RENDIMENTO DA CARNE SUINA ABATIDA NO INSTITUTO DE ZOOTECNIA DESTINADA AO RESTAURANTE UNIVERSITARIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO Ludmilla Dayane Alves1 Maria Rosa Figueiredo Nascimento2 1 INTRODUÇÃO Atualmente, a carne suína é a mais consumida no mundo e o Brasil é o quarto maior produtor. A carne suína hoje tem um conceito diferente de alguns anos atrás, devido ao resultado da evolução tecnológica da indústria alimentícia, apresentando reduzido teor de gorduras, calorias e colesterol. Segundo GERMANO (2008), os alimentos de origem animal constituem, na atualidade, uma fonte de proteína essencial para o desenvolvimento normal do homem e dos animais, em especial nos primeiros anos de vida. Tendo em vista o valor nutritivo e a ampla disponibilidade da carne suína, e partindo do pressuposto de que a alimentação coletiva é um processo produtivo de refeições com nível de sanidade exigido pela legislação vigente. Nesta perspectiva o profissional da área de alimentos visa o bom planejamento dos cardápios, à segurança e a qualidade nos Serviços de Alimentação, buscando a satisfação dos comensais. O Setor de Suinocultura tem como objetivo de atender, as aulas práticas dos cursos de graduação e pós-graduação em Zootecnia e oferece estágios para alguns cursos da área agrária. Fornecendo também carne bovina, aves e suína para atender o Restaurante Universitário. Onde o mesmo atende uma demanda de 4.000 refeições dia, cuja clientela é estudantes, funcionários e visitantes. O objetivo deste trabalho foi de avaliar o rendimento e calcular o fator de correção das carnes em relação à carcaça. 1 Discente do Curso de Licenciatura e Bacharelado em Economia Doméstica da UFRRJ. E-mail: [email protected] 2 Doutorando em Ciências e Tecnologia de Alimentos (UFRRJ), Mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos (UFRRJ), Professora do Departamento de Economia Doméstica - DED/Instituto de Ciências Humanas e Sociais da UFRRJ. E-mail: [email protected] 1 Segundo Ornelas (1985), para determinar as quantidades, de comprar e avaliação do preço total da compra de alimentos, principalmente daqueles que apresentam perdas inevitáveis, foi estabelecido o Fator de Correção. Este fator é uma constante para uma determinada qualidade de alimento decorrente da relação entre Peso Bruto e Peso Líquido. Sendo que cada serviço de alimentação deve estabelecer seu Fator de Correção de acordo com o tipo de alimento que adquire, para maior segurança das quantidades e da compra. O fator de Correção prevê perdas inevitáveis durante o pré-preparo como: ossos, pelanca. 2 MATERIAL E MÉTODO O trabalho foi desenvolvido no RU, onde foi observado o peso, a desossa, os cortes e o peso final. Obtendo-se carne, toucinho, pés, ossos e pelanca, os cortes foram pesados para o cálculo de rendimento em relação ao peso total. 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Em uma saída de 335 kg de carne obteve-se 126kg de carne limpa, 17kg de osso (pé, paleta e dorso), 75 kg de costela, 114 kg de toucinho e 3kg de pelanca. Para maiores informes o pernil e a costela não foram desossados, caso fosse a perda seria maior. De acordo com o gráfico abaixo obteve-se os seguintes resultados: 38% de carne; 34% de toucinho; 22% de costela; 5% de osso e 1% de pelanca. Figura 1 – Rendimento da Carne Suína 2 Fonte: Restaurante Universitário, 2009. Baseadas nas porcentagens de aproveitamento da carne, levando-se em conta o per capita de 120g, seriam necessário 300 kg de carne limpa para atender a 2500 refeições. Com um total de 126 kg de carne limpa, estima-se atender a 1050 refeições. Portanto o aproveitamento de carne está em torno de 35% a 40%, e o fator de correção encontra-se em torno de 2,65 em relação ao peso bruto/peso liquido. 4 CONCLUSÃO Conclui-se que a carne suína fornecida pelo Instituto de Zootécnica ao RU não é viável levando-se em conta todas as etapas do pré-preparo, mão de obra e rendimento. Porém, constatando-se de uma Universidade com objetivo de ensino, pesquisa extensão, torna-se necessário à criação de animais, sendo o excedente fornecido ao RU. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA GERMANO, P. M. L.; GERMANO, M. I. S. Higiene e vigilância sanitária de alimentos: qualidade das matérias- primas, doenças transmitidas por alimentos, treinamento de recursos humanos. 3. ed. São Paulo: Manole, 2008. 986p. ORNELLAS, L. H. Técnica dietética: seleção e preparo de alimentos. 7.ed.São Paulo: Atheneu, 2001. PARDI, M.C.; SANTOS, I.F.dos; SOUZA, E.R. de; PARDI, H.S. Ciência, Higiene e Tecnologia da Carne. v.1, Ciência e higiene da carne. Tecnologia da sua obtenção e transformação Goiânia: CEGRAF-UFG, 1993. 586p. 3