UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE O AMBIENTE CORPORATIVO Por: Rogério da Silva Teófilo Orientador Prof. Nelsom Magalhães Rio de Janeiro 2010 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE O AMBIENTE CORPORATIVO Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do Mestre requisito – Universidade parcial para Candido obtenção Mendes como do grau de especialista em Gestão Empresarial. Rogério da Silva Teófilo. 2 AGRADECIMENTOS Em especial, a Deus, à minha esposa e filhos pela compreensão e carinho. 3 DEDICATÓRIA À minha esposa Neide e aos meus filhos que estão sempre ao meu lado me apoiando e me incentivando. Obrigado meus amores. 4 RESUMO Porque alguns empresários conseguem levar seu empreendimento ao sucesso pleno mantendo grandes grupos empresariais germinados de pequenas empresas familiares, enquanto que outros falham em suas estratégias levando o seu empreendimento ao fracasso abalando a credibilidade do mercado? Com base no questionamento acima proposto, delimitei os objetivos deste trabalho monográfico aos seguintes tópicos: 1- Definir projeto, planejamento, planejamento estratégico e gestão estratégica como ferramentas de gestão corporativa. 2- Definir empreendedorismo, como forma interessante de realização do ser humano – indivíduo e cidadão. O que distingue os verdadeiros empreendedores é a sua necessidade de fazer, de realizar, de criar e implementar idéias, de aceitar o desafios ou às vezes, a oportunidade única de uma pessoa. (a pessoa certa na hora e lugar certos). A razão do fracasso na maioria dos empreendimentos, em geral está relacionada às seguintes falhas: Falha na escolha da estratégia de negócio. Falha na definição de missão e valores da empresa. Falha na delimitação de riscos. Falha de estratégia de marketing e definição de público alvo x padrão de qualidade. 5 METODOLOGIA O objeto de estudo e pesquisa desse trabalho consiste no empreendedorismo, gestão estratégica no ambiente corporativo privado e no estudo comparativo de sucesso e insucesso entre duas empresas brasileiras de varejo. Este trabalho foi desenvolvido através de uma pesquisa bibliográfica detalhada e minuciosa. Procurei me basear em sites da internet e em autores renomados que dominam o assunto. 6 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I - Definições de Projeto, Planejamento Estratégico, e Gestão Estratégica 09 CAPÍTULO II - Definições de Empreendedorismo 14 CAPÍTULO III – Cases de Sucesso e Insucesso 15 CONCLUSÃO - Porque os negócios fracassam 27 BIBLIOGRAFIA 28 ÍNDICE 30 7 INTRODUÇÃO Esse trabalho de pesquisa tem por propósitos definir planejamento, planejamento estratégico e gestão estratégica e em seguida apresentar cases de sucesso e insucesso na implantação da gestão estratégica em empresas, especificando os motivos, as causas e os efeitos das tomadas de decisões dos respectivos administradores. Após incansável busca em diversas fontes de pesquisa e nos mais variados acervos e informações sobre o assunto, decidi comentar a respeito dos grupos empresariais Pão de Açúcar e Mesbla S/A. Ambos têm em comum o fato de serem grupos empresariais de grande porte, administrados por homens de espírito empreendedor, competitivos, inovadores, em busca da hegemonia no ramo de comércio varejista no Brasil, que enfrentaram momentos de turbulências político/econômicas de ordem nacional e internacional , num cenário de difícil previsão política, econômica e de comportamento de mercados, o período de transição entre os governos das ditaduras militares e os governos eleitos, passando pela assembléia constituinte de 1988, pelos conturbados governos de Fernando Collor de Melo (polêmico e extravagante como o seu plano COLLOR) e Fernando Henrique Cardoso (democrata e socialista, criador do REAL). Os Srs. Abílio Diniz e Ricardo Mansur são ícones do seu tempo, com estilos diferentes, quase opostos, ambos extremamente ousados, arrojados e técnicos ao ponto de um deles ter conseguido alavancar seus negócios, inovando como a primeira empresa de varejo nacional a negociar suas ações na bolsa de NY, mantendo o foco no tipo de cliente ideal e nas pessoas como sendo a razão de ser do seu empreendimento; e o outro de não ter conseguido o mesmo feito, por ter efetuado transferências de grandes volumes de capitais próprios de outras empresas suas de ramos diferentes, perdendo o foco no tipo de cliente ideal e esbarrando na tênue linha que divide a boa técnica contábil e o crime de fraude contábil (gestão temerária). Em minha opinião, dois interessantes exemplos de gestão estratégica. 8 CAPÍTULO I DEFINICÕES DE PROJETO, PLANEJAMENTO, PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E GESTÃO ESTRATÉGICA Inicialmente, antes de discorrer sobre gestão estratégica e suas perspectivas no ambiente corporativo, precisamos de algumas definições importantes. 1.1 - PROJETO É um plano, um empreendimento. Para se criar um projeto é necessário que se faça a análise quantitativa dos dados. Geralmente um projeto tem a duração de curto prazo e é voltada para a resolução de um problema específico e setorial, quase sempre não envolve a organização como um todo. A esse termo são associados: a) A intenção, ou seja, o objetivo, o propósito ou a solução de um problema; b) A metodologia que são os procedimentos, o desenvolvimento, o plano. Assim desenvolve-se um projeto, que irá se desencadear no planejamento. 1.2 – PLANEJAMENTO É o projeto colocado em prática, sua base é a definição clara e inconfundível do objetivo a ser alcançado e dos recursos que poderão sustentar o projeto. É um processo contínuo e dinâmico que consiste em um conjunto de ações intencionais, integradas, coordenadas e orientadas para tornar realidade um objetivo futuro, de forma a possibilitar a tomada de decisões antecipadamente. No planejamento devem ser levadas em conta todas as áreas 9 da empresa (o ambiente interno), pois elas se interagem por isso devem ser devidamente alinhadas com a estratégia planejada a fim de garantir o sucesso do projeto. É necessário também considerar as variáveis externas oriundas do mundo globalizado (o ambiente externo) que participam com fatores de risco ao empreendimento que devem ser transformados em oportunidades de negócios. Outra definição de planejamento, segundo o autor Maximiano: “O processo de planejamento é a ferramenta que as pessoas e organizações usam para administrar suas relações com o futuro. É uma aplicação específica do processo decisório. As decisões que procuram, de alguma forma, influenciar o futuro, ou que serão colocadas em prática no futuro, são decisões de planejamento.” (Maximiano, Antonio Cesar Amaru, Introdução à Administração, 5ª edição, São Paulo, editora Atlas, 2000.). 1.3 – PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Planejamento Estratégico é uma atividade administrativa que visa direcionar os rumos futuros da empresa, de aplicação de médio e/ou longo prazo, criando os objetivos e adequando, quando necessário o respectivos recursos, às mudanças de oportunidades dos mercados, produzindo assim, respostas consistentes a três questões fundamentais: a) Onde estamos? b) Onde queremos chegar? c) Como vamos fazer para chegar lá? Através do planejamento estratégico podemos determinar a melhor maneira de alocar os recursos disponíveis com as necessidades futuras da empresa, rumo aos objetivos estabelecidos, pondo em prática mudanças contínuas que visando a maior produtividade, a melhor qualidade dos produtos/serviços, alinhando os interesses dos clientes aos resultados 10 esperados pelos sócios e investidores (lucro, rentabilidade, crescimento e desenvolvimento) os quais assegurem seu sucesso e a permanência no mercado. Num planejamento estratégico estão envolvidos: a) Análise do ambiente; b) Definição dos princípios e valores da organização; c) Declaração da missão e visão de futuro; d) Definição dos objetivos; e) Elaboração de ações; f) Definição de indicadores e metas; g) Implementação; h) Avaliação; e i) Rrevisão. Apesar da nomenclatura “planejamento estratégico” ser tão usual, planejamento e estratégia são inseparáveis, pois todo planejamento é estratégico. O planejamento define ações, formas de fazer algo, o que é a estratégia. Em Planejamento Estratégico de Marketing, de Helton Haddad, temos a seguinte definição: “Planejamento estratégico pode ser definido como um processo gerencial voltado a criar a adequação dos objetivos e recursos da empresa às mudanças de oportunidades de mercados. “. (Silva, Helton Haddad Carneiro da, Planejamento Estratégico de Marketing, 3ª edição, Rio de Janeiro, Editora FGV, 2006.). 1.4 – GESTÃO ESTRATÉGICA É a continuidade natural do planejamento estratégico. Aplicar uma gestão estratégica na empresa é ter uma visão generalista do negócio, não centralizando decisões, não limitando a estratégia em uma determinada área ou 11 setor da empresa, isto é, não deixar com que os objetivos de uma área sejam considerados como mais importantes ou se ou se sobreponham aos objetivos do planejamento estratégico, mas sim, simplesmente, como uma das metas a serem atingidas para se chegar ao objetivo final daquela empresa. Metas estratégicas são mutáveis, por isso têm de ser flexíveis. A gestão estratégica é inflexível. Deve-se ter em mente que ao implementar uma gestão estratégica em uma empresa é necessário o comprometimento, o envolvimento, a interação prática entre todas as pessoas integrantes daquela empresa, em todos os níveis de hierarquia como na formação de um time. O profissional responsável pela implementação do planejamento estratégico será sempre lembrado pelo resultado obtido e não pelas teorias aplicadas. Repensar a estrutura organizacional e os processos administrativos em função do momento econômico vivido pela empresa também faz parte de uma gestão estratégica, cabe a esse profissional exercer o tipo de liderança eficaz para cada caso, considerando-se que as pessoas geralmente são resistentes às mudanças. Muitas vezes é preciso mudar algo que vem sendo feito há muito tempo “daquele jeito”. Eis aí o desafio que se impõe o líder, ele deve atuar nos três níveis da organização, abaixo listados, e ter a coragem de mudar quando necessário isso significa ser pró-ativo, correr riscos e assumi-los, esse é o diferencial entre os verdadeiros líderes. Níveis da organização: a) Estratégico (ganhar). Ele será aferido pelos resultados alcançados, em função dos investimentos realizados e sua rentabilidade. b) Pessoal (com quem). Ele será reconhecido pelo seu estilo e personalidade, sintetizados pela capacidade de mobilizar pessoas e pelo seu carisma. c) Organizacional (como). Ele será respeitado por sua capacidade de integrar as diferentes áreas funcionais na consecução dos objetivos organizacionais. É fundamental para esse profissional dispor de informações imprescindíveis para o sucesso da estratégia, sempre aferidas por indicadores quantitativos, qualitativos e quantitativos/qualitativos, o que lhe permitirá acompanhar e avaliar o comportamento da empresa, administrando nos 12 momentos necessários a dose correta dos “remédios” para se atingir os objetivos pretendidos. Por exemplo, em um time que inicia as suas atividades, o triângulo estratégico seria o pontapé inicial, no qual são propostas as três questões fundamentais do planejamento estratégico: TRIÂNGULO ESTRATÉGICO Capacitação Propósito (O que nós sabemos fazer?) (O que nós queremos ser?) O que é que nós vamos fazer? Ambiente (O que nos é permitido fazer?) Figura 1 – O triângulo estratégico Outra definição de planejamento estratégico, como um processo, segundo o autor Maximiano, contribui para melhor compreendermos a importância da gestão estratégica como um processo de longo prazo: “O processo de planejamento estratégico consiste em definir objetivos para a relação com o ambiente, levando em conta os desafios e as oportunidades internos e externos. O processo de planejamento estratégico afeta a empresa a longo prazo, porque compreende as decisões sobre os produtos e serviços que a organização pretende oferecer e os mercados e clientes que pretende atingir.”. (Maximiano, Antonio Cesar Amaru, Introdução à Administração, 5ª edição , São Paulo, editora Atlas, 2000.). 13 CAPÍTULO II DEFINICÕES DE EMPREENDEDORISMO 1.1 - EMPREENDER É o ato de se criar um projeto e colocá-lo em prática com metas e resultados definidos. Empreendedorismo é uma forma interessante de realização do ser humano – indivíduo e cidadão. 1.2 - O EMPREENDEDOR Para o empreendedor toda meta deve ser desafiante. Estabelecer uma meta é muito importante, pois especificar as condições, o tempo e aonde se quer chegar é um dos primeiros passos para o sucesso. Para atingir a meta é interessante criar estratégias. O SEBRAE em sua apostila Aprender a Empreender, assim define o empreendedor: Ser um empreendedor é muito mais que ter a vontade de chegar ao topo de uma montanha; é conhecer a montanha e o tamanho do desafio; planejar cada detalhe da subida, saber o que você precisa levar e que ferramentas utilizar; encontrar a melhor trilha, estar comprometido com o resultado, ser persistente, calcular os riscos, preparar-se fisicamente; acreditar na sua própria capacidade e começar a escalada. (Apostila Aprender a Empreender – SEBRAE Nacional/Fundação Roberto Marinho – Programa Brasil Empreendedor) Ainda segundo o SEBRAE, o empreendedor deve possuir dez características que o conduzirão ao sucesso de seu negócio: 1> Estabelecimento de metas 2> Busca de oportunidades e iniciativa 3> Correr riscos calculados 4> Busca de informações 5> Planejamento e monitoramento sistemático 14 6> Exigência de qualidade e eficiência 7> Persistência 8> Comprometimento 9> Persuasão e rede de contatos 10>Independência e autoconfiança CAPÍTULO III CASES DE SUCESSO E INSUCESSO 3 – CASE DE SUCESSO NA IMPLEMENTAÇÃO DE GESTÃO ESTRATÉGICA: 3..1.1 – O GRUPO PÃO DE AÇÚCAR- GPA As informações abaixo foram extraídas no site: http://grupopaodeacucar.com.br e demonstram com excelência de detalhes o primor e a capacidade empreendedora de uma equipe gerenciada por um líder de sucesso, o Sr. Santos Diniz e depois por seu filho, o Sr. Abílio Diniz, como foi conduzida a administração do GPA, de forma estratégica, a primeira empresa de varejo nacional a abrir o seu capital na bolsa de NY (ousadia e vanguarda que alavancou os negócios do Grupo) e finalmente, consolidando as melhores práticas de Governança Corporativa a partir de 2003, no ranking das melhores empresas do país, a maior empresa brasileira de varejo. 3.1.2 – HISTÓRIA 1929 - Ideal do fundador: Abrir um negócio próprio com estrutura forte, sólida, diferente dos comércios aqui instalados. Criado pelo Sr. Santos Diniz . Em 1948 na Av. Brigadeiro Luiz Antônio, no bairro Jardim Paulista inaugura a Doceria Pão de Açúcar. 1957 – Abertura do primeiro Supermercado Pão de Açúcar (sistema de autoserviço). 1960 – O Grupo Pão de Açúcar já possui mais de 50 lojas em 17 cidades. 1970 – Inaugura sua 1ª loja no exterior na cidade de Lisboa - Portugal. 15 1971 – Inaugurada a marca Jumbo, primeiro hipermercado do Grupo Pão de Açúcar, inaugurado em Santo André. 1976 – Fusão de todas as lojas de departamento da rede – formam a Companhia Brasileira de Distribuição – CBD. 1980 – Fechamento das lojas Jumbo e início do Extra, único hipermercado da rede. Reestruturação: Ombusdman do varejo – Abílio Diniz assume o comando presidencial do Grupo enquanto o Sr. Santos assume o Conselho Administrativo da CBD. 1997 - A primeira empresa varejista nacional a abrir o seu capital na bolsa de Nova York e associa-se ao Grupo Cassino, Francês. Pioneira no comércio de internet varejista no país com o “Pão de Açúcar delivery”. No final da década de 90 cria o primeiro supermercado educacional do mundo, o “Pão de Açúcar kids” 1998 – Aquisição de diversos supermercados atuantes em bairros populares, o Grupo Pão de Açúcar compra a REDE BARATEIRO DE SUPERMERCADO que após diversas reestruturações passou a se chamar COMPREBEM BARATEIRO e finalmente COMPREBEM. 1998 - Foi criado o Instituto Grupo pão de Açúcar para orientar o investimento social da Empresa, visando contribuir para o desenvolvimento social e ambiental das comunidades onde a Empresa atua e beneficiaram diretamente mais de 60 mil crianças, jovens no programa educacional com incentivo à cultura, inclusão pelo esporte, campanhas de alimentação saudável (uma cozinha itinerante que oferece cursos de culinária nas lojas da bandeira COMPREBEM, em parceria com a Secretaria Municipal de Abastecimento, da Prefeitura Municipal de São Paulo. 2003 – No Rio de Janeiro estabelece a fusão com o Grupo SENDAS, rede de supermercados tradicional Carioca. As operações do Grupo se dividem em cinco categorias: - O Pão de Açúcar – Supermercado de vizinhança para as classes A e B. - COMPREBEM e SENDAS – Supermercados para classe média popular. - Hipermercado Extra. - Eletroeletrônicos Extraeletro. 2003 – Inicia o processo de Governança Corporativa e profissionalização. 16 2004 – Aumento de participação de ações do Grupo Cassino. 2006 - Cassio Casseb – novo presidente da CIA. Criou o Extra perto um novo modelo de loja, inspirado no modelo europeu de varejo de conveniência. 2007 – Claudio Galeazzi – novo presidente da CIA. 2009 – Incorporou o grupo GLOBEX. Atual presidente da CIA: Enéas Pestana e vice-presidente: José Roberto Tambasco. 3.1.3 - O GPA HOJE O Cronograma acima demonstra a capacidade empreendedora do Grupo Pão de Açúcar e relata como foi estrategicamente desenvolvida uma trajetória de sucesso e a consolidação de uma empresa importante no cenário econômico do Brasil, que oferece oportunidades de emprego a milhares de pessoas. Hoje o Grupo Pão de Açúcar é líder no seguimento varejista com receita bruta de R$ 26,2 bilhões em 2009. È pioneira no setor varejista de alimentos com mais de 60 anos de atuação no setor. Mais de 1.102 lojas, mais de 1,7 milhão de metros quadrados de área de venda com estrutura multiformato para atender a demanda de todo tipo de consumidor em 18 estados e no DF. Esse é o poder da crença: “Abrir um negócio próprio com estrutura forte, sólida, diferente dos comércios aqui instalados.” Frases do líder Abílio Diniz: “Se o líder é verdadeiro as pessoas o seguem. “Se eu tiver que cometer erros, tem que ser erros novos.” MISSÃO: Garantir a melhor experiência de compra para todos os nossos clientes, em cada uma de nossas lojas. VISÃO: O Grupo Pão de Açúcar almeja ampliar a participação no mercado brasileiro de varejo e tornar-se a empresa mais admirada por sua rentabilidade, inovação, eficiência, responsabilidade social e contribuição para o desenvolvimento do Brasil. 17 PILARES: Cliente > nossa razão de ser; Nossa Gente > pessoas com excelência técnica, bem preparadas e motivadas para assumir desafios, riscos e atitudes inovadoras. Nossa Gente > Pessoas que gostam de servir, que valorizam o respeito em suas relações internas com o cliente, fornecedores e parceiros, e que se posicionam com garra, independentemente das circunstâncias. Domínio da tecnologia > Atenção a tudo o que acontece no mundo, avaliando a sua utilidade e seu retorno para o nosso negócio, para extrair dessas tecnologias disponíveis o máximo aproveitamento. Sólida estrutura de capital > uma estrutura de capital que permita investimento em nossa empresa, em nossa gente, e em nosso país, operando com eficiência para proporcionar retorno aos acionistas e um crescimento sustentável no longo prazo. Sólida Estrutura de Capital Domínio da Tecnologia Nossa Gente Cliente: Nossa Razão de ser Grupo Pão de Açúcar Figura 2 – Os pilares do GPA 18 3.1.4 - A ESTRATÉGIA A estratégia do Grupo pão de Açúcar (2006 até 2010): Direcionada para a busca por ganhos de eficiência, que permitam operar com despesas menores e maior competitividade. Em 2006, um dos desafios estratégicos do Grupo for compatibilizara o imediatismo do varejo com um plano estruturado para os próximos anos, que resultou na definição do Planejamento Estratégico até2010. Entre as metas estabelecidas, destacam-se um crescimento de vendas significativo, com vendas brutas de 25,0 bilhões (descontados os efeitos de inflação) ao final do período e o aumento do retorno sobre o capital investido (ROIC), de 10,0% para 15,0%. Para alcançar esses objetivos macro, foram definidas sete grandes diretrizes: 1>Fortalecer a competitividade das bandeiras. 2>Aumentar as vendas de comércio eletrônico para 4,5% das vendas totais em 2010. 3>Expandir a participação de não alimentos para 34% do faturamento bruto. 4>Dobrar a participação de marcas próprias de 5% para 10%. 5>Intensificar o crescimento orgânico com a inauguração de 150 lojas até 2010. (crescimento médio de 7% ao ano da área de vendas). 6>Intensificar a busca por maior eficiência operacional. 7>Investir na atração e retenção de talentos na Companhia, em linha com as diretrizes de Recursos Humanos. 3.1.5 - GOVERNANÇA CORPORATIVA – VISÃO GERAL O Grupo Pão de Açúcar sempre procurando aperfeiçoar suas práticas de Governança Corporativa, buscando a transparência, o aumento da liquidez das ações, a criação de valor aos acionistas e o cumprimento rigoroso de todas as regras destinadas às empresas de capital aberto. Atende às regras da CVM, às regras de Governança Corporativa da Bolsa de Valores de São Paulo e em paralelo, também atende as regras da Lei Sarbanes-Oxley em consonância com as recomendações NYSE (Bolsa de Valores de NY). 19 3.2 – CASE DE INSUCESSO NA IMPLEMENTAÇÃO DE GESTÃO ESTRATÉGICA As informações abaixo foram extraídas no http://pt.wikipedia.org/wiki/Categoria:Empresas_extintas_do_Brasil. site Não obstante ter sido um caso de insucesso, demonstram a ousadia, a capacidade empreendedora de uma equipe gerenciada por um líder de sucesso, o Sr. Ricardo Mansur. 3.2 1- GRUPO MESBLA S/A. A Mesbla S/A foi uma cadeia de lojas de departamentos brasileira que iniciou suas atividades em 1912, com filial de uma firma francesa, e teve sua falência decretada em 1999. 3.2.2 – HISTÓRIA No prédio de número 83 da rua da Assembléia, no centro da cidade do Rio de Janeiro, foi instalada em 1912, uma filial da firma Mestre & Blatgé, com sede em Paris e especializada no comércio de máquinas e equipamentos. A filial brasileira tinha pouca importância dentro da organização francesa espalhada pelo mundo. Quatro anos depois de sua instalação, sua administração foi entregue ao francês Luiz La Saigne , até então subgerente da filial Buenos Aires. Em 1924, La Saigne transformou o estabelecimento carioca numa firma autônoma, com o nome de Sociedade Anônima Brasileira Estabelecimentos Mestre et Blatgé, que em 1939 passou a denominar-se Mesbla S/A. A nova denominação era uma combinação das primeiras sílabas do nome original, que foi sugerida pela secretária do Sr. Luiz La Saigne, Izalra, através de um concurso interno. A preocupação era que no início da 2ª Guerra Mundial, a França se manifestou solidária à Hitler, o que poderia ocasionar represálias no Brasil com referência ao nome. A filha de La Saigne casou com Henrique de Boton. Ele e seu filho André comandaram a expansão da empresa até os anos 80. Na década de 50 a 20 empresa tinha lojas instaladas nas principais capitais do país e em algumas cidades do interior. Nos anos 80 a Mesbla tinha 180 pontos de venda e empregava 28 mil pessoas. Suas lojas de grande porte, com áreas raramente inferiores a 3 mil m2 , eram pontos de referência nas cidades onde a Mesbla se fazia presente. Por quase três décadas reinou praticamente sozinha no mercado de varejo, por ser a única empresa do gênero de abrangência nacional. Orgulhavam-se seus funcionário em afirma r que a Mesbla só não vendia caixões funerários, que são para os mortos, para os vivos tinham todas as mercadorias , desde botões, até automóveis, lanchas e aviões. No entanto a expansão da Mesbla se fez com estratégias de mercado que logo se mostraram ultrapassadas. Quando decidiu incrementar a venda de vestuário e roupas de cama e mesa, os artigos eram expostos junto às máquinas e equipamentos, a mercadorias tradicionais da empresa. A mesma mistura desorganizada se via nos catálogos. Também as compras da empresa junto a fornecedores apresentavam falhas. Por exemplo, tão logo o Brasil reatou relações diplomáticas com a União Soviética, no governo de João Goulart, a Mesbla importou daquele país grande quantidade de máquinas fotográficas e câmeras de filmar de baixa qualidade. Como as importações não tiveram continuidade, a Mesbla se viu em dificuldades para prestar assistência técnica dos produtos vendidos. A luz vermelha acendeu em 1981 quando a Mesbla passou do primeiro para o terceiro lugar entre as maiores empresas de varejo do Brasil e começou a enfrentar uma concorrência mais forte. Uma consultoria mercadológica foi contratada e as lojas da Mesbla passaram por uma completa reformulação, com mudanças na decoração das lojas, arrumação das vitrines, uniformes dos vendedores e comunicação dos clientes. Passou também a cuidar melhor da publicidade, apresentando catálogos a cores e anúncios bem cuidados para a televisão. Atraiu os melhores executivos do mercado, oferecendo bons salários. Além das lojas de departamentos, rinha estabelecimentos próprios para venda de móveis, automóveis, lanchas, além de uma financeira. Atuou também no comercial internacional através de uma empresa subsidiária, que tinha filial em Nova York. Dentre os vários negócios milionários realizados pela Mesbla Comércio Internacional mereceu destaque até no New York Times a venda de 21 60 mil caminhões à China, no valor de 900 milhões de dólares. Em 1985, foi escolhida pela revista Exame, especializada em economia e negócios, como a melhor empresa do Brasil. André de Botton foi consagrado como rei do varejo. Seu nome fazia parte do quarteto que formava a nobreza empresarial dos anos 70 e 80, completado por Octavio Lacombe, do Grupo Paranapanema, Olavo Monteiro de Carvalho, do Monteiro Aranha, e Augusto Trajano, da CAEMI. Além dos escritórios das grandes corporações e dos gabinetes de ministros e políticos de Brasília eles circulavam pelas esferas da alta sociedade carioca da época. De Botton foi escolhido por duas vezes, como varejista Estrangeiro do Ano pela organização Americana National Retail Federation. Apesar dessas mudanças, alguns problemas persistiram. A Mesbla tinha 40 diretores, o que tornava as decisões lentas. Ao final do Governo Sarney, em 1999, a diretoria, acreditando que o país caminhava para uma hiperinflação, começou a estocar mercadorias em excesso e passou a contar basicamente com recursos gerados por sua financeira. Com o advento do Plano Real, com o fim da inflação alta, mostrou as fragilidades da Mesbla e a empresa passou a enfrentar constantes prejuízos, que tentou resolver com o fechamento de lojas e dispensa de empregados. Para agravar, tinha que enfrentar a concorrência de lojas de departamento e hipermercados estrangeiros, com facilidade de obter capitais no exterior a juros mais baixos. As empresas estrangeiras conquistaram a clientela de melhor poder aquisitivo, sempre atenta a novidades, com uma maior variedade de mercadorias e facilidades de crediário, em especial com a criação de cartões de crédito próprios. Quando a Mesbla tentou se igualar aos seus concorrentes, criando marcas exclusivas de roupa e seu próprio cartão de crédito, já era tarde. No ano de 1994, já havia fechado várias lojas e reduzido seu quadro para 4.500 funcionários, sem conseguir estancar os prejuízos. 3.2.3 - RICARDO MANSUR E O FIM Em 1997, com dívidas superiores a um bilhão de reais pediu concordata. No mesmo ano, o controle acionário da Mesbla foi adquirido pelo empresário 22 Ricardo Mansur, que arrematou 51% das ações por 600 milhões de reais a serem pagos em dez anos, além de assumir a dívida fiscal de 350 milhões de reais da concordatária. Nove meses antes havia comprado as lojas do Mappin, tradicional empresa de varejo paulista. Tinha intenção de fazer a fusão das duas empresas, torná-las rentáveis e revendê-las com lucro. Empresário polêmico, Mansur, dono de empresas de laticínios, de um banco, era conhecido tanto pelo seu estilo agressivo como seu gosto pela ostentação. Mantém um mansão em Londres, onde patrocina um time de pólo, para o qual fornece cavalos puro-sangue de sua própria criação. Para satisfazer os desejos de uma filha, encomendou a um conceituado arquiteto paulista uma casa de bonecas, no valor de 300 mil dólares, que instalou em sua fazenda em Indaiatuba. Na tentativa de salvar a Mesbla e o Mappin, Mansur colocou à frente das empresas o executivo João Paulo Amaral. Mas João Paulo logo se deu conta de que estava diante de uma daquelas missões tidas como impossíveis. A falta de dinheiro no caixa era mais grave do que se pensava, os atrasos do pagamento de fornecedores, crônicos. Em seguida, começou uma série de pedidos de falência, além de ameaças de despejo em todos os shoppings onde as lojas exibiam suas marcas. Mansur tentou usar de seu prestígio junto a políticos e até mesmo da pressão dos funcionários da Mesbla e do Mappin, por meio de passeatas, para conseguir dinheiro do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, um banco público. Ao mesmo tempo, buscava algum grupo estrangeiro interessado em adquirir as lojas. Sua credibilidade, no entanto, começou a ser posta em dúvida quando começou a divulgar informações falsas para concretizar o negócio. Ao mesmo tempo, a administração de seu banco começou a ser investigada e se apuraram práticas fraudulentas, que resultaram em sua liquidação. Por conta dessas práticas, Mansur chegou a ser preso e teve seus bens bloqueados. Um novo pedido de prisão foi feito por sua ex-mulher, a quem não pagava pensão alimentícia. Diante de tantos problemas, Mansur se desinteressou da sorte da Mesbla e do Mappin. Voou para Londres e não voltou mais ao Brasil. A falência de 23 ambas as empresas, foi decretada em junho de 1999 e a última loja da Mesbla a fechar suas portas foi a filial de Niterói no dia 24 de agosto de 1999. Na mesma época, encerraram suas atividades as Lojas Brasileiras e a G. Aronson, duas empresas varejistas de capital nacional. Desde então, o mercado de varejo é dominado por empresas estrangeiras. 3.3 – COMENTÁRIOS SOBRE OS DOIS CASOS ACIMA 3.3.1 – O GRUPO PÃO DE AÇÚCAR O Grupo Pão de Açúcar, fundado em 1948, manteve como focos de ações permanentes, perfeitamente definidos em suas declarações de missão, valores e visão, o tri-pé baseado em três pilares voltados exclusivamente para atender o cliente “nossa razão de ser”. 1º - “Nossa gente”, no qual estão abrangidos, orientados e alinhados todos os stakeholders (acionistas, colaboradores, fornecedores, prestadores de serviços, administradores, clientes, governo e a comunidade em geral – Instituto Pão de Açúcar – que garantem a solidez da marca e a sustentabilidade do Grupo); 2º - “Domínio da tecnologia”, o qual consiste no aperfeiçoamento dos processos internos e constante evolução dos sistemas de controle, tendo reforçadas as suas estruturas de distribuição e de tecnologia, além da construção de um novo Data Center, foram abertos centros de distribuição e depósitos regionais em diversos estados. 3º - “sólida estrutura de capital”, em que se propõe a compor uma estrutura de capital que permita investimentos na empresa, nas pessoas e no país, visando proporcionar retorno aos acionistas e um crescimento sustentável no longo prazo. Esses pilares garantiram o sucesso do planejamento estratégico implementado, haja vista os resultados financeiros apresentados, a plena expansão apresentada e proposta. Podemos dizer que o boom do Grupo Pão de Açúcar foi a decisão de emitira ações de seu capital para venda na Bolsa de Nova York, onde adquiriu o capital de 172 milhões de dólares que fizeram toda a diferença na consolidação 24 das estratégias do Grupo, garantindo o suporte financeiro para a sua expansão dentro do território nacional. 3.3.2 – O GRUPO MESBLA S/A O Grupo Mesbla S/A começou suas atividades em 1939, fruto de uma decisão estratégica de seu administrador, de mudar a razão social, pra evitar que os seus clientes (o foco da empresa) a relacionassem com o governo francês, na época aliado do governo nazista de Hitler, o que poderia prejudicar a sua imagem, uma vez que a empresa havia sido fundada em 1912, por empresários franceses que ainda estavam sob o controle acionário da mesma, seu ponto forte era o seu público alvo, a classe média, na época, de maior poder aquisitivo, que não se importava em pagar mais caro pelos seus produtos, pela comodidade de encontrá-los em uma loja de departamentos que oferecia quase todo o tipo de produto de ferramentas a roupas e sapatos, veículos, etc. O que importava para aquele cliente era o status da marca MESBLA. Em função de vários fatores sócio-econômicos a direção da empresa decidiu mudar o perfil de seus clientes, pretendendo alcançar a base da pirâmide social, com isso, ela perdeu a fidelização de seus clientes potenciais, que migraram para outras concorrentes que surgiam no mercado; por ser um incômodo estar lado a lado com clientes de classe inferior que buscavam produtos mais baratos de menor qualidade oferecidos na ocasião pela indústria da União Soviética, país favorecido politicamente pelo governo de João Goulart, toda a estratégia da empresa foi modificada, o resultado foi insatisfatório, pois entraram no mercado empresas com maior poder competitivo, que podiam alavancar seus negócios com capitais estrangeiros com taxas de juros de baixo custo, e que também já haviam entrado no mercado com o foco direcionado para aquele tipo de cliente, (das classes C e D de menor poder aquisitivo), não tiveram a necessidade de mudar as suas estratégias. A MESBLA S/A, por sua vez, precisou enxugar o quadro de pessoal e modificar processos internos de vendas, de marketing, de exposição de mercadorias, de portfólio de produtos, captar no mercado de trabalho novos profissionais e treiná-los e motivá-los, e até no item crediário, foi preciso mudanças. Aí um de seus erros, haja vista que a empresa oferecia 25 crediário com cartão próprio e financiamento de capital próprio, não alcançando a rentabilidade necessária para se manter no mercado, começaram a surgir nos cartórios os pedidos de concordata, o que levou a empresa à intervenção, tendo na época sido adquirida pelo Sr. Ricardo Mansur que havia recentemente comprado ações do grupo Mappin, tendo como objetivo a fusão das duas empresas e tornar-se o “Rei do Varejo” do Brasil. Cometeu uma série de equívocos, entre eles transferências de grandes volumes de capital de um banco seu o CREFISUL, gerando por parte do Fisco uma denúncia judicial e a intervenção do CREFISUL pelo Banco Central. Inviabilizando a continuidade da MESBLA S/A esses foram alguns dos motivos que levaram a falência da empresa. 3.3.3 – O GRUPO MESBLA S/A HOJE O Grupo MESBLA não alcançou as novas regras de Governança Corporativa, que são requisitos para que uma empresa opere ações na BOVESPA. Na época as regras eram as constantes da Lei 6.404 (Lei das S/A) e as normas da CVM. Do grupo Mesbla restou apenas a massa falida, ainda em processo judicial e a força da marca, ainda presente na memória de muitos consumidores brasileiros, fruto das poderosas ações de marketing implementadas naquele tempo. Há um projeto em fase de implantação que aposta nessa força da marca para retornar ao mercado atuando através da web, a nova modalidade de vendas pela internet é um caminho pelo qual muitas empresas já estão vislumbrando alavancar seus negócios. É o mercado do futuro. Talvez o grupo Mesbla ainda tenha uma segunda chance. 26 CONCLUSÃO O propósito deste trabalho é responder ao quesito: No ambiente corporativo, porque os negócios fracassam? Pelas laudas escritas acima, objeto de pesquisa deste trabalho monográfico, bem como pela bibliografia consultada pode-se afirmar que o administrador, empreendedor, o verdadeiro líder, deve estar atento as mudanças dos cenários e estar pronto para transformar a empresa quando necessário. As empresas podem aperfeiçoar sua capacidade, continuamente, de mudar e ampliar suas possibilidades de sucesso atual e futuro. È de competência desse líder, identificar e discutir as crises, crises potenciais ou grandes oportunidades. Saber como criar um “senso de urgência” em um processo de mudança e conduzir todos os seus gerentes e suas respectivas equipes subordinadas para a realização das mudanças que forem propostas. Tendo em vista que 70% de todos os principais esforços de mudança nas organizações fracassam, conclui-se que o problema não está nos administradores da alta gerência, eles têm perfeita noção da estratégia que formularam e controle da situação. Alguns negócios fracassam devido a falhas de comunicação por dentro do ambiente corporativo, é no seu staf gerencial que as decisões estratégicas para a empresa encontram barreiras de comunicação. Parece que existe um “medo” de perder o controle do grupo chefiado, da equipe, uma espécie de competição interna disfuncional, uma lacuna entre o saber e o fazer, ou até mesmo porque alguns gerentes não conseguem transmitir com eficiência a estratégia a ser seguida, definida pela alta administração e aprovada pelo conselho consultivo. Conseqüentemente ela se perde no âmbito da gerência, não alcançando a base da pirâmide, o ambiente operacional. Como resultado observa-se vários sintomas desse mal que atinge lentamente as empresas, por exemplo: falhas na APO (administração da Produção e Operações); definição de níveis mínimos de estoque, foco no cliente errado, desperdícios, desleixo com a marca e a imagem da empresa e etc. Esses sintomas se não identificados rapidamente podem provocar a queda nos resultados da empresa e a perda de competitividade no mercado. 27 Na opinião do autor Thomas Batemam, alguns negócios fracassam, porque os administradores põem o coração no negócio, e falham ao usar a cabeça: “Por que as empresas vão à falência? De acordo com a revista Inc., a razão mais comum nada tem a ver com produtos, conhecimento de mercado ou empenho. O que mata as empresas é o julgamento ruim na alta cúpula. Quando um empreendedor decide iniciar um negócio, coloca todo o seu coração nele, mas falha ao usar a cabeça. Ex.: Por sorte, nosso maior cliente é a General Motors (ou Xerox, ou IBM). Tradicionalmente, muitos administradores adorariam estar nessa posição. Hoje em dia, é melhor eles estarem preparados para o caso de repentinamente perderem o seu maior cliente – isso acontece o tempo todo.” (Bateman, Thomas S. Administração: Construindo vantagem Competitiva, 1ª edição, 4ª tiragem, editora Atlas S/A, 1998.). 28 BIBLIOGRAFIA CITADA BATEMAN, Thomas S.. Administração: construindo vantagem competitiva, São Paulo, editora Atlas, 1998. MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru, Introdução à Administração, São Paulo, 5ª edição, editora Atlas, 2000. SILVA, Helton Haddad Carneiro da, Planejamento Estratégico de Marketing, 3ª edição, Rio de Janeiro, editora FGV, 2006. SEBRAE Nacional/Fundação Roberto Marinho – Programa Brasil Empreendedor - Apostila Aprender a Empreender. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA NETO, João Pinheiro de Barros, teorias da Administração, editora Campus, 2000. CHIAVENATO , Adalberto –, Introdução à Teoria da Administração Manual Prático para Estudantes e Gerentes Profissionais, editora Campus, 2000. FERREIRA, Manuel Portugal, Ser Empreendedor – Pensar criar e moldar a nova empresa, editora Saraiva, 1ª edição, 2010. AGUILERA, José Carlos, Gestão Estratégica de Mudanças Corporativas, São Paulo, editora Saraiva, 2009. Instituto Brasileiro de Governança Corporativa – IBGC – Apostila Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa., São Paulo, 2009. Sites: http://www.istoe.com.br/noticias /data86661 http://pt.wikpedia.org/widi/mesbla http://www.carlosmartins.com.br/opiniaomesbla.htm http://www.epoca.globo.com/edic/19990524/neg1htm http://www.mesbla.com.br/loja (nova loja virtual) 29 ÍNDICE FOLHA DE ROSTO 2 AGRADECIMENTO 3 DEDICATÓRIA 4 RESUMO 5 METODOLOGIA 6 SUMÁRIO 7 INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I - Definições de Projeto, planejamento Estratégico, e Gestão Estratégica 09 1.1 – Projeto 10 1.2 – Planejamento 10 1.3 – Planejamento Estratégico 11 CAPITULO II – Definições de Empreendedorismo 14 1.1 – Empreender 14 1.2 – Empreendedor 14 Capítulo III – Cases de Sucesso e Insucesso 15 3.1 – Cases de sucesso na implementação de Gestão Estratégica 15 3.2 – Case de Insucesso na implementação de Gestão Estratégica 19 3.3 – Comentários sobre os dois casos citados 24 CONCLUSÃO – porque os negócios fracassam 27 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 29 BIBLIOGRAFIA CITADA 29 ÍNDICE 30 30 FOLHA DE AVALIAÇÃO Nome da Instituição: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE Título da Monografia: O AMBIENTE CORPORATIVO Autor: ROGÉRIO DA SILVA TEÓFILO Data da entrega: 15/12/2010 Avaliado por: Conceito: 31