1ª CONFERÊNCIA DO FORUM DA GESTÃO DO ENSINO SUPERIOR NOS PAÍSES E REGIÕES DE LÍNGUA PORTUGUESA Universidade de Lisboa e Universidade de Coimbra 14-16 de Novembro de 2011 ENCAMINHAMENTOS NA IMPLEMENTAÇÃO DE UMA POLÍTICA DE FORMAÇÃO DOCENTE EM CURSOS DE LICENCIATURA NO BRASIL Solange Teresinha Ricardo de Castro Universidade de Taubaté, SP, Brasil Contextualização Realidade brasileira: desenvolvimento e implementação de políticas de formação docente em cursos de licenciatura – uma necessidade e muitos desafios Contexto universitário: necessidade de ir além das mudanças estruturais e realizar também mudanças conceituais Linguística Aplicada: fundamentos para essas transformações – educação (formação de educadores), gestão (formação de gestores) Objetivos Apontar a importância da construção de formas de participação e de discurso nas reuniões de trabalho nos contextos universitários que promovam e dêem apoio à transformação e o desenvolvimento humanos necessários para dar sustentação aos processos de transformação institucional Objetivos Trazer desafios e pontos positivos identificados no processo de desenvolvimento de uma política de formação docente em três cursos de licenciatura brasileiros – Geografia, História e Letras Estrutura de participação Estrutura de participação (Erickson; Shultz, 1997; Erickson, 1981): regula a atividade conjunta dos participantes, quanto à organização social das atividades e à natureza do trabalho acadêmico (Colomina et al, 2004) Estrutura moldada pelo propósito e formas do discurso mediador (Wertsch, 1995) Reuniões de trabalho Espaços de discussão para compreensão, avaliação, e (re) planejamento das ações educacionais em relação ao contexto em questão, e tomada de decisões conjuntas Discurso mediador do gestor: (1) chama a atenção dos participantes para elementos presentes nos contextos em questão ou para determinados aspectos da atividade sendo realizada e seus resultados; (2) apóia-se nas respostas ou intervenções dos participantes para dar continuidade à discussão de um tópico ou para introduzir novo. Reuniões de trabalho Tomada de turnos e escolha de tópicos: menor caráter ritualístico, menor rigidez Interações envolvem clarificações, questionamentos, explicações, contestações, etc. Reuniões de trabalho Cursos de graduação – direção, coordenadores e professores: tratamento de conteúdos e relações sociais em aulas, inclusão de formas de reflexão sobre os conteúdos, ações inter- ou multidisciplinares Projeto de extensão – professoras orientadoras e estagiários: planejamento, discussão, avaliação e redirecionamento de ações Pontos positivos e desafios Reuniões entre direção, coordenações e professores da graduação: Distanciamento entre o discurso docente e discente em sala de aula, causando rupturas, bloqueios, falhas na comunicação e na aprendizagem – resistência dos professores (História e Letras) à mudança Retomada periódica da discussão dessas questões parece favorecer um encaminhamento mais adequado das ações docentes – fornecimento de apoio Pontos positivos e desafios Reuniões entre professoras orientadoras e estagiárias do projeto de extensão: Superação das angústias, dificuldades, dúvidas, perplexidades das estagiárias 2 Discurso unilateral da Universidade nos projetos com outras Instituições – formas contraditórias de ações – necessidade de repensar e reconstruir as ações de forma conjunta: construir os projetos de extensão COM as instituições e não PARA as instituições Processos de transformação institucional Mudanças nas estruturas institucionais e nos papéis formais dos que nelas atuam devem ser acompanhadas de mecanismos que possibilitem a formação e o desenvolvimento humanos que possam sustentar esses processos de transformação (Fullan, 1997; Hannay; Ross, 1997). Processos de formação humanos Construídos e sustentados em espaços discursivamente constituídos de forma a promover a explicitação, a confrontação, o questionamento, a clarificação, a negociação, enfim, de significados. Obrigada! [email protected]