redes sociais e aprendizagem Organização: Antonio Carlos Xavier (Nehte/UFPE) Recife 2010 Recife. Dezembro, 2010 © Reservados todos os direitos desta obra. Reprodução proibida, mesmo parcialmente, sem autorização expressa do organizador. 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação Redes Sociais e Aprendizagem Entidades organizadoras Núcleo de Estudos de Hipertexto e Tecnologia na Educação - Nehte/UFPE Associação Brasileira de Estudos de Hipertexto e Tecnologia Educacional - ABEHTE ApoiADORES Universidade Federal de Pernambuco - UFPE Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco - FACEPE Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação - Propesq Departamento de Letras - UFPE Programa de Pós-Graduação em Letras - UFPE Editora Universitária - UFPE Pipa Comunicação - www.pipacomunicacao.net Pluri Educacional - http://www.plurieducacional.com.br Editora Vozes - http://www.livrariavozes.com Rêspel Editora - http://respeleditora.com.br Editora 34 - http://www.editora34.com.br Hebron - http://www.hebron.com.br Pontes Tur - http://www.pontestur.com.br Coordenação Antonio Carlos Xavier - UFPE (coordenador geral) Ermelinda Ferreira - UFPE Luiz Fernando Gomes - Uniso Secretaria Karla Vidal e Augusto Noronha - Pipa Comunicação divulgação Pipa Comunicação Comissão científica Prof. Dr. Alex Sandro Gomes (UFPE); Prof. Dr. Paulo Gyleno Cysneiros (UFPE); Profa. Dra. Vera Lúcia Menezes (UFMG); Prof. Dr. Saulo Brandão (UFPI); Prof. Dr. Sérgio Costa (UFJF); Profa. Dra. Ana Elisa Ribeiro (CEFET/MG); Profa. Dra.Carla Coscarelli (UFMG) Capa, Projeto Gráfico e DIAGRAMAçÃO Karla Vidal e Augusto Noronha (Pipa Comunicação - www.pipacomunicacao.net) Sumário MAPA do campus 05 APRESENTAÇÃO 07 PROGRAMAÇÃO GERAL 11 Resumos CONFERÊNCIA de Abertura 35 MESAS-REDONDAS 37 COMUNICAÇÕES COORDENADAS 44 COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS 54 PôSTERES 127 CONFERÊNCIA de ENCERRAMENTO 140 Mapa do campus Simpósio Hipertexto CAMPUS CENTROS DE ATIVIDADES Conferência de Abertura - Concha Acústica/Centro de Convenções Mesas-Redondas - Centro de Artes e Comunicação e Centro de Educação Sessões de Comunicação Coordenada - Centro de Artes e Comunicação Sessões de Comunicação Individual - Centro de Artes e Comunicação Apresentação de Pôsteres - Centro de Artes e Comunicação, Centro de Educação e Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Apresentação Bem-vindo ao Simpósio Hipertexto 2010! É com grande prazer que lhe apresento este livro com a Programação e o Caderno de Resumos do 3º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação. Nesta terceira versão, o foco são as redes sociais e a aprendizagem. Recebemos mais de 450 propostas de resumo das quais foram aprovados 337 trabalhos, entre conferências, mesas-redondas, comunicações individuais, comunicações coordenadas e pôsteres. Até agora uma miríade de mensagens foram trocadas entre organizadores e interessados seja por e-mail, twitter ou scrap de Orkut e Facebook. O evento foi notícia nos mais diferentes veículos de comunicação não apenas os online como sites, blogs, comunidades virtuais, sites de relacionamentos, twitters etc., mas também em emissoras de TV, de rádio e em jornais impressos de todo o Brasil. Em relação ao 2º Simpósio Hipertexto realizado em 2008, registramos um aumento de mais de 260% em quantidade de trabalhos, em pouco mais de 14 meses. Isto justifica a necessidade de eventos com esse enfoque de estudo em razão do acentuado interesse de muitos pesquisadores pela temática impulsionados pela ampliação do acesso às tecnologias digitais e pela percepção da importância delas na vida atual de um número cada vez maior de brasileiros. Cabe aos pesquisadores indicarem respostas a questões fundamentais como: o que são e como se podem utilizar as novas tecnologias de modo eficaz na vida social e profissional dos sujeitos contemporâneos? Depois de realizadas as pesquisas, a sociedade precisa saber dos seus resultados e discuti-los, por isso nada mais oportuno do que fazê-los em fóruns acadêmicos assim organizados. Presentes ao evento, além de Pierre Lévy com sua reconhecida expertise no assunto, há pesquisadores dos mais diferentes níveis de atuação acadêmica, do aluno de graduação com ou sem bolsa de iniciação à pesquisa ao professor doutor, passando por especialistas e mestres dedicados ao tema que aqui encontraram espaço e voz. Também há uma grande presença de professores do ensino básico relatando seus casos de sucesso com uso das novas tecnologias em sala de aula presencial e a distância. O advento da modalidade a distância em ambientes de aprendizagem virtual é avaliado em vários trabalhos inscritos neste evento. O “boom” da EaD no Brasil, incentivado pelo governo federal ao criar a Universidade Aberta do Brasil (UAB), por exemplo, é objeto de muitas pesquisas que serão mostradas durante este III Simpósio Hipertexto. É também objetivo do evento promover a integração entre pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento, além da Linguística, Literatura e Educação, áreas que fizeram originar o Simpósio Hipertexto. Por essa razão, é possível encontrar aqui resultados de pesquisas realizadas em laboratórios de Engenharia da Computação, de Ciência da Informação, de Comunicação Social, de Biologia, de Química, de Matemática, de Física, bem como investigações feitas sob o viés da História, da Sociologia, da Filosofia, das Artes Plásticas entre outros campos do saber. Com essa bricolagem de ciências e cientistas, sem ranços ou preconceitos entre si, abrimos a possibilidade real para que todos os participantes entrem verdadeiramente em rede, já que compartilham a identidade de interesse por um tema comum. A interdisciplinaridade científica é dessa forma alcançada neste Simpósio, uma vez que as condições para o diálogo entre diferentes pesquisadores estão postas. Os interlocutores estarão presencialmente frente a frente com suas dúvidas, indagações e asserções, que poderão ser endereçadas diretamente uns ao outros ou serão deixadas para um encontro virtual em qualquer lugar do ciberespaço. Saudações digitais! Recife, dezembro de 2010 Antonio Carlos Xavier Programação Geral Programação Geral 02 de dezembro de 2010 - Quinta-feira Horário Atividade A partir das 7h Credenciamento Hall do Centro de Artes e Comunicação 8h às 9h20 Minicurso 01 / Auditório Hipertexto 02 (Centro de Artes e Comunicação) Cartografia cognitiva: o uso de hipertexto nos mapas conceituais Maria Auxiliadora Silva Freitas (CEDU/UFAL) 8h às 9h20 Minicurso 02 / Sala Hipertexto 08 (Centro de Artes e Comunicação) Instalação, Configuração e Uso da Plataforma de Gestão de Aprendizagem Amadeus Alex Sandro Gomes (CIN/UFPE), Francisco Petrônio Medeiros (IFPB) e Thiago de Sousa Araújo (CIN/UFPE) 8h às 9h20 Minicurso 03 / Sala Hipertexto 10 (Centro de Artes e Comunicação) Redes sociais em educação: aplicações, ferramentas e estratégias para o ensino Lafayette Melo (IFPB) 8h às 9h20 Minicurso 04 / Auditório Hipertexto 01 (Centro de Artes e Comunicação) Nós somos os nós e a escola é a rede Luiz Fernando Gomes (Uniso – Sorocaba/SP) Sessão de Comunicação 01 / Sala Hipertexto 01 (Centro de Artes e Comunicação) 1) Práticas pedagógicas, tecnologias digitais e concepções de conhecimento: construindo portos ou roteiros de viagem? Ana Carolina Pereira da Silva Rosa (UERJ) 2) Estudantes, docentes e TICs. Marta Lucia de Souza Celino* (UERJ) 9h30 11h10 3) As novas tecnologias e a contação de histórias em sala de aula. Janete Batista Rocha, Ricardo Barbosa Bitencourt (IF Sertão-PE) 4) Cibercultura, ensino médio e (re)produção do conhecimento frente as novas tecnologias. Derli Juliano Neuenfeldt; Rogério José Schuck; Angélica Munhoz; Tania Micheline Miorando (UNIVATES) 5) Informática na educação numa escola estadual de Sergipe. Josivan dos Santos Moura (IFS) 6) Conexão aluno e professor e o almanaque da rede. Fernanda Cavalcanti de Mello (SEEDUC/RJ) Sessão de Comunicação 02 / Sala Hipertexto 02 (Centro de Artes e Comunicação) 9h30 11h10 1) O papel do articulador no uso das tecnologias na escola. Sirlandia Gomes de Moraes, Bianca Gonçalves da Silva, Maria Aparecida Alves Pereira (Prefeitura de Anápolis/GO) 2) Multiplicadores de núcleos de tecnologias estaduais: repercussão da formação na prática nos laboratórios de NTEs e escolas públicas estaduais de Pernambuco. Priscilla Silvestre de Lira Oliveira; Maria Auxiliadora Soares Padilha* (UFPE) http://www.nehte.org/simposio2010 I 11 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem 3) Mídias e educação infantil: desafios contemporâneos. Dilton Ribeiro do Couto Junior (UERJ) 9h30 11h10 4) Licenciatura em computação: uma possibilidade de mudança na educação(?). Osmar Quim (UNEMAT) 5) Estudantes x learning objects: uma questão de usabilidade. Marcos Roberto Tenório Souza Filho, Luciana Lopes Freire (Faculdade Senac/PE) 6) Midias digitais, Internet, baixa visão... Qual a história de ensino possível? Dilma Maria de Mello, Aline Accioly Sieiro (UFU) Sessão de Comunicação 03 / Sala Hipertexto 03 (Centro de Artes e Comunicação) 1) O laboratório de informática como apoio ao processo de ensino e aprendizagem nas aulas de matemática. Carloney Alves de Oliveira (CPM/BA) 2) Capacitando docentes dos anos iniciais para o uso da informática na educação. Liane Ferreira da Trindade Mariz (FARN), José Antonio Spinelli Lindoso (UFRN) 9h30 11h10 3) Crianças e computadores: um estudo exploratório sobre a informática na educação infantil no Distrito Federal. Chris Alves da Silva (UCB) 4) Da rede ao muro, a transposição da escola: a educomunicação e seus desafios de adequação à sociedade contemporânea. Cláudio Messias (USP) 5) Educação e tecnologia: o design participativo e os impactos sobre a aprendizagem dos alunos de uma escola pública do Recife. Flavia Mendes de Andrade e Peres*, Leandra Tamiris de Oliveira Lira, Max Rodolfo Roque da Silva (URFPE) 6) Webquest e hipertextualidade na prática pedagógica: as orientações de trabalhos escolares no Senai de Florianópolis. Eli Lopes da Silva, Alessandro de Matos Abrahão, Alexandre Bastos Corrêa (SENAI/SC) Sessão de Comunicação 04 / Sala Hipertexto 04 (Centro de Artes e Comunicação) 1) Espaços de leitura no site da escola, interação e incentivo à leitura. Nirce Aparecida Ferreira Silvério (Prefeitura de Catalão/GO) 2) Estudo para automação de horários escolares em uma instituição de ensino. Marta Cardoso Pina (UNITAU), Marcio Abud (UNESP e UNITAU) 9h30 11h10 3) Experiências em informática educativa: desafios emergentes e possibilidades de qualificação do trabalho docente. Karina Marcon (UPF) 4) Gêneros textuais, virtuais e redes sociais: práticas de leitura e escrita no ensino médio profissionalizante. José Ribamar Lopes Batista Júnior* (CAF/UFPI/UnB), Francisco das Chagas Rodrigues da Silva (UFPI) 5) Grupo de estudos novas tecnologias e educação na contemporaneidade. Maria Elizabeth Ferreira, Julyany Guimarães de Menezes, Mariete Santana Nunes Melo (Prefeitura Municipal de Anápolis/GO) Sessão de Comunicação 05 / Sala Hipertexto 05 (Centro de Artes e Comunicação) 9h30 11h10 1) Uso de novas tecnologias e a problemática ambiental: diálogos (im)possíveis entre geografia, educação ambiental e blogs em um projeto de formação continuada de professores. Eliano de Souza Martins Freitas (IGC/UFMG) 2) Potencializando o aprendizado através do blog: uma experiência no projeto travessia. Maria Cristina do Nascimento Silva (SEDUC/PE) 3) O blog como ambiente de reflexão filosófica na escola: a nova ágora virtual. Márcio Silveira Lemgruber, Luciano Tavares Torres (UFJF) 12 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem 9h30 11h10 4) Blog: o intermediador de práticas letradas da sala de aula. Rhávila Rachel Guedes Alves, Williany Miranda da Silva (UFCG) 5) Plenitude e decadência no hipertexto: expressões do caráter simbólico e do caráter alegórico da representação. Cláudio Clécio Vidal Eufrausino* (UFPE) Sessão de Comunicação 06 / Sala Hipertexto 06 (Centro de Artes e Comunicação) 1) A construção de narrativas multimídia na perspectiva da Zona de Desenvolvimento Proximal de Vygotsky e da Pós-Produção de Bourriaud como apoio ao processo de aprendizagem digital. Hugo Cristo Sant’Anna (UFES) 2) Estratégias de polidez e preservação da face na interação em blogs. Rita de Cássia S. Santos (UFS) 9h30 11h10 3) Isso pode ser postado ou não? .... O blog enquanto ferramenta didático-pedagógica. Williany Miranda da Silva (UFCG) 4) A leitura e a produção textual na cibercultura: reflexões acerca da possível contribuição do blog no ensino e aprendizagem da língua materna. Gislaine Gracia Magnabosco (UEM) 5) A criação de blogs em ambiente escolar: implicações sobre identidades. Juliana Menezes Cruciani (UNICAMP) 6) A utilização do blog e a formação docente: melhorias na interação. Hugo Monteiro Ferreira* (UFRPE) Sessão de Comunicação 07 / Sala Hipertexto 07 (Centro de Artes e Comunicação) 1) Blog meu, blog meu, existem alunos mais conectados dos que os meus? Antônio Carlos Xavier (UFPE), Marcus Petrônio Fernandes Iglesias* (FASE) 9h30 11h10 2) Blog Ufal no Sertão. Lídia Maria Marinho da Pureza Ramires (UFAL) 3) Caindo na rede: do blog para o mundo. Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva (IFRN) 4) Travessias e interação sócio-verbal na escrita em weblog pessoais. Robério Pereira Barreto, Cenilza Pereira dos Santos (UNEB) Sessão de Comunicação 08 / Sala Hipertexto 09 (Centro de Artes e Comunicação) 1) A influência dos links na pesquisa escolar de alunos do sexto ao nono ano do ensino fundamental. Sandra Areias Teixeira, Carla Viana Coscarelli (UFMG) 9h30 11h10 2) A era dos sistemas inteligentes: o hipertexto como ferramenta ciberespacial em arquivos. Carlos Eugênio da Silva Neto, João Wandemberg Gonçalves Maciel (UFPB) 3) A forma composicional do gênero enquanto elemento articulador da hipertextualidade. Flávia Sílvia Machado Ferraz* (USP) 4) Destacabilidade e axiologia nos hipertextos: um estudo sobre o site do PT. Lílian Noemia Torres de Melo, Rinalda Fernanda de Arruda, Virginia Célia Pessoa de Freitas (UFPE) 5) A produção dos hipertextos e a (uni)transversalidade de conteúdos. Márcio Rodrigues dos Santos (UVA) Sessão de Comunicação 09 / auditório Hipertexto 04 (Centro de Artes e Comunicação) 9h30 11h10 1) Hipertexto: a retextualização digital como prática no ensino da língua escrita. Lucicleide Pena da Silva Mendes (UFPE) 2) Hipertextos: múltiplos caminhos para formação de leitores. Cláudio Henrique de Souza Pires, Eloi Pinheiro Miranda (UESB) http://www.nehte.org/simposio2010 I 13 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem 3) O (hiper)texto e suas implicações no ensino. Valfrido da Silva Nunes (UFAL) 9h30 11h10 4) Hipertexto: os meandros de uma nova escrita. Andréa Márcia Mercadante Alves Coutinho* (UCB) 5) O saber e o fazer do professor na era digital: hipertexto em ação. Santa Nunes Cariaga (SED/MS), Marlene Durigan (UNIGRAN/MS) Sessão de Comunicação 10 / Sala Hipertexto 12 (Centro de Artes e Comunicação) 1) Hipertexto: uma ferramenta para construção da aprendizagem na educação a distância. Aline Renée Benigno dos Santos, Reginaldo Amorim de Carvalho, Roziane Keila Grando, Sebastião Sales Bueno Junior (UFSC) 2) O hipertexto como recurso pedagógico indispensável num processo eficaz de ensinoaprendizagem às pessoas surdas. Denise Maria Duarte Coutinho (UFPB) 9h30 11h10 3) Recursos semióticos em websites: uma discussão sobre o processamento da leitura no hipertexto. Cleber Pacheco Guimarães* (UFPE) 4) Hipertexto: da língua escrita a compreensão do texto não linear: um desafio em sala de aula. Lenise de Melo Dantas Nóbrega (IPEN) 5) A escrita e a leitura na era digital. Priscila Alessandra da Silva (UFS) 6) Internet: possibilidades de leitura emergem na educação. Rosângela Pontes Carvalho Gomes (UFCG) Sessão de Comunicação 11 / Sala Hipertexto 13 (Centro de Artes e Comunicação) 1) Texto, hipertexto e o processo de didatização no ensino de língua. Emerson de Pietri (USP) 2) Texto, hipertexto e operadores de leitura. Reheniglei Rehem* (UESC) 9h30 11h10 3) Web 2.0 e hipertexto: conectando alguns links com a ação pedagógica. Gustavo Henrique de Araújo Freire, Carlos Eugênio da Silva Neto (UFPB) 4) Da Enciclopédia à Wikipédia: maximização da concepção dialógica da linguagem no ciberespaço. Ludmila Kemiac, Eanes Torres Pereira (UFCG) 5) A indexação em repositórios institucionais: critérios de acessibilidade às informações. Robélia Velame (UFBA) 6) Link: um recurso de transposição didática em módulos virtuais do programa de formação continuada Mídias na Educação. Patricio de Albuquerque Vieira (UFCG) 11h10 às 11h30 Intervalo Mesa 1 / Auditório Hipertexto 03 (Centro de Educação) Retórica, interação e aprendizagem nas redes sociais Mediação: Prof. Dr. Alberto Poza (UFPE) 11h30 às 12h45 A Retórica (digital) das redes sociais Prof. Dr. Antonio Carlos Xavier (UFPE) Retórica, interação e aprendizagem nas redes sociais Prof. Dr. Alex Sandro Gomes (UFPE) Jogos digitais: Diversão, diálogo e redes sociais para o ensino básico Prof. Dr. Luciano Meira (UFPE) 11h30 às 12h45 Mesa 2 / Auditório Hipertexto 01 (Centro de Artes e Comunicação) Educação pelas redes sociais Mediação: Profa. Dra. Siane Gois (UFPE) 14 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem Projeto Um Computador por Aluno: a máquina das crianças em escolas públicas de pernambuco Prof. Dr. Paulo Gileno Cysneiros (UFPE) 11h30 às 12h45 Projeto UCA: desafios para a formação e a prática docente Prof. Dr. Sérgio Abranches (UFPE) Educação, Informação: o uso de recursos tecnológicos na Escola Prof. Dr. Marcos Galyndo (UFPE) 12h45 às 13h30 Almoço Sessão de Comunicação 12 / Sala Hipertexto 01 (Centro de Artes e Comunicação) 1) A implementação do projeto UCA na Paraíba: experiências, obstáculos e avanços na inclusão digital. Cláudia Virgínia Albuquerque Prazim da Silva (UFPB) 2) Mobilidade, conectividade e imersão na cultura digital: a transformação no município de Caetés, com o PROUCA. Thelma Panerai Alves, Maria Auxiliadora Soares Padilha, Húrika Fernandes de Andrade, Leonardo Bernardo de Morais (UFPE) 13h30 às 15h30 3) O professor e o desafio do laptop em sala de aula: reflexões sobre o Projeto Magalhães e o programa Um Computador Por Aluno. Ana Beatriz Gomes Carvalho* (UFPE), Dagmar Heil Pocrifka (SME/PMC) 4) Reencantar a educação: Impactos da interação entre o ser professor e o Programa UCA. Adriana Carvalho da Silva, Sérgio Paulino Abranches (UFPE) 5) A experiência de inclusão digital no município de João Pessoa e a criação de uma rede virtual de comunicação e informação para os seus usuários. Júlio Afonso Sá de Pinho Neto, Marcos José da Cruz Vital (UFPB) 6) Cultura, cidadania e inclusão social. Maria Angélica Motta Dórea (UESC) Sessão de Comunicação 13 / Sala Hipertexto 02 (Centro de Artes e Comunicação) 1) A inclusão digital: os usos de Internet em telecentros e lanhouses por jovens de baixa renda. Helga Nazario, Estrella Bohadana (UNESA) 2) Juventude rural e cibercultura: a inclusão digital é ainda um sonho. Maria Salett Tauk Santos* (UFRPE) 13h30 às 15h30 3) Luz, câmera, ação: uma prática educomunicativa para a cidadania na rede municipal de ensino da cidade do Recife. Giselle Maria Carvalho da Silva, Marcia Nogueira Gonçalves (SEEL/PCR) 4) Portal Educar: perspectivas de inclusão digital docente na rede municipal de ensino do Recife. Márcia Gonçalves Nogueira, Flavia Barbosa Ferreira de Santana (PCR) 5) Trajetórias de estudantes universitários de meios populares em busca de letramento digital. Daniela Perri Bandeira (CEALE/UFMG) 6) Um olhar psicossocial sobre as representações sociais da info-inclusão nas escolas do segundo segmento do município de Nova Iguaçu. Maria da Gloria Borges (CIEP 373 Brigadeiro Teixeira/RJ) Sessão de Comunicação 14 / Sala Hipertexto 03 (Centro de Artes e Comunicação) 13h30 às 15h30 1) A utilização das TICs no processo de ensino e aprendizagem da física. Ruth Brito de Figueiredo Melo (EEEFM Félix Araújo/RJ) 2) O auxílio didático do software Cabri-Géomètre como uma proposta alternativa para o ensino e aprendizagem da geometria. Redomarck Barreira Cunha, Antonia Elioneide Alves de Oliveira, Antonio Dimas A. Machado, Francisco Kelsen de Oliveira (UECE) http://www.nehte.org/simposio2010 I 15 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem 3) Aprendendo geografia com o auxilio das tecnologias de rede. Ana Maria de Oliveira Pereira (IABRB) 4) Contribuição para o ensino-aprendizagem de geografia utilizando computador. Liene Frota Chamchaum* (CEPA/AL) 13h30 às 15h30 5) Cultura e arte em toda parte. Valdelúzia Maria Coelho, Josinéa Alexandre Marinho, Catarina Santos Calado, Maria Amélia da Silva (PCR) 6) O uso das TDICs no ensino: e agora professor? Patrícia Silva Rosas (UFCG) 7) Mídia e tecnologias na educação: modos de aprender e ensinar. Vera Lucia Spacil Raddatz (UNIJUI) Sessão de Comunicação 15 / Sala Hipertexto 04 (Centro de Artes e Comunicação) 1) Avaliação de software educativo: um passo importante para a inovação. Maria Eurácia Barreto de Andrade (SME/BA) 2) Portal de avaliação de software educativo multimídia: modos diferenciados de ensinar e aprender em ambiente virtual. Tiago Gomes, Marcelo Teixeira (UM) 3) Aprender em/na rede: reflexões sobre o potencial das redes de aprendizagem nos processos de educação a distância. Patrícia Brandalise Scherer Bassani (Feevale), Rafael Vescovi Bassani (UNISINOS) 13h30 às 15h30 4) Uma abordagem construcionista da utilização dos computadores na educação. Thaís Cristina Alves Costa (UFOP) 5) O imaginário social, a Internet e a aprendizagem. Nyrma Souza Nunes de Azevedo* (UFRJ) 6) As tecnologias de informação e comunicação como potencializadoras do ensinoaprendizagem em um projeto transdisciplinar. Lídia Bravo de Souza, Cristiane Freire de Sá (IFSP/Campus Guarulhos) 7) O papel da escola de informática e cidadania na educomunicação com o uso da Internet para os jovens freqUentadores em Glória do Goitá. Cleyton Douglas de Apolônio Vital, Everaldo Costa Santana (UFPE) Sessão de Comunicação 16 / Sala Hipertexto 05 (Centro de Artes e Comunicação) 1) A era da dissimulação: a linguagem em tempos de tecnologia. Rúbia Lóssio (UFPB), Solange Carlos de Carvalho (FUNDAJ) 2) Interferências da linguagem digital na aquisição do português escrito. Fernanda Maria Almeida dos Santos* (UFBA) 13h30 às 15h30 3) Otimização do diálogo entre corpo docente e discente: apropriação das práticas comunicacionais da geração de nativos digitais. Daniela Marçal, Guilherme Xavier, Bárbara Jane Necyk (PUC/RJ) 4) O uso das mídias impressas e tecnológicas em salas de educação infantil como ferramenta de aprendizagem. Vera Lucia Dias de Oliveira, Maria de Fátima Dantas Ferreira (UFCG) 5) Ação de pesquisa e extensão no projeto laboratório de tecnologias intelectuais. Isa Maria Freire, Edvaldo Carvalho Alves, Julio Afonso Sá de Pinho Neto, Marckson Roberto Ferreira de Souza (UFPB) 6) Cibercultura e iniciação à pesquisa: desafios frente ao uso de novas tecnologias. Rogério José Schuck, Derli Juliano Neuenfeldt, Tania Micheline Miorando, Angélica Vier Munhoz (UNIVATES) Sessão de Comunicação 17 / Sala Hipertexto 06 (Centro de Artes e Comunicação) 13h30 às 15h30 1) A pesquisa e as tecnologias na ética da produção. Angelica Vier Munhoz, Tânia Micheline Miorando, Derli Juliano Neuenfeldt, Rogério José Schuck (UNIVATES) 16 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem 2) Aprender a pesquisar no ensino fundamental: novas possibilidades com a inserção da Internet como estratégia pedagógica. Francisca das Chagas Soares Reis (CMF) 3) Interação ou interatividade no NAVE EREM CD: um estudo de caso. Joana D’Arc Vitória da Silva (FAFIRE) 13h30 às 15h30 4) Introdução à informática no curso de letras: formação e uso da tecnologia no ensino. Aliete Gomes Carneiro Rosa (UFRPE) 5) Aprender a cooperar: o uso de uma ferramenta colaborativa como recurso didático em um curso superior de tecnologia. Adriana Netto Silva (UFMG) 6) A formação de educadores do campo para uso das tecnologias digitais na educação na LEdoC-UnB. Wanessa de Castro* (UnB) Sessão de Comunicação 18 / Sala Hipertexto 07 (Centro de Artes e Comunicação) 1) Apenas 140 caracteres? Pressões comunicativas e transgressões dos limites do Twitter. Bruno Diego de Resende Castro, Leila Rachel Barbosa Alexandre (UFPI) 13h30 às 15h30 2) As práticas sociais de linguagem e o twitter: um estudo sobre os jornais de Recife-PE. Flávia Girardo Botelho Borges* (UFPE) 3) Twitto logo significo: a formação do sujeito social na cibercultura. Olívia Ferreira do Couto (UNICAMP) 4) Gêneros digitais no Twiter: um estudo exploratório. Ana Cristina Lobo-Sousa, Samuel de Carvalho Lima (UFC) 5) Estudo de caso: @hotelpequenino a aplicação do marketing viral dentro do Twitter. Diana Willrich Haas (Contato Mídias Sociais/Agência de Marketing Digital) Sessão de Comunicação 19 / Sala Hipertexto 10 (Centro de Artes e Comunicação) 1) A valorização da aprendizagem e da imagem no contexto das redes digitais e seus impactos e possibilidades na educação e na produção das subjetividades na atualidade. Aline Verissimo Monteiro (UFRJ) 2) Geração e difusão social de conhecimento nas redes sociais audiovisuais do ciberespaço. Leonardo Silveira Santana (UNEB) 13h30 às 15h30 3) Mais além da “voz inexpugnável”: estado da arte em tecnologias hipermídia aplicadas à personalização e à interação social em museus virtuais. Marcelo Sabbatini* (UFPE) 4) Podcasts educativos: possibilidades, limitações e a visão de professores de ensino superior. João Basílio Costa e Paula, Jerônimo Coura-Sobrinho (CEFET/MG) 5) A educomunicação na produção de conteúdos audiovisuais na formação de jovens. Everaldo Costa Santana, Cleyton Douglas de Apolônio Vital (UFPE) 6) Práticas de leitura virtual: análise de um texto fílmico. Maria Goreth de Sousa Varão (UFMG) 7) Quando os pífanos tocam: das teias da memória às redes de aprendizagem. José Wanderley Alves de Sousa (UFCG) Sessão de Comunicação 20 / AUDITÓRIO HIPERTEXTO 04 (Centro de Artes e Comunicação) 13h30 às 15h30 1) Arte em rede: ambiente de exposição, crítica e contemplação. Rosane Tesch de Oliveira (UCAM) 2) O celular como ferramenta tecnológica: produção audiovisual no ensino a distância telessala. Sebastiao Severino da Silva, Sebastiao da Silva Vieira (Prefeitura Municipal de Itapissuma/PE) http://www.nehte.org/simposio2010 I 17 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem 2) O celular como ferramenta tecnológica: produção audiovisual no ensino a distância telessala. Sebastiao Severino da Silva, Sebastiao da Silva Vieira (Prefeitura Municipal de Itapissuma/PE) 3) O computador e o telefone celular no processo ensino-aprendizagem da educação física escolar. Dianne Cristina Souza de Sena, Taciana de Lima Burgos* (UFRN) 13h30 às 15h30 4) Olhares.com: (des)construção e resgate da memória através da imagem. Juliana Buse, Airtiane Rufino, Josyane Moreno (UFC) 5) Reflexões artísticas e educacionais acerca da ação docente no processo de produçãoformação em artes visuais. Cibelle Amorim Martins, José Rogério Santana, Mônica Barbosa dos Santos (UFC) 6) Ví[email protected]: jovens e vídeos na cibercultura. Heloisa Helena Oliveira de Magalhães Couto (UFRJ) 7) Flickr: o papel do ciberespaço na aprendizagem do conhecimento sensível. Simone Brichta (SME/ Fortaleza) Sessão de Comunicação Coordenada 01 / SALA HIPERTEXTO 08 (Centro de Artes e Comunicação) A constituição dos discursos no ciberespaço e a relação com o conhecimento 1) Ciberespaço, sujeito e arquivo: a (im)possibilidade de dizer o “novo”. Fernanda Correa Silveira Galli (USP) 13h30 às 15h30 2) Orkut e Facebook na formação do sujeito do conhecimento contemporâneo: compartilhamento e produção através da circulação de ideias. Cristiane Pereira Dias (UNICAMP) 3) Internet, sujeito e sentidos: o discurso sobre a mulher no cenário atual da política brasileira. Daiana de Oliveira Faria (USP) 4) Um estudo discursivo sobre as ferramentas de organização e compartilhamento dos arquivos digitais na web. Vivian Lemes Moreira (USP) Sessão de Comunicação Coordenada 02 / AUDITÓRIO HIPERTEXTO 01 (Centro de Artes e Comunicação) ANÁLISE TEXTUAL DOS DISCURSOS NO ENSINO A DISTÂNCIA: INTERAÇÃO E FORMAÇÃO DOCENTE 1) Sequências Textuais e interação virtual: (re)construção de conhecimentos e conceitos no fórum educacional. João Gomes da Silva Neto (UFRN) 13h30 às 15h30 2) Ensino de língua mediado pelas novas tecnologias: o fórum educacional como ferramenta de interação. Maria de Fátima Silva dos Santos (UFRN) 3) Procedimentos de reformulação textual em ambientes virtuais de aprendizagem: a referenciação no fórum educacional. Maria do Socorro Oliveira (FMC) 4) A construção de saberes na formação docente a distância: o fórum de discussão e as estratégias de interação. Marineide Furtado Campos (UFRN) Sessão de Comunicação Coordenada 03 / AUDITÓRIO HIPERTEXTO 02 (Centro de Artes e Comunicação) Discurso e rede eletrônica: posições-sujeito em movimento 1) Sentidos de arquivo, discurso e sujeito na rede eletrônica. Lucília Maria Sousa Romão (USP) 13h30 às 15h30 2) Sentidos da/sobre a ditadura militar nos dizeres de uma hemeroteca digital. Francis Lampoglia (UFSCar) 3) Mundo-Imagem: Os sentidos inscritos pelo sujeito-navegador no website Flickr. Jonathan Raphael Bertassi da Silva (USP) 4) Os dizeres da hipermídia internacional sobre o “herói da pátria” Chico Mendes. Thaís Harumi Manfré Yado (UFSCar) 18 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem Apresentação de Pôsteres 01 / Sala Hipertexto 12 (Centro de Artes e Comunicação) 1) O orkut como ferramenta de estudo para vestibulandos. Glicínia Raquel Feitoza Braz (UFRPE) 2) Letras digitais: 30 anos de teses e dissertações. Michelle Leonor da Silva (UFPE) 13h30 às 15h30 3) (Des)conectados: inclusão digital nas escolas públicas de Garanhuns. Jeanynni Fortunato Severo (UFRPE) 4) Mobilidade, conectividade e imersão na cultura digital: a transformação no município de Caetés, com o PROUCA. Hurika Fernandes de Andrade, Leonardo Bernardo de Morais (UFPE) 5) Skoob: ambiente virtual de socialização entre leitores e produtores de textos. Jaime de Queiroz Viana Neto (UFRPE) 6) Agradecer academicamente: as emoções de um pesquisador. Andréa Silva Moraes, Angela Dionisio (UFPE) Apresentação de Pôsteres 02 / Sala Hipertexto 13 (Centro de Artes e Comunicação) 1) O uso da webquest como atividade interdisciplinar em sala de aula. André Santos Cerqueira, Marcelo Santos Leite da Silva, Keyne Ribeiro Gomes, Simone de Lucena Ferreira (UNIT) 13h30 às 15h30 2) Tecnologias digitais e ensino/aprendizagem: um estudo com um professor de teclado. Tuball Handerson Pinheiro de Sousa (UFPB) 4) A educação a distância em ambientes virtuais de aprendizagem: percursos e percalços. Keyne Ribeiro Gomes, Marcelo Santos Leite da Silva, Simone de Lucena Ferreira, Eliana Samapaio Romão (UNIT) 5) Comunidades virtuais no ciberespaço: inserção das novas TIC como ferramenta metodológica para discussão e entretenimento no espaço acadêmico. Rogéria de Souza Vieira, Tamires Rafaela Leite da Silva (UFAL) 6) Comunidades virtuais ou sociedade em rede? Verônica Pinheiro da Silva (UFRN) Apresentação de Pôsteres 03 / Sala Hipertexto 14 (Centro de Filosofia e Ciências Humanas) 1) O uso de marcadores conversacionais e a compreensão textual no programa MSN Messenger: um estudo etnográfico com duas adolescentes. Janaina Fernanda Dias da Silva (UFPE) 2) Pontos de vista: um objeto de aprendizagem para o ensino de gêneros textuais. Francielly Falcão da Silva (UFRPE) 13h30 às 15h30 3) Livemocha: um curso, uma rede social e sua contribuição para o ensino de línguas estrangeiras. João Paulo de Souza Araújo (UFRPE) 4) O uso de novas tecnologias no ensino de línguas: o uso de blogs como ferramenta de motivação e aprendizagem. Herbert Nunes de Almeida Santos (UFAL), Marcos Antonio de Araújo Dias (FTC) 5) Reflexões sobre o processo ensino-aprendizagem em um curso de inglês instrumental a distância. Lucy Raiane Peres Farias (UFPI) 6) A leitura e a escrita de gênero do domínio discursivo político mediados pela internet. Joyce Souto Cardoso (UFRPE) Apresentação de Pôsteres 04 / Auditório Hipertexto 03 (Centro de Educação) 13h30 às 15h30 1) As redes sociais como possibilidade: uma nova forma de ensinar, aprender e divulgar o conhecimento histórico. Marcella Albaine Farias da Costa (UFRJ) 2) Atividade interdisciplinar com jogos educativos em escola de rede estadual. Marcelo Santos Leite da Silva (UNIT) 3) Inteligência coletiva e compartilhamento da informação: estado da arte da produção sobre inteligência coletiva. Angela Halen Claro Bembem (UNESP) http://www.nehte.org/simposio2010 I 19 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem 4) Produção de saberes através de redes sociais na internet. Adriana Batista Bastos, Ananda Alves de Souza, Eliene Machado Santana (UNEB) 13h30 às 15h30 5) A presença dos gêneros digitais nos livros didáticos do ensino fundamental. Amanda Carla Silvestre Teixeira (UPE) 6) Educação a distância: marcas de interatividade em materiais didáticos Ariana Barbosa de Melo Oliveira Borges (UFPE) 15h30 às 16h Intervalo Mesa 3 / Auditório Hipertexto 03 (Centro de Educação) Fim do livro ou início de um novo suporte de ideias? Mediação: Profa. Dra. Maria José Luna (UFPE) 16h às 17h15 O livro digital: um avatar moderno da literatura impressa? Prof. Dr. Virgínia Leal (UFPE) Fim do livro ou início de um novo suporte de ideias? Prof. Alexandre Gouveia (Pluri Educacional) Digressões em torno do livro Prof. Ms. Geraldo Pereira (UFPE) Mesa 4 / Auditório Hipertexto 01 (Centro de Artes e Comunicação) Impactos das redes sociais na educação Mediação: Profa. Dra. Stella Teles (UFPE) 16h às 17h15 Redes sociais e contracultura: a escola fora da escola Prof. Dr. Luiz Fernando Gomes (UNISO) O professor e o avatar do professor nas redes sociais Prof. Dr. Ana Elisa Ribeiro (CEFET/MG) Redes Sociais: onde encontrar material de estudo e colegas com quem eu possa aprender? Prof. Dr. Lafayette Melo (IFPB) Conferência de Abertura / Concha Acústica (Centro de Convenções UFPE) 17h30 às 20h Do hipertexto opaco ao hipertexto transparente (L’hipertexte Opaque À L’hypertexte Transparente) Pierre Lévy (University of Ottawa, Canada’s university) Sessão de Autógrafos Lançamentos de Livros Coquetel 03 de dezembro de 2010 - sexta-feira Horário 8h às 9h20 Atividade Minicurso 01 / Auditório Hipertexto 02 (Centro de Artes e Comunicação) Cartografia cognitiva: o uso de hipertexto nos mapas conceituais Maria Auxiliadora Silva Freitas (CEDU/UFAL) 20 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem 8h às 9h20 8h às 9h20 8h às 9h20 Minicurso 02 / Sala Hipertexto 08 (Centro de Artes e Comunicação) Instalação, Configuração e Uso da Plataforma de Gestão de Aprendizagem Amadeus Alex Sandro Gomes (CIN/UFPE), Francisco Petrônio Medeiros (IFPB) e Thiago de Sousa Araújo (CIN/UFPE) Minicurso 03 / Sala Hipertexto 10 (Centro de Artes e Comunicação) Redes sociais em educação: aplicações, ferramentas e estratégias para o ensino Lafayette Melo (IFPB) Minicurso 04 / Auditório Hipertexto 01 (Centro de Artes e Comunicação) Nós somos os nós e a escola é a rede Luiz Fernando Gomes (Uniso – Sorocaba/SP) Sessão de Comunicação 21 / Sala Hipertexto 01 (Centro de Artes e Comunicação) 1) A compreensão nas charges impressas e virtuais. Helga Vanessa Assunção de Souza Cezar* (UFPE) 8h às 9h20 2) Charges virtuais e redes sociais na Internet: acesso e mobilidade. Marcelo Rodrigo da Silva, Flávio Aurélio Tenório de Asevêdo (UEPB) 3) Leitura em multímodos: as affordances no processo de interação em portais públicos. Ranielli Azevedo (PUC/MG), Ana Elisa Novais (CEFET/MG) 4) Leitura nos gêneros digitais: abordando as fanfics. Larissa Cavalcanti (UFPE) Sessão de Comunicação 22 / Sala Hipertexto 02 (Centro de Artes e Comunicação) 1) A interferência dos jogos eletrônicos na prática da educação física Cláudia Dolores Martins Magagnin (SEDUC/GO), Luciana Barbosa Candido Carniello (SEMED-Anápolis/GO), Mirza Seabra Toschi 8h às 9h20 2) A relação entre os nativos digitais, jogos eletrônicos e aprendizagem. Luciana Barbosa Cândido Carniello (CEFOPE Anápolis), Bárbara Mônica Alcântara Gratão Rodrigues (CEFOPE Anápolis), Moema Gomes Moraes (UFG) 3) História do Brasil em jogos para Internet. Ana Maria Koch* (UFPI) 4) Conquistando a consumidora do mundo atual: o uso da publicidade nos advergames. Patricia Margarida Farias Coelho (PUC/SP) Sessão de Comunicação 23 / Sala Hipertexto 03 (Centro de Artes e Comunicação) 1) Cultura-mundo hipermediada: uma análise dos usos das redes sociais sob a lógica do hiperconsumo. Alexandre Honório da Silva 8h às 9h20 2) O uso de redes sociais por anunciantes em campanhas publicitárias: um processo de aprendizagem. Rogério Covaleski (UFPE) 3) Polifonia e interdiscursividade em um blog: da liberdade de expressão 2.0 aos negócios 3.0. Elke Streit de Oliveira, Ana Elisa Ribeiro* (CEFET/MG) 4) O potencial comunicativo das interfaces digitais: o caso da publicidade. Ana Elisa Costa Novais (CEFET/MG) Sessão de Comunicação 24 / Sala Hipertexto 04 (Centro de Artes e Comunicação) 8h às 9h20 1) Distanciamento e aproximação no jornal e na web: impressões de leitores e internautas sobre a cobertura jornalística do julgamento do Caso Serrambi. Dario Brito Rocha Júnior* (UNICAP) http://www.nehte.org/simposio2010 I 21 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem 2) O jornalismo colaborativo no telejornal com as novas tecnologias. Paulo Eduardo Silva Lins Cajazeira (PUC/SP) 8h às 9h20 3) Interatividade, afetividade e redes sociais na produção de notícias em portais na web. Diógenes D’Arce Cardoso de Luna (UFC/Cariri) 4) O que vira notícia? Operações de retextualização em notícias de portais online. Maria Lourdilene Vieira, Emanoel Soares Barbosa (UFPI) Sessão de Comunicação 25 / Sala Hipertexto 05 (Centro de Artes e Comunicação) 1) Entre o papel e tela: reflexões sobre as novas possibilidades de leitura. Lílian Aparecida Arão (CEFET/MG) 8h às 9h20 2) Letramento digital: traçando o perfil dos alunos do curso de letras Marta Furtado da Costa (UFPB) 3) Práticas de letramento na rede social Skoob: interfaces com a educação a distância. Ivanda Maria Martins Silva* (UFRPE) 4) Letramento digital como prerrogativa social: um estudo baseado nas sete competências de Bruce. Ana Márcia Abreu Martins de Paiva Sessão de Comunicação 26 / Sala Hipertexto 06 (Centro de Artes e Comunicação) 8h às 9h20 1) Análise comparativa da competência em informação focada no acesso e uso das tecnologias de informação e comunicação. Alessandra Barbosa Santana, Ana Paula Oliveira Villalobos (UFBA) 2) Letramento e multimodalidades. Karina Ferreira de Oliveira (PUC/MG) 3) A globalização e o novo perfil de alunos dos cursos técnicos em nível médio do CEFET-MG. Eliane Tavares Barreto Matias, Eliane Marchetti Silva Azevedo (CEFET/MG) Sessão de Comunicação 27 / Sala Hipertexto 10 (Centro de Artes e Comunicação) 1) Letramento digital e o processo de escrita escolar: uma abordagem linguística da prática de escrita em blogs. Raquel Wohnrath Arroyo (UNESP) 9h30 às 11h10 2) Letramento digital na educação pública: novos olhares, novas práticas. José Carlos Leandro* (UFPE) 3) Letramentos plurais e tecnologias da informação e comunicação: impactos da função social da leitura e da escrita nos meios digitais, além dos muros da escola. Úrsula Nascimento de Souza Cunha (UNEB) 4) Letramento digital nas interações online: análise dos fóruns de discussão do programa de formação continuada em mídias na educação. Rosana Sarita de Araújo, Luis Paulo Leopoldo Mercado (UFAL) Sessão de Comunicação 28 / Sala Hipertexto 01 (Centro de Artes e Comunicação) 1) Orkut: ferramenta de aprendizagem colaborativa. Marlene Aparecida dos Reis, Silvana Aparecida dos Reis (C.E.S.A.R.) 9h30 às 11h10 2) Orkut como ambiente de práticas pedagógicas hipertextuais. Robson Santos de Oliveira* (UFPE) 3) Lógica, informática e comunicação: o Orkut integrando a aprendizagem no campus Sertão da UFAL. Felipe de Paula Souza (UFAL) 4) Argumentatividade no e-fórum de discussão: uma contribuição para produção em contexto escolar. Anelilde Maria de Lima Farias (UFPE) 22 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem 9h30 às 11h10 5) Análise de uma experiência de aprendizagem utilizando o Orkut no Instituto Federal Sul-RioGrandense - campus Passo Fundo. Ricardo Santos Lokchin, Adriano Canabarro Teixeira (IFSUL) Sessão de Comunicação 29 / Sala Hipertexto 02 (Centro de Artes e Comunicação) 1) Imagens de si no Orkut: a construção do Ethos. Márcia Guabiraba Moreira Oliveira Novaes (FAFIRE) 2) O Ethos feminino nas comunidades do Orkut. Liliane Lopes de Lucena (FAFIRE) 9h30 às 11h10 3) O léxico na internet: análise de neologismos em comunidades do Orkut. Verena Santos Abreu (UNEB) 4) Blogarte: uma experiência com arte no ensino médio através do Orkut. Plínio Rogenes de França Dias (Rede GEO/João Pessoa) 5) A (re) construção de preconceitos nas redes sociais. Jaciara Josefa Gomes* (UFPE) Sessão de Comunicação 30 / Sala Hipertexto 03 (Centro de Artes e Comunicação) 1) Arquiteturas de suporte à aprendizagem colaborativa sensível ao contexto. Francisco Petrônio Alencar de Medeiros*(IFPB), Patrícia Cabral de Azevedo Restelli Tedesco, Alex Sandro Gomes (Cin/UFPE) 2) Avaliação de Usabilidade em Ambientes Virtuais de Aprendizagem. Givaldo Almeida dos Santos, Henrique Nou Schneider (UFS) 9h30 às 11h10 3) Avaliação formativa no Wiki do LMS Moodle: aplicação da ferramenta Learning Vector (LV). Gilvadenis Sales, Pedro Alexandre Nery Prestes, Giovanni Barroso, José Soares (UFC) 4) O processo de gerenciamento informacional na plataforma Moodle: uma análise na disciplina introdução à economia do curso de ciências econômicas da UFPB. André Anderson Cavalcante Felipe (UFRN), Júlio Afonso Sá de Pinho Neto (UFPB) 5) Aprendizagem sobre tecnologias computacionais em EaD: analise da participação e desempenho dos alunos em cursos de PHP, Java e programação orientada a objetos. Carlos Murilo da Silva Valadares (SERPRO) 6) Uma experiência colaborativa de avaliação com o uso do wiki. Adonai Estrela Medrado (UNEB) Sessão de Comunicação 31 / Sala Hipertexto 04 (Centro de Artes e Comunicação) 1) Comunicação gráfica em interfaces de hipermídia de educação a distância via web. Taciana de Lima Burgos* (UFRN) 2) Mediação da informação em ambientes virtuais de aprendizagem: colaborações da ciência da informação para educação a distância. Raul Marques Leite de Souza, Eneida Santana, Robélia Velame (UFBA) 9h30 às 11h10 3) O uso de mapas conceituais no design educacional para o planejamento de hipermídia na educação a distância. Márcia Melo Bortolato, Alice Theresinha Cybis Pereira, Marília Matos Gonçalves (UFSC) 4) Mapas conceituais na educação a distância: uma análise sob a ótica da complexidade. Cristiane Freire de Sá (IFSP - Pró Reitoria de Extensão), Fabiana Cristina Gonçalves Ribeiro (CEFET/RJ), Lidia Bravo de Souza do (IFSP Campus Guarulhos) 5) Tecnologia e Interação em uma Comunidade de Prática. Silvane Aparecida Gomes, Vicente A. Parreiras, Adriana G.D. Teixeira (CEFET/MG) 6) Educação a distância e sistema tutorial: atividades mediatizadas dos tutores online na perspectiva da ergonomia cognitiva de formação. Martha Kaschny Borges, Samara Nunes Lemos, Julyana Cristina Coelho Martins (UDESC) http://www.nehte.org/simposio2010 I 23 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem Sessão de Comunicação 32 / Sala Hipertexto 05 (Centro de Artes e Comunicação) 1) Novas tecnologias aplicadas na elaboração de material instrucional online. Adriana Dallacosta (DECEx/EB), Giselle Cazetta* (UFF), Sérgio Guedes, Luciana Nunes Ferreira (UFRJ) 2) Novas tecnologias da informação: os desafios do futuro imediato. Ana Cristina Gomes da Penha (Universidad Del Mar) 9h30 às 11h10 3) Entrecruzando gêneros e TIDCs: contribuições para o desenvolvimento de estratégias comunicativas de ensino aprendizagem.Jackeline Lima Farbiarz (PUC/RJ), Alexandre Farbiarz (UFF) 4) Ambientes de aprendizagem: uma abordagem hipertextual contemporânea. Alicio Rodrigues da Silva Neto (UNEB) 5) Curso de Comunicação na Empresa a Distância. Regina Maria Gonçalves Mendes, Rosilene Alves Ribeiro Strecker (PUC/MG) Sessão de Comunicação 33 / Sala Hipertexto 06 (Centro de Artes e Comunicação) 1) A interação via videoconferência em aulas de língua estrangeira. Carla Raqueli Navas Lorenzoni, Ucy Soto (UNESP) 2) Fórum de discussão e aprendizagem colaborativa: foco nas práticas discursivas do tutor a distância. Juliana de Carvalho Barros, Patrícia Nora de Souza (UFJF) 9h30 às 11h10 3) Práticas interativas em contextos de ensino a distância. Karyne Soares Duarte Silveira (EVL-Campina Grande/PB) 4) Representações de corpo e virtualidade no ensino: a presencialidade e a não-presencialidade como contextualização de ensino a aprendizagem em âmbito universitário. Rosane Maria Cardoso, Silvane Fensterseifer Isse*, Ester Weissheimer (UNIVATES) 5) Second Life: redes de relações e produções de sentido. Erica Alves Barbosa Medeiros Tavares (UFJF) Sessão de Comunicação 34 / Sala Hipertexto 07 (Centro de Artes e Comunicação) 1) Livros Didáticos de Língua Portuguesa: o tratamento dado aos materiais textuais Relacionados às Novas Tecnologias Digitais da Informação E Comunicação. Roberta Varginha Caiado (UFPE/UNIVERSO), Artur Morais (UFPE) 2) O material didático impresso e a plataforma Moodle: possibilidade de interação entre professor e aluno da EaD. Telma Sueli Farias Ferreira (UFPB) 9h30 às 11h10 3) Avaliação da aprendizagem na educação a distância: um estudo sobre as concepções docentes na EaD online. Valéria do Carmo de Oliveira (UFPE) 4) Professores das diversas áreas do conhecimento se utilizam da noção de gêneros textuais no processo didático? Reflexões sobre a prática pedagógica de professores paraibanos em formação a distância. Rosa Maria da Silva Medeiros, Daniela da Silva Araújo, Kelly da Silva Melo Araújo (UFCG) 5) Registros de um processo: letramento digital de uma professora participante do curso Mídias na Educação. Andrea Santana de Vasconcelos* (Prefeitura Municipal/Caruaru) Sessão de Comunicação 35 / Sala Hipertexto 08 (Centro de Artes e Comunicação) 9h30 às 11h10 1) Redes sociais: uma nova ferramenta pedagógica para a graduação a distância. Liz Cristiane de Oliveira Roma de Melo, Sebastião da Silva Vieira (Prefeitura Municipal/Camaragibe) 2) Modos diferenciados de ensinar e aprender no ambiente virtual. Marcelo Mendonça Teixeira (UM), Tiago Gomes (UM) 24 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem 3) Pistas de contextualização na negociação de contexto. Gisella Meneguelli de Sousa (UFJF) 4) O perfil do aluno virtual e as teorias de estilos de aprendizagem. Ivana Maria Schnitman* (FTC) 9h30 às 11h10 5) Hipertexto como possibilidade para a construção de uma educação a distância desterritorializada. Elmara Pereira de Souza (UFBA/NTE16), Nicéia Maria de Figueiredo S. Melo (UESB/NTE16), Eneida Moreira de Brito (NTE16) 6) Introdução crítica ao direito à saúde: formação de redes sociais de saúde na América Latina. Rossana Mary Fujarra Beraldo (Unb), Mirian Barbosa da Silva (Unb) Sessão de Comunicação 36 / Sala Hipertexto 09 (Centro de Artes e Comunicação) 1) A linguagem em EaD: análise de aulas-web postadas no Moodle. Débora Liberato Arruda Hissa (UECE) 2) A navegabilidade nos enunciados das atividades do Curso Mídias. Rebeca Rannieli Alves Ribeiro* (UEPB) 9h30 às 11h10 3) As letras falam: afetividade e escrita em cursos de educação a distância. Catley Santos Lima, Michelle Jordão Machado (UCB) 4) Leitura e compreensão de textos por parte de universitários surdos estudantes de EaD online: limites e possibilidades. Gláucia Renata Pereira do Nascimento (UFPE), Laerte Leonaldo Pereira (SEDUC/PE) 5) Escritas tecnológicas e produção de objetos de aprendizagem. Márcia de Souza Luz Freitas (IEPGUNIFEI) 6) Aprendizagem online e construção colaborativa em ambientes virtuais. Valéria Pinto Freire, Simone de Lucena Ferreira (UNIT) Sessão de Comunicação 37 / auditório Hipertexto 01 (Centro de Artes e Comunicação) 1) O olhar freiriano sobre as TICs e a educação a distância. Avanisia Maria de Souza, Jaqueline Alves de Lira (CESAC/PE) 9h30 às 11h10 2) Mediação e aprendizagem colaborativa na EaD: um estudo a partir da percepção dos estudantes da especialização em EaD na UNEB. Elaine dos Reis Soeira (IFBA) 3) Entre o virtual e o real: a transformação do espaço urbano através da EaD em Minas Gerais. Raquel von Randow Portes (UFJF) 4) Experiência de implantação de um Curso de Produção Textual a Distância. Rosilene Alves Ribeiro Strecker, Regina Maria Gonçalves Mendes* (PUC/MG) 5) Formação de professores a distância: um estudo de caso em um curso de licenciatura no sertão de Pernambuco. Sebastião da Silva Vieira, Roseane Nascimento da Silva (UFRPE) Sessão de Comunicação 38 / auditório Hipertexto 02 (Centro de Artes e Comunicação) 1) Projeto Faculdade Virtual de Direito do Recife. Jaziel Lourenço da Silva Filho (UFPE) 9h30 às 11h10 2) Análise de Histórias de Vida em Fórum de Discussão Interdisciplinar. Christine Maria Soares de Carvalho, Caroline Nagel Moura de Souza, Juarez Moreira da Silva Júnior, Michelle Jordão Machado, Sandra Mara Bessa Ferreira (UCB) 3) O processo cognitivo do aluno em um AVA com o uso do Diário de Bordo. Francimary Macêdo Martins* (UNIVIMA) 4) Tutoria a distância em curso de letras online: um relato de experiência. Morgana Soares da Silva (UFPE) http://www.nehte.org/simposio2010 I 25 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem 9h30 às 11h10 5) Os migrantes digitais e sua aprendizagem nos cursos a distância da Fundação Joaquim Nabuco. José Alexandre Barbosa Pinto (FUNDAJ) 6) Reapropriação dos espaços do saber a partir do uso das mídias sociais nos ambientes virtuais de aprendizagem (AVA). Sandra Helena Pereira Rodrigues (FUNDAJ) Sessão de Comunicação 39 / AUDITÓRIO HIPERTEXTO 04 (Centro de Artes e Comunicação) 1) Pedagogia musical online: o hipertexto como ferramenta da pesquisa qualitativa em um estudo de caso em ambientes virtuais de aprendizagem musical. Fernanda de Assis Oliveira* (UFRGS) 2) A Rádio Tan Tan educativa: o uso da web 2.0 como espaço de comunicação e mudança na prática pedagógica. Rosilãna Aparecida Dias, Rita de Cássia Florentino (FMG) 9h30 às 11h10 3) Letramento cultural em seu eixo oficina musical: hibridismo entre conhecimento científicomidiático e a arte do som. Emanuela Francisca Ferreira Silva, Andréa de Lourdes Cardoso Santos (Conservatório Estadual de Música Maestro Marciliano Braga) 4) Prática musical de DJs: um estudo sobre formação musical e tecnologia. Juciane Araldi (UFPB) 5) Ruídos e silêncios em torno do compartilhamento: a rede social do Sombarato e suas práticas discursivas. Manoel Sotero Caio Netto (UFPE) Sessão de Comunicação 40 / Sala Hipertexto 12 (Centro de Artes e Comunicação) 1) As interações de alunos na Internet e o ensino de língua materna. Luciana Sales Barbosa Moura (UFCG) 9h30 às 11h10 2) Ensino-aprendizagem de leitura e produção de textos em suporte digital: uma experiência com alunos de um curso de qualificação de informática oferecido pela prefeitura municipal de Belo Horizonte. Flavio Geraldo Oniles da Silva (Ação Social Técnica) 3) O ensino da língua frente às novas tecnologias. Diva Conceição Ribeiro (FALEC/FIES) 4) O site educativo de português como língua materna. Noadia Íris da Silva* (EPR) 5) Professor e Internet: como vai a relação? Francisca Maria de Melo (PMCG) Sessão de Comunicação 41 / Sala Hipertexto 13 (Centro de Artes e Comunicação) 1) Hipertextos de conteúdo técnico em língua inglesa: mediações e desafios em atividades de leitura dirigida. Hélvia Pereira Pinto Bastos (IFF) 9h30 às 11h10 2) A comunicação escrita em inglês como língua estrangeira: uma experiência de Pen Pal eletrônico entre alunos brasileiros e estrangeiros. Fabíola Silveira Jorge (IFCE) 3) O desafio de formar o professor de línguas estrangeiras para a utilização das tecnologias da informação e comunicação. Patrícia Vasconcelos Almeida* (UFLA) 4) O uso de ferramentas da Internet para o ensino de língua inglesa no CEFET/MG. Maria Raquel de Andrade Bambirra, Marcos Racilan (CEFET/MG) Apresentação de Pôsteres 05 / Sala Hipertexto 14 (Centro de Filosofia e Ciências Humanas) 9h30 às 11h10 1) Mídias sociais na educação: inteligência coletiva entre docentes e discentes. Ana Célia da Rocha Santos (UFAL) 2) Projeto Com. Domínio Digital: a utilização das novas tecnologias na formação de jovens para o mercado de trabalho. Allany Calaça da Silva, Maria Anadeje Alves (UFPE) 26 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem 3) Blog: o processo de ensinagem através do gênero digital. Ingrid Maria de Sousa (UNICAP) 4) Discentes X gestores: a dissonância no uso das novas redes sociais em uma instituição pública de ensino. Ana Carolina de Araújo Abiahy, Flávia Tatiane Braga Alencar, Sérgio Rodrigo Alves Maciel (IFPB) 9h30 às 11h10 5) Fontes de informação em plataforma de gestão editorial na internet: qualidade de recursos, comunicação, interação e auto-aprendizagem. Carlos Alexandre Lourenço Taborda (UFPR), Patrícia Zeni Marchiori (UFPR) 6) Geografias na blogosfera: apontamentos sobre forma e conteúdo dos blogs. Ana Karoline Coêlho de Cerqueira (UFAL) Apresentação de Pôsteres 06 / Auditório Hipertexto 03 (Centro de Educação) 1) A organização textual-discursiva da resenha eletrônica. Alayres Camila Melo de Almeida, Michele de Lima Alves Gomes (UFRPE) 2) A produção de resumos na internet e o letramento digital. Erika Vieira Araújo, Vanessa Claudino da Silva (UFRPE) 9h30 às 11h10 3) A situação de produção e a informalidade em textos da internet. Emanuela Domingos Ferreira, Emanuelly Teles Ferreira e Silva (UFRPE) 4) Ação de linguagem escrita no hipertexto: interações contemporâneas. Deirbe Susan Gomes de Oliveira, Fabricia Ferreira Novaes (UNEB) 5) Aspectos da articulação de orações na tradução de websites. Herbertt Neves,Thalita Medeiros Spencer Leão (UFPE) 6) Estudo do texto informativo e uso da tecnologia como ferramenta colaborativa. Vera Lucia da Silva (UFRPE) 11h10 às 11h30 Intervalo Mesa 5 / Auditório Hipertexto 03 (Centro de Educação) A Literatura na Cibercultura Mediação: Prof. Dr. Alexandre Maia (UFPE) 11h30 às 12h45 A situação do livro literário na Cibercultura Prof. Dr. Sébastien Joachim (UFPE/UEPB) A crítica literária e o hipertexto Prof. Dr. Luciano Justino (UEPB) Becoming symborg: doença, performance e escrita confessional em literatura eletrônica Prof. Dr. Ermelinda Ferreira (UFPE) Mesa 6 / Auditório Hipertexto 01 (Centro de Artes e Comunicação) Léxico, persuasão e publicidade na internet Mediação: Prof. Dr. Miguel Espar Argerich 11h30 às 12h45 A inovação publicitária nas redes sociais Prof. Dr. Nelly Carvalho (UFPE) A convergência de narrativas no blog: a sedução na e pela linguagem em ambientes de interface Profa. Dra. Maria Angélica Freire (UFPI) Twitter como meio de ensino de publicidade Prof. Dr. Dirceu Tavares (UFPE) http://www.nehte.org/simposio2010 I 27 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem 12h45 às 13h30 Almoço Sessão de Comunicação 42 / Sala Hipertexto 01 (Centro de Artes e Comunicação) 1) A experiência de monitorar o processo de busca de parceiros de e-tandem. Ana Carolina de Laurentiis Brandão (UFU) 13h30 às 15h30 2) Redes de relacionamento transformadas em ambientes virtuais de aprendizagem por alunos de graduação de língua inglesa. Janaína da Silva Cardoso (UERJ) 3) Redes sociais e o ensino de línguas: como se faz isso? 5 dicas fundamentais para desenvolver o ensino-aprendizagem de línguas utilizando as TICs. Leila Ribeiro (FAJESU), Washington Ribeiro (Unb) 4) Usando a tecnologia nas aulas de inglês do ensino fundamental: relato de uma experiência. Luciana de Oliveira Silva* (UFMG) 5) O uso das mídias digitais nas aulas de língua inglesa. Eveline Pereira de Amorim (SENAI) Sessão de Comunicação 43 / Sala Hipertexto 02 (Centro de Artes e Comunicação) 1) O impacto das redes sociais virtuais no processo de ensino e aprendizagem. Verônica Danieli de Lima Araújo (FUNDAJ) 2) Sociedade em rede: novo sentido à mediação pedagógica e a sedimentação de ecologias cognitivas. Lauriza Quina Barreto do Nascimento (UFJF) 13h30 às 15h30 3) Pensamento crítico na web: trajetórias da pesquisa escolar. Lucia Helena Cavalcanti das Neves Valle, Sérgio Abranches (UFPE) 4) Percepção da qualidade da informação em recursos da web: motivação e impactos nas atividades de ensino e pesquisa da Universidade Federal do Paraná. André Luiz Appel, Patrícia Zeni Marchiori (UFPR) 5) Netnography e MROCS: pesquisas qualitativas na era das redes sociais. Giselda dos Santos Costa* (UFPI) 6) Oficinando em rede: o encontro do adolescer em sofrimento com a tecnologia em serviços de educação de Mossoró. Karla Rosane do Amaral Demoly, Dayse Saraiva (UFERSA) Sessão de Comunicação 44 / Sala Hipertexto 03 (Centro de Artes e Comunicação) 1) A linguagem dos e-mails: um caso de inferências pragmáticas. Luiz Carlos Carvalho de Castro* (SEDUC/ PE) 13h30 às 15h30 2) Internet e oralidade: uma aproximação. Fernando Felício Pachi Filho (FITO) 3) Rede como espaço livre e aberto. Lialda Bezerra Cavalcanti, Amarílis Valentim (UNICAMP) 4) Sociedade contemporânea e saber transdisciplinar. Tânia Regina Barbosa de Sousa (UFS) 5) O potencial das tecnologias em rede na formação do leitor-autor. Elisângela de Fátima Fernandes de Mello (UPF) Sessão de Comunicação 45 / Sala Hipertexto 04 (Centro de Artes e Comunicação) 13h30 às 15h30 1) Apropriação das mídias sociais como recurso no processo ensino-aprendizagem. Cristiane Clébia Barbosa (FARN) 2) O perfil dos autores-leitores de fanfictions: histórias criadas por fãs. Fabíola do Socorro Figueiredo dos Reis* (UFPA) 28 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem 3) Mídias sociais e educação profissional. Daniel Augustin Pereira (UDESC) 13h30 às 15h30 4) Biblioteconomia, tecnologia e redes sociais: análise de usuários sob profissionalização em informação. Luciana Ferreira da Costa (UFPB) 5) Aprendizagem social: uma abertura a partir dos sites de redes sociais e da hipertextulidade exploratória. Ana Terse Tavares Soares (UFBA) Sessão de Comunicação 46 / Sala Hipertexto 05 (Centro de Artes e Comunicação) 1) Literatura discutida na web: algumas reflexões a respeito do compartilhamento de saberes. Adriana Sales Zardini* (UFMG), Lília dos Anjos Afonso (UFPB Virtual) 2) Material didático de literatura em ambiente virtual: um estudo sobre o portal Centro de Referência Virtual do Professor, do governo do estado de Minas Gerais. Érica Cristina dos Santos (CEFET/MG) 13h30 às 15h30 3) O Orkut e a ciberliteratura: novos espaços, novas abordagens. Flávio Aurélio Tenório de Asevêdo (UEPB) 4) Material didático de literatura para o ensino médio disponibilizado no portal do Ministério da Educação e Cultura. Simone Cristina Menezes Salgado (CEFET/MG) 5) Poesia: da blogsfera para a sala de aula. Susana Souto Silva (UFAL) 6) Recit@l Digit@l: uma experiência divertida. Eliene Leite de Carvalho Santos (Colégio Marista-São Luís/ MA) Sessão de Comunicação Coordenada 04 / SALA HIPERTEXTO 08 (Centro de Artes e Comunicação) Discursos em educação, entretenimento e novas TDICs 1) Discursos em Educação, entretenimento e novas TDICs. Alexandre Farbiarz (UFF) 13h30 às 15h30 2) Redes Sociais no processo de ensino-aprendizagem. Mariana de Souza Coutinho (UFF) 3) A comunicação visual em Ambientes Virtuais de Aprendizagem. Raiane Nogueira Gama (UFF) 4) O uso lúdico das novas TDICs em educação. Tamíris de Almeida Cutrim (UFF) Sessão de Comunicação Coordenada 05 / AUDITÓRIO HIPERTEXTO 01 (Centro de Artes e Comunicação) Ensino de Língua a Distância: Múltiplos enfoques 1) Usos da linguagem em fóruns de EAD. Benedito Gomes Bezerra (UFPE) 13h30 às 15h30 2) Avaliação em Língua Portuguesa no Ensino a Distância. Angela Valéria Alves da Silva (UFPE) 3) Reflexões sobre o Material Didático no Ensino a Distância. Niege Guedes Matos (UFRPE) 4) Interação em fórum de ead: a otimização de um espaço de aprendizagem colaborativa. Sonia Virginia Martins Pereira (UFRPE) Sessão de Comunicação Coordenada 06 / AUDITÓRIO HIPERTEXTO 02 (Centro de Artes e Comunicação) e-aikewara: escritas de jenipapo no ciberespaço 13h30 às 15h30 1) e-aikewara: escritas de jenipapo no ciberespaço. Ivânia dos Santos Neves (UNAMA) 2) A comunidade indígena e o mundo digital: reflexões sobre os impactos das mídias sociais na vida dos Aikewára. Alda Cristina Silva da Costa (UNAMA) http://www.nehte.org/simposio2010 I 29 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem 13h30 às 15h30 3) Trajetórias iniciais: memória das sociedades indígenas no twitter. Hellen Maria Alonso Monarcha (UNAMA) 4) Os Aikewára no YouTube: o mundo digital e ações afirmativas. Maurício Neves Corrêa (UNAMA) Sessão de Comunicação Coordenada 07 / AUDITÓRIO HIPERTEXTO 04 (Centro de Artes e Comunicação) Jornalismo, jornalistas e texto na web 1) Transições, transposições e tensões na atuação docente: O que é ser jornalista e ser professor de jornalismo 2.0? Ana Elisa Ribeiro (CEFET/MG); Carlos Henrique Silva de Castro (UNA) 13h30 às 15h30 2) A prática do news diamond em redações webjornalísticas. Jorge Rocha Neto da Conceição (PUC/MG) 3) Referir e argumentar: duas funções do texto jornalístico em processos de referenciação indireta no Twitter. Jaqueline Barreto Lé (UFRJ) 4) Webnotícia: realinhamentos da produção jornalística na web. Camila Cristina Santos Gonzaga (CEFET/MG) Apresentação de Pôsteres 07 / Sala Hipertexto 14 (Centro de Filosofia e Ciências Humanas) 1) Fóruns de comunidades do orkut: variação lingUística na escrita de homens e mulheres. Ana Paula Oliveira Soares, Thaís Soares Bezerra de Sá Peixoto (UPE/FACETEG) 13h30 às 15h30 2) Gêneros ocultos na escola: o e-mail. Giomara Gomes Rocha Machado (UNEB) 3) Leitura e análise de textos orais e escritos em blogs e podcasts. Emanoela Cristina Martins de Andrade 5) Leitura e escrita do gênero notícia em ambiente virtual. Andre Cordeiro dos Santos (UFRPE-UAG) 6) Procedimentos linguístico-discursivos utilizados por twitteiros para a composição de um texto sintético. José André de Lira da Silva, Isaac Itamar de Melo Costa (UFRPE) Apresentação de Pôsteres 08 / Auditório Hipertexto 03 (Centro de Educação) 1) Oficina de fotografia na sociedade indígena Aikewára. Lariza de Moraes Gouvêa (UNAMA) 2) Animações visuais como recurso na evolução do conhecimento sobre o tecido hematopoético. Antonio Batista de Oliveira Junior (UFRPE) 13h30 às 15h30 3) Curta-metragem na aula de língua portuguesa: práticas pedagógicas mediadas pelo uso de mídias. Karine Viana Amorim, Laís de Souza Ribeiro, Myrela Lopes da Silva (UFCG) 4) Direção de arte na aula de língua portuguesa: o que fazer? Como fazer? Anderson Marcos da Silva, Mariana Quirino Fechine, Karine Viana Amorim (UFCG) 5) Game educativo: um novo contexto para o ensino de conceitos científicos. Jorgival de Araújo Mascarenhas Leite Filho (UFRPE) 6) Letramento digital: a elaboração de RPG digital como ferramenta motivacional. Bárbara Micaela Pereira de Araújo Rocha (UFRPE) 15h30 às 16h Intervalo 30 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem Mesa 7 / Auditório Hipertexto 03 (Centro de Artes e Comunicação) Práticas discursivas em espaço virtual: escrita e representação Mediação: Profa Dra. Rosângela Lima 16h às 17h15 Transposição intranquila: romancistas e seus trajetos entre o papel e o blog Profa. Dra. Inara Ribeiro e Prof. Dr. Ricardo Postal (UFPE) Práticas discursivas em espaço virtual: escrita e representação Profa. Dra. Dilma Luciano (UFPE) Representações de escritas e práticas de subjetivação em espaços virtuais Profa. Dra. Fabiele Stockmans de Nardi e Profa. Dra. Evandra Grigoletto (UFPE) Mesa 8 / Auditório Hipertexto 01 (Centro de Artes e Comunicação) Aquém e além da educação: a universidade e o virtual Mediação: Prof. Dr. Luiz Fernando Gomes (Uniso) 16h às 17h15 Todos querem ir para o céu, mas ninguém quer morrer: o difícil caminho do Inglês Instrumental semipresencial na UFPI Prof. Dr. Beatriz Gama Rodrigues (UFPI) Desafios e possibilidades do uso de conteúdos hipermodais na EaD Prof. Dr. Eduardo Santos Junqueira Rodrigues (UFC Virtual) Formando o professor de línguas para atuar no ambiente digital – desafios da educação semipresencial no curso de Letras da PUC-SP Prof. Dr. Angelita Gouveia Quevedo (PUC-SP) Conferência de Encerramento / Auditório Hipertexto 03 (Centro de Educação) 17h30 O papel da internet e das redes sociais na educação brasileira Prof. Dr. Alex Sandro Gomes (Cin/UFPE) Premiação de Pôsteres Sorteio * Coordenador da Sessão http://www.nehte.org/simposio2010 I 31 RESUMOS Conferência de Abertura De l’hypertexte opaque à l’hypertexte transparent Pierre Lévy1 L’Internet augmente déjà nos processus cognitifs individuels et collectifs : il nous donne accès à une foule de données multimédia en temps réel, multipliant ainsi notre capacité de mémoire et de perception. Il nous permet également de communiquer et de nous coordonner à une échelle inconnue des générations qui nous ont précédées. Mais bien que le medium numérique accueille progressivement toutes les oeuvres de l’esprit accumulées par l’humanité depuis des siècles, bien qu’il affiche l’immense majorité de nos pensées et de nos messages contemporains, bien qu’il soit devenu le milieu privilégié de nos échanges et de nos transactions, il n’offre encore aucune image lisible du fonctionnement de notre intelligence collective. Pourtant, toutes les données sont là, ubiquitaires, prêtes à être traitées par une puissance de calcul en croissance continue. Sans doute les données peuvent-elles être retrouvées et analysées à l’échelle de documents ou de collections de documents bien organisées (notamment par des ontologies), mais les dynamiques cognitives d’ensemble restent opaques. Comment modéliser les processus cognitifs des conversations créatives en ligne tout en perfectionnant la gestion de leurs connaissances ? Comment transformer l’Internet en observatoire rigoureux des phénomènes économiques, sociaux et culturels au service des sciences humaines ? En un mot, comment exploiter toutes les ressources du médium numérique pour accroître l’intelligence collective ? Pour répondre à ces questions, je me suis engagé dans une démarche de recherche au long cours qui n’a pu aboutir que grâce au support indéfectible du programme des chaires de recherche du Canada. Le principal résultat de mon travail est une percée scientifique dans l’étude de la cognition symbolique humaine : la mise au point de la sphère sémantique IEML (Information Economy MetaLangage), un système de coordonnées permettant la représentation de l’esprit comme une nature unique, infinie et descriptible par des fonctions calculables.2 Au-delà du Web des données, la sphère sémantique peut être adoptée comme système d’adressage des métadonnées dans le médium numérique. La sphère sémantique contribuera à la transcroissance du médium numérique en Hypercortex reflétant et simulant les processus cognitifs humains sur un mode herméneutique et multi-perspectiviste. Pour mettre en contexte la fonction anthropologique de l’Hypercortex qui émergera bientôt de l’évolution culturelle, je vais le comparer au Cortex humain issu de l’évolution biologique. La cognition humaine articule une expérience sensori-motrice du monde phénoménal (commune à tous les animaux pourvus d’un système nerveux) à une pensée discursive basée sur la manipulation de symboles. On peut assimiler l’expérience phénoménale à une connaissance de type implicite, ou opaque, et sa traduction créative dans les termes de systèmes symboliques à une connaissance de type explicite, transparente. Dans la mesure où elle est symbolisée (explicitée), la connaissance peut être partagée et transformée plus facilement que la connaissance (opaque) incorporée dans l’expérience phénoménale. Supportée par le Cortex humain qui émerge de l’évolution biologique, la dialectique entre expérience phénoménale et symbolisation discursive rend compte de la forme originale de notre intelligence. C’est grâce à ce moteur de transformation réciproque entre perception implicite et langage explicite que nous pouvons coordonner socialement nos processus cognitifs de manière plus efficace que les autres animaux sociaux et partager une mémoire culturelle. La représentation symbolique des catégories qui organisent notre expérience nous ouvre à une dimension de réflexivité inconnue des animaux : nous pouvons nous représenter à nous-mêmes nos propres processus cognitifs, reconnaître nos ignorances et poser des questions. Nous pouvons aussi nous figurer les processus cognitifs des autres, imaginer leur subjectivité, négocier le sens de situations communes, nous entendre sur des normes de raisonnement et d’interprétation. Nous sommes capables de dialogue. Finalement, nos capacités narratives nous permettent de produire et de recevoir des modèles spatio-temporels complexes des phénomènes, des récits où des acteurs 1. Professeur à l’Université d’Ottawa (dept. Communication), titulaire de la Chaire de Recherche du Canada en Intelligence Collective. Membre de la Société Royale du Canada. 2. Un ouvrage résumant mes recherches sera publié en 2011 aux Edition Hermès (La sphère sémantique. Computation, cognition, économie de l’information.). Ce texte est un extrait remanié du livre à venir. http://www.nehte.org/simposio2010 I 35 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem (sujets grammaticaux) font subir diverses transformations (verbes) à des objets en un complexe entrecroisement de séquences causales et de citations en cascades. Nous produisons tous des récits différents de nos vies et des environnements où elles se déroulent, mais la puissance narrative est universelle dans l’espèce humaine. Assimilons maintenant l’immense masse des données numériques multimédia interconnectées qui oscille et fluctue dans le Web à l’expérience phénoménale ou au savoir implicite qu’abrite un vaste Hypercortex technoculturel. Le Web forme sans doute un hypertexte mais il s’agit d’un hypertexte opaque3, fragmenté entre langues, classifications, ontologies et plateformes commerciales, un hypertexte dont les noeuds ne sont en fin de compte que des adresses physiques. Si nous voulons utiliser le Web pour coordonner nos intelligences collectives et partager nos mémoires culturelles à une nouvelle échelle; si nous voulons nous représenter plus clairement qu’aujourd’hui les opérations de nos processus de cognition sociale, repérer les zones aveugles de nos savoirs et augmenter nos capacités de questionnement critique; si nous voulons avancer vers une meilleure intercompréhension culturelle et cultiver l’efficacité de nos conversations créatrices; si nous voulons enfin démultiplier nos capacités de construire et d’interpréter les récits à support numérique en utilisant la puissance de calcul disponible, alors il nous faut compléter le médium numérique par une nouvelle couche d’adressage et de calcul sémantique. Cette nouvelle couche traduira de manière créative le contenu de savoir réel mais implicite (son interconnexion est opaque) du Web en un contenu de savoir dont le sens explicite soit transparent à la manipulation automatique de symboles (l’hypertexte transparent des USLs de la Figure 1, coordonné par la sphère sémantique IEML). FIGURE 1 La manipulation symbolique basée sur l’explicitation des catégories est le “truc”, la puissance propre, de l’espèce humaine. Il s’agit simplement ici d’utiliser le même vieux truc mais sur un autre plan, au métaniveau du traitement automatique d’informations sémantiques dans une mémoire universelle et ubiquitaire. De même que le secret du Cortex biologique humain réside dans une dialectique entre expérience phénoménale et pensée discursive, le secret de l’Hypercortex numérique se trouve dans une correspondance réciproque entre réseaux opaques de données multimédias et circuits transparents de métadonnées sémantiques. Comme la pensée discursive ne peut s’exprimer que sous forme phénoménale (les signifiants des symboles sont des classes de sons, d’images...), le processus de calcul sur les métadonnées sémantiques devra forcément s’incarner en calcul sur des données : le système d’adressage du Web sera toujours présent, y compris au titre de support “physique” du mécanisme sémantique. De couches d’adressages en couches d’adressages, la sphère sémantique repose sur le Web, qui repose sur l’Internet, et l’Internet lui-même interconnecte les automates physiques dont les systèmes d’exploitations adressent les bits. 3. Berners-Lee Tim, Universal Resource Identifiers. Axioms of Web Architecture, WWW Consortium, 1996 [http://www.w3.org/DesignIssues/Axioms. html#opaque] 36 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem Quel sera le degré d’autonomie du nouvel Hypercortex ? Je n’ignore pas que les récits de science-fiction et la perspective d’une “singularité” à la Kurzweil évoquent souvent dans l’esprit du public la menace d’une autonomisation des machines intelligentes. Je voudrais rappeler sur ce point que, dans les premières décennies du développement de l’informatique, la totalité des journalistes et la plupart des scientifiques ne parlaient que d’intelligence artificielle et de machines autonomes. Seuls quelques rares visionnaires (comme Douglas Engelbart et Joseph Licklider) préparaient dans l’indifférence générale l’intelligence et la collaboration augmentée qui allaient suivre. De fait, le développement effectif du médium numérique a fait surgir un nouvel univers de communication et de création culturelle plutôt que des intelligences artificielles (sauf si l’on appelle “intelligence artificielle” n’importe quel automate de manipulation symbolique). L’Hypercortex qui vient est technoculturel et sociosémantique. Il n’a aucune existence séparée en dehors de son lien avec le Cortex biologique. Certes, la production et l’interprétation des données sera augmentée par des automates symboliques, programmes eux-mêmes supportés par des machines physiques. Mais ce seront toujours des humains vivants - animés par leur expérience phénoménale et mus par une pensée discursive infiltrée d’émotions - qui liront, écriront et programmeront, qui s’exprimeront et interprèteront les messages de leurs congénères, qui entretisseront les univers virtuels multimédia de la culture et les territoires spatio-temporels de la nature. Bien plus, l’imposition de métadonnées sémantiques aux données du Web, tout comme la traduction de ces métadonnées en images multimédia, relèveront évidemment de l’interprétation. Cette interprétation pourra être automatisée, mais elle pourra l’être de toutes les manières imaginables, selon les besoins, les désirs et les orientations de communautés fort diverses. Ce sont les processus de conversation créatrice qui organiseront la relation entre les Cortex biologiques des individus et l’Hypercortex numérique de l’espèce. Ce sont encore les conversation créatrices qui articuleront le réseau (opaque) des données du Web et les circuits (transparents) des métadonnées de la sphère sémantique. Mesas-Redondas A convergência de narrativas no blog: a sedução na e pela linguagem em ambientes de interface / Profa. Dra. Maria Angélica Freire (UFPI) A interatividade centra-se no diálogo entre (Bakhtin, [1977], 2002) duas ou mais faces (interface). No ambiente online, destaca-se, aqui, o Blog como espaço de criação conjunta, colaborativa e cooperativa, sob os fundamentos: (i) participação e escolha; (ii) intervenção; (iii) bidirecionalidade; (iv) permuta: redes articulatórias com associações congêneres: Fotolog, Twitter, Facebook, etc., associando-o a uma hiperinterface. (Johnson, 2001, p. 19). O estudo envolveu: a) Formas de interlocução: mostrar, interagir, seduzir pelos diversos recursos multissemióticos; b) Heterogeneidade enunciativa c) a pluralidade de interdiscursos, integrações com recursos de interface sem sobreposição; d) diversidade. Os exemplos aleatórios demonstraram considerações teóricas; porém, sob aspectos citados. Blog, em destaque ao discurso sedutor, apresenta particularidades: espaço informativo, educativo, divulgador – moda, “cultura”, expressividade, intimismo, etc. apresentarão recursos sígnicos moldados ao público e sob o conceito “visagista” (Louis Sullivan) “a forma sempre segue a função”. É uma plataforma de comunicação em que identidade, personalização e estilo, marcam a sedução nas instâncias e contextos do saber-dizer em interação. A crítica literária e o hipertexto / Prof. Dr. Luciano Justino (UEPB) Se para Terry Eagleton (2009) a função da crítica é “uma explicação mais cabal da obra literária, o que implica uma atenção inteligente às formas, estilos e sentidos desta, mas implica também uma concepção dessas formas, estilos e sentidos como produtos de uma história determinada”, o hipertexto coloca questões novas que exigem uma outra concepção tanto da literatura quando do próprio conceito de história, alterando cabalmente a função da crítica literária enquanto tal. Como textualidade aberta e infinita (LANDOV, 2008), o hipertexto exige um outro conceito de obra, quiçá sua total superação. Ao pressupor a passagem do receptor, passivo e estático, para o interagente, ativo e dinâmico, do observador ao participante, a literatura em rede problematiza toda imanência e todo formalismo da http://www.nehte.org/simposio2010 I 37 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem crítica centrada no objeto e faz aceder uma poética enquanto relação de contato. A função poética da linguagem, que no pressuposto jakobsoniano definia a literatura, é substituída pela faticidade das conexões (ASCOTT, 2009). A crítica literária, neste contexto, precisa redefinir seus pressupostos para dar conta do que excede a textualidade e a imanência para alcançar um objeto dinâmico que é tátil, efêmero, múltiplo e, sobretudo, participativo, só assim poderá dar conta de “uma história determinada”, a nossa. A inovação publicitária nas redes sociais / Profa. Dra. Nelly Carvalho (UFPE), Rebeca Lins (UFPE), Rita Kramer (UFPE) A linguagem publicitária tem como tarefa informar as características dos produtos e esta função objetiva é aparentemente sua obrigação primordial. Porém a linguagem passa da informação à persuasão clara e depois à persuasão subliminar. Com o advento da mídia informatizada, uma tempestade revolucionária formou-se ante ao campo das comunicações. O objetivo do presente trabalho é analisar como a publicidade utiliza a internet/ redes sociais para a divulgação de seus produtos, simplesmente pelo fato de que este “meio comunicativo” veio transfigurar a cultura e a forma como vivemos em sociedade. Para tal, utilizaremos o Twitter, o Orkut e o Facebook como fontes de pesquisa. Para efetivar este trabalho, analisamos as publicidades numa perspectiva sincrônica e das relações entre língua, história, cultura e sociedade, compreendendo o discurso como um modo de representação social e de ação sobre o mundo e sobre o outro. A Retórica (digital) das redes sociais / Prof. Dr. Antonio Carlos Xavier (UFPE) Não há dúvida de que as linguagens são as principais tecnologias que movem o homem e que promovem o desenvolvimento social, cultural e econômico do mundo. Sem elas, tecnologias outras nem poderiam ter sido pensadas, posto que as linguagens concretizam a racionalidade exclusiva aos humanos. Sabemos que, na grande rede, as linguagens convergem de um modo fluido, viabilizando interações interpessoais individuais (um a um) e coletivas (todos para todos) ricas semanticamente. Como se dá essa convergência de linguagens nos hipertextos ancorados nos servidores de Internet? Como os 1,9 bilhões de usuários da rede no mundo têm utilizado as linguagens para se comunicar? Haveria um modo característico de organizar as linguagens nas telas e dispositivos digitais? Em outras palavras, haveria uma Retórica Digital? O objetivo central deste trabalho é apontar elementos sociais, linguísticos e semióticos que nos autorizem a postular a emergência de uma retórica própria constituída consuetudinariamente pelos usuários da web. Observar, descrever e interpretar o surgimento dessa retórica nova, aqui chamada de “digital”, são ações intelectuais importantes para conhecer como e por que as pessoas se entendem quando se comunicam multissemioticamente pela web, especialmente, hoje em que se multiplicam as mensagens pelas redes sociais. A situação do livro literário na Cibercultura / Prof. Dr. Sébastien Joachim (UFPE/UEPB) Pretendemos tecer algumas considerações sobre o estado presente do digital na produção, difusão e recepção do texto literário. Fala-se frequentemente de democracia digital sem ter em mente uma idéia bastante clara da democracia, falamos da Cibercultura sem se dar conta das exigências que impõem à idéia de cultura em geral, à cultura literária em particular.Tais exigências tem de ser acompanhadas de possibilidades técnicas ainda por ser descobertas e adaptadas ao mundo das editoras, da textualidade eletrônica, dos leitores de tela que não abre mão de uma recepção-produção que seja cognitiva e esteticamente gratificante e não apenas divertida Becoming symborg: doença, performance e escrita confessional em literatura eletrônica / Profa. Dra. Ermelinda Ferreira (UFPE) Neste ensaio realizamos uma breve análise de uma obra em literatura eletrônica da coletânea Eletronic Literature Collection, vol. 1 (http://collection.eliterature.org, 2006) organizada por Katherine Hayles, Nick Montfort, Scott Rettberg e Stephanie Strickland, intitulada Carrier: becoming symborg (1999), de autoria de Melinda 38 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem Rackham and Damien Everett. Procuramos discutir as especificidades da proposta narrativa deste projeto, investigando de que maneira ele corresponde à definição estabelecida pelos organizadores da coletânea para o termo “literatura eletrônica”, tanto do ponto de vista estrutural como temático, explorando o modo como rivaliza com a linguagem dos games e do cinema, e destacando o caráter efêmero, crítico e político desta intervenção, que busca na referência à escrita confessional um vínculo com a realidade humana, para além da realidade virtual do meio onde se constrói e a partir do qual pode ser fruído. Desafios e possibilidades do uso de conteúdos hipermodais na EaD / Prof. Dr. Eduardo Santos Junqueira Rodrigues (UFC Virtual) Os materiais didáticos dos cursos na modalidade EaD, a que tem se convencionado chamar de “aulas”, em geral constituem conjuntos de materiais com prevalência de conteúdos textuais (por vezes adicionados de imagens, vídeos e hiperlinks) bastante marcados pelo paradigma que dá forma e sentido aos conteúdos impressos – ainda que, no caso do ensino a distância, sejam disponibilizados também no formato digital. Isso representa uma potencial tensão com o paradigma digital que enseja o fenômeno atual da EaD, pois institui conteúdos organicamente hipermodais (polifônicos, rizomáticos, com presença de múltiplos hiperlinks e de diversas linguagens, menos estruturados e com mais conteúdos autênticos). Essa organização mais fluida e múltipla, se de fato for aplicada aos materiais didáticos de EaD, poderá permitir, em linha com Manovich (2000), que o aluno-usuário exerça de forma mais significativa a alternativa de construir sua própria trajetória pelo material didático ao se engajar em processos de aprendizagem. Tal mudança de paradigma tem implicações fundamentais para os processos de aprendizagem do aluno durante o curso (potencial dificuldade de repetição do percurso de leitura nos momentos de estudo e de síntese dos conteúdos, perda do contexto e referências das informações, para citarmos apenas algumas). Estabelece-se a necessidade, portanto, de novas formas de acompanhamento, apoio e avaliação do aluno ao longo desse processo. Digressões em torno do livro / Prof. Ms. Geraldo Pereira (UFPE) A temática é instigante! Faz emergir uma questão nova em cenário diferente, o da informática ocupando todos os espaços. A verdade é que outras formas de comunicação já estiveram ameaçadas, como o cinema, cujo fim foi antecipado pela televisão. As salas continuam lotadas. O disco também. Antes o vinil e agora o CD. Muitos acharam que o primeiro cederia espaço ao segundo. Isso não aconteceu! A pintura também esteve ameaçada, mas o cavalete e o pincel permanecem ativos. Agora é o livro! Levei o caso ao Conselho Estadual de Cultura, onde venho desenvolvendo as minhas incursões na seara intelectual. As opiniões variaram. Houve quem dissesse que há uma reserva de poder para o livro impresso, significando que os séculos de impressão em papel firmaram o volume que se tem como livro. Nessa linha, outro conselheiro lembrou que uma parceria entre o e-book e o exemplar tradicional ocupará algum tempo. Uma opinião de que tudo termina numa folha de papel A4, traduz o fato de que mesmo no monitor, o livro é impresso. O ritual da leitura e a intimidade com o papel foi outra opinião. O livro permanecerá entre nós, mesmo que haja nova opção para o texto. Educação, Informação: O uso de recursos tecnológicos na Escola / Prof. Dr. Marcos Galyndo (UFPE) Apresenta resultado de pesquisa que tem por objetivo traçar um perfil das bibliotecas escolares em Pernambuco com foco na análise do estado da arte do uso de recurso tecnológicos digitais com fins pedagógicos nos estabelecimentos da rede pública. O estudo centra o foco em dois pontos específicos: a) estudo técnico descritivo dos aparelhos “bibliotecas” e adequação destas às práticas de leitura em escolas públicas, confrontando-as com as recomendações da Unesco e b) Práticas pedagógicas de uso de recursos de Tecnologia da Informação como o acesso a computadores e a recursos de rede. A pesquisa amostral ouviu entrevistados entre alunos e professores e visitou bibliotecas públicas escolares. O universo de pesquisa avaliou equipamentos públicos de bibliotecas nomeadas como “rede integrada de bibliotecas escolares e comunitárias” pela Fundação de Cultura da Cidade do Recife e a “Rede de bibliotecas escolares do Estado de Pernambuco”. http://www.nehte.org/simposio2010 I 39 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem Fim do livro ou início de um novo suporte de ideias? / Prof. Alexandre Gouveia (Pluri Educacional) Inovações tecnológicas recentes têm provocado uma série de discussões sobre o futuro do livro. Procuraremos contribuir para este debate analisando as mudanças tecnológicas que o livro vem sofrendo ao longo de sua história, bem como, o estado da arte destas novas tecnologias e como elas vêm repercutindo no mercado editorial mundial e brasileiro. Traremos também para o debate algumas das transformações geradas por outras mudanças tecnológicas, principalmente voltadas para comunicação, como o rádio, a televisão e a internet. Formando o professor de línguas para atuar no ambiente digital – desafios da educação semipresencial no curso de Letras da PUC-SP / Profa. Dra. Angelita Gouveia Quevedo (PUC-SP) A aplicação das tecnologias de informação e comunicação na educação nos impõe uma série de desafios. Um desses desafios está ligado ao surgimento de uma cultura que requer uma forma diferente de ver, ler, pensar e de aprender (Souza, 2001). Saber usar a tecnologia em sala de aula ou os ambientes virtuais de aprendizagem para estimular o trabalho colaborativo, compartilhar saberes, buscar informações contextualizadas às dinâmicas sociais de aprendizagem e para formar comunidades virtuais de aprendizagem deve ser uma competência aprendida durante o período de formação do futuro professor. Com o uso de ambientes virtuais de aprendizagem redefine-se o papel do aluno e do professor. Nesse cenário, preocupações e indagações antigas ressurgem, dentre elas aquelas que se voltam para a atuação do professor online, seu papel e suas características (Faustini, 2001; Ramos e Freire, 2001; Tavares, 2001; Santi, 2003). O curso de Letras da PUC-SP introduziu em seu currículo a modalidade de educação semipresencial visando a formação dos futuros professores de língua para atuar não só com a tecnologia na educação presencial mas também no ambiente digital. Este relato de experiência visa compartilhar os desafios da implementação da modalidade semipresencial e os resultados transcorridos quatro anos de sua implementação. Jogos digitais: Diversão, diálogo e redes sociais para o ensino básico / Prof. Dr. Luciano Meira (UFPE) A inclusão de jogos digitais na arquitetura pedagógica da escola de ensino básico pode contribuir significativamente para o engajamento de alunos e professores em formas inovadoras de aprendizagem em rede, com impactos positivos no desempenho do sistema educacional como um todo. Os jogos digitais – e as atividades geradas pelo seu uso, da interação com outros indivíduos aos processos de raciocínio – encapsulam o funcionamento típico dos sistemas de informação que instrumentalizam as sociedades contemporâneas, representam um dos melhores exemplos disponíveis de atração dos jovens para a cultura digital e, principalmente, podem incentivar formas muito sofisticadas de aprendizagens baseadas na produção de sentidos em redes sociais. Nesta apresentação, discutirei o uso de jogos digitais nos processos de ensino e aprendizagem tomando como cenário a Olimpíada de Jogos Digitais e Educação (OJE), uma plataforma de jogos, comunicação e aventuras digitais que tem engajado dezenas de milhares de jovens e seus professores nos estados de Pernambuco e Rio de Janeiro (Brasil), oferecendolhes a possibilidade de trabalhar os conteúdos do currículo de forma divertida, inovadora e colaborativa. O livro digital: um avatar moderno da literatura impressa? / Profa. Dra. Virgínia Leal (UFPE) Diante dos recentes e reiterados vaticínios do fim do livro impresso em favor da produção e divulgação de livros por meio digital, propomo-nos, através da noção de interdiscurso, desenvolvida pela escola francesa de Análise do Discurso, a problematizar diferentes discursos ao longo da história sobre o fim das artes em diversas modalidades, vinculados ao surgimento de novas tecnologias, como também nos propomos a analisar os discursos que abordam os meios pelos quais elas – as artes – sobreviveram, ou se transformaram . O objetivo é desnaturalizar certas posições e predições em favor de um enraizamento da problemática do fim do livro no fio da história. 40 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem O professor e o avatar do professor nas redes sociais / Profa. Dra. Ana Elisa Ribeiro (CEFET/MG) Nesta comunicação, mostrarei alguns dados de pesquisas recentes sobre as redes sociais da web. Tais dados servirão como pontos de reflexão sobre os impactos e as diferenças das redes sociais em ambiente virtual em relação às redes sociais formadas sem o apoio de tecnologias digitais. Mostrarei também dados sobre uma enquete feita na web com professores que participam de redes sociais digitais, discutindo os resultados da pesquisa em relação às pontes que esses professores fazem entre as redes da web e a vida escolar. A ideia desta comunicação é apontar algumas práticas adotadas por certo perfil de professor em relação à sua integração como profissional em redes sociais on-line. Aponta-se também para a discussão sobre espaço público e espaço privado, além de se tocar no tema das posturas do professor, na relação discurso/práticas. Práticas discursivas em espaço virtual: escrita e representação / Profa. Dra. Dilma Luciano (UFPE) Este trabalho objetiva identificar a prosódia na escrita como marca de representação da expressividade típica da fala, no jogo interacional dos fóruns de interação virtual entre professor e estudantes do E-Letras (Curso de Licenciatura em Português a Distância), da UFPE, possibilitando um aprofundamento nos estudos das marcas de interatividade relacionadas à organização sócio-cultural no discurso pedagógico, nessa nova cultura educacional: a geração online de educação a distância (EaD online). Parte dos pressupostos de que as marcas de interatividade típicas da oralidade quando o falante encontra-se em alto grau de envolvimento no jogo interlocutivo são representadas na escrita por meio de recursos gráficos disponíveis na linguagem de hipermídia, otimizando a expressão da intencionalidade, e do reconhecimento de que essas mesmas marcas podem gerar um conflito na interação por provocar o fenômeno da preservação das faces dos interlocutores. Com base nessas suposições, busca-se investigar o significado veiculado pela prosódia na escrita, nos fóruns de interação virtual, a fim de contribuir para a identificação do papel desse aspecto na caracterização do comportamento interacional nos ambientes virtuais de aprendizagem (AVA), ao mesmo tempo em que colabora para a classificação dos gêneros textuais no continuum tipológico fala e escrita. Projeto Um Computador por Aluno: A Máquina das Crianças em Escolas Públicas de Pernambuco / Prof. Dr. Paulo Gileno Cysneiros (UFPE) O Projeto Piloto Um Computador por Aluno (UCA - fase 2), do Ministério de Educação, começou a ser implantado em 2010 em uma amostra estratificada de 300 escolas públicas brasileiras de ensino fundamental e médio – aproximadamente 10 escolas por Estado, urbanas e rurais, estaduais e municipais. Também fazem parte do UCA todas as escolas públicas de seis pequenos municípios (UCA Totais) em diferentes regiões do país. Pesquisadores e bolsistas de universidades de todo o país foram engajados na experiência, realizando formação presencial e à distância de professores e gestores das escolas UCA, em parceria com Núcleos de Tecnologia Educacional das Secretarias de Educação, como também acompanhando cada escola in loco. Utilizando como referência principal a teoria de Seymour Papert sobre computadores na Educação, sintetizada no livro A Máquina das Crianças, é feita uma análise da fase inicial do Projeto UCA em Pernambuco, compreendendo um município UCA Total e as demais escolas UCA do Estado, cujos alunos, professores e gestores receberam laptops educacionais Classmate. Projeto UCA: desafios para a formação e a prática docente / Prof. Dr. Sérgio Abranches (UFPE) A implantação do Projeto UCA tem apontando para o enfrentamento de questões centrais no campo educacional, tanto pelos objetivos apresentados no projeto como pelo modo como professores e alunos têm recebido e colocado em prática tal proposta. A experiência vivida nas escolas em Pernambuco participantes do projeto tem mostrado como uma das questões centrais a organização da prática pedagógica com o uso do laptop educacional. Neste sentido, a disponibilização de tecnologia móvel e acessível aos alunos provoca mudanças tanto no aspecto físico-estrutural como na própria concepção de proposta pedagógica. Por outro lado, a vivência que professores e alunos têm desta http://www.nehte.org/simposio2010 I 41 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem tecnologia aparece como desafio pelo modo contrastante como estes sujeitos entendem e colocam em prática suas concepções sobre tecnologia. Fica evidente que a apropriação tecnológica é feita de modos diferentes, o que acarreta em dinâmicas distintas para a prática pedagógica. Isto denuncia a necessidade de um processo específico de formação dos professores para o uso pedagógico desta tecnologia. Este contexto faz com que a formação dos professores alcance um outro patamar até então não vivenciado por docentes em sua maioria, pois acontece ao mesmo tempo em que os alunos estão experimentando tal tecnologia para seus estudos. Redes sociais e contracultura: a escola fora da escola / Prof. Dr. Luiz Fernando Gomes (UNISO) A apresentação discute as redes sociais de relacionamento na internet como uma manifestação contracultural e anárquica. Hoje, potencializadas e mais evidenciadas pelos recursos informáticos, as redes se ampliaram e tomaram tal proporção que acabam por subverter ou mesmo substituir práticas tradicionais, promovendo, de forma espontânea e não planejada, um movimento contracultural. Ao fazer isso, elas acabam configurando novas relações interpessoais nas quais a hierarquia tende a ser menor (ou a inexistir), novas concepções de tempo de espaço de aprendizagem emirjam e, fundamentalmente, de currículo, pois nas redes, aprende-se aquilo de que se necessita, na ordem em que se necessita, quebrando os paradigmas curriculares de seriação, avaliação e sequencia didática. Esse quadro acaba se configurando como anárquico, na medida em que subverte padrões sociais e políticos (e pedagógicos) estabelecidos e torna independentes de comandos ou comandantes as relações de ensino e de aprendizagem. A crescente tendência para a predominância da linguagem visual sobre os demais modos de significação, cujas consequências são a deslinearização da escrita e da leitura, através dos hipertextos e da multimodalidade, também surge como um movimento contracultural e anárquico, na medida em que ocorre praticamente à revelia da escola, que ainda é fortemente logocêntrica. Representações de escritas e práticas de subjetivação em espaços virtuais / Profa. Dra. Fabiele Stockmans de Nardi e Profa. Dra. Evandra Grigoletto (UFPE) Propomos, neste trabalho, partindo de uma discussão acerca da noção de escrita como prática discursiva e social, lugar simbólico no qual os sujeitos se subjetivam, discutir diferentes práticas de subjetivação que se dão na/pela escrita em espaços virtuais. O corpus analisado nesse trabalho é comporto por sequências discursivas retiradas de fóruns de discussão de dois espaços virtuais distintos: uma sala virtual do Ensino a Distância e fóruns de discussão de alguns jogos praticados pela rede. O que temos percebido é o funcionamento de uma representação de escrita como um lugar de poder, e/ou, muitas vezes, como um exercício de poder sobre o outro. A escrita, assim, aparece, por um lado, como algo que contribui para a construção de um imaginário positivo acerca de quem escreve, que se representa como aquele que “domina” a língua e, por esse movimento, legitima o seu dizer. Por outro, produzse, pela escrita, a possibilidade de um exercício de poder sobre o outro, de silenciamento, funcionando como uma espécie de espelho que ora mostra, ora mascara/oculta a imagem do escrevente. Retórica, interação e aprendizagem nas redes sociais / Prof. Dr. Alex Sandro Gomes (UFPE) As redes sociais surgem da transformação de estruturas estáticas de compartilhamento de informações em serviços que permitem a colaboração nos processos de criação destas. Nesse contexto, novas formas de comunicação, percepção e colaboração são criadas e evoluem. Por um lado, os nativos digitais usam redes sociais da mesma forma que as transformam. Ao participar desses ciclos, novas formas de produção e uso de mídias surgem e influenciam uma ampla gama de práticas humanas. Já os nascidos em gerações anteriores adaptam-se aos modos e formas de interação em redes. No encontro de gerações com habilidades e culturas distintas quanto a produção e consumo de mídias, observa-se o surgimento de práticas sociais que são drasticamente influenciadas pela necessidade de liberdade, iniciativa e velocidade. Nesta fala mostraremos como o entendimento de fenômenos de interação social e metacognição que ocorrem em redes sociais podem influenciar na constituição de novos ambientes de aprendizagem. Apresentaremos a rede social REDU, projetada a partir da compreensão de tais fenômenos. 42 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem Redes Sociais: onde encontrar material de estudo e colegas com quem eu possa aprender? / Prof. Dr. Lafayette Melo (IFPB) As redes sociais têm um potencial muito grande de disseminação de informação e isso não poderia deixar de acontecer no campo didático-pedagógico. Contudo, muitas vezes coloca-se que as redes sociais favorecem mais relações superficiais sem um aprofundamento. Alunos podem fazer amigos na rede que ajudem a estudar um determinado conteúdo ou até mesmo descobrir se dentre aqueles vários amigos já existentes há alguém que tenha o conhecimento necessário em um determinado instante. Professores podem identificar colegas de trabalho com as mesmas dificuldades e áreas de atuação para se ajudarem mutuamente no seu dia-a-dia. Muitos amigos podem indicar onde encontrar material didático e conteúdo específico. As formas de buscar informação podem requerer novas práticas e habilidades além daquelas necessárias ao uso de ferramentas de busca na Web como o Google. Esta sessão da mesa-redonda procurará mostrar as expectativas de alunos e professores sobre o quanto eles podem aprender na rede, através de fontes que possibilitem a descoberta de informações para suas atividades educacionais, contrapondo suas suposições com estratégias, ferramentas e aplicações computacionais utilizadas atualmente. Serão mostradas situações práticas para discussão de seus limites e possibilidades em plataformas de rede do Orkut, Twitter, Buzz e Facebook na busca por conhecimento e aprendizagem. Todos querem ir para o céu, mas ninguém quer morrer: o difícil caminho do Inglês Instrumental semipresencial na UFPI / Profa. Dra. Beatriz Gama Rodrigues (UFPI) Nesta apresentação trazemos nossas inquietações sobre a implantação de uma disciplina semipresencial de Inglês Instrumental na UFPI, no primeiro semestre de 2010. Os alunos acessavam o material didático no site da disciplina (Google Sites), elaborado pelos professores. As interações eram feitas por email e os encontros presenciais, que objetivavam fazer revisões e dirimir possíveis dúvidas, foram realizados em auditórios ou laboratórios com a presença dos professores e monitores. Utilizamos questionários semiestruturados com os alunos das primeiras turmas, tanto no início quanto no final da disciplina. Embora os resultados tenham, no geral, sido satisfatórios, é notória a dificuldade de certa porção dos alunos para acessar a internet, de utilizar de modo produtivo os recursos de linguagem no meio digital e também o apego às práticas de estudo em contexto presencial e texto impresso. Nossas análises ainda estão inconclusas, mas esperamos poder desvelar as dúvidas e questionamentos dos alunos e professores da Instituição, entender suas crenças, aceitar suas escolhas, e negociar planos para a inserção de novas práticas de estudo e de ensino, mediados pelas tecnologias atuais no cotidiano escolar. Transposição intranquila: romancistas e seus trajetos entre o papel e o blog / Profa. Dra. Inara Ribeiro e Prof. Dr. Ricardo Postal (UFPE) Esse trabalho busca discutir, a partir da observação de alguns blogs mantidos por romancistas, os efeitos causados por essa troca de mídia em sua escrita. O espaço virtual do blog aparece como local de registro de vivências “reais” dos romancistas ao passo que não se atribui a essa matéria o estatuto de ficção. Pensando na discussão sobre toda escrita auto-biográfica ser efetivamente ficção, buscamos um entendimento das especificidades da escrita e leitura de blogs pessoais que causem esse efeito de não-ficcionalidade. Teriam os escritores e leitores de blogs elaborado um pacto de leitura com caráter “jornalístico”, em que a matéria vazada seja necessariamente a do real? Tal procedimento impediria ao ficcionista a liberdade de contar vidas possíveis, porém não vividas, nessa mídia, deixando ao papel impresso essa outra função? Problematizamos nesse trabalho o embate entre a premissa do virtual de ser um espaço propenso à irrealidade (simulação e ficção) e sua negação pela instância dos blogs pessoais tomados como narrativas verídicas.Tal esforço de compreensão se dá a partir da análise do corpus pensando nas frestas encobertas de realidade pelas quais a ficção não tem permissão de entrar. Twitter como meio de ensino de publicidade / Prof. Dr. Dirceu Tavares (UFPE) Seguindo as referencias metodológicas da pesquisadora Irma Tubella da Universitat Oberta de Catalunya (UOC), colaboradora de Manuel Castells. Emprego a metodologia de pesquisa etnográfica de viés antropológico, para seguir http://www.nehte.org/simposio2010 I 43 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem no Twitter, como meus alunos de publicidade na UFPE seguem ao ex-aluno e Diretor de Arte, Eduardo Fialho, como ordenador de referencias estéticas para a formação profissional em criação publicitária. Sigo Eduardo Fialho no Twitter e observo a reação centrada em cinco alunos que demonstraram ser seguidores fiéis. Através do e-mail e por contatos fora de sala de aula faço questionamentos mais aprofundados. Analiso em que medida cria-se no Twitter um sistema pedagógico menos cartesiano do que a grade curricular universitária, e em que medida seguem o ideal pedagógico defendido por Gropius (Bauhaus) das Guildas Medievais como meio de formação profissional. Nas Guildas um mestre planejava e realizava uma produção criativa através de uma hierarquização de funções profissionais que em cascata formava os novos profissionais. Comunicações Coordenadas A constituição dos discursos no ciberespaço e a relação com o conhecimento Considerando o ciberespaço como um espaço simbólico, no qual sujeitos se relacionam através da linguagem, essa sessão de comunicação coordenada pretende debater sobre como o ciberespaço propõe uma nova forma de relação com o conhecimento, por meio da navegação. Com base na perspectiva teórica da Análise do Discurso, que considera a deriva do sentido, ou seja, o fato de que um dizer sempre pode ser outro, os trabalhos dessa coordenada se organizam em torno da compreensão do funcionamento do discurso próprio à materialidade do ciberespaço. Assim, pretendemos refletir sobre: a) as ferramentas de organização e compartilhamento dos arquivos digitais disponibilizados aos sujeitos-navegadores no website Delicious; b) as páginas de resultados dos sites de pesquisa (Google, Alta-Vista, Cadê? e Bing) que remetem aos significantes “Dilma Rousseff ” e “Marina Silva”; c) as redes sociais (Orkut e Facebook) e a relação com o conhecimento (sobre a língua, a filosofia, a poesia, o cinema); d) o blog “A Viagem do Elefante – Rota portuguesa” que revela a (im)possibilidade de dizer o “novo” na/pela linguagem. Com a discussão dessas materialidades significantes, nosso intuito é, enquanto pesquisadoras e professoras, oferecer contribuições para a temática dos discursos no ciberespaço. Ciberespaço, sujeito e arquivo: a (im)possibilidade de dizer o “novo” / Fernada Correa Silveira Galli (USP) Discutir os conceitos de sujeito e de arquivo, do ponto de vista da Análise do Discurso de linha francesa, relacionando-os ao ciberespaço, é o meu propósito com esse trabalho. Interessa-me, mais especificamente, compreender o modo de inscrição do sujeito e a constituição do arquivo discursivo no território fluido da internet, considerando as relações intra e interdiscursiva que revelam a (im)possibilidade de o sujeito dizer o “novo” na/ pela linguagem. Compreendido como posição inscrita via memória e em condições de produção marcadas pela contemporaneidade, o sujeito é afetado pelo funcionamento outro do ciberespaço, de onde emergem os dizeres em rede – “já-ditos”, “já-dados” – que compõem a trama discursiva do arquivo. A materialidade significante analisada nessa discussão é formada por recortes do blog “A Viagem do Elefante – Rota portuguesa”, disponível no site da Fundação José Saramago, a partir dos quais procuro refletir sobre a heterogeneidade das (várias) vozes que circulam ciberespaço. A presente pesquisa está em andamento e é financiada pela FAPESP. Internet, sujeito e sentidos: o discurso sobre a mulher no cenário atual da política brasileira / Daiana de Oliveira Faria (USP) Objetivamos, ao abordar como eixo central a materialidade lingüística proposta na contemporaneidade pela Internet, observar o funcionamento da linguagem neste “novo” espaço de enunciação. Para tanto, mobilizamos os pressupostos teóricos da Análise do Discurso de matriz para tecer relações entre a teoria e o corpus de análise, este 44 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem último constituído por recortes de páginas de resultados de sites de pesquisa. Ao longo dos últimos meses, temos feito repetidas buscas, no Google, Alta-Vista, Cadê? e Bing, sobre os significantes Dilma Rousseff e Marina Silva. Considerando que a memória discursiva sustenta a possibilidade do dizível, inferimos que estes nomes atualizam e fazem falar certas regiões de sentidos já falados antes e em outro lugar, ao mesmo tempo em que promovem a inscrição de outras tantas nesse atual cenário de campanha eleitoral. Consideramos que a pluralidade discursiva vociferada pela inserção das tecnologias de informação e comunicação, as chamadas TIC’s, permitem uma escuta única do discursivo, desafiando-nos ao movimento discursivo. Orkut e Facebook na formação do sujeito do conhecimento contemporâneo: compartilhamento e produção através da circulação de idéias / Cristiane Pereira Dias (UNICAMP) As redes sociais são ambientes virtuais nos quais sujeitos se relacionam instituindo uma forma de sociabilidade que está ligada à própria formulação do conhecimento. A sociabilidade nas redes sociais, como o Orkut e o Facebook, não tem as mesmas condições de produção que a sociabilidade em espaços escolares ou universitários, por exemplo, pois o imaginário que rege essas relações é diferente daquele que rege as relações nas redes sociais. Nas redes, esse imaginário diz respeito a um modo de constituição do sujeito que passa pela formulação e circulação de um conhecimento do mundo, de um saber. É desse modo que as redes sociais aqui em questão se organizam para dar visibilidade a um sujeito do conhecimento e que, ao mesmo tempo é produtor de conhecimento. No caso do Facebook, isso ocorre pela possibilidade da publicação e compartilhamento de textos, trabalhos de alunos, etc., através da plataforma Scribd. No Orkut, isso está ligado às comunidades às quais pertencem os usuários. Assim, através da análise dessas redes sociais, essa comunicação irá mostrar que as novas formas de aprendizagem devem considerar a constituição, formulação e circulação do saber, inseparavelmente. Um estudo discursivo sobre as ferramentas de organização e compartilhamento dos arquivos digitais na Web / Vivian Lemes Moreira (USP) O trabalho presente tem como objetivo discutir a influência das ferramentas digitais da Web 2.0 nas formas de organização, indexação e compartilhamento dos arquivos digitais inscritos pelo sujeito-navegador. Mobilizando os conceitos sobre Web 2.0 e folksonomia, pretendemos construir um diálogo com a Análise do Discurso de matriz francesa para investigar o funcionamento discursivo das tags, palavras que indexam, de forma considerada livre, os arquivos no ambiente da rede eletrônica através do processo da folksonomia. Para isso, é preciso levar em conta a noção de sujeito discursivo como posição na linguagem que, afetada pelas condições de produção contemporaneidade, faz falar um modo de relação bastante singular com o tempo e o espaço. Em nossa análise, observaremos a forma como a tag “Brasil” tem sido utilizada pelos sujeitos-navegadores para nomear e indexar os arquivos dentro do website Delicious, este que é caracterizado como um espaço para o armazenamento e compartilhamento de links “favoritos” on-line, entre os internautas. Buscamos flagrar as marcas linguísticas deixadas pelos sujeitos-navegadores no referido website, investigando, assim, o modo como os dizeres são produzidos, instalados e como circulam na rede. Análise textual dos discursos no ensino a distância: interação e formação docente As comunicações desta sessão voltam-se para a pesquisa sobre processos de textualização observados em ambientes virtuais de aprendizagem, com ênfase em cursos de formação docente. À luz de pressupostos da análise textual dos discursos, da análise da conversação e da interação verbal, e em consonância com estudos pertinentes relacionados com linguagem na web, serão discutidos aspectos da interação virtual relacionados com os modos como professores / tutores e alunos constroem discursivamente seus objetos de ensino e de aprendizagem, mediados pela modalidade escrita da língua, em suas relações com o hipertexto e, por extensão, com a hipermídia. Esses aspectos envolvem questões de língua e linguagem, com foco na descrição e interpretação de procedimentos http://www.nehte.org/simposio2010 I 45 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem textuais e discursivos, em sua relação direta com a problemática da formação e da prática docentes, no que se refere às mídias e aos suportes eletrônicos. Sequências textuais e interação virtual: (re)construção de conhecimentos e conceitos no fórum educacional / João Gomes da Silva Neto (UFRN) Neste trabalho, discutiremos aspectos das interações virtuais em ambiente virtual de aprendizagem, com foco nas atividades de textualização associadas a conhecimentos e conceitos. De modo específico, abordaremos uma pesquisa sobre a composição de sequências textuais no tecido textual-discursivo de eventos ocorridos em um fórum educacional a distância. Partimos de uma problemática centrada no letramento digital mediado pelo EaD, o qual demanda investigações em profundidade, notadamente no que se refere aos aspectos da língua e da linguagem, em sua relação direta com os propósitos educacionais e com sua eficácia para professores e alunos envolvidos. Pressupomos, nesse estudo, que a cultura da sociedade letrada e do ensino presencial tende a ser reproduzida nesse ambiente virtual, do que se fazem necessárias pesquisas que possam subsidiar reflexões no sentido de minimizar os fatores da problemática. O corpus consta de transcrições de eventos de fórum em um curso de formação de professores, em seu cruzamento com a documentação do curso, além daquela que institui a EaD nacional. A pesquisa, numa perspectiva qualitativa, adota aportes metodológicos da análise textual dos discursos. Ensino de língua mediado pelas novas tecnologias: o fórum educacional como ferramenta de interação / Maria de Fátima Silva dos Santos (UFRN) Nesta comunicação, apresentamos algumas reflexões sobre o papel do fórum educacional na formação continuada do professor na educação a distância. O principal objetivo do estudo é analisar o discurso dos sujeitos envolvidos no processo de ensino aprendizagem de língua materna, nessa ferramenta virtual, a fim de verificar as estratégias interacionais presentes nas produções textuais que ali são postadas, ao dos eventos de ensino-aprendizagem. Nosso estudo pretende, ainda, explorar, entre outras questões, o modo como se constrói o diálogo entre os participantes do fórum, imprescindível para a aprendizagem em um ambiente virtual, no qual a interação face-a-face não se estabelece, e de que maneira o professor utiliza a linguagem escrita para propiciar o envolvimento do aluno em seu processo de aprendizagem. Para fundamentar a pesquisa, buscamos respaldo em elementos teóricos e metodológicos advindos da análise textual dos discursos, da análise da conversação e da interação verbal, além de estudos pertinentes sobre a linguagem na web. Procedimentos de reformulação textual em ambientes virtuais de aprendizagem: a referenciação no fórum educacional / Maria do Socorro Oliveira (FMC) Este estudo apresenta algumas reflexões iniciais a respeito dos procedimentos de reformulação textual, especificamente a referenciação, em fóruns educacionais no ambiente virtual de aprendizagem e-proinfo. O objetivo é analisar como se dá o processo de referenciação em fóruns de discussão, partindo das estratégias interacionais dos enunciados apresentados nos fóruns de discussão pelo professor / tutor e pelos alunos. O estudo parte de pressupostos da análise textual dos discursos, em que as interações virtuais são percebidas numa perspectiva da interação e da abordagem sociocognitiva da linguagem. Na compreensão desse processo, consideramos a contribuição do computador e da internet, dentre outras tecnologias e mídias, para o processo ensino e aprendizagem, bem como a expansão do ensino a distância no cenário atual. A construção de saberes na formação docente a distância: o fórum de discussão e as estratégias de interação / Marineide Furtado Campos (UFRN) Nesta comunicação, voltada para o estudo do ambiente virtual aprendizagem, propomos discutir as diversas situações em que ocorrem interações que buscam construir os saberes relativos ao ensino e à aprendizagem no fórum educacional. O corpus consta de transcrições de eventos de ensino a distância, colhidos num curso do Programa 46 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem de Formação Mídias na Educação/MEC. Pressupomos, na pesquisa, que a cultura do ensino presencial tende a ser reproduzida nesse ambiente virtual, em que elementos verbais e não verbais são mobilizados para a construção conjunta do conhecimento, de modo que os sujeitos tendem a (re)utilizar procedimentos textuais e discursivos da interação face a face, próprios de aulas presenciais. Trata-se de uma pesquisa de cunho qualitativo que adota aportes metodológicos da análise textual dos discursos. Na ocasião, veremos, entre outros elementos de análise, que as marcas da linguagem não verbal não ocorrem isoladamente, pois, mesmo em ocorrências aparentemente aleatórias, elas podem intensificar a interação e aproximar cada vez os sujeitos envolvidos nos processos de ensino e de aprendizagem a distância. Discurso e rede eletrônica: posições-sujeito em movimento Nessa sessão de comunicação coordenada objetivamos discutir as noções de sujeito e arquivo discursivos, tal como postuladas por Michel Pêcheux, e relacionando-as à internet que se constitui como uma cadeia globalizada de arquivos digitalizados e dispostos em links organizados em endereços fixos, cuja permanência on-line não é eterna. É possível dizer que no ciberespaço o arquivo discursivo é crivado por regiões do interdiscurso que são previamente selecionadas para estar on-line; ou seja, considerando que é impossível tudo dizer, os recursos verbo-visuais, que merecem ser envelopados dentro de arquivos etiquetados com o selo www, apresentam-se como marcas de “escolhas” de sujeitos-navegadores. Tal questão diz respeito ao fato de que os arquivos, em geral, e os eletrônicos, em particular, não podem ser interpretados apenas do ponto de vista técnico. Assim, pensar a questão do arquivo dialoga com uma reflexão sobre o poder de disponibilizar instrumentos de permanência de certos sentidos, recolher ou aniquilar regiões de memória. O sujeito na malha digital é, assim, compreendido como posição inscrita pela ideologia e pela memória, afetado pela navegação em um lugar discursivo heterogêneo, ele se movimenta na rede do já-dito por outro(s) sujeito(s), embrenhando-se em nós que já foram atados por outrem. Sentidos de arquivo, discurso e sujeito na rede eletrônica / Lucília Maria Sousa Romão (USP) Nessa apresentação, pretendo interpretar a textualidade eletrônica e os movimentos de sujeito que estejam inscritos e materializados na malha digital, marcando como o funcionamento da linguagem manifesta-se e inscrevese socialmente nas condições de produção atuais, derivadas das tecnologias de informação, especialmente da internet. Objetiva-se formular uma comunicação que marque as diferenças entre a materialidade lingüística e histórica de textos impressos e eletrônicos, observando regularidades, deslizamentos, rupturas e deslocamentos de sentidos em blogs denominados jornalísticos. Alinhada à luz da Análise do Discurso de linha francesa, busco construir um gesto de interpretação do arquivo como campo de documentos disponíveis sobre uma dada questão, tal como entendido por Pêcheux, arriscando compreender a rede como um Arquivo inacessível e inacessável, assim marcado pela letra maiúscula, posto que nele vários arquivos discursivos estão ordenados e dispersos, entremeados e costurados em uma única página (ou soltos em várias delas), sempre encadeados em rede. O Arquivo eletrônico materializa-se sob a forma de nós, links, páginas, designações que colocam em relevo o efeito de partes, fragmentos e estilhaços distantes da noção de todo ou mesmo do valor de inteireza que supostamente tinham na forma do impresso. A partir das noções de ideologia, sujeito, sentido e discurso, arquivos movem-se dentro do Arquivo, ambos a fazer falar movimentos instáveis de dizer. Os dizeres da hipermídia internacional sobre o “herói da pátria” Chico Mendes / Thaís Harumi Manfré Yado (UFSCar) Com o escopo teórico da Análise do Discurso (AD) de matriz francesa, busca-se investigar o funcionamento discursivo dos relatos midiáticos internacionais das versões eletrônicas dos jornais: Los Angeles Times e The Guardian. Sobre a forma de representação que a mídia construiu do seringalista Chico Mendes, morto em 22 de dezembro de 1988. Pretende-se observar como a mídia inscreve-se como um lugar de memória, pois não basta um acontecimento ter ocorrido para um determinado fato ser relevante, é necessário que a fato histórico circule na mídia; assim, a voz da mídia apresenta-se com sentidos de autoridade e suposta verdade, fazendo falar uma narrativa http://www.nehte.org/simposio2010 I 47 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem sobre um acontecimento já passado em um tempo agora marcado por outras condições de produção. Busca-se rastrear tais efeitos de sentido em relação à memória discursiva sobre a terra em nosso país, analisando quais sentidos são instalados e/ou muitas vezes são silenciados por diferentes relatos jornalísticos quando se referem ao líder seringueiro Chico Mendes. Assim, propõe-se investigar os retornos e as rupturas da memória do dizer, da historicidade, do arquivo, pontuando como estes conceitos, tão caros à teoria do discurso, funcionam e estruturam o discurso jornalístico. (Bolsista CAPES) Mundo-Imagem: Os sentidos inscritos pelo sujeito-navegador no website Flickr / Jonathan Raphael Bertassi da Silva (USP) Mobilizando o referencial teórico da Análise do Discurso de filiação francesa, este artigo tem como objetivo a interpretação de recortes verbais e imagéticos inscritos na página eletrônica Flickr, website destinado a organização e compartilhamento de fotos entre os sujeitos-navegadores na rede. Na composição do corpus deste artigo, foi possível observar a forma que o sujeito nomeia e relaciona suas fotos, mobilizando o interdiscurso para confeccionar as tags que indexam de forma livre suas fotos no site, por meio do processo da folksonomia. Assim, vai deixando evidentes as marcas de heterogeneidade materializadas no título, nas tags e nas informações que descrevem os recortes não-verbais sobre “leite derramado”, expressão que virou título de livro nas mãos de Chico Buarque em 2009. De modo a enriquecer nossas interpretações, além da teoria da Análise do Discurso recorremos ainda a trabalhos sobre fotografia e sobre o funcionamento do website do Flickr baseado no processo da folksonomia, buscando entender como a memória discursiva marca presença de maneiras diversas na retomada do interdiscurso sobre “leite derramado” e as decorrências disso na discursividade verbal e não-verbal no Flickr, com os efeitos de sentido do verbal superpostos nesse mundo-imagem. Sentidos da/sobre a ditadura militar nos dizeres de uma hemeroteca digital / Francis Lampoglia (UFSCar) Este trabalho investiga o funcionamento discursivo das manchetes do periódico Última Hora sobre a ditadura militar brasileira, jornal cujos exemplares do período entre 1964 a 1969 encontram-se disponíveis na hemeroteca digital do site do Arquivo Público do Estado de São Paulo. Nosso corpus constitui-se de dois exemplares publicados em 19 de agosto de 1964. Para realizarmos este estudo, mobilizamos as bases teóricas da Análise de Discurso de matriz francesa fundada por Michel Pêcheux (1969), a teoria do dialogismo de Mikhail Bakhtin (2006), bem como as teorias sobre a hemeroteca digital (BUSE, 2008) e mídia, com o intuito de investigar as marcas discursivas presentes nos textos verbais e não-verbais, observando especialmente a heterogeneidade dos dizeres que atravessam a materialidade discursiva. Enfocamos a importância da hemeroteca digital, como uma fonte histórica passível de interpretação, observando a entrada desse acervo na rede eletrônica como um avanço que auxilia a pesquisa e aproxima os já-ditos ao presente. O discurso jornalístico acrescido do fator tempo e aliado à rede eletrônica produz um material rico para os estudos da Análise do Discurso, permitindo o acesso aos sentidos que circulavam na época da repressão e que refletem até hoje na sociedade brasileira. (FAPESP n. 2010/03200-2) Discursos em Educação, entretenimento e novas TDICs O grupo de pesquisa Discursos em Contextos Ciberculturais, do Curso de Comunicação Social da UFF, desenvolve pesquisas que buscam compreender como se dão os processos discursivos em ambientes de ensino-aprendizagem contemporâneos, mormente os virtuais.Acreditamos que as mudanças propiciadas pelos novos conceitos e processos de nossa época colocaram em xeque práticas pedagógicas tradicionais, trazendo inquietação ao ambiente escolar e fortalecendo a busca por novos caminhos. Pretendemos aliar conceitos de Comunicação, Educação e Design no levantamento de práticas multimodais calcadas no repertório discente e aliadas a um aspecto lúdico. Nossas pesquisas se desenvolvem em três linhas, sendo a primeira a que mapeia e discute práticas lúdicas em Educação. A segunda linha mapeia e discute o uso de ambientes colaborativos virtuais no âmbito da Educação a Distância online e a terceira linha mapeia e investiga o uso de redes sociais com propósitos pedagógicos. Nossa metodologia 48 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem parte do levantamento exploratório destas iniciativas, passando pelos seus recursos interativos e comunicacionais em diversos gêneros, discutindo seu uso e os processos discursivos nelas percebidos, buscando alcançar, em um futuro próximo, uma metodologia de discussão e análise que propicie recursos para uma atuação mais consciente de professores, alunos, desenvolvedores, designers e agentes pedagógicos. Discursos em Educação, entretenimento e novas TDICs / Alexandre Farbiarz (UFF) O grupo de pesquisa Discursos em Contextos Ciberculturais, do Curso de Comunicação Social da UFF, desenvolve pesquisas que buscam compreender como se dão os processos discursivos em ambientes de ensino-aprendizagem contemporâneos, mormente os virtuais.Acreditamos que as mudanças propiciadas pelos novos conceitos e processos de nossa época colocaram em xeque práticas pedagógicas tradicionais, trazendo inquietação ao ambiente escolar e fortalecendo a busca por novos caminhos. Pretendemos aliar conceitos de Comunicação, Educação e Design no levantamento de práticas multimodais calcadas no repertório discente e aliadas a um aspecto lúdico. Nossas pesquisas se desenvolvem em três linhas, sendo a primeira a que mapeia e discute práticas lúdicas em Educação. A segunda linha mapeia e discute o uso de ambientes colaborativos virtuais no âmbito da Educação a Distância online e a terceira linha mapeia e investiga o uso de redes sociais com propósitos pedagógicos. Nossa metodologia parte do levantamento exploratório destas iniciativas, passando pelos seus recursos interativos e comunicacionais em diversos gêneros, discutindo seu uso e os processos discursivos nelas percebidos, buscando alcançar, em um futuro próximo, uma metodologia de discussão e análise que propicie recursos para uma atuação mais consciente de professores, alunos, desenvolvedores, designers e agentes pedagógicos. O uso lúdico das novas TDICs em educação / Tamíris de Almeida Cutrim (UFF) Nossa pesquisa investiga as formas de utilização lúdica das novas tecnologias digitais de informação e comunicação - TDICs no processo pedagógico. Sustentados na proposta de Educação Libertadora (FREIRE, 1970), buscamos investigar e discutir os processos discursivos que permeiam práticas de ensino em Edutaiment baseadas nas TDICs. Acreditamos que os jogos educativos eletrônicos são um aliado importante para a aprendizagem. Mais que uma simples animação do fazer pedagógico (ALVES, 2009) ou simplesmente uma forma de aprendizagem mais interativa, o game desenvolve diversas habilidades e competências no aluno como raciocínio lógico, criatividade, atenção, visão estratégica e capacidade de solucionar problemas. Partindo deste princípio, realizamos uma pesquisa exploratória de iniciativas em Edutainment, mapeando propostas lúdicas, recursos de interatividade, jogabilidade e relações discursivas. Embora existam poucas iniciativas em Edutainment no Brasil, verificamos dentro de nossa amostragem que o uso de jogos eletrônicos na Educação desperta o interesse dos alunos para a aprendizagem, desenvolve competências e habilidades compartilhadas com o projeto pedagógico, gera uma maior integração entre professores e alunos e propicia um ambiente de aprendizagem inovador. Concluímos que os games devem ser utilizados no apoio ao projeto educacional desde que sua proposta lúdica seja coerente com o projeto pedagógico, e propicie uma prática construtivista. A comunicação visual em Ambientes Virtuais de Aprendizagem / Raiane Nogueira Gama (UFF) Nossa pesquisa parte da análise exploratória de Ambientes Virtuais de Aprendizagem - AVAs em uso no Brasil, para discutir a relação entre o suporte eletrônico e suas implicações discursivas nos cursos de educação a distância – EaD online. Investigamos a aplicabilidade dessas plataformas, com uma descrição de sua interface, principais recursos e potencial de navegação. Com base em Chartier (1994), que ressalta a importância do suporte na produção de sentidos, refletimos sobre a experiência diferenciada que um ambiente virtual proporciona, em comparação com um curso presencial em sala de aula. Buscamos também verificar se existe alguma relação entre o design gráfico dos AVAs e a proposta didática e os objetivos pedagógicos dos cursos neles veiculados. Temos como pressuposto que a interface gráfica potencializa a recepção e o desenvolvimento das habilidades e competências dos alunos, contribuindo para o processo de ensino-aprendizagem. Porém, a análise nos mostrou que o foco http://www.nehte.org/simposio2010 I 49 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem principal de plataformas de EaD online em uso no Brasil ainda está muito atrelado aos conteúdos verbais, a despeito de aspectos gráficos e de navegação. Assim, o que se tem no suporte eletrônico é uma reprodução de uma estrutura discursiva característica de materiais didáticos impressos, adotados no ensino presencial. Redes Sociais no processo de ensino-aprendizagem / Mariana de Souza Coutinho (UFF) Nossa pesquisa investiga o uso de redes sociais com propósitos educacionais, abordando o perfil de alunos e professores como nativos e imigrantes da era digital (PRENSKY, 2001) e a relação entre estes e as novas TDIC’s. Tendo como pressupostos a visão de Educação Libertadora (FREIRE, 1970) e os conceitos de Lévy sobre redes sociais, discutimos a conjugação de uma nova educação com os recursos da Web 2.0. Acreditamos que os ambientes colaborativos virtuais possam ser um meio profícuo para discussão e reflexão, ao integrar hábitos culturais dos alunos contemporâneos, pois o processo de ensino-aprendizagem se processa potencialmente de forma mais horizontalizada, próxima aos conceitos construtivistas de educação. Para tanto, realizamos uma pesquisa exploratória com algumas redes sociais, mapeando seus recursos comunicacionais interativos e interfaces gráficas, investigando sua utilização educacional. Verificamos que, dentro de nossa amostragem, as redes sociais vêm efetivamente sendo incorporadas ao processo de ensino-aprendizagem como forma de aproximação ao repertório do jovem discente, aliada ao status lúdico desses ambientes virtuais. Concluímos, então, que as redes sociais podem ser utilizadas com propósito pedagógico de diversas formas, apesar de limitações de recursos impostas por um uso primário com outros objetivos. Ensino de língua a distância: múltiplos enfoques Diante da complexidade dos desafios postos pelo ensino de língua a distância, a proposta da sessão é discutir a temática sob múltiplos pontos de vista, correlacionados por uma concepção de língua como lugar de interação social e de constituição dos sujeitos pela linguagem. No primeiro trabalho, Niege Guedes Matos reflete sobre a importância do material didático em EaD, como mediador da aprendizagem e como estímulo a pesquisas adicionais. Em seguida, Angela Valéria Alves da Silva, discute as especificidades da avaliação em Língua Portuguesa em EaD a partir de uma concepção de avaliação como problemática de sentido. No terceiro trabalho, Sônia Virginia Martins Pereira aborda a interação em fóruns de EaD, vistos como espaço de aprendizagem colaborativa. Finalmente, em um trabalho também voltado para os fóruns em EaD, Benedito Gomes Bezerra discute os usos da linguagem que se verificam nesse ambiente, problematizando particularmente a exigência de uma linguagem formal/padrão como potencial inibidora da participação dos alunos. Os quatro trabalhos, ainda que lancem mão de aportes teóricos diferentes entre si, têm em comum a preocupação em explorar e compreender os complexos processos de aprendizagem no ensino de língua em um curso de letras a distância. Usos da linguagem em fóruns de EAD / Benedito Gomes Bezerra (UPE) Um aspecto diferencial do ensino a distância é a interatividade propiciada pelas ferramentas virtuais, em que o uso da linguagem exerce um papel fundamental. Para o bom funcionamento de um curso em EaD, espera-se que alunos, tutores e professores utilizem ativamente recursos interacionais como fóruns e chats para tirar dúvidas e debater assuntos ligados às disciplinas, entre outras possibilidades. Neste trabalho, assumimos que a eventual falta de participação dos alunos nos espaços de interação em ambientes virtuais de aprendizagem (AVAs) deve-se, entre outros motivos, a exigências quanto ao uso da linguagem formal que acabam por inibir os estudantes além de desvirtuar o modo habitual de funcionamento das ferramentas envolvidas. Quando interagem em AVAs, alunos, tutores e professores frequentemente são constrangidos a usar um registro formal de linguagem, ao contrário do que fazem quando interagem em outros ambientes e redes sociais disponíveis na Web. Para ilustrar e discutir a questão, selecionamos exemplos de interação via fóruns do curso de Letras a Distância da Universidade de Pernambuco para, numa análise qualitativa, à luz de uma concepção sociointeracional de língua, avaliar possíveis consequências das restrições de uso da linguagem sobre a participação e aprendizagem dos alunos. 50 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem Reflexões sobre o Material Didático no Ensino a Distância / Niege Guedes Matos (UFRPE) O Ensino a Distância (EaD) tem sido alvo de pesquisas recentes, por ser uma nova modalidade de ensino. Para o curso de Letras no EaD da UPE, existe um material didático que é disponibilizado para o aluno. Neste trabalho, pretendo refletir sobre esse material didático, observando se ele é utilizado como mediador, facilitando a aprendizagem nos chats educacionais, e se estimula a pesquisa em outras fontes. Para isso, pretendo entrevistar alunos do curso de Letras do EaD da UPE, no intuito de saber se eles acham o material interativo, e se o mesmo contribui para a mediação proposta por Silva, Lima e Araújo (2009, p.173), “em virtude da distância físico-espacial entre os interlocutores e dos diversos recursos multi-semióticos presentes nos gêneros digitais frequentemente utilizados pelos sujeitos”, diferentemente da modalidade presencial. Constatamos que o material didático, quando utilizado para as conduções das pesquisas na net, e para a reflexão dos assuntos abordados, é essencial para o aluno e serve como instrumento mediador no processo de ensino-aprendizagem. Porém, nem sempre isso acontece, pois os alunos acabam se limitando apenas à consulta do material, não buscando outras fontes de informação. Interação em fórum de ead: a otimização de um espaço de aprendizagem colaborativa / Sônia Virginia Martins Pereira (UFRPE) Este trabalho analisa as interações ocorridas em fórum de educação à distância, do Curso de Letras ofertado por uma universidade pública de Pernambuco. Objetiva identificar as formas como se dá essa interação no fórum, como ambiente propiciador de aprendizagens colaborativas. Fundamenta-se no interacionismo sócio-histórico de Vygotsky (1998) e em outras teorias que entendem a interação como princípio de desenvolvimento humano, como Maturana (1997), como também as que veem os ambientes virtuais de aprendizagem como possibilidade de cooperação entre os interactantes, a exemplo de Tarouco at al.(2008), assim como aquelas que caracterizam o fórum como ferramenta colaborativa (BARBOSA, 2005). Foram analisadas as postagens da professora e dos alunos e os relatórios de participação desses sujeitos, os quais indicam que a) a interação entre professora e alunos estabeleceu-se satisfatoriamente, embora se fizesse necessária uma mediação mais eficaz da professora para a interação entre alunos, uma vez que esta não ocorreu; b) o uso do fórum está limitado ao de uma ferramenta repositória de atividades acadêmicas para o cumprimento de obrigações curriculares, sem estimular a interação entre os sujeitos com vistas a uma aprendizagem colaborativa e c) as potencialidades do fórum como espaço privilegiado de (re)construção compartilhada de conhecimentos não foram exploradas. Avaliação em Língua Portuguesa no Ensino a Distância / Angela Valéria Alves da Silva (UFPE) Neste trabalho, refletiremos sobre a avaliação em língua portuguesa, investigando a concepção de língua a partir da qual são definidos os elementos avaliados no Ensino a Distância, bem como o tipo de avaliação no qual as atividades e exames realizados se enquadram. Para isso, faremos uma pesquisa qualitativa do desenvolvimento da disciplina Práticas III: Gramáticas da Língua Portuguesa oferecida pela Universidade de Pernambuco (UPE), no curso de Letras a Distância. Segundo Suassuna (2004), no século XX, a avaliação pode ser classificada em: avaliação como medida, como gestão e como problemática de sentido. A primeira focaliza apenas o conhecimento produzido pelo aluno, a segunda se preocupa com o processo de aprendizagem, buscando identificar que estratégias foram ou não bem sucedidas para que o estudante aprendesse com a máxima eficiência, e a terceira analisa os acertos, mas, sobretudo, os desvios, problematizando-os e analisando-os a partir da lógica ou do percurso que o estudante percorreu para chegar àqueles resultados. Esperamos, com os dados obtidos nessa investigação, poder contribuir para a compreensão do processo avaliativo em Língua Portuguesa e, sobretudo, no Ensino a Distância. http://www.nehte.org/simposio2010 I 51 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem e-aikewara: escritas de jenipapo no ciberespaço No ano de 2010, a UNAMA - Universidade da Amazônia está realizando o projeto “Crianças Suruí-Aikewára: entre a tradição e as novas tecnologias na escola”, financiado pela parceria Crianças Esperança/ UNESCO. Como resultados esperados já estão finalizados os 04 filmes curtas-metragens sobre a cultura Aikewára, está na rede o aikewara.blogspot, Tiapé e Murué Suruí já estão no twitter e há o canal Aikewara de filmes no YouTube. O objetivo desta sessão de comunicações coordenadas é descrever como aconteceu este processo de inclusão dos Aikewára nestes novos espaços tecnológicos e analisar como esta sociedade recebeu estes primeiros resultados. e-aikewara: escritas de jenipapo no ciberespaço / Ivânia dos Santos Neves (UNAMA) No ano de 2010, a UNAMA – Universidade da Amazônia está realizando o projeto “Crianças Suruí-Aikewára: entre a tradição e as novas tecnologias na escola”, financiado pela parceria Crianças Esperança/ UNESCO. Como resultados esperados já estão finalizados os 04 filmes curtas-metragens sobre a cultura Aikewára, está na rede o aikewara.blogspot, Tiapé e Murué Suruí já estão no twitter e há o canal Aikewara de filmes no YouTube. O objetivo desta sessão de comunicações coordenadas é descrever como aconteceu este processo de inclusão dos Aikewára nestes novos espaços tecnológicos e analisar como esta sociedade recebeu estes primeiros resultados. A comunidade indígena e o mundo digital: reflexões sobre os impactos das mídias sociais na vida dos Aikewára / Alda Cristina Silva da Costa (UNAMA) A proximidade das comunidades indígenas aos centros urbanos faz com que os índios acessem os instrumentos disponíveis das tecnologias de informação e comunicação, trazendo esses recursos e os incluindo no seu dia a dia e nas suas relações de sociabilidade. Essas mídias digitais são adaptadas não levando em conta o fazer dessa comunidade, ou seja, a formação do povo. Muitas crianças e jovens são expostas desde cedo à televisão e à internet, o que pode ser considerado natural para quem vive nas fronteiras culturais. O problema é que grande parte destas crianças só tem acesso às produções culturais do ocidente. O conhecimento produzido pelos povos indígenas, nestes espaços que se constituem com as novas tecnologias, fica do lado de fora. Por outro lado, essas mídias têm servido para dar visibilidade e ‘guardar’ a história e a memória da comunidade indígena, dentro de recursos tecnológicos que atraem o olhar do índio e também que fazem com que os mesmos sintam-se incluídos no mundo, pois a cultura deles também é difundida para a sociedade. Este artigo faz uma reflexão sobre os impactos das mídias digitais na vida dos índios Suruí-Aikewara, analisando as relações de sociabilidade estabelecida com a sociedade. Trajetórias iniciais: memória das sociedades indígenas no Twitter / Hellen Maria Alonso Monarcha (UNAMA) As sociedades indígenas, no imaginário brasileiro, foram inventadas ou representadas por terceiros, de forma genérica como selvagens, sem as singularidades de cada povo, com suas culturas e histórias. Em contrapartida, a sociedade ‘em rede’ se posiciona exigindo conteúdos personalizados, múltiplos, sabendo que tem direito à liberdade de escolha, adentrando conteúdos que são disponibilizados, e não mais simplesmente emitidos por outrem. As redes sociais são o que existe de mais novo na internet, já sendo amplamente utilizadas por pessoas, grupos, comunidades, inclusive pelas sociedades indígenas, e instituições em todo o mundo. Acredita-se que são, atualmente, um dos principais ambientes de legitimação da recepção ativa, a qual vem revolucionando a comunicação deste século. A rede social twitter tem conquistado cada vez mais audiência, circulando em todas as esferas: social, mercadológica e tecnológica. Esta plataforma se destaca em função de sua simplicidade e possibilidade de combinar informações da web com informações móveis. E, diferente do que se possa imaginar, nela os discursos a respeito das sociedades indígenas estão presentes e são constantes. Este artigo apresenta e analisa as relações de poder em que estão envolvidas as trajetórias iniciais dos discursos que estão colocados em circulação no twitter a respeito das sociedades indígenas. 52 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem Os Aikewára no YouTube: o mundo digital e ações afirmativas / Maurício Neves Corrêa (UNAMA) Durante a realização do projeto “Crianças Suruí-Aikewára: entre a tradição e as novas tecnologias na escola”, os índios Aikewára, que vivem na Terra Indígena Sororó, no estado do Pará, foram filmados em momentos tradicionais de sua cultura, dançando, contando suas narrativas orais, se pintando... Destas filmagens se originou 4 filmes, onde 2, hoje encontram-se no youtube, site de vidéos da internet, o que vem de forma positiva ajudando os índios Aikewára a conciliar a suas tradições com as tecnologias que também já fazem parte do seu mundo. Jornalismo, jornalistas e texto na web Nesta sessão, os quatro trabalhos reunidos se alinham no estudo ora do jornalismo digital ora do texto em ambiente virtual. Estão em foco a formação de jornalistas para o século XXI, assim como os conflitos que emergem das práticas dos docentes-jornalistas; a apropriação de ferramentas web ou de novos modos de enunciação pelo jornalismo, analisando propostas, modelos e ocorrências reais dessas apropriações; e, finalmente, as características do texto jornalístico (da referenciação e da argumentação) em um ambiente de suporte às redes sociais. Embora os trabalhos aqui reunidos estejam em fases diversas de execução e se fundamentem em marcos teóricos diferentes (estudos de ambientes e comunidades virtuais, modelos de jornalismo web e linguística textual), todos se alimentam de preocupações sobre a apropriação efetiva (ou modelada) do hipertexto digital por produtores de textos no século XXI. Transições, transposições e tensões na atuação docente: O que é ser jornalista e ser professor de jornalismo 2.0? / Ana Elisa Ribeiro (CEFET-MG) e Carlos Henrique Silva de Castro (UMA) Este trabalho tem o objetivo de discutir aspectos das concepções do professor-jornalista sobre ensino/aprendizagem, interação em salas de aula e competências do profissional que ele ajuda a formar no século XXI. O contexto deste estudo é a transição técnica e tecnológica pela qual passa o cenário do jornalismo, do que decorre certa angústia quanto à formação de novos jornalistas. Apresenta-se um estudo de caso de curso em ambiente virtual de aprendizagem frequentado, ao longo de quatro semanas, por 48 professores. Destes, 37 cederam dados, registros de interações, que foram aqui analisados. O estudo deste caso permite concluir que as concepções do professor de jornalismo digital sobre uma matriz idealizada de habilidades de letramento digital e seu posicionamento como docente ainda estão em conflito com sua prática. A prática do news diamond em redações webjornalísticas / Jorge Rocha Neto da Conceição (PUC-MG) No novo cenário comunicacional digital, alteram-se os processos de coleta, pesquisa, organização, produção, publicação e gerenciamento informacional, visando a uma linguagem própria do webjornalismo. Um modelo viável é o news diamond, criado por Paul Bradshaw (2007), que estabelece camadas de informação, divididas entre velocidade e profundidade, utilizando de modo integrado recursos hipermidiáticos de apuração e produção. Esse modelo visa ao aproveitamento de várias ferramentas hipermidiáticas. A utilização do news diamond em redações jornalísticas integradas diz respeito também ao que consideramos como uma mudança de status: passamos de uma “estrutura monopolista”, própria dos meios de comunicação de massa, para processos de coenunciação, que devem constituir o meio digital. Neste trabalho, discutimos um modo de estabelecer um “campo de atuação” de acordo com os pressupostos do news diamond e analisamos a atuação webjornalística baseada nesse modelo. http://www.nehte.org/simposio2010 I 53 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem Referir e argumentar: duas funções do texto jornalístico em processos de referenciação indireta no Twitter / Jaqueline Barreto Lé (UFRJ) Assumindo-se a ideia de que o uso de expressões referenciais na comunicação envolve não só estratégias cognitivo-discursivas de seleção de um referente ou objeto do discurso, mas também a função sociointeracional da argumentação desempenhada pelos interactantes, este trabalho objetiva apresentar algumas considerações teóricas sobre a natureza multifuncional das expressões referenciais. Para tanto, serão abordados os processos de referenciação indireta no gênero digital Twitter, tendo em vista seu caráter interativo, e os mecanismos argumentativos presentes na ativação dos objetos do discurso. O estudo segue as propostas de base textualdiscursiva fundamentadas por autores como Apothéloz (2003), Mondada e Dubois (1995), Marcuschi (2001), Koch e Marcuschi (1998), Koch (2001), Cavalcante (2003), entre outros. Consideram-se processos de referenciação indireta, em especial, os casos de anáforas associativas, de anáforas esquemáticas (ou anáfora indireta pronominal) e, ainda, os de nominalização. Destaca-se, enfim, que as funções de “referir” e “argumentar” assumidas pelas expressões nominais são atividades essenciais à construção intersubjetiva do(s) sentido(s) discursivo(s), uma vez que refletem as escolhas do falante enquanto produtor e revelam sua interação e expectativa diante dos sentidos a serem ativados pelo interlocutor. Em outras palavras, correspondem, ambas, a atividades de “negociação” do sentido nas instâncias das práticas comunicativas. Webnotícia: realinhamentos da produção jornalística na web / Camila Cristina Santos Gonzaga (CEFET-MG) Com base em diversos autores das teorias do jornalismo, discutem-se, neste trabalho (em desenvolvimento no PPG em Estudos de Linguagens e financiado pelo CEFET-MG), as transformações pelas quais passa a notícia na web. Adere-se à concepção de webjornalismo, deslocando esta produção jornalística em relação à produção impressa. Propõe-se uma análise comparativa de jornal em suas versões on-line e impressa quanto à construção de uma mesma notícia. Tomando-se a categoria “informatividade”, reflete-se sobre a ascendência do novo modo de circulação sobre a forma e a construção da notícia. Resulta dessa análise a proposição de um novo fluxo para a produção jornalística na web, construindo-se uma comparação com modelos tais como a pirâmide invertida, a pirâmide deitada e o news diamond. Comunicações Individuais A (RE) CONSTRUÇÃO DE PRECONCEITOS NAS REDES SOCIAIS / Jaciara Josefa Gomes (UFPE) As mensagens divulgadas em blogs e em comunidades do Orkut como, por exemplo, na comunidade “Eu odeio nordestino” após as chuvas que castigaram Pernambuco e Alagoas (junho/2010) são objetos de nossa investigação. A proposta é discutirmos sobre a liberdade de expressão e sobre o respeito ao diferente na pós-modernidade (HALL, 2006). Buscamos especificamente refletir sobre a construção do preconceito e a promoção de desigualdades no mundo virtual e, consequentemente, discutir sobre como essa “nova era tecnológica” reinventa e inaugura formas distintas de desprezo e desrespeito à aspiração de um homem comum, como preceitua a Declaração Universal dos Direitos Humanos desde 1948. Para tanto, recorremos aos estudos de Levy (1993), Xavier (2005, 2006) e Amaral (2003) relacionando-os às noções de discurso, ideologia e hegemonia na perspectiva da Análise Crítica do Discurso (FAIRCLOUGH, 2001). Na interface tecnologia e sociedade, verificamos que posicionamentos hegemônicos de discriminação, recorrentes no Brasil, embora camuflados, afloram nas redes sociais não só porque é possível o anonimato, mas também porque, com isto, a punição para tais condutas é ainda mais difícil de ser efetivada. Além do mais, tais discursos chegam aos mais remotos lugares, em pouquíssimo tempo, o que reveste tais preconceitos de uma crueldade específica. 54 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem A COMPREENSÃO NAS CHARGES IMPRESSAS E VIRTUAIS / Helga Vanessa Assunção de Souza Cezar (UFPE) Este trabalho tem por finalidade, com base em uma análise comparativa, mostrar como alguns estudantes do Ensino Médio processam a leitura de algumas charges (impressas e virtuais) que possuem a mesma temática, uma vez que ambas são constituídas por recursos multimodais diferentes, já que a charge impressa, geralmente, apresenta em sua composição elementos como imagem associada ou não a um texto verbal e que a charge virtual, além desses dois elementos, é constituída também por animação e recursos de áudio e vídeo, o que requer, portanto, desses alunos um processamento de leitura diferenciado, para compreender a crítica presente nas charges. Para tanto, este estudo foi realizado à luz dos seguintes teóricos: Bazerman 2006 e 2007 e Marcuschi 2006, 2007 e 2008, no tocante à teoria de Gêneros Textuais; Dell’Isola 2001; Kleiman 2002; Marcuschi 2008, no que se refere ao processo de compreensão; Kress e van Leeuwen 1996; Dionisio 2005; Vieira 2007 e Aquino e Souza 2008, no que tange aos estudos da multimodalidade e, por último, Silva 2003; Costa 2004; Marcuschi 2004; Xavier 2002 e 2004; Coscarelli 2005; Ribeiro 2005; Vieira 2007, quanto as investigações do hipertexto. A COMUNICAÇÃO ESCRITA EM INGLÊS COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA: UMA EXPERIÊNCIA DE PEN PAL ELETRÔNICO ENTRE ALUNOS BRASILEIROS E ESTRANGEIROS / Fabíola Silveira Jorge (IFCE) O trabalho relata uma experiência pen pal digital, realizada com seis alunos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará e seus pares estrangeiros, residentes no Canadá, durante os meses de maio e junho de 2009. Cada aluno brasileiro escolheu seu “amigo de correspondência” para trocar e-mails, com liberdade de conteúdos. O corpus foi composto de cento e quinze mensagens, focalizando dois eixos de análise: 1. a comunicação escrita; 2. as informações culturais presentes nas mensagens. A análise foi complementada pelos depoimentos livres dos alunos, apreciando sua experiência na atividade pen pal. Os resultados do estudo mostraram que: 1) as funções da linguagem dominantes foram a referencial e a expressiva, 2) as mensagens tiveram propósitos comunicativos variados; 3) nos e-mails, os alunos não utilizaram o campo “assunto” com valor significativo, no entanto empregaram aberturas/fechamentos e anexos para melhor interagir e divulgar aspectos regionais; 4) as referências culturais que mais apareceram nas mensagens foram as informacionais e as comportamentais. A experiência foi considerada válida pelos participantes, no entanto a falta de feedback imediato causou insatisfação aos alunos. O estudo tem implicações pedagógicas para o ensino, revelando que manter “amigos” virtuais pode ser motivador para o aprendizado da língua-alvo. A CONSTRUÇÃO DE NARRATIVAS MULTIMÍDIA NA PERSPECTIVA DA ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL DE VYGOTSKY E DA PÓS-PRODUÇÃO DE BOURRIAUD COMO APOIO AO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DIGITAL / Hugo Cristo Sant’Anna (UFES) Este artigo descreve uma experiência de uso das redes sociais e ferramentas de autoria digital na disciplina de Multimídia II do curso de Desenho Industrial da Universidade Federal do Espírito Santo no semestre letivo 2010/1, articulando a perspectiva da Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) de Vygotsky e o conceito de PósProdução de Bourriaud. A experiência foi realizada com trinta alunos divididos em sete grupos que escolheram histórias cujas narrativas orientaram a discussão dos textos básicos da disciplina, assim como a construção de três produtos multimídia correlacionados que deveriam articular as histórias escolhidas e os conceitos aprendidos: 1) blog ou microblog para a apresentação de seminários dos textos da disciplina; 2) vídeo a partir de mashups com conteúdo disponível no YouTube; 3) jogo digital baseado no enigma do explorador do GameMaker. Os resultados da disciplina indicam que apesar de no início do semestre os alunos não possuíam fluência nem nas ferramentas de autoria nem dos conceitos da disciplina, as discussões, apropriações, pós-produções e atividades mediadas pelas narrativas escolhidas pelos próprios grupos se apresentaram como motivadores importantes do processo de aprendizagem. http://www.nehte.org/simposio2010 I 55 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem A criação de blogs em ambiente escolar: implicações sobre identidades / Juliana Menezes Cruciani (UNICAMP) O artigo, de natureza empírica, utiliza o conceito de identidade como ferramenta analítica para pesquisa em educação (GEE, 2000) objetivando analisar as diferentes dimensões de identidade a partir de uma oficina de criação de blogs em ambiente escolar. Parte do pressuposto que (i) as identidades se manifestam e se tornam mais (ou menos) relevantes de acordo com as condições de produção dos enunciados e que (ii) os enunciados produzidos num blog (e em torno da atividade de criá-lo e mantê-lo) guardam indícios verbo-visuais das (re) produções, negociações, contestações e inter-relações entre identidades. Os resultados relacionam identidades, estilo, tecnologia e educação, bem como suas implicações. A educomunicação na produção de conteúdos audiovisuais na formação de jovens / Everaldo Costa Santana; Cleyton Douglas de Apolônio Vital (UFPE) O uso da tecnologia audiovisual nos espaços informais de ensino, cada vez mais, tem contribuído no processo de aprendizagem de adolescentes e jovens e estimulado a inserção social. Esses ambientes revelam que os aprendizados vão além dos limites de sua utilização no sentido político, pedagógico e didático. Dessa forma, a integração da comunicação com a educação está se legitimando como um importante campo interdisciplinar de ação e reflexão frente ao desenvolvimento da sociedade midiática, das novas tecnologias da comunicação e da informação e do deslocamento da escola como fonte privilegiada do conhecimento. Este projeto estuda, através da observação participante, os aprendizados gerados, a partir de produções e exibições de audiovisuais na formação de jovens comunicadores na zona da mata norte de Pernambuco, da Organização não Governamental - Giral, tendo como embasamento o conceito de Educomunicação entendido por Ismar de Oliveira Soares como “o conjunto das ações inerentes ao planejamento, implementação e avaliação de processos, programas e produtos destinados a criar e fortalecer ecossistemas comunicativos em espaços educativos presenciais ou virtuais, tais como escolas, centros culturais, emissoras de TV e rádios educativos”, e outros espaços informais de ensino. A era da dissimulação: a linguagem em tempos de tecnologia / Rúbia Lóssio (UFPB); Solange Carvalho (FUNDAJ) A linguagem é fictícia. Entre a similitude e a simultaneidade dos acontecimentos, o disfarce permeia a linguagem tecnológica. Este artigo trata do uso da linguagem, a partir da interferência das novas tecnologias, cujo desafio é compreender a linguagem não verbal e às questões do uso no cotidiano das pessoas. Uma questão nos impulsionou ao desenvolvimento desse desafio: como se dá a relação entre o que se diz e o não dito? Nosso objetivo é analisar as interfaces da linguagem e o comportamento do usuário da língua em face das tecnologias, procurando desvendar os segredos do não dito da linguagem digital e seus códigos em tempos de tecnologias. Para melhor focar a era da dissimulação pela linguagem, tecemos nossas considerações com base nos estudos de Hanna Arendt, Maffesoli, Labov, Flusser. A partir das análises realizadas, constatamos que a cultura digital é o lócus ideal para o disfarce dos sentidos favorecido pelo novo universo midiático. Este desafio nos permitiu compreender a efemeridade da linguagem. Um estudo que destaca a linguagem na cultura digital presta-se ao interesse não somente dos estudiosos da linguagem, mas de todos os que dela necessitam para interagir no cotidiano. A era dos sistemas inteligentes: o hipertexto como ferramenta ciberespacial em arquivos / Carlos Eugênio da Silva Neto; João Wandemberg Gonçalves Maciel (UFPB) A sociedade espera que não tenhamos apenas as tecnologias digitais da informação e comunicação para serem aplicadas, mas estudadas e desenvolvidas para obter uma interoperabilidade com as necessidades de acesso e uso da informação, exigidas pela Sociedade da informação e do conhecimento. Os usuários de informação, em especial os de arquivos jurídicos, carecem cada vez mais, de construtos capazes de facilitar a busca pela informação. O presente estudo discutie o hipertexto no processo de busca e de recuperação da informação em 56 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem arquivos jurídicos, já que, o hipertexto pode ser visto como um dos maiores recursos das mídias interativas, potencializando o usuário a uma leitura otimizada dos processos que lhes pertencerem, de forma dinâmica e multimodal. Tais pretensões objetivam apresentar um protótipo de organização de documentos eletrônicos – feito a partir do uso do hipertexto em ambientes arquivísticos; verificar as relações entre hipertexto e métodos de recuperação da informação e identificar as vantagens e desvantagens sobre o uso em arquivos jurídicos. A pesquisa tem caráter exploratório, insere-se em um campo teórico, acenando para um futuro experimento, usando o método qualitativo. Nas considerações finais, alvitram-se recomendações que contribuam para futuras pesquisas sobre a importância do hipertexto no processo de recuperação da informação. A escrita e a leitura na era digital / Priscila Alessandra da Silva (UFS) Ao longo da história passamos por várias mudanças. A transição da tradição oral para a escrita, a transição da escrita para a imprensa e as transições em direção aos media visuais tiveram e têm um profundo impacto no nosso cotidiano.Tendo em vista as mudanças que as novas tecnologias da escrita ofertadas pelo computador e pela Internet tem imprimido na comunicação, o propósito deste artigo é fazer um levantamento histórico da escrita, destacando em especial os avanços tecnológicos que propiciaram a origem dos hipertextos. Para o desenvolvimento desta pesquisa utilizamos o procedimento de pesquisa bibliográfica, tendo como principais referenciais teóricos Pierre Lévy e Roger Chartier. Considerando-se que a pós-modernidade imputa nos indivíduos a necessidade de obterem informações constantes a fim de se manterem competitivos, a leitura on line é uma maneira fácil de suprir esta busca, ainda que sob um enfoque consumista e utilitarista. Nesta ótica, o perfil do leitor pós-moderno pode ser caracterizado pela busca do provisório, efêmero e incerto, sem uma identidade fixa, essencial ou permanente, características estas presentes nas novas tecnologias pós-modernas como o e-book. A experiência de inclusão digital no município de joão pessoa e a criação de uma rede virtual de comunicação e informação para os seus usuários / Júlio Afonso Sá de Pinho Neto; Marcos José da Cruz Vital (UFPB) Este trabalho tem como objetivo analisar o projeto Estações Digitais, que faz parte do programa Inclusão Digital para a Cidadania, desenvolvido no município de João Pessoa (PB) a partir do ano de 2007, para avaliar em que medida ele está conseguindo atingir a finalidade estabelecida por seus idealizadores, que é promover a cidadania e diminuir os índices de exclusão digital através da iniciação à informática e do bom uso das ferramentas voltadas para a navegação na rede mundial de computadores (internet). Em seguida o trabalho de pesquisa se propõe a criar uma de rede virtual de comunicação e informação para seus usuários. Sua utilidade é fundamental para a troca de experiências de forma virtual, fazendo com que os alunos possam beneficiar-se de uma experiência de inteligência coletiva. A experiência de monitorar o processo de busca de parceiros de e-tandem / Ana Carolina de Laurentiis Brandão (UFU) O intuito deste trabalho é analisar minha atuação enquanto monitora do processo de busca de parceiros para um e-tandem português/inglês. O e-tandem é um contexto colaborativo de aprendizagem que se baseia no estabelecimento de uma parceria virtual entre duas pessoas, proficientes em línguas diferentes, que buscam compartilhar conhecimentos lingüísticos, conhecer outra cultura, e trocar qualquer outro tipo de conhecimento. O processo de busca de parceiros de e-tandem analisado ocorreu em um projeto de extensão, envolvendo a prática de tandem via chat, no qual eu atuava como monitora. A teoria metodológica que norteou este trabalho foi a pesquisa narrativa, segundo Clandinin e Connelly (2000). O referencial teórico é composto por concepções sobre formação crítica e reflexiva de professores, aprendizagem colaborativa e aprendizagem em contexto de tandem. Os textos de campo envolvem mensagens de procura de parceiros enviadas pelas participantes do projeto a membros de sites de intercâmbio lingüístico, e narrativas escritas por mim. A análise desse material é feita através da composição de sentidos, conforme Ely, Vinz, Downing e Anzul (2001). Por meio desta análise, foi possível perceber em minha atuação a influência de uma concepção tradicional de ensino, e a dificuldade em transpor a teoria sobre tandem para a prática. http://www.nehte.org/simposio2010 I 57 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem A forma composicional do gênero enquanto elemento articulador da hipertextualidade / Flávia Sílvia Machado Ferraz (USP) Partindo da hipótese de que a hipertextualidade configura-se enquanto uma modalidade dialógica do enunciado, consideramos que as relações dialógicas hipertextuais são articuladas por aspectos provenientes da forma composcional de cada gênero discursivo. Com base nas noções de dialogismo e gênero discursivo segundo postula a teoria do Círculo de Bakhtin, propomos a análise de reportagens de divulgação científica veiculadas nas versões impressa e digital da Folha de S. Paulo entre os anos 2000 e 2008. As categorias descritivas selecionadas a fim de se verificar a relação entre a hipertextualidade a forma composicional dos enunciados foram a hipertesrutura, o hipertexto e os elementos verbo-visuais que compõem as reportagens. A formação de educadores do campo para uso das tecnologias digitais na educação na LEdoC-UnB / Wanessa de Castro (UnB) A Licenciatura em Educação do Campo da Universidade de Brasília, LEdoC-UnB, busca construir um caminho que signifique uma nova perspectiva de formação de educadores vinculada às causas, desafios, cultura e história de resistência dos povos do campo. Esse artigo tem como objetivo apresentar os principais elementos desta formação, dando ênfase às estratégias de produção de conhecimento que ela pretende desencadear, estratégias estas ligadas aos processos de comunicação e às tecnologias da informação e da comunicação, utilizadas a partir da criação da área de conhecimento denominada Comunicação e Tecnologias da Informação, que faz parte do currículo da Licenciatura em Educação do Campo da Universidade de Brasília. Nesta área os educandos constroem conhecimentos acerca da educação mediada por computador e a partir da produção de materiais didático-pedagógicos digitais também denominados objetos de aprendizagem. Tal formação faz parte de um projeto de pesquisa de doutoramento na área de Educação e Ecologia Humana da Universidade de Brasília. Como o projeto está em andamento, ainda não é possível apresentar resultados finais, porém vários conhecimentos têm sido desencadeados a partir do processo já iniciado e tencionamos apresentá-los neste paper. A globalização e o novo perfil de alunos dos cursos técnicos em nível médio do CEFET-MG / Eliane Marchetti Silva Azevedo; Eliane Tavares Barreto Matias (CEFET/MG) Como um dos efeitos imediatos da globalização, constata-se a transferência do local de realização da maioria das práticas sociais do universo real para o virtual (CASTELLS, 2009; LÉVY, 2000) e a ocorrência de profundas transformações (GIDDENS, 2003; HARVEY, 2009) que, cada vez mais, democratizam o acesso à informação, favorecem a interação e viabilizam a ampliação de conhecimento (THORNE, 2003). Este trabalho pretende apresentar parte dos dados coletados em uma pesquisa de mestrado. Os informantes são alunos das turmas do curso técnico integrado em Eletrônica do Campus I do CEFET-MG. Através do uso de questionário associados a entrevistas, levantou-se o nível de letramento digital dos estudantes, focando no uso que fazem, em seu dia a dia, das ferramentas do telefone celular, do computador e da internet. Parece possível afirmar que o nível de letramento digital dos respondentes é bastante alto, o que define um novo perfil de alunos e impacta diretamente a prática pedagógica comprometida com a formação integral do indivíduo. A implementação do projeto uca na paraíba: experiências, obstáculos e avanços na inclusão digital / Cláudia Virgínia Albuquerque Prazim da Silva (UFPB) O artigo visa descrever o momento que antecedeu a implementação do projeto de cunho nacional UCA (Um computador por aluno) no estado da Paraíba em 2010 e narrar as atividades iniciais expondo as dificuldades encontradas, porém apostando nos avanços que a inclusão digital tem se proposto. É inegável que se faz necessário promover uma apropriação da cultura digital entre os profissionais da educação, tal necessidade tem configurado o novo papel do professor perante as TICs exigindo uma nova postura destes profissionais. Fundamentando a discussão sobre as novas tecnologias na educação abordaremos estudiosos como Pierre Lévy, Alex Primo, Vani Moreira Kenski e outros. O momento que antecedeu a experiência local com a prática dos profissionais da 58 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem educação com o laptop educativo como uma ferramenta pedagógica se debruçou em um paradoxo entre vontade de conhecer e medo utilizar, porém temos constatado, a partir de experiências paralelas da mesma natureza, que a vontade de conhecer o “mundo digital” se sobrepõe ao receio de exploração da ferramenta, são etapas que vão sendo superadas com o apoio da motivação natural que a ferramenta oferece como praticidade, amplitudes de exploração, mobilidade e muito mais. A inclusão digital: os usos de Internet em telecentros e lanhouses por jovens de baixa renda / Helga Nazario; Estrella Bohadana (UNESA) O objetivo deste trabalho foi o de investigar as relações entre Tecnologias da Informação e Comunicação e usuários da Internet, jovens e de baixa renda. Indagamo-nos se os usos da Internet em telecentros e lanhouses, por esses jovens, no município de Niterói se constituiriam em ações de inclusão digital. A revisão da literatura considerou as conceituações teóricas propostas por Canclini, Cazeloto, Soares, Sorj e Warschauer, entre outros. Esta atentou para as articulações que relacionam a inclusão digital à exclusão social e considera relevantes as questões de consumo de informações, de uso competente da leitura e escrita, o alto percentual de analfabetos totais e funcionais. A pesquisa realizou-se em cinco telecentros e seis lanhouses, com entrevistas e questionários. A análise dos dados valeu-se da Teoria de Análise Argumentativa, de Perelman e Olbrecths-Tyteca. Ao final, concluímos que os usos da Internet em telecentros e lanhouses não promovem a inclusão digital, no sentido de proporcionar a inclusão social de seus usuários, como pretendido no discurso governamental. Ainda que estes estabelecimentos se constituam em novos espaços para as relações sociais de jovens, observamos que as ações ali realizadas não interferem na marginalização já instaurada neste grupo, evidenciando a precariedade destas estratégias. A indexação em repositórios institucionais: critérios de acessibilidade às informações / Robélia Velame (UFBA) Esta pesquisa em andamento pretende identificar e caracterizar os métodos de indexação adotados nos espaços digitais, baseado nos critérios de acessibilidade às informações (disponibilidade documentária, recuperação facilmente acessível e viável entre outros). Caracteriza-se como uma pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa, utilizando como método o estudo comparativo de casos múltiplos. O universo da pesquisa compreende os repositórios institucionais (RI), ferramenta que disponibiliza na web informações científica de acesso livre à comunidade acadêmica, implantados nas Universidades Federais do Brasil. A pesquisa se justifica pelo atual estado da arte compreender que dos muitos ambientes de informações do qual se depara o pesquisador/usuário, é imprescindível que haja instrumentos e mecanismos que realizem eficientemente às atividades de descrição dos documentos e, por conseguinte, auxiliem as buscas dos usuários por informações úteis. Como referenciais teóricos para esta pesquisa foram selecionados autores como Kuramoto, Côrtes, Feitosa, Weitzel, Mueller entre outros. A influência dos links na pesquisa escolar de alunos do sexto ao nono ano do ensino fundamental / Sandra Areias Teixeira; Carla Viana Coscarelli (UFMG) O presente trabalho tem como objetivo verificar se alunos do sexto ao nono ano do ensino fundamental consultam links durante a realização de uma pesquisa escolar com a finalidade de contrastar as informações encontradas na web e chegar às suas próprias conclusões. É possível que o formato hipertextual, por apresentar links que levam a outros textos possa favorecer o posicionamento crítico dos leitores, por favorecer e agilizar o processo de busca de informações, facilitando a pesquisa (Rouet et al., 1996, Ramal, 2002, Coscarelli, 2002, 2009; Braga, 2005; Komesu, 2005; Xavier, 2005, 2009). Para essa análise, foram acompanhados 9 alunos durante o processo de pesquisa escolar na internet. Os primeiros resultados demonstram que, apesar de haver uma estrutura dos links disponíveis durante a leitura, eles não são visitados pela maioria dos alunos, que se contentam em cortar e colar. Já os alunos que consultam esses links levam em consideração a importância do link para o objetivo de sua pesquisa escolar e/ou sua relevância para o assunto. Sendo assim, parece necessário que a escola procure formas de estimular os alunos a buscar informações em diferentes fontes a fim de contrastá-las e construir seu próprio ponto de vista. http://www.nehte.org/simposio2010 I 59 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem A interação via videoconferência em aulas de língua estrangeira / Carla Raqueli Navas Lorenzoni; Ucy Soto (UNESP) Este trabalho visa apresentar dados iniciais de uma pesquisa de mestrado em andamento no Programa de Pós-graduação em Linguística e Língua Portuguesa da Universidade Estadual Paulista – UNESP, Campus Araraquara, cujo foco se volta para a interação oral síncrona professor-alunos mediada por uma ferramenta de videoconferência. Os “teleencuentros”, como são chamadas as aulas via videoconferência, compuseram um módulo da disciplina Língua Espanhola I, do curso de Licenciatura em Letras (turnos diurno e noturno) da FCL/ UNESP, Araraquara. Por meio das gravações das aulas estamos desenvolvendo a análise à luz da Teoria da Atividade (Leontiev, Engeström), que assume o desafio de compreender a interação do indivíduo com o outro e com os elementos que constituem uma atividade. A interferência dos jogos eletrônicos na prática da educação física / Cláudia Dolores Martins Magagnin (SEDUC/GO); Luciana Barbosa Candido Carniello (SEMED-Anápolis/GO); Mirza Seabra Toschi A pesquisa pretendeu identificar e analisar a interferência do uso de jogos eletrônicos pelos alunos do Ensino Fundamental nas aulas de Educação Física Escolar. Utilizou-se neste estudo uma revisão bibliográfica, na qual se buscou os diversos autores que abordam o tema dos jogos eletrônicos e das práticas de Educação Física Escolar, numa abordagem quali-quantitativa. O registro de todo o desenvolvimento da pesquisa de campo e suas fases - observação das aulas práticas, conversas informais e aplicação do questionário – foram feitos por meio de fotografias digitais que foram analisadas à luz do referencial teórico adotado. Concluiu-se que o jogo eletrônico faz parte da vida dos alunos atualmente, em especial dos jovens, e pode trazer importantes contribuições como também influências à sua formação, no campo intelectual/cognitivo, na coordenação motora, como também no campo social e afetivo. Os jogos propiciam o desenvolvimento de habilidades como: atenção, memória, concentração, agilidade, criatividade, dentre outras. Em relação à observação da prática, concluiu-se que os alunos usuários de jogos eletrônicos mostraram-se mais participativos, ágeis e flexíveis, enquanto os não usuários preferiam nem participar das aulas, o que pode denotar que as facilidades ou dificuldades nas aulas de Educação Física Escolar antecedem o uso de jogos eletrônicos. A leitura e a produção textual na cibercultura: reflexões acerca da possível contribuição do blog no ensino e aprendizagem da língua materna / Gislaine Gracia Magnabosco (UEM) Tendo em vista que, com o advento da cibercultura (LEVY, 1999) e de seus gêneros digitais, mudanças ocorreram tanto na escrita (internetês, uso em conjunto de várias semioses) quanto na leitura destes gêneros (mais superficial (ALMEIDA, 2008), com mais facilidade de dispersão (MARCUSCHI, 2005)); o presente trabalho visa verificar como o blog, sendo um hipergênero constelar (MAGNABOSCO, 2010), pode contribuir para o ensino e aprendizagem da língua materna, mais especificamente, para o desenvolvimento, no educando, de uma postura crítica frente ao ato de ler e escrever. Assim, realizando uma reflexão descritiva, de abordagem qualitativa, cujo procedimento técnico foi a pesquisa bibliográfica; verificou-se que o blog pode ser um grande aliado ao ensino e aprendizagem, isto porque além de ser um local (gênero) onde a língua efetivamente é empregada (BAKHTIN, 2000), possibilitando, então, um trabalho relacionado às questões de adequação linguística (aos contextos de uso e às finalidades de cada campo da comunicação); o blog pode contribuir para um trabalho educativo visando despertar nos educandos uma postura crítica frente aos vários conteúdos ali publicados. Além disso, por se caracterizar como um hipergênero altamente interativo que possui uma interface simples para a publicação, o blog permite que um usuário não técnico usufrua do gênero. Neste sentido, ele pode ser um importante recurso no trabalho de produção textual uma vez que poderá resgatar motivações e estímulos perdidos (ao trazer para o cenário da escrita um destinatário real - não mais, apenas, o leitor-avaliador (professor)), repercutindo, assim, em um interesse maior tanto no ensino quanto na aprendizagem da língua materna. 60 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem A linguagem dos e-mails: um caso de inferências pragmáticas / Luiz Carlos Carvalho de Castro (SEDUC/PE) A linguagem digital (o internetês), a exemplo da língua, apresenta variações e, consequentemente, mudanças na forma das “expressões pragmáticas”. Esta comunicação caracteriza a linguagem dos E-mails, num percurso que vai da estrutura composicional às formas de expressões pragmáticas, denominadas aqui de variedades do internetês. Nosso objetivo é apresentar as relações de conflito geradas a partir do uso das expressões pragmáticas nos e-mails, as quais têm seu sentido realizado por inferência num dado contexto de uso. Partimos do pressuposto de que os usuários de e-mails dispunham de uma competência comunicativa pragmática para compreender enunciados cuja construção de sentidos vai além das palavras e das relações gramaticais por envolver inferências que no dizer de Levinson (2007) ligarão o dito ao que é suposto ou ao que foi dito anteriormente, já que a inferência é de interesse da pragmática. Optamos por uma abordagem semântico-pragmática devidos aos aspectos considerados na definição do contexto para a compreensão dos enunciados, tais como: papel social dos falantes, o conhecimento do nível de formalidade, conhecimento das variedades linguísticas, conhecimento do tema, conhecimento de mundo, crenças e valores. Esses aspectos conduziram a análise dos e-mails, cujos resultados apontaram para os conflitos gerados pelo uso das “expressões pragmáticas nos e-mails. A linguagem em EaD: análise de aulas-web postadas no Moodle / Débora Hissa (UECE) A Educação a Distância trouxe consigo um grande desafio aos professores: produzir e elaborar seu próprio material desenvolvido para os Ambientes Virtuais de Ensino, de forma a promover uma aprendizagem significativa, estimulando a interação e a participação dos alunos. Professores de diversas áreas têm agora de escrever suas aulas, porém, assim como não foram preparados para produzir o material impresso, também não foram instruídos para produzir aulas na Web. Neste novo contexto de produção de conteúdo, o professor deverá lançar mão de várias estratégias e recursos que o auxiliem na organização de um material, tendo consciência de que em EaD o texto escrito é o principal vetor de aprendizagem. Entendemos que o professor que produzirá o conteúdo deve ter conhecimento de algumas peculiaridades da linguagem verbal em EaD, a qual cumprirá um duplo papel: tanto servirá para a transmissão de conteúdo quanto para a interação entre professores e alunos. Propomos nesta sessão analisar algumas aulas produzidas para o ambiente virtual Moodle, a fim de observar alguns aspectos da produção escrita em EaD, como vocabulário, clareza, objetividade, relação, coesão, e refletir sobre o uso de uma linguagem adequada à situação didática inserida nos AVEs. A navegabilidade nos enunciados das atividades do Curso Mídias / Rebeca Rannieli Alves Ribeiro (UEPB) O Curso Mídias (MEC/SEED/DPCEAD) tem como um dos principais objetivos promover a formação continuada de professores da Educação Básica para o uso das mídias – rádio, TV e vídeo, material impresso e informática – no ensino. O conteúdo deste curso para estudo orienta ao docente sobre as funções, os usos e a integração das mídias; e as atividades de escrita, por sua vez, configuram-se como importantes instrumentos utilizados para avaliar a aprendizagem dos cursistas professores os quais são licenciados em diversas áreas do conhecimento. Deste modo, essas atividades apresentam enunciados cuja compreensão é possível independentemente da licenciatura do cursista professor. Para instruí-lo na execução da atividade, os enunciados recorrem ao emprego do modo injuntivo o qual orienta a resposta e a postagem da atividade; no entanto, representa ações mecânicas as quais acabam por refletir a relação hierárquica professor-aluno, prejudicando, por vezes, a navegabilidade (Arcoverde e Cabral, 2004) no curso. Os dados analisados indicam que estas orientações, que às vezes se apresentam como unilaterais, descaracterizam a interação permitida pela internet (RIBEIRO, 2009), uma vez que se distanciam do interlocutor devido ao frequente uso do modo imperativo. http://www.nehte.org/simposio2010 I 61 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem A pesquisa e as tecnologias na ética da produção / Angelica Vier Munhoz; Tânia Micheline Miorando; Derli Juliano Neuenfeldt; Rogério José Schuck (UNIVATES) O artigo que apresentamos é o resultado dos estudos feitos na pesquisa “INICIAÇÃO À PESQUISA: do perfil do aluno que ingressa na Univates às ferramentas utilizadas no acesso ao conhecimento durante o processo de formação”. O projeto teve como objetivo problematizar o envolvimento dos alunos de graduação, do Centro Universitário Univates (Lajeado/RS), com a pesquisa, bem como, a relação da pesquisa com a utilização de ferramentas tecnológicas no acesso ao conhecimento. A facilidade com que nos aproximamos das informações parece mascarar a necessidade de conhecimento aprofundado ou crítico das informações que recebemos. Sendo assim, as fragilidades do exercício da leitura, a disponibilidade ilimitada de informações facilitando a simples transmissão (plágios), as organizações curriculares positivistas foram pontuadas no artigo, já que, na maioria das vezes, são responsáveis por tornar a pesquisa uma prática ineficiente nas instituições de ensino. A metodologia utilizada foi qualitativa e utilizou-se de entrevistas para alcançar os dados que foram analisados. Edgar Morin, Hilton Japiassu e Pierre Lévy nos ajudaram a pensar a investigação e os resultados apontaram para a necessidade de pensar a pesquisa em uma ética da produção, a partir dos desafios engendrados pelas tecnologias de informação. A produção dos hipertextos e a (uni)transversalidade de conteúdos / Márcio Rodrigues dos Santos (UVA) A competição entre a quantidade de informação fora de sala de aula e a limitação dos conteúdos planejados e programados pelos professores, torna as aulas, na sua grande maioria, enfadonhas e, em muitas vezes, ultrapassadas. Nesse sentido, buscar organizar nos planejamentos escolares conteúdos em hipertextos, de modo que os alunos e professores possam usar essa ferramenta com mais intensidade nas aulas e com um conteúdo mais universalizado, fundamentado e transversal tornado assim aulas mais interessantes e ao mesmo tempo trazendo para dentro das aulas conteúdos voltados para a aprendizagem da turma. A Rádio Tan Tan educativa: o uso da web 2.0 como espaço de comunicação e mudança na prática pedagógica / Rosilãna Aparecida Dias; Rita de Cássia Florentino (FMG) No presente texto fazemos um recorte de um momento da disciplina ‘Produção de Material Pedagógico’ visando apresentar a Rádio Tan Tan Educativa (http://radiotantan.blogspot.com/) – criada especialmente para a referida disciplina - e seus desdobramentos ao longo do curso. Nesse sentido, nossos objetivos podem ser descritos como: compreender como o rádio fez e faz parte na vida dos estudantes, e, consequentemente, refletir sobre o papel da rádio Tan Tan no contexto da disciplina. Na perspectiva do determinismo tecnológico mcluhiana a história da humanidade converge para a história tecnológica, ou seja, somos filhos tecnológicos do nosso tempo. Estamos sujeitos a ver o mundo tal qual a tecnologia do tempo presente nos apresenta. Percebemos que a linguagem radiofônica continua seduzindo as pessoas. E também que a apropriação dessa linguagem pelos professores permite uma reconfiguração da prática pedagógica dos mesmos no sentido de se tornarem produtores de informação e conhecimento. A relação entre os nativos digitais, jogos eletrônicos e aprendizagem / Luciana Barbosa Cândido Carniello (CEFOPE Anápolis); Bárbara Mônica Alcântara Gratão Rodrigues (CEFOPE Anápolis); Moema Gomes Moraes (UFG) O presente estudo trata-se de um projeto de pesquisa com tema “A relação entre os nativos digitais, jogos eletrônicos e aprendizagem” e objetiva identificar as formas como os nativos digitais se relacionam com os jogos eletrônicos; direcionar caminhos para utilizá-los como facilitadores do aprendizado; identificar o tipo de influência desses jogos no processo de aprendizagem e diagnosticar em que medida eles estimulam a capacidade de aprendizagem de seus usuários. A obtenção dos dados será feita por meio de: revisão bibliográfica; observação em escolas da Rede Municipal de Educação de Anápolis-Go e estudo dos resultados de outra pesquisa intitulada “Gerações Interativas – uso responsável das telas digitais”, promovida pelo EducaRede Iberoamericano. Ela está sendo aplicada em escolas 62 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem da rede acima citada, focando os itens da pesquisa que investigaram sobre jogos eletrônicos. Esperamos que a introdução destes jogos no cotidiano de algumas escolas estimule o interesse, desenvolvimento e aprendizado dos alunos. Segundo Veen e Vrakking (2006), os jovens consideram as escolas instituições desconexas com seu mundo. Pensando nisto, esperamos que o resultado da pesquisa forneça elementos para criar, no ambiente escolar, uma atmosfera ligada ao cotidiano dos nativos digitais, visando melhoria dos níveis de aprendizagem na escola. A Utilização das TICs no processo de Ensino e Aprendizagem da Física / Ruth Brito de Figueiredo Melo (EEEFM Félix Araújo/RJ) Com a evolução dos computadores, e da tecnologia, a sociedade tem vivido constantemente os impactos dos avanços tecnológicos em seu cotidiano. Não podendo o ensino ficar alheio a essa realidade, o professor tem o principal papel de contribuir para a disseminação das TIC´S, como intermediador dessas tecnologias no ensino, proporcionando uma aprendizagem mais interativa. Através de um levantamento com duas turmas do ensino médio de uma escola A, observou-se as principais dificuldades encontradas por eles, referentes aos conteúdos de física na compreensão de conceitos básicos como os de corrente elétrica, voltagem e associação de resistores, descritos pela lei de ohm. Assim, como forma de minimizarmos essas dificuldades, através do software Modellus foi possível trabalharem a simulação e a modelagem matemática de formas conjuntas, através das ferramentas amplas e modernas que o software possui, deixando o aluno livre para criar e modificar o modelo quantas vezes ele quiser. As atividades executadas pelos alunos com o auxilio do software promoveram uma maior viabilidade do processo de ensino-aprendizagem da Física, pois através de situações observáveis da vida real e modelável pelo software, o aluno pode correlacionar os conceitos trabalhados em sala de aula com as atividades do software, promovendo uma aprendizagem mais significativa. A utilização do blog e a formação docente: melhorias na interação / Hugo Monteiro Ferreira (UFRPE) Esta comunicação objetiva apresentar resultados de experiência teórico-empírica vivenciada em alguns cursos de licenciatura da Universidade Federal de Alagoas (2008/2009) e da Universidade Federal Rural de Pernambuco (2009/2010). A experiência vivenciada trata do uso do blog como uma estratégia metodológica na formação inicial de professores das licenciaturas de Pedagogia, Biologia, Dança, Matemática e Letras. O blog, inicialmente utilizado como um instrumento avaliativo, tornou-se, ao longo do seu uso em sala de aula, espécie de processo contínuo de interação entre professor e alunos. O processo contínuo de interação, como se poderá perceber no detalhamento exposto no texto integral, qualificou as problemáticas relacionadas ao ensino e a aprendizagem, fazendo notar que a interação é sobremaneira categoria fulcral para e na prática pedagógica como um todo e, no caso em análise, para e na formação de professores mais especificamente. A valorização da aprendizagem e da imagem no contexto das redes digitais e seus impactos e possibilidades na educação e na produção das subjetividades na atualidade / Aline Veríssimo Monteiro (UFRJ) Desde o final do século XIX vivemos em um contexto de proliferação de imagens. Proliferação que se tornou dilúvio com o advento das tecnologisa digitais e a constituição da WWW. Chegamos ao século XXI imersos em redes sociais constituídas por um conjunto de sujeitos que simultaneamente tecem a rede e compõem seu mar de navegação sobretudo por meio das tecnologias digitais de captura, produção, edição e transmissão de imagens. Neste contexto, a partir dos trabalhos principalmente de P. Lévy, D. Bougnoux e L. Sfez, reconhecemos a vigência de um pensamento comunicacional que valoriza os processos de aprendizagem e o pensamento por imagens, colocando desafios ao campo da psicologia da educação no que trata dos processos de aprendizagem e na configuração do que seja esse sujeito que aprende na atualidade. O presente trabalho é um início de exploração dos limites e possibilidades dos autores da psicologia da educação sobre o sujeito e o processo de aprendizagem neste cenário cultural onde o corpo e a experiência individuais parecem não bastar para garantir a importância, a permanência e mesmo a realidade de algo: uma imagem e uma tecnologia associada a ela parecem ser necessárias a constituição do mundo atual. http://www.nehte.org/simposio2010 I 63 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem Ação de pesquisa e extensão no projeto laboratório de tecnologias intelectuais / Isa Maria Freire; Edvaldo Carvalho Alves; Julio Afonso Sá de Pinho Neto; Marckson Roberto Ferreira de Souza (UFPB) Apresenta os primeiros resultados do Projeto Laboratório de Tecnologias Intelectuais (LTi), em desenvolvimento mediante parceria entre o Departamento e o Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade Federal da Paraíba. Visa promover ações para propiciar o acesso à informação e à formação de competências em informação, através da Internet, bem como a troca produtiva de conhecimentos e experiências entre pesquisadores, bolsistas e usuários do LTi. Propõe ações em níveis de pesquisa (o projeto em si), ensino (EAD) e extensão (cursos e tutoriais), abordando as tecnologias intelectuais e suas aplicações em um ambiente de compartilhamento de conhecimentos. Relata resultados já alcançados desde o início do Projeto LTi (2009), especialmente a experiência com a Oficina de Criatividade Científica, curso de extensão presencial com atividades on line, que proporciona aos participantes a oportunidade de conhecer e trabalhar as abordagens e metodologias do campo da Ciência da Informação. Ambientes de aprendizagem: uma abordagem hipertextual contemporânea / Alício Rodrigues da Silva Neto (UNEB) Abordar ambientes de aprendizagem é um desafio, uma vez que traz flexibilidade, rapidez, relação tempo-espaço, mobilidade. Esses aspectos envolvem mídia, sociabilidade e educação como formas de estabelecer estratégias comunicacionais diferentes das utilizadas tradicionalmente pela sociedade, pois se verifica que as tecnologias trazem infinitas vantagens através da mobilidade e dos agenciamentos, os quais serão elementos determinantes à democratização e universalização do conhecimento. Assim, esta pesquisa objetiva analisar os ambientes de aprendizagem como espaços potenciais no campo hipertextual, identificando, caracterizando e contextualizando o papel destes ambientes no cenário contemporâneo. Apresentam como pressupostos teóricos: Arnaud Lima Júnior, Henry Jenkins, Pierre Lèvy, Alex Primo dentre outros, evidenciando as discussões das potencialidades que essas relações sociais podem proporcionar aos sujeitos nestes ambientes. Este estudo em andamento apresenta uma abordagem qualitativa que consiste numa relação dinâmica entre realidade e o sujeito, mundo objetivo e a subjetividade. Desta forma, a pesquisa assume de maneira particular as situações específicas, procurando descobrir o que existe de mais essencial e característico, partindo do conhecimento de ambientes de aprendizagem e suas bases teóricas tradicionais até a pretensa construção da discussão sobre as potencialidades em rede hipertextuais associadas à instrumentalização desses ambientes. Análise comparativa da competência em informação focada no acesso e uso das tecnologias de informação e comunicação / Alessandra Barbosa Santana; Ana Paula Oliveira Villalobos (UFBA) O presente estudo trata da investigação conceitual e empírica da competência em informação pautada na abordagem digital. Este compõe uma pesquisa de mestrado que, através de um estudo de casos múltiplos em um enfoque metodológico do tipo quali-quantitativo e descritivo, objetiva analisar a competência em informação, com foco no acesso e uso das Tecnologias de Informação e Comunicação, TIC, na cidade do Salvador. Para alcance do objetivo geral da pesquisa pretende-se: selecionar indicadores quali-quantitativos para a competência em informação focados na abordagem digital; analisar ações que fomentem a competência em informação; identificar como os usuários das TIC acessam, usam e produzem conteúdos digitais em rede; propor ações para o aperfeiçoamento da competência em informação com vistas à promoção da inclusão digital e social. Como resultado, no estágio em que se encontra a pesquisa, apresenta-se a análise do pré-teste aplicado em uma escola publica da Cidade do Salvador e em uma escola privada da capital baiana. Trata-se de um resultado preliminar baseado apenas no pré-teste aplicado na escola pública e privada em uma amostra pequena que necessita ser melhor investigada o que será feito nas etapas seguintes da pesquisa. 64 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem Análise de Histórias de Vida em Fórum de Discussão Interdisciplinar / Christine Maria Soares de Carvalho; Caroline Nagel Moura de Souza; Juarez Moreira da Silva Júnior; Michelle Jordão Machado; Sandra Mara Bessa Ferreira (UCB) Neste trabalho, apresentamos uma análise de histórias de vida de estudantes do primeiro semestre do curso de Pedagogia da Universidade Católica de Brasília Virtual, relatadas em dois fóruns de discussão interdisciplinar. Estabelecemos como objetivos específicos compreender como as identidades, os sistemas de conhecimento e crença (realidade), e as relações sociais são construídas e representadas nas intervenções dos fóruns. A abordagem teórica utilizada apóia-se na Análise de Discurso Critica (ADC), que se fundamenta na noção de que o discurso tem um poder construtivo tríplice capaz de produzir, reproduzir representações, relações sociais e identidades. Adotamos a ADC não só como teoria, mas como método para a leitura e análise do gênero digital fórum de discussão. Recorremos aos atuais estudos sobre gênero, interação e ensino, que nos possibilitaram perceber que, quanto mais os estudantes interagem no fórum, mais eles são levados a refletir e a desenvolver habilidades que lhes permitem construir e defender seus pontos de vista. Concluímos também que o gênero fórum permitiu aos estudantes reconstruir discursivamente suas trajetórias pessoais e profissionais, potencializando conhecimentos e saberes adquiridos pela e na interação com o outro, o que resultou em uma melhor compreensão de suas histórias de vida, relacionando-as com suas práticas sociais. Análise de uma experiência de aprendizagem utilizando o Orkut no Instituto Federal Sul-Rio-Grandense – Campus Passo Fundo / Adriano Canabarro Teixeira; Ricardo Santos Lokchin (IFSUL) Historicamente os alunos apresentam dificuldades de compreensão da lógica de pensamento necessária à disciplina de Lógica e Linguagem de Programação e tal dificuldade exige um esforço ainda maior no estudo fora do ambiente escolar. Tomando por base que a aprendizagem envolve processos comunicacionais e coletivos, acredita-se que abrir espaços de interação entre os alunos, em horários diversos, pode, de alguma forma, agir sobre a dificuldade apresentada e, reconhecendo-se que fazem uso de ambientes digitais de comunicação, como é o caso das mídias sociais, esta pesquisa deseja verificar quais os desdobramentos de uma estratégia didática baseada na utilização do Orkut e como ela poderia qualificar o processo de aprendizagem na disciplina. Para realizarmos a experiência de aprendizagem mediada por mídias sociais, utilizamos como fundamento os dez mandamentos da aprendizagem propostos por Juan Ignacio Pozo. O trabalho de campo foi realizado de 14/6/2010 a 11/07/2010 junto aos 24 alunos do Instituto Federal Sul Rio-Grandense - Campus Passo Fundo que ingressaram em 2010/1. Com a experiência verificamos que o Orkut pode ser utilizado como uma ferramenta de apoio na disciplina não somente num espaço curto de tempo, e sem a obrigatoriedade do aluno e professor acessar o ambiente a todo o momento. Apenas 140 caracteres? Pressões comunicativas e transgressões dos limites do twitter / Bruno Diego de Resende Castro; Leila Rachel Barbosa Alexandre (UFPI) Uma das marcas do Twitter é a limitação de suas postagens em 140 caracteres, algo que, a princípio, parece intransponível. No entanto, observa-se que, a partir das necessidades comunicativas dos seus usuários, essa limitação foi sendo “driblada” e o Twitter foi se adequando a essas pressões. A partir dessa observação, analisamos as formas como essa limitação está sendo transposta por pressões situacionais advindas, principalmente, da interação entre usuários e entre usuários e Twitter. Objetivamos, com este trabalho, observar quais mecanismos são usados pelos usuários para “burlar” os 140 caracteres e como o universo do Twitter acompanha e referenda esses mecanismos. Para tal, usamos, principalmente, as noções de Devitt (2004), para quem a flexibilidade dos gêneros permite que eles se adaptem às mudanças nos contextos e usos. Nossa metodologia consiste na observação dos usos dados pelos tuiteiros a hashtags e hiperlinks, mecanismos muito dependentes de seus usuários, e na resposta do Twitter a eles. Verificamos que as hashtags marcam a postagem de forma que podem ser usadas para subsumir informações já compartilhadas pelos outros usuários da hashtag, reservando maior espaço na postagem para informações novas, algo que também acontece com o hiperlink, que possibilita direcionamento para informações mais detalhadas. http://www.nehte.org/simposio2010 I 65 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem Aprendendo Geografia com o auxilio das tecnologias de rede / Ana Maria de Oliveira Pereira (IABRB) A utilização das tecnologias de rede (TRs) como potencializadoras no processo de construção do conhecimento geográfico. Trabalho desenvolvido com alunos do sétimo ano do ensino fundamental. A aprendizagem é um processo em que o conhecimento adquirido por meio das relações sociais entre sujeito e objeto gera mudanças no comportamento de cada indivíduo. Para a efetivação desse processo de construção do conhecimento na sociedade contemporânea, encontra-se, nas tecnologias de rede, ambientes que apresentam condições favoráveis a essa construção, a fim de que aconteça de maneira significativa e colaborativa. A linguagem utilizada no desenvolvimento do trabalho foi a hipermídia, por possibilitar a utilização simultânea de imagens, sons e textos, importantes na construção do conhecimento geográfico. O assunto desenvolvido foi às formas de relevo. Desenvolveu-se cinco sequênicas didáticas baseadas no sistema de interpretação Imagem Whatching, formulado por William OTT, para estimular a leitura das imagens e também nos princípios da aprendizagem, propostos por Juan I. Pozo. Como resultado do trabalho constatou-se maior integração entre o senso comum e os conceitos científicos, caracterizando assim, a aprendizagem significativa, possibilitando também maior autonomia e interatividade entre os envolvidos na atividade. Aprender a cooperar: o uso de uma Ferramenta colaborativa como recurso didático em um Curso Superior de Tecnologia / Adriana Netto Silva (UFMG) Os Cursos Superiores de Tecnologia foram criados para atender à demanda de formação de profissionais para o mercado de trabalho. Um dos desafios enfrentados por seus docentes é o de contribuir para o fortalecimento de uma formação crítica e criativa sobre o saber-fazer, superando as limitações que uma formação de uma competência estritamente técnica pode ocasionar. Nesse sentido, é necessária a constante busca pelo desenvolvimento e utilização de recursos didáticos que favoreçam a produção de conhecimento pelos estudantes, desenvolvendo nesses um senso crítico sobre a formação ofertada e sobre o mercado de trabalho que irão ingressar. Uma possibilidade que vislumbramos é o uso das tecnologias digitais como ambiente propício ao desenvolvimento de uma cultura colaborativa (NOVAK,1999) KENSKI(2003) e de uma aprendizagem significativa (AUSUBEL, 1982). Nesse caso, os docentes necessitam aprender a lidar com os recursos tecnológicos para posteriormente realizar uma aprendizagem de suas potencialidades pedagógicas. E é exatamente nas potencialidades pedagógicas que reside um dos maiores desafios: como criar uma postura de orientador do processo ensino-aprendizagem em um ambiente virtual? Como motivar os estudantes para o uso desse ambiente para a produção coletiva de conteúdo? Os resultados do trabalho apresentam aspectos relativos às potencialidades e limitações dessa estratégia didática. Aprender a pesquisar no ensino fundamental: novas possibilidades com a inserção da internet como estratégia pedagógica / Francisca das Chagas Soares Reis (CMF) A pesquisa na educação é um recurso essencial para que os indivíduos se constituam de forma crítica e autônoma. Esse trabalho, de caráter teórico, toma como pressupostos: (1) a pesquisa orientada e acompanhada supera o instruir e o treinar para incentivar e formar a autonomia crítica do aluno; (2) a inserção da internet e da pesquisa na prática pedagógica de forma intencional e sistematizada pode trazer benefícios para o ensino e para a aprendizagem enquanto oportuniza as situações que estimulem a ação investigativa, o uso consciente da informação e a aprendizagem colaborativa; (3) se a pesquisa pertinente e devidamente orientada, fizer parte do dia-a-dia dos alunos, desde o ensino fundamental, eles estarão realmente construindo conhecimento. A discussão será feita à luz de teóricos que destacam a importância da prática da pesquisa na formação da autonomia, do espírito colaborativo e na construção do conhecimento. À guisa de conclusão, apontamos a combinação de tecnologias como possibilidade concreta de, com o uso da informática, investir no aprimoramento de ações educacionais. 66 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem Aprender em/na rede: reflexões sobre o potencial das redes de aprendizagem nos processos de educação à distância / Patrícia Brandalise Scherer Bassani (Feevale), Rafael Vescovi Bassani (UNISINOS) Sistemas compartilhados na Web, essencialmente caracterizados pela possibilidade de participação e intervenção dos sujeitos, possibilitando a interação de muitos-para-muitos, constituem a base do conceito de Web 2.0. As aplicações Web 2.0 são aquelas que utilizam as possibilidades desta plataforma criando efeitos na rede através de uma “arquitetura de participação”, potencializando os processos de autoria individual e coletiva. Entende-se que a web 2.0 oportuniza diferentes possibilidades de aprendizagem online, uma vez que permite ao estudante o seu envolvimento em atividades colaborativas em múltiplos ambientes e comunidades virtuais. Assim, este estudo, de natureza qualitativa, apresenta uma reflexão sobre as diferentes possibilidades de ensinar e aprender a distância, por meio dos ambientes colaborativos, a partir da articulação entre os conceitos de PLE (Personal Learning Environments ou ambiente de aprendizagem personalizado) e PLN (Personal Learning Netkworks – redes de aprendizagem personalizadas). Estudos atuais apontam que as redes de aprendizagem se constituem a partir das conexões que se efetivam por meio das diferentes ferramentas e ambientes de aprendizagem disponíveis na web. Aprendizagem online e construção colaborativa em ambientes virtuais / Valéria Pinto Freire; Simone de Lucena Ferreira (UNIT) Este trabalho apresenta a análise – de natureza descritivo-analítica – dos resultados da atividade de planejamento e operacionalidade da disciplina Ambientes Virtuais em EaD, ministrada em um curso de pós-graduação lato sensu: Docência e Tutoria em EaD promovido pela Universidade Tiradentes. Para este fim, parte do esquadrinhamento dos ‘rascunhos reflexivos’ empreendidos por 50 cursistas - pertencentes ao quadro de professores/tutores da instituição - como modo de avaliação final da disciplina. Os quadros e análises elaborados enfocaram categorias conceituais como: autonomia, flexibilidade e interação/interatividade e algumas características dos professores/ tutores/cursistas (formação, formação em tutoria e experiência em tutoria) tendo em vista a organização e divisão do trabalho (entre professor e mediador responsáveis pela disciplina), atividades exercidas, sobre a natureza da mediação e suas percepções sobre a possibilidade concreta de formação a partir de uma aprendizagem online. Os estudos fundamentam-se em Edgar Morin (2007), Maria Gomes (2004), Marco Silva (2006) e Alex Primo (2007). A análise dos dados sugere que professores/tutores/cursistas gozaram de certa autonomia com relação às ações relacionadas à transmissão do conteúdo tanto quanto a feitura das atividades práticas, possibilitando ao professor e mediador da disciplina, no contexto do estudo analisado, a percepção dos entraves e da fluidez possíveis em uma aprendizagem online. Aprendizagem sobre tecnologias computacionais em EAD: analise da participação e desempenho dos alunos em cursos de PHP, Java e Programação Orientada a Objetos / Carlos Murilo da Silva Valadares (SERPRO) O governo federal tem-se mostrado atento à questão do EAD, constituindo um dos mais atuantes atores na implementação e uso desta modalidade de ensino no Brasil. O EAD mostra-se como solução para a educação continuada dos servidores, pela facilidade de acesso e grande abrangência. Este artigo tem o objetivo de construir um panorama da participação de grupos de alunos em cursos na modalidade EAD, desenvolvidos pela Universidade Corporativa Serpro, no domínio das tecnologias computacionais: linguagem de programação PHP, Java e Programação Orientada a Objetos. Foram oferecidos na modalidade EAD, somente por hipertexto, sem momentos presenciais. Adotam como paradigma pedagógico a “teoria dos conhecimentos explicativos”, de Mayer, que pode ser entendida como uma forma de exposição de conhecimentos que efetivamente ajuda o sujeito a compreender como um sistema opera, por meio de sua descrição estrutural e funcional. As análises utilizam o conjunto de dados coletados das interações com o ambiente: respostas aos exercícios de avaliação, desempenho em Pré-teste e Pós-teste, e dados de navegação. A partir destas análises, espera-se que, em alguma medida, possamos compreender como se deu a aprendizagem dos alunos nos ambientes, e que fatores podem influenciar o desempenho em processos educacionais na modalidade EAD. http://www.nehte.org/simposio2010 I 67 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem Aprendizagem social: uma abertura a partir dos sites de redes sociais e da hipertextualidade exploratória / Ana Terse Tavares Soares (UFBA) Relações sociais contemporâneas estabelecidas a partir dos agrupamentos no ciberespaço avançam as reflexões atuais sobre aprendizagem social e gestão do conhecimento. Neste sentido, as conexões entre pessoas nos sites de redes sociais sugerem um complemento natural ao conjunto de recursos de aprendizagem social, que considera que as pessoas aprendem umas com as outras através da observação do comportamento, principalmente. Nos sites de redes sociais a liberdade de acesso e articulação entre as informações, reflete o princípio da flexibilidade hipertextual exploratória e a capacidade da aprendizagem social a partir do compartilhamento e reprodução de conteúdos e manifestação de comportamentos na rede. Esta perspectiva funcional do hipertexto implica ainda na necessidade de desenvolvimento da autonomia de navegação do usuário agenciando o processo de aprendizagem como um processo social experiencial no plano da multivocabilidade, da intertextualidade e intratextualidade. Este trabalho emprega as perspectivas dos sites de redes sociais sugerindo uma compreensão mais ampla sobre a aprendizagem social no contexto do ciberespaço e analisa como as redes formadas entre as pessoas criam oportunidades para o seu desenvolvimento. Problematizamos ainda o que constitui um vínculo de aprendizagem e de que forma a dinâmica dos sites de redes sociais podem contribuir para resultados de aprendizagem. Apropriação das Mídias Sociais como recurso no processo ensinoaprendizagem / Cristiane Clébia Barbosa (FARN) O artigo analisa a possibilidade de diferentes tipos de aplicações e uso das Mídias Sociais como recurso no processo de ensino-aprendizagem. As Mídias Sociais permitem interatividade e sociabilidade, tornando possível uma colaboração através das Novas Tecnologias da Informação e Comunicação. As Redes Sociais são parte deste processo e estão sendo cada vez mais utilizadas em diversas áreas como marketing, negócios, comunicações e, entre outras, a educação. Sendo assim, essa pesquisa visa investigar a possibilidade da contribuição das Mídias Sociais no processo ensinoaprendizagem, como sendo um recurso de aprendizagem colaborativa, além de analisar os impactos do seu uso nesse processo. O objetivo desse estudo é contribuir e explorar referências que possam servir de apoio às aulas presenciais, tornando-as uma experiência ainda mais rica, dentro e fora da sala de aula. Argumentatividade no e-fórum de discussão: uma contribuição para produção em contexto escolar / Anelilde Maria de Lima Farias (UFPE) Não é raro presenciarmos professores de língua portuguesa que trabalham com produção textual em sala de aula revelar sua angústia sobre o nível de argumentatividade dos textos de seus alunos, seja qual for o gênero textual estudado. Bronckart (1999), citado por Marcuschi (2007) defende que “ a apropriação dos gêneros é um mecanismo fundamental de socialização, de inserção prática nas atividades comunicativas humanas”. Poderíamos mencionar, também, nessa mesma concepção de gênero, Bakhtin(1979); Bhatia (1997); Bazerman (2004). Para todos eles, não é possível imaginar um texto eficaz sem seu aspecto dialógico. Entretanto, muitas vezes, os textos escritos em sala de aula apresentam esse dialogismo de forma distante e superficial, contribuindo, talvez, para as apresentações insatisfatórias de teor argumentativo. Este trabalho pretende apresentar de que forma a argumentatividade tem se desenvolvido no ambiente virtual. Essa constatação, por uma questão didático-metodológica, se dará especificamente no gênero digital fórum de discussão, disponibilizado no site de relacionamento Orkut. Partindo da concepção de argumentação com a Retórica de Aristóteles, as técnicas argumentativas de Perelman (2006) e a Argumentação na Língua de Ducrot (1987), será desenvolvida uma análise das estratégias argumentativas presentes nesse e-gênero, revelando de que forma essa prática tem contribuído para as produções em contexto escolar. Arquiteturas de Suporte à Aprendizagem Colaborativa Sensível ao Contexto / Francisco Petrônio Alencar de Medeiros (IFPB), Patrícia Cabral de Azevedo Restelli Tedesco, Alex Sandro Gomes (Cin/UFPE) Com o intuito de apoiar o processo de ensino, foram desenvolvidos os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA), que são aplicativos projetados para atuarem como salas de aula virtuais, proporcionando várias possibilidades de 68 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem interações entre os participantes. Os interesses dos pesquisadores têm se voltado para o desenvolvimento de estudos focados no processo pedagógico dos AVAs, destacando-se nesse aspecto a Aprendizagem Colaborativa com Suporte Computacional, do inglês, Computer-Supported Collaborative Learning (CSCL). Os ambientes CSCL precisam ser inteligentes o suficiente para interpretar as informações que são relevantes ao grupo, a um usuário individualmente e ao próprio ambiente. A nova geração dos AVA’s tem a responsabilidade de gestão, organização e reutilização de conteúdos, bem como de prover ambientes mais flexíveis quanto à oferta de conteúdos e ferramentas de apoio ao aluno. Para isso, o suporte arquitetural é essencial para facilitar o desenvolvimento e proliferação de serviços de aprendizagem eletrônica sensível ao contexto. Este trabalho tem como objetivo apresentar uma survey sobre arquiteturas de apoio à aprendizagem colaborativa sensíveis ao contexto, apresentando como resultado uma síntese dessas arquiteturas quanto à aquisição dos dados, armazenamento, processamento, características de uso de contexto, padrões de conteúdo adotados, infra-estrutura de comunicação e comunicação com redes sociais. Arte em Rede: Ambiente de Exposição, Crítica e Contemplação / Rosane Tesch (UCAM) Seja por lazer ou com objetivos profissionais, a cada dia surgem novos espaços para divulgação de trabalhos artísticos na Internet. Seguindo os conceitos de hipertexto e hipermídia, a Internet possibilitou aos usuários a construção de conhecimentos a partir de equipamentos coletivos de percepção, pensamento e comunicação. Ao contrário do tempo linear (escrita), o hipertexto propõe uma busca por resultados em “tempo real”, abrindo espaço para a produção de novos saberes e fazendo com que o “sujeito tecnológico” caminhe nos trilhos da chamada tecnodemocracia. Como exemplo de interação na área de artes, a comunidade virtual Flickr, rede social de fotografia, agrega alguns valores principais em seu ambiente. A natural interação entre os membros, não obedecendo fronteiras lingüísticas, e o compartilhamento de imagens e exposições virtuais criadas por membros curadores são exemplos destes valores, que podem ser utilizados para ampliar o espaço da sala de aula. Diante das inúmeras possibilidades de uso das tecnologias informáticas, este artigo visa demonstrar como contínuo deve ser o aprendizado sobre as relações entre homem e arte, educação, cultura, ciência, tecnologia, enfim, em constante interação. As interações de alunos na Internet e o ensino de língua materna / Luciana Sales Barbosa Moura (UFCG) A interação em atividades letradas comuns ao cotidiano da sociedade garante a inclusão e participação social ativa do sujeito (ROJO, 2009). Com isso, na sociedade pós-moderna, o acesso às novas tecnologias de informação e comunicação tem exigido aprendizagens específicas – garantia para a condição de cidadania (XAVIER, 2005). Nesse contexto, este trabalho tem por objetivo observar o processo de adesão dos alunos da rede pública de ensino às práticas do letramento digital em atividades fora do cotidiano escolar; e, com isso, refletir acerca do impacto desse acesso, no ensino de língua materna. Para tanto, tomamos como corpus um questionário aplicado com alunos do ensino médio de uma escola pública da cidade de Campina Grande, que objetiva retratar as práticas cotidianas dos estudantes, na grande rede. A análise parcial dos dados mostra uma grande adesão dos alunos às práticas de leitura e escrita na internet, principalmente nas interações em sites de relacionamentos; revelando, com isso, o surgimento de um novo sujeito leitor (SANTAELLA, 2003) e produtor de textos. Desse modo, os dados suscitam a reflexão acerca de uma revisão do processo de aprendizagem em língua materna, com vistas ao desenvolvimento de habilidades em usos de linguagens próprias de textos da contemporaneidade. As Letras falam: afetividade e escrita em cursos de Educação a Distância / Catley Santos Lima; Michelle Jordão Machado (UCB) Todos os “mananciais” que abordam aspectos da Educação a Distância( EAD) deságuam em um mesmo “rio”: o sucesso do processo de ensino e aprendizagem. Para compreendermos tal fenômeno em sua inteireza, faz-se necessário aprofundar o estudo de dois fatores que permeiam a EAD: a afetividade e a interatividade. Este artigo ocupou-se de analisar o uso da linguagem utilizada em ambientes virtuais de aprendizagem, especialmente a proximidade existente entre a fala e a escrita. A pesquisa de abrangência qualitativa foi realizada por meio da análise http://www.nehte.org/simposio2010 I 69 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem das participações de estudantes e tutores em fóruns de discussão de três cursos a distância de pós-graduação, de entrevistas semi-estruturas e, por fim, da análise do material didático dos próprios cursos em questão. Conclui-se que quanto menos afetividade havia entre os participantes do processo educativo, mais formal era a linguagem utilizada entre eles. AS NOVAS TECNOLOGIAS E A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS EM SALA DE AULA / Janete Batista Rocha; Ricardo Barbosa Bitencourt (IF Sertão-PE) A discussão sobre a inserção das novas tecnologias na prática escolar é urgente e nos propõe uma reflexão sobre o papel das mesmas no dia-a-dia em sala de aula. Assim, nesse trabalho, discutiu-se, a partir do trabalho de professoras da rede pública municipal de ensino de Senhor do Bonfim-BA, as possibilidades de trabalho com Contação de Histórias e novas tecnologias. Assim, possibilitou-se uma discussão sobre tecnofobia, tecnologia/ educação, apontando possibilidades de interrelação com a atividade da Contação de Histórias. As práticas sociais de linguagem e o twitter: um estudo sobre os jornais de Recife-PE / Flávia Girardo Botelho Borges (UFPE) O twitter tornou-se um fenômeno mundial por permitir a publicação, em tempo real, de mensagens de até 140 caracteres. Conta, hoje, com aproximadamente 50 milhões de usuários e é considerada uma das formas mais influentes de comunicação via internet. Partindo do pressuposto de que as práticas sociais de linguagem instituem suas funções sociais e vice-versa, e que, no caso do twitter, dado seu recente surgimento, estas práticas ainda não estão bem delimitadas, este estudo teve por objetivo investigar o uso desta ferramenta por dois jornais da cidade Recife-PE, a Folha de Pernambuco e Jornal do Commercio com o intuito de revelar se há uma correspondência entre as notícias de destaque na primeira página dos jornais impressos e seus tweets, ou seja, se o twitter desses jornais esses jornais funciona como uma ferramenta de informação aos leitores ou apenas como réplica das notícias veiculas por meio impresso. Para tanto, foram analisadas as primeira páginas dos dois jornais por uma semana e suas notícias de destaque foram comparadas com as postagens diárias do twitter de cada jornal. O estudo revelou, entre outros resultados, que há uma desconexão entre as notícias do jornal impresso e as notícias veiculadas no twitter. As tecnologias de informação e comunicação como potencializadoras do ensino-aprendizagem em um projeto transdisciplinar / Lidia Bravo de Souza; Cristiane Freire de Sá (IFSP/Campus Guarulhos) Os recursos tecnológicos que estão modificando as formas de interação e comunicação entre as pessoas chegam nas dimensões educacionais causando grande impacto sobre os processos de ensino - aprendizagem. Haja vista a apropriação desses recursos pela nova geração de estudantes, denominada por Prensky de nativos digitais, que atualmente estão em cursos superiores e tecnológicos. Entretanto, exatamente pela grande quantidade de opções, e divergência entre os níveis de fluência digital existentes, o desafio que se apresenta é a construção de saberes e relações de aprendizagem efetivas com o uso das tecnologias. Assim, o presente trabalho objetiva compreender e propor reflexões sobre o uso destes recursos no contexto da educação profissional e tecnológica do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia - Campus Guarulhos, tendo como enfoque compreender o fenômeno da apropriação das diversas tecnologias por docentes e discentes, no espaço virtual da instituição a partir de um “Projeto Transdiciplinar”, onde diversos recursos tecnológicos integrados a plataforma Moodle servirão como base para as ações de colaboração e de construção coletiva de saberes, proporcionando aos professores e alunos um apoio ao processo de ensino-aprendizagem de forma interativa e transdisciplinar. Avaliação da aprendizagem na educação a distância: um estudo sobre as concepções docentes na EaD online / Valéria do Carmo de Oliveira (UFPE) O avanço das tecnologias eletrônicas de comunicação e informação colocam cada vez mais em evidência a educação a distância online (EAD online). A expansão dessa modalidade implica mudanças nas formas de pensar e 70 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem fazer a educação, considerando as mudanças paradigmáticas necessárias à implementação do modelo de ensino e aprendizagem baseados no uso das tecnologias. O presente artigo é fruto de uma pesquisa de mestrado, cujo objeto de estudo são as concepções docentes sobre avaliação da aprendizagem na EAD online. Optamos pela abordagem metodológica qualitativa, fizemos pesquisa de campo e análise documental. Na construção dos dados utilizamos questionários eletrônicos, grupo focais online, além de entrevistas individuais. Os dados foram analisados com base na análise de conteúdo (Bardin). Os resultados apontam contradições entre concepções e orientações sobre a avaliação na EAD online. Embora tanto os docentes quanto os documentos analisados, enfatizem a necessidade de uma avaliação formativa, os aspectos quantitativos ainda predominam nessa modalidade. Entendemos que transformar a prática avaliativa, presencial ou a distância, significa questionar a educação desde as suas concepções, seus fundamentos, sua finalidade, até suas formas de organização, normas burocráticas, entre outros. Significa, sobretudo, mudanças conceituais e a redefinição das próprias funções docentes. Avaliação de Software Educativo: Um passo importante para a inovação / Maria Eurácia Barreto de Andrade (SME/BA) As tecnologias informacionais precisam ser incorporadas ao processo ensino-aprendizagem como uma ferramenta de mediação para o conhecimento, porém a simples presença do computador na sala de aula não é suficiente para garantir melhorias no ensino se não for observada a qualidade do software utilizado. Desta forma, os modelos de avaliação que busquem um aperfeiçoamento dos métodos de controle de qualidade e orientem professores na escolha responsável deste programa para fins educativos constitui a base deste artigo. Nele discutem-se os critérios para uma boa análise e avaliação de softwares educativos e o papel do professor como figura central neste processo, que deve estar preparado para utilizá-lo como meio (e não como fim em si mesmo) a favor de uma educação mais viva, significativa e inovadora. Avaliação de Usabilidade em Ambientes Virtuais de Aprendizagem / Givaldo Almeida dos Santos; Henrique Nou Schneider (UFS) A crescente utilização de Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) tem exigido dos projetistas destes sistemas uma visão multidisciplinar e interdisciplinar, a fim de oferecer produtos que atendam as novas demandas de uma Educação globalizada, num mundo plano e saber de fluxo, tornando imperativo a avaliação da eficiência, eficácia e satisfação dos usuários destes softwares especializados para mediação do processo ensino-aprendizagem à distância através das Tecnologias de Informação e Comunicação - TIC. Neste sentido, nosso trabalho propõe uma discussão sobre a importância da análise de usabilidade de Ambientes Virtuais de Aprendizagem sob a convergência dos pressupostos teóricos da Engenharia de Usabilidade, Ergonomia Cognitiva,Teoria Pedagógica e Estilo de Aprendizagem. Avaliação formativa no Wiki do LMS Moodle: aplicação da ferramenta Learning Vector (LV) / Gilvadenis Sales; Pedro Prestes; Giovanni Barroso; José Soares (UFC) O trabalho em questão tem como objetivo desenvolver uma ferramenta de avaliação de natureza formativa aliada aos novos paradigmas explorando as idéias de (VALENTE E MATTAR, 2007) sobre a interação e a interatividade na Web 2.0, com as considerações de (PERRENOUD, 1999) e associando estas idéias aos pressupostos teóricos de (LÉVY, 1999; MORIN, 1991) que afirmam que esse paradigma é caracterizado pela atemporalidade e desterritorialidade de seus limites com o cunho colaborativo. (SALES,2007,2008,2009) e outros contribuem ativamente neste trabalho abordando aspectos relevantes destas teorias e propõe sua especificação e modelagem fundamentada na metodologia Learning Vectors (LV). O uso da metodologia e instrumento LV no Wiki visa mostrar agilidade frente a qualquer outra forma de controle manual de notas, o que reduz significativamente o trabalho offline dos Professores/Tutores no acompanhamento dos Alunos/Aprendizes. Portanto, deve-se fazer uso de tecnologia que imprescinda da ação humana e, nesta perspectiva, encaixam-se os Learning Vectors (LV), como instrumento dinâmico na avaliação dos Wikis. http://www.nehte.org/simposio2010 I 71 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem Biblioteconomia, tecnologia e redes sociais: análise de usuários sob profissionalização em informação / Luciana Ferreira da Costa (UFPB) Vinculada aos grupos de pesquisa “Web, Representação do Conhecimento e Ontologias” e “Leitura, Organização, Representação, Produção e Uso da Informação” da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), esta pesquisa objetivou analisar o uso efetivo e potencial das redes sociais, no contexto da web 2.0, pelos alunos do 8º período do Curso de Graduação em Biblioteconomia da UFPB. Foram contempladas na pesquisa 40 (quarenta) opções de redes sociais. A pesquisa se caracterizou enquanto um Estudo de usuário sob abordagem metodológica qualitativa com aporte quantitativo. O questionário foi utilizado como instrumento para coletar dados, analisados, em sequência, conforme a análise descritiva por categorias. Os resultados da pesquisa apontaram para uma população jovem sob profissionalização em informação, usuária das redes sociais, sem conhecimento pleno sobre a sua diversidade, utilizando-as em baixo número de opções, explorando o seu potencial social de geração e compartilhamento de informações com limitações. Foram apontados diversos obstáculos informacionais enfrentados, ressaltando-se os tecnológicos de usabilidade. Concluiu-se que o potencial das redes sociais já é discutido entre a população investigada, contudo, estas não vêm sendo exploradas como redes profissionais e de trabalho, apesar dessa perspectiva formativa convergente ao conhecimento produzido sobre a temática no âmbito da Biblioteconomia e Ciência da Informação. Blog meu, blog meu, existem alunos mais conectados dos que os meus? / Antônio Carlos Xavier (UFPE); Marcus Petrônio Fernandes Iglesias (FASE) O blog pedagógico pode ser uma interessante ferramenta no ensino de língua portugesa. O antigo diário usado para colocar segredos pueris, agora se transforma em um suporte eletrônico com múltiplas possibilidades interativas entre professor- aluno e alunos- alunos. Os textos do blog permitem que o aprendente insira comentários acerca da produção textual do professor, o que implica uma produção conjunta e um reescrita do texto por todos aqueles que contribuem com a palavra. Blog Ufal no Sertão / Lídia Maria Marinho da Pureza Ramires (UFAL) O projeto busca promover o diálogo entre a comunidade acadêmica e a sociedade através do blog Ufal no Sertão a ser elaborado e implementado pelo corpo discente sob coordenação docente, articulando teoria e prática e incentivando os discentes na seleção crítica e interpretação de informações e na produção textual. Os textos divulgados no blog poderão ser acessados por toda a comunidade virtual, mas entendo que a população local carece de estrutura para acesso à internet e até mesmo ao texto escrito, o projeto contemplará ainda a divulgação do conteúdo por rádios locais, em parcerias que estabelecerão conteúdo, horários e periodicidade da divulgação. Blog: o intermediador de práticas letradas da sala de aula / Rhávila Rachel Guedes Alves; Williany Miranda da Silva (UFCG) Neste trabalho refletiremos sobre a realização do blog como uma ferramenta pedagógica que complementa as atividades realizadas em aulas presenciais, da disciplina Prática de leitura e produção de texto II, da Universidade Federal de Campina Grande. Nesse sentido, identificamos e caracterizamos os diversos usuários freqüentadores do blog, observando as estratégias de leitura e de escrita utilizadas por eles durante a vida útil deste ciberespaço. Tendo Valente (1993) e Reis (2009), para os usos da tecnologia digital, e Bronckart (1999) e Koch & Elias (2009), para as concepções de leitura e escrita, além de outros, como base teórica fundamental; a questão-problema que orientou a experiência em sala de aula foi: Qual o comportamento leitor/escritor dos frequentadores do blog? Os resultados parciais apontam para leitores/produtores que se comportam de forma análoga as concepções de leitura e escrita subjacentes às práticas letradas dos usuários. 72 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem Blogarte: uma experiência com arte no ensino médio através do orkut / Plínio Rogenes de França Dias (Rede GEO/João Pessoa) O presente artigo parte de uma experiência com a disciplina artes no contexto do ensino médio particular frente às novas realidades curriculares da educação básica. Mediados pela rede social Orkut, a interação professor-alunos foi enriquecida de elementos das novas configurações de Educação a Distância, notadamente a presença da mediação pedagógica, da avaliação processual e do desenho instrucional, que se revelaram possíveis à aplicação no ensino médio. A análise da participação dos jovens no projeto proporcionou reflexões sobre a leitura em hipertexto, além da própria forma de construção do conhecimento, apontando para a necessidade de paradigma freireano nas relações pedagógicas no contexto da cibercultura. Caindo na rede: do blog para o mundo / Kalina Alessandra Rodrigues de Paiva (IFRN) Em defesa de uma prática educativa voltada ao letramento digital e buscando novas ferramentas de avaliação da aprendizagem, de forma interdisciplinar, a disciplina Leitura e Produção de Textos, oferecida pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, Campus João Câmara, aos alunos do curso de Informática, da modalidade subsequente, desenvolveu o Projeto Geração Blogueira: do blog para o mundo. Oportunamente, “Caindo na rede: do blog para o mundo” compartilha essa experiência, que tornou possível a criação de blogs, diários públicos de atualização rápida, que permitem fundir: imagem, som, textos produzidos pelos alunos e comentários de visitantes, objetivando expor as produções dos alunos, em um ambiente interativo e propenso às práticas sociais virtuais. Reunidos em grupos e criando/personalizando seus blogs sob a coordenação dos professores do curso de informática do Instituto, especificamente, da disciplina autoria web, os alunos utilizaram o laboratório de informática para tornarem reais os experimentos de linguagem, por meio dos quais foi possível transitarem entre variados graus de formalidade da língua portuguesa em diferentes situações comunicativas. Marcuschi (2010) e Xavier (2009), entre outros, são nomes de referência que nortearam as bases desse trabalho. Capacitando Docentes dos Anos Iniciais para o Uso da Informática na Educação / Liane Ferreira da Trindade Mariz (FARN), José Antonio Spinelli Lindoso (UFRN) Este artigo descreve um projeto em andamento que tem como objetivo estudar a capacitação docente para o uso de recursos da informática na educação de crianças do 1º ao 3º ano do ensino fundamental. A acessibilidade e expansão nas formas de comunicação e distribuição de informações, assessorada pelas tecnologias digitais, indicam a urgência de desenvolver programas de capacitação docente capazes de promover a inclusão numa sociedade cada vez mais “tecnologizada”. O desafio da escola hoje é direcionar seus sujeitos a discutirem essas novas realidades, promovendo uma formação em exercício como algo inerente ao cotidiano da profissão docente num contexto onde a comunicação mediada por computadores adentra o mundo cultural, político, econômico e educacional. A discussão anunciada aponta o paradigma Histórico-Cultural onde o homem é ativo social e histórico, a Pesquisa Qualitativa, utilizando-se em primeira instância a Análise Compreensiva do Discurso. Essa metodologia implica na realização de entrevistas gravadas, que não serão transcritas na sua totalidade, e sim ouvidas quantas vezes forem necessárias, retirando os fragmentos mais significativos. Esperamos contribuir com uma transformação nos direcionamentos de capacitação buscando conteúdos que ultrapassem a inércia da teorização descontextualizada e centrem-se em saberes que permitam compreender a dimensão da função docente na sociedade atual. Charges Virtuais e Redes Sociais na Internet: Acesso e Mobilidade / Marcelo Rodrigo da Silva; Flávio Aurélio Tenório de Asevêdo (UEPB) O presente artigo é baseado em estudos desenvolvidos no Mestrado em Literatura e Interculturalidade da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). O objetivo principal é desenvolver uma observação analítica sobre o caráter de independência conferido às Charges Virtuais (CVs) pela internet, em especial por sites de relacionamento e divulgação pessoal a exemplo do Twitter e do Youtube. Será estudado como na rede mundial de computadores, as CVs têm expandida sua mobilidade e liberdade de acesso ao público. Através dos hiperlinks, as CVs – que no http://www.nehte.org/simposio2010 I 73 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem ciberespaço assumem linguagem audiovisual e processam-se como animação – podem ser visualizadas diretamente em sites como estes ou através dos links neles divulgados, que remetem aos sites de origem das charges. Dessa forma, mais que um espaço de escrita de si e divulgação de acontecimentos da vida pessoal cotidiana dos usuários, as redes sociais funcionam como ambiente de promoção, divulgação e partilha de produtos midiáticos como as CVs, que, por sua vez, abordam temáticas cada vez mais numerosas e intertextuais em cada produção, ancoradas na agenda de assuntos em pauta na mídia nacional e mundial. CIBERCULTURA E INICIAÇÃO À PESQUISA: DESAFIOS FRENTE AO USO DE NOVAS TECNOLOGIAS / Rogério José Schuck; Derli Juliano Neuenfeldt; Tania Micheline Miorando; Angélica Vier Munhoz (UNIVATES) O texto tem por objetivo analisar a compreensão que o discente de uma instituição comunitária localizada no Vale do Taquari/RS tem de iniciação à pesquisa, bem como ferramentas com que opera e como se deu sua iniciação à pesquisa enquanto preparação intelectual; instrumentos disponíveis e desafios frente ao uso das novas tecnologias na construção do conhecimento e inserção na Cibercultura. Os dados foram analisados à luz dos autores Lévy (2000) e Demo (2007). Para tanto, buscamos trabalhar dentro de uma metodologia que segue o estudo descritivo, com o método de abordagem indutivo. Fizeram parte da pesquisa 5% dos alunos de cada curso de graduação. Os dados foram coletados através de um questionário, sendo que a tabulação se deu em forma de gráficos. Percebeu-se que há desafios enormes junto à motivação dos alunos para a leitura, assim como questões preocupantes em relação à prática de cópia de textos sem fazer referência clara aos mesmos. Cibercultura, ensino médio e (re)produção do conhecimento frente as novas tecnologias / Derli Juliano Neuenfeldt; Rogério José Schuck; Angélica Munhoz; Tania Micheline Miorando (UNIVATES) Não há mais como uma política de educação, conforme Lévy (2000), não considerar o ciberespaço. “Em algumas dezenas de anos, o ciberespaço, suas comunidades virtuais, suas reservas de imagens, suas simulações interativas, sua irreversível proliferação de textos e de signos, será o mediador essencial da inteligência coletiva da humanidade” (LÉVY, 2000, p. 167). Assim, esta pesquisa descritiva teve por objetivo analisar a forma como a cibercultura se faz presente no cotidiano de alunos, de escolas públicas e privadas, do 3.º ano do Ensino Médio dos municípios de Lajeado, Estrela, Arroio do Meio e Encantado, RS/BRA. Coletaram-se dados com 373 alunos mediante um questionário. Constatou-se que as aprendizagens relacionadas à cibercultura ocorreram por interesse próprio dos alunos em inserirem-se nesse universo. O acesso à internet caminha para a universalização e é a principal fonte de pesquisas escolares. No entanto, prevalece a reprodução do conhecimento, o que requer avanço no uso didático-pedagógico da internet. Para Demo (2007), educar pela pesquisa é um dos grandes desafios da Educação Básica. Comenta que: “O professor deve orientar o aluno permanentemente para expressar-se de maneira fundamentada, exercitar o questionamento sempre, exercitar a formulação própria, reconstruir autores e teorias e cotidianizar a pesquisa” (DEMO, 2007, p. 34). Comunicação gráfica em interfaces de hipermídia de educação a distância via web / Taciana de Lima Burgos (UFRN) O estudo tem como objetivo analisar a comunicação gráfica de leiautes de hipermídia de interfaces voltadas à Educação a Distância via Internet. Tal proposta se justifica pela ampliação da oferta de cursos nessa modalidade e da consequente aplicação de elementos de hipermídia para ensino-aprendizagem. O método de análise envolveu a pesquisa netnográfica, dirigida aos cursistas do Ciclo Intermediário do Programa de Formação Continuada em Mídias na Educação, e a avaliação heurística das interfaces do Ambiente Virtual de Aprendizagem “E-Proinfo” e dos módulos desse Ciclo. Nessa avaliação observamos a aplicação dos atributos de usabilidade e o grau de interatividade de cada interface. Os resultados revelaram uma ineficiente aplicação dos atributos de usabilidade, o que implicou uma consequente redução dos graus de interatividade. Como proposição apresentamos o Design Virtual de Aprendizagem, um modelo leiaute de hipermídia, concebido para gerar usabilidade para os Ambientes Virtuais de Aprendizagem e ampliar a aquisição de letramentos para cursistas e tutores. Essa proposta de desenho de 74 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem hipermídia não objetiva a demarcação de modelos pré-concebidos, mas a proposta de leiaute na qual cada elemento de hipermídia é aplicado com vista a gerar uma navegabilidade intuitiva, mais ágil e eficiente, nesses ambientes. Conexão Aluno e Professor e O Almanaque da Rede / Fernanda Cavalcanti de Mello (SEEDUC/RJ) OsPortaisConexãoAlunoeConexãoProfessor,doEstadodoRiodeJaneiro,sãoveículosdedifusãoedefomentodohipertexto como laboratório de escrita, leitura. Os portais apresentam objetos de aprendizagem, entre games e laboratórios de escrita e leitura que vem merecendo destaque os novos contextos educativos.A presente pesquisa ressalta estes novos gêneros que circulam na escola buscando compreender a recepção dos mesmos por parte dos alunos e sua eficácia para aprendizagem. Dentre os projetos de leitura, o presente relato destaca o Almanaque da Rede que apresenta a metodologia Autoria, hibritizando linguagens, como blog, HQ, Animação e redação. O projeto é um laboratório de escrita presencial e digital, gratuito, aberto a estudantes da Rede Pública do Ensino Médio do Rio Estado do Rio de Janeiro e além da versão online, todos os participantes recebem uma agenda “Blog de Papel” com exercícios de construção de textos, Glossários da WEB2, dicas de cultura digital (buscas, dowlods, blogs, MSN, Twitter, etc.) A pesquisa pretende refletir sobre a realização de atividades veiculadas no Portal como um grande laboratório de Escrita e Leitura, pretendendo compreender a o seu papel na aprendizagem dos alunos e na formação de novos públicos- leitor-autor/autor-leitor. Conquistando a consumidora do mundo atual: o uso da publicidade nos advergames / Patricia M. F. Coelho (PUC/SP) Este resumo é resultado parcial de meu projeto de pós-doutorado em desenvolvimento no Programa de Pós-Graduação em Tecnologias da Inteligência e Design Digital na Puc-SP. O estudo propõe uma análise pautada, na semiótica discursiva e na psicanálise, de três advergames destinados ao público feminino, dois internacionais e um brasileiro, na tentativa de demonstrar: 1) como os jogos eletrônicos constroem possibilidades comunicativas publicitárias distintas das existentes em mídias analógicas; 2) de que modo os advergames seduzem a mulher contemporânea; 3) qual é o diálogo possível/necessário de ser estabelecido entre empresa/consumidora na nova publicidade que se anuncia: a publicidade inter-cognitva. Nos últimos anos, mídias a exemplo da televisão, das revistas e do cinema têm encontrado dificuldades para manter o seu público, seduzido pelas novas formas de comunicar das tecnologias digitais. Atenta a essa mudança, a indústria publicitária, migra suas ações comunicativas para as redes sociais, blogs e, para os jogos eletrônicos. Os games, hoje, já constituem o maior mercado de entretenimento do mundo, possuindo consumidores adultos do sexo feminino. Contribuição para o ensino-aprendizagem de geografia utilizando computador / Liene Frota Chamchaum (CEPA/AL) O presente artigo apresenta uma estratégia de ambientes interativos na educação básica envolvendo a disciplina Geografia, a qual foi aplicada em uma turma de 7º ano, No primeiro semestre de 2010 foram abordados os temas Países e conflitos mundiais, globalização e organizações mundiais. Após apresentação destes temas pelo professor foram propostas atividades complementares aplicando os conhecimentos adquiridos na informática, de forma que os conteúdos da disciplina geografia foram trabalhados simultaneamente. A partir do desenvolvimento dessa ação conjunta ficou evidente que a interdisciplinaridade constitui um pilar para o uso do computador em sala de aula, levando o discente a adquirir conhecimentos, ser criativo, ator de sua própria história e exercer sua cidadania. E, levando o docente a assumir seu papel de facilitador e transformador no processo ensino-aprendizagem. Crianças e computadores: um estudo exploratório sobre a informática na educação infantil no Distrito Federal / Chris Alves da Silva (UCB) Em um momento em que a sociedade procura se integrar às novas tecnologias de informação, comunicação e expressão, este estudo teve como objetivo principal compreender a relação entre crianças e computadores considerando o uso da informática na prática docente dos professores de educação infantil do Distrito Federal, http://www.nehte.org/simposio2010 I 75 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem por meio da análise de situações em que o computador é empregado, da identificação de sua inserção nas rotinas de trabalho e da abordagem das posturas dos professores. Para tanto, em um primeiro momento, foram realizados estudos teóricos sobre a educação infantil, a informática educativa e o uso dos computadores pelos professores. Posteriormente, foram realizadas entrevistas, com professores, nas quais se pôde identificar posturas profissionais que caminham na linha tênue entre querer aprender a utilizar o computador na educação infantil e crenças de incapacidade quanto a utilizar tal recurso em sua prática pedagógica. Os professores revelaram insatisfações em relação ao uso do computador que demonstram o desejo de superar suas limitações pedagógicas, impactando, assim, suas práticas pedagógicas e formando redes de aprendizagem. Cultura e arte em toda parte / Valdelúzia Maria Coelho; Josinéa Alexandre Marinho; Catarina Santos Calado; Maria Amélia da Silva (PCR) O presente trabalho é resultado do projeto desenvolvido na Escola Itinerante de Informática que, através da Secretaria de Educação do Recife, oferece à população cursos de formação básica em informática que visam proporcionar a utilização ampla e integrada das tecnologias da informação e comunicação (TIC). A construção deste plano de trabalho foi promovida de acordo com a Proposta Pedagógica dos cursos para a comunidade da Secretaria de Educação do Recife que prevê, entre outros, a oferta do curso Tecnologia e Cidadania I. Como resultados na execução do projeto, acreditamos ter alcançado a promoção da valorização histórico-cultural do referido Movimento e a compreensão de sua relação com a possibilidade de mudança de realidade social de cada um e da comunidade em que este se encontra. Com a execução do projeto foi observado que os jovens atendidos encontram-se em áreas de baixos índices de emprego formal e valorização social. Cultura, Cidadania e Inclusão Social / Maria Angélica Motta Dórea (UESC) A inclusão digital está estreitamente vinculada à problemática da inclusão social dos menos favorecidos. O poder público está preocupado com a real necessidade de criar condições para que haja maior número de empregos e aumento de renda. Os benefícios do programa de inclusão digital estão recebendo conhecimentos de técnicas e práticas envolvidas no quesito informática, não como um mero conhecimento a mais, e, sim como uma ferramenta útil e prática a ser utilizada nas atividades desenvolvidas nos Centros Digitais de Cidadania.O programa de inclusão digital contribui para melhoria do ensino formal e da educação da população. A exclusão sócio-econômica desencadeia a exclusão digital ao mesmo tempo em que a exclusão digital aprofunda a exclusão sócio-econômica. O programa da inclusão digital é fruto de uma política pública com destinação orçamentária a fim de que ações promovam a inclusão e equiparação de oportunidades a todos os cidadãos. A implantação dos infocentros está especialmente destinada à indivíduos com baixa escolaridade, baixa renda, com limitações físicas e idosos.As ações de inclusão digital estimulam parcerias entre governos (federal,estadual, municipal) empresas privadas, organizações não governamentais ONGs) escolas e universidades. Cultura-mundo hipermediada: uma análise dos usos das redes sociais sob a lógica do hiperconsumo / Alexandre Honório da Silva O artigo propõe discutir a popularização/disseminação das redes sociais como fenômenos hipermediados do consumo contemporâneo e considera estas mesmas redes eletrônicas, enquanto representações simbólicas deste mesmo consumo e que ilustra sua natureza descentralizada e múltipla, bem como enquanto signo dos usos que os sujeitos hipermediados têm feito do que detêm ao alcance de seus usos. Esta é, segundo considera Lipovetsky, “a época do mundo hipermediático, do cibermundo e da comunicação-mundo, estágio supremo, mercantilizado, da cultura”, mas, como o artigo ilustra, é também a época das culturas dos usos, colaborativas e prosumidoras – apropriando-se de uma definição proposta por Carlos Scolari para os sujeitos da hipermodernidade. Curso de Comunicação na Empresa a Distância / Regina Maria Gonçalves Mendes; Rosilene Alves Ribeiro Strecker (PUC/MG) Apresentamos um curso de comunicação, cujo objetivo é capacitar gestores administrativos e funcionários da área no que se refere à comunicação dentro das instituições. A possibilidade de se empregar a internet como recurso de 76 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem comunicação, interação e auto-aprendizagem, como também a possibilidade de o cursista conhecer e praticar as técnicas de comunicação; planejar reuniões, comunicados e palestras para uso nas empresas, evidenciaram a utilidade de nosso trabalho. O curso oferece ainda as técnicas de construir documentos escritos de circulação interna e externa, utilizando a plataforma Moodle. A metodologia utilizada se embasa na abordagem construtivista de Piaget (1978) e na aprendizagem colaborativa em rede Gonçalves (2006), que possibilita ao participante a autonomia de ser o construtor de seus conhecimentos em interação e colaboração com colegas e professores tutores, de forma colaborativa. Esse curso é o resultado de pesquisa realizada em empresas públicas e privadas sobre a comunicação dentro das mesmas, constatando-se a necessidade de uma formação continuada para a área administrativa. Da Enciclopédia à Wikipédia: maximização da concepção dialógica da linguagem no ciberespaço / Ludmila Kemiac; Eanes Torres Pereira (UFCG) No século XVIII, Jean le Rond d’Alembert e Denis Diderot lançaram a Ecyclopedie, precursora das modernas enciclopédias, contendo 28 volumes e 71 818 artigos. O mundo, como se sabe, muito mudou nesses últimos três séculos. A emergência da internet e do ciberespaço, frequentemente definido como “espaço líquido”, “mutável”, nos abisma perante o acesso a um conhecimento que em muito transcende os vinte e oito volumes da Ecyclopedie. Neste artigo, propomos uma reflexão sobre a relação linguagem/conhecimento, a partir da análise de um fenômeno dos nossos dias: a Wikipédia, aqui entendida como uma “enciclopédia hipertextual”. Com base nos estudos de Levy (1999; 200) acerca do ciberespaço e da cibercultura, e com fundamento na visão de Bakhtin (1929; 1953) sobre linguagem e discurso, argumentaremos que o hipertexto maximiza a concepção dialógica da linguagem. Para tanto, apresentamos algumas ideias sobre tal concepção; discutimos as novas relações interativas instauradas no ciberespaço, ao traçar brevemente o percurso que vai da enciclopédia à Wikipédia; por fim, analisamos uma página da Wikipédia, evidenciando que os hiperlinks, ao remeterem a outros hipertextos, a outras ideias, instauram diálogos em tese infinitos, constroem um elo em uma cadeia ininterrupta de palavras, discursos, sentidos. Da rede ao muro, a transposição da escola: a Educomunicação e seus desafios de adequação à sociedade contemporânea / Cláudio Messias (USP) Desenvolvemos, em duas escolas públicas do interior paulista, projetos de recuperação paralela e reforço que constavam da produção de jornal impresso escolar. O ano letivo era 2007 e a prática, educomunicativa. Os desafios maiores fugiram da hierarquização de poder centrada na relação professor/aluno e/ou escola/comunidade. O isolamento das salas de informática, cujas portas e janelas eram trancadas sob grades e cadeados, resumia-se na principal reclamação dos estudantes envolvidos. No ano seguinte a experiência ampliou-se para a rede municipal de ensino de outra localidade da mesma região, envolvendo dez escolas. Desta vez, salas de informática abertas, com monitores e, ainda, desinteresse entre os estudantes. Muito mais que computadores, desejava-se a rede mundial de computadores; as redes sociais. Atendendo-se a esse anseio chegou-se à proximidade entre partes que a Educomunicação naturalmente envolve, quais sejam, escola-aluno-comunidade. Muito mais que produtores de informação no escossistema comunicativo denominado escola, os estudantes, através do site de relacionamento Orkut, foram interlocutores e protagonistas entre o que é fazer e ser notícia. E tudo isso, compartilhando conhecimento. Destacabilidade e axiologia nos hipertextos: um estudo sobre o site do PT / Lílian Noemia Torres de Melo; Virginia Célia Pessoa de Freitas; Rinalda Fernanda de Arruda (UFPE) Este trabalho tem por objetivo investigar como se dá a destacabilidade e a axiologia nos hipertextos, e também, analisar como eles comunicam e (re)acentuam eventos discursivos em detrimento de outros. Para isso, selecionamos cinco links de notícias sobre multas a partidos oponentes ao PT, publicados entre os dias 30/04/10 a 18/07/10 e quatro links de notícias sobre multas para o PT, publicadas entre os dias 05/02/10 e 02/06/10, disponíveis no link “procurar notícia” do site oficial do Partido dos Trabalhadores. Sob a perspectiva dialógica da linguagem de Bakhtin e de seu Círculo, foram analisadas as nuances axiológicas da seleção de informações e da disposição dos links. Os textos de Bakhtin (1993, 2003), Xavier (2007), dentre outros, serviram de aporte teórico para embasar o trabalho. http://www.nehte.org/simposio2010 I 77 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem A análise revela que enunciações de outros sujeitos, além dos líderes do PT, vêm materializadas na interface do sítio virtual, através da seleção de links feita pelos desenvolvedores, que consolidam o posicionamento axiológico dos enunciadores. É possível ainda verificar que a destacabilidade presente nos hipertextos analisados confirma a utilização de recursos que podem conduzir e limitar a liberdade de escolhas de cada leitor. Distanciamento e aproximação no jornal e na web: impressões de leitores e internautas sobre a cobertura jornalística do julgamento do Caso Serrambi / Dario Brito Rocha Júnior (UNICAP) O presente artigo tem como principal objetivo apresentar o resultado de uma pesquisa realizada com um grupo de 50 leitores/internautas que acompanharam a cobertura jornalística do julgamento do Caso Serrambi ocorrida entre os dias 30 de agosto e 3 de setembro de 2010 num jornal impresso e num portal de notícias na web. Com base nos pressupostos teóricos de Lévy, Charaudeau, Jenkins, Toffler e Santaela, investigamos os novos hábitos de leitura de conteúdo midiático e estabelecemos um paralelo com temas específicos, em questionários aplicados a este grupo. Os resultados apontam tendências e inspiram reflexões com temáticas amplas que vão desde a linguagem visual até a repetição de conteúdo, passando por outros assuntos como atualização, conexão entre matérias, crítica e a relação do leitor com o resultado final da cobertura. Educação a distância e sistema tutorial: atividades mediatizadas dos tutores online na perspectiva da ergonomia cognitiva de formação / Martha Kaschny Borges; Samara Nunes Lemos; Julyana Cristina Coelho Martins (UDESC) A pesquisa investigou como os professores-tutores on-line de cursos a distância re-definem suas atividades quando atuam em um dispositivo de formação a distância instrumentado. As questões que nortearam o estudo foram: quem são estes novos atores da educação? Quais as atividades mediatizadas que realizam e como re-definem as tarefas prescritas? O estudo se realizou junto a tutores virtuais de dois cursos de graduação em Letras oferecidos pela UAB e uma universidade federal. O quadro teórico e metodológico utilizado foi o da ergonomia cognitiva em formação. Na primeira etapa realizamos uma revisão bibliográfica em periódicos e eventos especializados acerca das definições de tutor. Os resultados indicaram uma polissemia e diversidade conceitual. A seguir realizou-se uma análise documental a partir de fontes institucionais que identificou as tarefas prescritas aos tutores on-line. Percebeu-se que as tarefas prescritas são principalmente de orientação e supervisão das atividades dos estudantes, além de sua motivação. Na última etapa, se investigou as atividades efetivamente realizadas pelos tutores, a partir de uma entrevista semi-dirigida. Os resultados indicaram que suas atividades são mais numerosas e especificas do que as prescritas, além de apresentarem um caráter tecnológico e administrativo não previstos nos documentos. Educação e tecnologia: o design participativo e os impactos sobre a aprendizagem dos alunos de uma escola pública do recife / Flávia Peres; Leandra Tamiris de Oliveira Lira; Max Rodolfo Roque da Silva (URFPE) A proposta deste trabalho é discutir as implicações do uso das tecnologias sobre a aprendizagem de conceitos científicos, por parte de estudantes do Ensino Médio de uma escola pública, situada em Recife-PE, como resultado do engajamento destes sujeitos no desenvolvimento de material multimídia, bem como de seu consequente uso. Constitui-se como uma tentativa de reflexão sobre a efetiva participação dos usuários finais de tecnologias educacionais durante o seu processo de desenvolvimento. Trata-se de uma pesquisa-ação para realização da qual adotamos uma perspectiva em psicologia e educação de base sócio-histórica, e entendemos a cognição como situada e distribuída entre os sujeitos participantes das atividades, os artefatos do ambiente e o contexto em que se organiza e desenvolve. Em nossa metodologia, utilizamos recursos quantitativos e qualitativos, como: videografia, análise interacional e observação etnográfica; entrevistas com alunos e professores, com vistas à obtenção de informações sobre suas respectivas participações no projeto, e avaliação do processo de aprendizagem. Através do exposto, objetivamos realizar ações no sentido de contribuir para a apreensão de conhecimentos e habilidades 78 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem concernentes ao design participativo, possibilitando, além da construção de material multimídia por professores e alunos, algumas implicações para a aprendizagem de conceitos científicos. Ensino-Aprendizagem de leitura e produção de textos em suporte digital: Uma experiência com alunos de um curso de qualificação de informática oferecido pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte / Flavio Geraldo Oniles da Silva (Ação Social Técnica) O objetivo desta comunicação é relatar uma experiência de ensino-aprendizagem de Leitura e Produção de Textos usando suporte digital, a partir da nossa atuação como professores dessa disciplina na Ação Social Técnica - BH. Nossa fundamentação teórica está nos estudos sobre concepções de língua, letramento, linguagem e ensinoaprendizagem de língua portuguesa e nas teorias de gêneros textuais. Os sujeitos da pesquisa são alunos de duas turmas do curso de qualificação profissional em informática básica, oferecido pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte em parceria com a Ação Social Técnica, que participaram da disciplina no segundo semestre de 2009. Os dados foram coletados a partir de questionários de sondagem sobre hábitos de leitura e escrita, conhecimentos prévios acerca de gêneros textuais e uso da informática, da internet, além de textos produzidos durante a disciplina e ao seu final, quando os alunos puderam refletir sobre seus processos de ensino-aprendizagem de leitura e escrita naquele semestre. As conclusões apontam para uma valorização, por parte dos alunos, dos processos de escrita e leitura em ambiente digital, apesar de, a maioria deles, ter pouca familiaridade com esse suporte. Entre o papel e tela: reflexões sobre as novas possibilidades de leitura / Lílian Arão (CEFET/MG) O sufixo presente no termo letramento nos remete à idéia de um estado resultante de uma ação, o que nos faz pensar no compromisso que a escola deve tomar para si de desenvolver o uso de práticas sociais de leituras e de escrita. No percurso da história das práticas de leitura, vimos que o homem, diante de novas de tecnologias, viu-se na posição de ressignificar seus modos e, por vezes, seus tipos de leitura. O momento atual, em que presenciamos e vivenciamos novas práticas sociais de leitura e de escrita advindas da realidade do ciberespaço, nos propicia a investigação sobre a leitura no papel e a leitura na tela. Nesse sentido, este trabalho tem por objetivo comparar os significados de um letramento já ocorrido e internalizado por jovens leitores, ou seja, a leitura do texto impresso, com esse novo letramento pelo qual esse sujeito está passando, a leitura na tela. Nossa investigação restringiu-se à análise da leitura de textos informativos e literários por meio desses dois suportes. Ao final da pesquisa, pudemos observar que esse novo leitor é seletivo, já que, para ele, o suporte impresso é mais conveniente para alguns gêneros e para outros, a tela. Entre o Virtual e o Real: a transformação do espaço urbano através da EAD em Minas Gerais / Raquel von Randow Portes (UFJF) A cidade, considerada como resultado de manifestações culturais, sociais, econômicas e políticas, é caracterizada principalmente pela centralidade, refletindo seu alto significado simbólico. Um novo paradigma é gerado a partir das novas tecnologias da informação e comunicação: a quebra de fronteiras, o deslocamento da centralidade e o espaço aberto. Uma nova organização social, possibilitada pelo uso das TIC’s, se materializa nos espaços urbanos e se legitima no espaço virtual. O presente estudo busca a compreensão da EAD neste contexto, através, primeiramente, de um levantamento teórico e conceitual relacionado com a temática em questão e, em seguida, uma leitura da ampliação do espaço real e virtual, em Minas Gerais, através das ações do Centro de Ensino a Distância da Universidade Federal de Juiz de Fora. Trabalhamos com a hipótese de que a questão vai além da democratização do ensino, mas também da fixação do sujeito no seu território e da participação mais qualificada deste nas tomadas de decisão. Constata-se, portanto, a necessidade de uma revisão nas formas de ensino, com o intuito de democratizar não só a educação, mas o acesso às decisões, a participação no processo de educação e, por que não, a construção de um novo espaço virtual e urbano. http://www.nehte.org/simposio2010 I 79 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem Entrecruzando Gêneros e TIDCs: contribuições para o desenvolvimento de estratégias comunicativas de ensino aprendizagem / Jackeline Lima Farbiarz (PUC/ RJ), Alexandre Farbiarz (UFF) A civilização global encontra-se em mutação devido, entre vários fatores, à constante inovação tecnológica. As Instituições de Ensino Superior começam a adaptar-se à Portaria 4059 do Ministério da Educação, de 10 de dezembro de 2004, que normatiza que até 20% das disciplinas oferecidas nos cursos podem ser ministradas na modalidade a distância no Brasil. Professores, agentes mediadores da construção social, mesmo na modalidade presencial, incluem em seus programas de curso TDICs – Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação como estratégias de ensino-aprendizagem de aproximação com os alunos inscritos na contemporaneidade. Alerta-se para a demanda por uma inserção das TIDICs que parta de sua conceituação como gêneros virtuais que estabelecem uma inter-relação da linguagem com a vida social e que carregam consigo um conteúdo temático, uma construção composicional e um estilo (Bakhtin, 1979; Swales, 1990 e Marcuschi, 2004). Para tanto, sustenta-se na análise de experiências de construção e uso de ambientes virtuais em disciplinas dos cursos de graduação em Design da PUC-Rio e Comunicação da UFF como estratégia comunicativa de ensino-aprendizagem. Conclui-se que o não entendimento das TIDCs como gêneros virtuais sócio-discursivos pode desestabilizar a estratégia proposta pelos professores, comprometendo a integração das TIDCs com o universo específico da sala de aula. Escritas tecnológicas e produção de objetos de aprendizagem / Márcia de Souza Luz Freitas (IEPG-UNIFEI) A multissemiose existente no ciberespaço exige novas habilidades de processamento textual e atribuição de sentidos à leitura. A deslinearização da estrutura hipertextualizada, própria desse espaço, possibilita a produção, para uso em ambientes virtuais de aprendizagem, de conteúdos que dão suporte ao processo educacional. Dentre o leque disponível de materiais didáticos digitais, a criação de objetos de aprendizagem tem buscado explorar ao máximo os recursos computacionais. Esta comunicação surge como resultado da aplicação-teste de um objeto de aprendizagem desenvolvido para uso na disciplina “Empreendedorismo”, do curso de Pós-graduação lato sensu “Gestão de Pessoas e de Projetos Sociais” ofertado pela Universidade Federal de Itajubá – UNIFEI. Objetiva-se discutir a receptividade de tais objetos, tendo em vista as características que estes devem possuir e ressaltando-se os mecanismos da interlocução necessária à construção tanto de significados quanto de conhecimento, no espaço virtual. Destaca-se que, para a concepção de um objeto de aprendizagem, é preciso reconhecer a importância dos aspectos pragmáticos da linguagem. A construção de uma interface que valorize os aspectos comunicativos é imprescindível para o efetivo sucesso do material digital elaborado. A tecnologia precisa, portanto, articular conceitos relativos à textualidade e ao processamento cognitivo da leitura para explorar os aspectos interativos das interfaces digitais. Espaços de leitura no site da escola, interação e incentivo à leitura / Nirce Aparecida Ferreira Silvério (Prefeitura de Catalão/GO) Objetivamos relatar experiência a respeito de questionamentos sobre o fato de o site da escola funcionar como incentivo à leitura curricular. Apoiamos-nos, teoricamente, na Análise do discurso francesa, em suas proposições sobre arquivo, prática social e discursiva. Relataremos a experiência de incentivo à leitura por meio da discussão a respeito de livros literários no site, observando-se a possibilidade de relacionar esta leitura com teatro e envolvimento dos alunos. O objetivo é verificar se haverá realmente interação, por meio da quantidade de pessoas que acessarão o site, em que lugar e em que condições isto ocorrerá e as repercussões disto na comunidade. A pesquisa ainda está em andamento e esperamos como resultado mostrar a possibilidade de associar o uso da internet como ferramenta de trabalho escolar, de interação, e suas relações com a constituição de arquivos. Estratégias de polidez e preservação da face na interação em blogs / Rita de Cássia S. Santos (UFS) Este artigo pretende apresentar as estratégias de polidez na conversação mediada por computador (CMC) nas interações assíncronas em seção de comentários dos blogs partindo do conceito de Goffman (1981) de preservação da face. 80 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem Para isso, tomo como objeto de estudo postagem feita na coluna de Sírio Possenti para a Terra Magazine. Levanto a hipótese de que a análise dos comentários, por se tratarem de comunicações mediadas por suporte tecnológico, pode proporcionar o afastamento necessário à desnaturalização das estruturas conversacionais internalizadas em relações do cotidiano para observação de estratégias de polidez. Os resultados preliminares apontam para uma confirmação da hipótese aventada. Estudantes x learning objects: uma questão de usabilidade / Marcos Roberto Tenório Souza Filho, Luciana Lopes Freire (Faculdade Senac/PE) Nos últimos anos o Ensino a distância teve um visível crescimento, tornando-se acessível aos mais diversos públicos e lugares. Esses sistemas são compostos por diversas ferramentas que proporcionam interatividade aos usuáriois, entre elas os learning objects. Este trabalho foi desenvolvido a partir da observação direta e análise contextual de estudantes de uma escola pública no interior de Pernambuco sobre a usabilidade de learning objects dispostos em um sistema de E-learning utilizado nas escolas públicas do estado. Estudantes, docentes e tics / Marta Lucia de Souza Celino (UERJ) Nesse início de século a escola é convidada a posicionar-se diante da diversidade cultural do seu público. Pensando nessa pluralidade me propus a investigar os saberes docentes frente à proposta de inserção de tecnologias da informação e da comunicação no currículo de uma escola pública. A pesquisa funda-se nos conhecimentos produzidos no campo de estudos envolvendo juventude(s), docência e mídias, entendendo que conhecimentos de diversas ordens são mobilizados na ação pedagógica, perpassando as práticas sociais e as práticas desenvolvidas na academia. Fazendo uso de narrativas biográficas, procurarei evidenciar o lugar social que as referidas tecnologias ocupam na cultura de docentes do ensino médio de uma escola pública da cidade de Campina Grande/PB. Desse estudo emergirão conhecimentos sobre práticas docentes e sobre os estudantes jovens na contemporaneidade, relevantes para a implementação de um currículo conectado à cibercultura e a desconstrução de representações cristalizadas sobre os jovens estudantes da escola pública – vistos na maioria das vezes como aculturados, arruaceiros, bandidos, marginais, com baixa produtividade acadêmica atribuída à sua condição social. Estudo de caso: @hotelpequenino a aplicação do marketing viral dentro do twitter / Diana Willrich Haas (Contato Mídias Sociais/Agência de Marketing Digital) Este estudo se propõe a avaliar a aplicação de uma ação de Marketing Viral dentro de uma rede social na Internet. O uso cada vez mais frequente de redes de relacionamentos tomam conta das pessoas que utilizam o ambiente virtual para diversos fins. Conhecer o marketing, o relacionamento, o que a geração atual busca dentro do mundo virtual, serão assuntos correntes. O tema do estudo de caso será avaliado a partir deste ponto, assim como as aplicações às reações diante de uma ação dentro das redes, sob a luz das teorias que serão abordadas ao longo do trabalho. A analise de dados irá mostrar a força das redes sociais, quando usadas nas aplicações de marketing. A ação proposta tinha como objetivo inicial conseguir 250 seguidores no Twitter em uma semana e esta marca foi alcançada em 47 horas, usando as teorias de marketing de Kotler e baseado nos estudos de Raquel Recuero e Joel Comm. Estudo para automação de horários escolares em uma instituição de ensino / Marta Cardoso Pina (UNITAU), Marcio Abud (UNESP e UNITAU) Este artigo apresenta uma abordagem sobre os problemas relacionados à confecção de horário escolar em uma instituição de ensino. O problema consiste na alocação do professor por turma, de forma que mais que um professor não seja associado a uma mesma turma em um mesmo horário, e, além disso, todas as restrições envolvidas no problema sejam satisfeitas, como dias da semana e horários desejados, disponíveis, e os indisponíveis de cada professor, além de garantir que a carga horária semanal de cada disciplina, e de todas as turmas, seja respeitada. A complexidade e o tempo gasto na elaboração de horário escolar motivaram a necessidade do desenvolvimento de um programa computacional que automatizasse o processo de desenvolvimento. O presente artigo visa apresentar um http://www.nehte.org/simposio2010 I 81 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem estudo utilizando um algoritmo para automação, que consiste em relacionar os dados entre os professores, disciplina habilitada, limite de aulas e opção de horário que são prioridades para a instituição, com referência aos dados da instituição sobre aos cursos ofertados, disciplinas oferecidas, carga horária, número de aulas semanais, limite de aulas por período e salas de aulas exclusivas e disponíveis. O processo de automatização busca reduzir o número de janelas tanto para os alunos como para os professores, priorizar a escolha de cada docente quanto à disciplina habilitada e sua opção de horário, gerar mesmo que iterativamente, um horário para cada série, um horário para cada professor e um horário para cada sala de aula. Experiência de implantação de um Curso de Produção Textual a Distância / Rosilene Alves Ribeiro Strecker; Regina Maria Gonçalves Mendes (PUC/MG) Empregando a internet como recurso de comunicação, interação e auto-aprendizagem, trabalhamos a adaptação de um curso de produção textual presencial – testado há alguns anos, com bons resultados – em um curso a distância. Nosso objetivo foi o da inclusão social de pessoas que não tiveram a oportunidade de uma boa escolarização. Baseamonos especialmente em Neves (2002) e Campos et al. (2003), que veem na Educação a Distância possibilidades de mudanças não só no que se refere à democratização do acesso à escolaridade e atualização permanentes, como também, no que se refere à adoção de novos paradigmas educacionais e ao advento de novos meios de comunicação. Tais idéias respaldaram nossa proposta de acompanhamento individualizado de cada estudante e, unidas ao estudo de Gonçalves (1994), iluminaram tanto nossos pressupostos construtivistas quanto o da criação de um ambiente de interação, tornando possível a realização de um trabalho de tutoria participativa, que vem sendo capaz de assessorar os alunos no exercício prático da produção textual, com resultados satisfatórios. Experiências em Informática Educativa: desafios emergentes e possibilidades de qualificação do trabalho docente / Karina Marcon (UPF) O objetivo deste artigo é relatar uma experiência empírica da concepção de educadores sobre informática educativa, os desafios que emergem junto da informatização de escolas e as formas de qualificação do trabalho do professor em laboratórios de informática. Após a realização de um curso de formação docente em Passo Fundo/RS, trabalhado sob um âmbito de inclusão digital na cibercultura, sentiu-se a necessidade de acompanhar seus desdobramentos na realidade escolar, visitando as instituições participantes para analisar a prática pedagógica pós formação. Esse trabalho desenvolveu-se na íntegra através de uma dissertação de mestrado, fragmentada em sete categorias. Este artigo traz uma das categorias, intitulada “Importância da informática educativa para os educadores”, dividida em duas subcategorias: “Desafios para o trabalho com computadores” e “Como o trabalho no laboratório de informática poderia ser qualificado”. Assim, através de um estudo de cunho metodológico exploratório, entendemos que é partindo das concepções do professor que as ações dos laboratórios são efetuadas, pois ele determina as atividades realizadas e a forma como as crianças podem utilizar as ferramentas disponíveis, principalmente a internet. Descobrimos que os principais desafios que podem ser encontrados dizem respeito ao despreparo dos docentes em relação ao manuseio dessas tecnologias, relacionado puramente à técnica. Flickr: o papel do ciberespaço na aprendizagem do conhecimento sensível / Simone Brichta (SME/Fortaleza) O trabalho aponta para o papel das redes sociais, em específico do Flickr, acerca dos conhecimentos que originam o construcionismo, como fundamento de inovação pedagógica, mediante experimentações do fazer artístico e estético, visando à inovação educacional no processo de aprendizagem autônoma. Para tanto, são problematizados os potenciais educativos das novas tecnologias, como suporte a novos paradigmas de educação. Nesse estudo, o ciberespaço, é tomado de maneira afirmativa no exercício da linguagem das artes visuais, como forma de educar fora dos muros da escola, pela via estética do conhecimento sensível: intuição, emoção, criação, percepção e sensibilidade. Desse modo, como elemento de transformação nas rotinas do paradigma tradicional de educação, voltando-se para uma educação transdisciplinar, visa formar uma compreensão, partindo da hipótese de que os aprendizes na construção e produção de habilidades da contextualização do conhecimento através de redes sociais partilham do sentir e pensar em interação e intervenção social; desenvolvendo a metacognição na aprendizagem. 82 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem Formação de professores a distância: um estudo de caso em um curso de licenciatura no sertão de Pernambuco / Roseane Nascimento da Silva; Sebastião da Silva Vieira (UFRPE) O presente trabalho tem como tema: Formação de professores a distância: um estudo de caso em um curso de licenciatura no sertão de Pernambuco.Teve como objetivo analisar os principais aspectos que se constituíam enquanto barreiras na dinâmica de mediação didático-pedagógica nos processos de ensino aprendizagem, ocorridos mediante o uso de meios e tecnologias de informação e comunicação (TICs), em um determinado curso de licenciatura. A problemática de nosso trabalho apresentou-se da seguinte forma: qual (is) o(s) principal(is) aspecto(s), apontados pelos sujeitos da pesquisa, que se constitui(em) enquanto barreira(s) para o processo de ensino-aprendizagem, mediante o uso de meios e tecnologias de informação e comunicação (TICs), em um curso de educação a distância? Na pesquisa de campo, realizou-se observação direta no ambiente de aprendizagem do curso e entrevistas semiestruturadas. Os sujeitos da pesquisa foram: professores em formação – os cursistas (total : 30); professor executor de disciplina (total :01); professores tutores de disciplina (total:06). A metodologia vivenciada na pesquisa teve como enfoque o estudo de caso em um curso de licenciatura a distância, ofertado por uma universidade pública, com encontros presenciais, em um dos pólos da UAB, no sertão de Pernambuco. Fórum de discussão e aprendizagem Colaborativa: Foco nas práticas discursivas do tutor a distância / Juliana de Carvalho Barros; Patricia Nora de Souza (UFJF) Este trabalho visa investigar a atuação de uma tutora no fórum de discussão no contexto de ensino a distância. Mais especificamente, identificar e analisar, por meio das práticas discursivas da tutora, estratégias pedagógicas que possam contribuir para a promoção da aprendizagem colaborativa. Embora a literatura saliente a importância dessa contribuição, existem poucos trabalhos que apresentam à tutores/professores subsídios práticos que contribuam para sua atuação nos fóruns de discussão. Teoricamente ancora-se nas postulações de Vygotsky sobre o desenvolvimento e a aprendizagem, teorias precursoras das reflexões sobre a aprendizagem colaborativa. A aprendizagem colaborativa, por sua vez , foi consideradaa partir de sua mediação pelo computador centrandose nos seguintes teóricos: Silva (2006), Pallof & Pratt (2002), Tijiboy et ali (2009), os quais entendem que a construção do conhecimento se dá de forma conjunta e colaborativa. O corpus de análise da pesquisa constituise das práticas discursivas de uma tutora em 6 fóruns de discussão realizados em uma disciplina do curso de graduação em Pedagogia da UFJF /UAB. Os resultados desse estudo apontam estratégias pedagógicas que podem favorecer a aprendizagem colaborativa nos fóruns de discussão, oferecendo, assim, subsídios teóricos e práticos que orientam a atuação dos professores e/ou tutores nos fóruns de discussão. Gêneros digitais no Twiter: um estudo exploratório / Ana Cristina Lobo Sousa; Samuel de Carvalho Lima (UFC) Até que ponto os 140 caracteres como forma de comunicação interferem na atualização dos gêneros digitais no Twitter? O objetivo desta comunicação é analisar o processo de atualização dos gêneros digitais na plataforma Twitter. Nosso referencial teórico consiste em fontes que nos permitem uma melhor compreensão dos fenômenos pertinentes à enunciação e aos gêneros no ambiente virtual, especificamente no Twitter, tais como Xavier (2008); Lobo-Sousa (2009); Recuero (2009); Kress (2010), entre outros pesquisadores. Metodologicamente, realizamos uma pesquisa qualitativa, exploratória, descritiva e interpretativa, utilizando-se de exemplares de tweets presentes na página inicial do Twitter de um dos realizadores desta investigação, preservando as identidades das pessoas/ instituições seguidas. Nossos resultados apontam para a perda de alguns aspectos semióticos dos gêneros digitais quando esses são atualizados na rede social, objeto desta investigação. No entanto, concluímos que o propósito comunicativo e os traços linguísticos são suficientes para podermos recuperar os gêneros, mesmo quando praticados dentro de uma limitação/restrição constitutiva do suporte de realização dessas práticas sociais. http://www.nehte.org/simposio2010 I 83 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem Gêneros textuais, virtuais e redes sociais: práticas de leitura e escrita no ensino médio profissionalizante / José Ribamar Lopes Batista Júnior (CAF/UFPI/UnB), Francisco das Chagas Rodrigues da Silva (UFPI) Para discutir e desenvolver o uso das redes sociais como recurso didático-pedagógico, promovemos, no ano de 2010, um projeto de leitura e escrita com alunos do ensino médio profissionalizante do Colégio Agrícola de Floriano/ UFPI, compreendendo discussões de temas atuais (drogas, violência doméstica, eleições, Enem etc.) através de gêneros textuais, virtuais (e-mail) e redes sociais (blog, twitter e youtube). A metodologia adotada compreendeu leituras e discussões dos temas a partir de gêneros textuais (reportagens, entrevistas, charges, artigos de opinião etc.); troca de e-mails entre alunos e professores para envio, correção e reescritura de textos; elaboração de blogs pelos alunos para divulgar o material produzido; e criação de perfis coletivos no twitter para manter um fórum de discussão e divulgação do processo de planejamento e desenvolvimento do projeto, constituindo um espaço de debate de ideias, críticas e sugestões, bem como de acompanhamento do desempenho de cada equipe pelos professores. Os resultados dessa experiência permitem compreender que o uso das redes sociais configura-se como um importante recurso didático-pedagógico que pode favorecer e facilitar o ensino, possibilitando aprendizagens significativas, a partir de experiências vivenciadas pelos alunos em ambientes cada vez mais utilizados pelos jovens, no âmbito da informática e da Internet. Geração e difusão social de conhecimento nas redes sociais audiovisuais do ciberespaço / Leonardo Silveira Santana (UNEB) Esse artigo é fruto de uma pesquisa em andamento e que encontra-se na fase de discussão teórica. Trata-se de um constructo teórico que busca refletir sobre as possibilidades de produção de conteúdo audiovisual nas redes sociais, suas possíveis implicações sociais e epistemológicas. Para tanto, será utilizada uma abordagem qualitativa, tendo como método de pesquisa o estudo de caso. Essa pesquisa busca investigar como a autoria, o compartilhamento em rede e a interatividade no YouTube podem contribuir para a construção de um processo formativo audiovisual contemporâneo. No intuito de melhor compreender essa dinâmica social do ciberespaço utilizo enquanto lastro teórico para análise e reflexão pensadores como Lévy, Jenkins, Boa Ventura de Souza Santos, Santaella, Mattar, assim como as pesquisas de estudiosos do Programa de Educação e Contemporaneidade da Universidade do Estado da Bahia; a saber: Lynn Alves, Arnaud Lima Jr. e Tânia Hetkowski. Grupo de Estudos Novas Tecnologias e Educação na contemporaneidade / Maria Elizabeth Ferreira; Julyany Guimarães de Menezes; Mariete Santana Nunes Melo (Prefeitura Municipal de Anápolis/GO) O presente estudo trata da tecnologia educacional como um novo paradigma para a educação atual em conseqüência das constantes mudanças tecnológicas que surgem na sociedade e se inovam a cada dia. Diante disso a escola também necessita de mudanças para formar um aluno capaz de atuar na sociedade em que está inserido. o Grupo de Estudos Novas Tecnologias e Educação (GENTE) surge então, como uma proposta para a divulgação das Tecnologias de Informação e Comunicação no ambiente escolar, propondo novos caminhos e direcionamentos frente á globalização. Pretende-se analisar o uso pedagógico do computador nas escolas demonstrando quais temáticas estão sendo exploradas e quais necessitam de maior atenção para a inserção das inovações na educação, numa abordagem qualitativa e pesquisa-ação. O instrumento de pesquisa constituirá de revisão bibliográfica, observação das aulas práticas no laboratório de informática e relato das experiências vivenciadas pelos integrantes do GENTE no seu contexto escolar, permitindo identificar se as habilidades dos educandos estão sendo desenvolvidas pelos modelos atuais de ensino e se há a utilização das novas tecnologias na educação na rede municipal em Anápolis. Hipertexto: os meandros de uma nova escrita / Andréa Márcia Mercadante Alves Coutinho (UCB) O computador, como um novo suporte, e a internet, como uma rede que interliga esses computadores, possibilitaram o surgimento de uma nova produção de textos escritos. Compreender a “reinvenção” da prática de escrita e leitura 84 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem é uma necessidade contemporânea devido às mudanças de postura em face do conhecimento e utilização das mais recentes ferramentas digitais. Advindo da difusão desses elementos linguísticos e tecnológicos, um texto o hipertexto – que, embora não tão novo assim, provocou o surgimento de uma nova concepção de autoria e estilo, nova produção de sentidos, divulgação, organização e exteriorização do pensamento e da imaginação que não encontram equivalência no texto impresso. A questão da autoria/não-autoria, ou do esquecimento do autor único, é objeto de análise para a compreensão do texto (ou textos) e dos percursos que segue um leitor para lê-lo. Tais percursos serão ainda mais diferenciados quando tratarmos dos textos literários que utilizam, hoje, os recursos da construção hipertextual como objeto maior de criação do poético, do ficcional. Hipertexto como possibilidade para a construção de uma educação a distância desterritorializada / Elmara Pereira de Souza (UFBA/NTE16), Nicéia Maria de Figueiredo S. Melo (UESB/NTE16), Eneida Moreira de Brito (NTE16) A proposta desse artigo é refletir sobre a desterritorialização da educação a distância (EaD), através da utilização dos vetores de saída, vetores de crítica, linhas de fuga, onde se encontram os desejos (DELEUZE e GUATTARI, 2007, GUATTARI e ROLNIK 2010), para que reterritorializações possam acontecer e a educação online utilizando o hipertexto e o potencial da cibercultura possa ser constituída como um novo território. As linhas de fuga não indicam fugir da situação, mas “fazer fugir”, explorar os possíveis espaços de desterritorialização. A educação a distância desterritorializada, utilizando recursos como hipertexto, pode favorecer a formação continuada dos professores para o uso das tecnologias digitais na educação com a utilização dos ambientes virtuais de aprendizagem, do ciberespaço. Os pressupostos teórico-epistemológicos estão embasados em Deleuze e Guattari (2009, 2008, 2007) com ênfase nos conceitos de desterritorialização, agenciamento e rizoma e em Bakhtin (2000) no que se refere a dialogismo e enunciação. Os resultados, ainda parciais, indicam que a formação de professores na perspectiva de uma educação a distância desterritorializada deve ser pensada como um processo próprio da cibercultura e, portanto, o hipertexto, a interatividade, a polifonia devem ser inseridos nos processo formativos. Hipertexto: a retextualização digital como prática no ensino da língua escrita / Lucicleide Pena da Silva Mendes (UFPE) O processo ensino aprendizagem da modalidade escrita da língua sempre foi um dos objetivos da escola. Vários estudos têm constatado que os atuais modelos didáticos de ensino não são suficientes para garantir efetividade a essa prática, uma vez que supervalorizam as superestruturas e não ensinam o que de fato faz com que um texto seja um texto. A Lingüística Textual, numa perspectiva interacional de base sociocognitiva, direcionou seus estudos para os fatores de textualidade postulados por Beaugrand e Dressler. Diante da atual dinâmica social de comunicação na qual a apropriação da linguagem hipermidiática é um imperativo, sugerimos, a reflexão sobre o potencial pedagógico do hipertexto no ensino da produção escrita, através do desenvolvimento de uma atividade de retextualização digital, isto é, da transformação da escrita textual para escrita hipertextual. Pois, com base nos estudos de Arantes (2006) acreditamos que, do ponto de vista da produção, o hipertexto parte de uma base linear, não-fragmentada e está sujeito aos mesmos fatores de textualidade que os textos tradicionais. A nossa proposta é, à luz da Informatividade, verificar o desempenho de alunos do Ensino Médio de uma escola pública, na construção de links em uma home Page. Hipertexto: da língua escrita a compreensão do texto não linear: um desafio em sala de aula / Lenise de Melo Dantas Nóbrega (IPEN) A compreensão da ideia de hipertexto, levando em consideração o posicionamento de Geraldo Peçanha Almeida (2007), se dá com o conhecimento de alguns conceitos elementares e a forma como os hipertextos diferem dos documentos em papel, fotocopiados, assim como textos digitados a que estamos habituados a ler. Nessa perspectiva e apropriando-se dos conceitos do autor, como ponto de partida, buscou-se sair do lugar comum, tanto no que se refere à produção dos textos dos professores, ou dos textos trazidos nos livros didáticos, para serem trabalhado em sala de aula, quanto na orientação e compreensão dos alunos no uso dessa nova modalidade de textual. O http://www.nehte.org/simposio2010 I 85 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem hipertexto, portando, como aponta ALMEIDA (2007), é um meio de estruturar um texto de modo que os diferentes níveis de detalhe possam ser acedidos de maneira não seqüencial pelo leitor. No caso desse trabalho, leitores do ensino fundamental I e II. Assim sendo, o objetivo deste trabalho e de permitir que os professores, das séries anteriormente citas, possam desviar o fluxo da leitura dos textos das suas disciplinas para outros conteúdos de disciplinas correlatas, tornando assim, os textos muito mais interessantes e, ao mesmo tempo, levando em conta a transversalidade dos conteúdos trabalhados. Hipertexto: uma ferramenta para construção da aprendizagem na educação a distância / Aline Renée Benigno dos Santos; Reginaldo Amorim de Carvalho; Roziane Keila Grando; Sebastião Sales Bueno Junior (UFSC) O presente texto tem por objetivo principal discutir a importância da linguagem hipertextual na Educação a Distância (EaD), focando o impacto que as tecnologias digitais tem causado na sociedade de ensino atual. Com base em estudos sobre essas tecnologias de comunicação, vimos a necessidade de refletir e analisar o uso do hipertexto como ferramenta de ensino-aprendizagem. Esta linguagem será de grande valia para o estudante como fonte de informação. O uso das tecnologias digitais contribui para aumentar o grau de autonomia e protagonismo do estudante e a eficiência do processo de ensino e aprendizagem. Foram utilizados como arcabouço teórico autores como Santos (2003), Lévy (1999), Kenski (2003), Belloni (2001), entre outros. Hipertextos de conteúdo técnico em língua inglesa: mediações e desafios em atividades de leitura dirigida / Helvia Pereira Pinto Bastos (IFF) O trabalho apresenta as principais questões envolvidas numa experiência de leitura guiada de hipertextos de natureza técnica para alunos dos Cursos Superiores de Tecnologia do IF Fluminense. Essa proposta didática foi elaborada a partir do princípio sociointeracionista de construção do conhecimento, e de encaminhamentos dados pela abordagem instrumental para o ensino e aprendizagem de idiomas. Nesse sentido, as atividades são desenvolvidas de forma a propiciar a colaboração entre os alunos na decodificação e compreensão dos significados, e na aquisição de novos saberes em diferentes tópicos da área de formação. As implicações envolvidas na leitura de textos digitais em língua estrangeira, o uso do tradutor eletrônico, e a função mediadora do professor nas atividades são discutidas. O estudo apresenta, ainda, os resultados do questionário de avaliação da experiência aplicado aos alunos. Hipertextos: múltiplos caminhos para formação de leitores / Cláudio Henrique de Souza Pires; Eloi Pinheiro Miranda (UESB) Este estudo visa a contribuir no desenvolvimento das teorias da Lingüística Textual. Em vista do que vem sendo discutido, muitas vezes numa visão fechada, sem uma reflexão crítica e dialógica que propicie nova abordagem, múltiplas releituras. O texto em sua constituição encontra-se carregado de discursos, produto de várias épocas sócio-históricas, imbricado em diversos contextos, por isso, é plurilinear na sua construção e segundo Koch, “todo texto é um hipertexto”. Buscamos desvendar no site Wikipédia, que nos possibilita diversos links, a materialidade das vozes no texto midiático, percebendo no texto verbal e não-verbal, o processo de criação, desenvolvimento, atribuição de sentido e os significados advindos deles. História do Brasil em jogos para internet / Ana Maria Koch (UFPI) A pesquisa História em jogos: Brasil Colônia propõe a elaboração de séries de jogos (cada série contendo uma média seis de quebracabeças, um de memória, um de caçapalavras ou de 7 diferenças) com temas específicos da História do Brasil. O objetivo é o de editar essas séries na internet para acesso por usuários como recreação e, também, para treinamento de Estudantes do Campus de Picos/UFPI na edição de material em hipertexto. A base teórica adotada, em História, é a da concepção de Narrativa, como apresentada por Paul Veyne em Como se escreve a História. A proposta é a de elaboração de séries de jogos como narrativas curtas, completas em si mesmas, 86 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem implementadas por programas de animação gráfica em informática. A metodologia adotada é a de construção dos conteúdos com auxílio de texto curto e figuras das séries em lâminas de PowerPoint por Estudantes de História, depois copiadas em programas de informática por Estudantes de Sistemas de informação e editadas em programa apropriado acesso em computadores. A pesquisa iniciou em ago. 2009 e as primeiras séries estão sendo editadas em página sediada no provedor da UFPI para acesso por usuários. Imagens de si no Orkut: a construção do Ethos / Márcia Guabiraba Moreira Oliveira Novaes (FAFIRE) A presente pesquisa objetivou analisar e tecer algumas considerações acerca de como se constrói o ethos no ambiente virtual do gênero discursivo Orkut, visto que, com o crescimento e popularização das tecnologias digitais, notadamente a internet, as relações e as formas de interagir socialmente mudaram. Os ambientes virtuais são cada vez mais comuns no processo de interação, ou seja, as relações sociais e culturais fazem parte desse mundo dito virtual. Para nortear a pesquisa e compreender como se dá a construção do ethos, tivemos como aporte teórico principal os estudos e definições de Maingueneau (2008), como também de Amossy (2005), dentre outros teóricos de igual relevância para o trabalho. Após levantamento bibliográfico, estudos, questionamentos e reflexões, foram selecionados dois perfis para análise. Dessa forma, observamos que a construção do ethos no ambiente virtual dá-se de maneira semelhante à dos outros ambientes discursivos, pois, as intenções propostas pelos interlocutores são as mesmas, os objetivos na elaboração da imagem têm as mesmas perspectivas. Assim, implícita ou explicitamente, de acordo com suas escolhas linguísticas, revelando suas crenças e ideologias, os autores dos perfis constroem uma imagem na intenção de conseguir o maior número de admiradores possível nesse ambiente. Informática na educação numa escola estadual de Sergipe / Josivan dos Santos Moura (IFS) O presente trabalho expõe os resultados de uma pesquisa realizada numa escola de Sergipe. O objetivo da pesquisa foi investigar a aplicação da tecnologia na educação no Laboratório de Informática da escola através da observação e do acolhimento de dados. Não obstante investigamos também as relações de mediações pedagógicas que acontecem na escola entre professores e alunos a partir do uso do laboratório. A motivação pela pesquisa surgiu por conta da emergência de se investigar a aplicação da tecnologia na educação e, nessa perspectiva, saber sobre a concepção teórica de informática na educação para a educação no contexto pesquisado. Finalmente, o que há em questão: informática na educação ou, simplesmente, educação com informática? Este questionamento foi a âncora que norteou o problema da pesquisa, que se faz importante também pela emergência de haver estudos, que investiguem justamente os aspectos que permeiam a problemática da inserção da tecnologia na educação, não apenas como um conjunto de tecnologias (computador, Internet e software educativo etc.) que se aliam ao educar por modismo, mas, acima de tudo, como uma forma de transformar os processos educacionais. Assim, potencializa a produção do conhecimento. Interação ou interatividade no Nave Erem CD: um estudo de caso / Joana D’Arc Vitória da Silva (FAFIRE) O presente trabalho tem por objetivo caracterizar a interação ou a interatividade para potencializar a aprendizagem dos estudantes, nas mediações docentes com o aparato das Tecnologias da Informação e Comunicação no Núcleo Avançado de Ensino de Referência em Ensino Médio Cícero Dias. Para tanto, utilizou-se o aporte teórico de Silva (1998) e (2001), Behrens (2004) e (2009), Dias e Filho (2003), Bonilla (2002), Tardif e Lessard (2008), Masetto (2004), dentre outros teóricos citados no presente trabalho. Caracterizou-se como uma pesquisa qualitativa, e mais especificamente, um estudo de caso, baseado em observação das aulas e aplicação de questionário. A análise dos dados indicou haver uma maior ocorrência de mediações docentes pautadas sob a perspectiva da interatividade, contribuindo assim com a autonomia e criticidade, potencializando a construção de conhecimentos por parte dos estudantes. http://www.nehte.org/simposio2010 I 87 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem Interatividade, afetividade e redes sociais na produção de notícias em portais na web / Diógenes D’Arce Cardoso de Luna (UFC/Cariri) Redes sociais e portais de notícias de grandes empresas de comunicação tecem relações por intermédio de seus usuários na base da cooperação e da interatividade. No contexto dos processos de convergência midiática, da consolidação de um crescimento vertiginoso no número de acessos, de usuários e de conteúdos, além da relevância social dos “ciber-ambientes” de socialização oferecidos pelas redes sociais, certos modelos teóricos pelos quais o jornalismo costuma se pautar em suas práticas de produção de notícias devem ser revistos. A interação está na base do contrato de comunicação nas mídias digitais. Para o momento, conjeturar, pela revisão da análise, outrora efetuada, do portal de notícias JC Online acerca de tais questionamentos torna-se oportuno. O objetivo maior é entender as dinâmicas que animam as interações entre conteúdos provenientes de usuários de redes sociais e os portais de notícia, ampliando o entendimento da qualidade dessas interações. Interferências da linguagem digital na aquisição do português escrito / Fernanda Maria Almeida dos Santos (UFBA) A inclusão no mundo digital oportuniza ao sujeito experimentações, desafios e novas possibilidades de usos sociais da leitura e escrita. Nesse sentido, o presente trabalho propõe uma discussão sobre as interferências da linguagem digital na aquisição do português escrito; ao analisar como o uso da linguagem digital pode intermediar as práticas de letramento infantil, tornando-se um fator de diversidade linguística e causando interferências na aquisição da escrita. O referencial teórico do trabalho concilia as teorias enunciativo-discursiva de Bakhtin e sociointeracionista de Vygotsky com os estudos/análises de Araújo, Coscarelli, Freire, Kato, Marcuschi, Ribeiro, Soares e Xavier, entre outros, sobre leitura, escrita e letramento digital. Argumenta-se, através da análise do contexto educacional em Santo Antonio de Jesus-BA (pelos métodos da Análise Contrastiva e Metodologia Analítica dos Estudos Comparativos de Frequência de Ocorrência), que o uso da linguagem digital favorece o processo de letramento; pois possibilita o uso social e concreto da escrita. E, embora a linguagem usada pelas crianças santantonienses nos diferentes gêneros de textos digitais influencie a escrita empregada por elas em gêneros não-digitais, essas crianças apresentam boa desenvoltura na leitura e escrita; comprovando que os recursos digitais podem operar como importante instrumento pedagógico no processo de ensino-aprendizagem da escrita. Internet e oralidade: uma aproximação / Fernando Felício Pachi Filho (FITO) Este trabalho visa mostrar como o conceito de oralidade pode ser usado para análise de uma mídia como a Internet. Para tanto, o primeiro passo consiste na reavaliação de teorias que se estabeleceram sobre a oralidade em obras como as de Zumthor e Ong. Nesse sentido, dedicamo-nos à análise do texto digital em contraposição ao suporte impresso. Temos assim um texto facilmente manipulável, que pode circular em redes. Em seguida, avaliamos a Comunicação Mediada por Computador (CMC), buscando estabelecer aproximações com o conceito de oralidade. Assim como ocorre em culturas orais, o texto é instável e construído pela interação. Internet: possibilidades de leitura emergem na educação / Rosângela Pontes Carvalho Gomes (UFCG) As tecnologias digitais têm propiciado com os espaços cibernéticos modos de ler e escrever numa visão flexível e não linear da interação. O hiperleitor com as diversas possibilidades de leitura pelo hipertexto navega produzindo vozes na organização social digital e construindo saberes autonomamente. Nessa trilha via internet, nós outros, articuladores de conhecimento precisamos explorar esse novo universo das tecnologias digitais de informação e comunicação. Precisamos tornar funcional a utilização dessas tecnologias na educação, com o letramento digital, como possibilidade para aquisição de conhecimento. Contudo, presenciamos no Programa de Formação Continuada Mídias na Educação um distanciamento entre propostas pedagógicas realizadas pelos cursistas/professores e a funcionalidade da integração dessas mídias ao cotidiano da sala de aula. Com isso, objetivamos reflexionar sobre alguns dos resultados obtidos no ciclo básico de extensão, numa perspectiva pragmática discursiva, com o olhar voltado para a interação entre formação continuada, Leitura e as Mídias. 88 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem Introdução à Informática no curso de Letras: formação e uso da tecnologia no ensino / Aliete Gomes Carneiro Rosa (UFRPE) Este trabalho tem por objetivo discutir a disciplina Introdução à Informática no curso de Letras. Esta procura atender às necessidades atuais da formação do futuro professor de línguas que deve discutir as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) no processo ensino-aprendizagem e as implicações de seu uso na Educação. Precisa ver as TICs como fonte de dados para a pesquisa, como recurso didático e também como meio de construção do conhecimento. Tem a função de introduzir os discentes no conhecimento do mundo virtual e discutir possibilidades de usos para o ensino. Dentre essas possibilidades estão o uso de objetos virtuais de aprendizagem (OVA) a serem aplicados em atividades de leitura, literatura, escrita, sistematização linguística, oralidade, letramento, uso de redes sociais. Discutiremos tais questões a partir de Silva e Almeida et al (2006), Silva (2008), Pais (2005), Moran, Masseto e Behrens (2000) que tratam respectivamente do ensino de língua e a virtualidade; a inserção das novas tecnologias na educação; informação, conhecimento e ensino; e mediação pedagógica e o da tecnologia. Introdução Crítica ao Direito à Saúde: formação de redes sociais de saúde na América Latina / Rossana Mary Fujarra Beraldo; Mirian Barbosa da Silva (UnB) O presente trabalho tem como objetivo compartilhar no âmbito das redes sociais a elaboração, planejamento, implantação e avaliação do curso Introdução Crítica ao Direito à Saúde, parte integrante da Série O Direito Achado na Rua, iniciada na década de 80. O Curso foi oferecido pela Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) em parceria com o Centro de Educação a Distância da Universidade de Brasília (CEAD/UnB) e com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Destinado a um público diversificado com participação de procuradores, promotores, estudantes das áreas de Direito e Saúde, lideranças de movimentos sociais, agentes sanitários e outros, o curso obteve ampla aprovação na avaliação de seus indicadores de qualidade, com índice de satisfação geral de 91,40%. Devido a excelência e ampla aprovação do projeto, haverá nova oferta com 800 vagas para o Brasil. A ampliação dessa rede social acontecerá em 2011 com adesão dos países da América Latina em oferta para 40 mil alunos vinculados aos movimentos sociais e redes de movimento da América Latina. Isso pode ser postado ou não? .... O blog enquanto ferramenta didáticopedagógica / Williany Miranda da Silva (UFCG) Esse trabalho pretende descrever a viabilidade da utilização do blog como uma ferramenta didático-pedagógica, relacionando-o não só a um espaço virtual que dá visibilidade a gêneros e eventos comunicativos variados, produzidos pelos alunos, durante a disciplina de Prática de Leitura e de Produção de textos, mas a um recurso que legitima as práticas didáticas inerentes ao ensino-aprendizagem. Assim, nossa investigação é norteada pela seguinte pergunta: Que tipo de dificuldades e limitações o Blog se impõe enquanto duplo recurso destinado a um fim diferente do que fora originalmente atribuído? Baseado em Valente (1993), Guimarães e Dias (2006) e Neto (2006), dentre outros, que abordam o uso da tecnologia da informação e as novas estratégias de ensino/aprendizagem para a sala de aula, nossos resultados iniciais apontam para importantes constatações: Dada a natureza dinâmica, interativa e específica para a manutenção de interesses coletivos, o Blog, criado com finalidades didático-pedagógicas, assume um caráter de relato multifacetado de práticas letradas que dependem dos objetivos iniciais em que se apóia o administrador do espaço, diferentemente da definição do senso comum, que o considera como um diário pessoal, e dos colaboradores que legitimam as práticas letradas para além do letramento escolar. Juventude Rural e Cibercultura: a inclusão digital é ainda um sonho / Maria Salett Tauk Santos (UFRPE) O texto analisa as apropriações do Projeto de Inclusão digital IPA Conectado pelos jovens estudantes de escolas públicas de Pernambuco. A hipótese central do estudo aponta para evidência de que a inclusão digital da juventude rural vai além das apropriações das tecnologias da informação e comunicação. O controle das esferas virtuais, por parte dos jovens, depende do acesso ao controle das esferas reais, das condições materiais concretas do ambiente onde vivem e atuam. http://www.nehte.org/simposio2010 I 89 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem Leitura e compreensão de textos por parte de universitários surdos estudantes de EaD online: limites e possibilidades / Gláucia Renata Pereira do Nascimento (UFPE), Laerte Leonaldo Pereira (SEDUC/PE) AsTecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) têm dado aos surdos mais oportunidades de socialização e, recentemente, têm oferecido a esses indivíduos meios de profissionalização, dando-lhes acesso à universidade através do Ensino a Distância (EaD) online. Como tudo o que é novo, entretanto, nos cursos de graduação a distância para surdos, há aspectos que merecem atenção para a obtenção de bom êxito. Um desses aspectos vincula-se aos modos de organização linguístico-discursiva de textos didáticos para EaD online, nosso objeto de interesse. As dificuldades de leitura dos surdos (GOÉS, 1996; QUADROS, 1997) exigem tratamentos específicos dos textos didáticos para que eles desenvolvam a autonomia requerida pelo EaD. Este trabalho é parte da pesquisa que desenvolvemos sobre a organização linguístico-discursiva de textos didáticos para ambientes virtuais de ensino-aprendizagem (AVEA) para surdos. Identificamos aspectos de um texto-base de um curso de Letras a distância que podem facilitar e que podem dificultar a compreensão dos surdos, através de uma testagem realizada, no Recife, com 15 surdos, alunos de um curso de Letras a distância. Os resultados indicam a ocorrência de mais elementos dificultadores do processamento textual por parte desses indivíduos. Esta pesquisa se apoia em Xavier (2004), Fernandez (2009) e Belizário (2006). Leitura em Multimodos: as affordances no processo de interação em portais públicos / Ranielli Azevedo (PUC/MG); Ana Elisa Novais (CEFET/MG) Este trabalho apresenta reflexões referentes a uma pesquisa que procurou averiguar os processos de leitura, interação e construção de sentido de um grupo de estudantes de uma instituição pública de ensino superior em Minas Gerais com o Portal da Transparência do Governo Federal. Ligando o conceito de multimodalidade da semiótica social desenvolvida por Kress (2004) com os estudos de Coscarelli (1999) sobre a leitura em ambientes digitais, construímos o embasamento teórico para orientar e desenvolver nossa pesquisa. No trabalho de observação, pudemos compreender melhor o funcionamento da interação do leitor/usuário com o conteúdo de portais públicos. Na pesquisa, foram levantados fatores interessantes que influenciam o processo de interação, dificultando ou contribuindo com a compreensão leitora em páginas hipermidiáticas. Ao analisarmos a importância do fucionamento harmônico da tríade autor/texto/leitor na interação pela leitura, para que não sejam criados entraves à semiose, constatamos algumas lacunas deixadas por cada elemento participante do processo de interação. Essas lacunas apontam para questões que ainda precisam ser repensadas, para que seja atingido um nível de leitura eficiente em ambientes com o grande número de affordances, como é o caso dos portais públicos na Web. Leitura nos gêneros digitais: abordando as fanfics / Larissa Cavalcanti (UFPE) Com a intensificação de práticas comunicativas adaptadas à recursividade das novas tecnologias e do ambiente online - os gêneros digitais - a relação entre consumo e produção de textos naturalmente mudou. Embora não se possa afirmar com certeza, as fanfics devem ser tão antigas quanto os próprios textos ficcionais. Sua popularização ocorreu em meados de 1960, com o programa televisivo Star Trek e hoje é fenômeno global, com produções que abrangem de livros a programas televisivos, animações e filmes. Nossa intenção é discutir a articulação do fanfic em sua concepção digital e as implicações desta concepção para a leitura. Para isso nos apoiaremos teoricamente em Bezerra (2009), Magnabosco (2009); Padrão (2007); Xavier (2004) e analisaremos exemplares do gênero, em seus suportes (dois grandes sites publicadores de fanfics, um de natureza internacional e outro nacional). Preliminarmente, apontamos que os fanfics são de natureza diversa e permitem o diálogo de obras de diferentes semioses, fazendo uso da intersemiose, bem como da intertextualidade em situações diversas. Letramento Cultural em seu Eixo Oficina Musical: Hibridismo entre conhecimento científico-midiático e a Arte do Som / Emanuela Francisca Ferreira Silva; Andréa de Lourdes Cardoso Santos (Conservatório Estadual de Música Mto. Marciliano Braga) As mídias digitais podem ser trabalhadas como potencial pedagógico na prática do dia a dia escolar e/ ou como auxiliares na formação cultural e social dos alunos. A oficina de formação musical, que é parte integrante do 90 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem Projeto Letramento Cultural - que ocorre no CEFETMG campus Varginha desde o ano de 2007 e, é destinada a todos os alunos do campus como atividade extra escolar, oferece aulas de violão e canto. Essa oficina teve a internet como instrumento para a escolha de seu repertório, que abarcou peças de diversos estilos e épocas musicais. Pesquisando em diversos sites, os alunos construíram um programa coletivo, posto que foi organizado em caráter comunitário e democrático. Após a escolha e montagem do repertório, a oficina musical teve início em março de 2010, com aulas semanais que propiciaram além da socialização, apresentações internas como a abertura do IV Salão de Profissões do Campus VIII – Varginha. O principal objetivo dessa oficina é reintegrar sensibilidade e técnica, proporcionando ao aluno da Educação Tecnológica formação que hibridiza o conhecimento científico-midiático a valores culturais e humanos encontrados na música, que são propícios ao desenvolvimento transdiciplinar. Ao tocar um instrumento musical ou cantar, o aluno tem sua formação trabalhada de maneira holística, em que arte e emoção compartilham o espaço tecnológico, utilizando o hipertexto como ferramenta auxiliar no resgate da produção cultural. Letramento Digital como prerrogativa Social: um estudo baseado nas sete competências de Bruce / Ana Márcia Abreu Martins de Paiva O “Letramento Digital” é entendido como um direito das pessoas na sociedade contemporânea. Este trabalho objetiva dar subsídios para promoção da capacidade dos indivíduos em buscarem informações e aprendizagem, com consciência crítica, criatividade e análise das reais possibilidades que elas trazem para seu cotidiano, além de participação social mais ativa e inclusiva. Visando apresentar diretivas que possam subsidiar o letramento digital na construção da autonomia no acesso e uso da informação e contribuir para o conceito de Letramento Digital, para além do uso de recursos computacionais, foi feita uma revisão bibliográfica que aponta para a Cidadania e considera o Letramento Digital um degrau para a Inclusão Social. Os conceitos e premissas para a competência informacional foram analisados em uma pesquisa amostral que retratou que o acesso não é a garantia de desenvolvimento das competências informacionais e o desenvolvimento da autonomia no uso da informação. Para elaboração do instrumento de pesquisa foram explorados os níveis de competência informacional descritos por Bruce (1997). Os resultados apontam para uma promoção do Letramento Digital em pessoas que podem demandar e produzir novos conceitos, novas opiniões e novas demandas criticamente mais elaboradas e, em consequência, promover uma melhoria qualitativa em cadeia: os educadores. Letramento digital e o processo de escrita escolar: uma abordagem linguística da prática de escrita em blogs / Raquel Wohnrath Arroyo (UNESP) Este trabalho tem como objetivo geral estudar o processo de produção textual escrita escolar, mediante análise comparativa entre produções infantis escritas em papel e em um blog (“diário”) da internet. Procura-se investigar como a heterogeneidade da escrita é mostrada nesses dois modos de enunciação, e refletir sobre a possibilidade de mudança(s) linguística(s), em nível textual e discursivo, decorrente(s) da mudança de suporte material e de interlocutor. De uma perspectiva teórica que privilegia os estudos da Escrita, da Enunciação e do Discurso, acreditase que o conjunto do material, formado de produções textuais escritas de crianças na faixa etária de 07 a 09 anos, matriculadas em escola de Ensino Fundamental de São José do Rio Preto (SP), permitirá observar a heterogeneidade constitutiva da interação verbal nos dois suportes, mas o foco da pesquisa é analisar essa interação no blog, pois, acredita-se que essa prática de escrita pode colocar em evidência práticas letradas/escritas relacionadas com o contato (direto e/ou indireto) que o aluno estabelece com a esfera das novas tecnologias, presentes nas práticas sociais de comunicação nas quais os sujeitos estão inseridos. Letramento digital na educação pública: novos olhares, novas práticas / José Carlos Leandro (UFPE) O presente trabalho aborda a discussão emergente em torno da utilização progressiva das novas tecnologias, em especial, do uso do computador por adolescentes que aprendem a manusear com grande desenvoltura tais http://www.nehte.org/simposio2010 I 91 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem recursos tecnológicos. Os acessos ao computador considerados na pesquisa foram on-line e se processaram a partir do laboratório de informática da escola e dos Telecentros existentes no bairro. Uma vez com acesso às novas ferramentas de comunicação (MSN, E-mail, Blog, Flog, Orkut etc.) a grande parte dos adolescentes tem se auto-capacitado a manusear essas ferramentas on-line, mediada pelo uso das Tecnologias Digitais da Informação e da Comunicação (TDIC), com exímia desenvoltura. Na aplicação do instrumento de coleta de dados, foram selecionadas as perguntas que permitiam aos participantes expressar por escrito suas respostas de uma forma livre de qualquer influência. Como conseqüência das novas tecnologias de comunicação, o termo letramento passou a ser chamado, ou melhor, ressignificado, por pesquisadores das áreas de educação, comunicação, sociologia e literatura, de letramento digital. Falar em letramento digital implica, portanto, “abordar práticas de leitura e escrita um tanto diferentes das formas tradicionais de letramento” (Xavier, 2002). Esse novo leitor possui habilidades para fazer usos conscientes da diversidade de gêneros textuais que circulam socialmente. Letramento digital nas interações online: análise dos fóruns de discussão do programa de formação continuada em mídias na educação / Rosana Sarita de Araújo; Luis Paulo Leopoldo Mercado (UFAL) O estudo investiga como os níveis de letramento digital interferem nas interações online em fórum de discussão, tem como objetivo descrever as características do fórum de discussão e as habilidades necessárias para interagir nestes qualitativamente. Categoriza os níveis de letramento digital em fórum de discussão, a partir do domínio de habilidades necessárias para o uso desta ferramenta de interação online. Analisa os níveis de letramento digital apresentados pelos cursistas nos fóruns desenvolvidos ao longo do Programa Mídias na Educação, os materiais de estudo dos cursistas que subsidiaram as reflexões propostas nos fóruns e os dados coletados com a aplicação de questionário com a amostra dos cursistas. O estudo indica que o letramento digital implica na composição de novos gêneros digitais e de novos eventos e práticas de letramento; que a educação online é potencializada pelo uso de ferramentas e ambientes interativos e que o fórum como espaço de interação é marcado pelo diálogo e pela aprendizagem colaborativa. A análise dos dados permite concluir que o nível de letramento digital do cursista interfere na dinâmica e na qualidade de sua interação nos fóruns de discussão, de modo que quanto maior for seu letramento digital, mais relevante serão suas intervenções. Letramento digital: traçando o perfil dos alunos do curso de letras / Marta Furtado da Costa (UFPB) Observamos que novas perspectivas de interação estão sendo ditadas pelos avanços das tecnologias digitais. Esse novo panorama sugere mudanças no conceito de letramento, uma vez que para ser considerada letrada, uma pessoa precisa ser capaz de atribuir sentido a mensagens produzidas através de variadas fontes de linguagem. Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo traçar um perfil dos estudantes do curso de Letras da Universidade Estadual da Paraíba, da cidade Campina Grande-PB, no que diz respeito ao uso das tecnologias digitais dentro e fora do ambiente acadêmico. Para cumprir o objetivo exposto foi aplicado um questionário aos alunos do primeiro período do curso Letras em turmas do semestre 2010.2, das habilitações de Língua Portuguesa, Língua Inglesa e Língua Espanhola. Os dados obtidos através dos questionários aplicados foram analisados à luz das discussões propostas por Araújo (2005, 2007), Dionísio (2002), Marcuschi (2002) e Xavier (2002, 2008, 2009). Concluímos que apesar das tecnologias digitais fazerem parte da vida dos alunos do curso de Letras em suas atividades diárias, o uso das mesmas ainda não atingiu o mesmo status nas atividades acadêmicas. Letramento e Multimodalidades / Karina Ferreira de Oliveira (PUC/MG) A sociedade atual está inserida em um contexto social em que não basta apenas codificar e decodificar letras, mas sim, interpretar, interagir e relacionar com os modos particulares da escrita, ou seja, de responder às demandas que a sociedade atual vem exigindo. A estes modos particulares de se interpretar a escrita, damos o nome de práticas de letramento (Street, 1984). Este trabalho vem abordar o tema letramento multimodal, que são práticas 92 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem que envolvem as tecnologias como imagem, som, desenho e cores que auxiliam e complementa textos tradicionais, ou textos digitais, como exemplo, o hipertexto. O objetivo desta pesquisa é compreender e investigar como os professores de escolas particulares desenvolvem o letramento multimodal. A pesquisa foi desenvolvida em duas entidades escolares particulares situadas no município de Poços de Caldas no interior de Minas Gerais. Utilizouse o método de pesquisa qualitativa de cunho etnográfico como desenvolvido por Street (1984) e entrevista semi-estruturada que foram aplicadas a quatro professores. Por meio de teorias de autores como (Street, 1984, Soares, 1999), entre outros que serão abordados no decorrer desta pesquisa, pude chegar a considerações que dos quatro professores entrevistados somente um dos professores possui conhecimento prévio sobre as práticas de letramento multimodais. Letramentos plurais e tecnologias da informação e comunicação: impactos da função social da leitura e da escrita nos meios digitais, além dos muros da escola / Úrsula Nascimento de Sousa Cunha (UNEB) Esta comunicação tem por objetivo refletir sobre a concepção de letramento em uma época dominada pelas Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) e como essas ferramentas têm influenciado as manifestações culturais de grupos sociais e suas identidades, através de um processo de justaposição cultural, característica da cibercultura, e a polifonia do discurso e sua aceitação social, representada pelas metonímias oriundas de manifestações culturais de vozes silenciadas na própria agência escolar. Para isso, foram analisadas poéticas de alunos e de alunas da EJA II, EIXO IV, da Escola Estadual Régis Bittencourt, localizada em um bairro periférico da cidade de Feira de Santana, Bahia, disponibilizadas no blog da escola. Espera-se, com esse trabalho, suscitar o debate sobre a função social da leitura e da escrita, também nos meios digitais, os impactos que esses mecanismos de representação exercem sobre seus interlocutores – em sua maioria, afrodescendentes, classe social desprivilegiada e pertencentes às localidades marginalizadas no contexto citadino –, além dos hibridismos culturais, os descentramentos da identidade e, ao mesmo tempo, a heterogeneidade da cibercultura. Deseja-se também perceber como as TIC equacionam-se como elementos potencializadores para a construção de textos, que evidenciem o descortinar da escrita sobre si mesmo, além dos muros escolares. Licenciatura em computação: uma possibilidade de mudança na educação (?) / Osmar Quim (UNEMAT) Este trabalho tem por objetivo tecer alguns apontamentos iniciais sobre nosso objeto de pesquisa: o licenciado em computação – a epistemologia desse professor, os aportes teóricos epistemológicos que dão sustentação ao seu trabalho pedagógico. Para tanto, partimos de uma reflexão maior sobre o processo de implantação da informática nas escolas e da formação do professor para trabalhar com essa tecnologia. As questões envolvidas nesse processo são muitas, desde as estruturais até as pedagógicas, porém centramo-nos nessas últimas, tendo como foco o licenciado em computação, pois ao que parece, serão estes os responsáveis mais diretos para estabelecer a relação da informática com a educação nas escolas. Observando a política de informatização das escolas, a participação e formação do professor nesse processo, buscaremos chegar ao licenciado em computação, sua formação e sua prática, a fim de atender ao nosso questionamento, qual seja, a epistemologia por ele utilizada em sala de aula, como norteadora do processo ensino-aprendizagem. Acreditando que a mudança pedagógica só ocorre com a mudança epistemológica e tendo como suporte teórico o cognitivismo piagetiano, será por meio da observação da prática do licenciado em computação que buscaremos identificar a espistemologia por ele utilizada. Link: um recurso de transposição didática em módulos virtuais do programa de formação continuada mídias na educação / Patrício de Albuquerque Vieira (UFCG) Elemento próprio do hipertexto, o link promove a abertura para outros textos, levando o hiperleitor a um espaço exterior discursivo. Em módulos virtuais, é freqüente o uso desse dispositivo digital com formas enunciativas e funções diversas. Nesse contexto, o presente trabalho tem por objetivo analisar o papel dos links como um http://www.nehte.org/simposio2010 I 93 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem recurso de transposição didática no Módulo Básico TV e Vídeo do Programa de Formação Continuada Mídias na Educação, um curso direcionado a professores da educação básica de todas as disciplinas. Os dados, analisados com base nos pressupostos teóricos de Cavalcante (2005), Lévy (1999), Marcuschi (2000), Xavier (2005 e 2009), entre outros, revelam que os links presentes nesse módulo pretendem ilustrar o conteúdo abordado e ampliar o conhecimento do professor cursista e que o uso desses dispositivos parece ser justificado devido ao espaço limitado para a abordagem dos conteúdos. Literatura discutida na web: algumas reflexões a respeito do compartilhamento de saberes / Adriana Sales Zardini (UFMG); Lília dos Anjos Afonso (UFPB Virtual) Nos últimos anos, o avanço da internet tem favorecido a vida das pessoas. No campo da educação esta transformação também é visível. Muitos profissionais já utilizam os recursos de computadores e da internet em suas aulas, apesar que muitos professores e alunos ignoram os benefícios que os computadores podem lhes oferecer para o ensino e a aprendizagem. Na área da literatura, podemos observar também um crescimento. As possibilidades que a internet oferece para a literatura são muitas, como: livros digitais gratuitos, sites e blogs especializados, listas de discussão, fóruns on-line e até mesmo sites de relacionamento são usados com a finalidade de discutir literatura. É interessante pontuar que, mesmo fora do ambiente escolar, as pessoas discutem literatura na internet de maneira bastante engajada. No Brasil, temos alguns exemplos de comunidades virtuais discutindo literatura, como é o caso do Fórum da Jane Austen Sociedade do Brasil, que tem produzido discussões bastante frutíferas sobre a obra da autora. Sendo assim, o objetivo deste trabalho é avaliar as razões que levam as pessoas a discutirem literatura na internet e tentar entender porque motivos algumas desistem no meio das discussões. Os dados fazem parte de um questionário apresentado aos participantes do fórum JASBRA, com a função de melhorar a interação entre os participantes e tentar reduzir as dificuldades enfrentadas. Livros didáticos de língua portuguesa: o tratamento dado aos materiais textuais relacionados às novas tecnologias digitais da informação e comunicação / Roberta Varginha Ramos Caiado (UFPE/UNIVERSO); Artur Morais (UFPE) Nossa pesquisa teve por objetivo identificar e analisar a presença e as possíveis situações de uso dos materiais textuais relacionados às novas tecnologias digitais da informação e comunicação (TDIC) em Livros Didáticos de Português (5ª a 8ª série), aprovados pelo Programa Nacional do Livro Didático de 2005 e de 2008. Concordando com Batista e Rojo (2005), entendemos que o manual didático representa uma oportunidade especial de acesso gratuito à leitura e à escrita dos mais variados gêneros textuais e constitui um conjunto de possibilidades de ensino, a partir das quais a escola seleciona seus saberes, os organiza e os aborda. Examinando todas as coleções aprovadas pelo PNLD 2005 e 2008 identificamos aquelas que se propunham a trabalhar com as novas TDIC. Tendo localizado oito coleções que atendiam ao critério mencionado, estabelecemos categorias de análise. Constatamos um predomínio de textos (de gêneros variados) extraídos de sites da internet, bem como indicações de sites para pesquisa, ao lado de uma presença muito reduzida de e-gêneros, produção de e-gêneros e “linguagem digital”. Os dados apontam, portanto, que a realidade digital apresenta, ainda, baixa representatividade nos manuais didáticos que acompanham o cotidiano do trabalho do professor e do aluno em nossas escolas. Lógica, Informática e Comunicação: o Orkut integrando a aprendizagem no Campus Sertão da UFAL / Felipe de Paula Souza (UFAL) A Universidade Federal de Alagoas, com sua interiorização, propôs a constituição de um projeto pedagógico diferenciado, dividindo os cursos em troncos e eixos, buscando valorizar a interdisciplinaridade. Diante de tal realidade, no Campus Sertão, atentou-se para a possibilidade de utilização do Orkut como integrante da aprendizagem dos discentes. A partir da experiência da disciplina Lógica, informática e comunicação, diversos casos de coletivos inteligentes passaram a existir no Campus e a colaborar com o aperfeiçoamento da assimilação das temáticas discutidas. Trazer à tona tal experiência tem como objetivo fundamental refletir a respeito da 94 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem potencialidade de se utilizar redes sociais na educação – através de uma aprendizagem colaborativa, rompendo com a visão utilitarista que diversos discentes têm dessas ferramentas como mero entretenimento. Com mais de uma centena de alunos participando ativamente da comunidade, o resultado da experiência tem sido enriquecedor, sendo comum encontrar depoimentos que referendam a percepção a respeito da mudança de visão, observada entre os discentes, sobre as potencialidades do meio. Luz, câmera, ação: uma prática educomunicativa para a cidadania na rede municipal de ensino da cidade do Recife / Giselle Maria Carvalho da Silva; Márcia Nogueira Gonçalves (SEEL/PCR) Este relato de pesquisa descreve o projeto Comunicação Jovem desenvolvido na Rede Municipal de Ensino do Recife com estudantes na faixa etária de 12 a 14 anos com a finalidade desenvolver atividades de educomunicação. O projeto de entrevistas e reportagens visa promover a inclusão social e digital dos estudantes e incentivar a produção de texto, proporcionando o desenvolvimento critico e criativo do autores de forma dialógica a partir da construção coletiva de entrevistas e reportagens e da produção de mídias (áudio, vídeo, imagem). “A criança tem direito à liberdade de expressão. Este direito compreende a liberdade de procurar receber e expandir informações e idéias de toda a espécie, sem considerações de fronteiras, sob forma oral, escrita, impressa ou artística ou por qualquer outro meio à escolha da criança.” Art 13 - Alínea 1 (Convenção sobre os Direitos da Criança). Nos dias de hoje já não se pode continuar pensando em uma escola encerrada entre quatro paredes e completamente desvinculada do processo de comunicação (Gutierrez, 1978). Mais além da “voz inexpugnável”: estado da arte em tecnologias hipermídia aplicadas á personalização e à interação social em museus virtuais / Marcelo Sabbatini (UFPE) Como instituições mediadoras da cultura envolvidas na educação, os museus ao mesmo tempo que exibem uma resistência organizacional previsível às mudanças de qualquer natureza também buscam adaptar-se ao novo contexto sócio-tecnológico marcado pelos vários impactos das tecnologias de informação e comunicação e pela pós-modernidade. A partir destas premissas, exploramos como as tecnologias de hipermídia estão sendo utilizadas pelos museus virtuais, entendidos já como forma de complementar as ações de suas matrizes “reais”, em dois campos: a personalização e a contextualização da visita, seguindo uma lógica de subjetividade, e a interação social, na forma de visitas cooperativas, de comunidades virtuais e de redes sociais, operacionalizando a lógica da sociedade-rede. Em seu conjunto, estas iniciativas responderiam à exortação de um novo papel social dos museu, capaz agora de reconhecer a multiplicidade de “vozes” presentes na sociedade e assumindo um papel de destaque no fomento da participação democrática. Mapas conceituais na educação a distância: uma análise sob a ótica da Complexidade / Cristiane Freire de Sá (IFSP - Pró Reitoria de Extensão), Fabiana Cristina Gonçalves Ribeiro (CEFET/RJ), Lidia Bravo de Souza do (IFSP - Campus Guarulhos) A utilização de mapas conceituais tem sido uma prática recorrente para o desenvolvimento de estratégias de aprendizagem em disciplinas e cursos na modalidade a distância. Essa abordagem orienta-se pela teoria da aprendizagem significativa, de David Ausubel, articulando estratégias para aprendizagens colaborativas. Entretanto, torna-se válida uma compreensão do uso de mapas conceituais na aprendizagem online, apoiando-se na teoria da complexidade como uma proposta para novos estudos, conforme o presente artigo pretende contribuir. Este trabalho propõe uma compreensão do uso de mapas conceituais fundamentando-se numa abordagem complexa. Estudos que integram outras perspectivas de uso de mapas conceituais, como os estudos de Moreira (2007), também são abordados. Ressalta-se a importância da pesquisa sob a ótica da complexidade (MORIN, 1999) e seus operadores, em vista da relevância que a teoria possui na aprendizagem. É realizada uma revisão bibliográfica pertinente ao tema e uma pesquisa qualitativa. Um software para elaboração de mapas conceituais proporciona a análise dos conhecimentos a serem desenvolvidos em uma disciplina de nível técnico, a distância, ofertada pelo http://www.nehte.org/simposio2010 I 95 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem IFSP (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo). Aplica-se uma abordagem complexa ao mapa conceitual, a fim de validar as contribuições pedagógicas dessa estratégia. Material didático de literatura em ambiente virtual: um estudo sobre o portal “Centro de Referência Virtual do Professor”, do governo do estado de Minas Gerais / Érica Cristina dos Santos (CEFET/MG) Esta pesquisa tem como objetivo analisar o material didático de língua portuguesa para o ensino médio disponibilizado no Centro de Referência Virtual do professor – um portal educacional do governo de Minas Gerais que oferece recursos de apoio ao professor, além de contribuir para o letramento digital dos educadores ao propor a utilização das novas tecnologias da informação e comunicação nos processos de ensino e aprendizagem. Estão sendo realizadas pesquisa documental e bibliográfica, assim como entrevista semiestrutrada com a responsável pelo portal, com o objetivo de obter dados sobre o acesso ao portal. Como fundamentação teórica, estão sendo utilizados os estudos de Coscarelli sobre letramento digital, os de Paulino, sobre ensino de literatura, e os de Batista, sobre conceito de material didático. Pode-se afirmar que o material desse portal atribui ao professor um papel mais ativo no processo de ensino-aprendizagem. Destaca-se, ainda, o número elevado de acessos ao portal, o que aponta para um novo perfil de professor: com um certo nível de letramento digital, para quem o livro didático não é mais o único, ou principal, material didático utilizado. Espera-se contribuir para a discussão teórica sobre o ensino de literatura e o aprimoramento desse material. Material didático de literatura para o ensino médio disponibilizado no portal do ministério da educação e cultura / Simone Cristina Menezes Salgado (CEFET/MG) A pesquisa proposta tem por objetivo analisar o material didático de ensino médio, referente aos estudos literários, postados por professores no link “Espaço de aula - sugestões de aula”, do “Portal do Professor”, um dos sites disponibilizados pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC). O portal educacional apresenta-se como um espaço interativo para troca de experiências entre professores do ensino fundamental e médio, com recursos virtuais que propõem facilitar e dinamizar o trabalho desses. Como referencial teórico, estão sendo utilizados Carla Viana Coscarelli, com relação a Letramento Digital; Maria das Graças Rodrigues Paulino, sobre o ensino de Literatura e Antônio Augusto Gomes Batista, voltado para material didático e livro didático. Será realizada uma análise documental e bibliográfica para avaliar a transposição dos conhecimentos literários, práticas de ensino e letramento digital do professor no material estudado, além de entrevista semiestruturada. Pretende-se verificar se aquilo que o professor apresenta no portal é apenas uma reprodução digital do material impresso ou há mudanças, atualizações e adequações para a web. Espera-se contribuir para a discussão no campo teórico sobre o ensino de literatura e o aprimoramento do material disponibilizado para o professor em ambientes virtuais de ensino. Mediação da informação em ambientes virtuais de aprendizagem: colaborações da ciência da informação para educação a distância / Raul Marques Leite de Souza; Eneida Santana; Robélia Velame (UFBA) Apresenta o processo de construção do conhecimento estabelecido em um fluxo informacional de organização, acesso e armazenamento, potencializado por meio das tecnologias de informação e comunicação (TIC). Visa estabelecer uma ponte entre a Educação à Distância e a Ciência da Informação, no que se refere à mediação, como ferramenta de colaboração no Ambiente virtual de aprendizagem (AVA). Caracteriza-se por um estudo exploratório, com base em levantamentos teóricos acerca das temáticas envolventes. Elege-se a interação entre sujeito e a informação disponibilizada nos ambientes virtuais de aprendizagem, através de ações, estratégias e competências da educação à distância. Abordagem recorre sobre a mediação da informação, área de estudo e colaboração da ciência da informação. No que se refere aos resultados teóricos, propõe-se analisar os conceitos convergentes e as perspectivas atuais acerca do tema. 96 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem Mediação e aprendizagem colaborativa na EaD: um estudo a partir da percepção dos estudantes da especialização em EaD na UNEB / Elaine dos Reis Soeira (IFBA) É notória a expansão da educação a distância online, porém muitos cursos continuam baseados no paradigma da distribuição da informação, reduzindo a interatividade, a hipertextualidade e a aprendizagem colaborativa, já que não incorporam as potencialidades comunicacionais das TIC. Para além da qualidade dos materiais didáticos e do AVA, a mediação realizada pelos tutores constitui-se num dos aspectos relevantes para a construção da aprendizagem colaborativa. No intuito de entender a relação da aprendizagem colaborativa com a mediação dos tutores à distância, o presente estudo foi proposto e desenvolvido em torno da seguinte questão: como os estudantes do Curso de Especialização em EaD, da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), percebem a relação entre a mediação tutorial e a construção de aprendizagens colaborativas no AVA, através da interface Fórum? O estudo de caso foi amparado pelo uso de um instrumento de coleta de dados (questionário) elaborado nos parâmetros da escala Likert, aplicados aos estudantes do Pólo presencial de Lauro de Freitas (BA), distribuídos nos grupos G5 e G6. Os resultados apontam para a necessidade de repensar a questão da mediação dos tutores no Curso de Especialização em EaD, principalmente nas interfaces que possibilitam a interlocução de todos os participantes. Mídia e tecnologias na educação: modos de aprender e ensinar / Vera Lucia Spacil Raddatz (UNIJUI) Este estudo, baseado nos fundamentos da educomunicação, aborda a questão de como a mídia e as tecnologias de informação e comunicação estão presentes no processo de formação de crianças e jovens. Por meio do desenvolvimento do Projeto de Pesquisa “Mídia,Tecnologias e Educação: modos de aprender e ensinar”, analisamos como os estudantes estão adquirindo conhecimento e observamos como a mídia e as tecnologias influenciam esse processo. Hoje, a mídia causa um impacto muito grande nas percepções dos cidadãos sobre o mundo e é nesse contexto que a escola tem se mostrado um lugar importante para que essa temática seja debatida, propiciando o amadurecimento das idéias e a compreensão mais profunda da temática. Vislumbramos como resultado desse estudo o desenvolvimento de processos e dinâmicas, a partir da comunicação, que possam auxiliar professores na tarefa de educar com o uso da mídia e das tecnologias de comunicação e informação. Este estudo aproxima áreas diferentes do conhecimento, numa perspectiva de que a educação e a comunicação podem contribuir diretamente para o exercício de uma cidadania mais crítica e responsável. Midias digitais, Internet, Baixa visão... Qual a história de ensino possível? / Dilma Maria de Mello; Aline Accioly Sieiro (UFU) Esta comunicação tem como objetivo expor e problematizar o ensino para alunos com deficiência visual, especificamente baixa visão, considerando as possibilidades que as mídias digitais e a internet podem oferecer. Um dos participantes desta pesquisa foi um aluno do sexto ano do ciclo básico, de uma escola localizada no Triângulo Mineiro. Esse aluno, cuja experiência é discutida nesta apresentação, caracteriza-se como um nativodigital e utiliza a internet diariamente para realização de suas tarefas escolares, além de outras atividades as quais se expõe e é exposto. Para atingir o objetivo proposto, partimos de duas questões de pesquisa: a) Que história de ensino é possível para esse tipo de aluno quando as mídias digitais e a internet ainda não são propriamente aliadas do fazer docente na sala de aula presencial? b) Que outra história de ensino e aprendizagem é possível e quais as suas implicações para a inclusão de alunos com baixa visão no processo de aprendizagem escolar? O caminho teórico-metodológico percorrido para o desenvolvimento desta investigação foi a pesquisa narrativa, conforme sugerido pelos autores canadenses Jean Clandinin e Michael Connelly. http://www.nehte.org/simposio2010 I 97 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem Mídias e educação infantil: desafios contemporâneos / Dilton Ribeiro do Couto Junior (UERJ) Este texto apresenta parte dos resultados de uma pesquisa vinculada a um projeto institucional do Programa de Pós-Graduação em Educação da UERJ, e tem como objetivo conhecer o trabalho que professoras da educação infantil vêm realizando com as mídias massivas e pós-massivas na sala de aula. Para tanto, adoto a perspectiva teórica dos Estudos Culturais latino-americanos, que me auxiliam a compreender, sob a ótica das mediações sociais, a reapropriação que as audiências fazem dos produtos culturais massivos. Além disso, as contribuições de autores como Lucia Santaella e André Lemos sobre as mídias pós-massivas me permitiram entender como os sujeitos rompem com o pólo da emissão, fazendo com que todos sejam ao mesmo tempo consumidores e produtores de informações na web. Diante disso, pude realizar entrevistas semi-estruturadas, dentro e fora do ciberespaço, com sete professoras que atuam na educação infantil. Os relatos das professoras apontaram que as práticas pedagógicas mediadas pelos artefatos tecnológicos atraem mais a atenção das crianças, embora ainda haja a insatisfação na forma como as mídias são utilizadas na sala de aula. Um dos desafios levantados a serem enfrentados é a maior promoção entre a cultura escolar e as práticas culturais das crianças com os artefatos tecnológicos. Mídias Sociais e Educação Profissional / Daniel Augustin Pereira (UDESC) Tendo em vista o crescimento do uso das mídias sociais na comunicação entre as organizações e seus públicos-alvo, o presente trabalho tem como objetivo identificar o impacto dessas mídias junto às comunidades interna e externa do Instituto Federal de Santa Catarina. O Instituto Federal é uma organização pública de ensino que atua no eixo da educação profissional e tecnológica, oferecendo desde cursos de qualificação profissional até pós-graduações. Para tal, considera-se a comunicação como uma ferramenta estratégica para as organizações (PORTER, 1996; KAPLAN, 1993; DELORS, 1998) e, ao mesmo tempo, as mídias sociais como uma tendência e evolução no processo de relacionamento entre organização e público-alvo (QUALMAN, 2009; SAFKO, BRAKE, 2009; WEINBERG, 2009). O trabalho caracteriza-se como um estudo de caso e utiliza-se de etapas qualitativas – entrevistas semi-estruturadas – e quantitativas – questionários fechados junto às comunidades interna e externa. Com a pesquisa ainda em andamento, espera-se identificar quais as mídias sociais utilizadas pela instituição apresentam indicadores positivos nas ações de comunicação e que influências e dificuldades estas mídias promovem nessas ações. Mobilidade, conectividade e imersão na cultura digital: a transformação no município de Caetés, com o PROUCA / Thelma Panerai Alves; Maria Auxiliadora Soares Padilha; Húrika Fernandes de Andrade; Leonardo Bernardo de Morais (UFPE) O trabalho trata dos impactos causados pela chegada de mais de quatro mil laptops educacionais - provenientes do Projeto Um computador por Aluno - na vida de professores e alunos das escolas públicas do município de Caetés. Nosso objetivo é relatar a transformação ocorrida no município, onde poucos alunos e professores sabiam manusear laptops e nem imaginavam as possibilidades pedagógicas dos mesmos. Os pressupostos teóricos do presente trabalho se apóiam no socioconstrutivismo de Vygotsky.Visitamos também autores como Castells, Lèvy, Freire, Palloff e Pratt e Morin. A metodologia se baseou, inicialmente, na observação aos alunos tanto nas escolas como na praça – que possui wireless e concentra um grande número de novos internautas; depois, em uma entrevista com a secretária de educação do município; e, por último, em um trabalho orientado com 7 grupos de professores, num total de 60 professores das escolas públicas de Caetés. Os resultados revelam entusiasmo, satisfação, criatividade e avanço dos alunos no uso dos laptops; revelam, também, que os professores apresentam dificuldades em relação ao uso pedagógico destes instrumentos e não se sentem preparados/seguros para assumir suas novas atribuições. Modos diferenciados de ensinar e aprender no ambiente virtual / Marcelo Mendonça Teixeira; Tiago Gomes (UM) As sociedades têm passado por grandes mudanças ao longo dos anos causadas pela influência dos avanços tecnológicos em todas as esferas sociais e áreas do saber. Vive-se a era do online, onde as novas compreensões de tempo/espaço conferem um novo status à educação, por meio essencialmente do fenômeno da socialização do conhecimento que 98 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem ocorre em escala global, num ambiente de partilha de experiências, informações, vivências e aprendizado em rede. Nesse sentido, a utilização de recursos educativos multimídia podem trazer múltiplas vantagens para o ensinoaprendizagem. No entanto, é necessário saber selecioná-los e saber integrá-los em contexto socioeducativo. Na tentativa de superar essa necessidade, surge o “Portal de Avaliação: Software Educativo Multimídia e Jogos Eletrônicos” na Universidade do Minho (Portugal), como um repositório de avaliações que estimula a partilha de experiências entre utilizadores numa ambiente virtual colaborativo. Como uma abordagem sistémica que integra várias funções do processo educativo, esse portal vem a constituir modos diferenciados de ensinar e aprender, possibilitando a oportunidade de se produzir conhecimento por novas vias. O presente trabalho objetiva apresentar os contributos do Portal de Avaliação para a comunidade acadêmica da Universidade do Minho, e para Educação online. Multiplicadores de núcleos de tecnologias estaduais: repercussão da formação na prática nos laboratórios de NTEs e escolas públicas estaduais de pernambuco / Priscilla Silvestre de Lira Oliveira; Maria Auxiliadora Soares Padilha (UFPE) O presente trabalho investiga a prática dos professores multiplicadores dos Núcleos de Tecnologias Estaduais. Uma vez que é importante compreender como as Tecnologias de Informação e comunicação estão presentes no cotidiano desses professores e nas escolas públicas de Pernambuco. Para isso, é interessante entender como os multiplicadores veem sua prática pedagógica aperfeiçoada pela participação em um curso de especialização em Informática educativa, promovido pelo governo do Estado em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco. Assim, houve a localização destes sujeitos das duas turmas e a análise dos títulos das monografias dos profissionais, buscando compreender a relação, ou não dos títulos com a Informática Educativa. Além de estudar a partir da metodologia de história de vida dos pesquisados, como o curso contribuiu para a atuação destes como multiplicadores. Palavras-chave: Formação de professores, Informática educativa, Prática pedagógica. Netnography e MROCs: pesquisas qualitativas na era das redes sociais / Giselda dos Santos Costa (UFPI) Esta comunicação tem como objetivo trabalhar com os conceitos básicos da Netnography e Market Research Online Comunities–MROCs como metodologia de pesquisa qualitativa em redes sociais, com base em dois estudos de casos nos campos da sociolinguística e da antropologia cultural que utilizam dados coletados por meio das interações nas comunidades online (Bartl et al., 2009; Kozinet, 2010 ). O público alvo desta comunicação são alunos, professores e pesquisadores que visam conhecer métodos qualitativos definidos para explorar a forma como usamos a internet e, mais especificamente, as comunidades online, utilizando as premissas básicas da tradição etnográfica tanto como observador ou participativo da rede social (Bilgram,V et al., 2010). Objetiva-se, ainda, despertar nos participantes o interesse pelo desenvolvimento de projetos, utilizando esses métodos em suas pesquisas no mundo virtual, pois com o crescimento das redes sociais, a comunicação mediada por tecnologia tem, agora, um lugar de destaque na investigação em vários campos científicos. Novas tecnologias aplicadas na elaboração de material instrucional online / Adriana Dallacosta (DECEx/EB), Giselle Cazetta* (UFF), Sérgio Guedes (UFRJ), Luciana Nunes Ferreira (UFRJ) O cenário de expansão da EaD apontam a necessidade de atenção aos requisitos de qualidade, como descrito nos referenciais de qualidade para a Educação Superior a Distância do MEC, tendo como base a composição de um projeto pedagógico estruturado, a docência e a produção de material didático, que “...deve desenvolver habilidades e competências específicas que possam mediar a interlocução entre o estudante e o professor”. Esse artigo apresentará ferramentas disponíveis na Internet que podem ser utilizadas na elaboração de materiais didáticos que facilitem o diálogo entre aluno e professor: vídeos anotados, do Youtube; Udutu; Ispring; Wiki; Blog; Podcast; Dandelife e SecondLife. Apresentaremos os materiais instrucionais elaborados utilizando estas ferramentas, como eles podem ser utilizados em cursos online e os resultados alcançados. http://www.nehte.org/simposio2010 I 99 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem Novas tecnologias da informação: os desafios do futuro imediato / Ana Cristina Gomes da Penha (Universidad Del Mar) As transformações que vêm ocorrendo no mundo contemporâneo, motivadas pelo incremento, desenvolvimento e aplicação das novas tecnologias, conduziram à passagem da Sociedade Industrial para a chamada Sociedade Informacional. Os novos desafios implicam respostas eficazes face aos impactos que a Sociedade da Informação impõe. Essas mudanças têm um reflexo visível na escola, como instituição responsável pela formação dos novos cidadãos. O conhecimento, hoje, tem data de validade. Entramos em uma sociedade que exige uma atividade de formação profissional permanente e de aprendizagem. Nesse contexto, parece emergir um novo paradigma organizacional em que se alinham inovações de toda ordem, incluindo-se novas relações de trabalho. Este estudo trata da formação dos docentes implementada pela Secretaria de Educação, Esporte e Lazer do Recife, no período de 2005 a 2008, e objetiva contextualizar, com base em Tardif, como os saberes docentes são mobilizados diante destas novas perspectivas de trabalho. O olhar freiriano sobre as TICs e a educação a distância / Avanisia Maria Souza; Jaqueline Alves de Lira (CESAC/PE) Analisar a Formação de Professores na modalidade EaD: conceitos, ferramentas, ambientes de aprendizagens, papéis do professor e aluno, aspectos históricos, legislação, dificuldades, avanços e projetos. A partir de pesquisa bibliográfica, estou a investigar o olhar de Paulo Freire sobre a temática em apreço. Ensinar a distância é democratizar o saber. Freire defendeu o uso do rádio no processo de alfabetização (Freire, 1994, p.143) e o uso de meios agregados – televisão e rádio. Segundo Gadotti, houve momentos em que Freire fez uso prático da tecnologia. (Freire et al, 1987, b, p. 20). Ao acolher positivamente os avanços tecnológicos, não deixou de se posicionar de modo crítico à utilização de novas tecnologias. Freire disse: “Faço questão de ser um homem do meu tempo. O problema é saber a serviço de quem e de quê, a informática estará na educação brasileira.” (CALADO, 2001, p 27). A Pesquisa encontra-se em fase de iniciação através de uma abordagem qualitativa, usando como instrumento de pesquisa entrevistas semi-estruturadas e a pesquisa documental. O trabalho de investigação será nos municípios de Santa Cruz do Capibaribe, Surubim e Caruaru. O (hiper)texto e suas implicações no ensino / Valfrido da Silva Nunes (UFAL) O presente trabalho versa sobre o (hiper)texto e suas implicações no ensino, cuja finalidade é conceituar, caracterizar e analisar o hipertexto em suas diferentes abordagens – do impresso ao virtual –, destacando suas estreitas relações com o texto escrito. Além disso, faz uma abordagem da didatização desses conceitos, lançando um olhar sobre a realidade da escola, para quem esta discussão, apesar das suas relevantes contribuições, ainda se mostra desafiadora. Os fundamentos teórico-epistemológicos do trabalho ancoram-se na Linguística do Texto, precipuamente a partir da leitura de textos de Koch (2008; 2009), Marcuschi (2001; 2009), Possenti (2004), dentre outros. O referencial teórico ainda é composto pelos PCNEM (2002), bem como estudos de Lobo-Sousa (2009), Araújo (2003) e Xavier (2002; 2004). Constituindo-se de uma análise qualitativa de alguns hipertextos, este estudo torna-se significativo em virtude de as implicações das novas tecnologias no ensino serem um fato, cujas evidências são visíveis dentro e fora da escola. O auxílio didático do software Cabri-Géomètre como uma proposta alternativa para o ensino e aprendizagem da geometria / Antonia Elioneide Alves de Oliveira; Antonio Dimas A. Machado; Francisco Kelsen de Oliveira, Redomarck Barreira Cunha (UECE) A pesquisa em questão trata da influência do computador no ensino da matemática, dando especial ênfase ao uso do software Cabri-Géomètre. Teve-se como objetivo maior identificar as possíveis contribuições do referido software no processo de ensino e aprendizagem da geometria em uma escola pública estadual de ensino médio. Para dar suporte a análise a cerca da temática, aplicou-se um questionário, com perguntas relativas ao ensino 100 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem e aprendizagem mediado por recursos computacionais. Analisando os dados coletados como a participação em cursos sobre o uso pedagógico do computador e a utilização dos recursos computacionais nas aulas de matemática; percebeu-se que o ensino da geometria no ensino médio ainda é muito deficiente. Entre os fatores que influenciam este fato, podemos destacar a formação do professor, ou seja, não obtiveram uma formação capaz de articular a prática da informática educativa com as aulas ministradas. O Cabri-Géomètre é um instrumento didático valioso na formação de indivíduos mais autônomos, criativos e questionadores, pelo fato de proporcionar ao estudante a oportunidade de fazer conjecturas, testar suas convicções, melhorar sua visualização plana e espacial. O blog como ambiente de reflexão filosófica na escola: A nova Ágora Virtual / Luciano Tavares Torres; Márcio Silveira Lemgruber (UFJF) Este trabalho tem como objetivo refletir acerca da importância do computador/internet e seus ambientes de relacionamento, em especial o blog, no ensino-aprendizagem de Filosofia do 6º ao 9º anos do ensino fundamental. Para tanto, buscamos analisar os argumentos dos alunos, postados em um espaço virtual destinado à disciplina, por meio do estudo das técnicas argumentativas realizado pelo teórico da argumentação Chäim Perelman e sua parceira Lucie Olbrechts-Tyteca. A pretensão é refletir sobre a experiência de criação de um espaço argumentativo por meio do computador/internet, via blog, em que o discente tem a possibilidade de exercer a escrita reflexiva e dialógica, com a intenção de forjar teias de argumentos filosóficos propícias à persuasão, à heterogeneidade, à autonomia e à pluralidade de teses e opiniões. Importa-nos salientar que enxergamos na prática argumentativa no blog, um meio de tensionar o diálogo reflexivo, coletivo e compartilhado. Deste modo, as análises dos argumentos postados no dito espaço virtual nos permitem considerar tal ambiente como um lugar de mediação, de embate de idéias, reflexão, participação e democracia e, por isso, tomamos a liberdade de denominá-lo metaforicamente de Ágora Virtual. O celular como ferramenta tecnológica: produção audiovisual no ensino A distância telessala / Sebastiao Severino da Silva; Sebastiao da Silva Vieira (Prefeitura Municipal de Itapissuma/PE) O presente trabalho tem como tema: “O celular como ferramenta tecnológica: produção audiovisual no ensino à distância telessala”. Teve como objetivo discutir a importância do uso do celular como ferramenta tecnológica e educacional na produção audiovisual no ensino a distância - telessala. Como metodologia foi utilizado um estudo quali-quantitativo, requer a utilização de um estudo mais próximo da realidade do sujeito. Outro instrumento de pesquisa utilizado na pesquisa foi o cinema documentário, como fonte de pesquisa e ensino das ciências humanas e sociais. Esse gênero cinematográfico pode, também, significar para realizadores, estudiosos e espectadores uma prova da “verdade”, uma vez que trabalha diretamente com imagens extraídas da realidade. É comum se imaginar o filme documentário como a expressão legítima do real ou se crer que ele está mais próximo da verdade e da realidade do que os filmes de ficção. A ferramenta utilizada para filmagem e criação do recursos audiovisuais foi um celular. A problemática a ser discutida é como o celular pode ajudar pedagogicamente na criação dentro da sala de aula de recursos audiovisuais. O computador e o telefone celular no processo ensino-aprendizagem da educação física escolar / Dianne Cristina Souza de Sena; Taciana de Lima Burgos (UFRN) O presente trabalho enfoca o uso do computador e do telefone celular como ferramentas de ensino-aprendizagem da Educação Física escolar. Como método utilizamos a pesquisa-ação que nos permitiu testar hipóteses sobre o nosso tema, ampliar as práticas de ensino-aprendizagem nesse componente curricular e somar o uso de tecnologias e suportes já popularizados entre os escolares. Nos resultados apresentamos as modificações realizadas no cronograma escolar da disciplina, nas quais contemplaram diferentes praticas didáticas para a criação e edição de vídeos, de imagens e na pesquisa de temas norteadores. Assim, apresentamos o computador e o telefone celular como mais uma possibilidade de recurso didático, interdisciplinar, para o ensino-aprendizagem da cátedra em questão. http://www.nehte.org/simposio2010 I 101 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem O desafio de formar o professor de línguas estrangeiras para a utilização das tecnologias da informação e comunicação / Patrícia Vasconcelos Almeida (UFLA) Durante décadas o processo de ensino/aprendizagem de línguas estrangeiras vem sofrendo modificações provenientes dos estudos teóricos realizados na área. A novidade consiste no desafio de utilizar as tecnologias da informação e comunicação para ensinar e aprender uma língua. Pesquisadores como Warschauer e Healey (1998) e Nardi (1996) desenvolvem estudos que investigam a inserção dos computadores no processo de ensino/aprendizagem de línguas, com resultados promissores. Este trabalho tem como objetivo demonstrar possibilidades de utilização do computador e da Internet, dentro e/ou fora da sala de aula tradicional, como recurso de material didático (apoio) e/ou ferramenta ou fonte de ensino (meio) tendo como base teórica o princípio da contradição da Teoria da Atividade (Engeström,1987). Tendo como contexto de pesquisa o curso de letras de uma universidade federal mais especificamente a disciplina de metodologia de ensino de língua estrangeira, os dados foram coletados por meio de observações das aulas de metodologia e análise dos planos de ensino dos simulacros de aula, ministradas pelos professores em formação. A análise dos dados proveniente de uma abordagem metodológica exploratória mostrou que na tentativa de se criar tarefas pedagógicas, utilizando diferentes artefatos de ensino, o professor pré-serviço desenvolveu práticas diferentes de acordo com o artefato utilizado. O ensino da língua frente às novas tecnologias / Diva Conceição Ribeiro (FALEC/FIES) Ensinar língua portuguesa frente às novas tecnologias requer reflexões acerca da realidade vivida no século XXI. Na contemporaneidade é impossível continuar ensinando com estratégias desgastadas pelo tempo. É necessário compor novas posturas e, sobretudo, novas ações presentes na prática cotidiana do docente. É verdade que bons livros conhecidos como clássicos da literatura muito contribuíram e contribuem para a formação de valores morais e instituem paradigmas universais a uma sociedade carente da absorção desses conceitos. No mundo plural, o império das novas tecnologias precisa ser entendido, absorvido e aplicado nas aulas de língua portuguesa a fim de oportunizar ao educando o direito à cidadania. Nosso trabalho mostra algumas formas de ensinar o idioma praticado no Brasil em sincronia às novas tecnologias e utilizá-las para motivar o corpo discente como caminhos para entender em que circunstâncias a língua padrão deve ser utilizada. Os objetivos estão centrados nos fatos de mostrar que o corpo de aprendentes entende e constrói estratégias e teorias de valor e também mostra como o professor deve inventar na sala de aula com a finalidade de seduzir o aprendente, de instigá-lo para registrar em seu conhecimento, práticas excelentes para o domínio da língua culta. O Ethos feminino nas comunidades do Orkut / Liliane Lopes de Lucena (FAFIRE) A linguagem, sem dúvida, é a forma mais eficaz de se passar ideologia. Esta está em cada palavra que é proferida e nos mais variados meios de comunicação. É perceptível que o tempo proporcionou ao homem diversas formas de expressão; ele, por sua vez, tem adaptado seu discurso às novas tecnologias que surgem a cada dia. Assim, redes sociais são criadas com o intuito de aproximar interlocutores e, por que não, propagar ideias. Este trabalho tem o objetivo de discutir como se constrói o ethos feminino em um dos sites mais acessados entre os internautas brasileiros, o Orkut. Percebe-se que mesmo em tempos tecnológicos e interativos, antigos pensamentos continuam a se propagar. Um exemplo disso é a imagem da figura feminina. Pretende-se, neste trabalho, analisar como o conceito de mulher é apresentado nas comunidades virtuais; a fim de confirmar ou reavaliar conceitos e ideologias. O hipertexto como recurso pedagógico indispensável num processo eficaz de ensino-aprendizagem às pessoas surdas / Denise Maria Duarte Coutinho (UFPB) Com o reconhecimento dos surdos, enquanto minoria lingüística através da lei 10.436 de 2002, a educação destes precisou ser redimensionada em função das características específicas quanto ao processo de recepção das mensagens. A identidade surda se constrói dentro de uma cultural visual. Essa diferença precisa ser entendida não como uma construção isolada, mas como construção multicultural (Perlin, 1998). A escuta dos surdos passa pelos olhos e esta 102 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem terá mais êxito quando da utilização dos hipertextos já que estes possibilitam a junção, no mesmo espaço, de texto, imagens, gráficos, tabelas, links, etc. A pesquisa foi realizada através da aplicação de um questionário junto a 30 professores em Pernambuco e na Paraíba e buscou verificar: o que mudou em relação à compreensão da cultura visual dos surdos? E em relação à inclusão do hipertexto no trabalho educacional? Qual tem sido a viabilidade de aplicação deste recurso tecnológico na sala de aula? É visível que há uma compreensão dos professores sobre a forma de escuta dos surdos e, também, o pouco uso do hipertexto como recurso pedagógico/tecnológico. No entanto foi possível perceber que os educadores estão bastante abertos para novas aprendizagens e inclusão das novas práticas tecnológicas em seu cotidiano escolar. O imaginário social, a internet e a aprendizagem / Nyrma Souza Nunes de Azevedo (UFRJ) No trabalho descrevem-se experiências positivas e negativas vivenciadas por uma professora de nível superior, atuando na formação de professores para o ensino fundamental. A autonomia no processo de conhecer tem sido o objetivo primordial do incentivo ao uso do meio tecnológico. As barreiras culturais encontradas no imaginário social, segundo Castoriadis, em relação à aprendizagem, parecem dificultar a utilização da mídia eletrônica, inclusive na utilização das redes sociais. O impacto das redes sociais virtuais no processo de ensino e aprendizagem / Verônica Danieli de Lima Araújo (FUNDAJ) As fontes de informação e as formas de acesso as mesmas diversificaram-se nos últimos anos, após a inserção das TIC’s - Tecnologias da Informação e Comunicação em nossas atividades cotidianas; o aprendiz/aluno de hoje faz parte da “geração net ou geração digital” (TAPSCOTT,2010), a qual, imersa na “sociedade da informação” (CASTELLS,2000), não se reconhece enquanto sujeito da escola tradicional, apresentando enquanto desafio à educação uma demanda por atividades, conteúdos e avaliações os quais contemplem suas “inteligências múltiplas” (GARDNER,2000), e desenvolva o pensamento crítico e analítico. Nesse cenário, as redes sociais virtuais, as quais apresentam enquanto usuários um grande número destes jovens da geração digital pode ser um novo recurso no processo de ensino-aprendizagem. Considerando este contexto, temos por objetivo: discutir as possibilidades e os impactos do uso das redes sociais virtuais no processo de ensino aprendizagem. Metodologia: pesquisa bibliográfica. Resultados obtidos: o uso das redes virtuais (HARASIM,2005; BRENNAND,2006; GALLO,2006; BOHN,2010) proporciona mais dinamicidade, estimula a aprendizagem colaborativa e é um recurso o qual atrai e estimula os jovens da geração digital; há limitações didáticas, técnicas e metodológicas a serem superadas,mas os ganhos em relação ao processo de ensino-aprendizagem, se bem planejadas as atividades, são maiores do que as limitações. O Jornalismo Colaborativo no telejornal com as novas tecnologias / Paulo Eduardo Silva Lins Cajazeira (PUC/SP) Considerando o advento das novas tecnologias, este artigo faz parte da pesquisa de doutoramento ligada ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, que pretende compreender a estrutura da enunciação do jornalismo colaborativo considerando a troca de papéis comunicativos dos sujeitos no telejornal. A relevância deste trabalho de pesquisa consiste em analisar os papéis assumidos pelo destinador e o destinatário na construção dos enunciados no telejornal, nos modelos: analógico e digital, comparativamente, para constatação das mudanças enunciativas, que criam novos ambientes midiáticos comunicativos, com o advento das novas tecnologias. Com essa estratégia, busca-se verificar os critérios de seleção dos enunciados enviados pelo público aos telejornais mediante o suporte dos espaços interativos criados pelas empresas de comunicação. Uma apreensão do papel desempenhado pela visualidade do público na imagem projetada pela transmissão do enunciado nos meios de comunicação de massa eletrônicos que constitui, por hipótese, decisivo elemento da participação de espectador no processo de enunciação e justificaria a alternância das funções comunicativas de destinador e destinatário da notícia nas novas tecnologias digitais. http://www.nehte.org/simposio2010 I 103 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem O laboratório de informática como apoio ao processo de ensino e aprendizagem nas aulas de matemática / Carloney Alves de Oliveira (CPM/BA) Esta pesquisa investiga a utilização do laboratório de informática nas aulas de Matemática no Colégio da Polícia Militar do Município de Jequié-BA como apoio ao processo de ensino e aprendizagem entre professores e alunos, a partir das interfaces disponibilizadas no computador. O objetivo da pesquisa foi investigar como se dá o processo de utilização do laboratório de informática nas aulas de Matemática por parte dos professores e alunos para potencializar a dinâmica dessas aulas, possibilitando uma mudança de postura e atitude quanto à utilização das interfaces do computador. Baseado nos estudos de Borba (1999), Penteado (1999), Almeida (2000), Fiorentini e Lorenzato (2006), Brasil (2006), Oliveira (2007) e Bairral (2003) sobre informática no ensino de Matemática buscou-se a fundamentação téorica. A pesquisa caracterizou-se como um estudo de caso numa abordagem qualitativa, coletando os dados através das entrevistas semiestruturadas, questionários para professores e alunos, tendo 37 sujeitos como grupo para estudo, dos quais 35 foram alunos que estavam presentes para realização da pesquisa e 2 professores da disciplina Matemática no 1º ano do Ensino Médio. Foi constatado que o laboratório de informática é pouco utilizado nas aulas de Matemática e quando bem utilizado as aulas se tornam mais prazerosas e investigativas. O léxico na internet: análise de neologismos em comunidades do orkut / Verena Santos Abreu (UNEB) Neste trabalho, fundamentado na Linguística Textual e na Lexicologia, analisa-se o léxico na Internet, especialmente no site de relacionamentos orkut , considerando a necessidade de letramento digital (conforme Xavier, 2005) e a escrita de participantes das comunidades digitais criadas por usuários do próprio site. Assim, partindo da importância entre as relações entre léxico, sociedade e (ciber)cultura, objetivou-se pesquisar e analisar neologias lexicais que aparecem em títulos de algumas comunidades criadas por usuários da Internet e disponíveis no orkut. A formação das novas unidades léxicas foi confirmada a partir do procedimento de exclusão lexicográfica, através de alguns dicionários online. Os processos de formação de palavras identificados nos títulos das comunidades em questão compreendem principalmente a derivação, seja por prefixação ou sufixação; e também formação de palavras por composição. Seguindo estes critérios estabelecidos, foram identificados então onze neologismos, todos eles criados a partir do léxico orkut, que, apesar de ser uma palavra estrangeira (sobrenome turco do criador do site de relacionamentos), foi a base para uma série de novas palavras da língua portuguesa no hipertexto, pertencentes a vários domínios do conhecimento, ainda não dicionarizadas, mas legitimadas pelo uso, ao menos, no ciberespaço, por um número considerável de falantes. O material didático Impresso e a plataforma moodle: possibilidade de interação entre professor e aluno da EAD / Telma Sueli Farias Ferreira (UFPB) Com os novos caminhos da Educação à Distância (EAD), traçados pelo uso das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTICs), abrem-se as portas para uma reconfiguração da comunicação nesta modalidade de ensino. Em termos de ferramentas interativas, o atual ensino da EAD passou a disponibilizar ao professor e ao aluno além do Material Didático Impresso (MDI), a plataforma moodle. O novo MID, que contempla uma linguagem voltada para a interação, disponibiliza ao aluno novas oportunidades de comunicação e a plataforma moodle surge como um local virtual que possibilita a efetivação desta interação. Sob esta perspectiva, nosso artigo objetivou investigar, com base na teoria bakhtiniana sobre interação dialógica (BAKHTIN, 2000/2006), o nível de interação existente entre professor e aluno da EAD considerando estas duas ferramentas. Assim, ao analisarmos os enunciados produzidos pelo professor autor do MDI de Inglês Instrumental do curso de Letras da UEPB e as atitudes responsivas ativas dos alunos nos fóruns de discussão, constatamos estas duas ferramentas da EAD possibilitam um nível significativo de interação entre professor e aluno. 104 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem O orkut e a ciberliteratura: novos espaços, novas abordagens / Flávio Aurélio Tenório de Asevêdo (UEPB) As tecnologias vêm passando por um contínuo processo de atualização e reformulação, conduzindo mudanças significativas nas relações entre o ser humano e as máquinas. No espaço virtual, as escritas ganham uma liberdade jamais imaginada ou permitida em seu suporte primário, o livro. Entretanto, aliado à adição de outros elementos ao texto, como a imagem e o som, e a possibilidade de publicação e divulgação imediata, as construções textuais virtuais transitam por diversos segmentos e qualquer internauta pode se tornar um potencial escritor, dada a abrangência do ciberespaço. O distanciamento que existia entre quem escreve e quem lê é sublimado pela interatividade proporcionada pela telemática. Com isso, o trabalho busca identificar como se configura a literatura produzida no espaço virtual, tomando como corpus de estudo o site de relacionamento Orkut, e qual é o novo cânone literário que se estabelece na produção da ciberliteratura, se é que, de fato ela existe, fazendo com que a transmutação de suporte determine uma mudança na instituição literária. O papel da escola de informática e cidadania na educomunicação com o uso da internet para os jovens frequentadores em Glória do Goitá / Cleyton Douglas de Apolonio Vital; Everaldo Costa Santana (UFPE) Estudos sobre comunicação e educação com foco no uso das novas tecnologias buscam a criação de conhecimentos que estimulem relações de ensino-aprendizagem através do uso de meios de comunicação na educação presencial, nas instituições de ensino. Trata-se de uma linha de estudos que está em expansão e que tem trazido contribuições significativas para a compreensão desse cenário, mas que ainda possui desafios a serem estudados. Em meio a esse leque de informações, existem relatos de experiências que deram certo, na convergência dessas duas linhas de estudo, realizadas fora das instituições formais de ensino que utilizam os meios de comunicação como instrumentos educacionais. Esse trabalho vem na perspectiva de mostrar esses conceitos. O papel do articulador no uso das tecnologias na escola / Sirlandia Gomes de Moraes; Bianca Gonçalves da Silva; Maria Aparecida Alves Pereira (Prefeitura de Anápolis/GO) Este trabalho, cujo tema é o papel do articulador no uso das tecnologias na escola, tem por objetivo diagnosticar a atuação do profissional que trabalha nos espaços digitais escolares, em especial, os da Rede Municipal de Educação de Anápolis-Go. Como a Internet permite que qualquer lugar se torne espaço de comunicação e aprendizagem, e que o aluno aprende além da escola, ela precisa atendê-lo adequadamente fazendo a interligação entre o que é ensinado na sala de aula e o que ele vive e navega. Portanto, tornou-se fundamental a mediação e a integração do uso das tecnologias na prática pedagógica, para que ocorra a conexão entre informação, aprendizagem e produção de conhecimento. A concretização das mudanças na escola, na relação professor-aluno, no desenvolvimento de cidadãos e da sociedade, depende também da aplicação das tecnologias no ambiente escolar. Para obtenção dos dados será feito, revisão bibliográfica, realização de grupo focal com professores, coordenadores e diretores das escolas pesquisadas e observações. O resultado esperado é a identificação do papel que o dinamizador exerce e deve exercer nos laboratórios com vistas a contribuir para o uso pedagógico das TICs nas escolas, em benefício da aprendizagem dos estudantes. O perfil do aluno virtual e as teorias de estilos de aprendizagem / Ivana Maria Schnitman (FTC) Um dos grandes desafios que os educadores enfrentam quando planejam e ministram suas aulas, sejam presenciais ou à distância, é o de explorar ao máximo o potencial do meio, atendendo ao mesmo tempo ao maior número de alunos possível, sem, no entanto, deixar de considerar as diferenças individuais dos envolvidos. O artigo em questão se propõe a discutir a contribuição das teorias de estilos de aprendizagem no mapeamento das diferenças individuais dos alunos da Educação Online. http://www.nehte.org/simposio2010 I 105 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem O perfil dos autores-leitores de fanfictions: histórias criadas por fãs / Fabíola do Socorro Figueiredo dos Reis (CAPES/UFPA) O termo fanfiction designa as histórias criadas por fãs, ficções baseadas em histórias já conhecidas, advindas de produtos da indústria cultural, nem sempre vistos com bons olhos por parte do corpo de educadores. Publicados em sites como o Fanfiction.Net e o Floreios e Borrões, o fanfiction é um gênero digital que merece especial atenção por representar uma atividade extra-classe que pode ser trabalhada como produção textual pelo professor. A prática de letramento envolvendo fanfictions melhora não apenas a escrita dos ficwriters, produtores das ficções, como também as habilidades linguísticas de leitura e compreensão de textos. A ideia para trabalho – apresentar o questionário das principais atividades de escrita de fanficcções desenvolvidas por esse fãs-autores – veio a partir dos contatos com diversos ficwriters, que afirmam que o desempenho na escola melhorou por conta do treinamento da escrita a partir dos fanfictions. Eles também criticam a forma como a atividade é recebida por pais e professores quando contam que a praticam. Uma das razões a respeito disso é o pouco valor dado aos produtos da indústria cultural, como filmes e livros, tido por muitos como sem valor pela escola. O potencial comunicativo das interfaces digitais: o caso da publicidade / Ana Elisa Costa Novais (CEFET/MG) Em Novais (2008), apresentamos um modelo de leitura para as interfaces gráficas digitais, fundamentada no modelo de Coscarelli (1993). Nesse trabalho, defendemos que a interação em ambientes digitais está condicionada a pelo menos três domínios cognitivos: o domínio do reconhecimento de unidades (os widgets), o domínio sintático (a compreensão das dinâmicas de navegação) e o domínio semântico (a integração desses conhecimentos das relações estabelecidas com o conhecimento de mundo, com a construção da coerência externa). Os dados dessa pesquisa nos levaram a concluir que, do ponto de vista cognitivo, as operações que regem tanto a leitura quanto a navegação são da mesma natureza. Neste trabalho, apresentamos algumas peças publicitárias que exploram o poder comunicativo das interfaces gráficas digitais. O objetivo é discutir a interdependência dos conceitos de leitura e de navegação. Acreditamos que essa forma de perceber as interfaces pode ajudar nas reflexões sobre a leitura como um processo complexo (COSCARELLI, NOVAIS, no prelo) e sobre o letramento digital, em seus vários desdobramentos. O potencial das tecnologias em rede na formação do leitor-autor / Elisângela de Fátima Fernandes de Mello (UPF) A presença das tecnologias de rede tendem a alterar a comunicação dos indivíduos que as utilizam. Neste estudo objetiva-se verificar de que forma as oficinas propostas no projeto Mutirão pela Inclusão Digital conseguem viabilizar a apropriação das tecnologias de rede no sentido de potencializar no indivíduo uma condição de leitor-autor. De acordo com as ideias abordadas nesta investigação, o processo de inclusão digital deve possibilitar a participação das crianças, propor a colaboração e autonomia entre os envolvidos. Se a interação é fundamental para o indivíduo aprender, então a apropriação da tecnologia deve acontecer numa dinâmica reticular e horizontal, onde todos os envolvidos podem posicionar-se ativamente como “nó” da rede. As tecnologias de rede permitem uma dinâmica reticular de comunicação, então, não existem motivos para limitar o seu uso. Quando os indivíduos estão na rede, as navegações são livres e a possibilidade de interação é aberta o ato de ler na rede proporciona ao leitor ser também autor. Como o ciberespaço permite a contribuição de todos, os indivíduos podem utilizar este espaço para se expressarem assumindo uma condição de leitor-autor. O processo cognitivo do aluno em um AVA com o uso do Diário de Bordo / Francimary Macêdo Martins (UNIVIMA) As TICs potencializam a educação e o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) oferece ao usuário interfaces onde ele pode registrar seu processo de aprendizagem em um espaço reservado. Dentre essas interfaces, o Diário de Bordo é um recurso que possibilita ao aluno fazer observações sobre o curso, destacando os procedimentos utilizados, sua 106 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem participação, interesse, angústias, dificuldades, avanços, documentando assim todo o seu percurso. Este trabalho demonstra como o Diário de Bordo contribui para a aprendizagem do aluno em um curso na modalidade de Educação a Distância. O corpus desta análise é composto pelos enunciados de uma aluna que interagiu no AVA do Curso de Administração a Distância, projeto-piloto da UAB, parceria entre a Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e Universidade Virtual do Estado do Maranhão (UNIVIMA). Os teóricos que embasam a análise são Lévy, Xavier, Santos, Masetto, Valentini, Bisol dentre outros. A análise dos enunciados postados no Diário pela aluna evidencia como se desenvolve sua aprendizagem, que por vezes interage com: os colegas, os professores, a Instituição, o próprio objeto do conhecimento e consigo mesma. Percebe-se que estes enunciados se configuram em “ecos” do seu consciente como forma de auto-direcionar-se para o estudo e a aprendizagem. O processo de gerenciamento informacional na plataforma moodle: uma análise na disciplina introdução à economia do curso de ciências econômicas da UFPB / André Anderson Cavalcante Felipe (UFRN); Júlio Afonso Sá de Pinho Neto (UFPB) Analisa a utilização do Moodle na disciplina Introdução a Economia do curso de graduação presencial em Ciências Econômicas da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), sob a perspectiva da Ciência da Informação e Educação, com o objetivo de investigar como os recursos informacionais são gerenciados desenvolvidos a fim de promover à construção de conhecimento colaborativo entre os alunos. Admite como fundamentação teórica os conceitos de ambientes colaborativos de aprendizagem, colaboração, aprendizagem colaborativa, gestão da informação e gestão do conhecimento. A abordagem teórico-metodológica proposta é a exploração qualitativa por meio do estudo de caso. Apresenta algumas considerações a respeito da análise dos dados obtidos, bem como a expansão que a tríade relacional conhecimento, informação e colaboração pode estabelecer. O professor e o desafio do laptop em sala de aula: reflexões sobre o Projeto Magalhães e o Programa Um Computador por Aluno / Ana Beatriz Gomes Carvalho (UFPE); Dagmar Heil Pocrifka (SME/PMC) A proposta para inclusão digital nas escolas é conhecida como One Computer per Child – Um Computador por Aluno. Vários países adotaram o uso do computador portátil como parte do material escolar, buscando democratizar o acesso à informação através de um instrumento de inclusão digital que melhore o nível de aprendizagem e aumente o interesse pela escola. A proposta deste artigo é analisar as dificuldades dos professores em usar os laptops em sala de aula, a partir da concepção e dos resultados iniciais de dois projetos semelhantes: o projeto Magalhães que distribuiu o laptop educacional nas escolas públicas portuguesas e o Programa Um Computador por Aluno, ação do governo federal para distribuir laptops em escolas públicas brasileiras. Para fundamentar o contexto de apropriação das tecnologias por educadores, selecionamos Warschauer (2006), Bonilla (2004) e Cazeloto (2008). Utilizamos a análise documental e etnográfica para avaliar os resultados iniciais da reação dos professores frente ao desafio de elaborar estratégias pedagógicas com os laptops. Os resultados iniciais apontam dificuldades semelhantes, apesar das realidades distintas entre os dois países, indicando que algumas estratégias precisam ser consideradas no desenvolvimento de ações de inclusão digital no ambiente escolar, sobretudo nos aspectos que envolvem a formação e participação docente. O que vira notícia? Operações de retextualização em notícias de portais online / Maria Lourdilene Vieira; Emanoel Soares Barbosa (UFPI) Apresentamos os resultados parciais de uma pesquisa em andamento, onde investigamos as operações de retextualização no gênero notícia de portais on line. Temos em vista a notícia jornalística e o texto – normalmente vinculado a outro gênero de discurso – tomado como base para constituição da notícia; são textos que a priori veiculam as ‘mesmas’ informações, porém, são estruturados sobre diferentes gêneros de discurso, ao mesmo tempo em que cumprem, cada um, uma ‘ação social’ diferenciada. Para nossas considerações, dentre outros teóricos, seguimos Miller ([1984] 2009), com a noção de gênero como ação social, Marcuschi (2001), que trata das operações de retextualização http://www.nehte.org/simposio2010 I 107 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem em situações da oralidade para a escrita e Dell’Isola (2007), que trabalha com operações de retextualização em gêneros escritos. Até o momento, nossa pesquisa alcançou alguns resultados, ainda que exploratórios e intuitivos. Consideramos que, embora noutros gêneros uma mesma informação seja novidade, ela só adquire essa característica (de novidade) na notícia, algo que pode estar vinculado ao funcionamento social do gênero notícia. Outro critério é que o locutor, ao se apropriar da informação num exemplar de texto pertencente a dado gênero de discurso, a manipula de certa forma, em função de interesses determinados da instituição a qual representa. O saber e o fazer do professor na era digital: hipertexto em ação / Santa Nunes Cariaga (SED/MS); Marlene Durigan (UNIGRAN/MS) Este trabalho traz resultado de elaboração de hipertexto produzido por uma professora de escola municipal, em oficina realizada durante 100 (cem) horas no Núcleo de Tecnologia Educacional – NTE de Três Lagoas-MS, mediante o uso de recursos informáticos: Paint, Word, Power Point e Internet Explorer. O objetivo da pesquisa foi descrever e analisar o processo de construção de sentido em hipertextos, estendendo-se ao princípio de autoria (BARTHES, 1988). A perspectiva adotada alia-se aos princípios da inclusão digital. A retextualização marcou a elaboração do hipertexto configurando-se a autoria na era digital, removendo as costuras entre o já-dito e o não-dito em que autor e leitor fundem-se, distribuindo poderes e autoridade. No que concerne à coerência do HT analisado, constatou-se que foi mantida pelo “ponto de vista” da autora (que previu uma seqüência) e dependia de inferências e conhecimentos prévios do(s) leitor(es). A ótica teórico-metodológica adotada foi a da linguística textual, entremeada de questões pertinentes aos gêneros digitais, de que derivou a escolha dos referenciais teóricos que ancoram as análises: Marcuschi (2000, 2005, 2007), Koch (2003, 2005 e 2007), Van Dijk (1989, 1992), Xavier (2004, 2005), Araújo(2005, 2007), Barthes (1988) e Foucault (1992). O site educativo de português como língua materna / Noadia Iris da Silva (EPR) O desenvolvimento da rede mundial de computadores tem contribuído para o surgimento de novas formas de socialização do conhecimento favorecendo a educação a distância, fenômeno ao qual se vincula uma grande procura de cursos de português como língua materna. Nesse cenário, o site educativo tem se transformado num importante recurso de ensino/aprendizagem, sendo procurado por usuários pelos mais diferentes motivos: orientações ou tiradúvidas com vistas à aprovação em concursos, complementação de estudos efetuados no ensino regular, entre outros. Esse movimento, todavia, não tem recebido a devida atenção da academia no sentido de estudar os objetivos, a qualidade e os ganhos potenciais que são oferecidos aos alunos/internautas nesses espaços pedagógicos. Por isso, este trabalho objetiva analisar três sites educativos quanto aos propósitos perseguidos, suas concepções de língua e gramática. O uso das midias digitais nas aulas de lingua inglesa / Eveline Pereira de Amorim (SENAI) Em um contexto educacional em que o ensino com mídias digitais apresenta-se como uma nova perspectiva para a realização de qualquer atividade de aprendizagem, é relevante considerar que, além da utilização das mídias digitais para fins lúdicos, é possível fazer uso desses recursos de forma mais significativa na sala de aula, de modo a favorecer o aprendizado de uma língua estrangeira. Dessa forma, torna-se necessário investigar se as diversas mídias existentes estão sendo utilizadas nas aulas de língua inglesa, como ocorre esse uso e qual o papel do professor nesse contexto. À luz dos estudos de Lévy (1994), Castels (1999A e B), Libâneo (2003), e Kenski (2005, 2007) e com base nos dados obtidos, no que diz respeito ao uso de mídias digitais nas aulas de língua inglesa, acreditamos que por meio de uma prática pedagógica mais consciente e sistemática será possível obter resultados de aprendizagem mais significativos. O uso das mídias impressas e tecnológicas em salas de educação infantil como ferramenta de aprendizagem / Vera Lucia Dias de Oliveira; Maria de Fátima Dantas Ferreira (UFCG) A partir da pesquisa qualitativa, investigar o uso das mídias impressas e tecnológicas como ferramentas no processo ensino/ aprendizagem na educação infantil. Identificar os tipos e usos das mídias impressas e tecnológicas. 108 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem Conceituar e distinguir as mídias impressas e tecnológicas com professores e pais. Discutir o uso das mídias impressas e tecnológicas como ferramenta de aprendizagem. Propor situações de aprendizagem utilizando mídias impressas e tecnológicas. A fase empírica do escopo da pesquisa surgiu há doze anos, em 2010 permitiu a realização de três grupo focais, crianças do maternal I, II e Jardim I, II, 208 pais e 20, professores, perfazendo um total de 104 crianças entre 1 ano e oito meses à 5 anos e 6 meses, nos turnos manhã e tarde na UEI da UFCG. Os resultados encontrados indicam a importância do contato diário com as mídias impressas livro, gibi, cordel, jornal e as mídias tecnológicas computador, blog, rádio, TV e câmera digital constituem experiência positiva para o aceleramento da aprendizagem da Lectoescrita das crianças e a inclusão constante de mídias tecnológicas no processo de ensino dos professores e pais e de aprendizagem das crianças. O uso das TDIC no ensino: e agora professor? / Patrícia Silva Rosas (UFCG) Estamos vivendo na era das TDIC (tecnologias digitais de informação e comunicação) e, enquanto educadores, nos preocupamos em descrever os impactos provocados por essas tecnologias emergentes no processo de ensino-aprendizagem dos alunos. Isso implicar dizer que temos que rever metodologias e práticas pedagógicas. Nesse sentido, a presente comunicação tem por objetivo investigar que perfil(is) se exige do professor nesta nova sociedade tecnologizada. Nosso trabalho situa-se no âmbito dos estudos aplicados da linguagem e tem por pressupostos teóricos conceitos que envolvem concepções de ensino-aprendizagem; formação do professor, letramento digital e tecnologias digitais de informação e comunicação. Em vista do exposto, buscamos apoio teórico nos estudos de Bezerra (2007); Tardif (2002); Kleiman (1995; 2001); Xavier (2005, 2009); Marcuschi (2005); Lévy (1999). Nossas reflexões mostram a necessidade de ampliar o espaço para a discussão dessa temática, principalmente no âmbito escolar, haja vista que o debate nos tira da zona do conforto do “não-saber” e nos põe na linha do confronto, possibilitando sensibilidade (nos gestores públicos, nos professores, nos alunos) para mudanças de práticas pedagógicas inoperantes. O uso de ferramentas da internet para o ensino de língua inglesa no CEFET/ MG / Maria Raquel de Andrade Bambirra; Marcos Racilan (CEFET/MG) O trabalho visa a apresentar ambientes criados para promover o desenvolvimento do letramento em Inglês e do letramento digital de estudantes do ensino médio dos cursos técnicos em Mecânica, Edificações, Química e Informática, dos campi I, II e VII do CEFET/MG. Com foco nas quatro habilidades comunicativas, foi criado um website que acomoda a plataforma moodle e weblogs de estudantes e colaboradores - falantes fluentes (THORNE & BLACK, 2008). No moodle, os estudantes constroem colaborativamente (WATANABE & SWAIN, 2007) um ‘Glossário de Termos Técnicos’ e uma ‘Biblioteca de Artigos Acadêmicos’. No site, ouvem material autêntico, contextualizado (CELCE-MURCIA & OLSHTAIN, 2000), com propósitos comunicativos pré-definidos e publicam sua produção oral. O material é disposto em blogs, o que fomenta a interação e estabelece um público real para as produções (THORNE, 2003; 2006). A frequência e a qualidade das interações evidenciam que os estudantes do 2º e 3º anos mostram-se mais motivados e autônomos (BAMBIRRA, 2009) do que os do 1º ano, que parecem estar mais presos às metodologias tradicionais, demandando mais assistência e desafiando-nos a pensar formas de aumentar seu envolvimento na iniciativa, que acreditamos bastante eficiente para os fins a que se propõe. O uso de mapas conceituais no design educacional para o planejamento de hipermídia na educação a distância / Márcia Melo Bortolato; Alice Theresinha Cybis Pereira; Marília Matos Gonçalves (UFSC) Muitos são os formatos possíveis de se apresentar o conhecimento, formas diversificadas de organizar as informações, de estruturar o conhecimento a ser informado, para que em sua complexa relação, possa ser processado e transformado em saber. A hipermídia é um caminho possível, no sentido de articular saberes, em formas de apresentações flexíveis e adequadas a EaD. Estes novos formatos são o grande desafio, pois, para que cumpram sua missão de meio facilitador da aprendizagem exigem um planejamento eficaz da estrutura do domínio do conhecimento focado. Articular e organizar os conhecimentos e buscar pontos de encontro/desencontro entre as várias áreas do conhecimento, http://www.nehte.org/simposio2010 I 109 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem ou conceitos é tarefa difícil e desafiante para o designer educacional e o professor-autor. Os mapas conceituais, estruturadores do conhecimento, permitem mostrar como o conhecimento está organizado, informação crucial na tomada de decisão acerca da organização dos ambientes hipermidiáticos. São estes mapeamentos que analisamos como um novo processo de trabalho na produção de materiais hipermidiáticos para EaD. O uso de redes sociais por anunciantes em campanhas publicitárias: um processo de aprendizagem / Rogério Covaleski (UFPE) Na comunicação contemporânea, cada vez mais, os anunciantes não podem prescindir de realizar campanhas publicitárias que ocorram também nos ambientes virtuais e interativos, sobretudo na internet e em suas diversas redes sociais. O objeto de pesquisa do artigo é decorrente das constantes e manifestas observações de campanhas publicitárias envoltas em características de entretenimento, aptas a possibilitar interatividade entre consumidores e anunciantes, principalmente a partir do compartilhamento de conteúdo propiciado pelos próprios receptores – ação resultante da cultura colaborativa das redes sociais. Anunciantes se encontram em processo de aprendizagem de como podem se inserir neste novo ambiente comunicativo e de quais frutos poderão colher a partir das iniciativas de aproximação e interação com seus consumidores; agora cumprindo papéis de “amigos” e “seguidores”. Oficinando em rede: o encontro do adolescer em sofrimento com a tecnologia em serviços de educação de Mossoró / Karla Demoly; Dayse Saraiva (UFERSA) Esta pesquisa articula uma prática de formação, pesquisa e extensão. Trata-se do desenvolvimento de Oficinas Virtuais que favorecem a tessitura de redes de escrita e de convivência entre jovens em situação de vulnerabilidade social. Como metodologia de intervenção implementamos oficinas tecnológicas que propiciam aos oficinantes um espaço de produção criativa singular e de constituição de laços de convivência. No Brasil, a experiência de uso de oficinas tecnológicas com jovens tem focalizado com intensidade o campo educacional. Poucos são os trabalhos que fazem interface entre educação e saúde, sitio onde este projeto de pesquisa-intervenção se desenvolve. O material produzido em cada encontro de oficina é impresso e salvo em arquivos, propiciando a elaboração de portfólios individuais e um coletivo. Este material é analisado a partir dos referencias que se baseiam em resultados de estudos do campo da informática educativa, da educação e da psicologia social (MATURANA, 2002; SIMONDON, 1989; FRAENKEL, 2008; MARASCHIN, 2009). Como resultado espera-se poder evidenciar que a atividade de construção de hipertextos favorece a emergência de um protagonismo singular que é reconhecido pelos participantes. Espera-se ainda poder contribuir no enriquecimento das propostas de oficinas tecnológicas que favorecem percursos de conhecimento. Olhares.com: (des)construção e resgate da memória através da imagem / Josyane Moreno; Juliana Buse; Airtiane Rufino (UFC) Apresenta um breve histórico acerca da fotografia, perpassando pela fotografia analógica e digital. A partir de conceitos e teorias já consolidadas sobre a temática em questão, traz algumas características inerentes à fotografia permitindo uma análise mais aguçada de tal suporte enquanto fonte de informação. Mostra ainda a importância da revelação das fotografias, analógicas e digitais, para a preservação da memória construída ao longo dos anos. Com o intuito de facilitar a visualização da fotografia no mundo digital, serão apresentadas algumas das redes sociais direcionadas ao armazenamento e compartilhamento de conteúdos fotográficos, como o Flickr e o Picasa. Na tentativa de verificar como a fotografia pode contribuir para a reconstrução da história, optou-se por pesquisar o The Commons, programa proveniente de uma parceria entre o Flickr e a Biblioteca do Congresso. A escolha se deu pelo fato do projeto ter como objetivo a divulgação de coleções fotográficas de propriedade pública, permitindo que o público, de maneira geral, contribua de forma colaborativa com informações referentes às imagens disponíveis. Assim, o estudo em questão tem como foco principal apresentar a relevância da fotografia para a construção e o resgate da memória através das imagens, visando colaborar com pesquisas futuras. 110 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem Orkut como ambiente de práticas pedagógicas hipertextuais / Robson Santos de Oliveira (UFPE) O trabalho apresenta o Orkut como um macro-weblogue que apresenta características macroestruturais de um weblogue, articulando-se com outros ambientes fora de sua plataforma própria, como o Youtube, na seção de Vídeos, ou mesmo através de links hipertextuais que podem ser postados tanto no campo de Perfil quanto no campo de Recados do Orkut. Essa caracterização de macroblogue, possibilitando a integração de vídeos, fotos, textos e aplicativos diversos numa única plataforma permite uma ampla funcionalidade hipertextual ao Orkut que pode ser transformado em ambiente pedagógico interativo, tanto na condição de Perfil de Usuário quanto na de Perfil Comunidade. A abordagem dá prosseguimento aos estudos realizados anteriormente no Orkut pelo autor (Oliveira, 2009) e também pelas abordagens de Araújo (2006). A metodologia da pesquisa foi a da observação participante ao longo das práticas pedagógicas em cursos de IES (UFPE e FAFICA), verificando-se a usabilidade pedagógica do Orkut e resultando nas discussões e propostas deste trabalho para um novo olhar das Redes Sociais e para sua utilização como ambiente virtual de aprendizagem (AVE). O estudo pretende identificar o estatuto hipertextual do Orkut e sua configuração como macro-weblogue, permitindo o seu uso como prática pedagógica de extensão às atividades presenciais. Orkut: ferramenta de aprendizagem colaborativa / Marlene Aparecida dos Reis; Silvana Aparecida dos Reis (C.E.S.A.R.) O presente estudo trata-se de um relato de pesquisa que busca investigar a utilização de redes sociais na educação, em particular uma comunidade do Orkut, que permitiu discutir questões relacionadas as novas tecnologias da informação e comunicação, aprendizagem colaborativa, bem como uma investigação direta na comunidade “ETIC CNSC 2010.1” sustentada por autores como: Levý, Burbules, Bartle, Moran, Kenski, Castells. A comunidade é composta por 59 membros professores/estudantes do Curso de Pedagogia, de uma Instituição de Ensino Superior de Pernambuco, visando ampliar e debater assuntos relevantes da disciplina de Educação e Tecnologia da Informação e Comunicação em um ambiente virtual de aprendizagem para realização de atividades relacionas aos Estudos Dirigidos. Dessa forma, essa ferramenta foi incorporadas a educação, permitindo criar novas explorações e proliferação do conhecimento, criando também novas formas de interação didática eliminando o espaço e tempo. Assim, houve um planejamento prévio para se criar essa comunidade, tornando-se um espaço que proporcionasse discutir, divulgar eventos na área educacional e estreitar os laços de amizade e interação entre os acadêmicos. Alcançamos vários objetivos como: Inserir os alunos no contexto social das novas tecnologias de forma lúdica e experimental; promover a participação, interação e colaboração entre os participantes entre outros. Os migrantes digitais e sua aprendizagem nos cursos a distância da Fundação Joaquim Nabuco / José Alexandre Barbosa Pinto (FUNDAJ) Este trabalho tem como objetivo geral analisar o desempenho dos migrantes digitais nos cursos a distância oferecidos pela Fundação Joaquim Nabuco. Através dos exercícios propostos, das participações nos chats, nos fóruns, e o seu desenvolvimento ao longo do curso. Para esta análise utilizaram-se materiais didáticos de autores como Pièrry Levy, cibercultura (2001) e As tecnologias da inteligência (1993) onde se verifica a importância da rede através da comunicação escrita a tornando mais eficiente com a era high-tech, e Adam Shaff, A sociedade da informática (1985), Manuel Castells, A sociedade em rede (1999), além de Maria Luiza Belloni, Educação a distância (1999). A metodologia utilizada foi a de selecionar 20 alunos de 30 a 45 anos, que estudaram nas escolas tradicionais presenciais e que agora estão tentando a inserção através dos meios digitais e a distância. Esses migrantes virtuais são testados nas suas potencialidades e fragilidades e potencializados para este novo meio high-tech. Os resultados da 1ª turma foram avaliados pela equipe de técnicos da Fundação Joaquim Nabuco, Colab e que no conjunto os resultados foram excelentes, pois os alunos mostraram capacidade criativa e domínio de conteúdo, além de facilidades para adentrarem neste novo meio digital através da utilização e manuseio das ferramentas digitais. As demais turmas, 2ª e 3ª estão sendo selecionadas e fechadas. http://www.nehte.org/simposio2010 I 111 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem Otimização do diálogo entre corpo docente e discente: apropriação das práticas comunicacionais da geração de nativos digitais / Barbara Jane Necyk; Daniela Marçal; Guilherme Xavier (PUC/RJ) A sociedade contemporânea está se defrontando com uma sociedade plural que Canclini (1997), identifica como híbrida, na qual ocorrem mesclas interculturais. O uso de tecnologias de informação e de comunicação em sala de aula está potencializando o convívio de culturas híbridas ao ampliar o leque de contradições inerentes a presença de sujeitos distintos. Entretanto, o uso de tecnologias de informação e de comunicação em contextos pedagógicos pressupõe a revisão de modelos e práticas pedagógicas. Através da observação em campo do uso da telefonia móvel na graduação de design da PUC-Rio, foi observado como as tecnologias de informação e comunicação podem ser utilizadas dentro de um sistema interativo de comunicação, composto de diversas mídias, que visa estreitar o diálogo entre corpo docente e discente. As novas tecnologias trazem consigo novas formas de construção de saberes e conhecimento que estão modificando processos sócio-culturais (Lévy, 1999). Concluimos que a incorporação de práticas de ensino-aprendizagem devem considerar o preponderante papel que as novas mídias cumprem nas relações cognitivas dos alunos da contemporaneidade. Pedagogia musical online: o hipertexto como ferramenta da pesquisa qualitativa em um estudo de caso em ambientes virtuais de aprendizagem musical / Fernanda de Assis Oliveira (UFRGS) Esta comunicação é um recorte do projeto de pesquisa de doutorado intitulado “Pedagogia musical online: um estudo de caso em ambientes virtuais de aprendizagem musical”. A temática da pesquisa se refere à pedagogia musical online presente em ambientes virtuais de aprendizagem musicais (AVAMs). O estudo visa compreender como a pedagogia musical online se configura nos AVAMs, tomando como caso o ambiente virtual de aprendizagem musical do Curso de Licenciatura em Música da UAB/UnB, modalidade a distância. Aborda o hipertexto como ferramenta de coleta de dados, a partir da realização de entrevistas online, sendo essa uma adaptação da entrevista desenvolvida presencialmente, na visão de Nicolaci-da-Costa (2007), tendo em vista que os dados são coletados virtualmente. A fundamentação teórica engloba o conceito de Inteligência Coletiva (IC) de Lévy (2007), o conceito de interatividade defendido por Mattar (2009) e o conceito de Ciber-socialidade a partir dos estudos e reflexão sobre Simmel e Maffesoli na contemporaneidade de André Lemos (2008). Pensamento crítico na web: trajetórias da pesquisa escolar / Lucia Helena Cavalcanti das Neves Valle; Sérgio Abranches (UFPE) Na era digital, onde a Internet faz parte do cotidiano da maioria das pessoas por diversos motivos, vivemos na sociedade da informação a sua explosão de conhecimento e ressurge como uma das habilidades centrais do homem pós moderno o pensamento crítico, representando uma qualificação maior enquanto indivíduo. O pensamento crítico é uma atividade mental avaliadora de argumentos, proposições e juízos que podem orientar o desenvolvimento de ações e pode ser considerado uma importante habilidade quando se utiliza a Internet, pois lá estão informações diversas: desde documentos validados oficialmente até dados incompletos, obsoletos e infiéis. O julgamento crítico e intencional está diretamente ligado às habilidades de pesquisa em qualquer prática, sendo imprescindível que o aluno mobilize certas habilidades para selecionar e julgar elementos encontrados na sua busca e então decidir sobre eles. A habilidade de pensamento crítico está ligada à motivação interna para pensar sendo ela resultado da motivação mais as disposições críticas. Assim, esses pressupostos sugerem que uma prática capaz de elencar competências bem situadas dentro das pesquisas escolares geraria uma situação propícia à disposição e capacidade para pensar. A prática eficaz inclui estratégias para a construção intelectual do pensamento em vez de depender exclusivamente do fortalecimento das habilidades cognitivas. 112 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem Percepção da qualidade da informação em recursos da Web: motivação e impactos nas atividades de ensino e pesquisa da Universidade Federal do Paraná / Andre Luiz Appel; Patrícia Zeni Marchiori (UFPR) Apresenta estudo voltado para investigação de critérios de qualidade da informação relacionados à seleção de recursos de informação da Web por professores e pesquisadores da Universidade Federal do Paraná, para uso em suas atividades de ensino e pesquisa. Com base na teoria, aborda: os principais fatores que motivam o uso de fontes de informação da Internet; os conceitos relacionados à Internet e às tendências de exploração deste recurso no ensino e na pesquisa; os possíveis conceitos acerca da avaliação da qualidade da informação, e os impactos advindos do uso de novas tecnologias no espaço acadêmico. Como resultado o estudo identifica e categoriza as fontes de informação da Web utilizadas por professores e pesquisadores em suas atividades, destacando-se o potencial de uso de tais recursos no meio acadêmico. Verifica-se que esses profissionais estão motivados para a disseminação e compartilhamento de informações, contribuindo para a agregação de valor às práticas de ensino e pesquisa vigentes e para a composição de novas metodologias. Observa-se, a preocupação dos professores e pesquisadores com o rigor científico, para a seleção e o uso de fontes de informação da Internet, e com os impactos advindos do uso destes recursos. Pistas de contextualização na negociação de contexto / Gisella Meneguelli de Sousa (UFJF) O tema deste trabalho é como a negociação do contexto na conversação mediada pelo computador baseiase em evidências empíricas de cooperação social, uma vez que os participantes de um evento interacional interpretam elocuções com base em suas definições do que está acontecendo no momento da interação. O objetivo é verificar como as pistas de contextualização utilizadas pelos atores envolvidos no tipo de atividade fórum de discussão colaboram para os processos de aprendizagem. Para tal, foram utilizados os pressupostos teóricos de John Gumperz (1999) sobre convenções e pistas de contextualização, as noções de contexto, de Duranti e Goodwin (1992), e a noção de tipo de atividade, de Levinson (1992). Serão apresentados resultados de um estudo de caso no qual atuam interactantes de um fórum de discussão de uma disciplina de um curso de pós-graduação a distância. O fórum foi visitado no mês de julho de 2010 e as conclusões restringem-se a esse período. Os resultados indicaram que o processo inferencial é negociado na conversa, sendo construído social e interacionalmente. Os exemplos utilizados neste trabalho mostram que as pistas de contextualização são ativadas no tipo de atividade em questão, delimitando o significado por meio de inferências. Plenitude e decadência no hipertexto: expressões do caráter simbólico e do caráter alegórico da representação / Cláudio Clécio Vidal Eufrausino (UFPE) Este trabalho tem como objetivo analisar como as noções de símbolo e alegoria relacionam-se ao conflito – característico do hipertexto – entre linearidade e não-linearidade; e entre profundidade e fragmentaridade. Símbolo e alegoria são tomados conforme a fórmula conceitual de Walter Benjamin, relacionando plenitude e decadência na arquitetura das representações. Podcasts educativos: possibilidades, limitações e a visão de professores de ensino superior / João Basílio Costa e Paula; Jerônimo Coura-Sobrinho (CEFET/MG) Podcasts são arquivos de áudio disponibilizados na web para audição ou download automatizado. Com base em estudos brasileiros e estrangeiros, este artigo traz uma compilação de aplicações, vantagens e ressalvas quanto ao podcast educativo. Entendendo-se o papel primordial do professor como proponente de novas abordagens pedagógicas, a pesquisa de campo aqui descrita investiga o nível de conhecimento e de interesse de professores do CEFET-MG pela produção de podcasts educativos. As opiniões coletadas sobre o uso de recursos tecnológicos, motivações para adoção de podcasts, vantagens e limitações percebidas e razões do desinteresse ajudam a compreender as questões que influenciam a relação dos professores com as tecnologias educativas nos dias de hoje. http://www.nehte.org/simposio2010 I 113 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem Poesia: da blogsfera para a sala de aula / Susana Souto Silva (UFAL) Este trabalho visa refletir sobre as condições de produção, circulação e recepção da poesia produzida por poetas contemporâneos no Brasil que circula em seus blogs, com base em Levy (2004) e em Chartier (2002), bem como em teóricos da literatura, como Octavio Paz (1998) e Mikhail Bakhtin (1996). O objetivo é discutir a relação que se estabelece entre as estratégias de elaboração poética e os suportes de circulação, buscando compreender os novos protocolos de escrita e leitura que se instauram e questionam os protocolos vigentes, surgidos com a difusão do livro impresso no Ocidente, que, ainda hoje, orientam a compreensão e a abordagem da poesia em âmbito escolar. Com base na análise de poesias que articulam diversas linguagens e tecnologias de registro, no campo das poéticas interartes, este trabalho pretende construir uma reflexão sobre ensino e poesia, na contemporaneidade. Polifonia e interdiscursividade em um blog: da liberdade de expressão 2.0 aos negócios 3.0 / Elke Streit de oliveira; Ana Elisa Ribeiro (CEFET/MG) Este trabalho discute dois elementos dialógicos da análise do discurso – a polifonia e a heterogeneidade constitutiva (ou interdiscursividade) – e os aplica ao ambiente discursivo de um blog constituído do post sobre o lançamento de um carro e os comentários dos consumidores. Consideraremos os seguintes princípios dialógicos: o conceito de polifonia, em Bakhtin; e o conceito de heterogeneidade constitutiva, ou interdiscursividade, em Dominique Maingueneau; como abordagens de análise do discurso no hipertexto eletrônico. Uma vez detectadas e discutidas a polifonia e a interdiscursividade no corpus, passaremos à seguinte reflexão: o blog cujo post comenta um novo carro no mercado, seguido da ferramenta comentários em que os consumidores expressam seus pensamentos, tanto serve a estes como ambiente de expressão, quanto à empresa que fabrica o carro como um retorno do consumidor sobre o produto. Pretendemos refletir sobre esse fenômeno, que tem sido discutido no âmbito dos conceitos de Web 2.0 e Web 3.0. (ou Web semântica). Nossa reflexão é de que a exposição das vozes (Polifonia) e das idéias e valores (heterogeneidade) no blog, uma vez instrumentalizada para o mercado por meio de sua conversão em dados, pode ensejar um conflito de liberdades que incindirá sobre o futuro da comunicação na rede. Portal de avaliação de software educativo multimídia: modos diferenciados de ensinar e aprender em ambiente virtual / Tiago Gomes; Marcelo Teixeira (UM) As sociedades têm passado por grandes mudanças ao longo dos anos causadas pela influência dos avanços tecnológicos em todas as esferas sociais e áreas do saber. Vive-se a era do online, onde as novas compreensões de tempo/espaço conferem um novo status à educação, por meio essencialmente do fenômeno da socialização do conhecimento que ocorre em escala global, num ambiente de partilha de experiências, informações, vivências e aprendizado em rede. Nesse sentido, a utilização de recursos educativos multimídia podem trazer múltiplas vantagens para o ensinoaprendizagem. No entanto, é necessário saber selecioná-los e saber integrá-los em contexto socioeducativo. Na tentativa de superar essa necessidade, surge o “Portal de Avaliação: Software Educativo Multimídia e Jogos Eletrônicos” na Universidade do Minho (Portugal), como um repositório de avaliações que estimula a partilha de experiências entre utilizadores numa ambiente virtual colaborativo. Como uma abordagem sistémica que integra várias funções do processo educativo, esse portal vem a constituir modos diferenciados de ensinar e aprender, possibilitando a oportunidade de se produzir conhecimento por novas vias. O presente trabalho objetiva apresentar os contributos do Portal de Avaliação para a comunidade acadêmica da Universidade do Minho, e para Educação online. Portal Educar: perspectivas de inclusão digital docente na rede municipal de ensino do Recife / Márcia Gonçalves Nogueira; Flavia Barbosa Ferreira de Santana (PCR) Este resumo tem como objetivo apresentar uma análise sobre o Portal Educar da Rede de Ensino da Cidade do Recife no que se refere a possibilidade de uma formação continuada e inclusão digital docente a partir de uma comunidade de prática. O estudo traz, inicialmente, uma discussão dos elementos determinantes deste tipo de comunidade, a saber: o domínio, a comunidade e a prática. Depois, uma discussão a respeito das novas formas de comunicação e de 114 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem relações sociais no ciberespaço e como elas deram origem a novos processos de construção de conhecimentos. Como resultado inicial, afirmamos que: o processo de transmissão de conhecimento baseado em trocas sociais favorece uma aprendizagem contínua ao combinar práticas formais e informais; as ferramentas disponíveis na web 2.0 possibilitam a troca de conhecimentos entre as pessoas em larga escala favorecendo a aprendizagem entre pares e a formação a distância; para estimular uma cultura de aprendizagem em rede é preciso disponibilizar ferramentas que permitam o desenvolvimento profissional docente, o aprender a aprender e o aprender com o outro; ao disponibilizar recursos/materiais tecnológicos aos professores, bem como ao promover práticas interativas e colaborativas se está contribuindo para a formação e inclusão digital docente. Potencializando o aprendizado através do blog: uma experiência no Projeto Travessia / Maria Cristina do Nascimento Silva (SEDUC/PE) O presente artigo discorre sobre o contexto da contribuição das redes sociais nos sistemas de educação, destacando a importância da construção do conhecimento coletivo, a incorporação das novas linguagens e a inclusão digital através da utilização blog como ferramenta de apoio ao aprendizado. Nesse contexto, buscou-se fazer uma reflexão sobre a utilização da ferramenta como um ambiente virtual que possibilita uma aprendizagem diferenciada, inovadora e inclusiva, buscando estratégias e práticas pedagógicas que permitam aos alunos a aquisição de novas competências. Esta experiência está sendo vivenciada em uma turma do Projeto Travessia (Programa de Aceleração do Ensino Médio de Pernambuco). Prática musical de DJs: um estudo sobre formação musical e tecnologia / Juciane Araldi (UFPB) Essa comunicação apresenta resultados da dissertação de mestrado “Formação e Prática Musical de DJs: um estudo multicaso em Porto Alegre” realizada no PPG – Música da UFRGS. A temática desse trabalho se relaciona com o interesse da área da educação musical em investigar a formação musical sob uma abordagem sociocultural relacionando as diferentes formas de “aprender música” advindas dos materiais e ferramentas proporcionados pelas transformações tecnológicas. Para tanto, teve como fundamentação teórica autores como: (Souza, 2008; Levy, 1999). A pesquisa procurou investigar a prática musical de DJs sob o ângulo da educação musical, privilegiando seus modos de formação e prática musical. Teve como questões: Quais aspectos integram a formação musical de DJs? Quais os meios e materiais utilizados na sua formação musical? Onde e como atuam? Há transmissão de conhecimentos para outros DJs? A metodologia utilizada foi o estudo multicaso (Yin, 2005; Stake, 2000). Os resultados dessa investigação apontam para uma prática musical complexa, permeada de diálogo com diversos estilos e gêneros musicais e com a utilização da tecnologia como aspecto fundamental. Essa investigação traz dados que contribuem para ressignificar o papel do professor diante das novas formas de ouvir e fazer música a partir das novas tecnologias. Práticas de leitura virtual: análise de um texto fílmico / Maria Goreth de Sousa Varão (UFMG) O objetivo principal desse artigo é descrever um recorte teórico de uma tese de doutorado, em andamento, com as reflexões sobre a valiosa contribuição do trabalho com a leitura de filmes na sala de aula para a formação de leitores e de cidadãos. Não queremos tecer críticas e nem apontar o caminho para o “pote de ouro”, mas mostrar aspectos sobre novas possibilidades de leitura de textos audiovisuais na sala de aula, principalmente o texto fílmico, que, de um modo geral, boa parte de alunos, pais e professores tem afinidade. O trabalho está centrado nas abordagens sobre textos e hipertextos (Coscarelli, 2003), letramento digital (Coscarelli, 2005), teoria da mesclagem (Azevedo, 2006), leitura de telas e textos (Pereira,2007), teoria de rede e inteligência coletiva (Lévy, 2009, 2010), entre outros. Na interface das teorias com a leitura de um filme específico procuramos mostrar a aplicabilidade das teorias nesse texto visando a um trabalho interativo entre aluno-texto na produção de sentido. Consideramos essas reflexões enriquecedoras e que podem suscitar algumas discussões produtivas no campo de estudos lingüísticos sobre leitura, texto e hipertexto. http://www.nehte.org/simposio2010 I 115 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem Práticas de letramento na rede social Skoob: interfaces com a educação a distância / Ivanda Maria Martins Silva (UFRPE) Na cibercultura, as práticas de leitura e escrita começam a ser re-dimensionadas, considerando-se a noção de letramento digital (BUZATO, 2005, MARCUSCHI e XAVIER, 2005, COSCARELLI e RIBERIRO, 2005). Letramento digital envolve certo estado ou condição dos que se apropriam da tecnologia digital e exercem práticas de leitura e de escrita em novos suportes de comunicação. (SOARES, 2002). As redes sociais estão se multiplicando e re-dimensionam as práticas de letramento mediadas pelas tecnologias da informação e comunicação. Os internautas vão rapidamente se inserindo nas redes sociais e estabelecem novas formas de comunicação/interação. A rede Skoob vem se destacando na motivação das práticas de leitura e escrita dos internautas que compartilham suas experiências de leituras, produzindo resenhas e comentários sobre livros publicados na estante virtual. Skoob pode ser uma ferramenta importante para aprimorar as práticas de letramento digital dos educandos, especialmente se considerarmos as demandas da educação a distância. Segundo Lévy (1999), a “EAD explora certas técnicas de ensino a distância, incluindo as hipermídias, as redes de comunicação interativas e todas as tecnologias intelectuais da cibercultura”. Pretende-se analisar a rede Skoob como novo espaço virtual para leitura e escrita, articulando-se as suas potencialidades com o processo de ensino-aprendizagem na educação a distância. Práticas interativas em contextos de ensino a distância / Karyne Soares Duarte Silveira (EVLCampina Grande/PB) O presente estudo, ainda em andamento, tem como objetivo investigar os tipos de interações existentes entre professor e alunos através do uso de emails, fóruns de discussão e chats educacionais em uma plataforma de ensino a distância de um curso de Letras de uma universidade pública da Paraíba. Utilizamos como pressupostos teóricos as contribuições de Bakhtin (1997), sobre a perspectiva sócio-interacionista da linguagem, Marcuschi (2005), a respeito das características dos denominados “gêneros emergentes”, Bazarim (2006), no que se refere à construção da interação mediada pela escrita, Barros (2002), especificamente sobre as práticas interativas de aulas virtuais, dentre outros. À luz dos teóricos citados, bem como dos dados analisados até então, entendemos que o ambiente virtual parece favorecer uma interação mais frequente e motivante para os seus usuários. Práticas pedagógicas, tecnologias digitais e concepções de conhecimento: construindo portos ou roteiros de viagem? / Ana Carolina Pereira da Silva Rosa (UERG) Este trabalho apresenta parte de minha pesquisa de mestrado em andamento que busca investigar o papel mediador das tecnologias digitais nos processos de ensino-aprendizagem. O estudo vem sendo desenvolvido em uma escola de Ensino Médio integrado, na zona norte do Rio de Janeiro, na qual os alunos têm acesso, em período integral, às disciplinas do currículo do MEC integradas às disciplinas de formação técnica voltadas às tecnologias digitais. Este recorte traz um debate epistemológico que, através de um resgate da historiografia da ciência, busca compreender as concepções de conhecimento que permeiam o campo educacional e fundamentam as práticas pedagógicas. A partir das metáforas de “porto” e “viagem” do sociólogo José Machado Pais, busco olhar para a escola contemporânea a partir das transformações sócio-culturais trazidas pela cultura digital e investigar os desafios que concepções epistemológicas alternativas trazem para a construção de práticas pedagógicas mais concernentes às necessidades dos jovens da atualidade. Seguindo uma abordagem de pesquisa-intervenção, o contato com o campo empírico possibilitou tanto reflexões sobre os desafios que se colocam à escola a partir de uma nova relação dos jovens com o conhecimento quanto possibilidades de desenvolver práticas pedagógicas mais significativas para os estudantes contemporâneos. Professor e internet: como vai a relação? / Francisca Maria de Melo (PMCG) O objetivo deste artigo é analisar a influência do computador e internet nas práticas sociais de leitura e escrita de professores de Língua Portuguesa, seja para fins pessoais ou pedagógicos. Para isto, usou-se como técnica de 116 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem coleta de dados a aplicação de questionário e entrevista, realizados com seis informantes que atuam em duas escolas públicas municipais, localizadas em Queimadas-PB e Caturité-PB. O estudo seguiu os pressupostos de Marcuschi (2004), Dionísio (2005), Lévy (1999), Kress e Van Leeuwen (1996), Xavier (2005), Araújo (2004) entre outros. Os resultados apontam que os informantes se mostraram familiarizados com o computador e com as práticas de leitura e escrita, proporcionadas pelo universo da internet. Quanto à escrita, esta é usada para cumprimento de atividades acadêmicas e de trabalho, ficando um pouco de lado o uso da mesma para fins de entretenimento. Já a leitura na tela do computador é usada com objetivo mais informativo jornalístico. Os professores declararam-se resistentes à leitura neste suporte digital, o que pode significar que ainda são poucas as experiências cotidianas que eles têm com esta forma de leitura. Professores das diversas áreas do conhecimento se utilizam da noção de gêneros textuais no processo didático? Reflexões sobre a prática pedagógica de professores paraibanos em formação a distância / Daniela da Silva Araújo; Kelly da Silva Melo Araújo; Rosa Maria da Silva Medeiros (UFCG) Este trabalho tem como objetivo delinear de que modo professores da rede pública de ensino da Paraíba entendem a noção de gêneros textuais e se os utilizam no processo de ensino aprendizagem na escola. Baseando-nos em Marcuschi e Xavier (2005), Bazerman (2007), Lévy (1999), Bronckart (1999), Coscarelli e Ribeiro (2005), Araújo e Biasi-Rodrigues (2005), está sendo realizada uma análise interpretativa de cunho qualitativo e quantitativo das discussões feitas por 150 professores paraibanos de diversas áreas do conhecimento no ambiente colaborativo de aprendizagem do eproinfo. De acordo com as primeiras análises do corpus constatamos que a noção de gêneros textuais parece-nos pouco compreendida e utilizada em sala de aula pelos professores pesquisados, excetuando-se os professores formados na área da linguagem. Projeto Faculdade Virtual de Direito do Recife / Jaziel Lourenço da Silva Filho (UFPE) O Projeto Faculdade Virtual de Direito do Recife consiste em uma aplicação de Ensino a Distância de baixo custo operacional que pretende utilizar uma metodologia de ensino baseada no paradigma criativo e libertador proposto por Maria Isabel da Cunha para proporcionar aos alunos do curso de graduação em Direito da UFPE uma experiência de imersão enriquecedora em um mundo virtual (o SecondLife), que os possibilite capturar informação e subsídios bastantes para estudar os problemas jurídicos da sociedade pós-moderna, especialmente aqueles relacionados às transformações sociais impostas pelo uso da tecnologia da informação, cultura de massa e cibernética. Idealizado para ser desenvolvido em três etapas, com objetivos específicos para cada uma delas, está em andamento desde julho de 2009, tendo sido escolhido para integrar o Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – REUNI da Universidade Federal de Pernambuco em abril de 2009, através do Edital PROPESQ/PROACAD Bolsas Reuni N.º 02/2009. Atualmente, encontra-se em andamento, tendo sido realizada apenas a primeira etapa dentre as três previstas, através das atividades desenvolvidas junto aos alunos matriculados na disciplina eletiva Direito da Informática, pertencente ao 9º (nono) período da grade curricular do curso de graduação em Direito da FDR, do CCJ da UFPE. Quando os pífanos tocam: das teias da memória às redes de aprendizagem / José Wanderley Alves de Sousa (UFCG) A forma mais palpável e imediata que o sujeito encontra para construir sua memória individual e percebê-la como parte constitutiva de uma memória coletiva é pelas lembranças. Ao associar uma imagem a outras imagens, o sujeito percebe grupos de referência. Essa percepção de contratos coletivos atualiza as referências sociais e históricas do indivíduo e dá a ele a possibilidade de (re) elaborar outras formas de inserção na memória coletiva. Por esses postulados, a História Vista de Baixo se configura como uma nova forma de difusão da história. Desse modo, o ensino-aprendizagem da história, pelas novas exigências comunicacionais, exige novos suportes e o vídeo emerge como possibilidade de torná-la muito mais viva, muito mais palpável. Nessa direção, o presente trabalho investiga, sob a ótica da análise de discurso de orientação francesa, como os sujeitos reconstituem, pelos mecanismos das http://www.nehte.org/simposio2010 I 117 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem lembranças, reconfiguradas pelo vídeo, a representação da diversidade de olhares sobre fatos cotidianos. Analisa, portanto, a inter-relação entre discurso oral e imagético e ensino de história local, a partir da leitura do documentário “Manoel Inácio e a Música do Começo do Mundo”, do Projeto Revelando Brasis da Petrobrás, produzido e dirigido por Leonardo Alves. Reapropriação dos espaços do saber a partir do uso das mídias sociais nos ambientes virtuais de aprendizagem (AVAs) / Sandra Helena Pereira Rodrigues (FUNDAJ) A profusão de imagens com que a sociedade se depara na atualidade modifica a forma de pensar, constituindo assim uma nova forma de ser e compreender os signos e significados das coisas. Sendo assim, há de se pensar como se dá o processo educativo diante desse fenômeno e como é possível ampliar a ação educativa e aprimorar o saber. OBJETIVOS: Analisar as potencialidades desses espaços do saber enquanto ferramentas agregadoras de produção de conhecimento para os ambientes de aprendizagem a distância. - Ampliar a discussão do potencial pedagógico comunicativo inserido nas redes sociais e sua relação com a prática pedagógica vigente. PRESSUPOSTOSTEÓRICOS: A partir do surgimento do saber coletivo proposto por Pierry Lévy e vivenciado pelo fenômeno das redes sociais, este estudo vem questionar se é possível re-criar novas formas de aprendizagem a distância on-line utilizando-se dos recursos multi-midiáticos potencializados pela Internet. METODOLOGIA: Relacionar a teoria do espaço do saber e produtividade semiótica proposta por Pierre Lévy a partir da analise das AVAs e sua relação com as ferramentas de mídias sociais. RESULTADOS: Busca-se, comprovar que, os conceitos propostos por Pierre Lévy de fato têm relevância para se repensar o fazer pedagógico. Recit@l Digit@l: uma experiência divertida / Eliene Leite de Carvalho Santos (Colégio Marista-São Luís/MA) Apresentação: O desinteresse pela leitura precisa ser combatido desde cedo, mas não pode ser esquecido durante a adolescência. A consciência da importância da leitura possibilita o investimento em atividades que promovam um contato maior com o texto literário. Este contato maior se dá, principalmente, pela vivência do texto e não só pela sua leitura. O jovem não deve ser mero espectador do texto. Justificativa: A melhor forma de relacionar os nossos jovens à literatura brasileira é colocá-los em contato direto com os textos. Este contato direto de que tratamos acontece desde as primeiras semanas de aula, quando os alunos são apresentados a alguns autores, até as últimas semanas, quando os alunos se envolvem de tal forma com o texto, que se tornam capazes de transpor o texto escrito para a oralidade, criando vídeos nos quais os recitam e interpretam. Metodologia: Quando os alunos demonstraram um bom entendimento a respeito do que foi vivenciado, sendo capazes de discernir entre os autores as fases de sua produção ou o contexto do qual fizeram parte, resolvemos avançar nas possibilidades de trabalho com a literatura dentro do ensino médio e propor o Recit@l Digit@l. Conclusão: Na data marcada, os alunos entregaram os vídeos e foi um momento de grande diversão, no qual se percebia o crescimento intelectual em relação à literatura. Algumas equipes ultrapassaram o esperado, ousaram na elaboração e produziram vídeos que propunham interpretações ainda não conhecidas. Considerações Finais:Apresentar os textos líricos do Romantismo brasileiro através desse projeto demonstrou ser uma forma eficaz de estimular esta leitura. Os alunos foram capazes de compreender e de opinar à respeito de textos e de autores. O professor atua, aqui, como um mediador do aprendizado e não como o único capaz de entender o texto. Recursos semióticos em websites: uma discussão sobre o processamento da leitura no hipertexto / Cleber Pacheco Guimarães (UFPE) Parece haver consenso, hoje, de que o grande alarde sobre a não-linearidade do hipertexto não passou de “alarme falso”. Atualmente muitos linguistas defendem que o texto convencional, impresso, também oferece caminhos que comprometem a linearidade (com suas notas de rodapé, sumários, capítulos etc.). A própria noção de “hipertexto”, atribuída com mais afinco aos textos em ambientes digitais, hoje é estendida, por alguns pesquisadores, a todos os tipos de texto, inclusive aos impressos. Entretanto, é fato que a produção/recepção de textos em ambientes 118 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem virtuais configura-se com peculiaridades que a distinguem da produção/recepção de textos convencionais. Essa distinção é tão real e forte que surgiram termos como “stress cognitivo” (MARCUSCHI, 1999) – atrelado à leitura de gêneros digitais – e “enunciação digital” (XAVIER, 2002) – modo de enunciação no hipertexto (visto aqui como “texto em ambiente digital”). Neste trabalho, propomo-nos a analisar, à luz da Semiótica Social (van LEEUWEN, 2006), quais significados são mobilizados pelos recursos semióticos – mormente os relacionados à (des)conexão – em websites como Facebook e Twitter. Nosso investimento pretende contribuir 1. com discussões sobre como se processa a leitura no hipertexto, e 2. com o apontamento de características globais, “genéricas”, a muitos dos ditos gêneros digitais. Rede como espaço livre e aberto / Lialda Bezerra Cavalcanti; Amarílis Valentim (UNICAMP) O presente artigo apresenta uma breve contextualização do desenvolvimento da rede e da internet, que como nos dias de hoje as redes sociais constróem uma nova forma de mediação da realidade e suas respectivas implicações no que se pode chamar de “ética da rede”. Destacam-se também alguns pontos referentes ao uso da rede no âmbito da educação e ensino suas novas formas de comunicação e características próprias. Comenta-se sobre a comunicação que ocorre de forma planetária, sem fronteiras ou limitações geográficas e de certa forma também atemporais, alertando, porém, para a necessidade de delimitações quanto à vigilância e ao comprometimento da privacidade que vêm a reboque do desenvolvimento tecnológico, atingindo a todos os usuários, implícito ao uso de toda essa novidade tecnológica e da forma de ver a vida e conceber as relações, vinculadas a esses novos padrões. Redes de relacionamento transformadas em ambientes virtuais de aprendizagem por alunos de graduação de língua inglesa / Janaína da Silva Cardoso (UERG) Tecnologia não garante autonomia ou aprendizagem. Entretanto, os recursos tecnológicos, quando bem empregados, podem ser tornar ferramentas muito úteis no contexto educacional. Esta apresentação é um relato de um projeto desenvolvido por um grupo de alunos de uma das disciplinas de prática de ensino do curso de graduação de Letras (Inglês-Literaturas) da UERJ. O objetivo dessa disciplina é discutir o uso de novas tecnologias para o ensino de língua inglesa. Como projeto final do curso, esse grupo específico foi convidado a transformar ambientes sem fins educacionais em ambientes virtuais de aprendizagem simples e gratuitos, para serem utilizados por eles, e que pudessem servir de modelo para utilização com seus futuros alunos. O resultado da experiência foi muito positivo, como poderemos constatar ao visitarmos dois dos espaços criados por eles: um blog e um wikispace. Como muito dos nossos alunos se tornarão professores em breve, acreditamos que a discussão de como tirar melhor proveito das tecnologias mais modernas para promover o aprendizado de línguas deva iniciar na universidade. Redes sociais: uma nova ferramenta pedagógica para a graduação a distância / Liz Cristiane de Oliveira Roma de Melo; Sebastião da Silva Vieira (Prefeitura Municipal de Camaragibe) A expansão das novas tecnologias de informação, consoante com a recente popularização da internet no Brasil, abriram campo para os cursos universitários no formato de ensino a distância. No presente estudo de caso, realizado no sertão do Araripe-PE, observamos presencialmente – no Pólo – e virtualmente – no AVA – ambiente de verificação de aprendizagem- que professores, professores-tutores e estudantes do curso de Licenciatura em Pedagogia a distância de uma conceituada universidade de Pernambuco, iniciaram um novo diálogo pedagógico fora da plataforma estabelecida. O canal utilizado para esse fim foram as redes sociais. Extra-oficialmente, a comunicação estabelecida nesse meio, facultaram em trocas significativas de: materiais, conhecimento e de esclarecimento de dúvidas sobre os conteúdos abordados entres os sujeitos participantes dessas ações; que ora agregadas à plataforma padrão, passaram a intercambiar e a complementar os recursos didáticos-pedagógicos ofertados pelo suporte oficial. Enfim, dessa experiência concluímos que as redes sociais podem ser utilizadas como suporte para ampliar o saberfazer pedagógico dos sujeitos envolvidos, destacando-se nesse contexto, como ponto de encontro para o debate e o consecutivo amadurecimento das ideias geradoras das aprendizagens. http://www.nehte.org/simposio2010 I 119 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem Redes sociais e o ensino de línguas: como se faz isso? 5 dicas fundamentais para desenvolver o ensino-aprendizagem de línguas utilizando as TICs / Leila Ribeiro (FAJESU); Washington Ribeiro (UnB) Com a popularização da internet como principal tecnologia utilizada na comunicação, por meio das redes sociais, nas quais é possível trocar informações, conversar, ver fotos e vídeos e fazer novas amizades, demonstra que é possível interagir de forma rápida e positiva junto aos aprendentes contemporâneos. Blogues, MSN, Orkut, Twitter, Facebook são apenas alguns exemplos das diversas redes sociais disponíveis na internet que podem fazer a diferença no ensino de línguas. A proposta desta comunicação é demonstrar aos educadores as diversas possibilidades de interação junto aos aprendentes, e como é possível obter resultados positivos utilizando as redes sociais e as Tecnologias de Informação e Comunicação - TIC no ensino-aprendizagem de línguas. Para elucidar tais aspectos será demonstrado a pesquisa-ação que ocorreu em uma faculdade de médio porte em Brasília em turmas de graduação de um curso bilíngue (inglês e espanhol) e teve como resultado a melhoria na autonomia da aprendizagem dos acadêmicos e um melhor desempenho nas avaliações das habilidades orais. Reencantar a educação: impactos da interação entre o ser professor e o programa UCA / Adriana Carvalho da Silva; Sérgio Paulino Abranches (UFPE) A proposta dessa pesquisa é desenvolver um estudo exploratório acerca da implantação do Programa Um Computador por Aluno (UCA) em escola municipal de Pernambuco, com objetivo de analisar os impactos da interação entre a concepção do Ser professor e a implantação do UCA. Especificamente, investigar que aspectos, sob influência do UCA se configuram como desafios para o professor e a reflexão do Ser professor; identificar elementos das ações pedagógicas que remetem à proposta do Programa UCA e à concepção do Ser professor, além de verificar como a atuação do professor, levando em consideração a concepção do seu papel na educação, contribui para a implantação da proposta do UCA. No percurso metodológico da pesquisa optamos pelo Grupo focal em ambiente virtual e técnicas de História de vida, observação e entrevista semi-aberta. Para análise dos dados utilizaremos a Análise de Conteúdo, a fim de analisar se a influência mútua dessa relação irá contribuir para a reflexão do Ser professor e repercutir nas ações pedagógicas desenvolvidas com o Laptop on line positiva ou negativamente. Para tanto, se procurou em Habermas, Alarcão, Freire, Lévy, José Morin, Bonilla, Cazeloto, dentre outros autores, um suporte teórico que permitisse aguçar nossa reflexão acerca da temática. Reflexões artísticas e educacionais acerca da ação docente no processo de produção-formação em artes visuais / Cibelle Amorim Martins; José Rogério Santana; Mônica Barbosa dos Santos (UFC) O presente artigo visa abordar reflexões sobre ensino/aprendizagem no âmbito da produção de imagens digitais (fotografia, desenho, vídeo), tratando de fatores artísticos e educacionais enquanto ação profissional no processo de produção-formação. Para tanto utilizamos como metodologia a observação feita a partir da realização de um curso com alunos recém-ingressos na Universidade Federal do Ceará. Os estudantes trabalharam com tecnologias digitais na produção de imagens com base nas idéias de Schön (2000) e Freire (2004), autores que discutem aspectos do processo formativo por meio de categorias como reflexão e meta-reflexão. Foi possível observar que a produção criativa de artes visuais contribui para a emancipação humana, quando o aluno buscava capturar antes a imagem do que a beleza que podia lhe saltar aos olhos, percebendo a imagem como um registro histórico. Foi quando passaram a tomar consciência dos registros elaborados por eles. O estudo mostrou como o professor pôde favorecer o uso das tecnologias nas atividades, em sua vivência social de modo a valorizar a fotografia, o desenho, o vídeo como registros históricos, educativos e culturais, trabalhando a compreensão de mundo e promovendo a ação reflexiva no aluno, favorecendo, pois, a emancipação crítica e artística em suas produções. 120 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem Registros de um processo: letramento digital de uma professora participante do curso mídias na educação / Andréa Santana de Vasconcelos (Prefeitura Municipal de Caruaru) Este trabalho é um recorte de um estudo de caso realizado com um sujeito em formação continuada pelo curso Mídias na Educação. O estudo de caso proposto teve por finalidade acompanhar o processo de inclusão digital do sujeito descrito. Para tanto, considerações acerca do letramento foram de significativa relevância para a realização do trabalho. Assim, discorremos neste texto sobre um tipo específico de letramento, o digital. Elencamos as características de escrita pública, autoria/autonomia e convergência para o mesmo e dividimos nosso corpus de análise em três níveis distintos de letramento digital, quais sejam: básico, intermediário e avançado. O estudo nos permitiu concluir que a maturidade e habilidade que os sujeitos vão adquirindo perante o uso da escrita, em suas diversas atribuições sociais, é o que vai indicar o estágio de letramento desses sujeitos. Representações de corpo e virtualidade no ensino: a presencialidade e a nãopresencialidade como contextualização de ensino a aprendizagem em âmbito universitário / Silvane Fensterseifer Isse; Rosane Maria Cardoso; Ester Weissheimer (UNIVATES) Na contemporaneidade, as novas tecnologias permitem que a relação de ensino e de aprendizagem se construa na relação de não presencialidade, fazendo com que os procedimentos didáticos ultrapassem a idéia de um encontro físico entre professor e alunos, já que a não-presencialidade física não significa a ausência de ambos no processo. Ou seja, o ensino à distância é efetivamente uma relação pedagógica e não apenas uma ferramenta de ensino. Esta pesquisa, ainda em andamento, é de base qualitativa, feita através de entrevistas semi-estruturadas, visa a investigar as representações presentes na relação ensino-aprendizagem em ambiente propiciado pelas metodologias do ensino à distância. Embora muito se discuta sobre como manter a qualidade em concordância com o EAD, pouco se fala sobre como o professor e como o aluno percebem e se percebem nesse contexto. A Pesquisa analisa como o estudo, através de fóruns virtuais ou por vídeo-conferência ou mesmo o contato do professor com o aluno via correspondência virtual, é visto e sentido por ambos e o que significa para os sujeitos envolvidos ensinar e aprender através de múltiplas janelas que abrem quantidades infinitas de informações. Ruídos e silêncios em torno do compartilhamento: a rede social do Sombarato e suas práticas discursivas / Manoel Sotero Caio Netto (UFPE) Procuro compreender o fenômeno do compartilhamento livre de músicas com o uso da internet, identificando as reverberações dessa prática social e discursiva, já que envolvem também condições de produção e consumo de textos, imagens e afetos. O Sombarato tem a música como seu principal conteúdo aglutinador e motivador para o encontro e se configurou como espaço de discussão e reflexão em torno das mudanças na produção musical. O Sombarato pode ser entendido como uma rede social, tendo em vista seu objetivo de partilha de valores, idéias e sentimentos. Trato, portanto, desse arranjo colaborativo acompanhado de uma elaboração discursiva que, por sua vez, busca se justificar em torno das noções de legitimidade e legalidade. Neste sentido, buscar-se-á explorar essas mudanças na experiência da música, tomando o caso do Sombarato como modelo dessas redefinições e que permitem outras formas de relações. Essas outras formas de experiência e sensibilidade são possíveis por meio do uso e apropriação desses artefatos que procuro discutir. Second Life: redes de relações e produções de sentido / Erica Alves Barbosa Medeiros Tavares (UFJF) Como o Second Life (SL) contribui para a criação de redes de relações e produções de sentidos na educação? Em busca de compreender os meandros desta relação, foi proposta à turma da disciplina “Aprendizagem em Ambientes em Rede” do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora e a alguns membros http://www.nehte.org/simposio2010 I 121 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem do Grupo de Pesquisa de Aprendizagem em Rede (GRUPAR) uma imersão nesse metaverso. Autores como Adriana Bruno, Lucia Santaella, Pierre Lévy, Edméa Santos e Alex Primo, iluminam a compreensão do que vem a ser aprendizagem em rede, cibercultura e interação mediada por computador. Em entrevistas com residentes experientes (com mais de dois anos de SL) conhecemos algumas redes e possibilidades educacionais que o ambiente oferece. O Second Life apresenta diversas formas de interação entre pessoas de diferentes locais e tempos, oferece possibilidade de hipermídia que facilitam as ações pedagógicas no metaverso. Sociedade contemporânea e saber transdisciplinar / Tânia Regina Barbosa de Sousa (UFS) O grande desafio imposto à sociedade contemporânea é a valorização das culturas e saberes locais e a sua contextualização com os saberes globais. No presente artigo o objetivo central e discutir o uso da internet como produtora e/ou democratizadora de conhecimento e suas relações com o global e o local. O advento da internet como ferramenta de estudo, pesquisa ou lazer altera, em certa medida, a concepção de sociedade, haja vista que, na contemporaneidade, essa sociedade mantém uma possível relação de dependência com essa tecnologia. Assim, não se pode deixar de analisar a globalização e a internet como processos contemporâneos de democratização do conhecimento e valorização da cultura, partindo-se do principio de que o modo de assimilação do conhecimento vem mudando. O papel do pesquisador também vai se alterando e apresenta-se um novo dilema: a internet democratiza o acesso ao conhecimento e, ao mesmo tempo, o pesquisador continua reproduzindo o que lhe é imposto como verdade científica. Torne-se, portanto, cada vez mais urgente que se repense de que forma esse pesquisador poderá romper esse paradigma moderno da pesquisa e avançar com as novas possibilidades que lhe são apresentadas. Sociedade em rede: novo sentido à mediação pedagógica e a sedimentação de ecologias cognitivas / Lauriza Quina Barreto do Nascimento (UFJF) O artigo objetiva um percurso reflexivo sobre a temática das ecologias cognitivas, no viés do ato ou efeito da mediação, considerando ambientes e espaços tridimensionais de aprendizagem, as transformações evidenciadas neste contexto a perfazer e dinamizar novos e diferentes processos pedagógicos, relações sociais e discursos na aprendizagem. Apresenta o relato de experiência na unidade curricular Comunicação Educacional, do programa de Mestrado da Universidade Aberta de Portugal, em Ciência da Educação e os resultados aferidos e sistematizados nos seguintes indicadores didático-pedagógicos - interatividade, conectividade, flexibilidade, multilinearidade, qualidade das informações, conteúdos e convergência de linguagens interativas obtidos na metadisciplina. Propõese um protótipo de modelo cognitivo autopoiético que propicia a construção de conceitos e estratégias conjugadas à episteme cognitiva construtivista, facultando aos sujeitos a combinação do aprender pelo operar no processo e a transição dos próprios paradigmas na ambientação. A análise do modelo cognitivo baseia-se nos fundamentos da abordagem de Maturana e Varela que ascende a cognição epistêmica e suas respectivas conseqüências – olhar, pensar e explicar, em contraposição à possibilidade cibernética de um processo cognitivo sem sujeito cognoscente. Finalmente, consolida-se uma avaliação baseada nos indicadores tomados em observação, e, posteriormente, o registro para extração e validação de aquisições no exercício autopoiético. Tecnologia e Interação em uma comunidade de prática / Silvane Aparecida Gomes, Vicente A. Parreiras, Adriana G.D. Teixeira (CEFET/MG) A avaliação sistêmica nacional, exame iniciado em 1998 possui uma credibilidade cada vez maior, sendo até 2008 voluntário passando a ter caráter de vestibular em 2009, despertou questionamentos a partir das variantes que cada exame apresentava cada ano. Em 2007 a correção avaliativa das provas de redação ocorreu em meio digital, e foi apoiada por meio de grupo de colaboração à distância mediado pelas TDICs. Com o uso da ferramenta e-group, houve uma mudança na perspectiva de Colaboração, tal interação provocou o surgimento de uma comunidade de prática. O presente trabalho é um estudo de caso a respeito dos procedimentos, das crenças e dos 122 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem impactos do uso do computador como mediador entre esses docentes de forma interativa. E aponta questões sobre a importância da atividade colaborativa para formação e desenvolvimento de uma comunidade de prática envolvida neste processo online. E reforça a importância do treinamento de professores para o uso dos recursos tecnológicos, como fator diferencial para a adequação e para o sucesso de programas de avaliação seriada. Texto, hipertexto e o processo de didatização no ensino de língua / Emerson de Pietri (USP) Partindo-se de discussões que consideram o texto como um complexo coeso e coerente de elementos que se vinculam hipertextualmente a outros elementos, internos e externos a ele, segundo princípios metonímicos e metafóricos, apresentam-se neste trabalho resultados de investigação sobre as possibilidades que a noção de hipertexto oferece para as práticas de ensino e de aprendizagem de língua. As perguntas orientadoras da investigação focalizaram os modos de apropriação de textos, com objetivos didáticos, considerando-se as possibilidades e os obstáculos oferecidos pelos recursos hipertextuais para a formação de competências discursivas, em suas relações com os modos de produção textual desenvolvidos historicamente na cultura impressa. As discussões apontam para a necessidade de considerar as conseqüências, para a noção de autoria, do tratamento das relações intertextuais baseadas em padrão de rede e sua característica de não-linearidade. Associada à questão da não-linearidade, apresentam-se questões sobre as transformações na concepção de tempo e espaço que o hipertexto enseja: nesse sentido, se a espacialidade tornase elemento em evidência para a interação com o texto em meio digital, é preciso considerar de que modo a temporalidade opera no processo de linearização que caracteriza a interação do sujeito com os recursos oferecidos pela textualidade eletrônica. Texto, hipertexto e operadores de leitura / Reheniglei Rehem (UESC) Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus-BAEste artigo discute a metodologia de uma aula não presencial concebida para a disciplina A Formação do Leitor em Literatura do curso de Letras Vernáculas da Universidade Estadual de Santa Cruz, 2009, localizada no perímetro Ilhéus-Itabuna, Bahia, tendo como conteúdo o conceito de texto em suas diferentes modalidades, desde a linguagem impressa até a visual figurativa acessadas em computador, como, por exemplo, a fotografia, a charge e a pintura. A fundamentação teórica para essa análise consiste na teorização da aprendizagem significativa de Lantolf (2000), da transversalidade de conhecimentos entre diferentes gêneros textuais de Vygotsky (1987) e Japiassu (1976), mais os recentes estudos de Marcuschi e Xavier (2004) sobre a importância do hipertexto para o processo de ensino-aprendizagem em ambiente virtual. Nesse sentido, podemos considerar que as metas e os objetivos dessa atividade pedagógica pressupõem o hipertexto como recurso metodológico e operador das múltiplas variações textuais, usado como instaurador de sentidos e possibilitador de diferentes recepções de leitura e produções de escrita pelo potencial aluno-leitor e produtor de texto. Trajetórias de estudantes universitários de meios populares em busca de letramento digital / Daniela Perri Bandeira (CEALE/UFMG) O objetivo deste trabalho foi investigar que relação mantêm com o computador e a internet indivíduos de meios populares ingressantes em instituição de ensino superior que pressupõe alunos com letramento digital prévio. A Faculdade de Educação da UFMG foi o cenário do estudo. Procurou-se compreender que cultura digital vem se constituindo em seu espaço e de que forma o aluno calouro “infoexcluído” desenvolve estratégias para atender às demandas de uso da internet no mundo acadêmico. Foi necessário fazer uma pesquisa de caráter longitudinal, num período de dois anos; selecionar alunos de camadas populares que não possuíam computador/internet e que não sabiam fazer uso deles. Para isso, foi aplicado um questionário de caráter socioeconômico. A análise dos dados teve como ênfase a história da entrada dos sujeitos no mundo digital e revelou particularidades do espaço em que a pesquisa se desenrolou, no que diz respeito ao desenvolvimento de um letramento digital local. Constatou-se que, embora haja na universidade certa naturalidade para tratar de assuntos ligados ao letramento digital prévio http://www.nehte.org/simposio2010 I 123 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem dos alunos, a cultura digital local é incipiente e reveladora de uma série de problemas e dificuldades. Os principais autores utilizados foram: Lahire, Bourdieu, Brian Street, David Barton e Coscarelli. Travessias e interação socio-verbal na escrita em weblog pessoais / Robério Pereira Barreto; Cenilza Pereira dos Santos (UNEB) Atesta-se que as tecnologias digitais suportadas pela web ocupam e promovem dinâmicas constantes que, por sua vez provocam mudanças na sociedade contemporânea de vida social intensa. Tem-se nesse contexto as redes sociais como dispositivos virtuais facilitadores à produção de linguagem de acordo com o cotidiano da comunidade cibernética à qual os indivíduos se vinculam. Este texto se inscreve como proposta de comunicação, visando relatar parte da proposta de pesquisa que vem sendo realizada com adolescentes de duas escolas na cidade de Irecê-Ba, sendo uma pública e outra privada. Estes sujeitos foram escolhidos em virtude de serem cibernautas participantes efetivos nas vivências propostas pelas redes sociais. Diante dessas questões, se prioriza a interação socio-verbal na escrita do weblog, por se compreender que há nessa tecnologia intelectual um modus de produção de linguagem, por meio da qual a conexão e a interação entre os cibernautas se completam e solidificam através da iniciativa livre dos internautas, a qual constrói a interação socio-verbal. Essas relações em rede sociais ocorrem devido ao acordo estabelecido entre os participantes dessas comunidades que, falando um mesmo código e partilhando o capital social nela existente interatuam socialmente e tem como mecanismo de comunicação ato da escrita digital. Tutoria a distância em curso de letras online: um relato de experiência / Morgana Soares da Silva (UFPE/CAPES) Este trabalho tem por objetivo precípuo descrever nossa experiência como Supervisora de Tutoria e Tutora no Curso de Licenciatura em Letras a Distância da UFPE.Tal investigação é justificável pelo caráter inovador e recente da EaD na instituição, que ainda está construindo “seus caminhos”. Metodologicamente, procedemos à descrição qualitativa de nossa prática e à apresentação da metodologia de atendimento dos tutores. Nossa análise ancorouse nos seguintes pressupostos teóricos: i) virtualidade como potencializadora da aprendizagem (LÉVY, 1996) no Ensino Superior (ARAÚJO Jr & MARQUESI, 2009); ii) AVAs como ambientes apoiados na TI que simulam a interação da sala de aula e permitem a construção do conhecimento (ARAÚJO Jr & MARQUESI, 2009; MAIA & MALTAR, 2007; SILVA, 2006); iii) Tutor a Distância como novo papel responsável por mediar a participação dos estudantes no AVA (GONZALEZ, 2005), orientar o trabalho discente e dar suporte ao trabalho do Professor Titular. A análise da execução do segundo e do terceiro períodos (2009) do curso constatou a metodologia de atendimento criada pela Coordenação e executada/aperfeiçoada por seus colaboradores, trazendo à luz novas formas de ensinar-aprender em AVA. Apoio CAPES Twitto, logo significo: a formação do sujeito social na Cibercultura / Olívia Ferreira do Couto (UNICAMP) Nosso objetivo é pensar de que modo as relações e laços sociais são configuradas no ciberespaço, especificamente no Twitter, no intuito, de compreender como se dá a formação do sujeito social na cibercultura. Escolhemos o site, por ser esse um lugar da (in) formação, onde o sujeito se relaciona com as “coisas a saber”, (produções, criações, teorias filosóficas,cinematográficas, científicas, matemáticas), diversos campos do conhecimento, e por serem esses artefatos culturais que devem ser levados em conta na formação (Educação formal) do sujeito contemporâneo, quando pensamos na utilização pedagógica da internet. Nossas reflexões se nortearão sob a luz da Análise do Discurso francesa. Serão feitas pesquisas e estudos analíticos, tendo como principal foco a observação do modo de circulação do conhecimento no Twitter, a materialidade simbólica do site, as postagens dos usuários, a questão política/ ideológica; como se escreve, para quem se escreve, o que se escreve e em que situação, de que modo essas twittadas repercutem na sociedade, dentro e fora do espaço da internet. Nesse sentido, que os resultados esperados ressoam para compreensão de uma teia significante, que liga a educação formal ao mundo digital, dando um sentido outro a esse excesso de informação, potencializado pelo ciberespaço. (Fapesp/Processo: 2010/04488-0) 124 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem Um olhar psicossocial sobre as representações sociais da info-inclusão nas escolas do segundo segmento do município de Nova Iguaçu / Maria da Gloria Borges (CIEP 373 Brigadeiro Teixeira/RJ) Este trabalho se propõe a apresentar os resultados da pesquisa sobre inclusão digital, junto aos docentes do ensino fundamental da rede pública do município de Nova Iguaçu no Estado do Rio de Janeiro, á luz da contribuição da Teoria das Representações Sociais. A justificativa para a realização dessa pesquisa é a importância deste tema para a sociedade e para o campo educacional em que se localiza o universo da investigação. Refletir sobre este assunto baseado na abordagem moscoviciana das Representações Sociais implica aceitar que o sentido atribuído a um determinado objeto é uma construção psicossocial do indivíduo que contém em sua bagagem o conhecimento do grupo ao qual pertence (Moscovici, 2003). O objetivo deste trabalho consistiu, portanto, em investigar as representações sociais sobre inclusão digital junto ao grupo de referência dos docentes. O método utilizado foi o exploratório, como tipo de pesquisa qualitativa, com a aplicação de um instrumento de levantamento de dados correspondente a um questionário. O tratamento dos dados teve por base a análise de conteúdo, segundo Bardin (2000). Uma abordagem construcionista da utilização dos computadores na educação / Thaís Cristina Alves Costa (UFOP) A sociedade moderna vem convivendo cotidianamente com a evolução dasTecnologias da Informação e Comunicação. Esse novo panorama provocou a adoção do computador como elemento importante e, às vezes, indispensável para a maioria das áreas de conhecimento. Partindo desta realidade, o presente trabalho buscou investigar as principais contribuições da inserção do computador no panorama educacional atual. Para isso, enfocamos o processo de ensinoaprendizagem através da perspectiva construcionista de Seymour Papert em contrapartida ao sistema instrucionista inicial. O resultado do estudo proporcionou uma melhor compreensão quantitativa e qualitativa da dinâmica educacional que envolve: aluno – professor, ensino – aprendizagem e aprendizagem com computadores. Uma experiência colaborativa de avaliação com o uso do wiki / Adonai Estrela Medrado (UNEB) O trabalho tem por objetivo apresentar o relato de experiência do autor no uso de uma ferramenta de wiki para avaliação do aprendizado em um curso presencial. Os alunos que participaram da atividade cursavam a disciplina Sistemas Operacionais do curso de Sistemas de Informação de uma faculdade privada do interior da Bahia. A proposta foi lançada como um desafio de uma avaliação dirigida à aprendizagem, que ocorresse ao longo de todo o semestre e se beneficiasse da hipertextualidade e das possibilidades tecnológicas. A cada aula lançava-se uma questão para reflexão no wiki. Todos tinham acesso às respostas dos demais e, juntamente com o professor, podiam postar comentários para ajudar no aprofundamento das reflexões. Além disto, momentos específicos dos encontros em sala eram destinados à leitura, crítica e sugestões a respeito do material já postado. Os resultados da experiência, conforme avaliação coletiva entre professor e alunos, mostrou que este tipo de avaliação, ao invés de ser dirigida a provar, moveu à aprendizagem. Com os comentários, as respostas foram evoluindo, o “copiar-e-colar” foi reduzindo e a autoria referenciada prevaleceu. Os discentes relataram compreender a importância de se refletir sobre a leitura e de se procurar fontes confiáveis. Usando a tecnologia nas aulas de Inglês do ensino fundamental: relato de uma experiência / Luciana de Oliveira Silva (UFMG) Este trabalho relata uma experiência do uso de tecnologia digital nas aulas de inglês, com alunos do EF em uma escola regular federal. O trabalho foi desenvolvido a partir de um projeto de ensino e pesquisa e realça as atividades criadas para a interação em ambiente virtual e as reações dos aprendizes em relação às tarefas e avaliações. Com a ajuda de um site criado para postagem de tarefas e de um blog para atividades de leitura e escrita, os aprendizes, inicialmente, lidaram com ferramentas de edição de texto, pesquisa em mecanismos de buscas e uso de correio http://www.nehte.org/simposio2010 I 125 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem eletrônico para entrega de tarefas. A partir daí, a potencialização da web como recurso para aprendizagem de inglês passou a ser o foco. Através de visitas a sites de informações e atividades na língua-alvo, os alunos praticavam estruturas trabalhadas nas unidades de ensino do material utilizado em sala de aula. A experiência mostra que os aprendizes nessa faixa etária estão abertos à interação em ambiente virtual, desde que bem guiados nesse processo, e que o desempenho deles na língua-alvo, nas atividades em aula fora do laboratório, também apresenta mudanças significativas, relacionadas ao grau de motivação no envolvimento das lab classes. Uso de novas tecnologias e a problemática ambiental: diálogos (im)possíveis entre geografia, educação ambiental e blogs em um projeto de formação continuada de professores / Eliano de Souza Martins Freitas (IGC/UFMG) Os blogs são considerados umas das principais ferramentas no uso de novas tecnologias nos processos de ensinoaprendizagem, pois são espaços virtuais de interação e construção ativa do conhecimento, de fácil criação e não necessitam de programas específicos para gerenciamento. Os blogs permitem uma aproximação entre a pessoa/ instituição que os mantém e outros membros da “comunidade”, com um maior envolvimento/colaboração entre as partes. Assim, eles são largamente utilizados em diversos projetos de educação. Desde 2004, desenvolve-se na Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) o Projeto de Desenvolvimento Profissional de Educadores (PDP) que tem nos blogs o principal meio de comunicação entre os envolvidos no projeto (professores e orientadores). Através deles ocorre a exposição e avaliação das tarefas realizadas nos projetos. Avanços e limites ocorreram na consecução dos projetos nesses anos, merecendo uma avaliação crítica. Assim, apresento a proposta de trabalho objetivando avaliar os limites e perspectivas do uso desta nova tecnologia no contorno da formação de professores e nos processos de ensino-aprendizagem que trazem como base as discussões da problemática ambiental. Avalio a qualidade dos diálogos entre geografia e problemática ambiental, a partir de projetos que usam os blogs como instrumento de interação/colaboração e de produção do conhecimento. Ví[email protected]: jovens e vídeos na cibercultura / Heloisa Helena Oliveira de Magalhães Couto (UFRJ) O horizonte das investigações que empreendo é a constituição de novas maneiras de aprender e de conviver vis-à-vis à constituição de um mundo digital e ao fomento da cultura da convergência. Duas questões guiam a exploração: pensar a produção cultural audiovisual e pensar novos modos de produção e de transmissão do saber. Um primeiro fio articulou, em pesquisa qualitativa, vídeos disponibilizados noYouTube, e as práticas culturais dos jovens, e arquitetou uma ponte com a Educação. Os jovens e as suas produções são interdependentes. Essa experimentação estética precária é lugar de constituição de subjetividade, mas é tomada, também, para a narratividade do contemporâneo. A inovação tecnológica tem aproximado jovens de mundos distintos (Novaes, 2006) e ampliado possibilidades de criação. Muitos jovens, mas não todos, porque são muitas as juventudes, parecem bastante ocupados em seu tempo livre como produtores de bens culturais. A partir da análise de vídeos e entrevistas, entendemos que os vídeos compartilhados têm sido usados como uma forma de comunicação. Até porque interagir é ser capaz de produzir seus próprios sentidos e significados, é ser também co-autor. O que está em jogo é uma nova sensibilidade produzida a partir da operação, interação e conexão midiática (Barbero, 2006). Web 2.0 e hipertexto: conectando alguns links com a ação pedagógica / Gustavo Henrique de Araújo Freire; Carlos Eugênio da Silva Neto (UFPB) Discute o uso do hipertexto eletrônico no processo pedagógico na plataforma Web 2.0. Nosso pressuposto é que através desse meio o alunado se torne, ativamente, participante do processo de acesso e uso de informações e construção de conhecimentos. A sociedade contemporânea se caracteriza pela abundância informacional, havendo a exigência do desenvolvimento de habilidades informacionais específicas para a localização de fontes confiáveis de informação, a sua organização e assim otimizar o uso do conhecimento técnico, científico e cultural. Contextualiza o papel dos agentes informacionais – professores – no que se refere à seleção e organização das informações contidas em páginas hipertextuais. O professor passa a ser responsável pela promoção da mediação entre a sociedade da 126 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem informação e seus discentes, ou seja, suprir-lhes a necessidade de aquisição de informação. O estudo, ora em andamento, realizou-se à luz da fundamentação teórica da Ciência da Informação e o tipo de pesquisa utilizada pelo presente trabalho, tem o caráter exploratório. Tais pretensões objetivam ainda apresentar um tutorial para o uso dos professores da educação básica, utilizando-se dos links, com informações sobre as novas tecnologias digitais da informação e comunicação. Webquest e hipertextualidade na prática pedagógica: as orientações de trabalhos escolares no Senai de Florianópolis / Eli Lopes da Silva; Alessandro de Matos Abrahão; Alexandre Bastos Corrêa (SENAI/SC) Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa-ação, em andamento na Faculdade de Tecnologia Senai Florianópolis, na qual está sendo construído um ambiente para postagens de Webquest, intitulado WQS Senai, a partir da qual os professores, participantes da pesquisa-ação, postam as orientações para trabalhos acadêmicos. Na pesquisa está sendo investigada tanto a questão do uso da tecnologia em si, com a hipertextualidade que a ferramenta oferece, quanto das práticas pedagógicas oriundas deste uso, além da contribuição dos docentes para o aperfeiçoamento da plataforma. Os argumentos aqui apresentados, dos professores que criaram webquest na plataforma e dos alunos usuários das mesmas, demonstram que a tecnologia em si não é o diferencial, mas que ela amplia as possibilidades de práticas pedagógicas inovadores e potencializa a construção do conhecimento em rede. Pôsteres (Des)conectados:inclusão digital nas escolas públicas de Garanhuns / Jeanynni Fortunato Severo (UFRPE) Este trabalho analisa a inclusão digital nas escolas públicas da cidade de Garanhuns, Pernambuco. A pesquisa, em andamento, observa como vem sendo feita esta inclusão e como ela contribui para a formação dos alunos em escolas que receberam laptop e escolas em que professores fazem uso do computador nas aulas. A pesquisa também procura entender até onde a inclusão digital pode chegar e como se dá o processo de desenvolvimento dos sujeitos envolvidos. Além da observação das práticas dos professores em relação às novas tecnologias, e de como estas podem auxiliar o processo de ensino/aprendizagem dos educandos da educação básica, o trabalho investiga como se dão as práticas de letramento digital na escola pública. A pesquisa usa as observações e as entrevistas semiestruturadas como instrumentos de coleta junto a professores e alunos de 5 escolas públicas da cidade de Garanhuns. Usamos como aporte teórico as ideias de MENDES (2003), MELO (2006), SORJ e GUEDES (2005), DEMO (2005) sobre inclusão digital, exclusão digital, além das ideias de MAGDALENA (2003), ARAÚJO e GLOTZ (2009) para tratar das práticas de letramento digital. A educação a distância em ambientes virtuais de aprendizagem: percursos e percalços / Keyne Ribeiro Gomes (UNIT) A implantação das tecnologias de informação e comunicação propiciou a instauração de novas formas de comunicação e de relacionamento entre instituições, professores, alunos e a realidade. Nos ambientes virtuais de aprendizagem (AVA), as figuras do espectador alienus ou simples receptor de informações passam a ser questionadas. Nesse cenário, parece necessário implantar novas perspectivas de educação. Importa pensar numa escola aberta e flexível na sua forma de lidar com as categorias espaço e tempo em que as tecnologias digitais, possam ser o elemento fundante do processo educativo. Este trabalho tem como objetivo descrever o percurso de aprendizagem, sem ignorar seus percalços, desenvolvida no ambiente - Unit Online. A conclusão aponta que é necessário investir na formação docente atenta aos apelos e desafios que emergem dos ambientes online cujos espaços são mais que uma mera transposição ou adaptação de aulas presenciais. Assim, o professor, além do http://www.nehte.org/simposio2010 I 127 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem domínio teórico e tecnológico, precisa estar disposto a se comunicar e interagir com o aluno de modo a permitir que o silêncio desses alunos seja um silêncio de reflexão. Este trabalho tem como referencial teórico Preto e Serpa, Silva, Apareci, Freire entre outros. A leitura e a escrita de gênero do domínio discursivo político mediados pela internet / Joyce Souto Cardoso (UFRPE) Este trabalho tem como finalidade relatar experiência de trabalho realizada no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID-CAPES) com alunos do Ensino Fundamental II e trata da leitura e da escrita de gêneros textuais do domínio discursivo político mediadas pela internet. A pesquisa busca auxiliar o desenvolvimento da leitura e da escrita do estudante com o uso da tecnologia. Goés e Cunha (1991) apontam a necessidade da formação política dentro da escola e o domínio discursivo político tem se apresentado como um desafio para a atualidade. O Plenarinho, ambiente voltado para despertar na criança o senso político, apresenta-se com um espaço de leitura e escrita para que esta possa expor sua opinião, fazendo do domínio discursivo político um instrumento para desenvolvimento de concepções políticas, tendo a internet como uma possibilidade de troca de experiência. Preparar alunos para pensar de maneira crítica e para desempenhar plenamente o seu papel de cidadão é tarefa da escola e a tecnologia pode ampliar essa competência e inserir o sujeito nesses contextos. Esta pesquisa fundamentase nos postulados Braga e Ricarte (2005), Coscarelli (2003 e 2005), sobre letramento digital e ensino de Língua Portuguesa. A organização textual-discursiva da resenha eletrônica / Alayres Camila Melo de Almeida; Michele de Lima Alves Gomes (UFRPE) Neste trabalho apresenta-se um estudo sobre a resenha eletrônica, enfocando-se sua composição textual-discursiva no que se refere à análise da distribuição das informações. Objetiva-se descrever as unidades e sub-unidades retóricas e, conjugadas a estas, as estratégias linguístico-discursivas escolhidas pelos resenhistas que configuram a resenha eletrônica como gênero textual. Como fundamentação teórica, recorreu-se à abordagem de Swles (1990) e à retomada deste modelo por Bezerra (2001) para a identificação dos movimentos retóricos da resenha, como também aos estudos de Marcuschi (2004) sobre retextualização, assim como a Lévy (1999) e sua concepção sobre cibercultura. Na metodologia de investigação recorreu-se à análise de resenhas eletrônicas do livro Iracema, de José de Alencar, postadas no Youtube por leitores e produtores de textos iniciantes e proficientes e, posteriormente procedeu-se à categorização dos dados analisados. Resultados preliminares sugerem que o gênero textual determina o tipo de sumarização do texto-fonte; os procedimentos empregados pelos autores do texto-resenha para a distribuição de informações são semelhantes e padronizam a organização do gênero; a conjugação de recursos – áudio, vídeo e escrita – caracterizam a resenha eletrônica como um gênero textual específico, que evidencia os aspectos sinestésicos próprios de sua constituição. A presença dos gêneros digitais nos livros didáticos do ensino fundamental / Amanda Carla Silvestre Teixeira (UPE) Diante do uso cada vez mais democratizado e frequente das tecnologias digitais e da Internet, originam-se múltiplas formas comunicativas, ocasionando o surgimento de inúmeros gêneros, ou ainda a evolução de gêneros já existentes, gerando também a necessidade de uma análise do discurso que proporcionará numerosas descobertas. Em função disto, a escola tem como uma de suas funções formar cidadãos preparados para interagir com competência no meio virtual, não se restringindo somente ao ensino da produção de dissertações, cartas ou bilhetes, excluindo os gêneros digitais, os quais encontram-se nas situações reais e práticas do aluno. Para tratar dessa questão, analisaremos o livro didático, por se tratar de uma ferramenta típica do domínio pedagógico. Com base em um corpus de cinco coleções de livros didáticos, avaliados e recomendados pelo PNLD. A fim de identificar os gêneros digitais mais trabalhados e a diversidade dos mesmos nos livros didáticos, baseamo-nos nas pesquisas sobre gêneros digitais desenvolvidas por Bezerra (2009) e na teoria sociorretórica de Swales (2004) e Bhatia (2004). Investiga-se os gêneros textuais da mídia digital utilizados nesses livros didáticos, bem como os tipos de atividades desenvolvidas com eles. 128 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem A produção de resumos na internet e o letramento digital / Erika Vieira Araújo; Vanessa Claudino da Silva (UFRPE) Este trabalho apresenta estudo sobre o resumo como um macro-gênero, em suas particularidades como gênero textual lido e produzido na internet. Objetivamos mapear os sub-gêneros englobados pelo resumo, bem como o processamento desses textos pelos usuários da rede, revelado por sentenças linguísticas que marcam a pessoalidade em sua elaboração. Os pressupostos teóricos embasam-se em Van Dijk (1977) na sua definição de macrorregras textuais, Machado (2002) em sua nova perspectiva conceitual sobre o resumo, Lima (1994) e sua tipologia de resumos, assim como em Marcuschi (2004) e seus estudos sobre hipertexto e gêneros digitais. Como método analisamos resumos postados no site shvoong.com em alguns de seus tipos – síntese, sinopse e comentário critico – sobre o livro Dom Casmurro, de Machado de Assis e procedemos à caracterização desses por suas particularidades. Resultados parciais nos levam a constatar que os processos de sumarização de um texto na internet coincidem com a sintetização feita em outros suportes, mas que as finalidades, os recursos hipertextuais disponíveis e o espaço de produção são determinantes para as escolhas linguísticas dos autores. Também observamos que as ferramentas utilizadas pelas redes sociais contribuem para a formação de leitores e produtores eficientes de resumos, o que garante um letramento digital. A situação de produção e a informalidade em textos da internet / Emanuela Domingos Ferreira; Emanuelly Teles Ferreira e Silva (UFRPE) O presente trabalho investiga o processo pelo qual redes sociais da internet estimulam a participação de seus usuários como autores de comentários e avaliações críticas de livros e filmes.Tem-se por objetivo analisar a situação de produção em que se dá a escrita dos textos postados e os gêneros em que estes se enquadram. Para tanto forma analisados textos sobre o livro “Crepúsculo” e o filme de mesmo nome, pelo fato de os usuários basearem seus comentários comparando livro e filme. Esses textos se encontram-se no site shvoong.com que dispõe de análises de internautas sobre a obra em pauta e compartilha informações sobre ela. Como pressuposto teórico tem-se em Lévy (1999) reflexões sobre o conceito de virtualidade, Lewgoy e Arruda (2004) considerações entre a escrita em suportes tradicionais e a que se realiza na internet e Ramal (2004) que discute sobre leitura e escrita em ambiente virtual. alguns resultados apontam que há informalidade nos textos evidenciada pelo uso de expressões comuns, sem rebuscamento; o apoio em diferentes linguagens nos textos estimula outros usuários a lerem as obras; os gêneros textuais resumo, resenha e sinopse são os mais produzidos, uma vez que o site volta-se para essas modalidades de textos. Ação de linguagem escrita no hipertexto: interações contemporâneas / Deirbe Susan Gomes de Oliveira; Fabricia Ferreira Novaes (UNEB) Este trabalho tem por objetivo colocar em evidencia o desenvolvimento e a evolução da escrita e da leitura hipertextuais realizadas por estudantes da escola estadual Antonio Carlos Magalhães, em Ibibpeba-Ba, a partir de práticas sociais e trocas de saberes por meio das redes sociais da web. É uma pesquisa de conclusão de curso de graduação em Pedagogia - DCHT - campus XVI - Irecê-Ba, com o propósito de investigar como a leitura e a escrita nas redes sociais se fazem presentes no cotidiano virtual dos sujeitos contemporâneos, blogueiros e orkuteiros envolvidos na pesquisa. Elegeu-se como procedimento metodológico a participação no ambiente escolar – laboratório de informática e sala de aula – bem como a interação através das redes sociais. Pretendeu-se analisar como os avanços que o mundo digital tem contribuído na e para a vida destes jovens; fazer analise de como era e, está sendo a sua escrita; procurar ver quais as mudanças tem acontecido com a leitura e escrita dos alunos. Em questão, fazer um estudo mais aprofundado deste novo modo de ler e escreve que tem ganhado grande espaço entre a juventude. Agradecer academicamente: as emoções de um pesquisador / Andréa Silva Moraes; Angela Paiva Dionisio (UFPE) Agradecer trabalhos é uma prática discursiva comum na escrita acadêmica. Entretanto, mais do que citar nomes, os autores das teses e dissertações também fazem escolhas lexicais capazes de externar seus sentimentos, desencadeando, assim, as emoções do leitor. Buscou-se, neste trabalho, investigar as formas linguísticas caracterizadoras das http://www.nehte.org/simposio2010 I 129 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem manifestações de emoção no gênero agradecimento e a construção das identidades sociais das pessoas citadas. Para tal, foram coletados 80 documentos, entre teses e dissertações, publicados anos de 2008 e 2009, analisados numa perspectiva comparativa entre dois cursos das áreas de: Engenharia, Ciências Agrárias e Ciências Humanas. O corpus foi analisado com base nas teorias de Bezerra (2006), Charaudeau (2010), Koch (2009) e Plantin (2010). A análise dos dados nos mostra que, no gênero agradecimento, as emoções são inferidas pelo processo de argumentação, feito no discurso através de desencadeadores linguísticos. Já com relação à construção das identidades, verificou-se que os autores situavam as p essoas citadas através do processo de referenciação. As emoções seriam desencadeadas a partir dos itens lexicais e das inferências feitas no discurso pelo leitor. A situação enunciativa nos agradecimentos, então, além de possibilitar o uso de emoções na linguagem, socializa o leitor com a construção de uma tese ou dissertação. Animações visuais como recurso na evolução do conhecimento sobre o tecido hematopoético / Antonio Batista de Oliveira Junior (UFRPE) A animação visual é uma tecnologia que tem sido bastante usada no desenvolvimento de softwares em diferentes áreas do conhecimento. Sua utilização no ensino se torna cada vez mais requisitada e necessária, agindo como facilitadora na aprendizagem. Utilizando animações visuais, o presente trabalho tem o objetivo de avaliar a evolução conceitual de alunos sobre o tecido hematopoético. Neste trabalho foi usado o software Flash MX para realizar animações da corrente sanguínea e seus elementos figurados. Para testar a eficiência do recurso computacional no processo ensino-aprendizagem foi realizada uma oficina (disponível em www.xfc.com.br/cienciaemovimento/ tecidohematopoetico.html) com a seguinte estrutura: i) pré-teste para sondagem dos conhecimentos prévios dos alunos a cerca do tema, através de um questionário fechado; ii) utilização da animação virtual para desenvolvimento do referido conteúdo; iii) aplicação de um novo questionário fechado objetivando avaliar a evolução conceitual dos alunos sobre o tema ministrado (pós-teste). Os resultados obtidos mostram que o método possibilitou que os alunos pudessem compreender o tema, fato que se reflete nas respostas dos alunos no pós-teste. Cem por cento dos alunos mostraram compreender o fluxo sanguíneo e os elementos figurados do sangue. As redes sociais como possibilidade: uma nova forma de ensinar, aprender e divulgar o conhecimento histórico / Marcella Albaine Farias da Costa (UFRJ) O espaço escolar, pensando-se mais especificamente nas salas de aula, lidam, hoje, com desafios diversos. Uma análise simples permite constatar a densidade dos conteúdos programáticos/ curriculares das diferentes disciplinas, assim como, e com frequência, o desinteresse dos alunos no conteúdo exposto. Frases do tipo “pra que eu vou usar isso?” ou “isso não me serve pra nada” não são raras, por exemplo, nas aulas de História. Partindo-se das contribuições do grande teórico do ciberespaço, Pierre Lévy, e das profícuas colocações da Profa. Dra. Circe Maria Fernandes Bittencourt, que comenta que a articulação dos atuais métodos de ensino às novas tecnologias é condição para o diálogo entre a escola e as novas gerações (BITTENCOURT, 2009, p. 107), este trabalho pretende mostrar, mediante o estudo de caso da Rede Social Online Café História, que a tecnologia do espaço virtual traz consigo uma nova e interessante forma de ensinar, aprender e divulgar o conhecimento da disciplina História. Aspectos da articulação de orações na tradução de websites / Herbertt Neves; Thalita Medeiros Spencer Leão (UFPE) Quando se traduzem textos nos meios digitais, conservam-se, no texto da língua meta, muitas das marcas linguísticas existentes no texto da língua fonte; no entanto, várias outras marcas sofrem mudanças, por se tratar, inclusive, de um processo de retextualização (Travaglia, 2003). E esse fenômeno ocorre com as mais diversas estruturas linguísticas, em todos os níveis de análise, como a sintaxe. Investigando essas semelhanças e essas mudanças no nível da oração, este trabalho visa a comparar estruturas de encaixamento presentes nas traduções e nas versões existentes em alguns sites da internet. De acordo com a teoria funcionalista da linguagem (Neves, 2002; Castilho, 2000, 2010; Carvalho, 2004; Menezes, 2004), as orações encaixadas são aquelas que exercem funções sintáticas dentro de outras orações. Verificaremos também, eventuais mudanças na função sintática desses enunciados. 130 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem Atividade interdisciplinar com jogos educativos em escola de rede estadual / Marcelo Santos Leite da Silva (UNIT) A Informática amplia na educação, utilizando o computador como instrumento de aprendizagem, segundo OROFINO, não há mais como tratarmos de educação nos dias de hoje sem falarmos dos recursos que as mídias nos oferecem e como estes já estão sendo apropriados pelas crianças e adolescentes na construção de seu imaginário e produção de suas subjetividades e identidades. Utilizar melhor do laboratório de informática através de jogos, trabalhando a interdisciplinaridade, possibilitando o uso pedagógico do computador, levando a criação de novas situações de aprendizagem em sala de aula. Foram aplicados 96 questionários aos alunos, 20 aos professores e 02 a coordenação, sobre o uso do laboratório de informática. E assim propor atividades no laboratório utilizando o jogo Célula Virtuais. Resultados apontam que dos 96 alunos entrevistados, 41 utilizam para pesquisas e 20 para atividades interdisciplinares outros 27 para aprender a usar o computador. Sobre a metodologia utilizada no laboratório, 15 classificarão como ruim, 28 regular, 20 bom, e 18 média, 04 ótima e 11 não sabem dizer. Dos professores 24% não possuem qualificação na área de informática e 76% estão qualificados. Blog: o processo de ensinagem através do gênero digital / Ingrid Maria de Sousa (UNICAP) O Blog enquanto um gênero digital no processo de ensinagem compreende um trabalho realizado a partir de atividades educativas em um curso de pré-universitário, na tentativa de expor as potencialidades de uma das ferramentas mais usadas mundialmente, a internet, que segundo Castells, é um meio de comunicação, de interação e de organização social (2003, p. 255). A origem da atividade pedagógica teve, inicialmente, a intenção de superar a concepção de ensino que considera a aula enquanto “espaço onde o professor fala, diz, explica o conteúdo, cabendo ao aluno anotá-lo para depois memorizá-lo.” (ANASTASIOU, 2010, p.1) Assim sendo, foi pensada a possibilidade de incluir uma ferramenta que pudesse nos conectar e que fosse de fácil utilização. Nesse sentido, o Blog foi escolhido por sua praticidade e, também, por conta de um conjunto de recursos intrínsecos à internet que podem auxiliar as diversas áreas da educação. Comunidades virtuais no ciberespaço: inserção das novas TIC como ferramenta metodológica para discussão e entretenimento no espaço acadêmico / Rogéria de Souza Vieira; Tamires Rafaela Leite da Silva (UFAL) O presente trabalho é resultado da experiência vivida através do uso da comunidade do Orkut: Lógica, Informática e Comunicação, disciplina do Tronco Inicial da Universidade Federal de Alagoas – UFAL Campus do Sertão. Através da mesma, foram realizados debates que proporcionaram aos participantes reflexões acerca dos assuntos abordados, construindo conhecimento coletivamente. Foi mostrado que o uso de redes sociais podem ser ferramentas importantes para o ensino-aprendizagem ao estimular a participação extra-sala. No enquadramento teórico foram adotadas contribuições de diversos autores promovendo a interconexão entre saberes. Ao olhar a importância da comunidade para os que a utilizaram, foi apontada a sua continuação, sendo um intercâmbio com os novos discentes que estão se inserindo na universidade, fazendo trocas de experiências e ampliando os conhecimentos. O uso dessa ferramenta foi aberto para todos os usuários dessa rede social, visando à expansão dos debates e conhecimentos, assim, adquirindo vivências diferenciadas da realidade local na qual a universidade está inserida, fazendo uma contextualização do local à global. Comunidades virtuais ou sociedade em rede? / Verônica Pinheiro da Silva (UFRN) A sociedade em Rede é uma estrutura social em torno de redes de informação, que surge a partir do desenvolvimento de tecnologias microeletrônicas que visam se fundir com as comunidades virtuais que emergem na internet quando uma quantidade significativa de pessoas promovem discussões públicas, colaborando com a sociabilidade, entendida como lugar em que as pessoas constroem laços eletivos independentemente da forma com quê se dão. Podemos perceber que a partir desta idéia há novos padrões de comunicação e a interação ocorre diferenciada, não há pessoas isoladas, mas sim pessoas construindo uma nova forma de se estreitar as relações entre si e diminuir a distância http://www.nehte.org/simposio2010 I 131 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem local. Com base nisto esta pesquisa visa compreender estas novas demandas, estes novos conceitos que norteiam nossas comunicações. Uma pesquisa que tem como principal objetivo entender a relação entre Sociedade em Rede e Comunidades Virtuais. Os primeiros resultados apontam para um envolvimento crescente das tecnologias de informação no meio social de maneira que exista uma profunda alteração em diversos aspectos que compõe a base material da sociedade em âmbito mundial, entre as quais destaca-se a estruturação de um novo tipo de organização social, sustentado em redes computacionais, e que dá origem à sociedade em rede. Curta-metragem na aula de língua portuguesa: práticas pedagógicas mediadas pelo uso de mídias / Laís de Souza Ribeiro; Myrela Lopes da Silva; Karine Viana Amorim (UFCG) Este trabalho faz parte de um projeto intitulado “Mídias na sala de aula: articulação entre graduandos de Letras e Arte e Mídia e professores de língua portuguesa – Ano II”, cujos objetivos são elaborar roteiros de curta-metragem, bem como realizar sua posterior filmagem (Moletta, 2009). Tal iniciativa está sendo desenvolvida pela Universidade Federal de Campina Grande em parceria com uma escola de Ensino Médio desta cidade e parte da necessidade de desenvolver práticas pedagógicas articuladas ao uso de mídias no contexto escolar (Almeida, 2007). A presente comunicação tem o objetivo de relatar a experiência desenvolvida no âmbito do projeto no que se refere às aulas de língua portuguesa. Estas que tiveram caráter interdisciplinar foram divididas em duas sequências de atividades. Na primeira, Pré-produção, foram introduzidas noções de animação (flipbook) e de roteiro literário (Comparato, 2009). Na segunda, Produção, foram priorizados o processo de retextualização, (Marcuschi, 2002), (Dell’Ìsola, 2007), do roteiro literário para o técnico e a produção propriamente dita do curta-metragem (decupagem e filmagem). Como resultados parciais, observamos que as práticas do letramento cinematográfico estão sendo incorporadas pelo letramento escolar, como por exemplo, a produção de roteiros literários e técnicos. Direção de arte na aula de língua portuguesa: o que fazer? Como fazer? / Anderson Marcos da Silva; Mariana Quirino Fechine; Karine Viana Amorim (UFCG) A emergência do ciberespaço como ambiente de difusão de conhecimentos e de novas formas de interação, cada vez mais abrangentes na atualidade, vem transformando os modos de leitura e de compreensão do mundo. Seus reflexos são observados não somente nas estruturas sócio-econômicas, mas também nos processos educacionais, como menciona Lévy (1999) em “Cibercultura”. Diante dessas diretrizes, este trabalho tem como foco analisar as experiências interdisciplinares entre o ensino de língua portuguesa e o processo de produção de um curta-metragem, desde referências à história do cinema, construção do roteiro, até sua gravação e finalização, sob a orientação de graduandos de Letras e de Arte e Mídia. Estas atividades têm sido realizadas com alunos de ensino médio, de uma escola pública em Campina Grande, Paraíba e corroboram com a perspectiva de participação efetiva na sociedade contemporânea através da produção de conteúdos midiáticos. Desse modo, além de se configurar como ferramenta de desenvolvimento de linguagens e experimentação no campo da artemídia, como define Machado (2007), o desenvolvimento de tais atividades contribui com a formação dos Diretores em Arte e Mídia no que diz respeito às possibilidades de ensino de arte inserida no cotidiano. Discentes X gestores: a dissonância no uso das novas redes sociais em uma instituição pública de ensino / Ana Carolina de Araújo Abiahy; Flávia Tatiane Braga Alencar; Sérgio Rodrigo Alves Maciel (IFPB) Este trabalho é um desdobramento de uma pesquisa iniciada em 2009 no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba mediante o PIBICT. Através da pesquisa, foi percebido que os gestores da instituição não detinham domínio das ferramentas avançadas da comunicação, incluindo as novas mídias sociais virtuais. A partir dessa visão, foi possível determinar a problemática que orienta o presente estudo, e que reflete sobre a seguinte assertiva: as ferramentas utilizadas pelos gestores garantem a efetividade no processo comunicacional para os discentes? O objetivo geral desse estudo é analisar a dinâmica comunicativa entre gestores e discentes da instituição. Entre os objetivos específicos, buscou-se verificar as ferramentas utilizadas pelos discentes; destacar as principais ferramentas utilizadas pelos gestores e, por fim, identificar a veiculação das informações não-oficiais nos canais de 132 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem comunicação. Os procedimentos metodológicos indicaram uma pesquisa descritivo-exploratória, de caráter quantoqualitativo, utilizando entrevistas com questionários semi-estruturados e estruturados, que determinou a pesquisa de campo aplicada aleatoriamente por acessibilidade. Pelos resultados, percebe-se uma dissonância entre os canais de comunicação utilizados pelos gestores daqueles vivenciados pelos alunos. Superar essa distância é um desafio diante da nova sociabilidade construída com a internet e que é alvo de estudos na cibercultura e educomunicação. Educação a distância: marcas de interatividade em materiais didáticos / Ariana Barbosa de Melo Oliveira Borges (UFPE) A Universidade Aberta do Brasil (UAB) é um sistema integrado de formação superior que utiliza a educação a distância para suprir a lacuna de oferta de educação superior para as camadas da população que não têm acesso às universidades presenciais. A educação a distância (EaD), mediada pelas novas tecnologias interativas, é ainda fato recente no Brasil; portanto, faz-se necessária a realização de pesquisas na área dos estudos linguísticos, que enfoquem desde a produção de materiais didáticos, a processos interativos, ou avaliação de ensino-aprendizagem, entre outros temas relacionados ao campo das Ciências da Linguagem. Considerando ser recente a experiência da UFPE no âmbito da oferta de cursos de graduação na modalidade a distância, como parte integrante da UAB, esta pesquisa pretendeu analisar especificamente as marcas interacionais em materiais didáticos produzidos para atender a este fim, uma vez que a literatura da área preconiza que parte do êxito das ofertas em EaD é atribuída à linguagem empregada tanto nos materiais didáticos, quanto nos processos interacionais, vividos pelos protagonistas em suas participações nas demais atividades distribuídas em diferentes ambientes da plataforma moodle. Esta pesquisa, de modo especial, fundamenta-se nos trabalhos de Barros (2002), Coscarelli (2002), Araújo e Biasi-Rodrigues(2005), Marcuschi (2002), Fiorin (2008), Bakhtin (2006) e Mercado (2006), entre outros autores estudados. Estudo do texto informativo e uso da tecnologia como ferramenta colaborativa / Vera Lucia da Silva (UFRPE) Este trabalho descreve experiência de trabalho em desenvolvimento com alunos do Ensino Fundamental II em escola pública da cidade de Garanhuns, Pernambuco financiado Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência, PIBID/CAPES. O foco é a leitura e a produção de textos informativos mediados pelo computador, com o objetivo de desenvolver a competência comunicativa dos alunos, utilizando jornais e revistas que circulam na web, relacionando textos lidos com o contexto social dos alunos. O que se pretende é refletir sobre a atividade de leitura e escrita de textos e posteriormente, à ampliação de seu conhecimento sobre diversos gêneros textuais, usando a internet como ferramenta colaborativa. Braga (2005) e Braga e Ricarte (2005) consideram que computador e internet são suportes eficazes no auxílio ao letramento de alunos no ensino fundamental. Assim, tomamos, ainda, por base as ideias de Marcuschi e Xavier (2004) ao tratarem do letramento digital e as novas práticas de letramento, assim como as de Coscarelli (2003 e 2005) para o ensino de Língua Portuguesa a fim de instituir novas práticas de leitura e escrita em contexto escolar público. Fontes de informação em plataforma de gestão editorial na internet: qualidade de recursos, comunicação, interação e auto-aprendizagem / Carlos Alexandre Lourenço Taborda (UFPR), Patrícia Zeni Marchiori (UFPR) Aborda o estudo de dimensões relativas à qualidade de fontes de informação em ambientes de rede em geral e ferramentas da internet colaborativa em particular, como recursos de comunicação, interação e auto-aprendizagem na plataforma de gestão editorial Open Journal System (OJS)/Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas (SEER) em servidor institucional. Apresenta os processos relativos ao desenvolvimento deste ambiente computacional conforme segue: a) instalação da ferramenta; b) inserção de fontes pré estabelecidas na Research Support Tools (RST); c) customização no design; d) definição de indicadores de navegação no ambiente web e; e) instalação das ferramentas de análise de tráfego PHPMyVisites e ClickHeat Maps. Os indicadores e mecanismos definidos para a coleta via ferramentas de análise de tráfego são: tempo de permanência/acesso, considerando-se que a permanência pode revelar o interesse do respondente nos conteúdos disponibilizados; o path breadcrumbs/“migalhas de pão” que mostram o caminho percorrido pelo usuário, indicando a conexão de conteúdos/fontes durante a navegação e; http://www.nehte.org/simposio2010 I 133 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem mapas de calor, que ilustrarão graus de permanência nos conteúdos acessados. O projeto está no estágio de validação do instrumento de coleta de dados (pré-teste). Fóruns de comunidades do orkut: variação linguística na escrita de homens e mulheres / Ana Paula Oliveira Soares; Thaís Soares Bezerra de Sá Peixoto (UPE/FACETG) O presente trabalho se propõe a analisar se há diferenças na forma como homens e mulheres usam a linguagem e se o meio virtual acentua as eventuais diferenças, procurando traçar uma relação entre essas e o gênero (gender) do interactante. Para tal, baseamo-nos nos estudos de Labov (2008), com a sua teoria variacionista e em Coulthard (1991), com seus estudos sobre a relação linguagem e sexo. Para o desenvolvimento do trabalho, escolheu-se o Orkut por se tratar de um dos softwares sociais mais utilizados pelos brasileiros, e que é disponibilizado aos interactantes numa mídia de grande alcance social. Para a coleta dos dados, o trabalho se concentra no gênero textual fórum de comunidades por se tratar de um ambiente diversificado com relação à interação entre as pessoas e à produção e recepção de textos no site. Foram analisados 21 fóruns, em 3 comunidades do Orkut de temas diferentes: futebol, moda e política, tendo como critérios para análise a observação da polidez, competitividade, cooperatividade, internetês e multimodalidade. Com a análise verificou-se que há diferenças na linguagem de homens e mulheres e que o meio virtual parece acentuar essas diferenças. Game educativo: um novo contexto para o ensino de conceitos científicos / Jorgival de Araújo Mascarenhas Leite Filho (UFRPE) Adequando-se conceitos científicos escolares às nova tecnologias, este trabalho busca verificar a viabilidade, apontando as possibilidades e os limites, da inserção de fábricas de software educativo em contextos escolares, com base numa perspectiva sócio-interacionista. É notável uma tendência para a pesquisa no uso de games como método de ensino-aprendizagem. Com isso, propõe-se a integração desta tecnologia ao contexto escolar, de uma escola pública em Recife-PE, através do processo de design participativo de alunos e professores no desenvolvimento de um software educativo, com metodologia de desenvolvimento de jogos digitais. Como metodologia, utilizar-se-á de pesquisa-ação para implementação do design participativo no desenvolvimento de ambientes colaborativos de aprendizagem on-line, garantindo uma visão mais ampla sobre o objeto de estudo. Além de métodos qualitativos como: videografia e pesquisa etnográfica de campo. Espera-se a construção de um ambiente de simulação para o ensino de ciências, cujo fundamento é servir de instrumento de ensino-aprendizagem controlado, materializando-se na forma de um jogo digital educativo de treinamentos e experimentações educacionais. Rompendo-se, dessa forma, com o paradigma entre jogo e educação, diversão e disciplina, direcionam-se olhares para a importância da inclusão do game educativo no processo de ensino-aprendizagem. Construindo uma perspectiva de educação mais moderna, atualizada, inclusiva e eficaz. Gêneros ocultos na escola: o e-mail / Giomara Gomes Rocha Machado (UNEB) Análise da ocorrência dos gêneros textuais nos livros didáticos, bem como nas DCN’s para o Ensino Médio, e em que circunstâncias eles são trabalhados, quando mencionados. O objetivo é analisar o suporte teórico que os livros didáticos e as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN’s) de língua portuguesa, voltados para o Ensino Médio oferecem ao docente para trabalhar e incentivar a prática do gênero textual e-mail, que se tornou algo recorrente no dia-a-dia, mas que não é trabalhado em sala de aula com a devida importância, mesmo sendo uma modalidade textual bastante utilizada pelos alunos. Fez-se um breve histórico dos gêneros na história, a diferenciação entre gênero e tipo textual e esferas discursivas, trazendo esclarecimentos sobre o objeto da pesquisa: o e-mail. Em seguida, nos atentou-se à análise do objeto, que consiste na investigação de treze livros didáticos do Ensino Médio e dos PCN`s de língua portuguesa. Finalizamos reiterando a importância do trabalho com os gêneros textais “ocultos” na escola, em especial o uso do e-mail, considerando-o como um novo gênero surgido por meio do desenvolvimento das tecnologias e enfatizando a necessidade dos professores o utilizarem, já que este faz parte do cotidiano de inúmeras pessoas, inclusive dos próprios professores e alunos. 134 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem Geografias na blogosfera: apontamentos sobre forma e conteúdo dos blogs / Ana Karoline Coêlho de Cerqueira (UFAL) Que Geografias circulam na blogosfera? O artigo visa responder a esta questão por meio de um mapeamento inicial em que blogs geográficos são analisados em sua forma e conteúdo e em outros aspectos estruturais ou contextuais. Os blogs que integram esta pesquisa apresentam em seus endereços o referente ‘geo’ ou ‘geografia’ e foram selecionados por meio do site de busca google. De um total de treze blogs, selecionamos três para uma análise mais detalhada do corpus, referenciando-nos em metodologia sugerida por Penteado, Santos e Araújo (2009). Concluímos que as geografias que circulam na blogosfera incorporam a diversidade de linguagens, objetivos e textos em consonância com a finalidade dos blogs e a formação dos blogueiros e que estes recursos tem sido utilizados para ensinar e aprender-geografia em situações de ensino formal ou não formal. Inteligência coletiva e compartilhamento da informação: estado da arte da produção sobre inteligência coletiva / Angela Halen Claro Bembem (UNESP) A inteligência coletiva cunhada por Pierre Lévy baseia-se na inteligência que se distribui entre todos os indivíduos, que pode ser coordenada e valorizada pelos mecanismos das tecnologias da informação, e resultar em uma mobilização efetiva dos saberes. A reunião desses no ciberespaço tem possibilitado o compartilhamento da informação e a construção do conhecimento de maneira interativa. Entretanto, no âmbito da Ciência da Informação, há uma escassa disseminação conceitual sobre a utilização da inteligência coletiva para criação de ambientes colaborativos eficientes na plataforma web. Para tanto, tem se desenvolvido um estudo descritivo e exploratório a partir da obra de Pierre Lévy, com a finalidade de identificar os preceitos sobre inteligência coletiva que poderão otimizar a construção do conhecimento em ambientes digitais. A pesquisa, que recebe apoio financeiro da FAPESP, é de cunho documental, e se foca em determinar o estado da arte da produção sobre inteligência coletiva, verificando o que tem sido produzido por Pierre Lévy e por outros autores sobre o tema. O trabalho em andamento tem mostrado que características da inteligência coletiva como colaboração, busca pelo enriquecimento mútuo e formação de redes de cooperação não hierárquicas estão presentes na construção de ambientes colaborativos na web 2.0. Leitura e análise de textos orais e escritos em blogs e podcasts / Emanoela Cristina Martins de Andrade Este trabalho tem como objetivo relatar a experiência de trabalho realizado com alunos do 6ª ano do Ensino Fundamental II e trata de gêneros escritos e orais mediados por podcasts e blogs. A utilização do computador no ensino fundamental se apresenta como uma nova ferramenta para leitura e análise de textos orais e escritos. Por se tratar de uma ferramenta de autoexpressão, no blog são postados vários gêneros textuais, o que permite interações de muitas naturezas. Nosso objetivo é auxiliar alunos em leitura e escrita. Os podcasts são usados como ferramentas on-line para trabalhar textos orais, realizar análise, retextualização e classificação de gêneros e seu papel comunicativo. A utilização destes recursos é de grande importância para a inclusão dos alunos, para a formação de novos leitores e escritores através da interação com a tecnologia. Para tanto, tomamos como aporte teórico as ideias de Marcuschi (2001) sobre gêneros orais e retextualização, assim como as de Braga e Ricarte (2005) e Coscarelli (2003 e 2005) sobre letramento digital e ensino de língua materna. Leitura e escrita do gênero notícia em ambiente virtual / André Cordeiro dos Santos (UFRPE - UAG) O objetivo deste trabalho é relatar experiência de trabalho realizada no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) com alunos do Ensino Fundamental II de escola pública da cidade de Garanhuns, Pernambuco. Trata da leitura e da escrita do gênero notícia em ambiente virtual para formar leitores críticos, fazendo uso do jornal on-line e do blog para a divulgação de notícias criadas a partir da realidade social, o que amplia a visão de mundo e contribui para o letramento digital dos alunos. Usar a tecnologia no ensino de língua é fundamental para a formação de leitores neste segmento da escolaridade. Fazer uso da escrita em blogs estimula a criação, a ampliação http://www.nehte.org/simposio2010 I 135 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem da visão de mundo, a busca e a seleção da informação. Tomamos como aporte teórico as ideias de BRAGA (2005), BRAGA e RICARTE (2005), COSCARELLI (2003 e 2005), MARCUSCHI E XAVIER (2004) sobre letramento digital, hipertexto e ensino de Língua Portuguesa, além das ideias de Soares (2000) sobre como o ensino deve se comprometer com a ampliação de competências para o uso da ciência e tecnologia, o que leva o sujeito à resolução de problemas em novos contextos. Letramento digital: a elaboração de RPG digital como ferramenta motivacional / Bárbara Micaela Pereira de Araújo Rocha (UFRPE) Software, Internet, E-mail, são palavras que cada vez mais fazem parte da realidade moderna nascendo assim um novo tipo de paradigma ou modalidade de letramento que recebe o nome de Letramento Digital. Na chamada cybercultura (LEVY, 2001), a interação homem x máquina tem exigido dos cidadãos a aprendizagem de comportamentos e raciocínios específicos, voltados para o uso do computador. Com o propósito de auxiliar o ensino diversos recursos foram são utilizados como os Objetos de Aprendizagem, animações interativas e jogos. Dentre os diferentes tipos de jogos, o RPG é uma ótima opção para ser utilizada em sala de aula, pois este tipo de jogo tende a aperfeiçoar: “habito de leitura, pensamento lógico, sentido de observação, planejamento de estratégias e a resolução de problemas e tomada de decisões”. Mostraremos nesse trabalho que o chamado Role Play Game (RPG) pode ser utilizado como instrumento de auxilio no processo de ensino-aprendizagem, não apenas no aspecto motivacional, mas possibilitando também o cognitivismo onde o aluno aprende através da busca, descoberta e raciocínio, se encaixando no esquema construtivista traçado por Piaget e na formação de sujeitos letrados digitalmente. Letras digitais: 30 anos de teses e dissertações / Michelle Leonor da Silva (UFPE) Com o objetivo de expor a construção do acervo digital do Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPE, o presente trabalho se propõe a mostrar a digitalização do acervo de 30 anos de Teses e Dissertações do referido programa de Pós Graduação, constituído por 429 dissertações e 101 teses, entre 1978 e 2008, bem como a importância deste procedimento no âmbito acadêmico. Necessárias para a realização desse projeto foram as seguintes etapas: escaneamento das obras originais publicadas pelos seus respectivos autores; correção de possíveis problemas nessa primeira etapa através da revisão deste material com o auxílio da versão impressa; reencadernação das obras após esse processo de digitalização; diagramação e finalização dos e-books. Como resultados podemos apontar: a criação do site letrasdigitaisufpe.blogspot.com; a produção dos e-books em CD-ROM, constituindo o acervo digital da sala de leitura do referido Programa. Como aparato teórico, por fim, utilizamos as ideias propostas por Roger Chatier, com a finalidade de mostrar a reorganização do mundo da escrita após o advento da Internet. Livemocha: um curso, uma rede social e sua contribuição para o ensino de línguas estrangeiras / João Paulo de Souza Araújo (UFRPE) Esta pesquisa apresenta análise sobre o “livemocha”, rede social destinada para o aprendizado de línguas estrangeiras com falantes nativos. Tem-se por finalidade investigar métodos, materiais didáticos e conteúdos básicos empregados, bem como a concepção de língua que subjaz ao processo de ensino. Como base teórica, tem-se em Maturana (1999) a visão de que é preciso se criar possibilidades de o aluno interagir com outras culturas sem que dispense a sua. O conceito de “comunidades de práticas” (LAVE; WEGNER, 1991) é visto para se entender como a linguagem é usada em diferentes culturas, em um mesmo idioma, considerando o “livemocha” como “comunidade de práticas” que adapta, organiza e produz um conjunto específico de usos de linguagem. Isso traz novas formas de se aprender uma língua, requerendo novas formas de trabalho pelo professor (MERCADO, 2002). Foram analisados no “livemocha” a interação entre os usuários, os aspectos didáticos e a concepção de linguagem. Preliminarmente constata-se que: as linguagens utilizadas favorecem um aprendizado dinâmico do idioma estudado; o contato com falantes nativos torna o aprendizado colaborativo; a linguagem é vista como interação; o professor de língua estrangeira pode apoiar-se nas possibilidades pedagógicas do “livemocha”, mas necessita de um preparo no uso dessa ferramenta. 136 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem Mídias sociais na educação: inteligência coletiva entre docentes e discentes / Ana Célia da Rocha Santos (UFAL) Este estudo se propõe a compreender a maneira como as mídias sociais estão melhorando/interferindo no processo de aprendizado dos jovens do ensino fundamental e médio do Brasil. A metodologia, amparada em bases qualitativas e quantitativas, compreende leituras dirigidas sobre os fundamentos da chamada Web 2.0, em especial estudos de Pierre Lévy sobre Inteligência Coletiva, Cibercultura e Virtual, atualizando-os ao novo contexto das mídias sociais emergentes. Analisamos num segundo momento, para entender o comportamento e o perfil do usuário de internet no país, dados dos institutos de pesquisa Pew e Nielsen Online (2010), que compreendem o tempo gasto pelo brasileiro na web; e dados do instituto Nielsen Wire (2010), que consideram a maneira como os brasileiros utilizam/gerenciam suas redes sociais online e blogs. Contrapomos, num terceiro momento, o número de internautas ativos no país e em países desenvolvidos, com o intuito de entender o que torna possível ao Brasil estar entre as nações que mais passam tempo em redes sociais online e blogs. Por fim, a perguntachave que buscamos responder é de que maneira os estudantes e professores brasileiros podem se valer dessas ferramentas para apreenderem e proverem uma melhor educação. Mobilidade, conectividade e imersão na cultura digital: a transformação no município de Caetés, com o PROUCA / Hurika Fernandes de Andrade; Leonardo Bernardo de Morais (UFPE) O trabalho trata dos impactos causados pela chegada de mais de quatro mil laptops educacionais – provenientes do Projeto Um Computador por Aluno – na vida de professores e alunos das escolas públicas do município de Caetés. Nosso objetivo é relatar a transformação ocorrida no município, onde poucos professores e alunos sabiam manusear laptops e nem imaginavam as possibilidades pedagógicas dos mesmos. A metodologia do trabalhou se baseou na observação dos alunos, numa entrevista com a secretaria de educação do município e num trabalho orientado com 60 professores das escolas públicas de Caetés. Os resultados revelam entusiasmo por parte dos alunos e receio por parte dos professores. O orkut como ferramenta de estudo para vestibulandos / Glicínia Raquel Feitoza Braz (UFRPE) Este trabalho apresenta uma análise sobre o uso do Orkut como meio de estudo por pré-vestibulandos. Temse por finalidade comprovar a eficiência dessa rede social para o processo de aprendizagem dos que a utilizam para esse fim. Como fundamento teórico apoia-se nos estudos de Moran (1997), Erickson (1997), Prensky (2001), Marcuschi (2004) e Melo (2007). No encaminhamento metodológico, aplicou-se um questionário com vestibulandos usuários de comunidades do Orkut, com perguntas sobre o uso dessa ferramenta em sua preparação para o vestibular. Após o preenchimento dos questionários pelos respondentes, foram categorizadas as respostas dadas e analisadas páginas de comunidades das quais os vestibulandos fazem parte para se verificar os procedimentos de ensino e aprendizagem delas. Resultados preliminares apontam que os pré-vestibulandos que utilizam a ferramenta para estudo o fazem porque o acionam para outras atividades; o uso da ferramenta propicia uma auto-gestão do estudo; a interação com outros vestibulandos oferecida pelo Orkut é essencial para esclarecer dúvidas sobre conteúdos e trocar ideias sobre outros aspectos relacionados ao vestibular; em comparação com recursos tradicionais de preparação para o vestibular, essa rede social apresenta algumas vantagens a mais, mas isso depende da autonomia e disciplina de estudo do vestibulando. O uso da webquest como atividade interdisciplinar em sala de aula / André Santos Cerqueira (UNIT) Uso de tecnologias da informação e comunicação em sala de aula, utilizando ferramentas tecnológicas como proposta pedagógica despertando o interesse de professores, alunos e a comunidade para a construção do conhecimento nas diferentes disciplinas, juntamente com o uso das tecnologias presente nos laboratórios de http://www.nehte.org/simposio2010 I 137 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem informática. As tecnologias da informação e comunicação vêm cada vez mais consolidando o seu espaço na educação pedagógica. Essas novas tecnologias geram um grande impacto sobre a educação desenvolvida nos dias atuais, e com isso criando novas formas de aprendizado, aumentando do conhecimento e, especialmente, novas relações entre professor e aluno de forma interativa e dinâmica. Utilizar a Webquest como atividade interdisciplinar em sala de aula com alunos do ensino fundamental na disciplina de História, sendo um modelo extremamente simples e rico para dimensionar usos educacionais da Web. A informática em sala de aula é algo fascinante e com a webquest não foi diferente, através de uma atividade apelativa e motivadora, onde os alunos tiveram a capacidade de desenvolver as atividades interagindo e contribuindo com seus próprios conhecimentos através de um aprendizado cooperativo. O uso de marcadores conversacionais e a compreensão textual no programa MSN Messenger: um estudo etnográfico com duas adolescentes / Janaina Fernanda Dias da Silva (UFPE) Este estudo considera o MSN Messenger como um gênero digital que produz um texto escrito oralizado que é construído na relação entre os interlocutores no espaço digital. Assim, teve por objetivos: (i) verificar como os marcadores conversacionais favorecem a compreensão textual no MSN entre usuários adolescentes. (ii) Identificar quais os marcadores mais utilizados pelos usuários adolescentes; (iii) Compreender de que maneira os marcadores conversacionais possibilitam a coerência do texto produzido no MSN; (iv) Analisar qual a intencionalidade do uso dos emoticons e onomatopéias. Participaram do estudo, duas adolescentes usuárias do MSN que utilizavam os marcadores conversacionais em suas conversações. A coleta dos dados se deu através da observação de uma conversação das adolescentes dentro do MSN, com a participação passiva da pesquisadora na conversa. Após esse momento, foi realizada uma entrevista on line individualmente com as adolescentes. Como principal resultado, verifica-se que os marcadores conversacionais dão coerência ao texto e possibilitam a compreensão dos interlocutores que os utilizam para demonstrar como estariam se estivessem conversando pessoalmente. Desse modo, percebemos que o texto produzido no MSN é complexo e que o mesmo possui peculiaridades específicas para usos sociais, culturais e comunicativos, trazendo aspectos diferentes das conversações estabelecidas face a face. O uso de novas tecnologias no ensino de línguas: o uso de blogs como ferramenta de motivação e aprendizagem / Herbert Nunes de Almeida Santos (UFAL); Marcos Antonio de Araújo Dias (FTC) O presente trabalho visa apresentar uma modalidade, atualmente chamada de novos gêneros textuais, de aprendizado baseado nas novas tecnologias que estão em constante crescimento no ambiente educacional. Segundo Marcuschi (2004) três aspectos se tornam relevantes no uso desses novos gêneros textuais: o franco desenvolvimento e um uso cada vez mais generalizado dessas novas tecnologias; as peculiaridades formais e funcionais desses gêneros, não obstante terem eles contrapartes em gêneros prévios, e a possibilidade que oferecem de se rever conceitos tradicionais, permitindo repensar a relação com a oralidade e a escrita. O trabalho em pesquisa busca estudar uma vertente muito usada atualmente o blog. Objetiva mostrar a eficácia de tais gêneros na aprendizagem de alunos, uma vez que o uso dessas tecnologias desperta a vontade de descobrir o novo fazendo com que usem, através da informática, toda a capacidade de aprendizado. Através do uso de blogs, há a provocação de interatividade aluno X aluno, aluno X professor, por meio de postagens de atividades, desafios linguísticos e esclarecimento de dúvidas. Ao aluno também é dado o espaço para sugestão de postagens em relação às atividades. Oficina de fotografia na sociedade indígena Aikewára / Lariza de Moraes Gouvêa (UNAMA) Durante a realização do projeto “Crianças Suruí-Aikewára: entre a tradição e as novas tecnologias na escola”, as crianças indígenas Aikewára, que vivem na Terra Indígena Sororó, no estado do Pará, participaram da oficina de fotografia – O Olhar Aikewára, nela, cada criança tirou 5 fotos do que desejasse, em seguida escolhia uma foto para ser revelada e exposta no foto varal montado na casona, no centro da aldeia. A oficina tinha como objetivo revelar as imagens da cultura Aikewára através do olhar das crianças da Terra Sororó. 138 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem Pontos de vista: um objeto de aprendizagem para o ensino de gêneros textuais / Francielly Falcão da Silva (UFRPE) A informática vem se inserindo no cotidiano das pessoas de forma que podemos falar em Cyber cultura, pode-se afirmar que está em construção uma nova forma de comunicação, e a educação deve ser envolvida nesse processo. Portanto, cresce a importância dos Objetos de Aprendizagem no aprendizado. Neste trabalho discutimos como o ambiente cada vez mais interativo dos Objetos de Aprendizagem abre possibilidades no ensino de gêneros textuais, tendo como objetivo estudar formas de associar a linguagem plurissignificativa dos gêneros textuais, em especial o narrativo com as ferramentas digitais de aprendizagem. Para a realização do trabalho foi desenvolvido um objeto de aprendizagem baseado no conto Pontos de Vista (CARRACOZA, 2003), o qual procura relacionar de maneira interativa o caráter narrativo dos contos com aspectos intuitivos e dinâmicos da linguagem digital, e desenvolver atividades de produção textual. Esse Objeto trata de forma lúdica os sinais e as regras de pontuação apresentadas no nível fundamental de ensino. O conto foi utilizado em aulas de língua portuguesa em escola da zona rural do município de Caetés-PE. Além do conhecido caráter motivador do computador, observamos como o uso do conto juntamente com os aspectos gráficos e interativos do software contribuiu no aprendizado dos estudantes. Procedimentos linguístico-discursivos utilizados por twitteiros para a composição de um texto sintético / José André de Lira da Silva; Isaac Itamar de Melo Costa (UFRPE) O trabalho visa à discussão sobre o papel do twitter na mudança da figura do estudante enquanto leitor e escritor inconscientemente familiarizado com a construção do texto sintético, para o leitor e escritor conscientizado acerca destas questões, capaz de identificar que todos os enunciados se baseiam em formas padrão e relativamente estáveis de estruturação, e que tais formas constituem gêneros. Objetiva-se com isso identificar as estratégias dos estudantes para a elaboração do texto sumarizado, moldado em tweets, enxergando esses gêneros e a ferramenta twitter como instrumentos de articulação entre as práticas sociais e os objetos escolares, que mantêm contato diário com a leitura/escrita. Desta forma, abrangemos a discussão da integração dos gêneros do discurso aos meios tecnológicos modernos focalizando a capacidade metatextual (KOCH, 2001) do estudante. Ao nos voltarmos para o caráter curioso dos usuários do twitter, pois “este é um movimento internacional de jovens ávidos por experimentar novas formas de comunicação” (LÉVY,1999) destacamos as questões meta-linguísticas, como as que nos levam a refletir quais mecanismos linguísticos e discursivos são utilizados quando se escreve nessa rede, e quais os seus valores práticos na vida escolar. Produção de saberes através de redes sociais na internet / Adriana Batista Bastos; Ananda Alves de Souza; Eliene Machado Santana (UNEB) O presente trabalho discute as possibilidades comunicativas e de aprendizagens potencializadas através do uso das redes sociais na internet pelos adolescentes de escola pública municipal Ida Bastos, em João Dourado – BA, a partir de uma pesquisa realizada com um grupo de estudantes do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental.Tal investigação tinha por finalidade averiguar como os jovens pesquisados constroem saberes através das relações vivenciadas nas redes sociais. Para isso se fez incursões no espaço escola e no ambiente virtual, visando maior interação com os sujeitos pesquisados. O avanço da internet dinamiza as relações e as comunidades atuais têm se alterado. As redes sociais proporcionam possibilidades de construção e troca de saberes continuamente através de hipertextos veiculados nas comunicações. Este pôster apresenta uma análise quantitativa das práticas comunicacionais via escrita, realizadas pelos estudantes que têm na web meio para a produção e troca de conhecimentos e ampliam as interações de aprendizagem possibilitadas pelas redes sociais da web. Assim, os estudantes se constroem enquanto ser social a partir do comunicar-se e relacionar-se com os demais na web. Na contemporaneidade as pessoas estruturam novas formas de vir a ser, pensar e produzir. http://www.nehte.org/simposio2010 I 139 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem Projeto Com. Domínio Digital: a utilização das novas tecnologias na formação de jovens para o mercado de trabalho / Allany Calaça da Silva; Maria Anadeje Alves (UFPE) A pesquisa tem a proposta de tratar sobre o uso das novas tecnologias dentro do Projeto Com. DOMÍNIO DIGITAL, realizado em uma escola pública do município de Bezerros – PE. O projeto visa capacitar e inserir jovens no mercado de trabalho, para isso, dispõe de três vertentes: DPS (Desenvolvimento Pessoal e Social), CRT (Contexto das Relações de Trabalho) e TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) – foco da pesquisa. Diante disso, pretendemos analisar a relação do processo pedagógico com as novas tecnologias e seu respaldo na formação profissional e pessoal do jovem, fazendo uso de autores como, ANDRE, CORREA, LIBÂNEO, MACHADO. Foi utilizada a abordagem qualitativa, e os procedimentos metodológicos foram observação participante, conversas formais e informais e aplicação de questionários. Os resultados apontaram que o Projeto Com. DOMÍNIO DIGITAL (C.D.D.) não se trata apenas de treinamento ou curso para o mercado de trabalho, mas sim de um processo de formação integral e integrada, onde todos os envolvidos aprendem e crescem mutuamente com as novas tecnologias digitais. Reflexões sobre o processo ensino-aprendizagem em um curso de inglês instrumental a distância / Lucy Raiane Peres Farias (UFPI) O trabalho proposto busca apresentar uma pesquisa realizada no primeiro semestre de 2010 em uma turma de Inglês Instrumental semipresencial para calouros, de uma professora da Universidade Federal do Piauí. Teve como objetivos levantar relatos sobre as experiências dos alunos numa aprendizagem de LE à distância - Educação Baseada na Web (EBW) - e observar as reflexões por eles feitas durante este processo. A fundamentação teórica baseou-se, principalmente, nos trabalhos de O’Malley e Chamot; Wenden e Rajagopalan. Esta pesquisa descritiva, qualitativa, de natureza etnográfica, foi feita com estudo de caso. Foram coletados dados durante três meses, com entrevistas semiestruturadas e questionários. Foi observada a participação dos alunos, considerando seu envolvimento nas atividades; a busca por encontros presenciais; e-mails trocados com a professora e monitores da disciplina e avaliações feitas durante o semestre. Como graduanda de Letras Inglês da UFPI, tive também como objetivos aprofundar conhecimentos sobre o processo de ensino-aprendizagem de línguas, em um curso a distância, entendendo EaD como pesquisa e intercâmbio (Moran, 1999) e como prática interativa que visa encorajar a reflexão do aluno (Driscoll, 1998), considerando seus subsídios teóricos, bem como suas próprias limitações e horizontes. Skoob: ambiente virtual de socialização entre leitores e produtores de textos / Jaime de Queiroz Viana Neto (UFRPE) Este trabalho analisa o Skoob como rede de socialização de leituras. Investigaram-se as potencialidades dessa rede como ambiente de leitura e produção de textos e as práticas de leitura e escrita dos usuários dessa ferramenta, bem como as resenhas elaboradas por eles. Fundamenta-se em Lévy (1999) em sua percepção sobre a internet como rede virtual de inteligência coletiva; Ramal (2004) e seus estudos sobre leitura e escrita digitais e ainda em Bezerra (2001) e sua pesquisa sobre as unidades da resenha. Foram coletadas resenhas do site que compartilhavam assuntos, gêneros lidos e a opinião dos resenhistas sobre os livros, sendo selecionadas as que atendiam a princípios de constituição do gênero. Os comentários sobre as resenhas foram considerados, para que se constatasse o efeito da resenha crítica para adesão ou não dos leitores à obra resenhada. Como conclusões parciais entende-se que: o Skoob estabelece um espaço colaborativo de leitura e escrita para o leitor e produtor de textos fluente e para o iniciante; as resenhas decorrem das necessidades da comunidade virtual e por isso têm seus propósitos definidos pelas ações retóricas dessa comunidade; leitura e produção de gêneros textuais, que atendem a seus propósitos, fazem do Skoob uma comunidade discursiva. 140 I http://www.nehte.org/simposio2010 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação: redes sociais e aprendizagem Tecnologias digitais e ensino/aprendizagem: um estudo com um professor de teclado / Tuball Handerson Pinheiro de Sousa (UFPB) Esse texto apresenta uma pesquisa em andamento que investiga a proposta de ensino de um professor de teclado que atua através da internet analisando, portanto, suas contribuições para o campo pedagógico musical. A temática deste projeto torna-se relevante na medida em que busca entender tanto os processos de ensino/aprendizagem contemporâneos quanto a interação dos mesmos com a tecnologia. Dentre os autores que fundamentam esta pesquisa, podemos citar: (GOHN, 2009; LEVY, 1999). O objetivos específicos são: verificar as concepções do ensino que fundamentam a proposta; identificar os procedimentos propostos para o desenvolvimento do processo de ensino/aprendizagem através da internet; levantar quais os meios tecnológicos utilizados no ensino/aprendizagem desse professor; analisar o material didático utilizado. A metodologia é um estudo de caso cujas técnicas de coleta de dados consistem em entrevistas semi-estruturadas via Skype com o professor de teclado e observações por meio do blog (diário pessoal), dos fóruns (comunidades que o professor participa com os alunos). Os resultados parciais desta investigação apontam para uma metodologia sistematizada e prática por meio de vídeo-aulas, ebooks e materiais de apoio que incentiva a autonomia do aluno no seu processo de aprendizado musical. Webquest e hipertextualidade na prática pedagógica: as orientações de trabalhos escolares no Senai de Florianópolis / Alessandro de Matos Abrahão; Alexandre Bastos Corrêa; Eli Lopes da Silva (SENAI/SC) Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa-ação, em andamento na Faculdade de Tecnologia Senai Florianópolis, na qual está sendo construído um ambiente para postagens de Webquest, intitulado WQS Senai, a partir da qual os professores, participantes da pesquisa-ação, postam as orientações para trabalhos acadêmicos. Na pesquisa está sendo investigada tanto a questão do uso da tecnologia em si, com a hipertextualidade que a ferramenta oferece, quanto das práticas pedagógicas oriundas deste uso, além da contribuição dos docentes para o aperfeiçoamento da plataforma. Os argumentos aqui apresentados, dos professores que criaram webquest na plataforma e dos alunos usuários das mesmas, demonstram que a tecnologia em si não é o diferencial, mas que ela amplia as possibilidades de práticas pedagógicas inovadores e potencializa a construção do conhecimento em rede. Conferência de Encerramento O papel da internet e das redes sociais na educação brasileira / Alex Sandro Gomes (Cin/UFPE) Historicamente, a adoção de tecnologias no contexto escolar ocorrem em relações dicotômicas que tencionam entre promessas, quase profecias, e resistências à mudança. No mundo, muitas são as iniciativas tecnológicas e governamentais de criação e disseminação de dispositivos que permitam acesso a novas formas de informação e aprendizagem. A adoção da plataforma de celulares pelas novas gerações aceleram a participação em redes sociais e o acesso a internet, a um custo muito menor que a partir de plataformas de computação pessoal. No Brasil, o acesso tem ocorrido majoritariamente em espaço privado de pequenos negócios. Essa escolha é influenciada pela necessidade de liberdade de expressão, pela apreço a diversão, pela disponibilidade para colaborar, pelo pensamento crítico e participativo das novas gerações. O problema está colocado quando a oferta e a atratividades das formas de colaboração e de aprender que há fora dos muros da escola parecem mais atraentes para seu público alvo que as vivências praticadas em seu cotidiano. Em resposta a esta problemática, nesta fala apresentaremos a Rede Social REDU. Esta foi projetada a partir do entendimento de fenômenos de aprendizagem que ocorrem entre pares de uma rede social e com funções de apoio a processos de metacognição. http://www.nehte.org/simposio2010 I 141 Observação: Os textos de todos os resumos deste livro são de inteira responsabilidade dos seus autores. Foram aqui reproduzidos exatamente como recebidos através das inscrições realizadas para o evento. INFORMAÇÕES GRÁFICAS FORMATO: 21 x 29,7 cm TIPOLOGIA: Perpetua Std / Myriad Pro PAPEL MIOLO: Off -set - 75 g/m2 CAPA: Triplex 270 - g/m2 Montado e impresso na oficina gráfica da Luci Artes Gráficas Ltda - Recife/PE (81) 3241.5729