Um novo pacto na saúde Beatriz Figueiredo Dobashi Secretária de Estado da Saúde/MS Abril de 2009 Onde tudo começou... • Movimento da reforma sanitária • A saúde como direito de cidadania • O conceito de gestão da saúde • A Lei 8.080 com muitos vetos • O Ministério da Saúde assumindo a coordenação nacional do sistema AS NORMAS OPERACIONAIS BÁSICAS “NOB” Instrumento jurídico institucional editado periodicamente pelo Ministério da Saúde, após amplo processo de discussão com os demais gestores e outros segmentos da Sociedade, negociado e pactuado na Tripartite e aprovado no Conselho Nacional de Saúde, para: AS NORMAS OPERACIONAIS BÁSICAS “NOB” ⇒aprofundar e reorientar a implementação do SUS; ⇒definir novos objetivos estratégicos, prioridades, diretrizes e movimentos táticooperacionais; ⇒regular as relações entre seus Gestores; ⇒normatizar o SUS. Descentralização: - NOB 01/91: racionalizadora - NOB 01/93: pactuada - NOB 01/96: autonomia - NOAS 01/01e 01/02: regionalização Pacto de Gestão – compromisso entre os gestores PACTO PELA SAÚDE 2006 Compromisso pactuado e assumido pelos gestores de saúde das três esferas de governo, visando qualificar a gestão do Sistema Único de Saúde, em razão de seus princípios e diretrizes. Desdobramento das discussões • Pacto pela Vida • Pacto pelo SUS • Pacto de Gestão Pacto pela VIDA • • • • • • Saúde do Idoso Redução da mortalidade materna e infantil Redução das mortes por câncer de colo de útero e mama Enfrentamento das endemias: dengue, malária, leishmaniose, hanseníase e gripe aviária Promoção da saúde Fortalecimento da atenção básica Inserções em 2008 • Atenção à saúde do homem • Atenção à saúde das pessoas portadoras de deficiências • Atenção á saúde mental • Prevenção da violência • Controle das DST e AIDS Pacto pelo SUS • Movimento de repolitização e mobilização da sociedade por mais recursos para a Saúde: regulamentação da EC 29 Pacto de Gestão • Instrumentos que aprimorem a gestão de saúde e resgatem o compartilhamento de responsabilidades entre as três esferas de governo no SUS EIXOS Responsabilização sanitária; Regionalização solidária e cooperativa; Planejamento, programação e avaliação; Financiamento; Regulação e normatização; Gestão do trabalho e educação em saúde; Participação social e controle público do sistema. Responsabilidade Sanitária Assumir o compromisso de formular políticas de saúde com base nas necessidades, necessidades no sentido geral, não só relacionadas às questões assistenciais; buscando superar as iniqüidades. Desenvolver ou levantar tecnologia para operacionalizar a identificação e o mapeamento de "necessidades de saúde". Esta tecnologia deve considerar: O olhar do usuário; A rede de serviços já existente; Atores sociais presentes no território; Informações epidemiológicas e sociais. Responsabilidade Sanitária Todo município é responsável pela integralidade da atenção do seu munícipe (incluindo ações de promoção), pela pactuação e referência da atenção que ocorre fora do seu território, em cooperação com o estado e com os demais municípios envolvidos no âmbito regional/estadual. Responsabilização sanitária, onde o município deve territorializar os serviços explicitando responsabilidades, compromissos e vínculos das equipes com a população do território. Responsabilidade Sanitária O município deve assumir integralmente a gerência de toda a rede de atenção básica, considerando a particularidade na atenção à saúde da população indígena. O município deve assumir a gestão das unidades do seu território, pactuando regionalmente as suas referências e constituindo uma co-gestão, com o estado e outros municípios, do processo de regulação destes serviços, quando se tratar da referência inter-municipal. As unidades sob gerência estadual também devem compor a rede sob gestão municipal. Responsabilidade Sanitária Desenvolver um processo de regulação, planejamento, programação e avaliação. Deverá ser definido na regulação qual a responsabilidade do município que encaminha, de acordo com a programação pactuada. O gestor federal apoiará o gestor estadual e este os municípios para que assumam integralmente sua competência de gestor pleno da atenção à saúde. Planejamento, programação e avaliação • Resgate desses instrumentos de gestão que norteiam a tomada de decisão; • Resgate do plano de saúde construído de forma participativa FINANCIAMENTO O horizonte da proposta de financiamento é construir um alocação mais eqüitativo, que diferenças locos-regionais e sócio-epidemiológicas. alteração do processo de considere as as variáveis I – Identificou-se a possibilidade de integrar recursos em grandes blocos e a necessidade de flexibilizar normas, agregar procedimentos, dentre outras ações, visando o aprimoramento das transferências dos recursos federais do SUS: atenção básica; MAC; vigilância em saúde; assistência farmacêutica e gestão do SUS. II – Movimento estratégico: estudos com vistas à redução das iniqüidades Regulação e Normatização • Regulação como garantia de acesso e qualidade • Complexos reguladores que regulem a partir da atenção básica até a alta complexidade, em nível ambulatorial e hospitalar Gestão do Trabalho e Educação na Saúde • Política de educação permanente. • Espaços de Negociação com os trabalhadores. • Planos de Carreira, Cargos e Salários. • Desprecarização dos vínculos. Participação popular e controle social • Garantia das condições de funcionamento dos Conselhos. • Processos permanentes de formação e informação de Conselheiros. • Articulação com movimentos populares. • Implantação de Ouvidorias. TERMOS DE COMPROMISSO DE GESTÃO TCG MUNICIPAL TCG ESTADUAL TCG DO DF TCG FEDERAL Contêm: as responsabilidades sanitárias do gestor os objetivos e metas do Pacto pela Vida os indicadores de monitoramento e avaliação dos Pactos; TERMOS DE COMPROMISSO DE GESTÃO TCG MUNICIPAL TCG ESTADUAL TCG DO DF TCG FEDERAL • expressam a formalização do Pacto nas suas dimensões Pela Vida e de Gestão. • têm processo de assinatura negociado. TERMOS DE COMPROMISSO DE GESTÃO I - ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES SANITÁRIAS REALIZA Superação da comprovação estanque de capacidade para a possibilidade de construção da capacidade necessária a cada responsabilidade de forma solidária NÃO REALIZA AINDA PRAZO PARA REALIZAR NÃO SE APLICA Desencadear ações de apoio Regionalização Solidária e Cooperativa Objetivos fundamentais: Garantir o direito à saúde, reduzir desigualdades sociais e territoriais e promover a eqüidade; • • Promover a integralidade da atenção; • Racionalizar os gastos e otimizar os recursos; • Potencializar o processo de descentralização. Regionalização Solidária e Cooperativa As Regiões de Saúde são recortes territoriais, com o fim de assegurar o cumprimento dos princípios constitucionais de universalidade, eqüidade e integralidade das ações e serviços de saúde. Podem se organizar em: Regiões infraestaduais e compostas por mais de um município; Regiões intramunicipais organizadas dentro de um mesmo município de grande extensão territorial e densidade populacional; Regiões interestaduais, conformadas a partir de municípios limítrofes em diferentes estados; Regiões fronteiriças, quando o território regional de saúde envolve os países vizinhos. Mecanismos de Organização Regional • Colegiado de Gestão Regional - espaço de decisão política e de definição das prioridades de ação regional. Formado pelos gestores municipais de saúde do conjunto de municípios e por representantes do gestor estadual; • Câmaras Técnicas Provisórias ou Permanentes - apoio técnico necessário ao Colegiado de Gestão •Programação Assistencial e Orçamentação - PPI • Plano Regional de Investimentos - PRI Como estamos em MS • Eventos que discutiram o Pacto em 2006. • Oficinas para discussão da PPI da Atenção à Saúde. • Oficina que discutiu o desenho do sistema de regulação. • Oficina que discutiu os Termos de Compromisso da Gestão Municipal; a PAVS e os Indicadores da Portaria 91/07 Encaminhamentos • Discussão do Termo de Compromisso Estadual e do processo de pactuação no CES/MS dia 15/03/07. • Pactuação na CIB/MS dia 16/03/07. • Homologação na CIT dia 22/03/07. Monitoramento e Avaliação • Abril de 2008 – oficina de avaliação e construção de uma agenda de apoio aos municípios por parte da gestão estadual • Monitoramento do SISPACTO • Capacitação dos municípios e conselhos de saúde em 2009 – revisão dos compromissos, inclusive da PPI. PDR de Mato Grosso do Sul Microrregiões CIB regionais • Optamos por 03 colegiados regionais sedes de macrorregião • Autonomia de decisões que envolvam a macrorregião • Pauta na CIB estadual quando as questões extrapolarem a macrorregião Discussões 2007/2008 • PPI regional • Política de educação permanente – descentralização dos recursos – 60% • Regulação • SAMU Avaliação em 2008 • Avanços importantes em função das discussões regionalizadas • Baixa participação de gestores municipais, principalmente na macro de Campo Grande • Dificuldades para organizar as câmaras técnicas Processo de avaliação 2009 • 25/04 – reunião interna na SES • 11, 12 e 13/05 – discussões regionais • 22/05 – pactuação dos encaminhamentos na CIB estadual e ratificação dos TCGM e do TCGE Processo de avaliação 2009 • 29/05 – apresentação no CES-MS • 09 e 10/06 – oficina com gestores municipais sobre a PPI • 16 e 17/06 – plenária estadual de conselhos – oficina de capacitação para monitoramento do Pacto. Responsabilidade de todos! • Após a celebração do Pacto pela Saúde, todos nós devemos assumir o compromisso de efetivá-lo e aprimorá-lo, usando os instrumentos de acompanhamento e avaliação e desenvolvendo estratégias de apoio aos municípios.