor 14 inflamatória dos peptídeos opióides sintetizado endogenamente pelo sistema imunológico humano frente a uma inflamação aguda? Segundo a Sociedade Internacional da Dor, as últimas estatísticas são de que 30% da população mundial apresentam alguma dor, sendo que na atualidade a dor inflamatória é tratada com o emprego de corticosteróides que inibem a resposta imune ou com os AINE’s que modulam a cascata inflamatória, ao passo que os agonistas dos receptores opióides tem um uso limitado provavelmente pela sua má compreensão da ação inflamatória uma vez que o próprio sistema imunológico já é descrito como liberadores de peptídeos opióides a partir de células imunes no foco inflamatório (STEIN et al., 1997), assim e de grande relevância a busca de conhecimento no que tange esta modulação endógena da dor, compreendendo as vias endógenas e mecanismos envolvidos na analgesia periférica que é um novo conceito descontrole da dor e abre um potencial de novas abordagens terapêuticas. (MACHELSKA H, MOUSA SA, BRACK A et al., 2002), uma vez que o beneficio da analgesia induzida por estes peptídeos está relacionada ao fato de serem direcionadas no local da inflamação evitando-se assim efeitos secundários mediados pela ativação de receptores opióides no sistema nervoso central (SNC), ou em órgãos periféricos como o trato gastrointestinal. Atualmente não se compreende bem o papel do sistema imune no que tange a analgesia endógena. Presumindo-se que a literatura acerca do processo inflamatório agudo seja extensa, espera-se encontrar dados relevantes quanto aos mecanismos de fisiopatologia do processo inflamatório agudo, análise do processo da dor frente a uma inflamação aguda, diferentes terapêuticas antiinflamatórias empregadas na rotina clínica, ação e modulação da dor por peptídeos opióides endógenos. 1.2 OBJETIVOS 1.2.1 Geral Revisão da literatura médica através das bases de dados PUBMED sobre a atividade antinociceptiva de peptídeos opióides na modulação da dor inflamatória. 15 1.2.2 Específico 1. Compreender a fisiopatologia da dor. 2. Correlacionar o uso da terapêutica antiinflamatória atual com seus custos e benefícios; 3. Revisar a função dos peptídeos opióides endógenos, sintetizado por neutrófilos, na modulação da dor inflamatória aguda; 4. Realizar levantamento sobre as perspectivas atuais da terapia com peptídeos opióides endógenos. 2. REFERENCIAL TEORICO 2.1 Aspectos da dor Em condições normais, a informação sensorial captada pelos neurônios periféricos através da transformação de um fenômeno físico ou químico (sensitivodoloroso) em potenciais de ação é transmitida ao Sistema Nervoso Central (SNC), onde esta é descodificada e interpretada. Os sistemas neurais supra-espinhais permitem ao organismo utilizar-se de experiências anteriores para controlar a sensibilidade nos diferentes segmentos do neuroeixo e reagir de modo variado e autodeterminado dependendo da intensidade e origem do estímulo nociceptivo (STEIN et al., 1997). Segundo, Brack A et al., (1973) a dor, do ponto de vista fisiológico, pode ser definida como uma percepção desagradável, aversiva ou oposta ao prazer, originada pela ativação de vias nociceptivas por estímulos intensos capazes de provocar dano tecidual, injúria ou prejuízo. Evolutivamente, as vias nociceptivas, responsáveis pela detecção e condução dos estímulos nocivos, têm como importante função fisiológica a proteção do organismo diante de uma ameaça, isto é, quando uma estimulação for potencialmente, ou, de fato, danosa, ou capaz de afetar a integridade ou o equilíbrio homeostático do organismo. Enquanto percepção a experiência desagradável a qual chamamos “dor” depende de processos cognitivos, isto é, da memória, de aspectos culturais, motivacionais e psíquicos (FURST, 1999). Os estímulos nocivos são detectados por terminações nervosas livres, conhecidas como nociceptores. A principal característica dos nociceptores é 16 responder a estímulos de natureza variada (mecânico, térmico ou químico), porém de intensidade elevada. São, portanto, receptores polimodais e de alto limiar de excitabilidade. Os nociceptores, sobretudo do tecido cutâneo, são dotados de canais de sódio relacionados com a transdução dos estímulos ambientais em potenciais locais. Quando a soma temporal e espacial destes potenciais excitatórios, atingem o limiar de excitabilidade das fibras nociceptivas, a qual se inicia em um ponto de convergência dos nociceptores, forma-se um potencial de ação capaz de conduzir o estímulo ao longo da fibra até as sinapses localizadas no corno dorsal da medula espinal. Em outras palavras, o estímulo nociceptivo é conduzido pela fibra aferente primária a outros neurônios até atingir os centros superiores encefálicos, onde será percebido (SIMON et al., 1973; LEI et al., 2000). A dor tem muitas faces. Pode ser pulsátil, contínua, cortante, difusa e até perfurante. A diferenciação destas formas diversas de manifestação é crucial para o tratamento, pois providencia pistas acerca da causa da dor e do local onde tem origem. É por essa razão que a dor também é dividida em subtipos de dor. Pode ser classificada como dor inflamatoria, neuropática e crônica, com base na sua causa e local de origem (VANE, 1967). 2.1.1 Dor inflamatória Segundo Guyton, (2011) o processo inflamatório ocorre como uma resposta do tecido à injúria celular e caracteriza-se por um fenômeno complexo, dinâmico e multimediado, podendo manifestar-se a partir de qualquer agente lesivo, como físico (queimadura, radiação, trauma), biológico (microorganismo, reações imunológicas) ou químico (substância caustica). Este processo envolve uma complexa cascata de eventos bioquímicos e celulares, que incluem: extravasamento de fluídos, ativação enzimática, migração celular, liberação de mediadores, sensibilização e ativação de receptores, lise tecidual e de reparo (GALLIN E SNYDERMAN, 1999). Os macrófagos e os leucócitos polimorfonucleares recrutados pelos sítios de lesão celular desempenham um papel fundamental no desenvolvimento do processo inflamatório mediante a liberação de fatores solúveis de regulação da fase aguda denominados de citocinas A migração dos leucócitos envolve um rígido mecanismo de regulação de adesão destas células ao endotélio e subsequente migração transendotelial. Esta interação adesiva com o endotélio constitui um processo 17 dinâmico envolvendo a ativação tanto do endotélio quanto dos leucócitos, resultando na liberação de um grande número de moléculas de adesão, incluindo as selectinas e integrinas, fatores quimiotáticos conhecidos como quimiocinas, óxido nítrico e receptores de adesão(INSEL, 1996). Os mediadores inflamatórios uma vez liberados promovem de forma sinérgica uma alteração no mecanismo de transdução periférica do estímulo nociceptivo aumentando a sensibilidade de transdução dos nociceptores de elevado limiar, com conseqüente redução no limiar de percepção do estímulo doloroso, exagerada resposta a estímulos nociceptivos supralimiares (hiperalgesia) e dor espontânea (alodínia), (SIMON et al., 1973; LEI et al., 2000). 2.1.2 Dor Crônica A ocorrência de dor crônica na população mundial é crescente. Este fato é decorrente dos novos hábitos de vida, da maior longevidade do indivíduo, do prolongamento de sobrevida dos doentes com afecções clínicas naturalmente fatais, das modificações do ambiente e, provavelmente, do reconhecimento de novas condições álgicas e da aplicação de novos conceitos que traduzam seu significado. A prevalência de dor crônica varia entre 7% a 40% em diferentes países, e se apresenta de modo intenso e persistente em 8% dos indivíduos. Segundo o Editorial DOL 2012 (...) As algias crônicas tornaram-se um ônus para os serviços médicos e companhias de seguros. Nos E.U.A. aproximadamente 89 bilhões de dólares são gastos anualmente para tratamento, compensações trabalhistas e litígios. Segundo um inquérito populacional realizado no Brasil, mais de 30% da população julga que a dor crônica compromete as atividades habituais e mais de 75% consideram que esta situação patológica limita as atividades recreacionais, relações sociais e familiares. Devido à dor, cerca de 50% a 60% dos doentes tornam-se parcial ou totalmente incapacitados, de maneira transitória ou permanente, gerando estresse físico e emocional significativos para o paciente e seus familiares constituindo, portanto, um fardo econômico e social. A cronificação depende da experiência dolorosa pessoal prévia, como estímulo e intensidade dos sinais nociceptivos, associado ao componente afetivo, crença e motivação em um determinado espaço de tempo. A dor crônica além de 18 simplesmente manifestar-se por um longo período de tempo implica numa síndrome debilitante que possui um significante impacto sobre a qualidade de vida do paciente e caracteriza-se por uma resposta pobre às terapias analgésicas convencionais . O sistema nociceptivo é capaz de sofrer alterações nos mecanismos de percepção e condução dos impulsos, denominados neuroplasticidade. A neuroplasticidade pode aumentar a magnitude da percepção da dor e pode contribuir para o desenvolvimento de síndromes dolorosas crônicas (FERREIRA, 1983) Vários métodos são utilizados para mensurar a percepção e sensação da dor, que não é qualidade simples, única e unidimensional, mas sim, uma experiência que comporta aspectos afetivo-emocionais. A dor crônica é uma enfermidade que se alastra nos dias atuais, acometendo pessoas economicamente ativas, de tal maneira que é necessário aos médicos peritos o conhecimento desta patologia para atestar a capacidade ou incapacidade para o trabalho, assim como detectar fatores desencadeantes de dor e estressores no ambiente laboral. 2.1.3 Dor neuropática A dor neuropática fisiologicamente falando é causada por uma alteração localizada em qualquer ponto de uma via nervosa. Uma anormalidade altera os sinais nervosos, que são então anormalmente interpretados no cérebro. A dor neuropática pode causar dor profunda ou sensação de queimação, e outras sensações. A dor neuropática ou neurogênica é produzida pelo dano ao tecido nervoso. Caracteriza-se pela aparição de hiperalgesia, dor espontânea, parestesia e alodínia mecânica e por frio. (p.ex. atrofia ou osteoporose). São produzidos padrões anormais de comunicação interneuronal na periferia, nas quais um neurônio modifica a atividade de neurônios adjacentes. Logo após a lesão, as fibras simpáticas (que normalmente não afetam a sinalização dos terminais sensoriais) respondem a estímulos, tanto na periferia como nos gânglios da raiz dorsal, a agonistas α (norepinefrina), em particular os neurônios Aβ. Os neurônios aferentes lesados também sofrem alterações fenotípicas, observando-se maior expressão de peptídeos pró-nociceptivos, como a colecistoquinina (FERREIRA; VANE, 1967). 19 2.2 Mecanismos de Hiperalgesia Um mecanismo universal à hiperalgesia inflamatória é a sensibilização dos nociceptores. Em última instância ocorre a liberação de eicosanóides e aminas simpatomiméticas, as quais sensibilizam diretamente os nociceptores, sendo, por isso, chamados mediadores hiperalgésicos. Dentre esses mediadores estão as prostaglandinas (PGs), formadas pela ação das enzimas ciclooxigenases (COX) (FERREIRA; VANE, 1967). A participação das PGs na sensibilização dos nociceptores tem sido observada em humanos e animais com a utilização de técnicas eletrofisiológicas e comportamentais desde o século passado (FERREIRA, 1983) e várias evidências sugerem que principalmente as PGs do tipo E2 são responsáveis por causar hiperalgesia inflamatória. A excitabilidade dos neurônios é controlada por condutâncias iônicas através da membrana plasmática e os canais iônicos são presumivelmente os alvos finais de segundos-mensageiros que levam à sensibilização dos neurônios aferentes primários na inflamação. Os canais de potássio (K+) e de sódio (Na+) presentes nas membranas celulares são os principais responsáveis pela atividade elétrica que conduz a informação neuronal. As dinâmicas de abertura e fechamento, alterando as condutâncias iônicas, provocam mudanças no potencial elétrico da membrana celular que, se forem suficientes para atingir o limiar de disparo, provocarão o potencial de ação, que percorrerá a célula conduzindo a informação até o local onde o neurônio faz conexão com outro neurônio subseqüente. Figura 1.1 – Demonstração da variação no limiar nociceptivo do potencial de ação da membrana neuronal que ocorre na hiperalgesia. FONTE: Instituto de Biologia Unicamp. Departamento de Fisiologia/ Neurobiologia da Dor 2012. 20 2.3 Modulação da dor Com base nos eventos celulares e moleculares envolvidos na sensibilização dos nociceptores durante um processo inflamatório e, conseqüentemente, no aparecimento da hiperalgesia inflamatória, podemos classificar os fármacos de ação periférica em dois tipos principais (FERREIRA, 1983): Fármacos que previnem a sensibilização dos nociceptores (antálgicos): Inibidores da síntese de mediadores hiperalgésicos finais (AINHs); Fármacos antagonistas de receptores dos mediadores finais, simpatolíticos e antagonistas dos receptores de bradicinina; Fármacos que bloqueiam a liberação ou a ação de citocinas (corticóides). Fármacos que atuam diretamente, bloqueando o curso da sensibilização dos nociceptores já instalada (analgésicos): Estimuladores da enzima óxido nítrico (NO) sintase neuronal (morfina de ação periférica: codeína, dipirona); Mistos (AINHs e estimuladores da NO sintase neuronal): dipirona e alguns antiinflamatórios não-esteroidais (diclofenaco ou ketorolaco) e opióides periféricos; Fármacos que bloqueiam a excitabilidade dos neurônios primários (antagonistas de canais de sódio TTX-r). 2.3.1 Antiinflamatorios não esteroidais – AINEs Os AINEs compõem um grupo de compostos, que consiste de um ou mais anéis aromáticos ligados a um grupamento acido funcional. Essencialmente, todos AINEs são convertidos predominantemente, em excretados metabolitos pela urina. inativos Os pelo mais fígado lipossolúveis e são, como, cetoprofeno, naproxeno são mais facilmente penetráveis no SNC e mais facilmente associados com leve alterações de humor e na função cognitiva. Possuem um mecanismo de ação de inibição especifica da COX e conseqüente redução da conversão do acido aracdonico em prostaglandinas. Os AINEs atuais tem a tendência de causar efeitos adversos gastrointestinais que podem variar de dispepsia a sangramentos de estomago e duodeno, após um longo período de uso. 21 A associação dos AINEs com ulceras gástricas dá-se pelo fato dos mesmos inibirem a síntese de prostaglandinas gástricas, especialmente a PGE2, que servem como agentes crioprotetores da mucosa gástrica (Stein et al., 2003). 2.3.2 Antiinflamatorios Esteroidais Também conhecido como antiinflamtório hormonais, os esteróides compreendem os hormônios do córtex adrenal e, os hormônios sexuais. Mas, somente os glicocorticóides apresentam uma atividade anti-inflamatoria importante, alem de suprimir a imunidade (FIELDS et al., 1977). Foram desenvolvidos vários fármacos derivados semi-sintéticos dos glicocorticóides, e, indiretamente bloqueiam a liberação do acido araquidônico devido estes fármacos estimularem a produção de lipocortina que tem a ação de inibis a enzima fosfolipase A2, responsável pela transformação dos fosfolipídios em acido araquidônico. Os corticóides também estabilizam a membrana celular do mastocito, e dos leucócitos evitando assim a diminuição da liberação de histamina assim como de fatores quimiotáxicos, e de mediadores inflamatórios, o que reduz o influxo de leucócitos par ao local da inflamação. Assim, a inflamação é acentuadamente reduzida com o emprego de glicocorticóides que também tem ação de evitar que os neutrófilos migrem ate o local da inflamação. São utilizados na pratica medica para terapia inflamatória e imunossupressora em varias patologias (KIEFFER AND GAVERIAUX-RUFF, 2002) 2.3.3 Opióides Os opióides são os fármacos mais potentes e os mais utilizados para o controle da dor severa, porém seu uso prolongado é dificultado por seus efeitos colaterais tal como a depressão do sistema respiratório, náuseas, constipação intestinal, adição e/ou tolerância (KIEFFER AND GAVERIAUX-RUFF, 2002; STEIN et al., 2003). O sistema opióide promove analgesia através de diversos mecanismos, dentre eles a ativação das vias descendentes e a inibição da transmissão nociceptiva no corno dorsal (FIELDS et al., 1977; FIELDS AND HEINRICHER, 1989). A ação medular da morfina pode ser explicada pela inibição da liberação de 22 neurotransmissores, incluindo a substância P, das terminações nervosas présinápticas de fibras do tipo C e pela redução da excitabilidade dos neurônios póssinápticos do corno dorsal, através da abertura dos canais de potássio (K+). Existem três tipos principais de receptores opióides μ (mu), κ (kappa) e δ (delta), os quais estão presentes no hipotálamo, na substância cinzenta periaquedutal, no corno dorsal da medula e nos nervos aferentes periféricos (1997; Fields et al., 1980; 2004; Stein et al., 1995). Com relação ao Sistema Nervoso Periférico, embora se saiba que os receptores opióides são expressos quase exclusivamente nas fibras de pequeno diâmetro, tipo C (PRZEWLOCKI AND PRZEWLOCKA, 2005), a presença de receptores opióides nos terminais periféricos de fibras nervosas mielínicas de menor calibre (Aδ), assim como em linfócitos, já foi demonstrada (FIELDS et al., 1980; STEIN, 1995; STEIN et al., 1995). Os receptores mu são responsáveis pela maior parte da analgesia induzida por um opióide, mas os receptores kappa e delta também podem contribuir para esta analgesia (STEIN, 1993). Existem diferentes ligantes endógenos, entre eles a endorfina, a qual apresenta maior seletividade pelos receptores mu (HOLLT, 1986; PHILLIPS AND CURRIER, 2004). Com objetivo de minimizar seus efeitos indesejáveis, atualmente uma nova geração de fármacos opióides está emergindo. Esta nova classe de analgésicos ativa seletivamente, receptores opióides localizados fora do Sistema Nervoso Central (SNC), evitando assim qualquer mediação central, e conseqüentemente efeitos não desejados (BROWER, 2000). Porém os mecanismos pelos quais os opióides administrados no tecido periférico induzem analgesia ainda não estão esclarecidos. Tem sido demonstrado que a ação da morfina no SNC diminui o limiar nociceptivo mecânico (WANG et al., 2006). De fato a ativação dos receptores opióides inibe a adenilciclase, com conseqüente redução da concentração intracelular de monofosfato cíclico de adenosina (AMPc) (DUARTE et al., 1992; FERREIRA et al., 1991; LEVINE AND TAIWO, 1989), que está aumentada no processo de sensibilização do neurônio nociceptivo periférico (LEVINE AND TAIWO, 1989; Makman et al., 1988; SHARMA et al., 1975). Estudos também indicam que os opióides atuam diretamente nos neurônios nociceptivos periféricos (Duarte et al., 1992; FERREIRA AND NAKAMURA, 1979) para produzir um efeito antihiperalgésico revertendo a sensibilização dos neurônios nociceptivos primários pela 23 ativação da via L-argenina-NO-GMPc (DUARTE et al., 1992; FERREIRA et al., 1991). 2.4 – Peptídeos Opióides Endógenos Nos mamíferos, pró-opiomelanocortina (POMC), pro-encefalina (Penk) e pródinorfina (PDYN) são as proteínas precursoras a partir do qual os principais peptídeos opióides endógenos β-endorfina (END), met-encefalina (ENK), e dinorfinaA (DYN), respectivamente, são derivados (NAKANISHI et al, 1979; KAKIDANI et al, 1982; NODA et al, 1982). Dinorfina, tem uma afinidade relativamente elevada para o KOR, mas também alguma afinidade para o MOR e DOR. ENK e leu-encefalina são ligantes endógenos derivados de Penk que exibem ligação preferencial à DOR, menor afinidade para MOR e ligação desprezível a KOR (PRZEWLOCKI E PRZEWLOCKA 2001). END, juntamente com vários peptídos não opióides, é derivado da proteína precursora de POMC e equipotente exposições MOR e DOR ligação ao ter menor afinidade para KOR (PRZEWLOCKI E PRZEWLOCKA 2001). As endorfinas são MOR-seletivos, de modo geral os ainda permanecem obscuros as vias de regulação endógena da dor, pelos peptídeos opióides. 2.4.1 Síntese dos peptídeos opióides endógenos De acordo com a literatura pesquisada no decorrer do processo inflamatório, os PMN, que são células polimorfonucleares sintetizam diversos mediadores na área inflamada. Mediadores pró-algésicos incluindo citocinas pró-inflamatórias, quimiocinas, fatores de crescimento dos nervos e prostaglandinas são produzidos por estas células. Menos conhecido é que os mediadores analgésicos, que neutralizam a dor, são também produzidos em tecidos inflamados. Estes incluem citocinas anti-inflamatórias e peptídeos opióides, logo tanto estas células estariam envolvidas no processo algésico como antinociceptivo (MACHELSKA H et al 2008, BRACK A et al 2004, LEVINE, J.D., et al 1989 ). 24 2.4.2 Modulação da dor por peptídeos opioides Os receptores opióides são expressos no sistema nervoso central e periférico, bem como em numerosos tecidos não neuronais. Tanto em modelos animais como em modelos humanos, dados clínicos demonstram um envolvimento de receptores opióides periféricos na analgesia, particularmente na inflamação, onde tanto se tem a expressão aumentada de receptores opióides como a analgesia tem sua ação aumentada. Células imunes têm sido reportada por diversos trabalhos, como células portadoras de peptídeos opióides, tais como a β-endorfina (END), met-encefalina (ENK), e dinorfina (DYN), embora o peptídeo opióide predominantemente envolvido na antinocicepção seja o END. Estas células contendo opióides migram para o tecido inflamatório durante o complexo processo de recrutamento por quimiocinas, adesão e extravasamento. Nestes tecidos, o peptídeo opióide é liberado a partir de células imunitárias após a estimulação com o fator de liberação de coticotropina (CFR), noradrenalina, e Interleucina 1B (IL-1B), células do sistema imunológico depletados de peptídeos. De acordo com esse modelo, a imunossupressão sistêmica pode levar a uma analgesia endógena diminuída como componentes celulares do sistema imunológicos que são essenciais para a liberação destes peptídeos opióides (STEIN, HASSAN, et al, 1990). Segundo Stein, Hassan, et al, 1990, os peptídeos opióides envolvidos na antinocepção periférica END e ENK tem sido propostos como os mais importantes envolvidos na antinocepção.Os anticorpos para ambas extremidades e ENK pode reverter o efeito hiperalgesicos. Ainda, segundo Cabot et al, 2001, os três peptídeos opióides parecem estar contidos dentro das estruturas vesiculares semelhantes aos observados em neurônios. A liberação desses ligantes endógenos a receptores opióides é dependente de Ca2+ e pode ser evocado por estimulação de alta [ ]K+. Em um estudo ultra-estrutural corfirmou-se que, macrófagos, monócitos, linfócitos no tecido inflamado possuíam grânulos contendo END (MOUSA et al 2004). Sendo posteriormente o mesmo autor demonstra o processo de exocitose destes peptídeos por estas células residentes inflamatória. Corroborando a estes fatos Brack (2004) sugere que os estes peptídeos opióides endógenos são ligantes dos receptores opióides μ (mu), κ (kappa) e δ (delta), promovendo assim uma analgesia na hiperalgesia inflamatória, e que esta analgesia pode tornar se cada vez 25 mais importante como o numero de receptores opióides que são altamente expressos com a progressão da inflamação. 2.4.3 Mecanismos de ação dos peptídeos opióides endógenos Interações entre peptídeos opióides derivados de leucócitos e os receptores de opióides pode conduzir à inibição potente clinicamente relevante da dor (analgesia). Os receptores opióides estão presentes nas terminações periféricas dos neurônios sensoriais. Peptídeos opióides são sintetizados em leucócitos circulantes, que migram para os tecidos inflamados dirigidos por quimiocinas e moléculas de adesão. Sob condições de stress ou em resposta a agentes libertadores (por exemplo, fator de libertação da corticotropina, citocinas, noradrenalina), os leucócitos podem segregar opióides. Eles ativam receptores opióides periféricos e produzem analgesia por excitabilidade da inibição dos nervos sensoriais e / ou a libertação de neuropéptidos excitatórios, (MACHELSKA H et al., 2008). 2.4.4 Perspectivas da modulação da dor via peptídeos opióides Segundo estudo realizado por Brack (2004) Leucócitos contendo opióides podem neutralizar a hiperalgesia inflamatória. Sob estresse ou após a injeção local de fator liberador de corticotropina (CRF), peptídeos opióides são liberados a partir de leucócitos, se ligam a receptores opióides periféricos em neurônios sensoriais e mediar antinocicepção. Uma vez que as células polimorfonucleares (PMN) são a subpopulação de opióides contendo predominante de leucócitos na inflamação precoce, a hipótese de que o recrutamento e PMN por quimiocinas são importantes para antinocicepção opióides periférica mediada nesta fase. Um estudo realizado por Stein (1990), com depleção de PMN obtida por injeção intravenosa de anti-soro e analise comportamental de Comportamento local condicionado, o limiar nociceptivo foi reduzidos após depleção PMN. Em resumo, no início de inflamação antinocicepção opióide-mediado periférica é extremamente dependente PMN. Assim vias endógenas e mecanismos envolvidos na analgesia periférica é um novo conceito do controle da dor e abre um potencial de novas abordagens terapêuticas. (Machelska H, Mousa SA, Brack A et al., 2002). 26 3. METODOLOGIA Trata-se de um estudo analítico-descritivo. Que segundo Marconi e Lajatos (2011), têm como finalidade descrever as características, propriedades ou relações existentes no fenômeno investigado, favorecendo a formulação clara do problema e de hipóteses para tentativa de solução, utilizando-se de analise documental. Na busca, serão avaliados e selecionados apenas os artigos, os capítulos de livros impressos e texto de páginas eletrônicas oficiais dos órgãos públicos já relatados, que possuírem título, resumo ou corpo textual que estejam de acordo com os objetivos propostos pelo presente estudo. Para a elaboração deste projeto foi realizado uma busca eletrônica na base de dados NCBI - The National Center for Biotechnology Information com seguintes termos: Pain, hyperalgesia, Inflammation, antinociception, opioids. Pós busca foram selecionados os que se enquadraram no perfil da pesquisa, e que pudesse contribuir para a estruturação dos objetivos propostos pelo presente estudo. Dos artigos selecionados foi elaborado um fichamento. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS A dor pode ser uma condição fisiológica ou patológica desagradável, vivenciada por quase toda população mundial. Atualmente diversos centros de pesquisas buscam compreender os mecanismos e vias nociceptiva para atuar no nível terciário de saúde. A literatura é vasta de estudos sobre dor, no que tange a sua gênese à sua analgesia, contudo estudos se fazem necessários para compreender o mecanismo molecular de ação analgésica dos peptídeos opióides endógenos, já que os mesmos ao contrario de demais fármacos analgésicos, tem uma ação local, o que pode diminuir os efeitos colaterais dos fármacos atuais (AINEs, Corticóides, Opióides). 27 REFERÊNCIAS BRACK A, RITTNER HL, MACHELSKA H. Control of inflammatory pain by chemokine-mediated recruitment of opioid-containing polymorphonuclear cells. Pain, v.112, p.229-238, 2004. DANIEL KAPITZKE, IRINA VETTER, AND PETER J CABOT. Endogenous opioid analgesia in peripheral tissues and the clinical implications for pain control. Ther Clin Risk Manag. v.1 (4):p. 279–297, 2005. DUARTE, I.D., DOS SANTOS, I.R., LORENZETTI, B.B., FERREIRA, S.H., 1992. Analgesia by direct antagonism of nociceptor sensitization involves the arginine-nitric oxide-cGMP pathway. Eur J Pharmacol, v.217, p.225-227, 1992. FERREIRA S.H. In: Bonica J.J., Lindblon U., Iggor A., eds. Advances in pain research and therapy. New York: Raven Press, 627-634, 1983. FERREIRA S.H., NAKAMURA M. I. Inflammation and pain.Prostaglandins, v.18 (2), p.179-90, 1979. FERREIRA, S. H.; VANE J. R. Br. Control of pain. J Pharmacol, v.30 (2), p.417-24, 1967. FIELDS, H.L., BASBAUM, A.I., CLANTON, C.H., ANDERSON, S.D. Nucleus raphe magnus inhibition of spinal cord dorsal horn neurons. Brain research, v.126, p.441453, 1977. FIELDS, H.L., EMSON, P.C., LEIGH, B.K., GILBERT, R.F., IVERSEN, L.L.. Multiple opiate receptor sites on primary afferent fibres. Nature, v.284, p.351-353, 1980. FIELDS, H.L., HEINRICHER, M.M. Brainstem modulation of nociceptor-driven withdrawal reflexes. Annals of the New York Academy of Sciences, v.563, p. 3444, 1989. FIGUEREDO GD, SILVA LM. Edital Dol - Tomar paracetamol demais todos os dias pode matar. E a dipirona?. Título do assunto. Disponível em:<http://www.dol.inf.br/Html/Bau/Bau-6-64.html> Acesso em: dezenove de março de 19/03/2012. FURST, S. The Pain. Brain Res Bull, v.48(2), p.129-41, 1999. GUYTON, ARTHUR C.; HALL, JOHN E. Tratado de fisiologia médica. 11 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. HOLDEN, J.E., JEONG, Y., FORREST, J.M. The endogenous opioid system and clinical pain management. AACN Clin Issues, v. 16, p.291-301, 2005. 28 KIEFFER, B.L., GAVERIAUX-RUFF, C. Exploring the opioid system by gene knockout. Prog Neurobiol, v. 66, p.285-306, 2002. LEVINE, J.D., TAIWO, Y.O. Involvement of the mu-opiate receptor in peripheral analgesia. Neuroscience, v.32, p.571-575, 1989. MACHELSKA H, CABOT PJ, MOUSA SA . Pain Control in Inflammation Governed by Selectins. 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Nature, v.278, p.423–7, 1979. PHILLIPS, W.J., CURRIER, B.L. Analgesic pharmacology: II. Specific analgesics. J Am Acad Orthop Surg v.12, p.221-233, 2004. PRZEWLOCKI R, HASSAN AH, LASON W, ET AL. Gene expression and localization of opioid peptides in immune cells of inflamed tissue: functional role in antinociception. Neuroscience, v.48, p.491–500, 1992. PRZEWLOCKI, R., PRZEWLOCKA, B. Opioids in neuropathic pain. Current pharmaceutical design, v.11, p.3013-3025, 2005. RITTNER HL, MACHELSKA H, STEIN C .Leukocytes in the regulation of pain and analgesia. J Leukoc Biol, v.78, p.1215-1222, 2005. RUIZ F, DIERSSEN M, FLÓREZ J, HURLÉ MA. The Ca2+ channel agonist Bay K 8644 induces central respiratory depression in cats, an effect blocked by naloxone. Eur J Pharmacol, v.240(2-3, p.155-61, 1993. 29 SHARMA, S.K., NIRENBERG, M., KLEE, W.A. Morphine receptors as regulators of adenylate cyclase activity. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America, v. 72, p.590-594, 1975. SMITH EM. Opioid Peptides in Immune Cells. Adv Exp Med Biol , v.521, p.51–68, 2003. STEIN C, HASSAN AHS, PRZEWLOCKI R. Opioids from immunocytes interact with receptors on sensory nerves to inhibit nociception in inflammation. Proc Natl Acad Sci USA, v. 87: p.5935–9,1990. STEIN C, PFLÜGER M, YASSOURIDIS A. No tolerance to peripheral morphine analgesia in presence of opioid expression in inflamed synovia. J Clin Invest, v.98, p. 793–9, 1996. STEIN, C. Peripheral mechanisms of opioid analgesia. Anesthesia and analgesia, v.76, p.182-191, 1993. STEIN, C. The control of pain in peripheral tissue by opioids. N Engl J Med, v.332, p.1685-1690, 1995. STEIN, C., SCHAFER, M., HASSAN, A.H. Peripheral opioid receptors. Ann Med, v.27, p.219-221, 1995. STEIN, C., SCHAFER, M., MACHELSKA, H., 2003. Attacking pain at its source: new perspectives on opioids. Nat Med, v.9, p.1003-1008, 2003. WANG, J.Y., ZHAO, M., YUAN, Y.K., FAN, G.X., JIA, H., TANG, J.S. The roles of different subtypes of opioid receptors in mediating the nucleus submedius opioidevoked antiallodynia in a neuropathic pain model of rats. Neuroscience, v.138, p.1319-1327, 2006. 30 APÊNDICE 32 1. Fichamentos de 20 artigos mais relevantes usados na elaboração deste trabalho. 1.Tema Central Título: Control of inflammatory pain by chemokine-mediated recruitment of opioidcontaining polymorphonuclear cells Autores: BRACK A, RITTNER HL, MACHELSKA H. Revista de Publicação: Pain, v.112, p.229-238, 2004. Resumo: Leucócitos contendo opióides podem neutralizar a hiperalgesia inflamatória. Sob estresse ou após a injeção local de fator liberador de corticotropina (CRF), peptídeos opióides são liberados a partir de leucócitos, se ligam a receptores opióides periféricos em neurônios sensoriais e mediar antinocicepção. Uma vez que as células polimorfonucleares (PMN) são a subpopulação de opióides contendo predominante de leucócitos na inflamação precoce, a hipótese de que o recrutamento e PMN por quimiocinas são importantes para antinocicepção opióide periférica mediada nesta fase. Este estudo utilizando citometria de fluxo, imuno-histoquímica, e ELISA, subpopulações de leucócitos, receptor de quimiocina (CXCR2) expressão leucócitos contendo opióides e os ligandos de queratinócitos CXCR2 derivado de quimiocinas (KC), macrófagos inflamatórios proteína-2 (MIP-2) e de citocinas induzida por neutrófilos quimioatraente-2 (CINC-2) foram quantificadas. E foi observado o limiar de pressão da pata (PPT) antes e após a injeção intraplantar e subcutânea de CRF com ou sem naloxona. Depleção PMN foi conseguida por injecção intravenosa de um anti-soro. As quimiocinas foram bloqueados por injecção intraplantar de antiMIP-2 e / ou anti-KC anti-soro, demonstrando assim que a hiperalgesia induzida teve seus limiares nociceptivos após depleção PLM. Observações e apontamentos: A maioria das células polimorfonucleares são sintetizadores de peptídeos opióides, que participam da modulação da dor, e de fato isto pode ser analisados em modelos experimentais nocautes destas células, em estudos de hiperalgesia. Referência do texto: Djouhri, L., Bleazard, L., Lawson, S.N. Association of somatic action potential shape with sensory receptive properties in guinea-pig dorsal root ganglion neurones. The Journal of physiology, v.513, p.857-872, 1998. 33 2.Tema Central Titulo:Leukocytes in the regulation of pain and analgesia Autores: MACHELSKA H, CABOT PJ, MOUSA SA. Revista de Publicação: Pain, v.112, p.229-238, 2004. Resumo: Quando o tecido é destruído ou invadido por leucócitos na inflamação, numerosos mediadores são liberados na circulação por células residentes que migraram para o sitio de inflamação. Mediadores Pró-algésicos incluem citocinas próinflamatórias, quimiocinas, protões, fator de crescimento dos nervos, e prostaglandinas, que são produzidos pela invasão de leucócitos ou por células residentes. Menos conhecido é que os mediadores analgésicos, que neutralizam a dor, são também produzidos em tecidos inflamados. Estes incluem citocinas antiinflamatórias e peptídeos opióides. As interações entre leucócitos derivados péptidos opióides e os receptores de opióides pode conduzir à inibição potente clinicamente relevante da dor (analgesia). Os receptores opióides estão presentes nas terminações periféricas dos neurônios sensoriais. Peptídeos opióides são sintetizados em leucócitos circulantes, que migram para os tecidos inflamados dirigidos por quimiocinas e moléculas de adesão. Sob condições de stress ou em resposta a agentes libertadores (por exemplo, fator de libertação da corticotropina, citocinas, noradrenalina), os leucócitos podem segregar opióides. Eles ativar receptores opióides periféricos e produzir analgesia por excitabilidade da inibição dos nervos sensoriais e / ou a liberação de neuropeptídios excitatórios. Esta revisão apresenta descobertas que levaram aos conceitos de geração de dor por mediadores secretados a partir de leucócitos e de analgesia por imuno-derivados opiáceos. Observações e apontamentos: A maioria das células polimorfonucleares, são bem conhecidas por sua função antinflamatoria, como os leucócitos, neutrófilos, mastocitos dentre outros, que agem secretando metabolitos ativos eu promovem a resolução da inflamação, outro mecanismo pouco conhecido e pouco abordado é que essas mesmas celulas são secretoras de potentes moléculas que agem no processo inflamatorio produzindo analgesia, estudos abordam a necessidade de pesquisas voltadas para descobertas sobre a modulação por estes peptídeos. Referência do texto: 34 Fields, H.L., Emson, P.C., Leigh, B.K., Gilbert, R.F., Iversen, L.L., 1980. Multiple opiate receptor sites on primary afferent fibres. Nature, v.284, p.351-353, 1980. 35 3.Tema Central Titulo: Opioid control of inflammatory pain regulated by intercellular adhesion molecule. Autores: MACHELSKA H, MOUSA SA, BRACK A. Revista de Publicação: J Neurosci, v.22(13), p. 5588-5596, 2002 Resumo: A dor pode ser efetivamente controlada por mecanismos endógenos com base em interações neuro-imunes. Em tecido inflamado peptídeos opióides derivados de células ativam os receptores opióides de nervos sensoriais periféricos que conduzem a analgesia potente. Isto é provocado por uma liberação de opióides a partir de células inflamatórias após a estimulação por estresse ou hormônio liberador da corticotropina (CRH). Sendo que os imunócitos migram a partir da circulação para o sitio inflamado por varios passos, incluindo a sua laminação, adesão e transmigração através da parede do vaso. Isto é orquestrado pelas moléculas de adesão nos leucócitos e endotélio vascular. Molécula de adesão intercelular-1 [ICAM-1 (ou CD54) é expressa pelo endotélio e adesão medeia e extravasamento de leucócitos. O objetivo deste estudo foi mostrar que ICAM-1 regula a migração de células produtoras de opióides com uma geração subseqüente de analgesia nos sites de doloroso em inflamação. Isto foi observado através de imunofluorescência, citometria de fluxo, e ensaio comportamental (pressão pata/ von Frei Eletrônico). Este estudo demonstrou que ICAM-1 é regulada no endotélio vascular, simultaneamente com uma imigração melhorada dos receptores de opióides de células imunes no tecido da pata inflamada. A administração intravenosa de um anticorpo monoclonal contra ICAM-1 marcadamente diminuída a migração leucócitos contendo opióides e de granulócitos, monócitos-macrófagos e T células para o tecido inflamado. Ao mesmo tempo, imunócitos circulantes aumentou em número, e inflamação macroscópica (hiperalgesia, o volume da pata, e temperatura da pata) permaneceu essencialmente inalterada. Mais importante ainda, que foi observado que a analgesia periférica dos opióides sintetizados por imunócitos é induzida por estresse, quer de água fria mergulho ou por administração intraplantar do CRH foi reduzido drasticamente. Em conjunto, os resultados indicam que ICAM-1, expresso em endotélio vascular recrutam imunócitos contendo opióides para promover o controle local da dor inflamatória, e que esta molécula de adesão é extremamente importante para a migração e adesão leucocitária. 36 Observações e apontamentos: O emprego de opiáceos atualmente é limitado proveniente de seus efeitos colaterais como dependência, constipação entre outros, ao passo que nossos próprios organismos sintetizam endogenamente moléculas responsáveis por uma automodulação da dor, estas moléculas sintetizadas endogenamente não causa o efeito adverso já eu as mesmas são produzidas e biodegradadas no seu sitio de ação, no local inflamado. Não tendo uma ação sistêmica, este é um dos motivos pelo qual estudos têm sido convergidos a este foco de pesquisa. Referência do texto: RUIZ F, DIERSSEN M, FLÓREZ J, HURLÉ MA. The Ca2+ channel agonist Bay K 8644 induces central respiratory depression in cats, an effect blocked by naloxone.Eur J Pharmacol, v.240(2-3, p.155-61, 1993. 37 4.Tema Central Titulo A peripheral sympathetic component in inflammatory hyperalgesia. Autores: NAKAMURA M, FERREIRA SH. Revista de Publicação: Eur J Pharmacol, v.135(2), p.145-53, 1987. Resumo: Antiinflamatórios não esteroidais (AINE’s), inibem parcialmente a hiperalgesia na inflamação induzida por carragenina na pata de rato posterior, um dos testes mais freqüentemente utilizados nociceptivos. Este trabalho mostra que a tanto a depleção de guanetidina periféricas aminas simpatomiméticas ou o tratamento com os antagonistas de adrenoceptores (beta-bloqueadores) e um específico de dopamina DA-1 antagonista (SCH 23390) reduziu significativamente a hiperalgesia induzida por carragenina. Estes antagonistas também aboliram a hiperalgesia induzida pata de rato por várias aminas simpatomiméticas, bem como a induzida por uma seletiva DA-1, agonista de SKF 38393. O bloqueio da captação-1 pela cocaína potenciada a hiperalgesia induzida por carragenina e aminas simpatomiméticas. Assim conclui-se que existe um componente simpático, possivelmente mediado por um receptor de DA-1, que reduz a hiperalgesia induzida por carragenina. Este componente pode ser predominante em certos tipos de dor não sensíveis aos antiinflamatórios não esteroidais (AINE’s). Se assim for, agentes seletivos periféricas DA-1 poderiam ser um dos grupos seletos de antagonistas a serem desenvolvidos como uma nova classe de analgésicos pela indústria farmacêutica. Observações e apontamentos: O emprego de opiáceos atualmente é limitado proveniente de seus efeitos colaterais como dependência, constipação entre outros, ao passo que nosso próprio organismo sintetizam endogenamente moléculas responsável por uma auto-modulação da dor, estas moléculas sintetizadas endogenamente não causa o efeito adverso já eu as mesmas são produzidas e biodegradadas no seu sitio de ação, no local inflamado. Não tendo uma ação sistêmica, este é um dos motivos pelo qual estudos têm sido convergidos a este foco de pesquisa. Referência do texto: STEIN C, HASSAN AHS, PRZEWLOCKI R. Opioids from immunocytes interact with receptors on sensory nerves to inhibit nociception in inflammation. Proc Natl Acad Sci USA, v. 87: p.5935–9,1990. 38 5.Tema Central Titulo: The Ca2+ channel agonist Bay K 8644 induces central respiratory depression in cats, an effect blocked by naloxone. Autores: RUIZ F, DIERSSEN M, FLÓREZ J, HURLÉ MA. Revista de Publicação: Eur J Pharmacol, v.240(2-3), p.155-61, 1993. Resumo: Neste estudo foram analisados os efeitos respiratórios induzidos pelo Ca2+ utilizando-se seus respectivos agonista, aplicados ao ventral superfície medular de gatos e os mesmos produziram uma depressão respiratória dose dependente. A naloxona (0,1 mg / kg), mas não D-naloxona, inverteu estes efeitos, indicando que uma mecanismo de opióides endógenos estava envolvido. Bay R 4407 (100 microgramas) foi ineficaz. Os efeitos depressores respiratórios induzidos pela Bay K 8644 e seu (-) enantiómero eram uma consequência das suas propriedades agonistas sobre a Ca2+ tipo canal, uma vez que a actividade de Bay K 8644 foi estereoespecífico, e nimodipina impediu o efeito. Sugere se assim que a ativação potente de Ca2 + canais ou outros mecanismos de doses elevadas de agonistas de Ca2 + induz a liberação de peptídeos opióides endógenos nas estruturas medulares relacionadas com a respiração. Observações e apontamentos: Os canais de Ca2+ são necessários durante a transmissão sináptica, uma vez que no decorrer da transmissão eles tendem a ser liberados pelo reticulo sarcoplasmático, participando do potencial de ação. Assim quando os potencias não são dispostos logo ocorre uma hiperpolarização. Referência do texto: SHARMA, S.K., NIRENBERG, M., KLEE, W.A. Morphine receptors as regulators of adenylate cyclase activity. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America, v. 72, p.590-594, 1975. 39 6.Tema Central Titulo: Opioid Peptides in Immune Cells Autores: SMITH E.M. Revista de Publicação: Adv Exp Med Biol, v.521, p.51–68, 2003. Resumo: Os papéis de opiáceos e opióides (peptídeos endógenos com atividade opióide) no sistema imunológico só recentemente começaram a receber rigoroso estudo, haja vista que com o desenvolvimento de uma sociedade de estudo da dor, diversos trabalhos científicos vem sendo desenvolvido com a finalidade de se conhecer os mecanismos e as vias de sinalização da dor, que é uma experiência sensorial desagradável que tem uma alta incidência. E estudos têm mostram que aspecto pouco compreendido do campo, a produção de opióides por células linfóides. Os peptídeos opióides não só afetam as funções do sistema imunológico, mas leucócitos mononucleares expressar genes de peptídeos opióides e secretar os peptídeos ativos. Produção linfóide de opióides pode, em parte explicam muitos dos resultados contraditórios observados efeitos de opióides no sistema imunitário. O âmbito da discussão será limitado a sistemas de vertebrados, como os invertebrados são abordados no capítulo por Stefano neste livro. O objetivo deste trabalho inicial na área, particularmente foi rever as ultimas descobertas no que concerne à dor e SUS mecanismos de ação bem como as vias nociceptivas. Observações e apontamentos: A elevada incidência e por ser a dor um dos sinais cardinais da inflamação, são fatores que contribuem para o desenvolvimento de pesquisas e aparatos que possam trazer resposta aos mecanismos fisiológicos e moleculares da mesma. Este estudo aborda as ultimas descobertas destes mecanismos no que concerne ao sistema único de saúde, um dos pontos de referencia deste artigo é o Cuidados Paliativos Oncologicos Controle da Dor, do Instituto Nacional do Cancer, sendo que o mesmo trás assuntos no que cerne ao conceito de dor. O uso de Opiáceos permanece a área de maior interesse entre muitos médicos e o aumento da variedade das formulações disponíveis reforça a situação. Referência do texto: RITTNER HL, MACHELSKA H, STEIN C .Leukocytes in the regulation of pain and analgesia. J Leukoc Biol, v.78, p.1215-1222, 2 40 7.Tema Central Titulo: Opioids from immunocytes interact with receptors on sensory nerves to inhibit nociception in inflammation Autores: STEIN C, HASSAN AHS, PRZEWLOCKI R. Revista de Publicação: Proc Natl Acad Sci USA, v. 87: p.5935–9,1990. Resumo: Opióides endógenos podem produzir antinocicepção localizada, mediada pelos receptores opióides no tecido inflamado periférico. Estudos anteriores mostram que a ativação de opióides endógenos por um mergulho de água fria em ratos, e resultados da inflamação na pata tem um efeito antinociceptivo local similar, decorrente da mesma ativação dos peptídeos opióides endógenos, sugerindo que a pituitária-adrenal estão diretamente envolvidos na produção deste efeito. Este estudo demonstrou aumento da quantidade de peptídeos opióides nas células imunológicas que infiltram o tecido inflamado. Além disso, receptores opióides imunoreativos nos terminais periféricos dos neurônios sensitivos. A administração local de anticorpos contra os péptidos opióides, seus receptores ou de pré-tratamento sistémico com os blocos de imunossupressoras de ciclosporina, diminui a nocicepção mergulho induzido. Estas descobertas sugerem que antinocicepção na inflamação pode ser provocada por opióides endógenos de células do sistema imunológico que interagem com receptores de opióides em nervos sensoriais periféricos. Observações e apontamentos: Um novo contexto de analgesia endógena é que peptídeos opióides endógenos sintetizados por polimorfonucleares. Experimentos tem demonstrado que esta diretamente proporcional ao numero de polimorfonucleares bem, como os seus receptores opióides, ou proteino-cinases, ou moléculas de adesão leucocitária responsável pela migração e adesão das células polimorfonucleares. Referência do texto: FURST S, RIBA P, FRIEDMANN T, ET AL. Peripheral versus central antinociceptive actions of 6-amino acid-substituted derivatives of 14-O-methyloxymorphone in acute and inflammatory pain in the rat. J Pharmacol Exp Ther. 2005;312:609–18. 41 8.Tema Central Titulo: No tolerance to peripheral morphine analgesia in presence of opioid expression in inflamed synovial Autores: STEIN C, PFLÜGER M, YASSOURIDIS A. Revista de Publicação: J Clin Invest, v.98, p. 793–9, 1996. Resumo: O tratamento da dor com opiáceos de ação central é limitada pela tolerância, e também pelo fato dos mesmos serem muitas vezes utilizados como droga de abuso. A tolerância é um efeito decrescente de um fármaco com a administração prolongada de que droga ou de um correspondente, composto agindo no mesmo receptor. Isto é muitas vezes associada a uma baixa regulação dos receptores. Em tecido inflamado periférico, tanto localmente peptídeos opióides endógenos expresso como a morfina podem produzir analgesia mediada poderoso por populações semelhantes de receptores opióides. Este estudo decorre da hipótese de que a presença crônica de opióides endógenos em articulações inflamadas podem transmitir regulação de receptores opióides periféricos e tolerância aos efeitos analgésicos da morfina intra-articular. Neste estudo foram avaliados os efeitos após a cirurgia artroscópica em pacientes com e sem infiltração sinovial celular, como pôde ser abservado através da histológia, e examinamos peptídeos opióides sinoviais e receptores opióides por imunocitoquímica e autorradiografia, respectivamente. Assim, pode se afirmar que, apesar da abundância de opióides contendo células em sinovite pronunciada, a morfina é pelo menos tão eficaz como em pacientes sem tais infiltrações celulares, e não há nenhuma regulação grande de receptores opióides periféricos. Assim, os opióides expressos em tecidos inflamados não produzir tolerância à analgesia morfina periférica. A tolerância pode ser menos pronunciada do que para perifericamente para opióides que atuam centralmente, o que proporciona uma perspectiva promissora para o tratamento da dor crônica na artrite e outras condições inflamatórias. Observações e apontamentos: Quando abordamos a utilização dos opiáceos na clinica medica é inevitável que não se aborde as vertentes decorrente da utilização do mesmo, que são dependência e tolerância, por que são efeitos que podem ser observados nos pacientes que fazem a utilização dos mesmos, entretanto, quando analisado a ação dos peptídeos opióides endógenos, percebe-se que os mesmos causam menos tolerância e menos 42 dependência, uma vez que sua ação e local e periférica, não atingindo assim as vias superiores relacionadas a memória, o que pode influenciar no desenvolvimento de dependência e tolerância, o que fazem destes um novo campo de pesquisa para a industria farmacêutica com finalidade de melhoria da qualidade de vida e eficácia de substancia. Referência do texto: Brack A, Rittner HL, Machelska H, et al. Mobilization of opioid-containing polymorphonuclear cells by hematopoietic growth factors and influence on inflammatory pain. Anesthesiology. 2004c;100:149–57. 43 9.Tema Central Titulo: Endogenous opioid analgesia in peripheral tissues and the clinical implications for pain control Autores: DANIEL KAPITZKE, IRINA VETTER, AND PETER J CABOT Revista de Publicação: Published online 2005 December.. Resumo: Receptores opióides são amplamente expressos no sistema nervoso central e periférico, bem como em numerosos tecidos não neuronais. Ambos os modelos de animais e humanos de dados clínicos suportam o envolvimento de receptores opióides periféricos em analgesia, particularmente na inflamação, onde tanto a expressão do receptor opióide e eficácia são aumentadas. Células imunes têm sido mostrados para conter vários péptidos opióides, tais como β-endorfina (FIM), metencefalina (ENK), e dinorfina-A (DYN), embora o péptido opióide predominante envolvido em imune mediada por células antinocicepção se pensa ser END. Estas células opióide contendo imunes migrar para tecidos inflamados durante um processo complexo de recrutamento por quimiocinas, adesão e extravasamento. Nestes tecidos, o péptido opióide é libertado a partir das células imunitárias após estimulação com factor de libertação de corticotropina (CRF), noradrenalina, e 1β interleucina (IL1β), e as células do sistema imunológico retornar para o nó de linfa locais depletados de péptido. De acordo com este modelo, imunossupressão sistêmica pode levar a analgesia endógena diminuída como competentes células do sistema imunológico são essenciais para conseguir liberação de peptídeos opióides endógenos no tecido inflamado. Outro nível de complexidade é adicionado pela observação de que opióides exógenos pode prejudicar a função das células imunes, embora haja alguma evidência para sugerir que peptídeos opióides endógenos não partilham o efeito imunossupressor. Melhorar a nossa compreensão dos mecanismos endógenos de opióides irá fornecer informações valiosas para o desenvolvimento de novos tratamentos para a dor com perfis de efeitos colaterais melhoradas. Observações e apontamentos: Diversos estudos, como este realizado por Brack et al, 2004, sugerem que os estes peptídeos opióides endógenos são ligantes dos receptores opióides μ (mu), κ (kappa) e δ (delta), promovendo assim uma analgesia na hiperalgesia inflamatória, e que esta analgesia pode tornar se cada vez mais importante como o numero de receptores opióides que são altamente expressos com a progressão da inflamação. 44 Referência do texto: ABBADIE C, PAN Y, PASTERNAK G. Differential distribution in rat brain of mu opioid receptor carboxy terminal splice variants MOR-1C-like and MOR-1-like immunoreactivity: evidence for region-specific processing. J Comp Neurol. 2000;419:244–56. 45 10.Tema Central Titulo: Gene expression and localization of opioid peptides in immune cells of inflamed tissue: functional role in antinociception Autores: STEIN C, HASSAN AHS, PRZEWLOCKI R. Revista de Publicação: Neuroscience, v.48, p.491–500, 1992. Resumo: Este estudo faz uma abordagem indicativa de que os opióides endógenos (principalmente beta-endorfina) liberados durante estímulos de stress pode interagir com receptores opióides periféricos para inibir a nocicepção no tecido inflamado de ratos. Este estudo procurou localizar mRNAs precursoras de opiáceos e os peptídeos opióides deles decorrentes no tecido inflamado, identificar as células que contêm opiáceos e demonstrar sua importância funcional na inibição da nocicepção, já que muitos trabalhos tem descrito a mesma função para os polimorfonucleares. Em ratos com inflamação de Freund na pata posterior induzida por adjuvante unilateral, este estudo mostrou que: (I) pró-opiomelanocortina e proencefalina-mRNAs, são abundantes em células de inflamada, mas ausente em não-inflamado tecido, (II) numerosas células infiltrando o tecido subcutâneo inflamados são coradas intensamente com beta-endorfina e [Met] encefalina; (III) beta-endorfina está presente em T e linfócitos B, monócitos e macrófagos, e (IV) a irradiação de corpo inteiro suprime antinocicepção induzida por estresse na pata inflamada. Tomados em conjunto, estes dados sugerem que os peptídeos opióides endógenos são sintetizados e processado dentro de vários tipos de células imunitárias no local da inflamação. Imunossupressão abole o antinocicepção intrínseca em tecido inflamado confirmando o significado funcional destas células. Observações e apontamentos: Diversos estudos sobre dor e antinocicepção tem sido proposto com a finalidade de entender os processos e mecanismos para o manejo da dor, desde a clinica medica a oncologia e laboratórios de modelos experimentais tem proposto estes trabalhos para elucidar mecanismos e vias nociceptivas, atualmente tem se um foco de estudo que são os polimorfonucleares que sintetizam peptídeos opióides que agem localmente sem causar os mesmos efeitos indesejáveis que os opiáceos de maneira geral causam, como a constipação, a dependência e tolerância dentre outros. Este estudo demonstra a participação da antinocicepção intrínseca dos imunócitos em tecido inflamado, e que a depleção dos mesmos podem levar a uma depressão do seu efeito intrínseco antinociceptivo. Referência do texto: PRZEWLOCKI R, HASSAN AH, LASON W, ET AL. Gene expression and localization of opioid peptides in immune cells of inflamed tissue: functional role in antinociception. Neuroscience, v.48, p.491–500, 1992. 46 11.Tema Central Titulo: The endogenous opioid system and clinical pain management Revista de Publicação: AACN Clin Issues, v. 16, p.291-301, 2005. Resumo: O sistema de opióides endógenos é um dos mais estudados inatos para aliviar a dor sistemas. Este sistema consiste de neurônios amplamente dispersos que produzem três opióides: beta-endorfina, o encontrou e leu-encefalinas e as dinorfinas. Estes opióides agem como neurotransmissores e neuromoduladores em três classes principais de receptores, denominados mu, delta e kappa, e produzir analgesia. Tal como os seus homólogos endógenos, as drogas opióides, ou opiatos, agem nestes mesmos receptores para produzir tanto analgesia e efeitos colaterais indesejáveis. Este artigo analisa algumas das descobertas recentes sobre o sistema opióide, incluindo interações com outros neurotransmissores, a localização e existência de subtipos de receptores, e como essa informação impulsiona a busca por melhores analgésicos. Consideramos também como uma compreensão do sistema opióide afeta as respostas clínicas à administração de opiáceos e que o futuro reserva para o alívio da dor melhor. O objetivo deste artigo foi ajudar o corpo clínico clínicos a desenvolver intervenções farmacológicas que melhor atendam as necessidades analgésicas seu paciente. Observações e apontamentos: Opióides se ligam a receptores específicos de opióides no sistema nervoso central e outros tecidos. Existem três classes principais de receptores opióides, μ, κ, δ (mu, kappa e delta), embora até dezessete têm sido relatados e incluem a ε, ι, λ e ζ (Epsilon, Iota, Lambda e Zeta ) receptores. Por outro lado, ζ (Sigma) receptores não são mais consideradas como receptores opióides por que: sua ativação não for revertida pela naloxona inversa-agonista opiáceo, eles não apresentam de alta afinidade para opióides clássicos, e eles são estereosseletiva de dextro-rotatórios isômeros enquanto os outros receptores opióides são estéreo-seletiva para laevo-rotatórios isómeros. Referência do texto: HOLDEN, J.E., JEONG, Y., FORREST, J.M. The endogenous opioid system and clinical pain management. AACN Clin Issues, v. 16, p.291-301, 2005. 47 12.Tema Central Titulo: Modulation of adenylate cyclase activity of mouse spinal cord-ganglion explants by opioids, serotonin and pertussis toxin. Autores: MAKMAN, M.H., DVORKIN, B., CRAIN, S.M. Revista de Publicação: . Brain research , v.445,p.303-313, 1998. Resumo: Culturas organotípicas da medula espinhal (ganglionar) de fetos de ratos (2-4 semanas in vitro) contêm forscolina-estimulado actividade adenilato ciclase (AC), que é inibida por levorfanol e outros agonistas opióides, de uma forma dependente da dose. Inibição por levorfanol já não ocorre se de sódio é omitido da incubação e a inibição levorfanol é bloqueado pelo antagonista de opióides, naloxona. Estas descobertas, juntamente com a ineficácia da dextrorfano indicam que a inibição opióide é mediada pelo receptor. Ambos os subtipos de delta-e o kappa-receptor parecem estar envolvidas uma vez que o agonista seletivo de delta-opióide , encefalina, e o agonista seletivo de kapa-opióide, são eficazes em concentrações nanomolares. Em contraste, o agonista seletivo de mu-opióide, não tem nenhum efeito significativo, mesmo em concentrações micromolares. Ambos os componentes da medula e do gânglio dos explantes contêm opiáceos sensível AC. A estimulação com Forscolina AC dos explantes é também inibida pela serotonina e carbacol. O efeito da serotonina parece ser mediada por receptores específicos como o 5-HT1A, com base no agonista relativa e seletividade antagonista. O efeito estimulante de opióides é marcadamente aumentada após ou morfina. Referência do texto: MAKMAN, M.H., DVORKIN, B., CRAIN, S.M. Modulation of adenylate cyclase activity of mouse spinal cord-ganglion explants by opioids, serotonin and pertussis toxin. Brain research , v.445,p.303-313, 1998. 48 13.Tema Central Titulo: . A peripheral sympathetic component in inflammatory hyperalgesia. Autores: NAKAMURA M, FERREIRA SH. Revista de Publicação: Eur J Pharmacol, v.135(2), p.145-53, 1987. Resumo: Antiinflamatórios não esteroidais (AINE’s), inibem parcialmente a hiperalgesia na inflamação induzida por carragenina na pata de rato posterior, um dos testes mais freqüentemente utilizados nociceptivos. Este trabalho mostra que a tanto a depleção de guanetidina periféricas aminas simpatomiméticas ou o tratamento com os antagonistas de adrenoceptores (beta-bloqueadores) e um específico de dopamina DA-1 antagonista (SCH 23390) reduziu significativamente a hiperalgesia induzida por carragenina. Estes antagonistas também aboliram a hiperalgesia induzida pata de rato por várias aminas simpatomiméticas, bem como a induzida por uma seletiva DA-1, agonista de SKF 38393. O bloqueio da captação-1 pela cocaína potenciada a hiperalgesia induzida por carragenina e aminas simpatomiméticas. Assim conclui-se que existe um componente simpático, possivelmente mediado por um receptor de DA-1, que reduz a hiperalgesia induzida por carragenina. Este componente pode ser predominante em certos tipos de dor não sensíveis aos antiinflamatórios não esteroidais (AINE’s). Se assim for, agentes seletivos periféricas DA-1 poderiam ser um dos grupos seletos de antagonistas a serem desenvolvidos como uma nova classe de analgésicos pela indústria farmacêutica. Observações e apontamentos: O emprego de opiáceos atualmente é limitado proveniente de seus efeitos colaterais como dependência, constipação entre outros, ao passo que nosso próprio organismo sintetizam endogenamente moléculas responsável por uma auto-modulação da dor, estas moléculas sintetizadas endogenamente não causa o efeito adverso já eu as mesmas são produzidas e biodegradadas no seu sitio de ação, no local inflamado. Não tendo uma ação sistêmica, este é um dos motivos pelo qual estudos têm sido convergidos a este foco de pesquisa. Referência do texto: NAKAMURA M, FERREIRA SH. A peripheral sympathetic component in inflammatory hyperalgesia.. Eur J Pharmacol, v.135(2), p.145-53, 1987. 49 14.Tema Central Titulo: No tolerance to peripheral morphine analgesia in presence of opioid expression in inflamed. Autores: STEIN C, PFLÜGER M, YASSOURIDIS A Revista de Publicação: J Clin Invest, v.98, p. 793–9, 1996. Resumo: O tratamento da dor com opiáceos de ação central é limitada pela tolerância. A tolerância é um efeito decrescente de um medicamento com a administração prolongada de que o fármaco ou de um composto (eg, endógena) relacionado agindo no mesmo receptor. Isso é muitas vezes associada a uma baixa regulação dos receptores. Em tecido inflamado periférico, tanto localmente expressos peptídeos opióides e morfina podem produzir analgesia mediada poderoso por populações semelhantes de receptores opióides. Nossa hipótese é que a presença crônica de opióides endógenos em articulações inflamadas pode transmitir downregulation de receptores opióides periféricos e tolerância aos efeitos analgésicos da morfina intraarticular. Foram avaliados os efeitos após a cirurgia artroscópica em pacientes com e sem histológico infiltração sinovial celular, e examinamos sinoviais peptídeos opióides e receptores opióides por imunocitoquímica e autoradiografia, respectivamente. Descobrimos que, apesar de uma abundância de opióide que contêm células em sinovite pronunciada, a morfina é pelo menos tão eficaz como em pacientes sem tais infiltrações celulares, e não há downregulation grande de receptores opióides periféricos. Assim, os opióides expressos em tecidos inflamados não produzem tolerância à analgesia morfina periférica. A tolerância pode ser menos pronunciado do que para perifericamente para opióides actuam centralmente, o que proporciona uma perspectiva promissora para o tratamento da dor crónica na artrite e outras condições inflamatórias. Observações e apontamentos: Os opiáceos são substâncias derivadas do ópio e, portanto, estão incluídos na classe dos opióides- grupo de fármacos que atuam nos receptores opióides neuronais. Eles produzem ações de insensibilidade à dor (analgesia) e são usados principalmente na terapia da dor crônica e da dor aguda de alta intensidade. Agem Produzindo em doses elevadas euforia, estados hipnóticos e dependência e alguns (morfina e heroína) são usados como droga recreativa de abuso. Referência do texto: FURST S, RIBA P, FRIEDMANN T, ET AL. Peripheral versus central antinoci-ceptive actions of 6-amino acid-substituted derivatives of 14-O methyloxymorphone in acute and inflammatory pain in the rat. J Pharmacol Exp Ther. v.;312:p.609–18 ,2005. 50 15.Tema Central Titulo: Opioid control of inflammatory pain regulated by intercellular adhesion molecule-1. Autores: MACHELSKA H, MOUSA SA, BRACK A. Revista de Publicação: J Neurosci, v:22(13), p:5588-5596, 2002. Resumo: A dor pode ser efectivamente controlada por mecanismos endógenos com base em interações neuroimunes. No tecido inflamado imunitárias de células derivadas de peptídos opióides ativar os receptores opióides nos nervos sensoriais periféricos que conduzem a analgesia potente. Esta é provocada por uma liberação de opióides a partir de células inflamatórias após estimulação por estresse ou hormônio liberador de corticotropina (CRH). Imunócitos migram a partir da circulação para o tecido inflamado em múltiplos passos, incluindo a sua laminação, adesão e transmigração através da parede do vaso. Isto é orquestrada por moléculas de adesão sobre os leucócitos e o endotélio vascular. Molécula de adesão intercelular-1 [ICAM-1 (ou CD54)] é expressa pelo endotélio e adesão medeia e extravasamento de leucócitos. O objetivo deste estudo foi mostrar que o ICAM-1 regula a saida de células produtoras de opiáceos e a geração subseqüente de analgesia em locais de inflamação dolorosa. Isto foi conseguido através de imunofluorescência, citometria de fluxo, e ensaio (pressão pata) comportamental. Neste artigo é demonstrado que ICAM-1 é regulada no endotélio vascular, simultaneamente com uma imigração melhorada do opióide contendo células imunes no tecido da pata inflamada. A administração intravenosa de um anticorpo monoclonal contra ICAM-1 diminuiu marcadamente a migração de leucócitos e macrocitos contendo opióide, monócitosmacrófagos e células T para o tecido inflamado. Ao mesmo tempo, imunócitos circulantes aumentou em número, e inflamação macroscópica (hiperalgesia, o volume da pata, e temperatura da pata) permaneceu essencialmente inalterada. Mais importante ainda, analgesia opióide periférica provocada pelo estresse ou frio de água de natação ou por administração intraplantar do CRH foi reduzido drasticamente. Em conjunto, estes resultados indicam que ICAM-1, expresso em recruta endotélio vascular imunócitos contendo opióides para promover o controle local da dor inflamatória. Observações e apontamentos: De modo geral, as células endoteliais são adaptadas a expressar altos níveis de moléculas de adesão da família das inas (ina E e ina P), molécula 1 de adesão intercelular (ICAM-1). A expressão dessas moléculas é resultado do processo de ativação do endotélio que ocorre em condições de lesão tecidual, na presença de subprodutos de microrganismos (e.g., lipopolissacáride - LPS) ou mediante contato com fatores provenientes da resposta inflamatória como componentes das cascatas do complemento, coagulação, citocinas (IL-1, TNF-a) e mediadores como a histamina. Entre 51 os fatores quimiotáticos destacam-se fragmentos de fibrina, colágeno, fatores solúveis plaquetários, mediadores dos mastócitos, subprodutos do complemento (C5a, C3a e C4a), resíduos do metabolismo bacteriano como os peptídeos n-formilados, entre outros. São também importantes as quimiocinas, grupo de citocinas secretadas por diferentes tipos celulares e responsáveis por direcionar as células para o foco inflamatório. Referência do texto: DANIEL KAPITZKE, IRINA VETTER, AND PETER J CABOT. Endogenous opioid analgesia in peripheral tissues and the clinical implications for pain control. Ther Clin Risk Manag. v.1 (4):p. 279–297, 2005.. 52 16.Tema Central Titulo: Leukocytes in the regulation of pain and analgesia. Autores: RITTNER HL, MACHELSKA H, STEIN C . Revista de Publicação: J Leukoc Biol, v.78, p.1215-1222, 2005. Resumo: A primeira defesa do organismo a um dano tecidual é a resposta inflamatória. A inflamação é um processo biológico complexo que envolve componentes vasculares, celulares e uma diversidade de substâncias solúveis, apresentando como sinais clínicos característicos rubor, calor, edema, dor e prejuízo funcional. A finalidade do processo inflamatório é remover o estímulo lesivo e iniciar a recuperação tecidual local. Quando o tecido é destruído ou invadido por leucócitos na inflamação, mediadores numerosas são entregues pela circulação e / ou libertado de residente e imigrou células no sítio. Mediadores Pró-algésica incluem citocinas próinflamatórias, quimiocinas, protões, do fator de crescimento dos nervos, e prostaglandinas, que são produzidos pela invasão de leucócitos ou por células residentes. Menos conhecido é que os mediadores analgésicos, que neutralizam a dor, são também produzidos em tecidos inflamados. Estes incluem citocinas antiinflamatórias e péptidos opióides. As interações entre leucócitos derivados peptídos opióides e os receptores de opióides pode conduzir à inibição potente clinicamente relevante da dor (analgesia). Observações e apontamentos: Os receptores opióides estão presentes nas terminações periféricas dos neurônios sensoriais. Peptídos opióides são sintetizados em leucócitos circulantes, que migram para os tecidos inflamados dirigidos por quimiocinas e moléculas de adesão. Sob condições de stress ou em resposta a agentes libertadores (por exemplo, factor de libertação da corticotropina, citocinas, noradrenalina), os leucócitos podem segregar opióides. Eles ativam receptores opióides periféricos e produzem analgesia por excitabilidade da inibição dos nervos sensoriais e / ou a libertação de neuropéptidos excitatórios. Esta revisão apresenta descobertas que levaram aos conceitos de geração de dor por mediadores secretados a partir de leucócitos e de analgesia por imuno-derivados opiáceos. Referência do texto: FURST S, RIBA P, FRIEDMANN T, ET AL. Peripheral versus central antinoci-ceptive actions of 6-amino acid-substituted derivatives of 14-O-methyloxymorphone in acute and inflammatory pain in the rat. J Pharmacol Exp Ther. 2005;312:609–18. 53 17.Tema Central Titulo: A peripheral sympathetic component in inflammatory hyperalgesia. Autores: NAKAMURA M, FERREIRA SH. Revista de Publicação: Eur J Pharmacol, v.135(2), p.145-53, 1987. Resumo: Os anti-inflamatórios não-esteroidais (AINE’s) são um grupo variado de fármacos que têm em comum a capacidade de controlar a inflamação, de analgesia (reduzir a dor). Caracterizam-se por inibir a atividade de subtipos da ciclo-oxigenase, impedindo assim a síntese de eicosanoides pela via metabólica da cascata do ácido araquidónico. Fazem parte deste grupo medicamentos muito conhecidos, em parte por alguns já estarem disponíveis há muito tempo, por serem de venda livre (MNSRM), e pelo vasto número de situações em que são usados. Alguns nomes sonantes incluem o ácido acetilsalicílico, ibuprofeno e naproxeno. O paracetamol, embora possua um mecanismo de acção semelhante e tenha efeito antipirético e analgésico[2], é praticamente desprovido de efeito anti-inflamatório.Antiinflamatórios não esteroidais (AINE’s), apenas parcialmente inibir a hiperalgesia na inflamação induzida por carragenina na pata de rato traseira, um dos testes mais frequentemente utilizados nociceptivos. Vamos agora relatam que, quer o esgotamento guanetidina de periféricos aminas simpatomiméticas ou o tratamento com antagonistas de adrenoceptores (beta-bloqueadores) e um dopamina específico (DA) -1 antagonista (SCH 23390) reduziu significativamente carragenina hiperalgesia. Estes antagonistas também aboliu a hiperalgesia da pata de rato induzido por várias aminas simpatomiméticas, bem como a induzida por uma selectiva DA-1, agonista de SKF 38393. O bloqueio da captação-1 pela cocaína potenciada a hiperalgesia induzida por carragenina e aminas simpaticomimética. Concluímos que existe um componente simpático, possivelmente mediada por um receptor de DA-1 tipo em carragenina hiperalgesia induzida. Este componente pode predominar em certos tipos de dor não é sensível aos AINEs. Se assim for, seletivos periféricos DA-1 antagonistas poderia ser desenvolvida como uma nova classe de analgésicos. Observações e apontamentos: Os AINEs são inibidores específicos da enzima ciclooxigenase (COX). A COX possui duas formas ligeiramente diferentes, designadas COX-1 e COX-2. Estas são importantíssimas na cascata do ácido araquidónico, pois transformam o ácido araquidônico, uma substância formada a partir de lípidos presentes na membrana celular pela acção da fosfolípase A2, em dois tipos de compostos, as prostaglandinas e os tromboxanos. O papel destes mediadores na inflamação e na dor, assim como em vários outros processos A prostaglandina é um mediador importante para a activação do centro nervoso (no hipotálamo), regulador da temperatura corporal. Altos níveis de prostaglandina E2 em estados inflamatórios (como infecções) elevam a temperatura. O efeito analgésico é devido à inibição da produção local de prostaglandinas aquan54 do da inflamação. Estas prostaglandinas, se forem produzidas, vão sensibilizar as terminações nervosas locais da dor, que será iniciada por outros mediadores inflamatórios como a bradicinina. Os efeitos antiinflamatórios também estão largamente dependentes da inibição da produção de prostanoides, já que estes mediadores são importantes em quase todos os fenômenos associados à inflamação, como vasodilatação, dor e atração de mais leucócitos ao local. Referência do texto: STEIN C, HASSAN AHS, PRZEWLOCKI R. Opioids from immunocytes interact with receptors on sensory nerves to inhibit nociception in inflammation. Proc Natl Acad Sci USA, v. 87: p.5935–9,1990.. 55 18.Tema Central Titulo: Morphine receptors as regulators of adenylate cyclase activity. Autores: SHARMA, S.K., NIRENBERG, M., KLEE, W.A. Revista de Publicação: Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America, v. 72, p.590-594, 1975. Resumo: A morfina inibe a adenilato ciclase a atividade de células de neuroblastoma vezes glioma híbridos. A inibição é estéreo específica e é invertida pelo antagonista, naloxona. A afinidade relativa dos narcóticos para o receptor de opiáceos concorda bem com a sua eficácia como inibidores da adenilato ciclase. A morfina sensíveis linhas e insensíveis celulares foram encontrados, e do grau de sensibilidade mostrou ser dependente da abundância de receptores de narcóticos. Assim, os receptores de morfina são funcionalmente acoplado a adenilato ciclase. Um mecanismo molecular para a dependência de narcóticos e tolerância é proposto. A morfina é um agonista exógeno dos receptores opióides, presentes em neurônios de algumas zonas do cérebro, medula espinhal e nos sistemas neuronais do intestino. Existem 4 tipos de receptores opióides: o receptor μ (que recebe a denominação moderna de OP3), o receptor δ (OP1), o receptor κ (OP2) e mais recentemente, foi descoberto um novo receptor, designado primeiro como receptor órfão e, mais tarde, como receptor nociceptina (OP4): Observações e apontamentos: A morfina atua por estimulação dos receptores opióides: é um dos agonistas exógenos preferenciais dos receptores μ, tem elevada afinidade para os receptores κ e δ, mas não se fixa aos receptores ζ.Este amplo espectro de afinidade da morfina, associado à distribuição dos receptores opióides por todo o sistema nervoso central e por muitos tecidos periféricos e à multiplicidade de funções em que estes parecem estar envolvidos, levam a que a morfina tenha uma farmacodinâmica exuberante, que serve de padrão à de todos os analgésicos de ação central. Referência do texto: RUIZ F, DIERSSEN M, FLÓREZ J, HURLÉ MA. The Ca2+ channel agonist Bay K 8644 induces central respiratory depression in cats, an effect blocked by naloxone. Eur J Pharmacol, v.240(2-3, p.155-61, 1993. 56 19.Tema Central Titulo: The control of pain in peripheral tissue by opioids. Autores: STEIN C. Revista de Publicação: N Engl J Med, v.332, p.1685-1690, 1995. Resumo: A dor neuropática é uma compilação de alterações sensitivas, cognitivas e emocionais em desenvolvimento lesões nervosas seguintes. Essa dor geralmente dura mais que a causa inicial e se torna uma doença própria que desafia sua gestão. As ações de anticonvulsivantes, antidepressivos atualmente usados e opióides são prejudicados por graves efeitos no sistema nervoso adversos, que impedem a sua dosagem suficiente e uso a longo prazo. Inversamente, a ativação seletiva dos receptores opióides periféricos em neurônios sensoriais tem a vantagem de alívio da dor, sem efeitos colaterais centrais. Número considerável de estudos em animais suporta o efeito analgésico de opióides exogenamente aplicadas atuam em receptores opióides periféricos em condições neuropáticas. Em contraste com a dor de promoção atualmente destacada propriedades das interações neuroimunes associados com a neuropatia, descobertas recentes sugerem que células do sistema imunológico que se acumulam em nervos danificados também pode aliviar localmente a dor através da modulação via sistema intrínseco de opióide. Objetivos futuros incluem a exploração do receptor opióide sinalização em nervos lesados e da função do receptor opióide leucocitária na modulação da dor, com o desenvolvimento tende se a encontrar os mecanismos pelos quais as células imunes, sintetizam e secretam estes peptídeos e a ação dos mesmos. Esses esforços devem estabelecer uma base para o controle eficiente e seguro da dor neuropática. Este artigo abrangente analisa as conseqüências da lesão do nervo na expressão de receptores opióides periféricos e peptídeos, e o impacto dessas mudanças sobre a analgesia opióide, discutir criticamente os resultados positivos e negativos. Foco adicional é um carácter dual de respostas imunitárias no controle de neuropatias dolorosas. Observações e apontamentos: Nos últimos 20 anos, os médicos que tratam da dor neuropática tem receitado uma classe de medicamentos conhecidos como antidepressores triciclos, como por exemplo, amitriptilina. Mas com os avanços recentes no tratamento da dor, Dworkin e 20 co-autores recomendam 5 tipos de medicamentos. Além dos antidepressantes triciclos, eles recomendam gabapentina, desenvolvido originalmente como uma medicação para convulsões, emplastro de lidocaína, narcóticos como oxicontina e o analgésico tramadol. "Tanto os pacientes como os médicos precisam saber que agora existem diversas opções efetivas no que se refere ao controle da dor neuropática", afirma Dworkin em seu artigo. "Esses desenvolvimentos são significativos, tornam possível o alívio para alguns pacientes que antes não era possível". 57 Referência do texto: RITTNER HL, MACHELSKA H, STEIN C .Leukocytes in the regulation of pain and analgesia. J Leukoc Biol, v.78, p.1215-1222, 2005. 58 20.Tema Central Titulo: The roles of different subtypes of opioid receptors in mediating the nucleus submedius opioid-evoked antiallodynia in a neuropathic pain model of rats Autores: WANG, J.Y., ZHAO, M., YUAN, Y.K., FAN, G.X., JIA, H., TANG, J.S Revista de Publicação: Neuroscience, v.138, p.1319-1327, 2006. Resumo: Estudos anteriores indicaram que núcleo talâmico sub médio está envolvido na antinocicepção mediada por opióides, de acordo com seus modelos de estudo com o teste retirada da cauda e teste de formalina. O presente estudo examinou os efeitos de opióides microinjetados no núcleo talâmico sub médio sobre a alodinia desenvolvido em ratos modelo de dor neuropática, e determinou se os papéis de diferentes subtipos de receptores opióides no talâmico sub médio evocado antialodinia. Os comportamentos induzidos por analgésica antialodínica L5/L6 ligadura nervo espinal foram avaliados por processos mecânicos (filamentos de von Frey) e fria (4 graus C placa) estímulos. A morfina (em concentrações de 1,0, 2,5, e 5,0 mcg) microinjeção no núcleo talâmico sub médio contralateral à pata lesão do nervo produziu uma inibição dependente da dose da alodinia mecânica e frio, e estes efeitos foram revertidos por microinjecção do antagonista do receptor opióide não-selectivos naloxona (1,0 mcg) no mesmo local. Microinjecção de endomorfina-1 em concentração de 5,0 mcg, um agonista do receptor altamente seletivo mu-opióides,. Estes resultados sugerem que o núcleo talâmico sub médio está envolvido na antialodinia opióide-evocada, que é mediada por receptor mu, mas não delta-e kappa-opióide nos ratos modelo dor neuropática, Observações e apontamentos: A dor neuropática é uma das mais difícil de ser cuidada. É assim, necessário a atuação em duas frentes: Tratamento da causa da dor neuropática: correção de fraturas, tratamento do diabetes, tratamento do herpes zoster, tratamento do acidente vascular cerebral e etc; Tratamento da dor neuropática: é o tratamento sintomático da manifestação dolorosa. A estratégia é multimodal, ou seja é a reunião de vários instrumentos terapêuticos como medicamento analgésico, antiepilético, modulador de neurotransmissores, fisioterapia, acupuntura, bloqueios terapêuticos, técnicas analgésicas minimamente invasivas. Abordagem multiprofissional: médico, psicoterapeuta, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, nutricionista. Referência do texto: STEIN, C., SCHAFER, M., MACHELSKA, H., 2003. Attacking pain at its source: new perspectives on opioids. Nat Med, v.9, p.1003-1008, 2003. 59