Posição da Embrapa sobre a
Liberação Comercial de Quatro
Eventos de Algodoeiro
Transgênico
Eventos de Algodão em Análise
• Roundup Ready, evento 1445, tolerante a
glifosato;
• Liberty Link, evento LLCotton25, tolerante a
glufosinato
• Widestrike, evento: 281-24-236/ 3006-21023, resistente a lagartas – Gene Bt: Cry 1Ac+Cry1F
• Bollgard II, evento Mon 15985, a resistente a
lagartas - Gene Bt: Cry1Ac + Cry2Ab
Questão fitossanitária da cultura do
algodoeiro
• Cerca de 30 espécies de insetos pragas e
outros problemas sérios de doenças e plantas
invasoras
• Cultura que mais demanda o uso de agrotóxicos
• 16,5 kg de inseticidas por ha para o controle de
insetos-pragas
• 9 a 18% do custo de produção
Posição da Embrapa
• a inserção destes cultivares transgênicos
de algodoeiro tolerantes a herbicidas ou
resistentes a insetos na agricultura
brasileira pode trazer benefícios
econômicos e ambientais. Isso ocorre
devido à redução de perdas, de custos
com manejo e da quantidade de
inseticidas utilizados nas lavouras.
Questões de Segurança Alimentar
• Produtos do algodoeiro:
• Fibra
• Grãos (caroço)
• Óleo
• Análises:
- Protocolos internacionalmente validados
- Boas Práticas Laboratoriais
De acordo com informações cientificamente
qualificadas, não foi observado qualquer
efeito deletério à saúde humana, para os
eventos de algodoeiros geneticamente
modificados já aprovados para consumo,
em diferentes países que permitem sua
comercialização
•
•
•
•
Food Standars Australian New Zealand 2002;
Health Canadá 2003;
Health Council of the Netherland 1999;
European Comission Health & Consumer Protection Directorate
General, da Comissão Européia 2002;
• Série de estudos realizados pela European Food Safety Authority.
Princípios Básicos da Avaliação
de Risco Ambiental
• Caso-a-caso
• Todas as informações científicas
sobre:
– A planta transformada
– O gene inserido
– O ambiente receptor
Avaliação de Risco Ambiental
Posição da Embrapa
Uma avaliação de risco apropriada é
conduzida a partir de informações
científicas pertinentes geradas no país
onde a planta geneticamente modificada
entrará em contacto com o meio
ambiente.
Tópicos da avaliação de risco ambiental
• Caracterização do transgene
• Fluxo gênico
• Efeito sobre a biodiversidade e
organismos não-alvo
• Evolução de resistência de pragas
Agodão no Brasil
Cultivado comercialmente: Gossypium hirsutum
var. hyrsutum
Outras: Gossypium hirsutum var. marie galante
Gossypium barbadense
Gossypium mustelinum
Avaliação do Risco de Fluxo de Genes
de variedades transgênicas para
populações de algodoeiros nativos e
naturalizados no Brasil
Proposta de Área de Exclusão de Algodoeiro GM
Azul – Não restrição ao GM
Amarelo – Zona de exclusão ao GM
Fonte: Barroso et. al.( 2004)
Avaliação de Risco à Biodiviversidade e
Organismos não- Alvo
 Cerca de 300 espécies de insetos e ácaros se
alimentam das diferentes partes da planta
 Cerca de 30 espécies de insetos e 3 espécies
de ácaro são consideradas pragas
 Cerca de 600 espécies de inimigos naturais
(parasitóides e predadores) foram encontrados
nos campos de algodão
 Cerca de 70 espécies de abelhas nativas e
uma naturalizada podem ser encontradas
visitando flores do algodeiro
Principais Funções da
Biodiversidade
•
•
•
•
Polinização
Controle biológico
Decomposição da matéria orgânica
Ciclagem de nutriente
Avaliação de Risco à
Biodiviversidade e Organismos
Não- Alvo
Posição da Embrapa
Uma avaliação de risco apropriada deve
considerar potenciais efeitos indesejáveis a
grupos de espécies que exercem funções
ecológicas relevantes, por exemplo
polinizadores, predadores, parasitóides e
microorganismos fixadores de nitrogênio.
Evolução de Resistência de Insetos-praga
Posição da Embrapa
É necessário o desenvolvimento de estratégias
apropriadas para prevenir ou retardar o
desenvolvimento da resistência na praga-alvo.
Destaca-se a estratégia da expressão da toxina
em alta dose associada a utilização de áreas de
refúgio para insetos susceptíveis.
Estações de Produção de milho no Brasil
Outono
Verão
Inverno
OCT NOV DEC JAN FEB MAR APR MAY JUN JUL AUG SEP
Algodão
Fitt et al. 2003
Spodoptera
Evolução de Resistência de Invasoras
Posição da Embrapa
O processo da seleção pode ser mitigado
fazendo-se a rotação de cultivos e de
herbicidas, monitorando a dinâmica das
populações das plantas invasoras,
acompanhando os resultados das aplicações
dos herbicidas, utilizando, quando permitido,
misturas de herbicidas com mecanismos
diversos de controle e fazendo o manejo
integrado das plantas invasoras.
Coexistência
A Embrapa é a favor da busca de
mecanismos para a coexistência pacífica
entre a agricultura transgênica,
convencional e orgânica
Coexistência
Rotas de contaminação de fibras e caroço:
• Mistura mecânica inadequada
• Fluxo gênico via pólen entre diferentes
cultivares
Mitigação
utilização sementes sem
contaminações e estratégias de isolamento
que garantam níveis de contaminação abaixo
de limites toleráveis.
Conclusões
• Os algodoeiros transgênicos avaliados
constituem-se em novas opções que podem
contribuir para melhorar a sustentabilidade e
competitividade da cotonicultura do Brasil
• De acordo com informações cientificamente
qualificadas, não foi observado qualquer efeito
deletério à saúde humana, para estes eventos
de algodoeiros GM já aprovados para consumo
em diferentes países que permitem sua
comercialização
Conclusões
• Quanto à avaliação de risco ambiental
deve considerar informações científicas
geradas para as condições brasileiras
• Após a liberação comercial e à luz da
experiência adquirida com a adoção da
tecnologia, é importante a elaboração de
orientações técnicas que permitam a
coexistência dos diferentes sistemas de
cultivo do algodoeiro (convencional,
orgânico, transgênico), garantindo ao
agricultor a possibilidade de escolha.
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POSIÇÃO DA EMBRAPA