Força Isadora
Pessoas que conseguiram mudar o mundo não passaram impunes por isto.
Quando alguém enxerga acima dos conceitos corriqueiros, pode esperar a
incompreensão, e injustificadamente se tornarão vidraça.
O final das questões polêmicas já sabemos o resultado, sempre quem vence é o
bom senso, mas não é necessário que os visionários paguem o preço por perceberem
melhor a realidade que nos cerca.
Quando uma criança identifica fatos do mundo de uma forma melhor do que os
adultos, o que devemos fazer é enaltecer esta visão, enaltecer o esforço, mesmo que o
que o jovem ou a jovem afirme seja contrário a interesses de adultos, pois é possível
aprender com qualquer um, mesmo com uma garota pré-adolescente.
Que ao invés de se jogarem pedras, se joguem flores. Que ao invés de se
vociferar ofensas que se sussurre o elogio quando ele for correto, necessário e
procedente.
Que os visionários sejam entendidos como tal, sejam eles idosos, jovens, e até
mesmo crianças, pois a civilidade não tem idade, o entendimento da humanidade não se
concentra em nenhuma academia, grupo, associação, credo ou opinião, pois é possível
encontrar sabedoria em qualquer lugar e em qualquer ser humano.
Se os bons exemplos não servem como exemplo, será que temos que aceitar os
maus exemplos? Será que o ideal é sempre estar do lado do mais forte, em detrimento
da correção dos pensamentos? Será incentivar a violência é mais correto do que mostrar
os equívocos? Estas repostas parecem simples na teoria, e realmente são, mas pessoas
modificam esta simplicidade na prática, inibindo que o que é honesto e certo seja
difundido, divulgado, defendido.
Que os visionários não sofram por sua dignidade, que não sejam mal entendidos
por sua força, e que ao invés de se tornarem inimigos por questões referentes à vaidade
humana, que se tornem exemplos o mais rápido possível para que não sofram por
estarem a um passo à frente do resto da humanidade.
Que verdades não demorem tanto a serem percebidas, e que os interesses
escusos não prevaleçam por muito tempo. Que a prática do bom senso seja visível e que
as lições sejam absorvidas sem o estigma do preconceito.
Não devemos somente fazer sobressair grandes feitos que mudem o mundo, mas
também acolher o que muda nossa casa, nossa rua, nosso bairro e o que instigue o
próximo a também procurar o correto, e isto pode acontecer em uma revolução, um
levante ou um simples Diário de Classe que pode ter seu papel para mudar um pouco da
sociedade, um pouco de nós mesmos. Que não cometamos os mesmos erros de primeiro
ter que tentar expulsar o certo porque não nos convém, para somente depois aceitar as
idéias que posteriormente se demonstram nobres.
Força Isadora.
Walmir Santos de Almeida
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