Enfisema Redução Volumétrica •Tratamento Broncoscópico Disciplina de Cirurgia Torácica ; Disciplina de Pneumologia Serviço de Endoscopia Respiratória InCor-Hospital das Clínicas Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Enfisema • DPOC – Mecanismo / Consequencias Limitação Expiratória ao Fluxo Aéreo Aprisionamento de Ar Hiperinsuflação Dispnéia Anormalidades nutricionais Alterações musculares OBSTRUÇÃO AO FLUXO AÉREO Efeitos cardiovasculares Decondicionamento Efeitos metabolismo ósseo Redução das atividades Baixa Qualidade de Vida Relacionada à Saúde Kemp. Thorac Surg Clin 2009 Martinez. Am Rev Respir Dis 1990 Enfisema • Tratamento: Opções vs Distribuição Médico Broncodilatores longa ação Corticosteróides Cirurgia Reabilitação, O2 suplementar Cirurgia redutora de volume Transplante pulmonar Endoscópico Válvulas / Termoablação (vapor) Redução volume biológica Heterogêneo Homogêneo X X X X X X X X X X Bypass vias aéreas Coils (molas) X X Heterogêneo Homogêneo (Localizado) (Difuso) 35% X X X Homogêneo Heterogêneo Alfa-1 Opção de Tratamento Distribuição 65% NETT trial (N=2180) Enfisema • Tratamento endoscópico - Racional – Opção não cirúrgica p/ redução volumétrica – < Morbi-mortalidade relacionada – Ausência manipulação pleural – Realização sequencial ambulatorial Custo? Enfisema • Termoablação endobrônquica (vapor) – Vapor úmido • Broncoscopia flexível – Oclusão seletiva • Catéter com balão – Lobos superiores • 5cal/grama tecido Uptake medical, Sattle, WA Snell. Ann Thorac Surg 2009;88:1993 Enfisema • Termoablação endobrônquica (vapor) – N=11, enfisema heterogeneo – 15%<VEF1<45% antes 3 meses 6 meses Snell. Ann Thorac Surg 2009;88:1993 Enfisema • Inserção endobrônquica“coils”(molas) – Homog. : heterog. = 3:1 • VEF1=0,68L • VR=5,4L (média) • VR/CPT=70% – Result. Preliminares PneumRx, Mountain View CA • 1-3 meses • Melhora TC6, mMRC (dispnéia) Herth. AJCCRM 2009;179:A6160 Enfisema • Adesivo fibrínico - BioLVR (AeriSeal®) – Procedimento Ingenito. Am J Respir Crit Care Med 2001;164:295 Enfisema • Adesivo fibrínico - BioLVR (AeriSeal®) – Prospectivos não controlados (6 meses) • N=25 (10ml e 20 ml/local tratado) – Aumento VEF1 = 8% – Redução escore dispnéia = 0.4 ptos ; St.George = 4.9% • N=50 (predomínio LLSS) – Aumento VEF1 = 15,6% p=0.002 – Eventos adversos (pneumonia, TEP, aspiração) = 8% Refaely. Eur Resp J 2010;36:20 Criner. Am J Resp Crit Care Med 2009;179:791 Enfisema • Válvulas - IBV® (Spiration-Olympus) – Enfisema heterogeneo Lobos superiores Wood. JTCVS 2007;13:65 Enfisema • Válvulas - IBV® (Spiration-Olympus) – Prospectivo não controlado (N=30) • Redução VEF1 e TC > 15% (6 meses) – VEF1: 2/23 pac. (8%) – TC6: 6/25 pac. (24%) p>0.05 (ns) – Prospectivo, enfisema “homogêneo” (N=10) • Melhora dispnéia e TC6 = 7 casos • Função pulmonar igual após 90 dias Liberação p/ tto. fístula aérea (FDA-EUA) Wood. JTCVS 2007;13:65 Eberhardt. Dtsch Med Wochenschr. 2009;134:506 Enfisema • Válvulas - EBV-Zephyr® (Pulmonx) – Enfisema heterogeneo Venuta. Ann Thorac Surg 2005;79:411 Wan. Chest 2006;129:518 Enfisema • Válvulas - EBV-Zephyr® (Pulmonx) – Procedimento • Avaliação ventilação colateral (Chartis®) Pouca ventilação colateral Muita ventilação colateral Enfisema • Válvulas - EBV-Zephyr® (Pulmonx) – Prospectivo, não controlado (N=98) • Redução VEF1 – 10% em 3 mêses p=0.007 (pré-trato.) • Redução VR – 4,9% em 3 mêses p=0.02 (pré-trato.) • Melhores resultados obtidos Exclusão lobar Tratamento unilateral Wan. Chest 2006;129:518 Enfisema • Válvulas - EBV-Zephyr® (Pulmonx) – Prospectivo, não controlado (N=40) – Escape aéreo prolongado PO • 1-9 válvulas / paciente • 47% - resolução completa (escape aéreo) • 45% - redução (escape aéreo) Eficaz p/ tto. fístula aérea (pneumotórax, ressecções) Travaline. Chest 2009;136:355 Enfisema • Válvulas - EBV-Zephyr® (Pulmonx) – V.E.N.T.-Prospect.,random.,control.(N=321) • Válvulas (N=220) vs Trato. médico (N=101) • Inclusão – 15% ≤ VEF1 ≤ 45% – Enfisema heterogeneo • Avaliação – 6 e 12 meses pós-procedimento Sciurba. New Engl J Med 2010;363:1233 Enfisema • Válvulas - EBV-Zephyr® (Pulmonx) – V.E.N.T.-Heterogeneidade & Resposta % Mudança VEF1 % Mudança TC6 Sciurba. New Engl J Med 2010;363:1233 Enfisema • Válvulas - EBV-Zephyr® (Pulmonx) – V.E.N.T.-Resultados (6 meses) 6% 5% 4% 3% 2% 1% 0% -1% -2% -3% % Δ VEF1 Δ = 7.2% (p < 0.001) 5,3% -1,9% Zephyr EBV Control 6% 5% 4% 3% 2% 1% 0% -1% -2% -3% % Δ TC6 Δ = 5.8% (p = 0.008) 4,3% -1,5% Zephyr EBV Control Sciurba. New Engl J Med 2010;363:1233 Enfisema • Válvulas - EBV-Zephyr® (Pulmonx) – V.E.N.T.-Resultados (6 meses) 30.0% 8 25.6% 7 25.0% 6 20.0% 5 15.2% 15.0% 4 10.6% 10.5% 10.0% 7.2% 9.6% 8.8% 5.8% 2 5.0% 1 0.0% FEV1 % Change 6MWT % Change SGRQ Delta (abs) 3 Total H.H. (>10%) H.H.+ L.E. 7.2% 5.8% 3.4 10.5% 8.8% 3.28 15.2% 10.6% 4.29 FEV1 % Change 6MWT % Change H.H.+ L.E.+C.F. 25.6% 9.6% 5.96 0 H.H.= > heterogeneidade L.E.= exclusão lobar C.F.= < ventilação colateral SGRQ Delta (abs) Sciurba. New Engl J Med 2010;363:1233 Enfisema • Válvulas - EBV-Zephyr® (Pulmonx) – V.E.N.T.-Resultados (12 meses) Sciurba. New Engl J Med 2010;363:1233 Enfisema • Válvulas - EBV-Zephyr® (Pulmonx) – V.E.N.T.-Melhor resposta (subgrupos) > Heterogeneidade Exclusão lobar Fissura completa Sciurba. New Engl J Med 2010;363:1233 Enfisema • Válvulas - EBV-Zephyr® (Pulmonx) – V.E.N.T.-Melhor resposta (subgrupo ; N=40) • “3” Fatores combinados Redução volume lobar (média) 86.5% Aumento VEF1 6 meses (média) 29.5% Aumento TC6 6 meses (média) 23.5% Sciurba. New Engl J Med 2010;363:1233 Enfisema • Válvulas - EBV-Zephyr® (Pulmonx) – V.E.N.T.-Eventos adversos maiores (90dias) • Complic.: Trato.=10.3% ; Controle=4.6% (p=0.17) Eventos adversos Exacerbação DPOC* Pneumonia Hemoptise maciça Hemoptise (qq.vol.) Pneumotórax trato.(%) 17 (7,9%) 5(2.3%) 1(0.5%) 12(6.1%) 3(1.4%) controle(%) 1(1.1%) 2(2.3%) 0(0%) 0(0%) 0(0%) p 0.03 1.0 1.0 0.02 0.56 * Necessitando internação Sciurba. New Engl J Med 2010;363:1233 Enfisema • Válvulas - EBV-Zephyr® (Pulmonx) – Conclusões • Tratamento unilateral >>> benefício modesto – Aumento VEF1=4.3%; ≠ entre grupos=6.8% (6 meses) • Mais efeitos adversos grupo tratado – Maior frequencia exacerbação DPOC (+ internações) • Maior heterogeneidade / cissura completa – Melhor resultado funcional Sciurba. New Engl J Med 2010;363:1233 Enfisema • Bypass vias aéreas – Hipótese • Comunicações extra-anatômicas – Parênquima & brônquios segment. » < hiperinsuflação Peter Macklem Profesor Emeritus McGill University expiração Vias de saída adicionais/desobstruídas Melhora fluxo expiratório (enfisema homogêneo) Joel D. Cooper Div. Thoracic Surgery University of Pennsylvania Hogg. J Clin Invest 1969;48:421 Macklem. N Engl J Med 1978;298:49 Enfisema • Bypass vias aéreas – Avaliação pré-clínica (fenestração brônq.) • Pulmão enfisematoso nativo (receptor Tx) Inspiração Expiração Expiração Após Bypass VsAs 3 fenestrações Volume expiratório cumulativo (N=12) Lausberg. Ann Thorac Surg 2003;75:393 Choong. AJRCCM 2008;178:902 Enfisema • Bypass vias aéreas – Validação clínica / Permeabilidade • N=10 (pré-lobectomia) ; N=5 (pré-tx pulmonar) Fenestrações brônquicas (eletrocautério-RF) • Permeabilidade stents Stents eluidores de Paclitaxel (Tempo livre de oclusão) Rendina. JTCVS 2003;125:1294 Choong. JTCVS 2005;129:632 Choong.JTCVS 2006;131:60 Enfisema • Bypass vias aéreas – Dispositivos (Broncus Technologies) Processadora doppler Sonda dilatadora Catéter Balão Sonda doppler Aplicador e Stents Enfisema • Bypass vias aéreas – Broncoscopia flexível • Anestesia geral + Bloqueador bronquico 1 mês 6 mêses 12 mêses Enfisema • Bypass vias aéreas – Resultados – Estudos clínicos não randomizados Estudo (n) Resultados VR Pós Lobect./Transplante (n=20) Identificação vasos (doppler) Não avaliado Orifícios apenas (n=5) Segurança/melhora VR -763 mL Stents apenas (n=10) Segurança/melhora curto prazo -508 mL Stents + mMMC (n=16) Segurança/melhora curto prazo (VR, dispnéia; 1 mês) -693mL Segurança/melhora extendida (VR, dispnéia; 6 mêses) -906 mL Stents+Paclitaxel (n=36)* *Cardoso. J Thorac Cardiovasc Surg 2007;134:974 Enfisema • Bypass vias aéreas – Resultados – E.A.S.E. Prospectivo, random., controlado • N=315: Bypass (N=208) ; Controle (N=107) – VR/CPT basal ≥ 0.69±0.03 – DLCO basal = 30% previsto • N=977 stents colocados (81% pac.) – 4.7 Stents / paciente – 60% pacientes receberam ≥ 6 stents Enfisema • Bypass vias aéreas – Resultados − Redução VR (L) - DIA 1 ATS (New Orleans) 2010 ; ERS (Barcelona) 2010 Shah, Slebos, Cardoso et al. The Lancet. 2011 (submetido) Enfisema • Bypass vias aéreas – Resultados Redução VR ≥ 500ml (1as 24hs) • Acompanhamento 6 meses (N=41) Inicial Dif. 6o mes (%) p VR (L) 5,43 -0,90 (-16%) < 0.0001 CVF (L) 2,35 0,23 (9,9%) 0.001 mMRC (0-4 pts) 2,54 -0,69 (27,5%) < 0.0001 SGRQ (0-100) 54,4 -5,6 (10,3%) 0.023 N=41 ATS (New Orleans) 2010 ; ERS (Barcelona) 2010 Shah, Slebos, Cardoso et al. The Lancet. 2011 (submetido) Enfisema • Bypass vias aéreas – Resultados − Efeitos adversos Parâmetros Bypass (n=208) Controle (n=107) 13,5% (28 pac.) 11,2% (12 pac.) IR+ vent.mec. 1,4% (3/208) 0 Pneumotórax 0,48% (1/208) 0 Hemoptise 0,48% (1/208) 0 Infecção resp. 10% (20/208) 8,4% (9/107) Morte (<30dias) 0,4% (1/208)* 2,8% (3/107) % SAEs *não relacionada (ruptura aneurisma ao.abd.) p=0.10 (ns) ATS (New Orleans) 2010 ; ERS (Barcelona) 2010 Shah, Slebos, Cardoso et al. The Lancet. 2011 (submetido) Enfisema • Bypass vias aéreas - Conclusões 1o Dia – Bypass vs Controle • < VR (p=0,003) • Melhora CVF e VEF1 (p=0,004) • Melhora dispnéia (p=0,001) • Segurança 6o Mês – Redução do efeito • VR retorna ao inicial • CVF/VEF1 retorna ao inicial – Se redução VR>500ml • Melhora significativa PFR, SGRQ, mMRC Enfisema • Conclusões: Trato.endoscópico – Alternativas para enfisema moderado/severo – Múltiplas técnicas ainda em estudo – Tecnologia em desenvolvimento – Critérios inclusão/exclusão ≠s entre estudos – Heterogeneidade resultados – Futuro promissor – Novos métodos de avaliação / dispositivos