UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE WMS ADAPTADO AO TRANSPORTE MARÍTIMO DE CARGAS PERIGOSAS Por: Vania da Cunha Figueiredo Orientador Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço Rio de Janeiro 2011 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE WMS ADAPTADO AO TRANSPORTE MARÍTIMO DE CARGAS PERIGOSAS Monografia apresentada em cumprimento às exigências para obtenção de grau no curso de pósgraduação lato sensu de especialização em Gestão de Logística Empresarial. Por: . Vania da Cunha Figueiredo 3 AGRADECIMENTOS A Deus por permitir chegar até aqui e concretizar amigos do Empresarial mais um curso pelas experiências trocadas. objetivo,aos de Logística informações e 4 DEDICATÓRIA Ao meu companheiro e aos meus filhos pelo carinho, compreensão e apoio. 5 RESUMO O presente trabalho pretende evidenciar os sistemas de planejamento e gestão utilizados no transporte marítimo e armazenamento de cargas perigosas, a necessidade de implementação de medidas de controle de risco para salvaguardar pessoas e proteção ambiental, como forma de manter o crescimento e geração de lucros das empresas do setor. Visa destacar como os sistemas de gestão podem auxiliar no planejamento, execução, monitoramento e controle nas operações de movimentação de produtos perigosos em containers tank. 6 METODOLOGIA Na elaboração e realização deste trabalho, foram seguidos os seguintes passos metodológicos, pesquisa bibliográfica em livros, revistas e sites, utilizando uma abordagem teórica mais abrangente, que contempla informações importantes a respeito dos produtos perigosos, seu transporte, armazenamento, sistemas de informação para gestão e controle utilizados na logística para proteção do meio ambiente e geração de lucros. . 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I - Produto Perigoso e Meio Ambiente 10 CAPÍTULO II - Transporte Marítimo Internacional de Produtos Perigosos 19 CAPÍTULO III – Sistemas de Gestão de Armazenagem e Transporte 31 CAPÍTULO IV – Modernização dos Portos e Sistemas de Informação 39 CONCLUSÃO 44 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 45 ÍNDICE 46 ÍNDICE DE FIGURAS 48 8 INTRODUÇÃO O crescimento econômico atual tem gerado significativo aumento do consumo industrial de produtos perigosos, por esta razão torna-se fundamental o estudo das atividades logísticas de transporte, movimentação e armazenamento desses produtos. O crescimento sensível da quantidade de acidentes ambientais decorrente de imperícia, imprudência e mesmo negligência, nas atividades de transporte e armazenagem de cargas perigosas, atua como um alerta sobre os danos ambientais destas atividades. Por outro lado, o desenvolvimento do comércio internacional está estreitamente ligado à questão portuária, visto que a quase totalidade das mercadorias que circulam no mundo são transportadas em navios e movimentadas através dos portos. As novas tecnologias introduzidas na navegação marítima e na infra estrutura portuárias provocaram profundas transformações no panorama do comércio mundial. No sistema portuário concentra-se, o ciclo de exportação e importação de insumos e bens de consumo, a qualidade dos serviços prestados influencia diretamente no custo final dos produtos e determina a competitividade no mercado globalizado. A movimentação de cargas no sistema portuário deve ocorrer no menor tempo possível e com segurança. Esses requisitos podem ser alcançados através da implantação de sistemas eletrônicos de informação que constituem-se em ferramentas de gestão que permitem o planejamento, a organização e o controle dos recursos humanos e materiais viabilizando a qualidade dos serviços prestados. Este trabalho objetiva destacar como os sistemas de gestão podem auxiliar no planejamento, execução, monitoramento e controle das operações de transporte, armazenagem e movimentação de produtos perigosos em containers tank. Inicia-se o trabalho com definições relativas a carga perigosa, suas características técnicas, incluindo-se referência as formas de identificação, de 9 embalagem e armazenamento. Aborda-se o conceito de meio ambiente, importância de proteção e sistema de gestão ambiental. No capítulo II destaca-se o transporte marítimo internacional, a movimentação de cargas nos principais terminais portuários e de armazenamento do Brasil. No capítulo III aborda-se as tecnologias de informação, sistemas de gestão de armazenagem e de transportes utilizados. Para finalizar no capítulo IV ressalta-se a modernização dos portos e sistemas eletrônicos de informação. 10 CAPÍTULO I PRODUTO PERIGOSO E MEIO AMBIENTE 1.1 – Produto Perigoso. De acordo com Aurélio Buarque de Holanda, perigoso será aquilo “em que há perigo, arriscado”, ou ainda “que causa ou ameaça perigo”. A Resolução número 420, de 12 de fevereiro de 2004, da Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT, define como produtos perigosos os materiais, substância ou artefatos que possam acarretar riscos à saúde humana e animal, bem como prejuízos materiais e danos ao meio ambiente. Ao avaliar-se a definição por um aspecto mais técnico, pode-se verificar que, na prática das atividades industriais, de transporte e armazenamento, outras características irão se incorporar a tal definição, de modo a que um determinado produto ou substância, antes assim não imaginado, poderá receber o atributo perigoso. Fatores ligados à concentração ou possibilidade de reações físico-químicas, por exemplo, devem ser considerados, pela propriedade que tem de agregar periculosidade a um produto cotidianamente tido como inofensivo, inerte. No âmbito técnico, observa-se que o conceito se expande, visto que os riscos de acidentes com produtos perigosos destacam-se entre os desastres humanos de natureza tecnológica, podendo localizar-se no Transporte Rodoviário, Ferroviário, Marítimo, Fluvial ou Lacustre, no Dutoviario, em Instalações fixas como Portos, Depósitos, Indústrias Produtoras de produtos perigosos, Indústrias Consumidoras de produtos perigosos, Refinarias de Petróleo, pólos Petroquímicos, depósitos de Resíduos, rejeitos ou Restos, no Consumo, Uso ou Manuseio de produtos perigosos. Os produtos químicos se tornaram, ao longo dos anos, muito importantes para o desenvolvimento, e indispensáveis para os padrões de vida de grande parte da população mundial. O avanço da pesquisa tecnológica tem 11 permitido um constante e progressivo aumento do número desses produtos, e cada vez mais são encontrados aqueles que , por suas características de agressividade apresentam riscos ao homem e ao meio ambiente, que os fazem enquadrar-se dentro na definição de produto perigoso. Centenas de milhares de produtos químicos são produzidos, armazenados, transportados e usados anualmente. Um acidente com produto perigoso ocorre todas as vezes que se perde o controle sobre o risco, resultando em extravasamento, causando danos humanos, materiais e ambientais. Devido à natureza perigosa deles, foram estabelecidas normas para reduzir os danos prováveis. Se essas normas não forem seguidas, perdese o controle efetivo sobre o risco e origina-se uma situação de desastre iminente. Os acidentes com produtos perigosos variam em função do tipo do produto químico, da quantidade e das características dos mesmos. Estimativas da Organização das Nações Unidas admitem a existência de aproximadamente 4 milhões de diferentes produtos químicos, disponíveis em todo o mundo. De tal forma cresceu a quantidade e o potencial de risco desses produtos, que despertaram a atenção das organizações mundiais de regulação, visto que a sua fabricação e/ou uso junto às fronteiras, ou o transporte através do território de diversas nações, ou por águas internacionais, passou a representar um risco coletivo. Assim, a International Maritime Organization – IMO, órgão da Organização das Nações Unidas para assuntos de navegação marítima, criou uma classificação internacional de Produtos Perigosos, distribuindo-os em 9 classes e 16 subclasses, que servem de base de identificação, padronização para rotulagem e emissão de documentos para atendimento a acidentes fichas de Emergência do produto ou MSDS - Material Safety Data Sheet. Embora os produtos perigosos estejam disseminados por toda a parte e sejam empregados numa variedade de atividades, o seu risco potencial não é adequadamente reconhecido por todas as pessoas direta ou indiretamente envolvidas, ainda são poucas as agências, entidades e pessoal técnico qualificado que, se dedicam ao estudo e difusão de informações sobre o 12 problema, situação que claramente demonstra a carência de iniciativas que propiciem a geração de conhecimento e permitam a formação de recursos humanos voltados a pesquisa e investigação. 1.1.1 – Identificação e Embalagem. A grande quantidade de produtos existente no mercado e sua diversidade de aplicações, levou ao desenvolvimento de diversos tipos de embalagens, que precisam ser adaptadas aos meios de transporte de que se utilizam usuários, intermediários comerciais, produtores. A embalagem deve proporcionar boas condições de proteção ao produto, conforme padrões técnicos previamente definidos, de forma a minimizar as conseqüências de qualquer tipo de ocorrência envolvendo a carga. Deve permitir o imediato reconhecimento do produto nela contido, as informações básicas dos procedimentos de segurança a serem adotados num primeiro atendimento a eventual incidente quer seja de caráter pessoal, ambiental ou patrimonial. Além da classificação IMO, utilizada na rotulagem das diversas embalagens de produtos, são mundialmente utilizados outros códigos de identificação sendo os principais: - Código Europeu IMDG (International Maritime Dangerous Goods Code) Esse código regra o transporte marítimo, a segregação e manuseio de produtos perigosos. Utiliza rótulos com dois números, o superior com três algarismos, indicando o grau de perigo de um produto e o inferior correspondendo ao número de identificação da ONU. O código IMDG classifica os produtos em 9 classes: Classe 1 – Explosivos em geral. Classe 2 – Gases Comprimidos Liquefeitos, ou dissolvidos sob pressão. Classe 3 – Líquidos Inflamáveis. Classe 4 – Sólidos Inflamáveis, substâncias sujeitas à combustão espontânea e substâncias que em contato com a água emitem Gases Inflamáveis. 13 Classe 5 – Substâncias Oxidantes e Peróxidos Orgânicos. Classe 6 – Substâncias Venosas (tóxicas), substâncias infectantes. Classe 7 – Materiais Radioativos. Classe 8 – Substâncias Corrosivas. Classe 9 – Substâncias Perigosas diversas. Alguns produtos perigosos têm armazenagem proibida em áreas portuárias, podendo-se citar: Explosivos em geral (classe 1); Gases Inflamáveis (classe 2.1) e venenosos (classe 2.3); Radioativos (classe 7); Chumbo Tetraetila (classe 6.1); Substâncias Tóxicas Infectantes (Classe .6.2); Poliestireno expansível (classe 9); Perclorato de Amônia (Classe 5.1); Produtos perigosos acondicionados em contêineres refrigerados (classe 5.2). Nesses casos, o desembarque das mercadorias deve ocorrer de forma direta nos caminhões ou vagões. Além disso, no caso de existência de explosivos, essa carga deve ser a última a embarcar e a primeira a desembarcar, para tentar se evitar explosões em cascata. - Código NFPA (International Fire Protection Association) – Aprova as instruções complementares aos Regulamentos dos Transportes Rodoviários e Ferroviários de produtos perigosos. Indicativo dos riscos à saúde e grau de inflamabilidade do produto, ou da reatividade e de informações especiais. Tem gradação numérica de zero a quatro, e é chamado “diamante de periculosidade”, ou “código Diamante”, devido ao desenho do rótulo. - Código HAZCHEM – É utilizado no transporte de cargas perigosas no Reino Unido. Este código não centra a sua atenção na indicação das propriedades de um produto químico, mas sim nas ações imediatas de emergência que devem ser realizadas para minimizar os efeitos do acidente. Os rótulos aplicados a cargas perigosas, embora padronizados internacionalmente, podem ser objeto de exigências complementares ditados pelos diversos países. No Brasil é a Portaria 204/97, de 20/05/1997, do Ministério dos Transportes, o documento regulador do sistema de identificação das embalagens e meios de transportes de produtos perigosos. A simbologia 14 de risco está normatizada pelo ABNT, NBR 7.500, e é a mesma adotada pela ONU em convenção internacional da qual o Brasil é signatário. Um dos grandes problemas ambientais no mundo de hoje é o lançamento ao meio ambiente de produtos químicos perigosos de forma inadequada. No Brasil, a Constituição estabelece responsabilidade às três esferas de governo: municipal, estadual e federal. Um dos órgãos nacionais com competência para regular o assunto é o Conselho Nacional de Meio ambiente – CONAMA. 1.1.2 – Armazenamento de Produtos Perigosos. Armazenamento é o acondicionamento ou guarda de produtos químicos em qualquer quantidade, em locais previamente preparados para distribuição aos usuários bem como, quantidades de produtos guardados no setor onde os mesmos entrarão em processo produtivo. As cargas perigosas são objetos de diversas modalidades de armazenamento desde as unidades produtoras, como as indústrias químicas ou petroquímicas, as unidades intermediárias de estocagem, pátios de transportadoras, terminais diversos (rodoviários, ferroviários, marítimos ou portuários, aeroportuários) e consumidor final, que poderá ser uma indústria, estabelecimento comercial, hospitalar ou laboratório, organização militar, posto de abastecimento de veículos, prestador de serviços de limpeza, dentre a infinidade de usuários de produtos perigosos. De acordo com a NBR-7500 (ABNT), que trata da identificação para transporte terrestre, manuseio, movimentação e armazenamento de produtos químicos, são condições físicas dos locais de armazenamento: - Os locais de armazenamento deverão ser dotados de piso impermeável, com caimento que favoreça o escoamento de líquidos para canaletas; - As canaletas deverão estar adequadamente ligadas a rede de tratamento de efluentes, não sendo permitido seu deságüe em galerias de água pluviais ou esgotos; 15 - Nas proximidades do local de armazenamento deverá existir um ponto para captação de água, chuveiro de emergência, lava olhos e macas estrategicamente dispostas; -O armazenamento de produtos químicos, deverá ser feito a uma distância máxima de 30 metros de hidrantes, possibilitando aplicar jatos em forma de neblina para baixar a concentração de gases ou vapores em casos de acidentes; - As áreas destinadas ao Armazenamento de produtos químicos deverão dispor de ventilação eficiente, a fim de impedir o acúmulo de vapores; - As edificações destinadas ao armazenamento de produtos que possam gerar gases, deverão ser dotadas de aberturas superiores a fim de impedir a formação de bolsas de gases; - Havendo pontos de emissão de partículas ou possibilidade de formação de névoas, os locais de armazenamento deverão ser dotados de sistema de ventilação local exaustora; - Os locais de armazenagem não porão estar expostos a intempéries. No que diz respeito a sinalização de segurança, no Brasil a norma NBR7500 adota a mesma simbologia da ONU: Figura 1 – Sinalização de Segurança de Produtos Perigosos (extraída: NBR 7500) 1.2 – Meio Ambiente e Sistema de Gestão Ambiental. O meio ambiente envolve todas as coisas vivas e não vivas ocorrendo na Terra, ou em algum lugar dela, que afetam os ecossistemas e a vida 16 humana. A Conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente em Estocolmo, em 1972, definiu o meio ambiente como o “conjunto de componentes físicos, químicos, biológicos e sociais capazes de causar efeitos diretos ou indiretos, a curto ou longo prazo, sobre os seres vivos e as atividades humanas. A crescente conscientização da sociedade aumentou a pressão sobre a comunidade empresarial de que os padrões de produção e consumo correntes são insustentáveis. Assim, as empresas entenderam que, para continuarem funcionando, terão que integrar, cada vez mais, componentes ambientais a suas estratégias comerciais e seu planejamento estratégico. Atualmente, as empresas que oferecem mais informações sobre o seu desempenho ambiental melhoram as relações com acionistas, fornecedores e consumidores, e isso representa vantagem de mercado. O Sistema de Gestão Ambiental é um processo voltado a resolver, mitigar e/ou prevenir os problemas de caráter ambiental, com o objetivo de desenvolvimento sustentável. Segundo a NBR ISO 14001, Sistema de Gestão Ambiental (SGA) é a parte do sistema de gestão que compreende a estrutura organizacional, as responsabilidades, as práticas, os procedimentos, os processos e recursos para aplicar, elaborar, revisar e manter a política ambiental da empresa. Ao implantar um SGA, as empresas não recebem apenas benefícios financeiros, como economia de matéria prima, menores gastos com resíduos, aumento na eficiência na produção e vantagens de mercado, mas sim, estão também diminuindo os riscos de não gerenciar adequadamente seus aspectos ambientais, como acidentes, multas por descumprimento da legislação ambiental, incapacidade de obter crédito bancário e outros investimentos de capitais, e perda de mercados por incapacidade competitiva. O processo de implementação de um Sistema de Gestão consta de 4 fases: 1 – Definição e comunicação de projeto (gera-se um documento de trabalho que irá detalhar as bases do projeto para implementação do SGA). 17 2 - Planejamento do SGA (realiza-se a revisão ambiental inicial, planejando o sistema). 3 – Instalação do SGA (realiza-se a implementação do SGA). 4 – Auditoria. 1.2.1 – A Atividade Aquaviária adequada aos Requisitos Ambientais. De acordo com a ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviarios,“por ser potencialmente poluidora, a atividade aquaviaria necessita passar por um processo de habilitação ambiental em função da legislação aplicável, licenciamento, em que são verificados os seus danos ao meio ambiente como um todo. Caso os seus impactos sejam significativos, ela tem que ser objeto de um estudo de impacto ambiental. Esses estudos determinam quais impactos acontecem, onde ocorrem e com que magnitude”. Em 1998, foi editada a Agenda Ambiental Portuária, no âmbito da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar – CIRM, para a adequação da legislação ambiental antiga a padrões aceitáveis de qualidade ambiental. Com a Lei nº 8.630/1993, conhecida como “Lei de Modernização dos Portos”, ações voltadas para a Saúde e Segurança Ocupacional deixaram de ser tratados isoladamente em relação as ambientais, sendo imprescindíveis para se constituir um ambiente de trabalho produtivo.São ela de prevenção a acidente e de proteção ao trabalhador, bem como a promoção, recuperação e reabilitação de sua saúde. Verificados os impactos de suas atividades e procedida a sua habilitação, ficam os agentes portuários obrigados a implantar um processo de gestão, segundo as interferências contabilizadas, de modo a se obter melhor qualidade ambiental possível. Em função de uma maior conscientização das questões ambientais de um modo geral, principalmente em razão do fenômeno das mudanças climáticas, hoje está adequadamente consolidada a responsabilidade dos portos organizados e demais instalações portuárias em 18 implementar um Sistema Integrado de Gestão Ambiental (SIGA) que seja compatível com os padrões internacionais de valorização do meio ambiente, nele, obviamente, inserindo o elemento humano. A Gestão Ambiental é definida rela Resolução CONAMA nº 306/2002 como “Condução, direção e controle do uso dos recursos naturais, dos riscos ambientais e das emissões para o meio ambiente, por intermédio da implementação do sistema de gestão ambiental”. No processo de gestão ambiental, a Autoridade Portuária planeja e executa ações de valorização do meio ambiente, adotando medidas preventivas e de reversão de impactos ambientais provocados por suas operações portuárias, otimizando o uso dos recursos naturais, promovendo o monitoramento e o controle ambiental da atividade. A gestão ambiental é um processo contínuo e adaptativo, que se inicia na própria organização, no momento em que ela define e redefine seus objetivos e metas, bem como implementa ações relativas à qualidade de seus produtos do ponto de vista ambiental (sustentabilidade). Esse processo inclui a satisfação dos clientes e da comunidade envolvida nesse processo, que tem como finalidade primordial a proteção dos recursos naturais e garantia da saúde e segurança ocupacional de seus empregados. 19 CAPÍTULO II TRANSPORTE MARÍTIMO INTERNACIONAL DE PRODUTOS PERIGOSOS A água é o mais antigo meio de transporte e o transporte internacional tem sua concentração no transporte marítimo. O transporte marítimo é o que utiliza como vias de passagem os mares abertos, para o transporte de mercadorias e de passageiros. O mercado de cargas do transporte marítimo se apresenta como a maior artéria dos negócios internacionais, como o principal modo de transporte entre as nações. O desenvolvimento e o crescimento do tráfego marítimo estão associados à movimentação de cargas decorrente: da demanda e da liberação dos negócios internacionais; dos aperfeiçoamentos técnicos dos navios e terminais portuários; e das economias de escala fortalecidas pela conteinerização (OCDE – Organization for Economic Cooperation and Development, 2004). O transporte tem como fatores específicos distância, volume, densidade, facilidade de acondicionamento, facilidade de manuseio (BOWERSOX; CLOSS; COOPER, 2006). A escolha do modal de transporte deve levar em consideração: redução de custos; economias de escala; agilidade e flexibilidade dos processos de movimentação; menor quantidade de avarias; maior segurança no transporte e manuseio da carga; padronização na unidade de carga transportada; menor tempo de operação e; distância a ser percorrida (BALLOU, 1995). O transporte marítimo de mercadorias e, portanto, também de produtos perigosos, recebe as denominações de cabotagem e longo curso, conforme seja feito entre os portos de um mesmo país, ou entre portos de países distintos, respectivamente. A legislação referente ao transporte aquaviário, além daquela editada dos órgãos oficiais, inclusive os ambientais locais, a exemplo da Lei nº 20 9.537 de 11/12/1997, que dispõe sobre a segurança do tráfego aquaviário em águas nacionais, engloba as Convenções e Tratados Internacionais ratificados pelo Brasil como a Convenção das Nações Unidas sobre o direito do Mar MARPOL e a legislação da IMO- Organização Marítima Internacional. De acordo com o código IMDG (International Maritime Dangerous Goods Code), são exemplos de requisitos operacionais para o transporte de produtos perigosos: - As embarcações que transportam mercadorias perigosas embaladas deverão informar antecipadamente a existência desse tipo de carga as autoridades portuárias mediante notificação. - O acesso à embarcação deverá estar desimpedido, seja na situação de fundeio ou de atracação; - Toda embarcação com carga perigosa a bordo, que se encontre atracada ou fundeada, deverá dispor de cabos de reboque de dimensões adequadas na proa e na popa, prontos para uso imediato. Deverá também tomar providências para que haja facilidades para soltar as espias rapidamente, sem auxílio do pessoal de terra; - Em cada embarcação que efetue o transporte de cargas perigosas deverá haver tripulação habilitada para efetuar o correto manuseio dessa carga e também atuar nas situações de emergência; O comandante da embarcação é o responsável perante a Autoridade Marítima pelo cumprimento desses requisitos. 2.1- Movimentação de Cargas Perigosas nos principais Terminais Portuários e de Armazenamento do Brasil. Neste item destaca-se através de dados estatísticos o volume de carga movimentada nos portos de Santos , Paranaguá e Rio de Janeiro. 21 2.1.1 – Porto de Santos. O porto de Santos totalizou em 2010 a expressiva movimentação de 96 milhões de toneladas de carga, o que significou um incremento de 15,4% sobre o total registrado em 2009. Esse volume está 9,5% acima do estimado pela Autoridade Portuária, que havia projetado, no início de 2010, índices conservadores de crescimentos por conta do período pós recessão na economia mundial. As importações somaram 31,8 milhões de toneladas, um crescimento de 33,5 sobre os 23,8 milhões movimentados em 2009. Já as exportações, mesmo com um aumento em torno de 8,1%, totalizaram 64,1 milhões de toneladas. Do total movimentado no Porto de Santos em 2010, os graneis sólidos responderam por 46,9%, as cargas geral (incluindo containers) por 36,7% e os líquidos a granel por 15,4%. O número de navios atracados somou 5.748, um aumento de 0,3% em relação a 2009. O total de containers em 201 foi recorde, com 1.762.205 unidades (2.722.225 TEU´s), 19,8% acima do verificado em igual período em 2009. As exportações responderam pela movimentação inédita de 880.000 um, incremento de 19,9% em relação aos 12 meses de 2009 (734.200), com crescimento de 22,5% no total de containers transportados pela navegação de longo curso (804.879) e queda de 2,4% na cabotagem (75,121 un). As importações tiveram índice de crescimento semelhante, 882.205 un. em 2010. 22 Figura 2 – Exportação de Contêineres (Extraída: Companhia das Docas do Estado de São Paulo – Codesp). Figura 3 – Importação de Contêineres (Extraída: Companhia das Docas do estado de São Paulo – Codesp). 2.1.2 – Porto de Paranaguá. A administração do Porto de Paranaguá e Antonina (Appa) é uma autarquia pública, criada pelo Governo do Paraná, em 1947. 23 O transporte conteinerizado no porto de Paranaguá merece especial destaque pela excelente estruturas operacional de Cais e Pátio. O TCP Terminal de Conteineres de Paranaguá compreende uma área de 302.800 m², dois berços especializados de atracação, guindastes de Cais (portainer) e Pátio (transtainer), caminhões e carretas, com capacidade de armazenagem estática de 13.560 containeres/TEU´s, equiparando-se, pelas suas instalações e eficiência operacional, com os modernos terminais dos demais portos desenvolvidos. Opcionalmente, é disponibilizado no Porto de Paranaguá um Terminal Público de Conteineres, compreendendo um Pátio com capacidade de Armazenagem para cerca de 3.000 TEU´s, o que abre oportunidades comerciais e resgate de mão de obra. Em 2010, a movimentação de cargas pelos portos de Paranaguá teve um crescimento de 22% em relação a 2009, atingindo a marca de 38,2 milhões de toneladas movimentadas. Movimentação dos Portos de Paranaguá Figura 4 - Movimentação dos Portos de Paranaguá (extraída de: Appa – Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina). 24 2.1.3 – Porto do Rio de Janeiro. A inauguração do Porto do Rio de Janeiro ocorreu em 20 de julho de 1910, foi administrado por Demart e Cia (1910), Companie Du Port de Rio de Janeiro (1911 a 1922) e Companhia Brasileira de Exploração de Portos (1923 a 1933). Pela Lei nº 190, de 16 de janeiro de 1936, foi constituído órgão federal autônomo denominado Administração do Porto de Rio de Janeiro, que recebeu as instalações em transferência ficando subordinado ao Departamento Nacional de Portos e Navegação, do Ministério da Viação e Obras Públicas. O decreto nº 72.439, de 9 de julho de 1973, aprovou a criação da Companhia Docas da Guanabara, atualmente Companhia Docas do Rio de Janeiro. O Porto dispõe de 6.740m de cais contínuo e um píer de 883m, compondo os seguintes trechos: Pier Mauá, acostável nos dois lados, contendo cinco berços, com profundidade de 7m a 10m; Cais da Gamboa, principia junto ao píer Mauá e se prolonga até o Canal do Mangue, compreendendo 20 berços, com profundidade de 7m a 10m, é atendido por 18 armazéns, sendo um frigorífico para 15.200t, com uma aérea de 16.000 m² de pátios serve para armazenagem a céu aberto; Cais São Cristóvão, com seis berços distribuídos em 1.525m, possui dois armazéns e uma de pátios descobertos com 23.000 m²; Cais do Caju/Terminal Roll-on-Roll-off, possui 1.001m de cais e cinco berços, estando apenas um em condições de operar; Terminais de Contêineres, são dois terminais arrendados - o LIBRA T1 e o MULTI T2 que compreendem um cais de 784m, com quatro berços (2 de cada terminal). 25 Figura 5 – Movimentação de Mercadorias Porto do Rio de Janeiro (extraída: CDRJ Companhia Docas do Rio de Janeiro) 2.2 - Containers e ISO Tanks. O transporte marítimo de longo curso passa a ser estratégico dentro da cadeia de abastecimento internacional em decorrência do aumento do tráfego de cargas entre países onde deve dominar a agilidade e a flexibilidade com economia de escala para garantir a competitividade dos produtos. (BOWERSOX; CLOSS; COOPER, 2006). Os navios têm capacidade de transportar grandes quantidades de carga. É o modal que, individualmente, por embarcação, possui a maior capacidade de transporte e quando considerado o total de embarcações confirma a maior capacidade total instalada. O aumento do tamanho e a especialização dos navios tem como marco divisórios os modelos de operação decorrentes e da conteinerização de cargas. 26 O crescimento da conteinerização ocorre não só pela ampliação da frota, mas também pelo aumento do tamanho dos navios que expandiram suas larguras em até 33%. O objetivo de um container é carregar carga de forma segura e eficiente. Um container deve ser navegável e capaz de suportar os rigores na movimentação em estradas e ferrovias, bem como o manuseio em depósitos e terminais em condições climáticas e variação de temperatura das mais diversas . Segundo a International Organization of Standardzation - ISO (2005) “o container é um cofre de carga móvel, ou seja, provido de dispositivos que permitem sua manipulação; desenhado para o transporte multimodal; apto para uso reiterado; dotado de marcas e sinais de identificação”. Para entrar no tráfego recebe uma identificação e uma numeração, com registro no BIC *. Por padrão ISO, esta identificação é composta de uma sigla ou prefixo com quatro letras, seguido da numeração de sete dígitos, sendo o último o dígito de controle. As três primeiras letras são determinadas a critério das empresas proprietárias dos containers, normalmente correspondendo às iniciais e seus nomes. A última letra é sempre “U” e significa unity (unidade). Os primeiros três dígitos identificam a série e os três seguintes identificam o container em relação a esta série. O último dígito é chamado de dígito verificar e é determinado a partir de um cálculo considerando a sigla (valores são atribuídos a cada letra) e os seis primeiros dígitos. Este cálculo impede que dois containers de mesma sigla possuam numeração igual. Os tipos de contêiner mais utilizados no transporte marítimo são: - Dry Van 20´ - container fechado destinado ao transporte de carga seca; 27 Figura 6 – Dry Van Container 20´ (Extraída: Nicomex Logística Internacional). - Dry Van 40´- container fechado destinado ao transporte de carga seca com pouco peso e muito volume; Figura 7 – Dry Van Container 40´(Extraída: Nicomex Logística Internacional). - Dry Van 40´High Cubic (HC) – container completamente fechado destinado ao transporte de carga seca com grande volume; - Open Top – container destinado ao transporte de cargas que excedem a altura de um container ISO; Figura 8 – Open Top Container (Extraída: Nicomex Logística Internacional). - Reefer - container isolado termicamente com maquinário integrado e controle eletrônico de temperatura, destinado ao transporte de cargas que necessitam de aquecimento, resfriamento ou congelamento; 28 Figura 9 – Container Reefer (Estraída: Nicomex Logística Internacional). - Flat Rack – Container aberto nas laterais e teto destinado ao transporte de cargas que excedem as dimensões de largura e altura e também cargas muito pesadas; Figura 10 – Flat Rack Container (Extraída: Nicomex Logística Internacional). - Plataform – container aberto em sua totalidade destinado ao transporte de cargas que excedem as dimensões padrão ISO de altura, largura e comprimento. Figura 11 – Container Plataform (Extraída: Nicomex Logística Internacional). Contudo, objetiva-se neste trabalho evidenciar o transporte de cargas perigosas em containers Tank, ou ISO Tank containers, por serem a unidade de carga mais utilizada no transporte desses produtos. 29 Figura 12 – Container Tank (Extraída: Nicomex Logística Internacional). - Tank – container fechado e isolado termicamente destinado ao transporte de graneis líquidos, químicos ou alimentícios. Containers tank são equipamentos cilíndricos feitos em aço inox, podendo ser de liga 304, 316 ou 316 L, revestidos de alumínio ou fibra de vidro, com isolamento de lã de rocha ou vidro e apoiados em uma estrutura de aço carbono O container tank é construído de acordo com a norma internacional e é um equipamento econômico mais utilizado pelas indústrias para carregamento e transporte de granel líquido, no transporte seguro e armazenamento de produtos químicos, produtos a granel e outros líquidos ou sólidos perigosos. São unidades de cargas testadas periodicamente em testes pneumáticos, hidrostáticos e de ultra som. Os testes pneumáticos são realizados para verificação de estanqueidade do cilindro e das válvulas e deve ser feito com ar comprimido, com aplicação de 2 kg de pressão e válido por dois anos e meio. Os testes hidrostáticos são realizados pra verificação da estanqueidade do cilindro, com água completando a capacidade do tanque e aplicando 6 kg de pressão, e tem validade de cinco anos. Os testes com ultra som são realizados para medir a espessura da chapa em casos de desgaste do material. Os testes pneumáticos e hidrostáticos são intercalados dentro de um período de 5 anos conforme classificação IMO da unidade, como exemplo: 30 - IMO 0 - o container tank não necessita ser testado periodicamente podendo carregar produtos não perigosos sem grau de risco e com baixa pressão de trabalho; - IMO 1 – o container é testado periodicamente podendo carregar produtos químicos com pressão de trabalho até 4.4 bar; - IMO 2 – o container é testado periodicamente podendo carregar produtos químicos com pressão de trabalho de 2.62 bar; - IMO 5 – o container pode carregar gases e ácidos com pressão de trabalho que varia entre 12 a 17 bar. 31 CAPÍTULO III SISTEMAS DE GESTÃO DE ARMAZENAGEM E TRANSPORTE Segundo Laudon & Laudon (1999), o termo Sistemas de Informação pode ser definido como um “conjunto de componentes inter-relacionados trabalhando integrados para coletar, processar, armazenar e distribuir informação com a finalidade de facilitar o planejamento, o controle, a coordenação, a análise e a tomada de decisão por parte das empresas e das organizações”. Essa definição pode ser complementada com o acréscimo do entendimento prático de sistemas de informação computadorizados com capacidade de garantir confiabilidade e rapidez de acesso às informações. O fluxo de informações é um elemento de grande importância nas operações logísticas. Pedidos de clientes e de ressuprimento, necessidades de estoque, movimentações nos armazéns, documentação de transporte e faturas são algumas das formas mais comuns de informações logísticas. A transferência e o gerenciamento eletrônico de informações proporcionam uma oportunidade de reduzir os custos logísticos através da sua melhor coordenação. Além disso, permite o aperfeiçoamento do serviço baseando-se principalmente na melhoria de oferta de informações aos clientes. Os sistemas de informações logísticas funcionam como elos que ligam as atividades logísticas em um processo integrado, combinando hardware e software para medir, controlar e gerenciar as operações logísticas. Para implementar um sistema de tecnologia de informação (TI), as empresas devem distinguir a TI transacional da TI analítica. A TI transacional está focada na aquisição, processamento e comunicação dos dados da cadeia de suprimentos. Estes dados podem ser originados de fontes internas ou externas, através de internet ou EDI (“Eletronic Data Interchange”) , a transferência eletrônica de dados estruturados através de mensagens 32 padronizadas (normatizadas), previamente acordadas entre parceiros comerciais, por meios eletrônicos com o mínimo de intervenção humana. Já a TI analítica tem como objetivo a análise de problemas de planejamento da cadeia de suprimentos através da utilização de modelos de simulação e otimização. As principais diferenças entre TI transacional e analítica estão em seis aspectos principais: horizonte de tempo, propósito, escopo do negócio, natureza da base de dados, tempo de resposta para consultas e implicações para reengenharia dos processos do negócio. Por exemplo, a TI transacional orienta-se para o passado e presente, visando a comunicação inter funcional de informações, as quais normalmente não sofrem qualquer tipo análise ou reflexão, sendo compiladas em tempo real a partir dos sistemas da empresa. Já a TI analítica orienta-se para o futuro, visando a previsão e tomada de decisões nos níveis estratégicos, táticos e operacional da cadeia de suprimentos, com base em informações com razoável nível de julgamento e crítica (Fleury, 2000). Como exemplos de sistemas de TI transacionais podemos citar: ERP (Enterprise Rsource Planning), MRP (Material Requirements Planning), DRP (Distrinution Resource Planning). Como exemplos de TI analítica citamos: módulos de roteirização de veículos, seqüenciamento de produção, alocação de clientes à fábrica e centros de distribuição, alocação de linhas de produção à fábricas. 3.1 – WMS (Warehouse Management System). Com uma eficiente administração da armazenagem é possível a redução de estoques, a otimização da movimentação e da utilização do armazém, o atendimento rápido ao cliente e à linha produtiva, a redução do índice de material obsoleto, precisão e acuracidade das informações. Desta forma é possível diminuir custos, melhorar integração do processo de 33 armazenagem com os demais processos da organização e melhorar o atendimento ao cliente. Para alcançar estes objetivos, foram criados os Sistemas de Gestão de Armazém (Warehouse Management Systems- WMS), softwares que recebem as informações pertinentes ao armazém e, conforme as necessidades da organização, geram respostas para uma melhor movimentação, armazenagem, separação e expedição dos produtos. “O WMS é o sistema de informações que planeja, programa e controla as operações do armazém. Abrange todas as funções, desde a chegada do veículo ao pátio, o recebimento dos materiais, passando pela estocagem, separação de pedidos, reposição e controle de estoques, inventário, programação e controle de embarque e liberação de caminhões”. (RAGO, 2002). Sistemas de controle de estoque e sistemas de gestão de armazém não devem ser confundidos. O controle de estoque está alocado no nível de dados, no qual negócios cotidianos estão organizados. A gestão do armazém está alocada no nível de execução e está relacionada às atividades dentro do armazém e para um melhor uso dos recursos de capital e humano. Podemos relacionar algumas das características mais relevantes do WMS: a identificação do melhor local para guardar uma mercadoria, de acordo com as suas características; os furtos e roubos ficam mais visíveis e fáceis de controlar; a entrega ao cliente ou à linha de produção é mais rápida; o WMS avalia as mudanças assim que ocorrem e fornece acesso imediato à nova informação. Fatores como recursos, nível de automação, tipo de produto e de mercado, variedade de produtos oferecidos etc., são determinantes para a implementação de softwares WMS, visto que a solução deve estar adequada ao problema e os investimentos justificados. Muitas vezes, sistemas simples de informação podem fazer uma boa gestão de armazém. São exemplos de módulos do software WMS disponíveis no mercado: rastreabilidade de lotes e números de série; integração com sistemas 34 corporativos, sistemas automáticos de armazenagem e separação, internet e EDI; faturamento de serviços e abastecimento de linha de produção. 3.2 – TMS (Transportation Management System). A gestão do sistema de transportes e mais especificamente da atividade transporte é, para logística, um fator determinante na busca de melhores níveis de serviço por parte de todos da cadeia logística. Os sistemas de transporte que são considerados pelos agentes de transporte, transportadoras, associações de exportadores são: sistemas por ferrovias, rodovias, por hidrovias, por dutos e por aeronaves. A importância de cada um irá variar em função do tempo e das necessidades dos clientes e das condições do momento. Para tornar a gestão de transportes mais eficiente foram desenvolvidos softwares e sistemas que auxiliam o setor, investimentos no desenvolvimento e aplicação de tecnologia da informação para suporte à operação de transporte, a partir da consolidação dos softwares e conceitos do TMS (Transportation Management System), são importantes ferramentas utilizadas na gestão de transporte. O TMS é composto por três módulos principais: planejamento, acompanhamento e controle. Para atingir sua plenitude é necessário ter uma interface com o software corporativo da Empresa (ERP) e disponibilizar as informações (internas e externas) através da internet. De acordo com Marques (2002), um TMS pode ser definido como “ o software que auxilia no planejamento, execução, monitoramento e controle das atividades relativas a consolidação de cargas, expedição, emissão de documentos, entregas e coletas de produtos, rastreabilidade da frota e de produtos, auditoria de fretes, apoio a negociação, planejamento de rotas e modais, monitoramento de custos e nível de serviço, e planejamento e execução de manutenção de frota. 35 A implementação do TMS traz significativos benefícios dentre os quais podemos citar: redução nos custos de transportes e melhoria do nível de serviço; melhor utilização dos recursos de transportes; melhoria na composição de cargas (consolidação) e rotas; menor tempo necessário para o planejamento e distribuição e a montagem de cargas; disponibilidade de dados dos custos de frete mostrado de várias formas, por exemplo, por cliente ou por produto; acompanhamento da evolução dos custos com transportes; disponibilidade de informações on-line; suporte de indicadores de desempenho para análise da gestão de transportes. O sucesso da implementação está baseado nas decisões corretas, ou seja, a escolha do software certo e as funcionalidades adequadas párea cada tipo de negócio. O TMS pode monitorar os custos de frete, a performance das transportadoras, como quantidade de veículos utilizados, se os prazos de entrega foram cumpridos, as quantidades de avarias em determinado período pré estabelecido, os custos por rotas, ou custos de tonelada por quilômetro, se todos os veículos solicitados foram utilizados, se foram utilizados mais veículos do que o planejado, o TMS pode monitorar a frota e os produtos, por exemplo, onde a carga está,se já foi entregue, se está na rua para entrega, ou se ainda está dentro do armazém. 3.3 – Estudo de Caso. Com o intuito de demonstrar de forma operacional a utilização dos sistemas WMS será apresentado a seguir o exemplo do Complexo Logístico da Empresa Multimodal CESARI. O estudo tem a finalidade de demonstrar o cotidiano da logística dentro da empresa. 3.3.1 – Histórico da Empresa. 36 A CESARI, é uma empresa Multimodal especializada no transporte de químicos, armazenagem de granéis e serviços de logística, estabeleceu sua matriz numa região estratégica próximo ao Pólo Petroquímico de Cubatão / SP e do Porto de Santos. É uma empresa moderna em perfeita sintonia com as novas demandas que a globalização exige do mercado, especializada no Transporte, Armazenamento e distribuição de cargas para qualquer parte do país e Transporte Rodoviário de Gases, É o maior transportador rodoviário de cloro líquido do mundo. Instalada no Pólo Industrial de Cubatão/SP, desenvolve projetos e iniciativas de cidadania empresarial visando o bem estar do homem e no meio ambiente. Tem como prioridade a segurança da carga, do veículo e dos motoristas, através de sofisticados sistemas de rastreamento via satélite. 3.3.2 – Transportes. Com uma frota de aproximadamente 400 semi-reboque tanques, a Empresa já transportou mais de 1.500 produtos diferentes entre matérias primas e produtos acabados. Em funda da experiência adquirida na movimentação de produtos perigosos, a Cesari tem se especializado também na preparação e adequação de terminais de carga e descarga e nos seus procedimentos operacionais. 3.3.3 – Armazenagem. Com instalações amplas e modernas, a CESARI está capacitada a garantir o pleno atendimento de suas operações, atuando em vários modais, bem como o desenvolvimento de novos serviços, sempre com total flexibilidade frente as necessidades de seus clientes. O Terminal é dividido em vário setores. Cada 37 setor é responsável por uma função específica, respeitando uma cadeia logística com o propósito de prestar o serviço de forma rápida, eficiente e com menor custo. 3.3.4 – Operacional. As atividades do terminal, quanto ao recebimento de containers tank vazios,, que carregaram ao tipo de produto perigoso, começam a entrada da unidade carga no “Gate”. É no GATE que o equipamento recebe os primeiros procedimentos. O funcionário deste setor, recebe a minuta da transportadora, documento obrigatório no transporte de containers, o qual traz todas as informações sobre o equipamento, e imediatamente aloca essas informações no sistema de monitoramento de unidades to terminal. Paralelamente a este procedimento, o funcionário entra em contato com a empresa operadora do container e informa a sua chegada, coletando demais dados para seu sistema e informando eventuais condições de avarias que uma unidade possa apresentar. Após colhidos todos os dados e recebida autorização do operador, é autorizado pelo funcionário do Gate a recepção do equipamento no terminal. A partir desta etapa, o container passa para o controle do inspetor, que avalia as condições físicas externas e complementa no sistema suas informações, definindo o tratamento que o equipamento receberá. As informações do Gate e do inspetor na entrada, e o produto informado na minuta de transporte, determina o tipo de limpeza que a unidade receberá. Caso o equipamento apresente qualquer avaria, o inspetor relata , fotografa a unidade e informa em sua minuta. Após conferência das condições internas e externas decide-se se o container irá precisar de reparos e manutenção ou da realização de testes periódicos. Se a unidade não apresentar avarias e estiver em condições operacionais, ela fica disponibilizada no sistema do terminal, é informado ao operador que a mesma encontra-se disponível para um novo serviço. Se houver necessidade de reparos, manutenção ou testes periódicos, o terminal elabora uma estimativa de custos para os serviços, detalhando os 38 procedimentos de reparo e seus custos para análise e autorização por parte do operador do container. Após esses procedimentos, o equipamento é colocado no pátio e fica a disposição do operador. O Terminal CESARI também armazena containers cheios para seus clientes. Algumas empresas, ao receberem containers carregados com produtos perigosos e que não possuem condições imediatas para descarga dos produtos em suas Plantas (local de descarga na fábrica), utilizam o espaço do terminal para armazenagem. O Terminal multimodal de armazenamento segue os mais exigentes padrões estipulados pelos órgãos brasileiros competentes, no caso de São Paulo a CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, com uma rede de tratamento de resíduos, estação de limpeza de equipamentos, lavador de gases e plano de segurança aprovado pecos órgãos competentes. . 39 CAPÍTULO IV MODERNIZAÇÃO DOS PORTOS E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. O sistema portuário mundial, acompanhando a evolução do comércio internacional, tem se desenvolvido muito rapidamente nos últimos anos. Na busca por novos mercados, os serviços portuários tornaram-se instrumentos de fomento a exportação, notadamente quando de baixo custo e serviços com qualidade. Na busca pela qualidade e eficiência nota-se a necessidade de cooperação entre empresas, autoridades e sindicatos objetivando soluções que aumentem a competitividade e que possam atrair novos usuários. Essa mudança de atitude acrescentada de investimentos na modernização de equipamentos e automação pelos sistemas de informação é fundamental na atual gestão portuária. O funcionamento de grandes complexo portuários mundiais demonstra que a competitividade é a alavanca de aprimoramento da qualidade e da redução dos custos dos seus serviços. Tanto nos portos da Europa, quanto na América e Ásia, o espírito de competição impera nos variados níveis em que suas atividades são desenvolvidas. A atividade básica de movimentação de um porto corresponde aos processos de embarque e desembarque de cargas, ao mesmo tempo da atividade de movimentação, existe um fluxo de documentos que estabelece as ações desta movimentação de carga. É nesse circuito documental que a atualização das tecnologias de informação, atuando em conjunto ou isoladamente, pode agilizar o desempenho dos processos portuários. Como exemplo dessa tendência constante de modernização, são apresentados alguns sistemas de informação implementados em diferentes portos mundiais, 40 4.1 – Sistema “DAKOSY” (Porto de Hamburgo/Alemanha). O sistema DAKOSY foi desenvolvido em uma rede de dados dedicada de comunicação (recebimento e envio de arquivos/mensagens), exigindo elevados investimentos tanto da parte da administração portuária, como também dos seus usuários, a maioria grandes empresas. Com surgimento da internet, o sistema Dakosy foi reestruturado passando a operar também com comunicação através da internet, opção mais utilizada por pequenas empresas. O Banco de dados central do sistema, processa a intercomunicação de todos os arquivos/mensagens recebidos ou emitidos pelos diversos subsistemas, encarrega-se da distribuição automática a todos os setores portuários envolvidos e do gerenciamento através da Intranet (rede interna DAKOSY) das atividades previstas e efetivadas em cada um dos setores portuários, além de disponibilizar ao usuários o acompanhamento dos procedimentos efetuados em tempo real e gerar cópia arquivo de segurança. O sistema processa atividades de recebimento/envio através de rede dedicada, d Internet e através de redes “wireless”. Com relação a linguagem dos arquivos, pode ser tanto na linguagem EDIFACT (united Nations Eletronic Data Intrechange for Administration, commerce and Transport), adotada quando da implantação do sistema, como na forma XML (Extensible Markup Language).Dentre as ferramentas disponibilizadas pelo sistema, podemos citar: - Interligação do DAKOSY com o sistema bancário para acompanhamento automático dos pagamentos de taxas e tarifas efetuados pelos usuários; - Sistema de comunicação de dados global, GDSC; - Sistema de informação de cargas perigosas DGIS, integrado so sistema da União Européia PROTEC de notificação e rastreamento de cargas perigosas entre portos do Norte da Europa.; - O sistema SEEDOS (Seaport Documentation System) que viabiliza através da internet dos procedimentos de importação e processa o encaminhamento do arquivo/mensagem ao banco de dados do DAKOSY. 41 4.2 – Sistema “INTIS” ( Porto de Rotterdam/Holanda). O INTS (International Transport Information System) foi implementado par disponibilizar um infra estrutura de comunicação entre todos os integrantes do setor de transportes (marítimo e terrestre) para a transferência eletrônica de dados e oferecer conectividade entre os integrantes da cadeia de transporte de Rotterdam , da Holanda e de outros países em um sistema confiável e neutro de influências externas capacitado a respeitar o sigilo da informação dos usuários. Como o DAKOSY, o sistema INTIS é um macro de gerenciamento interligado a subsistemas, definidos como sistemas funcionais, que processam atividades portuárias específicas dentre os quais podemos citar: - RODOS (Rotterdam Douane System), processo de liberação alfandegária; - SAGITTA (Security Agents Information Terminal Transport Ag), processamento e rastreamento de cargas perigosas; - COCASYS (Container Call Information System), integra os terminais de contêineres e os agente de embarques. 4.3 – Sistema “SEA” ( Porto de Yokohoma/Japão). Os principais objetivos do sistema SEA foram de permitir a troca de informação, agilizar o acesso às declarações de movimentação da carga, facilitar a liberação de cargas pela alfândega e controlar as embarcações e também promover a redução e providenciar a prevenção de acidentes e a preservação dói meio ambiente. As mais diversas tecnologias de informação no Japão, associadas a custos acessíveis, viabilizou a implementação do sistema SEA dos mais modernos procedimentos como o uso em larga escala de comunicação via satélite, forma segura de transmissão/recepção de arquivos/mensagens e uma das principais formas de comunicação com embarcações.Outra aplicação da tecnologia é o uso de câmeras digitais foto receptoras, utilizadas para registrar 42 em tempo real as atividades portuárias. Destaca-se que o sistema permite que a imagem seja transferida inclusive por satélite permitindo aos usuários acompanhar, através de imagens, as atividades que estão sendo realizadas em suas cargas inclusive com o rastreamento por imagem das embarcações em alto mar. A plataforma SEA opera arquivos/mensagens nas linguagens EDIFACT e XML. 4.4 – Sistema “DTEDI” (Estados Unidos da América). Após o término da II Guerra, a rápida expansão da economia americana forçou uma ampla reestruturação do sistema portuário gerando uma política administração de descentralização dos portos refletida na diminuição dos custos, agilização dos embarques e redução de poder dos sindicatos. Devido a descentralização das atividades portuárias, o desenvolvimento de um sistema unificado (DTEDI) para todo o país é bastante recente e resultado da grande preocupação com a segurança nacional. O sistema corresponde a um sistema de informação com a padronização de procedimentos para a movimentação de carga em qualquer modal de transporte incluindo o transporte marítimo. Integra todo o setor de transporte através de uma rede on line, permite o rastreamento de qualquer tipo de carga em circulação e possibilita a distribuição eletrônica de informação de arquivos/mensagens nas linguagens EDIFACT e XML. 4.5 – Sistema “SED”(Porto de Santos). A Supervia Eletrônica de Dados (SED) é um sistema de recebimento de documentação eletrônica, tem como objetivo possibilitar a distribuição eletrônica de informações via internet utilizando os serviços de uma VAN para a conversão do padrão de linguagem EDIFACT, XML, e padrão próprio da CODESP (Companhia Docas do estado de São Paulo). A SED gera maior 43 eficiência e confiabilidade das operações de movimentação de carga e melhoria na qualidade dos serviços oferecidos. Através da internet é possível acessar gratuitamente o portal do porto de Santos e realizar os procedimentos de atracação e manifesto de carga Figura 13 – SED - Supervia Eletrônica de Dados (extraída de Companhia das Docas do Estado de São Paulo – Codesp) As vantagens de implantação da transmissão eletrônica de dados entre os diversos segmentos envolvidos está no aumento da eficiência dos processos operacionais do Porto de Santos, ao apoio à fiscalização da movimentação das cargas pela Autoridade Portuária e a integração dos sistemas gerenciais relativos ao faturamento, à gestão de contratos e até, ao controle de acesso de cargas e trabalhadores portuários avulsos à zona alfandegada. 44 CONCLUSÃO A definição pelas Empresas da tecnologia de informação mais adequada as suas atividades e necessidades envolve diferentes alternativas. A tecnologia atual oferece uma ampla variedade de opções cuja escolha depende dos custos envolvidos tais como capital, manutenção, treinamento, assim como a capacidade de armazenamento do sistema, qualidade e precisão da informação. É fundamental que o sistema escolhido tenha capacidade da adaptação ao ambiente empresarial dinâmico que poderá requerer um aumento de serviço, uma modificação das metodologias de trabalho ou uma modernização na operacionalização dos serviços. Ferramentas de gerenciamento ou softwares, voltados para a integração da cadeia de suprimentos, possibilitam ao usuário o controle de diversas funções logísticas simultaneamente. A cadeia logística que envolve o transporte marítimo e o armazenamento de produtos perigosos, no contexto, onde a preservação e proteção ambiental são fatores imprescindíveis à vida humana no planeta, depende da implementação de sistemas de gestão integrados que auxiliem no planejamento, operação, monitoramento e controle das atividades de movimentação desses produtos, reduzindo riscos e protegendo o meio ambiente sem comprometer o crescimento, o desenvolvimento e a geração de lucros das empresas envolvidas. A Constituição Federal, no seu Art. 225, estabelece que todos temos direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado, considerando-o bem de uso comum. 45 BIBLIOGRAFIA ANTAQ. Anuário Estatístico. Agência Nacional de Transportes Aquaviários. Ministério dos Transportes, Brasília, DF. Dispnível em: www.antaq.gov.br> ANTT. Agência Nacional de Transportes Terrestres. Ministério dos Transportes, Brasília, DF. Disponível em <www.antt.gov.br> APPA. Administração dos Porto de Paranaguá. Disponível em <www.appa.pr.gov.br> BOWERSOX, D.J.; CLOSS, D. J.; COOPER, M.B. Gestão logística de cadeias de suprimentos. Porto Alegre: Bookman, 2006 BALLOU, Ronald H. Logística Empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física.São Paulo:Atlas,1995. CESARI Complexo Logístico. Disponível em <www.cesari.com.br> CDRJ – Companhia Docas do Rio de Janeiro. Disponível em <www.portosrio.gov.br> CODESP. Serviço de Estatística. Disponível em: <www.portodesantos.com.br> FLEURY, P.F.; WANKE, P. & FIGUEIREDO, K.F – Logística Empresarial: A perspectiva brasileira. São Paulo. Atlas,2000. Laudon, K.C. e Laudon, J.P; “Management Information Systems: A Contemporary Perspective”; McMillan, 1991 46 NICOMEX Logísitica Internacional.Disponível em <www.nicomex.com.br> TECON Terminal de Conteineres – Santos Brasil. Disponível em <www.santosbrasil.com.br> 47 ÍNDICE FOLHA DE ROSTO 2 AGRADECIMENTO 3 DEDICATÓRIA 4 RESUMO 5 METODOLOGIA 6 SUMÁRIO 7 INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I PRODUTO PERIGOSO E MEIO AMBIENTE 10 1.1 – Produto Perigoso 10 1.1.1 - Identificação e Embalagens 12 1.1.2 – Armazenamento de Produtos Perigosos 14 1.2 – Meio Ambiente e Sistema de Gestão Ambiental 15 1.2.1 – A Atividade Aquaviária adequada aos requisitos Ambientais 17 CAPÍTULO II TRANSPORTE MARÍTIMO INTERNACIONAL PRODUTOS PERIGOSOS 19 2.1 – Movimentação de Cargas Perigosas nos principais Terminais Portuários e de Armazenamento do Brasil 20 2.1.1 – Porto de Santos 21 2.1.2 – Porto de Paranaguá 22 2.1.3 – Porto do Rio de Janeiro 24 2.2 – Containers e Isso Tanks 25 CAPÍTULO III SISTEMAS DE GESTÃO DE ARMAZENAGEM E TRANSPORTE 3.1 – WMS (Warehouse Management System) 31 32 48 3.2 – TMS (Transportation Management System) 34 3.3 – Estudo de Caso–Empresa Multimodal CESARI 35 3.3.1 – Histórico da Empresa 35 3.3.2 – Transportes 36 3.3.3 – Armazenagem 36 3.3.4 – Operacional 37 CAPÍTULO IV MODERNIZAÇÃO DOS PORTOS E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 39 4.1 – Sistema “DAKOSY” (Porto de Hamburgo/Alemanha) 40 4.2 – Sistema “INTIS” (Porto de Rotterdam/Holanda) 41 4.3 – Sistema “SEA” (Porto de Yokohoma/Japão) 41 4.4 – Sistema “DTEDI” (Estados Unidos da América) 42 4.5 – Sistema “SED” (Porto de Santos) 42 CONCLUSÃO 44 BIBLIOGRAFIA 45 ÍNDICE 47 ÍNDICE DE FIGURAS 49 49 ÍNDICE DE FIGURAS FIGURA 1 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA PRODUTOS PERIGOSOS 15 FIGURA 2 – EXPORTAÇÃO DE CONTEINERES PORTO DE SANTOS 21 FIGURA 3 – IMPORTAÇÃO DE CONTEINERES PORTO DE SANTOS 21 FIGURA 4 - MOVIMENTAÇÃO PORTOS DE PARANAGUÁ 23 FIGURA 5 - PRINCIPAIS MERCADORIAS PORTO DO RIO DE JANEIRO 25 FIGURA 6 – DRY VAN CONTAINER 20´ 27 FIGURA 7 – DRY VAN CONTAINER 40´ 27 FIGURA 8 – OPEN TOP CONTAINER 27 FIGURA 9 – CONTAINER REEFER 28 FIGURA 10 – FLAT RACK CONTAINER 28 FIGURA 11 – CONTAINER PLATAFORM 28 FIGURA 12 - CONTAINER TANK 29 FIGURA 13 – ESTRUTURA SUPERVIA ELETRÔNICA DE DADOS – SED 43 50 FOLHA DE AVALIAÇÃO Nome da Instituição: Título da Monografia: Autor: Data da entrega: Avaliado por: Conceito: