Uma História Completa do Rito Antigo e Primitivo de Memphis. Dos Arquivos do: Soberano Santuário do 95º e Último Grau do Rito Antigo e Primitivo de Memphis corpo Maçônico Regular da Franco Maçonaria Publicado com permissão amável de sua Graça O Soberano Grão Conservador Geral do Rito A História Oficial do Rito Antigo e Primitivo de Memphis O Mistério que rodeia a origem da Franco Maçonaria Especulativa Moderna não representa talvez a menor de sua realidade na história mais ou menos aceita da instituição, que data, pode-se dizer do século dezoito, com a Grande Loja Unida da Inglaterra que começou em Londres em 1717. Vários Ritos de natureza mais ou menos mística e filosófica, que trabalham Graus mais altos também se levantaram sobre tudo na França que teve um papel significante na preparação da grande, mas não tão desejada e sanguinária Revolução Francesa. Todos estes Ritos puseram demandas a origens de que teria sido difícil produzir com provas documentais, quando eles não eram completamente lendários, tradicionais, imaginativos e mesmo contraditórios. É suficiente para chamar a suposta historia cronológica de Franco Maçônaria desde a criação do homem, dada no preâmbulo das Constituições que Anderson copilou para a Grande Loja da Inglaterra em 1723 e na regularidade incontestada e autoridade da própria Grande Loja até a união em 1813; ou a desacreditada Carta Constitutiva de Frederico o Grande que se fundou em Charleston, em 1802, o primeiro Supremo Conselho do agora florescente Antigo e Aceito Rito Escocês, para sentir que, se a Franco Maçonaria durante séculos exerceu uma fascinação e influencia duradoura tão profunda isto se deve não tanto a sua historia contada que de fato, deixa muito a desejar, mas sim a tais qualidades inatas com as que pertencem a todos os grandes movimentos espirituais, tendo como seu verdadeiro objetivo ajudar a humanidade a ascender, em sua busca ansiosa da verdade, a escada longa e árdua da ultima perfeição humana. A história que segue lendária, tradicional e exotérica do Rito de Memphis, está completa e revisada da versão inglesa, de algumas notas francesas e italianas, publicadas em Palermo em 1923 e pensamos que supre esta Obediência das muitas interrogações que o recente reavivamento do Rito na Itália, em 1921, havia ocasionado. A Franco Maçonaria no Egito A Franco Maçonaria fez sua primeira aparição no Egito em 1798, foi introduzida pelos Maçons Franceses no exército conquistador de Napoleão. Napoleão iniciou-se em 12/19 de Junho de 1798 na Loja Militar de Philadelphe, em Malta (Napoleão nomeou seus irmãos para o ofício Maçônico: Louis foi nomeado Deputado Grão Mestre em 1805; Jerome era Grão Mestre do Grande Oriente de Westfalia; o Major Joseph foi feito Maçom em Tuilleries em Abril de 1805 e nomeado Grão Mestre do oriente da França; Lucien era um membro do Grande Oriente da França e ele usou a irmandade para favorecer as pessoas mostrando a cada um o respeito por sua religião e mesclando-se socialmente com eles em uma irmandade internacional. Publicou os folhetos esclarecendo sobre a religião muçulmana e fundou a Loja Ísis onde se iniciaram várias pessoas eminentes. O nome de ‘Ísis’ adotou-se depois dos Ritos Misteriosos dos Sacerdotes de Isis, irmã e esposa de Osíris, uma figura proeminente na mitologia egípcia. Praticou-se o Rito Antigo e Primitivo de Memphis nomeado pelo lugar onde a fraternidade de sacerdotes encontrava-se e que foi a grande escola de sabedoria e de mistérios dos egípcios. O Rito Antigo e Primitivo de Memphis continua os ensinamentos herméticos e espirituais dos antigos egípcios. O Rito pratica os 95 Graus cada um com seus respectivos segredos e cerimônias. A Loja Isis prosperou sob seu primeiro Mestre, o General Kleber, até que foi assassinado em 1800. Neste momento, seguindo seu retiro para a França a Franco Maçonaria parece ter ido para baixo da terra. Em 1830 alguns italianos formaram a Loja Carbonaria de Alexandria. Esta Loja era totalmente política e, quando suas atividades foram observadas pelo Governo, suas reuniões aconteciam em completo segredo. Demonstrado ser popular, fundou-se uma Loja chamada ‘Ménes’, que trabalhando o Rito de Memphis, também prosperou. Um dos membros mais ativos, do Rito de Memphis foi Samuel Honnis, ele fundou varias Lojas francesas em Alexandria, Ismailia, Port Said, Suez e Cairo, incluindo Al Ahram em Alexandria em 1845. Isto foi reconhecido pelo Governo e se iniciaram muitos Grandes Oficiais, inclusive o Grande Emir Abd Al Gazairi que lutou contra a França na Argélia e deu refúgio a centenas de famílias refugiadas na Síria. Outro grande membro do Rito de Memphis foi Salvatore Zola. Ele também fundou a primeira Loja italiana para trabalhar o Rito Escocês Antigo e Aceito em Alexandria em 1849. Em 1836 o Soberano Santuário do Rito de Memphis na França emitiu uma Garantia para um Grande Conselho Provincial no Egito e varias Lojas fundaram-se no Egito sob a jurisdição italiana e todas elas trabalharam em perfeita harmonia com a Grande Loja Provincial Francesa até 1862. Contudo, Maçons egípcios que se encontravam trabalhando sob varias Constituições, decidiram ter a sua própria. Em 1864, uma Garantia Provisional (confirmada em 1866) foi concedida pelo Grande Oriente da Itália que cria o Grande Oriente do Egito para trabalhar os Altos Graus e uma Grande Loja Nacional do Egito para trabalhar os primeiros três Graus. El Khedive Ismail, uma das maiores figuras do século XIX no Egito, ainda que não fosse Maçom, patrocinava a Ordem como uma proeminente organização humanitária e permitiu que seu filho Tawfik fosse iniciado. Em 1881, Al Khedive Tawfik Pasha foi eleito Grão Mestre e manteve mais de 500 Lojas que trabalhavam em Inglês, Francês, Grego, Hebreu, Italiano e Árabe, obteve reconhecimento para a Grande Loja do Egito da maioria das Grandes Lojas reconhecidas do mundo. A investigação do Ir.’. Mussa Sindaha Basha, mostra que Al Khedive Tawfik de fato assumiu a Hussein Fakhry Basha, Ministro da Justiça, que o número de Lojas estava mais próximo de 56 do que 500. Em 1891, Al Khedive Tawfik Pasha cedeu sua Oficina à Idris Bey Ragheb. A História Lendária e Tradicional do Rito atribui suas origens a: 1 – Um certo iniciado Grego que, no ano de 1060 A.C. supõem-se que emigrou para a Ásia Menor e fundou em Byblos (identificado como Gebal da Escritura) os Mistérios de Dionísio; 2 – Um certo Egípcio chamado Ormus que convertendo-se à cristandade por S. Mark no ano de 46 D.C. alega-se que fundaram, com a ajuda dos Essênios, uma Escola para a unificação dos Mistérios Egípcios com a Nova Lei; 3 – A uma Ordem de Cavalaria, os Cavaleiros da Palestina, fundado na Palestina em 1118 D.C. e transferidos para a Escócia em 1150, onde uma Grande Loja se fundou em Edimburgo com o objetivo de reavivar a Sabedoria de Ormus; a Maçonaria Moderna é supostamente derivada deles; 4 – A vários Ritos Primitivos na França no século XVIII e especialmente o de Philadelphes, fundado em Narbonne em 1780, o ilustre Rito de Philadelphes, foi unido pelo Grande Oriente da França e seu Conselho de Ritos em 1786; como também se fez antes e depois com vários outros Ritos com os de Imperadores do Leste e Oeste e os Cavaleiros do Leste; 5 – A influência exercida sobre alguns dos anteriormente nomeados pelo grande místico francês, Louis Claude de Saint Martin e pelo seu seguidor na Maçonaria, Martinez de Pasqually ‘O grande Adepto na Maçonaria transcendente’; 6 – A transmissão da Maçonaria francesa ao Egito pelas tropas napoleônicas em 1798 e a fundação, no Cairo, naquele momento, de uma Loja de Memphis por Napoleão e a filiação do General Kleber aos Mistérios Egípcios, na Pirâmide de Keops, que o investiu com um anel como símbolo da União do Leste e Oeste; 7 – A Samuel Honis que, sendo iniciado na mencionada Loja de Memphis no Cairo e sendo depois custódio de seus arquivos, levou o Rito para a França com a ajuda de Gabriel Mathieu Marconis de Negre, o Barão de Dumas, o Marques de Laroque, Hypolite Labrunie e outros. Fundou em Mountauban em 30 de abril de 1815 uma Grande Loja que no seguinte 23 de maio constituiu-se sob o nome de Discípulos de Memphis, porém depois, em 7 de março de 1816, entrou em sonhos. O Rito se diz, foi reavivado parcialmente em 1826 e se colocou sob a obediência do Grande Oriente da França.