1 ANO 6 – N° 53 – PUBLICAÇÃO MENSAL DA COOPERATIVA CASTROLANDA – OUTUBRO 2010 COOPERATIVA LANÇA LINHA DE PRODUTOS COM A Divulgação Amauri Castro MARCA INSTITUCIONAL MULHER COOPERATIVISTA: Saúde na melhor idade P. 4 e 5 FLORESTA INDUSTRIAL: Autossuficiência e oportunidades para associados P. 6 MEIO AMBIENTE: Outorga de uso de água P. 10 Geral Expediente Cooperativa Agropecuária Castrolanda Praça dos Imigrantes, 03 - Caixa Postal 131 84.165-970 - Colônia Castrolanda - Castro, PR Diretor Presidente Frans Borg Diretor Vice-Presidente Richard Hendrik Borg Diretor Secretário José Hilton Prata Ribeiro Conselhereiros Hans Jan Groenwold Willem Berend Bouwman Armando Rabbers Cláudio Henrique Kugler Comitê de Agricultores Luiz Fernando Tonon Maurício Barkema Eltje Jan Hendrik E. Groenwold Peter Greidanus Ricardo Henrique de Boer Arnold Hendrikus Salomons MULHER COOPERATIVISTA A mulher deve ocupar o seu espaço Neste mês de outubro a Castrolanda realizou mais um evento dedicado a Mulher Cooperativista e tivemos uma boa participação. Parabéns! Para nós é importante que as mulheres se envolvam com a Cooperativa porque elas são o núcleo da família e a família é o núcleo da sociedade, o embrião da cooperação e da cidadania e também quem irá garantir a perenidade dos empreendimentos. Uma boa prática em Cooperativa é governar o presente com os olhos no futuro. Os tempos mudam e cada vez exige mais velocidade. A Mulher Cooperativista precisa estar informada, se atualizar a cada momento em economia, negócios e cooperativismo. As Cooperativas devem estimular mais a participação da mulher, a mulher tem o seu papel de congregar a família e a Cooperativa não deixa de ser uma grande família. A Mulher ajuda a focar mais o lado humano, ela é mais participativa, mais comprometida, mais solidária, mais efetiva e eficaz nas conquistas voltadas para a sociedade. É preciso buscar um equilíbrio entre a razão e a emoção. É comprovado que o sistema cooperativista é uma ferramenta excelente para promover o desenvolvimento regional, o desenvolvimento das pessoas, valorizar o ser humano, gerar renda e emprego, distribuir resultados e fazer pessoas mais felizes. As sociedades sustentáveis precisam de pessoas bem formadas, desenvolvidas e atualizadas. E na nossa visão é aí que as mulheres podem fazer a diferença. Organizando e estimulando dentro das famílias a participação das pessoas em treinamentos de formação e atualização indiferente da idade. Todos nós devemos ter uma boa bagagem de informação, para tomarmos as decisões mais apropriadas a todo o momento das nossas vidas e estamos preparados para construir uma sociedade mais sustentável. Comitê de Bovinocultores Jan Loman Roberto Meindert Borg Sandro Aurélio Hey Armando de Paula Carvalho Filho Luiz Carlos Prestes Junior Roberto Sleutjes Comitê de Suinocultores Rudolfo Ernesto Bosmuller Roelof Rabbers’58 Leonard Loman José Carlos Sandrini Richard Hendrik Borg Peter Greidanus Comitê de Bataticultores Jan Ate de Jager Jean Leonard Bouwman Bernard David van de Riet Gerentes de Negócios Popke Ferdinand van der Vinne Gerente Geral Marco Antonio Prado Gerente Corporativo Mauro Cesar de Faria Gerente Unidade - Carnes Marcio Copacheski Gerente Unidade - Agrícola Frans Borg - Diretor Presidente Histórico "O Sucesso é a capacidade de não ser afetado pelas distrações da vida." Brian Klemmer Conselho Fiscal Henk Boele Kassies Vitalino Wacherski Peter Greidanus Jan Haasjes Mario de Araujo Barbosa Mark Allen Harvey Editorial Resgate 2 PRÓXIMA ESTAÇÃO: CASTRO Balançando sobre esses trilhos – olhando para a bela paisagem, emoldurada pela pequena janela – lá íamos nós, nossas malas, as crianças, a lenha estalando, formando grandes ondas de fumaça. Balançando sobre esses mesmos trilhos – por muitos anos, a paisagem como testemunha silenciosa – foram vindo ou partindo mercadorias, animais, máquinas, encomendas, notícias, muito mais: viajantes, suas malas, as crianças, o progresso. Trilhando nossos caminhos, bom é quando vem anunciando: Próxima estação: Castro! Arletta D. Salomons – Natural de Castro – PR Informações retiradas do livro: Castro Nossa Gente – Nossa Terra – Nossa História Henrique Costales Junqueira Gerente Unidade - Leite Cleudiney Iank Gerente Unidade - Batatas Edmilton Aguiar Lemos Gerente Unidade Industrial Impressão Kugler Artes Gráficas Diagramação Amauri Castro Jornalista Responsável Leila Gomes - MTB 6584 Tiragem 1200 exemplares Periodicidade: Mensal [email protected] 42 3234.8084 NOVOS ASSOCIADOS MATRÍCULA NOME DO ASSOCIADO ATIVIDADE PRINCIPAL 1844 GEZINA RABBERS GROENWOLD AGRÍCOLA E PECUÁRIA DE LEITE 1845 EMMELYN GROENWOLD AGRÍCOLA E PECUÁRIA DE LEITE 1846 REYNOLD GROENWOLD AGRÍCOLA E PECUÁRIA DE LEITE 1847 JULIANO JAREK PECUÁRIA DE LEITE ENQUETE Quem vence a eleição presidencial? José Serra (PSDB) 76% Contato Comercial: Agromídia 11 5092.3305 Guerreiro Agromarketing: 44 3026.4457 *É permitida a reprodução desde que citada a fonte. Dilma Rousseff (PT) Escreva para a Redação 14% Envie seus comentários e opiniões sobre as reportagens publicadas para [email protected] Veja a opinião dos visitantes do site: www.castrolanda.coop.br Corporativo 3 Loja Cooperativa lança “Grife Castrolanda” Castrolanda a exemplo de multinacionais apresenta linha de produtos com a marca institucional Raul Rabbers A Cooperativa Castrolanda lançou em outubro a “Grife Castrolanda”. Um espaço na Loja Agropecuária da Matriz com produtos de grandes marcas do mercado que vão desde roupas, acessórios, bolsas, artigos para escritório, artigos de casa e outros produtos que levam o nome Castrolanda. Para o lançamento de sua grife a Cooperativa uniu forças com diversas marcas de destaque no mercado: uma delas a Orient (relógios). "Seguimos o caminho de grandes empresas nacionais e multinacionais. Ao longo do tempo pudemos perceber como os associados e colaboradores valorizam a nossa marca e se orgulham de tudo que ela representa. Agora não se trata de somente “vestir a camisa” da Castrolanda, mais toda a linha de vestuário e demais produtos de uso no dia a dia”, disse o gerente corporativo, Marco Antonio Prado. Os produtos estão sendo desenvolvidos para atender um público diverso, tais como: visitantes, associados e colaboradores. Segundo o gerente corporati- vo os produtos vão estar expostos nos eventos que a Cooperativa participa durante o ano. Outro fator que aquece as vendas são os inúmeros grupos de diversas regiões do Brasil e do exterior que a Castrolanda recebe. “A Loja vai entrar no roteiro das equipes que recebem estes visitantes”, garante o gerente. EXPECTATIVAS A 1ª coleção lançada em outubro (29 e 30) já atingiu as expectativas de vendas, o que já garante um planejamento no desenvolvimento de novos produtos e linhas especiais para determinadas épocas do ano. ATENDIMENTO O atendimento segue os mesmos horários de expediente da Loja Agropecuária. Durante a semana das 9 às 17h e nos sábados até as 11 horas. A divulgação dos produtos também será feita através do site da Cooperativa e demais veículos informativos da Castrolanda. Tatiane, responsável pelas vendas Fotos Raul Rabbers Diversos associados e colaboradores prestigiaram a inauguração da Grife Corporativo Cooperativismo Mulher Cooperativista 2010 d Evento realizado no Memorial da Imigração Holandesa recebeu mais de LINHA DE SALGADINHOS Marcio Trevizan, supervisor de vendas da linha de salgadinhos da Castrolanda apresentou o processo de lançamento das linhas Speeks e Smaaks e o posicionamento da marca Castrolanda no varejo. De acordo com o supervisor, a Coope- rativa hoje atua no Paraná, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e se prepara para entrar no mercado de Mato Grosso, Minas Gerais e Santa Catarina. “Hoje estamos presentes em torno de 9500 clientes.Os consumidores e clientes tem destacado nossas batatas como uma das melhores, senão a melhor e mais saborosa do mercado, o que tem impulsionado nossa penetração nos pontos de vendas. A marca “CASTROLANDA” começa a ser reconhecida e lembrada pelos consumidores”, enfatiza Trevisan. PROJETO SOCIAL Após o almoço as participantes acompanharam a apresentação do projeto Lã de Cordeiro, desenvolvido por associadas da Castrolanda. “No ano passado fizemos uma lista onde algumas voluntárias se inscreveram para participar de alguns projetos, idéias formadas através desse evento para serem aplicadas. Fizemos o contato e marcamos uma reunião e convidamos as representantes do CTP, trocamos idéias e uma delas que está dando certo que são projetos voltados a comunidade do interior, sendo que elas tem vários Raul Rabbers O Encontro da Mulher Cooperativista da Cooperativa Castrolanda, realizado no dia 21 de outubro, reuniu cerca de 250 associadas, esposas e filhas de associados da Matriz e das Unidades de Piraí do Sul e Itaberá. O evento já tradicional no calendário da Cooperativa tem como objetivo reforçar o papel da Mulher no Cooperativismo. A abertura oficial foi feita pelo presidente da Castrolanda, Frans Borg. “As Cooperativas devem estimular mais a participação da mulher. A mulher tem o seu papel de congregar a família e a Cooperativa não deixa de ser uma grande família”, disse. Na agenda do dia, o destaque foi a palestra com a médica obstetra, Dra. Carolyn M. de Geus Wenceslau, que falou sobre a saúde da mulher na melhor idade. OPINIÃO 4 Comissão organizadora Mulher Cooperativista 2010 projetos já desenvolvidos”, disse Elsa Kugler. MULHER COOPERATIVISTA A comissão organizadora lançou nesta edição a marca “Mulher Cooperativista”. Amauri Castro, da área de comu- nicação da Cooperativa fez a apresentação dos elementos que compõem a marca e o processo de criação. Ao final do evento as participantes receberam uma carteira como lembrança já aplicada a marca Mulher Cooperativista. "Achei interessante a equipe da organização estar saindo para outras fronteiras, além de só organizar o evento. Parabéns!" "Cada grupo tem excelentes ideias e uma diferente da outra. Quem participa é porque tem capacidade". "Achei ótimo os horários, tanto de início como a do término, porque mesmo morando longe deu tempo para participar. Achei muito legal a palestra da Dra. e também o teatro foi um máximo". "Gostei muito de todos os acontecimentos, foi muito legal". Erica Mascarenhas Selma Prioto Marlene Rosli O. M. Pereira 2 Fotos Raul Rabbers Ao final do evento diversas participantes foram premiadas no sorteio de brindes e Corporativo 5 destaca saúde na melhor idade 200 participantes 6 Negócios Agrícola Floresta Industrial Cooperativa incentiva plantio florestal Divulgação Autossuficiência e oportunidades para associados Com o setor em franca expansão e resultados financeiros ao longo do ciclo produtivo a Cooperativa incentiva os seus cooperados a exploração dos programas de produção florestal. A agregação da atividade na propriedade com o plantio de eucalipto além de render bons lucros atende a demanda da Cooperativa que hoje consome cerca de 70.000m³ de lenha. O programa de incentivo prevê uma parceria entre a Cooperativa e o associado. A Castrolanda presta o apoio técnico e financeiro na implantação dos reflorestamentos. Segundo o coordenador florestal, Paulo César da Silva, este programa está sendo desenvolvido neste ano com apenas dois associados. “Este é um projeto piloto e a intenção é ampliar a participação já em 2011 para atender as necessidades da Cooperativa”, disse. Segundo Paulo o programa vai possibilitar a independência de fornecedores, solucionar a instabilidade de oferta do produto no mercado e fugir do valor elevado na aquisição do produto em determinadas épocas do ano. Paulo comenta que esta é uma das estratégias da Castrolanda dentre outras que vem sendo desenvolvidas desde 2007 quando assumiu o setor florestal. “A eminente falta de madeira no futuro é um assunto que preocupa e foi discutido recentemente no Fórum de Produção Florestal promovido pela OCEPAR onde teve a participação de mais de 20 cooperativas da região que compartilham a mesma preocupação”. De acordo com o Gerente de Negócios – Agrícola, Marcio Copacheski, o plantio de florestas de eucalipto não deve ser visto como um concorrente às áreas agricultáveis, pois não é esse o foco do projeto de fomento florestal, mas sim, aproveitar áreas marginais e de baixo rendimento agrícola comprovado pelo histórico de produtividade ao longo dos anos. Áreas com potencial agrícola comprovado não serão aprovadas nas vistorias iniciais. COM GASTOXIN B57® VOCÊ NÃO ARMAZENA SÓ GRÃOS, ARMAZENA LUCROS. INSCRIÇÃO De acordo com o coordenador o programa é simples. A Cooperativa vai divulgar através de seus meios de comunicação o prazo de inscrição para o associado manifestar-se com a intenção de participar. “O associado vai precisar seguir algumas normas e regulamentos previstas no projeto e ter a aprovação por parte do setor jurídico no que diz respeito a documentação. Após isso o setor florestal irá elaborar o EVT (Estudo de Viabilidade Técnica) da área. Concluído estes passos as operações serão iniciadas tanto para preparo de solo e implantação da floresta, custos das operações, insumos e mudas que serão debitados em uma conta “Reflorestamento”, criada para sócios participantes do projeto. O custo pode variar entre R$ 3.000,00 a R$ 4.000,00 por hectare dependendo da situação da área e da estrutura de apoio do associado. MERCADO Os estudos indicam a falta de madeira no mercado principalmente eucalipto que hoje é empregado das mais diferentes formas: móveis, painéis, energia, celulose, construção civil dentre outros usos, tornando assim o reflorestamento um negócio bastante interessante, podendo gerar renda excedente nas propriedades dos associados e também fornecer madeira para energia para as unidades da Castrolanda. SUSTENTABILIDADE A produção de energia para o abastecimento de fornalhas e secadores para os diferentes setores da cooperativa é o desafio do momento para o setor florestal, pois o ciclo produtivo para o primeiro corte é de aproximadamente 6 anos, ou seja, temos que pensar muitos anos à frente. Além da necessidade citada, o plantio de espécies para a produção de lenha evita o desmatamento de florestas nativas e a exploração ilegal, contribuindo para a preservação de nossas reservas florestais, mantendo e promovendo a sustentabilidade do setor e demonstrando que iniciativas nesse sentido fortalecem nossa vocação produtiva em total sintonia e respeito aos recursos naturais que recebemos das gerações passadas e a responsabilidade do legado que queremos deixar. Em breve NOVO PORTAL CASTROLANDA Na hora de fumigar seus grãos armazenados e produtos processados você já sabe com quem contar. 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Primeiros Socorros e demais informações, vide o rótulo, bula e a receita. Evite a contaminação ambiental, preserve a natureza. Não lave as embalagens ou equipamentos em lagos, fontes, rios e demais corpos d’água. Não reutilize as embalagens vazias. Descarte corretamente as embalagens e restos ou sobras de produtos. Periculosidade ambiental e demais informações, vide o rótulo, a bula e a embalagem. CONSULTE SEMPRE UM ENGENHEIRO AGRÔNOMO E SIGA CORRETAMENTE AS INSTRUÇÕES RECEBIDAS. VENDA SOB RECEITUÁRIO AGRONÔMICO. PABX: (13) 3565-1212 • Vendas: (13) 3565-1208 • www.bequisa.com.br an_gastoxin_145x160mm.indd 1 10/15/10 4:54 PM W W W . C A S T R O L A N D A . C O O P. B R Negócios Agrícola 7 8 Negócios Agrícola Opinião FOTO em DESTAQUE A previsão da safra 2010/11 e os mercados da soja e do milho * Eugenio Libreloto Stefanelo A foto foi tirada pelo associado Jan Noordegraaf - Casa de passarinhos. Um flagra na disputa das andorinhas e canários na primavera pela mesma casa. Participe enviando sua foto para [email protected]. O primeiro levantamento de previsão da safra brasileira 2010/11, divulgado pela CONAB neste mês, evidencia a ocorrência de crescimento na área cultivada da primeira safra de feijão (1,6% a 3,3%) e da soja (1,3% a 3,1%) e queda na área de milho (-2,2% a -3,5%). Considerando as 15 principais culturas de verão e de inverno, a área cultivada poderia crescer 1,3%, se as áreas a serem cultivadas na segunda safra e no inverno fossem as mesmas de 2010. A previsão de produção não deverá repetir o recorde alcançado na safra 2009/10 (148,8 milhões de toneladas), devido a ocorrência de clima adverso (La Niña), com chuvas abaixo do normal e mal distribuídas no tempo e no espaço e possibilidade de inverno mais rigoroso. Foi inicialmente estimada entre 145,7 a 147,9 milhões de toneladas, verificandose queda de 8,7% a 10,4% na primeira safra de milho e de até 1,5% na de soja e aumento de 13% a 16,1% na primeira safra de feijão. A situação encontrada no Paraná não é diferente. Os baixos preços recebidos pelos produtores nas duas últimas safras e a menor liquidez levaram a uma redução de 13% a 16% na área cultivada de milho em 2010/11, com possibilidade de queda na produção entre 18,3% a 21,1%. Registra-se que esta será a segunda safra seguida em que se verifica queda de área cultivada no Estado, o maior produtor brasileiro do cereal. A melhor liquidez e rentabilidade da soja e a perspectiva de aumento no preço do feijão, principalmente o cores, levaram ao aumento na estimativa da área das duas culturas, de 1,2% a 3,2% e de 2% a 6% em 2010/11, respectivamente. Mas as estimativas de produção tendem a ser menores nas duas culturas, de até 2% e 2,8%, respectivamente, e comparando com os volumes colhidos na safra 2009/10. A seca ocorrida no Paraná em setembro retardou o plantio do feijão e do milho, que só foi recuperado após as precipitações verificadas na última semana de setembro e neste início de outubro e já atinge cerca de 50% das áreas das duas culturas. O plantio da soja está adiantado e já ocorreu em aproximadamente 10% da área prevista. O mercado mundial e as cotações internacionais da soja, milho e trigo mudaram radicalmente após o mês de agosto. Provocaram esta mudança a seca que reduziu a safra mundial do trigo em mais de 41 milhões de toneladas nesta safra 2010/11 em relação a anterior; a queda de 4,6 milhões de toneladas na safra mundial de soja 2010/11 em relação a anterior; a queda na estimativa da safra mundial de milho em 6,4 milhões de toneladas de setembro para outubro; e a queda de 21,8 e de 15,7 milhões de toneladas nos estoques inicial e final mundiais do trigo e do milho em 2010/11. O retorno da especulação dos fundos com os títulos de commodities e a recuperação da economia mundial, que traz reflexo positivo sobre a demanda destes produtos, já estavam ocorrendo durante o primeiro semestre e continuam a afetar positivamente as cotações. As cotações internacionais do milho passaram de U$ 3,5 a 4,5 para U$ 4,5 a 5,9/bushel, da soja de U$ 9,3 a 10,5 para U$ 10,0 a 12,0/bushel e do trigo de U$ 4,5 a 5,5 para U$ 6,0 a 7,7/bushel. Agora o mercado começou a ficar mais atento e a precificar a possível queda da safra sul-americana da soja e do milho em volume maior do que o previsto, devido ao fenômeno climático la niña, que já provocou o retardamento do plantio da primeira safra de milho no sul do Brasil e poderá causar chuvas abaixo da média e mal distribuídas, principalmente nos meses de novembro e dezembro deste ano e no início do próximo . A seca deverá ser maior na Argentina, no Paraguai, no norte do Rio Grande do Sul, no oeste de Santa Catarina e no sudoeste e oeste do Paraná. Diante do quadro exposto, a melhor estratégia de comercialização do milho ainda em mãos dos produtores (8% da primeira safra e 50% da segunda) é a venda em pequenos lotes, de forma parcelada, até o mês de fevereiro do próximo ano. E da futura safra de soja, que está sendo plantada, é a venda antecipada de uma pequena parcela, em torno de 20%, como os produtores já efetuaram e aproveitando as cotações atuais. O restante deve ser deixado para mais tarde, aguardando a evolução do clima sobre o andamento da safra. Se a seca indicada pelos climatologistas de fato acontecer, a quebra da safra sul-americana tem grande probabilidade de ser maior do que as previsões e as cotações futuras da soja e do milho poderão experimentar novos aumentos em novembro e dezembro e durante o primeiro semestre do próximo ano. Por fim, um comentário sobre a taxa de câmbio, que é fundamental para compor os preços em reais recebidos pelos produtores. Mesmo considerando as recentes medidas que foram tomadas pelo governo, ela está baixa e vai continuar baixa, oscilando no intervalo entre R$ 1,65 a 1,75, em curto prazo. * Eugenio Libreloto Stefanelo é técnico da Superintendência Regional da Conab no Paraná / eugenio.stefanelo@conab. gov.br Negócios Leite InformeTécnico Oportunidades e Desafios para manter a rentabilidade da atividade leiteira A tendência para os últimos meses de 2010 é uma perda na relação de troca, com redução na margem bruta do produtor. Junio Fabiano dos Santos O custo de alimentação representa 50 a 55% dos custos totais da atividade leiteira dos associados da Cooperativa Castrolanda. O custo alimentar é composto por concentrados, sais minerais e forragens. Este último, majoritariamente é produzido na própria fazenda, possui alta variabilidade de produtividade e de qualidade nutricional entre fazendas, em geral quanto maior a produtividade (Toneladas de MS/hectare) e melhor a qualidade nutricional maior a possibilidade de reduzir o uso de rações, farelos e concentrados impactando positivamente no custo alimentar e no custo total. Entretanto, o custo com concentrados e minerais assim como o preço do leite sofre intensa variabilidade de preços conforme o mercado (Gráfico 1). Se existe um excedente de produção de um determinado alimento e a demanda é constante o preço do insumo cai. Ao contrário, se um determinado alimento está escasso no mercado e a demanda constante o preço do insumo sobe. Se avaliarmos o 2 e 3° trimestre de 2010 o produtor de leite teve uma melhor relação de troca comparado a 2009 (Gráfico 2). Em 2009 o produtor da Castrolanda comprava 0,8 kg de farelo de soja e 1,9 kg de fubá com 1 litro de leite. Entre os meses de abril a setembro de 2010, os mesmos ingredientes tiveram uma relação de troca 1,2 e 2,4, respectivamente. O mesmo litro de leite podia comprar 400 gramas a mais de farelo de soja e 500 gramas a mais de fubá de milho. A melhor relação de troca se deu pela redução dos preços das commodites no mercado internacional, queda na exportação, altos estoques de milho e soja no Brasil, no caso do milho houve uma alta produção da safrinha no Cen- tro-Oeste do Brasil. As rações comerciais também acompanharam as quedas dos principais insumos no ano 2010 e o poder de compra do produtor aumentou (Gráfico 3). Se compararmos o ano de 2010 (até outubro) com o ano 2009 os preços nominais do fubá de milho, farelo de soja e rações comerciais foi de 10,5%, 22,3% e 13,6% menores. Em geral, o menor custo de concentrados permite o acréscimo da utilização de ração na dieta, conseqüentemente aumento rápido na produção de leite por vaca. Apesar de inúmeros fatores envolvidos a Cooperativa Castrolanda entre janeiro a setembro de 2010, comparado ao mesmo período de 2009 tivera um acréscimo na produção de leite de 7,2%. Entretanto, a relação de troca está diminuindo a partir do mês de julho de 2010, os preços do fubá de milho e farelo de soja já sofreram reajustes de 21,5% e 18,5% em outubro 2010. As variações de preços dos concentrados estão afetando diretamente os custos de produção do leite no penúltimo trimestre de 2010, associado ao atraso das chuvas, atraso da rebrota das pastagens perenes de verão e o final do ciclo do azevém. A tendência para os últimos meses de 2010 é uma perda na relação de troca, com redução na margem bruta do produtor. Os relatórios do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) surpreenderam o mercado ao afirmar que o estoque de milho é o menor desde 1996, devido à redução na produção de milho 322 milhões de toneladas versus 340 milhões de toneladas (previsão anterior). Outros fatores como questão climática, fenômeno La Ninã que pode afetar principalmente, a América do Sul geram especulações no mercado. A desvalorização do dólar, queda na produção de milho na China e aumento da importação do milho em plena safra chinesa. No Brasil há atraso no plantio da soja no Centro-Oeste pela falta de chuva, conseqüentemente a perspectiva de menor de produção do milho safrinha. Quanto à soja grão a tendência de mercado é manutenção dos preços e/ou aumento nos preços, o último relatório do USDA traz diminuição da produção americana, aumento nas projeções do consumo, intensa importações da China. A área plantada de soja no Brasil será maior, 3%, mas a tendência é menor produtividade. Os estoques de soja estão altos. O mercado consumidor de farelo de soja tem previsão de forte consumo, apesar do alto estoque. E a estimativa dos preços do farelo de soja para 2010/2011 é de aumento (Informações do boletim semanal da Safras e Mercados). Apesar da capacidade ímpar do ruminante em degradar fibra, sejam forragens ou subprodutos fibrosos, ainda utilizamos ingredientes nobres, como milho e farelo de soja como os principais ingredientes nas rações. Outra realidade é que alimentos considerados subprodutos acompanham a variação dos preços das commodites (Gráfico 2), por exemplo, se o fubá de milho aumenta em geral, impulsiona o acréscimo no valor da polpa cítrica por ser substituído direto (Ingredientes energéticos). A casca de soja e polpa cítrica são alimentos energéticos de grande potencial de utilização nas nossas dietas, por ser rico em pectina (Carboidratos não fibrosos), permite fornecer energia para vaca sem aumentar o amido da dieta. Entretanto, Junio Fabiano dos Santos é Médico Veterinário da Assistência Técnica da Cooperativa Castrolanda Mais informações: [email protected] as pequenas diferenças de preços entre 2009 e 2010, sazonalidade da oferta e menor valor energético quando comparado ao fubá de milho limitam a sua utilização. O custo alimentar é o principal item de custo a ser monitorado pelo produtor de leite, o lote de maior produção, apresenta maior custo vaca dia, mas o custo alimentar por litro de leite produzido é menor, isto ocorre porque a receita sobre o custo alimentar é maior. Em geral, quando o preço da ração sobe a primeira decisão do produtor é reduzir a quantidade de ração fornecida. Porém, se a produção de leite baixar, pode não ser a melhor alternativa, pois os custos fixos que independe da produção irão aumentar proporcionalmente. Alternativas podem amenizar a menor relação de troca, considerando que o preço do leite constante se mantenha constante, o simples agrupamento dos animais conforme a produção aumenta a eficiência de utilização da ração concentrada, desde que a propriedade possua estrutura física para separar as vacas em lotes no momento do arroçoamento. Investir na quantidade e qualidade das forragens com alta qualidade nutricional forrageira depende primariamente de um baixo teor de FDN (fibra em detergente neutro), alta energia NDT (Nutrientes digestíveis totais) que pode amenizar um eventual efeito negativo na redução do fornecimento da ração. Outras decisões de manejo alimentar, constância de mistura, precisão nas pesagens dos ingredientes, conservação dos alimentos, manejo adequado das pastagens pode afetar diretamente o desempenho das vacas. Lembre-se que seu desempenho financeiro depende do desempenho de suas vacas. Fonte: Cepea/ESALQ-USP Gráfico 1. Série de preços médios pagos ao produtor - deflacionado pelo IPCA (média de RS, SC, PR, SP, MG, GO e BA). Gráfico 2 - Relação de troca quilogramas de ração por litro de leite (Castrolanda Jan/2009-Set/2010) Gráfico – 3 Relação de troca quilogramas de ração comercial por litro de leite (Castrolanda Jan/2009-Set/2010) 9 10 Corporativo Meio Ambiente Outorga de uso de água O que é? Com fulcro na LEI Nº 12726 - 26/11/1999 que Institui a Política Estadual de Recursos Hídricos, a outorga é o ato administrativo mediante o qual o poder público outorgante (União, Estado ou Distrito Federal) faculta ao outorgado (requerente) o direito de uso de recurso hídrico, por prazo determinado, nos termos e nas condições expressas no respectivo ato administrativo. Patrícia Lucena Gestão Ambiental Fonte : Agência Nacional de Aguas Suderhsa Para que serve a outorga e uso de água? A água tem diversos usos: abastecimento humano, dessedentação animal, irrigação, indústria, geração de energia elétrica, preservação ambiental, paisagismo, lazer, navegação, etc. Para que esses usos sejam utilizados de forma organizada é necessário que o Estado, por meio da outorga realize sua distribuição observando a quantidade e a qualidade adequadas aos atuais e futuros usos. Assim sendo, o instrumento de outorga é necessário para o gerenciamento dos recursos hídricos, pois permite ao administrador (outorgante) realizar o controle quali-quantitativo da água, e ao usuário (requerente) a necessária autorização para implementação de seus empreendimentos produtivos. É, também, um instrumento importante para minimizar os conflitos entre os diversos setores usuários e evitar impactos ambientais negativos aos corpos hídricos. Onde deve ser solicitada? No Estado do paraná a outorga deverá ser solicitada junto a Suderhsa - Superintendencia de Desenvolvimento de recurso hídricos e Saneamento Ambiental, no caso do Paraná o local é Curitiba - PR. Quem deve solicitar outorga? Todos aqueles que pretendam utilizar, para as mais diversas finalidades, as águas de um rio, lago ou mesmo de águas subterrâneas, devem solicitar uma Outorga ao Poder Público. Os usos mencionados referem-se à captação de água para o abastecimento doméstico, para fins industriais ou para irrigação; ao lançamento de efluentes industriais ou urbanos, à construção de obras hidráulicas como barragens e canalizações de rio, ou, ainda, à serviços de desassoreamento e de limpeza de margens. Quais os tipos de outorga? Dispensa de Outorga: trata-se de disposição enquadrada na resolução 039/2004 que dispensa de outorga acumulações com volume de até 15.000m³, ou com altura de barramento inferior a 1,5m, derivações ou captações individuais de até 1,8 m³/h. No entanto neste caso deverá ser protocolizado junto a suderhsa o "Requerimento Para dispensa de Outorga Outorga Prévia: ato administrativo com finalidade de declarar a disponibilidade de água para os usos requeridos, não conferindo o direito de uso de recursos hídricos e se destinando a reservar a vazão passível de outorga. A Outorga Prévia deverá ser requerida pelos novos empreendimentos, que necessitem de LICENCIAMENTO AMBIENTAL, e para Perfuração de Poço Tubular. Outorga de Direito: Ato administrativo que o Poder Público Outorgante faculta ao outorgado o uso de recurso hídrico, por prazo determinado nos termos e nas condições expressas no respectivo ato.A Outorga de Direito deverá ser requerida pelos empreendimentos existentes. Qual a implicação legal a falta de solicitação de outorga? Conforme preceitua o Art. 49. Constituem infrações às normas de utilização de recursos hídricos superficiais ou subterrâneos estabelecidas pelo Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SEGRH/PR): I. a utilização de recursos hídricos sem a respectiva outorga de direito de uso; II. o início de implantação, ampliação e alteração de qualquer empreendimento relacionado com a derivação ou a utilização de recursos hídricos que importem alterações no seu regime, quantidade ou qualidade, sem autorização dos órgãos ou entidades competentes integrantes da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos; III. a utilização de recursos hídricos ou a execução de obras ou serviços em desacordo com as condições estabelecidas na outorga; IV. a perfuração de poços para a extração de águas subterrâneas ou sua operação sem a devida autorização, ressalvados os casos de vazão insignificante, assim definidos em regulamento; V. a fraude nas medições dos volumes de água captados e a declaração de valores diferentes dos utilizados; VI. a transgressão das instruções e dos procedimentos prefixados pelos órgãos e entidades competentes que integram o Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos; VII. obstar ou dificultar a ação fiscalizadora das autoridades competentes no exercício de suas funções. Art. 50. Por infração de qualquer disposição legal ou regulamentar referentes à execução de obras e serviços hidráulicos, derivação ou utilização de recursos hídricos de domínio ou administração do Estado e em sub-bacias de rios de domínio da União cuja gestão a ele tenham sido delegadas, nos termos do parágrafo único do artigo 5º desta lei, ou pelo não atendimento das solicitações feitas, o infrator ficará sujeito às seguintes penalidades, independentemente de sua ordem de enumeração: I. advertência por escrito, na qual serão estabelecidos prazos para a correção das irregularidades; II. multa, simples ou diária; proporcional à gravidade da infração de 1.200 (um mil e duzentos) a 12.000 (doze mil) vezes o valor nominal do Fator de Conversão e Atualização (FCA), ou outro fator que venha a substitui-lo, instituído pelo Poder Executivo Estadual; III. embargo provisório, por prazo determinado, para execução de serviços e obras necessárias ao efetivo cumprimento das condições de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso, controle, conservação e proteção dos recursos hídricos; IV. embargo definitivo, com revogação da outorga, se for o caso, para repor incontinenti, no seu antigo estado, os recursos hídricos, leitos e margens, nos termos dos arts. 58 e 59 do Código de Águas ou tamponar os poços de extração de água subterrânea. § 1º Sempre que da infração cometida resultar prejuízo ao serviço público de abastecimento de água, riscos à saúde ou à vida, perecimento de bens ou animais ou prejuízos de qualquer natureza a terceiros, a multa a ser aplicada nunca será inferior à metade do valor máximo estabelecido pelo inciso II deste artigo. FCA jan /2010 -R$ 1,61 ou seja, a multa pode ir de R$ 1.9320,00 a R$ 19.320,00. Bem todo e qualquer licenciamento de empreendimentos diversos, hoje feito, no Estado do Paraná tem como documentação inicial exigível ao menos o protocolo de pedido outorga de uso de água, ou protocolo de pedido de dispensa de uso de água. Corporativo Escola Alunos da 3ª série do ensino fundamental das escolas participantes do programa cooperjovem e filhos de funcionários e Cooperados da Cooperativa Castrolanda participaram do 1º Concurso de Redação “Dia da Árvore”. Foram recebidas diversas redações com o tema “As florestas e suas riquezas”. A seleção e a classificação das redações obedeceram duas etapas. A 1ª delas o incentivo, por parte dos professores nas escolas, para a produção de textos que retratassem a preservação das florestas dentro dos Campos Gerais. A 2ª foi à análise e classificação dos textos. A Comissão Julgadora foi composta por profissionais das áreas de jornalismo, meio ambiente, educação, língua e literatura, cabendo a eles classificar a melhor redação enviada, com a avaliação dos seguintes critérios: criatividade e originalidade no texto, adequação obrigatória ao tema, clareza de idéias, correção ortográfica, concordância e higiene e organização do trabalho. O 1º lugar foi conquistado por Guilherme Ribas Rodrigues da Silva que além de uma placa “Escola que coopera com o meio ambiente”, levou pra casa uma bicicleta. Divulgação Cooperativa premia redação no Dia da Árvore Guilherme Ribas Rodrigues, conquistou o 1º Lugar O CONCURSO O presente concurso de redação é uma atividade integrante do Projeto Cooperjovem, e teve por objetivo valorizar, a partir da criação de textos, as florestas e os ecossistemas contribuindo assim para melhoria na qualidade de vida do pequeno agricultor da juventude rural e do agricultor familiar, por meio das escolas da região. 11 Negócios Carne AmauriCastro 12