Revista Trimestral - Ano IX - Nº 26 - Janeiro/Fevereiro/Março 2012 Chegou o Volare 4x4, o miniônibus que faltava para trafegar no interior mais selvagem do Brasil Perfil Luis Fernando Verissimo Esporte Surf, Windsurf e Kitesurf Uruguai O país da parrilada é também o país das praias Expediente A revista VolareClub é uma publicação trimestral da Volare. Proibida a reprodução sem autorização prévia e expressa. Todos os direitos reservados. • Coordenação Geral: Marketing Volare • Edição de Textos: Heloísa Mezzalira - Mtb 16.596 • Colaboradores: Fabiano Finco José Carlos Secco • Criação e Projeto Gráfico: Planet House Propaganda & Marketing • Fotos: Fotos do Uruguai: Paquito Masia, Fernando Ponzio Fraschini Fotos L. F. Verissimo: Andrew Sykes Foto Festa da Uva: Luiz Chaves Fotos: Júlio Soares, Sérgio Dal’Alba, Banco de Imagens Planet House Propaganda e Arquivos do Marketing Volare • Ilustrações: Manoel Vargas Neto • Tiragem: 11.000 exemplares • Impressão: Editora São Miguel Para falar com VolareClub, remeta sua carta para: VolareClub Cx. Postal 321 - 95086-200 Caxias do Sul - RS ou envie e-mail: [email protected] Não esqueça: VolareClub vai para onde você estiver! Informe-nos sobre alterações em seu endereço. Todas as fotos de veículos desta edição são para efeito ilustrativo, e as informações referentes podem ser alteradas sem aviso prévio. Janeiro • Fevereiro • Março 2012 Editorial 04 Inovação Volare 4x4, feito para avançar em trechos de máxima dificuldade. 10 Luis Fernando Verissimo Confira a entrevista do autor da série Comédias da Vida Privada, Aventuras da Família Brasil, das Cobras e da Velhinha de Taubaté. 14 Alerta O colunista José Carlos Secco escreve sobre a péssima e mortal combinação Direção x Drogas. 18 Uruguai Conheça atrativos de Montevidéu, Punta del Este, Piriápolis e Colonia del Sacramento. 30 Gastronomia Aprenda a preparar o Chivito, o sanduba dos uruguaios. 32 Radical Surf, Windsurf ou Katesurf? Veja três maneiras diferentes de deslizar sobre a água. 34 Dicas Conheça melhor o Proconve 7 e o sistema de pós-tratamento dos gases de escape. 42 Turismo 44 Surpresa O Festival de Turismo de Gramado reuniu cerca de 2 mil marcas de mais de 30 países, em 360 estandes. A Volare esteve lá e fez sucesso com sua Limousine. Nestes 13 anos de existência, a Volare demonstrou que as seis letras podem significar muitas possibilidades. Além de se transformar em uma nova modalidade no transporte de passageiros, através de um trabalho ético, de valorização das pessoas, oferecendo respostas rápidas aos clientes, vislumbrando oportunidades e agindo de forma estratégica, a Volare conquistou a liderança no seu segmento com humildade e muito esforço. O Volare é o resultado do trabalho de pessoas motivadas, comprometidas e principalmente capacitadas para desenvolver, produzir e colocar no mercado um produto de qualidade que procura atender as expectativas de seus clientes. O Volare simboliza o trabalho de quem teve e tem no seu DNA a capacidade de aprender, a competência e coragem para inovar, disposição para mudar, e principalmente a humildade para ouvir. A história do Volare é uma história de sucesso, que nasceu de uma ideia cristalizada em um novo produto que por sua vez, se transformou em uma nova fábrica, em um novo negócio, gerando emprego, renda, novas opções para o transporte de pessoas. Um verdadeiro Case de Inovação! Hoje, o Volare está nas ruas, estradas, nas minas, no campo e nas cidades, com toda a sua força. O nosso compromisso é de continuar escrevendo esta história, que teve como alicerce a visão de oferecer ao mercado um produto robusto, ágil e de qualidade. Para isso, contamos com você, operador de transporte, que, como nós, procura atender as necessidade de seus clientes, muitas vezes, superando suas próprias expectativas. A todos vocês, que são parte fundamental da nossa rede de sucesso, um excelente ano de 2012! Milton Susin Diretor da Volare Miniônibus da marca recebe adesivagem especial para transportar noivos em festa de casamento. 45 Top de marketing Volare conquistou o prêmio da ADVB na categoria indústria. Saiba mais em Notícias. 46 Festa da Uva 2012 Celebração revela as origens, o modo de ser e fazer das pessoas que produzem, entre outras coisas, o seu Volare. 48 Ampliando horizontes “Se funciona, está obsoleto”. Este foi o tema da palestra que reuniu gestores, colaboradores e representantes da rede Volare durante sua Convenção Anual. Participe! Se você tem alguma sugestão de pauta para a revista VolareClub, envie para [email protected] www.volare.com.br SAC 0800 7070078 50 Via Exclusiva A seção dedicada aos clientes Volare traz cases do estado de São Paulo, com a Autoviação Ourinhos Assis, do Uruguai, com a Bardesio, de Santa Catarina, com APAE Tubarão, e da Serra Gaúcha, com o Fátima Saúde, de Caxias do Sul. 03 Vencendo desafios: marca inova com Volare 4x4 Ele avança em terrenos íngremes, inclusive aqueles de solo pedregoso, atravessa lamaçais, supera trechos de baixa aderência, obstáculos e valetas. É o Volare 4x4, feito para levar estudantes à escola das regiões brasileiras de mais difícil acesso e para dar segurança àqueles que se aventuram pelos interiores ainda pouco explorados do Brasil. 04 05 Depois do Escolarbus Rural, desenvolvido para atender o governo federal no programa Caminho da Escola, em vias de difícil acesso do interior do Brasil, a Volare sai na frente de novo com um veículo 4x4, capaz de trafegar em vias normais, mas apto a vencer também aqueles trechos de máxima dificuldade, onde, muitas vezes, não há sequer uma via aberta, mas um simples traçado improvisado. O primeiro lote, de 350 unidades, saiu ainda no final de 2011, para o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Neste ano, eles serão produzidos não só para o uso escolar, como também para outras aplicações como o turismo, exploração mineral e obras civis distantes da estrutura urbana. No asfalto ou em estradas de terra em boas condições, ele pode trafegar como um veículo normal, podendo estar com o sistema de roda livre acionado, opção mais econômica e ideal para condições de tráfego amenas. Sob condições mais severas, como pistas escorregadias por excesso de chuva ou lama, entra em ação a tração 4x4. E para situações de extrema dificuldade, como atoleiros, por exemplo, o Volare 4x4 ainda oferece a opção 4x4 reduzida, a qual reduz a velocidade, porém duplica o torque e dá a força complementar para o veículo vencer as condições do trecho em que se encontra. Para alcançar tal desempenho, além da tração nas quatro rodas, o Volare 4x4 tem outras características especiais: carroceria mais alta que o Escolarbus Rural, maiores ângulos de entrada e saída, passa-balsa na traseira e para-choque de proteção basculante, em acordo com as normas do Denatran, proteção especial para radiador, cárter, motor e tanque de combustível, estepe protegido no bagageiro traseiro, com dispositivo que auxilia o manuseio do pneu, além de ganchos na dianteira e traseira, que facilitam o reboque e servem de auxílio para todo o veículo que opera em condições extremas. Primeiro lote do Volare 4x4 envolveu 350 unidades e foi produzido no final de 2011 para o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação 06 07 Porta-pacotes em aço Um dos primeiros 4x4 do mundo na categoria ônibus, o mais recente lançamento Volare tem a particularidade de ter sido especialmente projetado para ser um 4x4 destinado a transportar pessoas. “Não se trata de veículo adaptado, mas sim de um veículo que teve seu conjunto carroceria/ chassi pensado e desenhado de dentro para fora, ou seja, primeiro o layout, com vistas a atender às necessidades dos passageiros, depois a carroceria para configurar este layout e, após, a mecânica que dá suporte ao conjunto”, ressalta Roberto Poloni, gerente de Engenharia da Volare. Diferente de uma adaptação, este processo de concepção resulta em um veículo com melhor desempenho e funcionalidade para os operadores, garantia de acesso, conforto e segurança para os clientes finais. Ficou curioso? Veja o vídeo do Volare 4x4 na internet, no endereço http://www.marcopolo.com.br/website/2011/ volare/pt/multimidia/videos Dispositivo auxilia o manuseio do pneu estepe Poltronas estofadas com encosto alto e cinto de segurança de 2 pontos Veículos produzidos para o Caminho da Escola seguem padrão de acessibilidade com cadeira de rodas retrátil Design e ergonomia proporcionam conforto ao motorista Farol traseiro auxiliar de longo alcance ajuda a enxergar em pistas lamacentas Passa-balsa e para-choque traseiro escamoteável 08 Ganchos de engate para corda, cabo ou corrente, auxiliam em condições extremas Novo modelo da família Volare foi criado para atender uma demanda do governo federal no transporte escolar 09 Perfil Não é exagero imaginar que se o escritor Luis Fernando Verissimo pudesse optar por ficar invisível em determinados momentos, assim o faria. Evita entrevistas, fotografias, palestras. É um tímido assumido e avesso a badalações. Porém, seu “discurso” é limitado em aparições públicas, e não em conteúdo. Verissimo é um dos mais celebrados escritores nacionais e tornou-se mestre em ironizar o cotidiano nacional, seja retratando-o em minúcias políticas, sociais ou, principalmente, comportamentais. Em meados dos anos 90, já depois de ter consolidado sua carreira como jornalista e cronista em jornais como Zero Hora, Folha da Manhã e Jornal do Brasil, Verissimo popularizou-se de vez ao emprestar suas crônicas para o especial da Rede Globo Comédias da Vida Privada, que renderam ainda 21 programas com roteiros de Jorge Furtado e direção de Guel Arraes. Antes disso, assinou os quadrinhos do Analista de Bagé na revista Playboy e criou outros personagens que se tornaram muito populares a partir da década de 80, como As Cobras, Ed Mort e As Aventuras da Família Brasil, essa última publicada até hoje. Andrew Sykes Luis Fernando Verissimo: introvertido e divertido 10 A originalidade e o bom humor de seus textos vêm geralmente acompanhados ou de seu viés político ou de sua verve intelectual. Verissimo, um libriano nascido em Porto Alegre em 26 de setembro de 1936, é filho de Erico Verissimo (1905-1975), o autor de obras consagradas como O Tempo e o Vento e Olhai os Lírios do Campo, até hoje considerado por muitos o maior escritor gaúcho. É inegável que Verissimo herdou do pai o dom da palavra, e deu a ela uma característica bastante particular, o que lhe rendeu o reconhecimento de vários críticos literários e prêmios como o Homem de Ideias do Ano, do Jornal do Brasil, e o Juca Pato, da União Brasileira de Escritores, como Intelectual do Ano, entre outros tantos. Na sua timidez, o marido de Lúcia, pai de Fernanda, Mariana e Pedro e avô de Lucinda assinou dezenas de títulos consagrados entre crônicas, contos, novelas, romances e quadrinhos. Mas poderia assinar também, com orgulho (e a sinceridade que lhe é característica), o título de escritor mais introvertido e divertido do Brasil. Confira, a seguir, trechos da entrevista concedida à revista VolareClub, na qual o escritor fala de política, novas tecnologias e humor, é claro. 11 Volare: O senhor é uma unanimidade quando o assunto é bom humor, e muito da sua obra expõe isso. Tanto a política quanto o jeitinho brasileiro são fontes de inspiração para os seus textos no que se refere à ironia e ao bom humor? Volare: As Aventuras da Família Brasil mostram outro talento do senhor, que é o de retratar minuciosidades do cotidiano de uma família de classe média através dos quadrinhos. Atualmente, o senhor acredita que a família brasileira está mais estruturada? Luis Fernando Verissimo: O Brasil é sempre uma inspiração para o humor, mesmo quando ele (o humor) acaba sendo um pouco amargo. A política, principalmente, serve de mote tanto para o humor quanto para a amargura. Verissimo: Minha ideia, com a Família Brasil, era fazer um retrato da classe média brasileira, com suas aflições, etc. Como outras famílias, eles também se ocupam e se preocupam com a economia, a ética, etc. A crescente mistura no Brasil de direção com farra e drogas Nas festas e épocas comemorativas, como o carnaval, precisamos fazer a diferença e dar o exemplo para os demais motoristas As festas de final de ano mal acabaram e já nos preparamos para as comemorações e celebrações do carnaval. Por outro lado, a mistura de drogas e direção é, lamentavelmente, crescente em todo o Brasil. Apesar de todos os novos casos, quase diários, que tomamos conhecimento atônitos e inconformados, parece que a sociedade – e já não há quase diferença entre jovens e velhos ou homens e mulheres – prefere acreditar que isso não passa de uma grande bobagem e que esses produtos não alteram o reflexo, o raciocínio ou a capacidade de operar máquinas, como um veículo automotor. Nós que trabalhamos e vivemos o setor automotivo e, principalmente, o segmento de transporte de passageiros, precisamos ser exemplos e agentes multiplicadores de boas práticas na direção, para que o trânsito seja mais seguro, mais pacífico e com menos acidentes e mortes. Desde a simples condução, respeitando a legislação e as normas, como a faixa de pedestre e o ciclista, até não misturando ou permitindo que alguém próximo a nós misture direção com álcool ou qualquer outra droga. Entre o Natal e o Ano-Novo, presenciei uma verdadeira sucessão de atrocidades, resultado da mistura de álcool, direção e outras drogas, como a maconha. Nesta época, aproveito as “férias”, onde quer que esteja, para praticar esportes e pedalar ou correr pelas estradas, avenidas e ruas. Durante todos esses dias, sem exceção, encontrei ou fui abordado por jovens bêbados, fumando maconha e conduzindo seus veículos. Podia ser antes das 6h, ao meio-dia ou no final da tarde. A qualquer horário sempre havia mais de uma situação como essa. Em pleno dia primeiro de janeiro, às 16h, em um posto de gasolina, um motorista (homem aparentando 30 anos) desceu do seu carro, com a lata de cerveja na mão e foi acompanhar o abastecimento. Creio que ele queria abastecer a si próprio com combustível de maior teor alcoólico que os 5% da cerveja. Nada aconteceu. Nenhum controle no local, nenhum guarda próximo, nada. Ele pagou, entrou no carro, saiu e continuou a beber. Se eu, simples cidadão que circula informalmente, deparo com um número grande de casos, quer seja em São Paulo capital ou na praia, quer seja no centro de Caxias do Sul, tenho certeza que as autoridades e órgãos fiscalizadores poderiam “acompanhar” mais de perto e coibir essa prática que está se tornando cada dia mais frequente e normal. Assim, logo haverá quem ache aceitável como o absurdo da película escurecida no para-brisa (quantos não as têm em seus carros achando que é permitido porque algum vendedor disse que era). Para entender o caso, fui me informar e soube que as turmas fumam maconha com o carro em movimento para dispersar o cheiro e se livrar do produto em uma eventual blitz. Com isso, a cada dia circulam mais e mais carros “perfumados” pelas nossas cidades, e sempre com a adição do álcool ou de outras drogas. Precisamos ser rígidos, pois no Brasil todo mês existe uma festa popular ou comemoração. O Carnaval está aí e, com ele, os “motivos” para celebrar e farrear ainda mais. Nós, atuantes no setor automotivo, precisamos dar e ser exemplos de cidadania e responsabilidade ao volante. A fiscalização das autoridades deve ser cada vez mais frequente, cada vez mais rigorosa, implacável, sem atenuantes, diuturna e, acima de tudo, exemplar e educativa/corretiva. O número de infrações por conduzir embriagado aumentou em todo o Brasil nas festas de final de ano. As mortes em acidentes diminuíram, mas não existe motivo para comemoração, pois mortes decorrentes deste tipo de infração/conduta não podem ser vistas como fatalidade e sim como pré-concebidas, para não dizer premeditadas. Elas poderiam simplesmente não existir, são irreparáveis, mesmo como simples dados estatísticos. O erro é reparável, a infração é, em muitos casos, reparável, a má conduta é reparável. A morte decorrente deste comportamento permissivo é inaceitável porque poderia ter sido evitada. Somente com a certeza de que se for pego a punição será dura, rigorosa e sem escapatória, o infrator em potencial mudará de atitude. Somente sem essa permissividade que há, inclusive nas próprias famílias, é que reduziremos este tipo de infração, cada vez mais corriqueiro e banalizado. Volare: O Brasil continua sendo o país da piada pronta? Verissimo: É, mas não muito mais do que o resto do mundo. É um pouco de faceirice nossa isto de achar que ninguém é mais absurdo do que a gente... Volare: O senhor é uma pessoa que viaja muito e frequenta ambientes intelectuais fora do Brasil. No seu ponto de vista, como os estrangeiros avaliam a atual produção cultural brasileira? Volare: A economia brasileira tem resistido diante das crises econômicas europeia e norte-americana. O senhor acredita que o Brasil tenha encontrado o caminho para o desenvolvimento econômico e social? Verissimo: A música brasileira continua tendo a presença internacional que, infelizmente, o livro não tem. Nossas artes plásticas parecem ser bem consideradas, mas por um público restrito. Verissimo: Ainda resta muito a fazer, mas pelo menos se começou, lentamente, a distribuir renda e a tirar gente da miséria absoluta. O caminho é esse. Volare: Na internet, tornou-se uma praga textos assinados por autores como o senhor, mas que na verdade nunca escreveram aquilo. Como o senhor lida com isso? Verissimo: Não há muito o que fazer contra essa praga, a não ser resignar-se. E alguns dos textos atribuídos a mim não são ruins. Já ouvi muitos elogios imerecidos. Só espero que um desses falsos Verissimos não acabe difamando alguém com o meu nome. Volare: Como o senhor avalia o primeiro ano do governo Dilma? Verissimo: Acho que vai melhorar quando ela puder escolher um ministério só dela, melhorzinho do que esse. Volare: Se a Velhinha de Taubaté (um dos personagens mais famosos do autor, que ele mesmo se encarregou de “matar” em 2005) estivesse viva, qual o conselho que ela daria para a presidente? Volare: O senhor já admitiu que preferiria ser músico profissional do que ser escritor (Verissimo toca sax alto no grupo Jazz 6). Quais os seus projetos futuros tanto na música quanto na escrita? Verissimo: A Velhinha de Taubaté era um fenômeno porque acreditava em tudo o que o governo dizia. Acho que seu conselho seria: “continue acertando, Dilminha”. Verissimo: O meu futuro na música depende do fôlego, que está começando a faltar. Vou ter que me contentar com a escrita. Mas não tenho nada planejado, no momento. Volare: Qual a sua relação com e-books, tablets e redes sociais? O senhor se sente na “obrigação” de acompanhar a tecnologia? Por Fabiano Finco Verissimo: Uso o computador como máquina de escrever, recorro muito ao “google” e não saberia mais viver sem o e-mail. Mas meu envolvimento com a nova tecnologia termina aí. “Mas eu desconfio que a única pessoa livre, realmente livre, é a que não tem medo do ridículo.” Volare: O senhor costuma visitar escolas pelo país? Como o senhor avalia a educação do brasileiro? Verissimo: Geralmente aceito convites de escolas, apesar do meu pânico de falar em público. Acho que em matéria de motivar a garotada a ler e a criar o interesse pelo livro, a coisa está melhorando bastante, graças ao trabalho criativo das professoras. “A verdade é que a gente não faz filhos. Só faz o layout. Eles mesmos fazem a arte-final.” Volare: Como o senhor vê essa nova geração de estudantes e de leitores? Verissimo: Está-se lendo, não importa se livros ou tablets ou o que seja. O importante é que estão lendo. Luis Fernando Verissimo 12 Andrew Sykes José Carlos Secco Assessor de imprensa da Volare e Marcopolo 13 14 W Fly Limousine Design, inovação, tecnologia, sofisticação. Ele tem tudo isso e muito mais. O top de linha da família Volare tem detalhes de acabamentos e soluções exclusivas, que aliam a beleza ao desempenho e à funcionalidade. Os vidros laterais colados e curvos conferem maior elegância ao veículo, além de proporcionar maior conforto térmico e acústico. As lanternas traseiras com iluminação Full Led iluminam melhor, com mais segurança e durabilidade. O sistema de saia modular torna a manutenção mais fácil e rápida. Os espelhos retrovisores foram projetados para dar mais visibilidade. Por dentro, o W Fly Limousine continua dando show, tanto para os motoristas como para os passageiros. Ambos ganham conforto e privacidade com a parede de separação com porta deslizante. Quem conduz um W Fly Limousine, tem também mais espaço e recursos para dirigir com tranquilidade: o painel é ergonômico e a direção tem regulagem de posição. Ergonomia, aliás, é a tônica deste veículo que oferece poltronas revestidas com visco elástico. E tudo isso é apenas o básico, pois para os passageiros mais exigentes, a personalização com itens opcionais e a customização com detalhes exclusivos não tem limites. Um luxo feito para clientes especiais, como você. 16 17 Paquito Masia Turismo Uruguai: o pequeno notável Com 3,3 milhões de habitantes e uma extensão de pouco mais de 176 mil Km², menor que o estado brasileiro do Paraná, o Uruguai tem em belezas naturais e atrativos turísticos o que lhe falta em tamanho. O segundo menor país da América do Sul é também o país das estâncias e dos pampas, das reservas ecológicas, das vinícolas, dos cassinos e da parrilada, das ruelas e praças arborizadas, dos cafés cheios de charme e das praias, que somam mais de mil quilômetros de orla, entre águas doces, dos rios Uruguai e da Prata, e salgadas, do Oceano Atlântico. E o melhor de tudo é que para explorar toda essa riqueza natural e cultural não é preciso percorrer grandes distâncias. Se você ainda tem férias para tirar neste verão, aproveite para conhecer este pequeno e notável país. Nossa sugestão inclui a capital Montevidéu (Montevideo, em castelhano), Punta del Este, a praia dos chiques e famosos, Piriápolis, para quem prefere ambientes mais relaxados, e Colonia del Sacramento, a cidade mais antiga do Uruguai, que é Patrimônio da Humanidade! 18 Palácio Legislativo, onde se concentra a câmara de deputados e senadores 19 Paquito Masia Paquito Masia Montevidéu concentra mais da metade da população do Uruguai e, como quase toda capital, também a movimentação do comércio e dos serviços, das artes e da cultura. A cidade, principal rota de exportação de cargas e sede administrativa do Mercosul, oferece paisagens únicas. De um lado está o centro histórico e a Cidade Velha, bairro vizinho ao porto, onde estão as principais atrações culturais e artísticas da cidade. De outro, a cidade moderna, dos shoppings, dos edifícios arrojados e das “ramblas”, avenidas largas que costeiam a orla, onde os uruguaios caminham, correm, pedalam e apreciam o pôr-do-sol, enquanto tomam seu mate. O centro histórico é sempre um bom começo para uma visita. A Sarandí é a principal rua do centro, só para pedestres. Por ali, você vai encontrar muitas livrarias, cafés, bares, restaurantes e casas noturnas. Da Plaza Independencia, você avista o majestoso Palácio Salvo, que já foi sede do governo, de um lado, e a Puerta della Ciudadela, que dava acesso à cidade na época colonial, quando Montevidéu era cercada por uma muralha, do outro. Paquito Masia A capital, Montevidéu Contraste entre o velho e o novo: Palácio Salvo, antigo Palácio do Governo, e atual sede da Presidência da República. Plaza Independencia, tendo ao fundo o mais famoso prédio de Montevidéu, o Palácio Salvo, construído em 1928 e, por décadas, o ponto mais alto da América do Sul. À frente, o monumento ao herói nacional general José Gervasio Artigas. Prédio da Antel, companhia telefônica uruguaia situada na zona do porto, junto a teatro, praça, museu, mirante panorâmico e outros espaços culturais. 20 21 22 Fernando Ponzio Fraschini 1 2 3 4 Fernando Ponzio Fraschini Paquito Masia 1: Teatro Solis, inaugurado em 1856, colocou Montevidéu no circuito das óperas 2: Volare contracena com o monumento La Carreta, no Parque Battle, em Montevidéu 3: A fronteira Brasil e Uruguai ao sul do estado do Rio Grande do Sul se estende por 985 km 4: A orla de Montevidéu tem mais de 30 Km, com pequenas praias e uma larga avenida, conhecida como La Rambla Paquito Masia Do outro lado da Puerta, fica a Cidade Velha, que ocupa uma área de aproximadamente 1 Km² e pode ser facilmente percorrida a pé. Aos sábados, o bairro é palco de uma feira de antiguidades na Plaza Constitución, uma das principais praças da cidade. Depois de curtir a feira, onde também é possível encontrar malhas de lã e artesanato regional, apreciar apresentações livres de música e dança, aproveite para conhecer a Igreja Matriz, construída em 1799, e outros atrativos da Cidade Velha. O bairro abriga vários museus, que, além de guardar documentos, fotos e obras históricas, são eles mesmos parte importante do patrimônio nacional. Entre estes estão o Museu Histórico Nacional, um conjunto de cinco casas seculares, o Cabildo, uma construção colonial onde aconteciam reuniões políticas decisivas e que hoje é sede do Museu e Arquivo Histórico Municipal. Merece destaque ainda o Teatro Solis, inaugurado em 1856, com seu café e suas exposições de arte no subsolo, e o Mercado Del Puerto, construído em 1868. Neste antigo mercado, hoje, convivem lojas, restaurantes, ambulantes, artistas, artesões e um público bastante eclético, que vai ali para fazer compras, passear, encontrar amigos e, principalmente, comer. O local é famoso pela oferta de comida típica, e ali se encontra desde uma autêntica empanada até a tradicional parrilada, o churrasco da região do Prata, feito de carnes nobres e víceras do boi, na grelha e bem perto do fogo, via de regra, servido com chimichurre, um molho feito com ervas, pimenta e azeite. Para acompanhar, nada melhor do que cervejas e vinhos uruguaios, que são excelentes e muito apreciados também no Brasil. 23 Paquito Masia Estas e outras delícias da gastronomia uruguaia também podem ser apreciadas nas praias, que se estendem por 30 km de orla, da praia Ramirez, vizinha à área central, a Carrasco, no extremo leste. Carrasco é um dos bairros residenciais mais belos de Montevidéu, com grande oferta gastronômica e importante vida noturna. Entre elas, está Pocitos, a praia preferida dos jovens, tanto para o dia, pelos seus campeonatos de futebol, voleibol e esportes náuticos, como para a noite, pois Pocitos, como Carrasco, oferece ótimos cafés e restaurantes. Pocitos, uma das praias mais procuradas de Montevidéu. Além da praia, o bairro, que está a 15 minutos do centro, concentra cafés e restaurantes da moda. 24 25 Fernando Ponzio Fraschini Paquito Masia Punta del Este está entre os balneários preferidos dos ricos e famosos Piriápolis Punta del Este Distante cerca de 200 Km da fronteira com o Brasil e a 130 Km de Montevidéu, está Punta del Este, o balneário mais famoso do Uruguai, conhecido internacionalmente como uma praia de gente bonita, que gosta de agito e badalação. A península tem várias praias, de rio e de mar, sendo que os veranistas costumam frequentá-las seguindo a posição do sol, ou seja, as de mar pela manhã e as de rio à tarde. Entre as primeiras, de águas 26 Volare é protagonista nos roteiros de Punta del Leste mais profundas e agitadas tão ao agrado dos surfistas, se destacam O Emir, Ingleses e a Brava, famosa pelo monumento La Mano, do chileno Mario Irarrazabald. É a mais lotada delas, sendo muito frequentada por brasileiros. Já, as praias de água doce, como a Praia Mansa e La Pastora, são mais calmas e propícias ao banho. Em Imarangatu, na Mansa, jet-ski, snorkeling, iatismo e pescaria em família são práticas comuns. Ainda na costa da Mansa, em Punta Ballenas, fica Solanas, outra preferida dos brasileiros. Mas as praias não são a única atração de Punta. O balneário é mais conhecido pelas suas casas luxuosas, a intensidade da sua vida noturna, a badalação nos cassinos, no comércio, nas largas avenidas. Um dos pontos mais movimentados da cidade é a avenida “Gorlero”, repleta de lojas chiques e caras, restaurantes, cinemas e inúmeras opções de entretenimento. A Rambla Artigas, avenida com calçadão que circunda toda península, também reúne bares e restaurantes de luxo, em especial, na região do porto, e uma feira de artesanato, na praça de mesmo nome, que também é bastante frequentada. Adiante 30 km de Punta del Este, está Piriápolis, tão bela quanto, mas bem mais descontraída e tranquila. Suas praias marítimas se estendem por 25 Km. São de águas calmas e transparentes, de areias brancas e resguardadas dos ventos oceânicos pelos morros que as cercam. A mais frequentada é a Beira-Mar, na área central, mas vale visitar também San Francisco, Praia Hermosa, porto natural para os barcos de pesca artesanal, e Praia Grande, de águas um pouco mais agitadas. 27 Paquito Masia Colonia del Sacramento Paquito Masia Ruas estreitas de pedra iluminadas por antigos lampiões, casas de pedra cobertas com telhas de barro e decoradas com azulejos portugueses, casas de tijolos mais ao estilo espanhol, ruínas e antigos prédios públicos atualmente transformados em museus e cafés. Esse é o ambiente que você vai encontrar em Colonia del Sacramento, a cidade uruguaia que é mais antiga que o próprio país, tem pouco mais de 20 mil habitantes e, desde 1995, é tombada pela Unesco como patrimônio histórico da humanidade. A cidade foi fundada em 1680, por portugueses. Área estratégica para a expansão dos negócios da região do Rio da Prata, foi alvo de disputas entre Espanha e Portugal por mais de um século, fato que influenciou sua arquitetura, hábitos, costumes e tradições. Após muitas indas e vindas, Colonia del Sacramento voltou à posse de Portugal em 1817, quando D. João VI incorporou toda a região do atual Uruguai aos domínios de Portugal, que já controlava a área que hoje se constitui no território brasileiro. Com a independência do Brasil, em 1822, Colonia del Sacramento e toda a “Província Cisplatina”, como ficou conhecida a região quando anexada ao Brasil, passou a lutar por sua independência, conquistada, finalmente, em 1828, com a constituição da República Oriental do Uruguai. Na Calle de los Suspiros estão as casas mais antigas da cidade. Na Plaza Mayor, a poucas quadras, o Farol de Colonia, as ruínas de San Francisco, a Iglesia Matriz, que começou a ser erguida em 1680, e os principais museus locais. Ao longo das margens do rio, há mais referências sobre o período colonial: antigas fortificações que fizeram parte da muralha defensiva da cidade. Já, o Puerto de Yates, na margem oposta ao bairro histórico, é uma construção atual, que também merece uma visita, pois oferece uma excelente vista do rio e dos barcos que ali atracam. Colonia del Sacramento fica a 177 km de Montevidéu. Colonia del Sacramento: o visual e o clima das ruas centrais ainda guardam muito do século XVIII 28 29 Gastronomia Chivito: experimente o sanduba mais popular do Uruguai Modo de fazer • Tempere as fatias de carne com sal e cozinhe-as em uma grelha bem quente, previamente untada com azeite de oliva. No país da parrilada e do churrasco, o fast food ganha o toque particular de fatias de carne grelhada. • Na mesma grelha, frite o bacon e as lascas de presunto. Ele lembra o velho, bom e reforçado X-tudo: leva carne, ovos, presunto, bacon, queijo, alface, tomate, maionese, além de alguns outros ingredientes opcionais, tudo acomodado em um pão cortado ao meio. O detalhe, que faz toda a diferença e confere ao chivito o status de uma especialidade da gastronomia uruguaia, é que, no lugar do bife de carne moída, ele leva fatias de carne grelhada e, nas versões mais sofisticadas, o presunto cozido é substituído pelo famoso Jamón, presunto cru espanhol obtido a partir das patas traseiras do porco, muito apreciado na alta gastronomia. No Uruguai, o chivito está em todas as esquinas, do buteco mais simples às casas mais sofisticadas, na versão mais básica ou com variações, servido como lanche ou no prato, sozinho ou acompanhado por salada mista, salada russa ou batatas fritas. Mas, se você está longe dos pampas uruguaios e quiser experimentar este sanduíche típico, pode prepará-lo em casa, seguindo a receita abaixo. Na hora de saboreá-lo, abra uma boa cerveja uruguaia, bem gelada, e sinta-se como se estivesse lá! • Quando a carne estiver cozida, empilhe os recheios. Com o auxílio de uma espátula, monte a base com as lâminas de carne. Sobre esta base, acrescente fatias do ovo cozido, do bacon e do presunto fritos, e, por último, as fatias de queijo mussarela. Se você usar ingredientes adicionais, acrescente-os ao recheio antes do queijo mussarela. • À parte, corte o pão de hambúrguer ao meio, e unte as metades com maionese. Cubra uma delas com folhas de alface e rodelas de tomate. • Com o auxilio da espátula, transfira o recheio empilhado na grelha para o pão que já recebeu a alface e o tomate, e feche o sanduíche com a outra metade do pão. Ingredientes • 2 bifes de filé mignon cortados em lâminas bem fininhas • 2 pães de hambúrguer • Folhas de alface • Rodelas de tomate • Fatias de presunto cru ou cozido • Fatias de queijo mussarela • 8 fatias de bacon • 2 ovos cozidos • Maionese • Sal • Azeite de oliva Ingredientes opcionais Se você quiser, pode personalizar o seu chivito, acrescentando ao recheio: azeitonas verdes, champignons, milho, ervilha, rodelas de cebola frita ou pimentões assados. Custo da Receita Valor: R$ 19,00 Rendimento: 2 porções 30 31 Esporte Surf, Windsurf e Kitesurf: voando nas águas Acompanhar o movimento da onda, dar piruetas no ar ou simplesmente deslizar sobre a água: seja qual for a modalidade, a motivação dos praticantes do surf e suas variantes é a mesma: emoção e liberdade. Há quem diga que o surf começou a ser praticado há mais de 450 anos, por pescadores peruanos da ilha de Uros, que deslizavam sobre as ondas em uma espécie de canoa de junco. Outros atribuem sua origem aos povos polinésios. Polêmicas à parte, o fato é que a popularização do surf se deu a partir do atleta havaiano Duke Paoa Kahanamoku, considerado o pai do surf moderno. Ele conquistou uma medalha de ouro na prova de natação das Olimpíadas de 1912, realizadas em Estocolmo, e aproveitou este momento de glória para divulgar o surf, esporte que aprendera em sua terra Natal, onde várias gerações de seus antepassados já o praticavam. Na década de 50, o esporte difundiu-se também na costa oeste dos Estados Unidos e, durante os anos 70 e 80, espalhou-se pelo resto do mundo, enquadrando-se na categoria dos esportes profissionais. No Brasil, os primeiros registros são da década de 30, quando os paulistas da praia de Santos Osmar Gonçalves, João Roberto e Júlio Putz confeccionaram uma prancha, seguindo instruções de uma revista americana. Os primeiros campeonatos oficiais aconteceram na década de 60, no Rio de Janeiro, e, em 1988, o esporte foi reconhecido pelo Conselho Nacional de Desportos. Atualmente, os maiores surfistas do Brasil e do mundo disputam, anualmente, o Circuito Mundial de Surf, organizado pela Associação dos Surfistas Profissionais, que regulamenta e traça as diretrizes do esporte. Amantes do surf, profissionais e amadores estão por toda a parte, onde houver mar e os ventos forem favoráveis. O esporte se tornou tão popular que, associado a outros, inspirou novas modalidades, como o Windsurf e o Kitesurf, uma mistura de surf com vela e voo livre, praticados com a força do vento em águas onde onda não é fundamental. 32 Windsurf O windsurf combina surf e vela, e pode ser praticado até mesmo em lagoas, e com pouco vento. O grande desafio do esporte é conciliar o movimento da vela, que é impulsionada pelo vento, com a direção da prancha, dada pela movimentação do corpo. O esporte se subdivide em diversas categorias, que incluem velejo com e sem ondas, com obstáculos, com manobras, entre outras. Na Freestyle, a categoria das manobras ousadas, o movimento mais arriscado é o looping, onde o praticante usa as ondas como trampolim para se lançar, junto com a vela e a prancha, dar uma cambalhota de 360 graus sobre si mesmo, e voltar à água na mesma posição da qual partiu. Kitesurf Se o Windsurf combina surf e vela, o Kitesurf tem uma pitada de surf e outra de voo livre. O atleta desliza sobre a água em uma prancha, puxado pelo kite, que, bem controlado, impulsiona o atleta sobre a água como se fosse um motor. A prancha pode ser a de surf ou a de wakeboard, pouco menor, mas com alças que a prendem nos pés do praticante. O kite, também chamado de pipa ou parapente, tem um formato de asa em arco, é feito com o mesmo tecido usado em paraquedas, e tem uma estrutura inflável, que lhe dá rigidez e permite que flutue. Praticantes mais experientes, além de velejar planando sobre a água, dão saltos no ar, sem precisar de ondas ou lancha, como se tivessem um motor que torna tudo mais radical. Mas tentar essas manobras sem a orientação de um instrutor experiente, pode ser arriscado, dada a potência da pipa. Trata-se de um esporte novíssimo, que pode ser praticado em lagos, represas e no mar, com ventos fracos e fortes, e que vem ganhando terreno no Brasil e no mundo. 33 Dicas Proconve 7: Volare 2012 incorpora sistema para pós-tratamento dos gases de escape O SCR (Seletive Catalitic Reduction), ou Redução Catalítica Seletiva, neutraliza gases provenientes da queima do diesel antes que estes sejam lançados à atmosfera, atendendo, dessa forma, aos novos limites impostos pelo Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores, o Proconve 7, para os veículos a diesel fabricados a partir do dia 1 de janeiro. O novo sistema funciona em conjunto com uma nova motorização (veja ilustração ao lado), que dispõe de maior potência e torque, o qual, por sua vez, necessita de um novo diesel, com menor teor de enxofre, além do Arla 32, um reagente a base de ureia, para alimentar o SCR na conversão dos gases de escapamento. O SCR está instalado embaixo do chassi, e consiste em um sistema onde atuam vários componentes. A neutralização e a reciclagem de emissão de partículas dos gases poluentes do escape ocorre no conversor catalítico/filtro de partículas (Unidade Combinada), a parte do sistema que recebe o Arla 32, convertendo o Óxido de Nitrogênio em vapor d’água e nitrogênio. O Arla 32, por sua vez, chega ao conversor por meio do controlador de fluido de escape, que aspira o fluido disponível em reservatório próprio, situado ao lado do tanque de combustível, conduzindo-o à unidade dosadora e, dali, em porção adequada ao teor dos gases, ao conversor. Já, o controlador de fluido de escape é um módulo inteligente, que comanda a unidade dosadora de fluido e monitora as condições ambientes, a partir de informações recebidas por sensores. Este módulo tem uma função no SCR semelhante àquela do módulo do motor, comunicando-se com este em caso de eventuais falhas no sistema. Além do sensor de Óxido de Nitrogênio, o SCR também tem sensores que detectam a temperatura das emissões na entrada e na saída do catalisador. 34 Sistema para neutralização e reciclagem de emissão de partículas dos gases poluentes do escape está instalado junto ao chassi. Volare 2012: motor e painel também mudam com Proconve 7 A incorporação de um sistema para tratar as emissões lançadas à atmosfera veio junto com novos motores e mudanças significativas no painel, que, agora, conta com indicadores do SCR (Sistema de Redução Catalítica Seletiva). Confira! Novos motores Modelo Motor até 2011 – Euro 3 Motor a partir de 2012 – Euro 5 V5 MWM Sprint 4.08 Cummins ISF 3-8 V6 MWM Sprint 4.08 Cummins ISF 3-8 V8 MWM 4.10 Cummins ISF 3-8 W8 MWM 4.12 TCE MWM MaxxForce 4.8 W9 MWM 4.12 TCE MWM MaxxForce 4.8 DW9 OM 904 LA MBB BlueTec 35 Entenda melhor o Proconve e as razões do SCR O Proconve - Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores, que acaba de entrar na fase 7, foi criado em 1986, pela resolução nº 18 do Conselho Nacional do Meio Ambiente, Conama, a fim de conter a contaminação do ar atmosférico. As emissões veiculares contêm substâncias nocivas que, lançadas à atmosfera sem qualquer controle, podem causar sérios danos à saúde humana. O programa, criado com base na experiência de países europeus, estabeleceu um cronograma de redução gradual da emissão dessas substâncias poluentes, para veículos leves e pesados. Foram definidos limites e prazos, para que a indústria pudesse desenvolver veículos com tecnologias e sistemas que otimizassem o funcionamento dos motores, aperfeiçoando a queima do combustível, bem como combustíveis mais limpos. No quadro a seguir, você confere os marcos da evolução do Proconve referentes aos veículos a diesel, sua equivalência com as fases do programa europeu, bem como os limites que cada fase impôs à emissão das substâncias poluentes mais significativas. LIMITES DO PROCONVE PARA VEÍCULOS DIESEL (g/kW.h) O OBDII, do inglês On-Board Diagnostic, ou computador de bordo, como também é conhecido, tem diversas telas com diferentes indicadores, e monitora mais de 200 possibilidades de falhas Painel Volare 2012 O painel dos veículos Volare 2012 ganharam um novo cluster, onde indicadores tradicionais, como o relógio de velocidade e outros, ganharam a companhia de novos indicadores, referentes ao sistema de pós-tratamento do gás de escapamento. Estes indicadores refletem a realidade monitorada pelo computador de bordo, uma novidade dos veículos P7, que registra e acompanha permanentemente mais de 200 possibilidades de falhas. O computador de bordo atua quando algo está errado, alertando o motorista por meio de luzes indicadoras no painel. Ocorrendo uma falha grave, devido ao uso de um produto inadequado no tanque do ARLA 32 ou da contaminação pelo uso de diesel diferente do S50, o computador de bordo pode cortar o torque do motor. Quando a chave de partida é ligada na posição ‘’1’’, a lâmpada permanece acesa aproximadamente 03 segundos, devendo apagar-se logo em seguida. Quando aparecer acesa fora destes segundos iniciais, esta luz indica a existência de falhas no veículo; mostra que está elevando o índice de poluentes emitidos pelo motor. Nox 36 TECNOLOGIA CO HC NOx MP P-1 - 1989 - 14,00* 3,50* 18,00* -* P-2 - 1993 Combustão 11,20 2,45 14,40 0,60* P-3 I 1994 Turbo 4,90 1,23 9,00 0,40 P-4 II 2000 Intercooler 4,00 1,10 7,00 0,15 P-5 III 2005 Injeção Eletrônica 2,1 0,66 5,00 0,10 P-6** IV 2009 - 1,5 0,46 3,5 0,02 P-7 V 2012 Pós-tratamento 1,5 0,46 2,0 0,02 * Emissão Gasosa (fase I) e MP (fase II) não foram exigidos legalmente. ** Adiado conforme acordo judicial. Tecnologia dos Motores Diesel Falha Sistema de Emissões e Reserva de Ureia tem indicadores exclusivos, que aparecem respectativamente no lado esquerdo e direito do painel PROCONVE P2 (EURO 0) 100 PROCONVE P5 (EURO 1) PROCONVE P3 (EURO 2) 75 Emissões (%) Ganhos em emissões com o Proconve P7 Reserva de Ureia: Quando a chave de partida é ligada na posição ‘’1’’, a lâmpada permanece acesa aproximadamente 03 segundos, devendo apagar-se logo em seguida. Quando aparecer acesa fora destes segundos iniciais, esta luz indica que o nível de ureia no reservatório está abaixo de 12% do volume total. ANO CO – Monóxido de carbono (resultante da queima parcial do combustível) HC – Hidrocarbonetos (resultante de combustível não queimado ou inadequado) NOx – Óxidos de nitrogênio (resultante da temperatura elevada de combustão) MP – Material particulado (resultante do teor de enxofre, outras características do combustível e processo de combustão) Falha Sistema Emissões: Nox EURO PROCONVE P5 (EURO 3) PROCONVE P7 (EURO 5) 50 25 0 NOx MP 37 A evolução dos motores: do Proconve 1 ao Proconve 7 A tecnologia aplicada aos veículos e combustíveis evoluiu bastante do início do Proconve aos dias de hoje. O primeiro passo para a redução do lançamento de gases poluentes à atmosfera foi a introdução de um sistema de injeção direta do diesel na câmara de combustão. Posteriormente, foi a vez do sistema de turboalimentação, ou turbo como é conhecido, que trouxe consigo uma substancial melhoria no rendimento do motor, com elevação da potência e, principalmente, do torque, e menor consumo de combustível. Por volta do ano 2000, quase simultaneamente ao turbo, chegaram os motores equipados com intercooler, melhorando ainda mais a performance do motor, mediante o resfriamento do ar de admissão, que proporcionou uma mistura mais rica em oxigênio e, por consequência, uma queima mais completa do diesel. Em 2005, os motores passaram a ser gerenciados eletronicamente, tecnologia que cortou as emissões, praticamente, pela metade, exigindo, em contrapartida, uma limitação no torque e potência final do motor. O Proconve 7 e a tecnologia de pós-tratamento SCR sinalizam um novo salto na qualidade do ar. Para se ter uma ideia, um veículo com Euro 5 emite 1,8 a 3% dos poluentes comparado com outros veículos produzidos antes de 1990. Equivalência de Emissões ATÉ 1993 1994-1999 1998-2005 2004-2008 1 VEÍCULO 2,1 VEÍCULOS 5,5 VEÍCULOS 8,3 VEÍCULOS PROCONVE 2 PROCONVE 3 PROCONVE 4 PROCONVE 5 EURO 0 EURO 1 EURO 2 EURO 3 55 VEÍCULOS - EURO 5 De 1989 a 1994: Proconve 1, Proconve 2 e Proconve 3 Em 2000: Proconve 4 Em 2005: Proconve 5 Em 2009: Proconve 6 Em 2012: Proconve 7 38 39 O que você precisa saber sobre a nova tecnologia • O sistema SCR só funciona em conjunto, ou seja, com o fluido a base de ureia, também conhecido como Arla 32, mas que também pode ganhar outros nomes no mercado, e o diesel S50, de baixo teor de enxofre, ambos disponíveis nos principais postos de combustíveis. O uso de diesel com alto teor de enxofre o S500 ou o 1800, que ainda estão disponíveis no mercado, danifica tanto o catalisador quanto o sistema de injeção eletrônica do veículo, com risco de total comprometimento dos mesmos. • Além do diesel S-50, a Petrobras se comprometeu a garantir a oferta do Arla 32 em todos os seus postos. Use somente diesel e solução de ureia homologados. • Passada a fase do S-50, a Petrobras se dedicará ao diesel S-10, que terá de ser oferecido a partir de 2013. Já o S-1800 deixará de ser vendido a partir de 2014. Restarão o S-500, o S-50 e o S-10. • O consumo de Arla 32 varia conforme o teor de enxofre do diesel utilizado e a tecnologia da motorização do veículo. Na média, a proporção de consumo do Arla fica entre 4 e 8% da quantidade do diesel. • Mais potentes e com maior torque, os novos motores Volare consomem menos combustível considerando o consumo específico, ou seja a quantidade em diesel por cada cavalo de força a cada hora de funcionamento do motor. • O diesel S-50 também pode ser usado por veículos com tecnologias mais antigas, pois testes realizados no transporte urbano mostraram que não há qualquer problema técnico. Ao contrário: comprovou-se redução média de 11% nas emissões de particulados. 40 • O ARLA 32 é o nome comercial mais difundido da solução a 32,5% de água e ureia. É uma solução incolor, não tóxica, inflamável e corrosiva, portanto deve-se tomar cuidado durante o manuseio. A solução de ureia também pode ter outros nomes comerciais como por exemplo, AdBlue e AUS 32. • Para viagens mais longas, em rodovias desconhecidas, é recomendado levar ARLA 32 em recipiente adequado como reserva. • A validade do fluido varia em função da temperatura de armazenamento. Exposições prolongadas a temperaturas acima de 55°C prejudicarão a solução de ARLA 32 e provocarão sua evaporação, de modo que é recomendável evitar sua exposição direta ao sol. A 35°C, o fluido tem uma vida média de 12 meses. Sob temperaturas negativas, mas especificamente a partir de -11°C, começa a congelar. Se tiver de armazená-lo, portanto, faça-o a temperatura inferior aos 30ºC, mas nunca abaixo dos 11ºC negativos. • Atente para não encher demasiadamente o tanque de ARLA 32. Respeite a marca indicativa ou encha somente até o gargalo. • O ARLA 32 só é injetado quando a temperatura no escape atingir os 200ºC. • O enxofre do combustível é oxidado durante a combustão, produzindo dióxido de enxofre e trióxido de enxofre, os quais, na presença de água, se convertem em ácido sulfúrico, um dos processos químicos que resultam em chuva ácida. O desenvolvimento de combustíveis com baixo teor de enxofre facilita o controle das emissões poluentes, mas estes combustíveis também reduzem a lubrificação do combustível, o que implica na adição de aditivos no combustível, para ajudar na lubrificação dos motores. • Todo o sistema de escapamento dos veículos Volare 2012 são feitos em aço inox, para evitar a corrosão pela passagem da ureia. • O SCR tem componentes inteligentes de autodiagnóstico - sensores e módulo da bomba, que não são reprogramáveis e não têm reparo. Tenha cuidado com sua manutenção, e nunca use água sob pressão para lavá-lo. • Não remova a unidade sensora do tanque. 41 Notícias Volare Limousine se destaca no Festival de Turismo de Gramado Com a aproximação da Copa de 2014, o modelo top da família Volare foi alvo de muitas atenções, sobretudo das agências do turismo receptivo. O interesse pelo Volare Limousine partiu tanto do público visitante como dos expositores do Festival de Turismo de Gramado, o Festuris, que reuniu cerca de 2 mil marcas de mais de 30 países, 360 estandes e 13 mil visitantes, a grande maioria composta por profissionais do setor turístico. Além de expor o Volare Limousine, a marca se fez presente no evento com material de divulgação e adesivos da campanha “Ande mais de Volare”. E saiu do mesmo com vendas finalizadas e vários clientes em potencial. O evento, realizado de 19 a 20 de novembro de 2011, no Serra Park, em Gramado, RS, é uma das mais importantes feiras de negócios do setor. Os expositores, este ano, foram distribuídos em diversas áreas e salões temáticos: ecoturismo e turismo de aventura, turismo e saúde, turismo rural, místico, religioso e esotérico, cultural, GLS, internacional e institucional. Paralelamente à feira, palestrantes de renome abordaram temas de interesse do segmento. A secretária nacional de políticas para o turismo, Ana Isabel Mesquita de Oliveira, abriu a série, mostrando números da economia do turismo. Segundo ela, a expansão do mercado corporativo e da classe C brasileira, nos últimos anos, provocou um crescimento de 18,67% no turismo doméstico. “Existem 205 milhões de brasileiros que não viajam e precisam ser captados, pois o País está trabalhando para lhes dar condições de lazer, e viajar está em primeiro plano”. 42 Flagrante no estande Volare: Horácio Mendes, gerente comercial da Webbusiness, Salomão Bursztejn e João Medeiros, representantes da Veigra, e Moris Litvak, diretor da Webbusiness 43 Notícias Volare é Top Volare, em versão romântica Que a família de veículos Volare inclui uma grande variedade de modelos e configurações, servindo aos mais variados usos, já é fato conhecido de todos. Mas ter um Volare como carro de noivos era algo inimaginável, até o dia 17 de setembro do ano passado, quando aconteceu o casamento de Angela e Fernando Vieira, em Venâncio Aires, RS. O Volare da empresa Vieira Tur, da família de Fernando, aguardou os noivos em frente à Igreja Católica, “vestido” a rigor, com imagens gigantes do casal estampadas na carroceria, para levá-los até o local da festa. A ideia partiu da noiva, que quis fazer uma surpresa para o futuro marido, grande apreciador dos miniônibus Volare. A marca agradece a homenagem indireta, com os votos de muito sucesso na vida matrimonial e o compromisso de continuar honrando o apreço da família Vieira. de Marketing da ADVB A marca conquistou o prêmio da Associação dos Dirigentes de Marketing e Vendas do Brasil de 2011, na categoria indústria, com o case VOLARE - Consolidando a liderança em miniônibus com um modelo de negócio único nas Américas. O case destaca o sucesso alcançado pela marca com a implantação de sua Rede Exclusiva de concessionárias, que possibilitou crescimento ainda maior das vendas em todo o País. Apenas nos 10 primeiros meses de 2011, a fabricante ampliou os seus negócios em cerca de 24%, tendo fechado o ano com mais de 5.000 miniônibus produzidos. Hoje, a Volare já possui 81 concessionárias operando no modelo Rede Exclusiva, com lojas na Argentina, e para 2012 projeta atingir 110 lojas, tanto no Brasil quanto em outros países, como Uruguai, Chile, Equador, Colômbia, Venezuela, Peru, México, Panamá, Nicarágua, República Dominicana e Bahamas. Recentemente, superou os 40.000 veículos comercializados, e a participação da marca no mercado brasileiro fechou o ano de 2011 em torno de 58%. A marca é líder isolada em sua área de atuação. “Para continuar a crescer e atingir objetivos ambiciosos de mercado, a Volare precisa ser cada vez mais orientada para o mercado. Isso significa detectar as oportunidades para atuar em novos segmentos, reorganizar os nichos prioritários, treinar a força de vendas intensamente, e desenvolver produtos adequados às necessidades específicas de cada nicho”, explica Milton Susin, diretor-geral da Volare. “A Volare é vista no mercado como uma fabricante inovadora. Buscamos sempre incorporar novas tecnologias e processos aos nossos produtos. Fomos os primeiros a produzir um veículo específico para o transporte escolar, o Escolarbus, miniônibus com acesso sem fio à internet e até veículo blindado. Agora, acabamos de desenvolver o primeiro miniônibus com tração 4x4 do Brasil para atendimento ao Programa Caminho da Escola, da FNDE e do Governo Federal”, salienta. Milton Susin recebe troféu das mãos de Vera Spolidoro Sobre a premiação O top de marketing da ADVB/RS é a maior e mais significativa premiação do marketing da região Sul. O prêmio consagra as empresas que se destacaram em seus segmentos, através da utilização de estratégias e ferramentas de marketing para a divulgação de seus produtos e serviços. Instituído no ano 1982, é o selo de qualidade do marketing empresarial gaúcho, conferindo diferencial competitivo de mercado aos vencedores. No evento, também é entregue o troféu Personalidade de Marketing e Vendas. O título, instituído pela ADVB em 1970, reconhece o trabalho de personalidades que se destacaram junto à comunidade empresarial e em especial à sociedade gaúcha. A premiação das empresas agraciadas aconteceu no dia 24 de novembro, no Teatro do Bourbon Country, em Porto Alegre. 44 45 Luiz Chaves Notícias Festa da Uva 2012: Caxias do Sul celebra suas origens E a Volare recepciona amigos e clientes neste evento que começou com uma exposição de uvas, em 1931, e hoje reflete a memória e a identidade do município onde são fabricados os veículos da marca. Corsos alegóricos noturnos, atrações culturais urbanas e rurais, exposição permanente das uvas e da diversificada indústria local, paisagens deslumbrantes, gastronomia farta, muita uva e um pouco da história da Serra Gaúcha, no Sul do Brasil. Este é o apelo da Festa Nacional da Uva, que, em sua 29º edição, reafirma, mais uma vez, o propósito deste povo alegre e trabalhador de celebrar suas origens com todo o Brasil. A Festa acontece em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, de 16 de fevereiro a 4 de março, e tem como tema Uva, cor, ação: A safra da vida na magia das cores. A técnica do cultivo da fruta que dá nome à festa chegou na Serra Gaúcha com os imigrantes italianos, seus poucos pertences e o sonho que tinham de fazer a vida na América. Quando chegaram no Brasil, em 1875, para colonizar as terras da encosta superior da região nordeste do estado do Rio Grande do Sul, muitos trouxeram na bagagem não só o saber fazer, como as próprias mudas das videiras cultivadas na Europa. Eles venceram a mata, construíram suas próprias casas e cultivaram a terra que aqui, ao contrário da Itália, um dia seria deles. As mudas trazidas de longe não resistiram à alternância de temperatura, e então eles descobriram a uva Isabel, que lhes dava fartas colheitas e, transformada em vinho, foi a base para o desenvolvimento do comércio e da indústria do município e da região, hoje um dos maiores polos metal-mecânico do Brasil e da América Latina. “As pessoas, as vezes, pensam que estamos celebrando apenas a colheita da uva, mas, na verdade, estamos celebrando a colheita de tudo aquilo que somos e que fizemos. O cacho de uva distribuído na festa não é um simples cacho de uva, mas uma representação simbólica da nossa história, da nossa coragem, da nossa emoção, do nosso trabalho, da graça das nossas embaixatrizes, da nossa alegria”, enfatiza a pesquisadora e etnógrafa caxiense Cleodes Piazza Julio Ribeiro. A primeira festa, em 1931, foi basicamente uma exposição de uvas, com o intuito de diversificar os vinhedos, com espécies adequadas à vinificação, já que a Isabel, que ainda hoje rende destaque ao município pela qualidade do seu suco, não 46 sustentava a produção de vinhos finos, caminho natural da evolução do setor vitivinícola caxiense e da Serra Gaúcha como um todo. Nos anos seguintes, um desfile de alegorias sobre rodas, puxadas por juntas de bois ou cavalos, e a eleição da primeira rainha incrementaram a festa com elementos que ela mantém até hoje. Em 1934, o evento já recebia visitantes de outros estados, mas foi só em 50, após várias interrupções e acontecimentos econômicos e políticos importantes, que ela consolidou sua dimensão nacional. Esse período da ascensão do fascismo e da Segunda Guerra Mundial e da política nacionalista de Getúlio Vargas, no Brasil, foi um período difícil para as famílias dos imigrantes italianos e alemães. “Eles foram proibidos de falar sua língua de origem. Mas para eles, que recomeçaram a vida no Brasil isolados em colônias distantes umas das outras, falar italiano não era uma questão política, e sim de sobrevivência, mesmo porque não havia escolas e professores disponíveis que lhes ensinassem o português”, explica a professora. “Criou-se um grande muro de silêncio nessa região, com delações e casos de prisões por desobediência. Mas o mais difícil de tudo isso foi o fato dos imigrantes e seus descendentes terem sido tomados como traidores da pátria”, diz a pesquisadora. Na sua avaliação, a festa de 1950, quando se celebrava também os 75 anos da imigração, foi também o momento de um velado “acerto de contas”. A festa foi grandiosa, envolveu vários municípios e, pela primeira vez, a região da Serra recebia a visita de um Presidente da República. “O presidente Eurico Gaspar Dutra cortou a fita inaugural e ouviu, em silêncio, o bispo D. José Barea lembrar a todos os presentes que os imigrantes haviam enviado seus próprios filhos para lutar contra o fascismo na Itália e não eram traidores da pátria”. Em 1954, o próprio Getúlio Vargas, de volta à Presidência desde 1951, veio prestigiar a Festa Nacional da Uva, que, desde então, incorporou a visita presidencial como parte de seus rituais. Visita da presidente Dilma Rousseff foi confirmada durante encontro com as soberanas ao Palácio do Planalto, em dezembro População protagoniza o corso alegórico Cerca de 1.500 caxienses participam do corso alegórico da Festa da Uva 2012 como figurantes. O corso segue o tema da festa - Uva, cor, ação: a safra da vida na magia das cores, que é uma homenagem à edição de 1972, quando a televisão brasileira escolheu a Festa da Uva para fazer a sua primeira transmissão em cores. Os figurantes, adereços e carros seguem 4 blocos temáticos: colher, plantar, transformar e celebrar. 47 Notícias Kit Peças Desconto de 15% Equipe e Rede Volare encaram o para a compra de qualquer item de iluminação da linha Fly Desafio das Novas Atitudes Ampliar horizontes. Este foi o norte da Convenção Anual da marca, realizada de 11 a 14 de dezembro de 2011, no Breezes Resort de Búzios, Rio de Janeiro, que teve como tema DNA: Desafiar Novas Atitudes, e instigou os participantes a pensar além do conhecido, a fim de identificar novas oportunidades nos negócios e na vida pessoal. As ferramentas utilizadas para conduzir o público nesta viagem rumo à inovação envolveram desde dinâmicas de grupo até a troca de cenários e ambientação. O ponto alto, no entanto, foi a palestra do especialista em liderança metassistêmica Gilberto Souza, intitulada “Se funciona, está obsoleto”. O evento, conduzido pelo departamento de Marketing da Volare, em conjunto com a agência Worklovers, contou com cerca de 180 participantes, entre gestores e colaboradores da Volare nas áreas Comercial, Engenharia, Marketing, Financeira, Jurídica, Pós-Vendas e Produção, e os representantes da marca no Brasil e Exterior. A pauta da Convenção Anual, que teve duração de 4 dias, envolveu ainda atividades de praxe, como avaliação e projeção de resultados. 1 2 3 5 1. Farol 2. Sinaleira 48 4 6 3. Farol de Neblina 4. Brake Light 7 5. Delimitadora Teto 6. Delimitadora Lateral 7. Retro-Refletor 49 Via Exclusiva AVOA: empresa completa 50 anos como referência em transporte no interior de São Paulo Medicina do Trabalho Fátima incorpora unidade móvel montada em um Volare W9 Fly Honestidade, dignidade, pontualidade, satisfação do cliente e valorização dos funcionários. Foi com base nestes valores que os irmãos Lazaro Lúcio, Manoel Lúcio e José Lúcio criaram sua primeira empresa de transportes, ainda na década de 40, e também a Autoviação Ourinhos Assis, a AVOA, em 1962. E foi ainda com estes mesmos valores que a AVOA, atualmente controlada pelos herdeiros dos antigos fundadores, tornou-se referência em transporte coletivo de passageiros no interior de São Paulo. Este ano, a empresa, sediada em Ourinhos, completa seu 50º aniversário, com uma frota de 450 veículos e mais de 752 colaboradores, atuando no transporte intermunicipal da região, nos segmentos de fretamento contínuo e turismo, além do transporte urbano de Ourinhos e Assis, este último realizado através da empresa Circular, do mesmo grupo. A filosofia de gestão que perpassa gerações se traduz por cuidados cotidianos com a frota, com a qualificação dos funcionários e com a satisfação dos clientes. Recentemente, a empresa adquiriu 13 veículos Volare DW9. Para o diretor executivo da AVOA, Luiz Carlos Lúcio Carvalho, a renovação contínua da frota está diretamente ligada à qualidade dos serviços prestados. “Agrega valor, e muito”, enfatiza, salientando que entre as razões que o levaram a escolher o Volare DW9 estão a marca do chassi e a rapidez na entrega dos veículos. A percepção do cliente é o outro ponto de apoio para o padrão de qualidade dos serviços da AVOA, que realiza pesquisa de satisfação periodicamente. “As características específicas dos serviços aos quais o cliente dá importância elevam sua satisfação e determinam sua preferência”, ensina Lúcio Carvalho. Essas características, segundo ele, compreendem, basicamente, seis fatores: confiabilidade, ou seja, a capacidade de proporcionar ao cliente o que foi prometido com segurança e precisão, convicção, receptividade e empatia, fatores relacionados à capacitação dos funcionários, pontualidade e aspectos visíveis do serviço, como instalações físicas, veículos e equipamentos, assim como a apresentação dos funcionários. Aviação Ourinhos Assis, cliente da Tapajós, representante de Bauru, SP A nova unidade entrou em circulação em 2012, com o intuito de facilitar o deslocamento urbano até os clientes. “Precisávamos de um veículo menor, que se movimentasse com maior facilidade e rapidez no trânsito urbano, mas que, ao mesmo tempo, fosse capaz de acomodar os equipamentos necessários ao nosso atendimento tão bem quanto um ônibus de tamanho padrão”, explica Roberto Zottis, diretor de Operações do Fátima Saúde. Além de Raio X, a unidade oferece sala para exames de audiometria, sala de espera e um pequeno consultório médico para avaliações e exames periódicos. Com esta nova unidade, a Medicina do Trabalho Fátima soma quatro unidades móveis. Elas percorrem as empresas da Serra Gaúcha com grande concentração de exames. “Em 2 ou 3 dias, realizamos todos os exames, e o fato de irmos até o cliente evita perda de tempo e deslocamentos desnecessários de funcionários”, avalia Zottis. As unidades móveis estão a serviço dos clientes do Fátima há mais de 15 anos, e são parte de um sistema avançado e seguro de execução e gerenciamento da saúde dos trabalhadores, que inclui ainda outros serviços em espaço centralizado, com estrutura de consultórios e horários de atendimento ampliados. Fátima Saúde, cliente de Caxias do Sul, RS 50 51 Via Exclusiva Bardesio: qualidade Volare no transporte escolar do Uruguai Para a operadora de transporte escolar e de turismo Bardesio, de Montevidéu, a compra do primeiro Volare, em 2001, foi determinante na escolha dos veículos que compõem sua frota atual. A empresa não só adotou a marca, como tem sido uma referência da Volare para o mercado uruguaio. “Frequentemente, recebemos clientes interessados em conhecer melhor os ‘veículos do Pedro Bardesio’. Isso quando o cliente já não testou um Volare do próprio Bardesio”, conta Gustavo Marramarco, da divisão de Exportação da Volare. “É a nossa melhor propaganda no Uruguai”, comemora, ressaltando as motivações da clientela: “É o único ônibus que oferece 2 portas para passageiros, uma de cada lado, de modo que a criança possa entrar ou sair do ônibus sempre em segurança, sem precisar atravessar a rua ou dar a volta por trás do veículo. Além disso, chama a atenção pelo design, diferenciado, pela qualidade, durabilidade e a garantia que acompanha o veículo”, avalia. A Bardesio Transporte Escolar e Turismo opera com uma equipe de 16 pessoas e uma frota de 9 veículos. Foi criada por Pedro Bardesio, em 1981, para atuar no segmento escolar, onde estão concentrados os 6 veículos Volare da frota. Os fretamentos turísticos chegaram mais tarde, sendo que hoje a empresa realiza roteiros nacionais e internacionais, para os países do Mercosul. Bardesio Transporte Escolar e Turismo, cliente do Uruguai O diretor da Vepasa Roberto Pazetto, a presidente da APAE Noilda Domingos Fogaça e o vice-governador do Estado de Santa Catarina Eduardo Pinho Moreira comemoram parceria em prol dos alunos da Apae APAE de Tubarão adquire um Volare para transportar seus alunos Segurança, agilidade, conforto e economia foram os ganhos que a instituição obteve com o novo veículo, financiado pelo governo do Estado “Enquanto o nosso outro ônibus, mais antigo, percorre 3 Km a cada litro de diesel, o Volare faz entre 7 e 8 Km, sendo que ambos transportam quase o mesmo número de passageiros. Além da economia, o Volare está preparado para transportar portadores de deficiência, o que facilita muito, por exemplo, o trabalho do nosso roteirista, que acompanha todas as viagens com os alunos, e já não precisa mais usar do esforço físico para assessorar os cadeirantes”. Quem afirma é a diretora da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) do município de Tubarão, em Santa Catarina, que, atualmente beneficia 265 alunos com suas atividades diárias. Mas a novidade é fruto da mobilização. “Precisávamos de mais um veículo, fomos em busca de parceria para financiá-lo, e encontramos este apoio no governo do Estado”, conta a presidente. O governo disse sim, porém, exigiu três orçamentos, e a Volare apresentou o melhor preço. “O custo foi determinante, mas Volare era também a marca indicada pelo nosso motorista, por ter carroceria e chassi integrados, o que, segundo ele, facilita as manobras e também a manutenção do veículo”, explica Noilda. Com mais esta conquista, Tubarão reafirma a missão do movimento apaeano no Brasil, que é promover a inclusão e a melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência, através da defesa de direitos, prevenção, orientação, prestação de serviços e do apoio às famílias dos portadores. “Com a criação da primeira APAE no Brasil, há mais de 50 anos, surgiu também o compromisso de buscar na sociedade o apoio necessário para adotar um mundo de ferramentas de acessibilidade”, enfatiza Noilda, que agradece o apoio recebido do poder público e da comunidade em geral. “A sociedade tem respondido ‘presente’ sempre que solicitada a participar da construção de um mundo especial”. APAE Tubarão, cliente da Vepasa Caminhões e Ônibus, representante de Tubarão, SC 52 53 Palavras-chave para você andar na frente no mundo dos negócios O Banco Moneo tem profissionais com profunda experiência no segmento de transportes que facilitam e viabilizam as operações através de uma linha de crédito pré-aprovado*, de forma rápida, segura e sem nenhuma complicação. Tudo para que você não se preocupe com nada além de ir cada vez mais longe no mundo dos negócios. * Aprovação sujeita a análise de crédito. www.bancomoneo.com.br Você que é do “Club”, já reparou como a sua revista está cada dia melhor? Da edição de estreia da VolareClub, em setembro de 2004, à atual, triplicamos o número de páginas, diversificamos o conteúdo e promovemos sucessivas atualizações no design gráfico, a fim de levar até você uma leitura cada vez mais interessante, agradável e em sintonia com as últimas tendências de mercado. A evolução que você acompanha em nossas páginas reflete a evolução do nosso mix de produtos, da marca Volare e de quem tem seu negócio focado no transporte de pessoas, seres mutáveis, por excelência. Nosso processo de mudança é contínuo, e sempre para melhor. Nesta edição, as páginas ganharam um ar mais contemporâneo, fotos em ângulos diferenciados e mais matérias de caráter cultural. Do universo Volare, a novidade fica por conta do pôster do W Fly Limousine em tamanho especial, para você guardar com você, e lembrar que os sonhos existem para serem realizados. Mas as novidades da VolareClub vão além de suas páginas impressas. A partir desta edição, a revista estará disponível no site, em versão integral, e não só em português, como também em espanhol, porque os miniônibus Volare, que já têm liderança consolidada no mercado nacional, começam a marcar presença também nos países hermanos. Afinal, quem nasceu com vocação para “Volare” não foge ao destino de desafiar e vencer fronteiras. Boa leitura! Campanha 2012 destaca a diversidade da família Volare Quando o miniônibus Volare surgiu no mercado, em 1998, o fato de ser um veículo capaz de oferecer a mesma segurança e conforto de um ônibus aos passageiros, com maior economia, facilidade de manutenção e dirigibilidade para os operadores, foi, por si só, uma grande novidade. Com o tempo e a expansão do veículo no mercado, a Volare percebeu que era preciso criar soluções diferenciadas para cada segmento do transporte de passageiros. E então, a marca passou a incorporar novos modelos, criou novas linhas, ampliou as possibilidades de itens opcionais, até chegar ao estágio atual, onde a customização não tem limites. A campanha publicitária de 2012 mostra esta realidade. São diversas peças para dar o mesmo recado: seja qual for o seu negócio, a Volare oferece a solução mais adequada. Confira os anúncios que você vai ver por aí ao longo do ano! VOLARECLUB Feito para levar VIDA de um lugar a outro! Imagens meramente ilustrativas. As informações deste anúncio podem ser alteradas sem aviso prévio. Revista Trimestral - Ano IX - Nº 26 - Janeiro/Fevereiro/Março 2012 Os caminhos são muitos. As opções de Volare também. Volare Linha V, Linha W e Linha W Fly. Há um Volare que fecha direitinho com você. facebook.com/OnibusVolare Youtube.com/OnibusMarcopolo Cinto de segurança salva vidas! www.volare.com.br JANEIRO FEVEREIRO MARÇO 2012 twitter.com/OnibusVolare , ê c o v m Co , ê c o v r o p ! ê c o v a r pa