CLIMA ORGANIZACIONAL: UMA AVALIAÇÃO DO AMBIENTE DE TRABALHO NA BIBLICOTECA DA FAVIP Jadinilson Afonso de Melo1 Julio Cesar de Santana Gonçalves2 RESUMO Este artigo teve como objetivo central mensurar o nível de integração entre os funcionários da Biblioteca da Faculdade do Vale do Ipojuca (FAVIP), investigando a percepção dos funcionários com relação às dimensões (quais dimensões?) e fatores culturais dentro da organização. Este estudo se baseia nos seguintes eixos teóricos: Recursos Humanos, resgatando alguns conceitos e tratando de sua origem; Gestão de Pessoas, enfocando seus fundamentos e sua importância no mundo contemporâneo na questão administrativa; Cultura Organizacional, decrevendo a percepção da empresa em relação às crenças e valores; e Clima Organizacional, que aponta para o objetivo final, e na abordagem teórico-metodológica, que salienta todo o caminho percorrido para obtenção dos resultados esperados. Os procedimentos metodológicos que nortearam esta pesquisa se assentam em uma investigação de caráter exploratório-descritivo, com uma metodologia do tipo qualitativa, baseada fundamentalmente na análise de caso, mediante pesquisa de campo. Os resultados desta pesquisa na biblioteca da FAVIP apontam para a importância e a influência do estilo de liderança na formação do clima organizacional como instrumento relacional entre o gestor e seus funcionários, visando a melhoria da prestação dos serviços/produtos. Palavras-chave: Clima organizacional. Comportamento organizacional. Biblioteca da FAVIP. Relacionamento interpessoal. ABSTRACT This article aims to measure the central level of integration between officials of the Library of the Faculty Valley Ipojuca (FAVIP), investigating the perceptions of employees with regard to the dimensions (including dimensions?) And cultural factors within the organization. This study is based on the following themes: Human Resources, to recall some concepts and addressing their origin, People Management, focusing on its foundations and its importance in the contemporary world in administrative, organizational culture, will describe the perception of the company in relation to beliefs and values, and organizational climate, which points to the ultimate goal, and the theoretical and methodological approach, which stresses the entire path to obtain the expected results. The methodological procedures that guided this research is based on an investigation of an exploratory and descriptive, with a kind of qualitative methodology, based mainly on case analysis through field research. The results of this research in the library of FAVIP point to the importance and influence of leadership style in shaping the organizational climate as an instrument relational between the manager and his staff, aimed at improving the delivery of services / products. Keywords: Organizational relationship. climate. Organizational behavior. Library FAVIP.Interpersonal 1 Bacharel em Biblioteconomia pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. MBA em Gestão de Pessoas pela Faculdade do Vale do Ipojuca – FAVIP. Coordenador da Biblioteca da Favip. E-mail: [email protected] 2 Mestre em Administração pela UFPE. Bacharel em Administração pela UFPE. Coordenador do Curso de Administração da FAVIP. E-mail: [email protected] VII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br 1 INTRODUÇÃO As mudanças dos paradigmas organizacionais, antes comprometidos com a questão da motivação dos funcionários e agora voltados para buscar o seu comprometimento com a instituição, geram questões pertinentes a serem levantadas. Diante da necessidade de adequação do perfil gerencial, baseado nas mudanças de foco da gestão administrativa, antes tido como prioridade o resultado da produção e atualmente focado para a satisfação das pessoas no ambiente organizacional, percebemos a necessidade de mensurar o clima entre os funcionários da Biblioteca da FAVIP. “O termo „clima‟ é usado comumente no ambiente de trabalho, para expressar o sentimento de bem-estar ou de mal-estar que os indivíduos vivenciam” (MELLO, 2004, p.15). É preciso que haja uma compreensão sobre essa temática já abordada por alguns autores nas mais diversas instituições de ensino superior existentes, muito embora seja ainda um tema pouco recorrente de produção bibliográfica nas bibliotecas da região. Então, até que ponto a falta de motivação no ambiente de trabalho e a falta de harmonia entre as pessoas refletem no desempenho da equipe e na produtividade das atividades como um todo? Existe um “Clima” favorável na Biblioteca da FAVIP? A importância de diagnosticar o grau de satisfação existente entre o corpo funcional da biblioteca demonstra, antes de mais nada, que relacionamento é uma das questões fundamentais a serem mensuradas. No mundo contemporâneo, sabe-se que o funcionário reflete a imagem da empresa. Principalmente aquele que lida diretamente com o público, considerado como a linha de frente da organização, onde a primeira impressão pode atrair ou afugentar o cliente. As informações serão assimiladas pelos usuários, dependendo de como for fornecida, causando uma boa uma má impressão. O serviço ofertado pela Biblioteca da FAVIP é algo que não é mensurável. São valores que não são registrados. É algo intangível. O fluxo de caixa de Unidade de Informação3 é calculado não só pelo aumento de visitas, mas também pela satisfação de seus consulentes. Não pela forma tradicional. Com cálculos estatísticos e análises concretas. Entretanto, a forma como é administrada é tal qual uma empresa. Com diagnósticos, monitoramentos constantes das suas atividades, pesquisas entre outros procedimentos, com vistas a se perceber como se tem dado a melhoria contínua da oferta dos produtos/serviços do setor, levando-se em consideração o objetivo central deste serviço: a satisfação do usuário. Estrutura da empresa A Faculdade do Vale do Ipojuca (Favip) é uma Instituição de Ensino Superior (IES) que atualmente se caracteriza por oferecer os seguintes cursos de graduação: Administração, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Direito, Engenharia Civil, Jornalismo, Nutrição, Psicologia, Publicidade e Propaganda, Turismo, Arquitetura e Urbanismo e Enfermagem. Esta IES também oferta 12 cursos de pós-graduação nas mais diversas especialidades, cursos de Ensino à Distância e mais 5 cursos superiores tecnólogos situados no prédio do Campus II. A FAVIP surgiu em 2001 com o objetivo de atender a uma demanda crescente da região do Vale do Ipojuca na área da educação. Está localizada em Caruaru, no Agreste Pernambucano e enquanto IES se apresenta bem definidos os seus propósitos organizacionais em termos de missão, visão e valores. Missão 3 Em razão das diversas funções de uma biblioteca contemporânea, os especialistas passaram a chamá-la de Unidade de Informação, que também generaliza o nome do espaço para os diferentes tipos de suportes informacionais existentes para pesquisa. VII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br Prestar serviços na área de ensino superior e contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos seus clientes, através de uma conduta ética e moral, tendo como pressuposto a importância do seu papel na construção da cidadania e no desenvolvimento econômico e social. Visão Tornar-se uma referência no ensino superior, contribuindo para estimular a busca e a prática dos princípios de cidadania. Valores Conduta ética e moral. Responsabilidade social. Busca e prática da inovação. Satisfação e bem-estar dos seus clientes externos e internos. A Biblioteca da FAVIP possui em seu acervo hoje aproximadamente 40.000 (quarenta mil) obras com uma demanda diária de 1000 empréstimos em média. A biblioteca é composta por um quadro funcional formado por três estagiários, onze assistentes de biblioteca lotados no campus I e dois assistentes lotados no campus II, além de um Bibliotecário responsável pela coordenação da unidade funcional. Funciona de segunda a sexta-feira das 8h às 22h e aos sábados das 8 às 12h. Atualmente possui uma recém-inaugurada filial, localizada na unidade do Campus II da Favip, onde trabalham dois assistentes de biblioteca. Entendendo um pouco a grandeza dessa instituição e fundamentalmente da sua biblioteca - setor primordial para um centro acadêmico - que dá suporte prático às teorias aplicadas ao corpo discente, subsidiando através das obras armazenadas a comunidade acadêmica em geral, na busca pelo conhecimento nas diversas áreas do saber, percebe-se o quão importante será a obtenção das informações apuradas cientificamente. Não cabe aqui definir o que é clima organizacional e sim, esclarecer um pouco como os autores o descreve para a compreensão de sua importância na melhoria da prestação de serviços/produtos da empresa. REVISÃO DE LITERATURA A origem e o conceito de Recursos Humanos Para compreender como se dá os conflitos de pessoas dentro do ambiente organizacional várias questões pertinentes devem ser tratadas. Uma delas, fundamental no gerenciamento de qualquer empresa, são os Recursos Humanos. Este item tornou-se tão importante na administração das empresas como um todo, que vários desdobramentos são gerados a partir deste tópico. Bohlander (2005, p.2) argumenta que para trabalhar com pessoas é necessária a compreensão do comportamento humano, e o conhecimento dos vários sistemas e práticas disponíveis para ajudar a construir uma força de trabalho qualificada e motivada. Partindo dessa premissa, supõe-se que existem ferramentas que servem como suporte para otimizar o relacionamento do líder com seus liderados. Há possibilidades de antever um possível conflito utilizando-se de meios, de mecanismos, de modo que, cada indivíduo, cada reação, tenha um determinado tratamento. Cada atitude deve ser vista como algo particular, e tratada de maneira diferenciada. Foi na década de 1970, quando se passou a utilizar a expressão Recursos Humanos para designar, no campo da Administração “[...] aspectos relativos ao elemento humano em geral, nas VII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br organizações” (TOLEDO, 2003). Neste período, tinha-se uma visão meramente departamental. Algo, cuja finalidade era a de recrutar, selecionar e contratar. Era comum confundir o departamento de Recursos Humanos com o Departamento Pessoal. Muitas empresas - e na verdade ainda hoje existe este tipo de visão - possuíam o Departamento de RH para atividades meramente burocráticas. Chiavenato (2000 apud PENNA, 2001) critica a função dos Recursos Humanos, que é: recrutar, treinar e remunerar. Observa ainda que essas funções têm sido a base do departamento de RH de qualquer empresa e permanecem imutáveis ao longo do tempo. Um modelo que tem resistido a todas as tendências da administração moderna e que está muito longe de atender às necessidades dos novos sistemas de gestão por competências e de formação e desenvolvimento de equipes, que a maioria das empresas brasileiras pretende implantar dentro dos próximos anos. Minicucci (2008) considera as relações humanas como a ciência do comportamento humano. Ainda na mesma obra, ele descreve: “Quando há conflito no relacionamento interpessoal, diz-se que há problemas de relações humanas”. (MINICUCCI, 2008, p. 25). Para poder competir e enfrentar os desafios de um mercado cada vez mais exigente, as empresas têm que investir em recursos humanos. Drucker (1996) salienta que os meios de produção, a base tradicional do capitalismo, estavam, agora, nas cabeças e mãos dos trabalhadores. Partindo desses pressupostos, deduz-se que o líder deve ter um pouco de conhecimento sobre questões psicológicas, para poder compreender, analisar e solucionar as questões comportamentais. O próprio Minicucci (2008) defende que cabe ao líder, além ter capacidade administrativa, ter também compreensão do comportamento interpessoal. Cabe a ele compreender e lidar com as pessoas. Alguns estudiosos partem da premissa de que a melhor estratégia de gerenciamento de emoções é aquela que tem seu foco na identificação de fatores potencialmente desencadeadores de emoções negativas no ambiente de trabalho. Atualmente, com os desafios competitivos se delineando, reforça-se a idéia de que gerenciar pessoas é algo primordial e necessário nas organizações. É por isso que os gerentes de RH estão cada vez mais, trabalhando em parceria com os líderes de setor, demonstrando a necessidade de descentralização desta função. Motivação dos Recursos Humanos em Biblioteca Universitária Motivar as pessoas que trabalham nas bibliotecas universitárias é fundamental para obter um trabalho harmonioso e de qualidade na prestação dos serviços/produtos na unidade de informação (biblioteca). Além do quê, é fundamental que seu quadro de pessoal seja capacitado e motivado para a execução das atividades (RIBEIRO, 2004). A preocupação é a de que uma biblioteca sem recursos humanos é estática e impotente, basta imaginá-la nos dias em que ela está fechada. A dinâmica de seu movimento se faz com a presença, a ação e a emoção de seres humanos e da motivação que seus funcionários tem para o trabalho. Um bom desempenho depende de quão motivado estão os funcionários (Oliveira, 1997 apud RIBEIRO, 2004). Diversos são os perfis de profissionais que trabalham em uma biblioteca. Desde o bibliotecário – profissional liberal, formado em Biblioteconomia, que entre outras atribuições é responsável pela organização, direção e execução dos serviços técnicos do setor. Assistentes ou auxiliares de biblioteca, que dão suporte, apoio na execução das atividades rotineiras do setor. Além de seguranças, funcionários de serviços gerais, etc. Todos estes profissionais são fundamentais para a manutenção e preservação do conjunto de obras e material informacional que compõe o patrimônio de uma biblioteca, destinado às necessidades de educação formal, auto formação e recreação dos indivíduos. Por VII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br si só, o pessoal encarregado da biblioteca teria que se manter sempre motivado. Mas sabe-se, que nem sempre o ambiente organizacional permite que isso seja possível, em razão dos diversos fatores que afetam a estrutura do local. Como fazê-lo é algo fundamental que demanda visão e planejamento do gestor. E o RH é um importante aliado neste processo. Item tão importante que torna-se cada vez mais abrangente como será visto no tópico seguinte. Os fundamentos da Gestão de Pessoas No mundo contemporâneo, não mais se concebe gerir negócios sem conhecer a forma como lidar com as pessoas. O tradicional modelo de departamento de pessoal da década de 1950, não tem mais espaço nos dias de hoje. As empresas estão fadadas ao fracasso se não remodelarem sua visão administrativa. As significativas mudanças de paradigma apontam para uma nova fase de gestão de pessoas (TACHIZAWA; FERREIRA e FORTUNA, 2008). Estes autores entendem gestão de pessoas como um processo de gestão descentralizada. Cada qual em sua área. Entre os vários aspectos a serem considerados neste processo estão as mudanças das diferentes formas de relacionamento interpessoal consideradas imprescindíveis numa gestão de pessoas. Especificamente as do ambiente organizacional. Onde não se concebe, nos dias de hoje, uma relação entre empregado e empregador, como algo frio, impessoal, mecanizado. Handy (1970) apud Macêdo et al (2007) coloca que estruturas mais orgânicas e flexíveis, com menos pessoas, que pensam melhor e se utilizam de sistemas inteligentes agregam muito mais valor ao negócio do que as dezenas de linhas de montagem de trabalhadores “não pensantes”. Já Moscovici (2003) afirma que o processo de interação humana está presente em toda a organização e é o que mais influi no rumo das atividades e nos seus resultados. Esse novo paradigma administrativo é tão fundamental para ser aplicado nos novos modelos administrativos, que as empresas implementam várias ferramentas que fomentam uma maior qualidade na aplicabilidade deste conceito. Ferramentas como endomarketing, que é o marketing interno de uma empresa, são desdobramentos do marketing, visando o gerenciamento de recursos humanos, buscando a motivação, conscientização e gerenciamento dos empregados em todos os níveis organizacionais. As barreiras hierárquicas, pouco a pouco, vão deixando de existir. Há uma visão horizontal na questão hierárquica de uma empresa. As distâncias estão tornando-se mais curtas. As empresas buscam investir cada vez mais em modelos de gestão que visam à satisfação no ambiente organizacional dos seus colaboradores. Para isso, faz-se necessário usar mecanismos que despertem no empregado a importância que ele representa para a organização. As pessoas têm que ser tratadas como parceiras da organização, ou seja, elas têm que estar vinculadas a missão e a visão da empresa, que as suas metas devem ser negociadas e compartilhadas, deve haver existência de espaço na participação e comprometimento das pessoas etc. A empresa tem que aplicar o modelo de gestão de pessoas, objetivando a organização a alcançar seus objetivos e realizar sua missão. Proporcionar competividade à organização. Na interpretação de Bee e Bee (2000 apud MACÊDO et al 2007) outro fator importante no processo de desenvolvimento no ambiente de trabalho é o feedback. Este mecanismo aproveita o relacionamento interpessoal como oportunidade de desenvolvimento. Alerta para seu correto uso. Caso contrário, pode causar prejuízo na motivação e na auto-estima das pessoas, aumentando assim, o risco de conflitos no ambiente de trabalho. Cultura organizacional: conceito e fundamentos VII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br Uma das questões fundamentais dentro de uma empresa é a sua percepção em relação às crenças e valores determinados por ela. Utilizar esse conhecimento e identificar como se dá o comportamento dentro das organizações dos seus colaboradores, contribuirá fundamentalmente para promover a melhoria e eficácia organizacional. Santos (2000) aponta elementos da cultura organizacional como atitudes, costumes, hábitos e valores identificados pelo pesquisador Elliot Jaques, publicada em 1952. Enfatiza também que esta dinâmica consiste na verdade de um processo de socialização, mudança de cultura usado para controle do comportamento de seus membros. Ainda nesta linha, percebe-se que a conduta das pessoas dentro da instituição, muitas vezes se reflete através de suas convicções básicas. Isto se torna mais evidente quando observamos a definição de valor: “[...] apreciação subjetiva, que revela as preferências pessoais de cada pessoa, segundo suas tendências e influências sociais a que está submetida [...]”. (MICHAELLIS, 2007) Cultura organizacional – conceitos Para Santos (2000) conceituar cultura organizacional tem sido muito controverso ao longo dos anos. Várias têm sido as definições atribuídas pelos pesquisadores. Dentre as várias análises acerca deste tema, Santos (1993, p.38, apud SANTOS, 2000) define cultura organizacional como sendo um conjunto de: [...] valores e crenças compartilhados pelos membros de uma organização, a qual funciona como um mecanismo de controle organizacional, informalmente aprovando ou proibindo comportamentos e que dá significado, direção e mobilização para os membros da organização. Seguindo esta linha de raciocínio, observa-se o quanto é importante conhecer os valores de uma pessoa. Por exemplo: não se pode dar o mesmo tratamento no futebol a torcedores de times diferentes. Cada um vai analisar o jogo pelo seu prisma. A avaliação da partida se dará de acordo com a tendência de cada torcedor. A empresa pode oferecer todos os benefícios legais de uma organização, mas se não há, por parte do empregado, identificação com a filosofia da instituição, consequentemente, não haverá comprometimento dessa pessoa. Não haverá envolvimento do trabalhador com a política da organização. Provavelmente este funcionário trabalhará sempre insatisfeito, com atitudes negativas no ambiente organizacional. As organizações são também espaços de contradições, que podem ser trabalhadas, reduzidas ou minimizadas (jamais eliminadas), como salienta Freitas (2002, p. 99). O autor ainda mostra que uma das funções que a cultura organizacional tenta exercer é a participação do indivíduo em grupos. Expõe também que a organização é um espaço coletivo, mas que se faz de indivíduos, que não se expressam apenas pelo seu caráter consciente, racional e objetivo. A abordagem dada a esta temática, não pode se resumir a algo meramente institucional. Skinner (2003, p. 13) menciona: “Existe um mundo interno de sentimentos e estados da mente, mas ele está fora do alcance de uma segunda pessoa e, portanto, da ciência [...]. Como as pessoas se sentem é frequentemente tão importante quanto o que elas fazem.” Ou seja, além de tratar de questões estruturais no ambiente organizacional, compreenderem o comportamento organizacional de cada indivíduo é peça fundamental para melhor se obter um diagnóstico sobre possíveis reações de cada indivíduo. “[...] só o conjunto interdisciplinar de abordagens poderá delinear uma imagem menos parcelada do indivíduo na organização” (Chanlat, 2007, p. 33). Vários fatores podem mexer com a questão emocional das pessoas. Zanelli, Borges-Andrade e Bastos (2004, p. 358) apud Albuquerque e Puente-Palacios (2008) afirmam: “De tão habituados a viver em relação com demais. Poucas vezes percebemos ou VII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br constatamos sua importância ou sua influência em nossos comportamentos ou em nossas decisões.” Clima organizacional Clima Organizacional é a qualidade ou propriedade do ambiente institucional que é percebida ou experimentada pelos membros da organização e influencia o comportamento dos mesmos (TACHIZAWA; FERREIRA e FORTUNA, 2008). Ainda para estes autores: é o ambiente interno em que convivem os membros da organização, estando, portanto, relacionado com o seu grau de motivação e satisfação. É influenciado pelo conjunto de crenças e valores que regem as relações entre pessoas, determinando o que é “bom” ou “ruim” para elas e para a organização como um todo. Assim, o clima organizacional é favorável quando possibilita a satisfação das necessidades pessoais, e desfavorável quando frustra essas necessidades. (p. 239) Forehand & Gilmer (1964, p.28 apud SANTOS, 1999) definem clima organizacional como: [...] o conjunto de características que descrevem uma organização e que: a) distingue uma organização da outra; e b) mantém-se de certa forma permanente e c) influencia o comportamento dos indivíduos na organização. Ainda de acordo com a obra de Litwin & Stringer (1968, p.29, apud SANTOS, 1999) a definição de clima organizacional é interpretada como: Um conjunto de propriedades mensuráveis do ambiente de trabalho, percebidas direta ou indiretamente pelos indivíduos que vivem e trabalham neste ambiente e que influencia a motivação e o comportamento destas pessoas. Como estimular e entusiasmar as pessoas no trabalho apresenta muita complexidade, em razão das variáveis apresentadas neste contexto. Diferentes necessidades estimulam e entusiasmam as pessoas (RIBEIRO, 2004). Muitas são as técnicas utilizadas para psicologia organizacional e administração de empresas munindo de ferramentas o gestor para tratar desta questão. As mais conhecidas são as seguintes: Teorias Cognitivas – são as teorias que pressupõem o homem como ser racional, com valores, capaz de controlar sua vontade e conseqüentemente responsável por suas ações. Hedonismo e motivação – nessa teoria acredita-se que as pessoas buscam o prazer e conseqüentemente afastam-se do sofrimento. Behavioristas – os behavioristas acreditam que existe uma relação entre o comportamento de uma pessoa em determinado momento e os acontecimentos ocorridos no passado. A abordagem é histórica, o que motiva o comportamento são conseqüências de recompensas ou punições recebidas no passado (AGUIAR, 1984 apud Ribeiro, 2004). Teorias do Instinto – defendidas por psicólogos como Freud, McDougal e William James, onde acreditam que os motivos que são herdados determinam o comportamento humano. Teoria do Impulso – “Propõe a personalidade como um reduto de forças básicas ou energia própria que orienta o comportamento numa ou noutra direção” (BERGAMINI, 1990 apud RIBEIRO, 2004). Teorias das Necessidades de Maslow – as necessidades constituem a causa de motivação das pessoas e essas necessidades podem ser amor, segurança, auto-estima, realização, estética e fisiológica. Teoria dos Fatores Higiênicos e Motivacionais de Herzberg – dividida em dois grupos de fatores: satisfação no trabalho (fatores higiênicos) que depende das condições de VII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br trabalho tais como o reconhecimento, realização, responsabilidade, etc. E no segundo grupo encontra-se a motivação no trabalho, fatores relacionados com a tarefa o que influencia a produtividade das pessoas. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS QUE NORTEARAM ESTE ESTUDO Para investigação do clima organizacional da Biblioteca da FAVIP, a coleta de dados se deu mediante aplicação de questionários totalmente estruturados. Como sujeitos desta pesquisa, foram pesquisados todos os funcionários da biblioteca desta IES, formada por dois estagiários, cinco bolsistas e oito funcionários. Trata-se, ademais, de uma investigação de caráter exploratório-descritivo, com uma metodologia de tipo qualitativo, baseada fundamentalmente na análise de casos. O estudo de caso é segundo A. Chizzotti (1995, p.102): [...] uma caracterização abrangente para designar uma diversidade de pesquisas que coletam e registram dados de um caso particular ou de vários casos [...] o caso é tomado como unidade significativa do todo, e, por isso, suficiente tanto para fundamentar um julgamento fidedigno quanto propor uma intervenção. Para realizar um encontro da literatura com a realidade foram realizadas também entrevistas com a totalidade dos funcionários e estagiários da biblioteca para coletar informações diretamente das pessoas envolvidas: de um lado, relevante saber a opinião particularizada de cada componente da equipe; de outro lado, pretende-se entrevistar, buscando respostas de cunho coletivo dentro do processo da análise institucional. As informações obtidas provocam, essencialmente, leituras exploratória, analítica e interpretativa, para que o trabalho possa ser construído com textos fundamentados, frutos da análise crítico-reflexivo do pesquisador sobre o material coletado. UMA AVALIAÇÃO GERAL DO CLIMA ORGANIZACIONAL DA BIBLIOTECA DA FAVIP Abaixo os gráficos com dados e análise das proposições interpretadas: Gráfico 1: Comparativo dos funcionários da biblioteca - variável escolaridade Fonte: Questionário aplicado aos funcionários da Biblioteca da Favip. Gráfico 1 mostra que existem níveis de escolaridade diferentes trabalhando na Biblioteca da Favip. Apesar dessa distinção, há 29% de funcionários que provavelmente se encaixarão no perfil de 3º grau completo, demonstrando a possibilidade de ascensão de escolaridade. Fica aqui demonstrado a complexidade de lidar com graus distintos de escolaridade. É necessário ter sensibilidade para distribuir atividades de acordo com o conhecimento de cada componente, evitando causar frustração para àqueles que porventura não dêem conta da tarefa pelo seu grau de dificuldade. VII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br Gráfico 2: Comparativo dos funcionários da biblioteca - variável idade Fonte: Questionário aplicado aos funcionários da Biblioteca da Favip. Existem gerações diferentes trabalhando na Biblioteca da Favip. Essa distinção, de faixa etária de funcionários explica a distinção entre o grau de escolaridade. Há quase 43% de funcionários na faixa-etária de 15 a 22 anos. Outro cuidado é em relação a pouca experiência deste componentes. São profissionais que requerem um certo cuidado na abordagem, principalmente em questões de muita responsabilidade. A pouca vivência e a inexperiência em um ambiente profissional deixa a desejar na resolução de um possível conflito. Gráfico 3: Comparativo dos funcionários da biblioteca - variável gênero Fonte: Questionário aplicado aos funcionários da Biblioteca da Favip. Outro item que comprova a heterogeneidade da equipe quanto ao gênero. Apesar de uma pequena predominância do sexo feminino no ambiente de trabalho, a diferença é pouco significativa, não ultrapassando 5%. Apesar de estar provado a competência das mulheres tanto quanto a do homem, há estudos que demonstram que a mulher é mais eocional do que o homem em suas reações. . Gráfico 4: Comparativo dos funcionários da biblioteca - variável estado civil Fonte: Questionário aplicado aos funcionários da Biblioteca da Favip. Demonstra a predominância absoluta do perfil solteiros que trabalham na biblioteca. Uma maioria de funcionários que ainda não constituíram família e pretendem construir uma carreira. Gráfico 5: Comparativo dos funcionários da biblioteca - variável filhos Fonte: Questionário aplicado aos funcionários da Biblioteca da Favip. VII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br Gráfico 5 demonstra a predominância de funcionários sem filhos. Em tese, contribui para uma dedicação voltada mais ao trabalho . Gráfico 6: O relacionamento entre as pessoas no ambiente de trabalho contribui, positivamente, no desempenho das atividades da Biblioteca da Favip. Fonte: Questionário aplicado aos funcionários da Biblioteca da Favip. Comprova, através dos números, 81% concordam totalmente que a relação dos colegas de trabalho contribuem no desempenho de suas atividades. Ou seja, A relação entre as pessoas contribui para a qualidade do serviço prestado. Gráfico 7: Você se sente satisfeito com a forma como se dá o relacionamento com seus colegas de trabalho na biblioteca. Fonte: Questionário aplicado aos funcionários da Biblioteca da Favip. Corrobora para a questão levantada no gráfico 6. Pois quase 70% dos entrevistados se dizem satisfeitos com a forma como se dá o relacionamento entre os colegas. Um ótimo indício para um bom ambiente de trabalho. Gráfico 8: Você sente clareza na transmissão das informações sobre tarefas a serem realizadas pelo líder do setor. Fonte: Questionário aplicado aos funcionários da Biblioteca da Favip. Gráfico 8 coloca a compreensão dos colaboradores da biblioteca em relação ao modo como o líder comunica as atividades a serem desempenhadas. 38% Concorda em parte, e 62% concorda totalmente. Levando-se em conta as diferenças entre idade e grau de estudo, este é um percentual que destaca bem uma das questões delicadas nos processos rotineiros do setor em relação a equipe. VII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br Gráfico 9: Você sente transparência na comunicação interna do seu líder em relação as atividades desenvolvidas na Biblioteca. Fonte: Questionário aplicado aos funcionários da Biblioteca da Favip Gráfico 9 se comparado ao anterior expõe que apesar de haver 38% que concordam em parte que compreendem as orientações do líder, difere no quesito transparência, pois 71% consideraram as informações transparentes. Isso reflete na questão confiança no quesito delegar tarefas. Gráfico 10: Você se sente pressionado para executar as tarefas solicitadas no seu trabalho. Fonte: Questionário aplicado aos funcionários da Biblioteca da Favip. Gráfico 10 destaca que 17% se dizem pressionado para executar suas tarefas. 58% afirmaram não ter nenhuma pressão. Este também é um dado complexo, pois como dosar o que é pressão? Sabe-se que cada pessoa age de uma maneira diferente em relação as cobranças. Cabe ao líder identificar essas lacunas e tentar diagnosticar as causas deste sentimento. Gráfico 11: Você se sente à vontade para expressar críticas ou comentários referentes a alguma observação importante, para o seu líder. Fonte: Questionário aplicado aos funcionários da Biblioteca da Favip. Gráfico 11 Mostra que a maioria se sente à vontade para criticar, de forma construtiva, possíveis problemas no setor. Gráfico 12: Você se sente com liberdade para criar, inovar ou sugerir idéias sobre determinados assuntos do seu setor. Fonte: Questionário aplicado aos funcionários da Biblioteca da Favip. VII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br Gráfico 12 Aponta que o funcionário se sente envolvido com o seu trabalho podendo manifestar sugestões de possíveis mudanças ou ajustes sempre que achar necessário. Fundamental para qualquer profissional de carreira Gráfico 13: Você sente que há coerência entre os objetivos organizacionais e os objetivos daqueles que trabalham na Biblioteca. Fonte: Questionário aplicado aos funcionários da Biblioteca da Favip. Gráfico 13 Expõe que a instituição não é um barco sem rumo. E há essa percepção por parte dos funcionários da biblioteca. Onde apenas 6% discordam dessa afirmativa. Mais um ingrediente positivo para o clima organizacional favorável. Gráfico 14: A biblioteca proporciona a participação de seus colaboradores em cursos de capacitação e treinamento visando o aperfeiçoamento de conhecimentos pertinentes ao setor. Fonte: Questionário aplicado aos funcionários da Biblioteca da Favip. Gráfico 14 explicita que apesar de 69% dos entrevistados concordarem em parte ou totalmente com a afirmativa acima, é necessário aumento na questão da qualificação dos funcionários. O aperfeiçoamente e atualização sobre os processos é de imensa contribuição para um trabalho mais satisfatório. Gráfico 15: Numa oferta de novo emprego, nas mesmas condições existentes, você se decidiria por permanecer no atual. Fonte: Questionário aplicado aos funcionários da Biblioteca da Favip. VII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br Gráfico 15 identifica que o ambiente de trabalho agrada a maioria de 62% dos entrevistados. Fica demonstrado através destes números que trabalhar na biblioteca é algo compensatório em relação ao ambiente. Gráfico 16: Você se sente satisfeito sobre o que oferece a FAVIP em relação ao pagamento de recompensas e reconhecimentos do valor profissional, além do salário, pelo desempenho e resultados alcançados no trabalho. Fonte: Questionário aplicado aos funcionários da Biblioteca da Favip. Gráfico 16 corrobora com o gráfico 15. Mostra que a instituição possui remuneração que satisfaz 57% dos colaboradores da biblioteca. Outro dado fundamental que também contribui positivamente para um clima organizacional favorável. Gráfico 17: Você se sente satisfeito em relação aos benefícios oferecidos pela Favip. Fonte: Questionário aplicado aos funcionários da Biblioteca da Favip. Gráfico 17 contribui para enfatizar os números anteriores. A maioria absoluta se disse satisfeita com os benefícios oferecidos pela instituição. Dado fundamental para o bem-estar do aluno. Gráfico 18: Você tem expectativa de crescimento profissional dentro da instituição. Fonte: Questionário aplicado aos funcionários da Biblioteca da Favip. Gráfico 18 destaca 62% com expectativa de ascensão na instituição. Outro fator relevante para aumento de satisfação do funcionário. Gráfico 19: Você é otimista em relação ao crescimento da biblioteca dentro da instituição. Fonte: Questionário aplicado aos funcionários da Biblioteca da Favip. VII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br Gráfico 19 destaca o otimismo em relação ao crescimento do setor dentro da Favip. Expectativa positiva para estimular o trabalhador da biblioteca. CONSIDERAÇÕES FINAIS Verifica-se que a pesquisa de clima constituirá em um efetivo instrumento de suporte à ação do profissional bibliotecário, visto que serão abordadas questões relevantes para o gerenciamento de uma Biblioteca Universitária (BU). Esta ferramenta permite ao bibliotecário administrador ser o agente desenvolvedor de seu próprio método de trabalho, de acordo com sua realidade, não apresentando uma estrutura rígida, e podendo ser adaptada às diferentes realidades, proporcionando maior qualidade aos serviços prestados pela BU. Além disso, orientará as decisões e ações aos diferentes colaboradores para os resultados almejados, isto é, oferecerá instrumentos para o desenvolvimento de padrões uniformes que servirão para orientar a forma como gerir a biblioteca. Contribuirá também para a tomada de decisão, assegurando o entendimento uniforme de toda a equipe, auxiliará o bibliotecário administrador a desempenhar, com eficácia, as funções administrativas, porque trabalhará com um conjunto de métodos, técnicas e subsídios teórico-práticos relevantes para a gestão de BU, padronizará os processos operacionais, propõrá ações para a melhoria da qualidade de vida dos colaboradores, bem como ações voltadas para o bem-estar no trabalho. E permitirá a participação efetiva de todos os colaboradores na sua consecução, promovendo a integração, motivação e ativação da equipe, oportunizando instrumentos de auxílio para desenvolver a educação continuada, o desenvolvimento e a capacitação dos colaboradores. Acredita-se, portanto, que esta pesquisa apresenta ações relevantes para o gerenciamento da BU, contribuindo não apenas para um melhor entendimento a respeito da importância e necessidade do preparo gerencial do bibliotecário administrador, mas também, sobretudo, para a melhoria contínua das BU. As variáveis pesquisadas de clima organizacional trazem, implicitamente, os motivos que caracterizam os tipos dominantes de clima na organização. A sugestão e recomendação mais evidente neste momento e que ocorra uma mudança de mentalidade, enxergando o mundo com outros olhos, para conseguir ver o todo, e não apenas casos isolados. Após a análise dos dados pode-se constatar, através dos gráficos altos índices positivos e uma elevada pontuação sobre a harmonia da equipe. Estes resultados podem-se inferir a existência de satisfação e muita satisfação dos funcionários da Biblioteca da FAVIP. Um clima organizacional norteado por tais motivos e necessidades, caracteriza-se por uma política organizacional cuja ênfase se dá na recompensa positiva pelo trabalho executado, bem como em um ambiente organizacional no qual predominam o apoio mútuo e as boas relações de trabalho. Esta pesquisa procura identificar a percepção dos funcionários da biblioteca acerca do clima organizacional. O diagnóstico de clima organizacional traz contribuições valiosas. Ao reconhecer como as pessoas percebem a extensão do ambiente em que estão inseridas, a qualidade das intervenções do bibliotecário poderá ser melhorada. Importante para o bibliotecário compreender, pois é por meio do clima organizacional que ele pode "administrar a motivação" de seus empregados. Para lidar de forma precisa com o problema da insatisfação é preciso resgatar o comportamento humano no trabalho, apesar de não ser novidade nas últimas décadas, andam esquecidas nas organizações brasileiras. Em primeiro lugar é preciso separar satisfação e motivação no trabalho. Diante dos resultados, recomenda-se que sejam explorados em futuras pesquisas os demais fatores que afetam o clima organizacional e igualmente, que esse trabalho seja retomado, uma vez que a generalização dos resultados pode indicar caminhos VII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br para a organização refletir sobre as políticas adotadas e estabelecer novas estratégias administrativas. REFERÊNCIAS ALBUQUERQUE, Francisco José Batista de; PUENTE-PALACIOS, Katia Elizabeth. Grupos e Equipes de trabalho nas organizações. In: ZANELLI, José Carlos; BORGESBOHLANDER, George W.; SNELL, Scott; SHERMAN, Arthur W. Administração de recursos humanos. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005. CHANLAT, Jean-François (Org.). O indivíduo na organização: dimensões esquecidas. São Paulo: Atlas, 2007. 205 p. CHIZZOTTI, A. Pesquisa em ciências humanas e sociais. 2. ed. 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TACHIZAWA, Takeshy; FERREIRA, Victor Cláudio Paradela e FORTUNA, Antônio Alfredo Mello. Gestão com pessoas: uma abordagem aplicada às estratégias de negócios. 5.ed. Rio de Janeiro: Novas Ideias, 2008. 310 p. TOLEDO, Flávio de. O que são Recursos Humanos. São Paulo: Brasiliense, 2003. (Coleção Primeiros Passos). RIBEIRO, Rejane Maria Rosa. Motivação dos recursos humanos em bibliotecas universitárias. In: Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação,Campinas, v. 2, n. 1, p. 71-79, jul./dez. 2004. p .71-79 Disponível em: http://www.sbu.unicamp.br/seer/ojs/viewarticle.php?id=26&layout=abstract>. Acesso em: 28 de ago. 2009. VII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br