A DÍADE ATIVIDADES ESTRUTURADAS DE EQUAÇÕES POLINOMIAIS E A HISTÓRIA DA MATEMÁTICA: UMA PROPOSTA DE ENSINO E APRENDIZAGEM PARA 3º ANO DO ENSINO MÉDIO Liceu Luís de Carvalho CO – UFRN [email protected] Drª Liliane dos Santos Gutierre – UFRN [email protected] RESUMO Neste trabalho, expomos uma síntese do nosso projeto de pesquisa que se encontra na fase inicial. Pretendemos investigar a respeito da relação entre o ensino de equações polinomiais e a aprendizagem deste conteúdo com significado. Nosso interesse originou-se em razão da nossa observação acerca das debilidades que caracterizam o ensino e a aprendizagem de um modo geral, e da Matemática em particular, pois em nosso entendimento essa questão tem contribuído para dificultar a formação de indivíduos críticos, reflexivos e participativos. Nesse sentido, pensamos que cabe a nós professores, proporcionarmos ao aluno um processo educativo, constituído de atividades sobre a realidade na qual ele está inserido, de modo que possa apropriar-se de conhecimentos e usá-los a seu favor e do seu grupo social de modo autônomo e criativo (FREIRE, 1996). Nessa direção, propomos o uso da História da Matemática por meio de atividades estruturadas, com enfoque construtivista (FOSSA 2001). Desse modo, pretendemos contribuir para se repensar a concepção atual do ensino de Matemática e colaborar com a construção de um saber contextualizado que promova a autonomia e a emancipação. Palavras-chave: História da Matemática; Atividades Estruturadas; Aprendizagem com significado. APRESENTAÇÃO O presente trabalho apresenta uma proposta de pesquisa referente ao ensino e a aprendizagem acerca de equações polinomiais. Nossa proposta utiliza a História da Matemática, por meio de atividades estruturadas, com enfoque construtivista, tomando como referência principal Fossa (2001). Entendemos que esta pesquisa é importante a partir de uma breve análise do atual contexto da educação brasileira, especialmente no que se refere às ações pedagógicas desenvolvidas no espaço escolar. Nos últimos anos, tem nos causado preocupação os resultados do processo educativo, em especial o ensino de Matemática, pois defendemos esse, como uma possibilidade de tomada de consciência, visando à participação efetiva no contexto das relações sociais, políticas e econômicas. As debilidades que caracterizam o ensino e a aprendizagem de um modo geral, em especial o público, se constituem em obstáculos maiores, que dificultam a formação de sujeitos críticos, reflexivos, éticos e participativos, portanto distante do que expressam os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio (PCNEM), (2000). Nesse sentido, pensamos que cabe a nós professores, procurarmos superar alguns obstáculos e fazermos o melhor possível para proporcionarmos ao aluno um processo educativo constituído de atividades sobre a realidade na qual ele está inserido, de modo que ele possa apropriar-se de conhecimentos e usá-los a seu favor e do seu grupo social de maneira autônoma e criativa, como nos aponta Freire (1996), ao abordar os saberes necessários à prática educativa dos professores. Refletirmos sobre o atual contexto educativo, também implica analisarmos o fenômeno da globalização e das novas tecnologias as quais tem apresentado grandes desafios, estabelecendo novos paradigmas para nortear as relações societárias em especial, o mundo do trabalho, implicando transformações profundas em nossas vidas e exigindo de todos indistintamente, adequação a essas inovações, em especial aqueles que lidam com o ensino. Nesse sentido afirma Charlot (2005, p.148): [...] Uma educação que leve em conta as evoluções científicas e tecnológicas; portanto também uma educação que, juntamente com o acesso aos livros (que continuam sendo substituíveis), assegure o acesso à informática e às redes telemáticas (Internet). [...] Tal educação supõe repensar, e frequentemente transformar, muitas das práticas pedagógicas atuais. Desse modo, torna-se imprescindível repensar e rever à formação do professor, considerando que este também é responsável pela educação formal, logo se faz necessário investir na valorização e atualização desse profissional com vistas à boa formação do aluno. Por outro lado, essa é mais uma tarefa desafiadora, pois os vários segmentos organizados da sociedade cobrarão desse profissional uma prática pedagógica coerente com os valores filosóficos, políticos, econômicos e culturais que se coadunem com os interesses de cada grupo que compõe determinado extrato social. Ainda constatamos outra realidade desafiadora que se refere aos instrumentos de avaliação aplicados nos diversos níveis de ensino, com os seus resultados pífios, conforme apontam os dados do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB), do Exame nacional do Ensino Médio (ENEM), da Provinha Brasil, entre outros. Deste modo, entendemos que uma das razões dessa situação crítica da nossa educação tem haver com o ensino ainda pautado em práticas pedagógicas sedimentadas em componentes mecânicos sem orientar o aluno a aprendizagens que propiciem o pleno desenvolvimento de suas capacidades. A prática do professor, conforme afirma Ferreira (2009, p. 29): [...] segue a sequência apresentada nos manuais escolares, e estes são constituídos de fatos isolados e definições, de modo que não auxiliam nem o professor nem ao aluno formular os conceitos básicos das disciplinas que compõem o currículo escolar. Esta constatação nos leva a refletir a respeito da nossa prática pedagógica e apontarmos a necessidade de discussões e estudos sistemáticos entre a comunidade dos educadores e associações de classe com vistas a redefinir novos rumos que permitam a formação da identidade profissional autônoma e crítica que leve o professor a tomar consciência da sua função social, elevando assim, a sua auto-estima e tornando-se sujeito ativo para alavancar mudanças necessárias à transformação social a partir da reflexão da sua própria prática. (RAMALHO 2003). Esse traço característico dos educadores, de um modo geral, torna-se mais marcante quando se trata do ensino da Matemática, pois segundo Miguel e Brito (1996, p.59), “devido à tradição positivista de considerar politicamente neutra a atividade matemática, sua dimensão ético-politica tem sido pouco explorada nos cursos de Licenciatura em Matemática” Desse modo, é imperioso repensarmos o ensino e a aprendizagem da Matemática, inovando por meio de pesquisas, formação continuada, participação em eventos, congressos, seminários, leitura e discussão a respeito não só das novas metodologias de ensino, mas principalmente dos aspectos políticos e filosóficos uma vez que, A matemática tem sua dimensão política em vários segmentos, inclusive na definição dos currículos escolares. Na definição do currículo da matemática escolar, o ensino desta pode ser orientado para preparar indivíduos subordinados, passivos, acríticos, praticando-se uma educação de reprodução, ou o ensino pode ser orientado para a criatividade, para a curiosidade e para a crítica e o questionamento permanente. (D‘AMBROSIO, 1996, p. 9) Diante disso, pensamos que é importante e necessário, apresentarmos metodologias para melhorar o ensino e a aprendizagem da Matemática com o propósito da apreensão do conteúdo formal tanto do ponto vista relacional quanto instrumental conforme sugere Skemp (1976). Assim, amparados nesta realidade educacional e nas contribuições teóricas pretendemos investigar sobre a seguinte questão: Qual a relação entre o ensino de equações polinomiais e a aprendizagem com significado? Desse modo, nossas reflexões nos sugerem o desenvolvimento de uma prática docente eficaz, que promova uma aprendizagem com sentido, ou seja, aquela que contribua para a formação do aluno crítico, reflexivo, comprometido com as transformações necessárias ao contexto no qual está inserido. Para isto, pretendemos por intermédio da pesquisa, alcançar os seguintes objetivos: i) analisar como se dá a aprendizagem das equações polinomiais pelo aluno do 3º ano do Ensino Médio por meio de atividades estruturadas utilizando a História da Matemática como recurso pedagógico; ii) organizar um caderno de atividades e um CD – ROM contendo estas atividades estruturadas, como proposta, para utilização pelo professor de Matemática para o ensino de equações polinomiais no 3º ano do Ensino Médio. TEORIA E METODOLOGIA Nossa investigação será fundamentada em um referencial teórico e metodológico que dê sustentação as nossas categorias de análise que se iniciam pela concepção, de educação em geral e da Matemática em particular, assim como uma teoria que se refira ao ensino e a aprendizagem, a História da Matemática em seus aspectos metodológicos e ao conteúdo específico de equações polinomiais e por fim o conceito, organização e aplicação de atividades estruturadas. Nessa direção, pensamos que a concepção de educação que defendemos e que está contida no presente trabalho se coaduna com as idéias de Freire (1996), ao defender uma educação de caráter libertador, que impulsiona a formação crítica do aluno a partir de ações contextualizadas que permitem uma leitura de mundo calcada numa perspectiva de transformação. Assim, é importante compreendermos que o conhecimento matemático na concepção Freireana, só faz sentido se estiver a serviço da libertação do homem, na perspectiva da construção de uma sociedade justa e igualitária. Pensar assim implica concebermos que a Educação Matemática e a História da Matemática podem e devem contribuir para a valorização da dimensão ético-política (D`Ambrosio1996). Concordamos plenamente com esse entendimento, porque é inegável o papel relevante que ocupam a ética e a política ao longo da história de todos os agrupamentos humanos, se constituindo em elementos indissociáveis das relações humanas em todos os modos de organização social. Nesse sentido, corroboramos com D’Ambrosio (1996), quando o autor nos alerta de que, quando da definição do currículo para o ensino da Matemática escolar, poderemos contribuir para formarmos indivíduos subalternos e acríticos, ou orientarmos para uma formação crítica e questionadora que capacite o indivíduo a intervir no seu contexto sóciopolítico, com vista às transformações que julgar necessárias. Para viabilizarmos esses pressupostos filosóficos faz-se necessário aguçarmos a nossa competência para trabalharmos o conhecimento matemático científico, relacionandoo com os conhecimentos escolar e do cotidiano, conforme sugere Mendes (2009), de modo a estabelecer relações com o contexto sócio, político, cultural e econômico. Isto posto, pensamos que é inconcebível um indivíduo adquirir habilidades matemáticas para calcular, quantificar, modelar, etc., mas ser incompetente para aplicar esses conhecimentos para analisar, criticar e propor alternativas que busquem superar a exploração a que está submetido pelas relações laborais. No que se refere ao processo de ensino e aprendizagem defendemos a ação educativa alicerçada numa perspectiva teórica construtivista, pois consideramos que os aspectos relevantes desta abordagem se coadunam com o nosso objeto de estudo uma vez que organizaremos atividades estruturadas constituídas de conhecimentos Matemáticos, História da Matemática, História Geral e Geografia de maneira interdisciplinar, a exemplo de Gutierre (2003), com o objetivo de mediar à construção do conhecimento matemático referente a Equações Polinomiais concomitante com a aquisição de habilidades e competências matemáticas para calcular, medir, contar, estimar, modelar e estabelecer relações com outras ciências e o contexto social, político, econômico e cultural de modo dinâmico e construtivo. Desse modo, corroboramos com Coll (1996, p.12), ao afirmar que “necessitamos de teorias que nos sirvam de referencial para contextualizar e priorizar metas e finalidades; para planejar a atuação; para analisar seu desenvolvimento e modificá-lo paulatinamente em função daquilo que ocorre”. Nessa direção, entendemos que essa teoria se constitui em importante instrumento para nortear o desenvolvimento do ensino e da aprendizagem que estamos propondo porque traz na sua gênese a concepção de que aprender implica num processo de construção singular, elaborado ativamente pelo indivíduo por meio da apreensão do objeto do conhecimento, considerando as experiências prévias e o interesse. Assim aprender implica atribuir significado pessoal, entretanto essa aprendizagem deverá por outro lado, tender ao conhecimento cultural estabelecido (COLL 1996). É importante considerar que esse conhecimento é histórico, temporal, resultado da ação do homem, logo está sujeito às mudanças e as influências dos diversos contextos político, cultural, ideológico e econômico, de modo que o professor, ocupando o papel de mediador e facilitador desse conhecimento estará afetado por esses mesmos elementos. Daí a importância do professor estudar e atualizar-se continuamente principalmente ao assumir a concepção construtivista de ensino, pois será fundamental fazer reflexões, estudos e decisões compartilhadas por meio do planejamento coletivo com vista a fazer a seleção dos conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais, conforme enfatiza Zabala (1998), de modo que façam sentido para o contexto no qual está inserido o aluno, embora deva estabelecer relações com outros contextos, evitando assim a compreensão de um conhecimento que desenvolva comportamentos acríticos, ingênuos e descontextualizados. No que se refere à metodologia optamos pela pesquisa qualitativa uma vez que estamos interessados em analisar como o aluno da Educação Básica constrói o conhecimento matemático referente à Equações Polinomiais usando a História da Matemática como recurso pedagógico. Desse modo, entendemos que essa investigação guarda coerência com o que Minayo (2007), caracteriza como pesquisa qualitativa ao afirmar: “[...] ela trabalha com o universo dos significados, dos motivos, das aspirações, das crenças, dos valores e das atitudes”. Desse modo, a escolha dos elementos que compõem a efetivação da pesquisa se fundamenta em adequações relevantes e interativas, entre referenciais teóricos, instrumentos operacionais e produções de conhecimentos. Nesse sentido, buscamos os procedimentos metodológicos que condizem com a construção empírica, favorecendo, ao mesmo tempo, a espontaneidade e entendimento entre todos que buscam por meio dela emancipação pessoal e profissional. Nessa perspectiva, consideramos que: Os valores metodológicos são os que fazem estimar que o saber construído de maneira metódica, especialmente pela pesquisa, vale a pena seguir os meios para nele chegar. Isso exige curiosidade e ceticismo, a confiança na razão e no procedimento científico e, também, a aceitação de seus limites. (LAVILLE E DIONNE, 1999, p. 96) Baseados, na assertiva dos autores, faremos o nosso percurso para efetivação da referida pesquisa a partir da definição do espaço empírico com uma professora que desenvolve sua prática pedagógica no 3º ano do Ensino Médio de uma escola pública da cidade do Nata l(RN), que se mostrou motivada com a nossa proposta sobre o ensino de Equação Polinomiais, usando a História da Matemática como recurso pedagógico. Fato verificado por meio do contato que tivemos no qual apresentamos a nossa proposta, que foi prontamente aceita. Consideramos como princípio nesse percurso em que estão envolvidos professores e pesquisador, o respeito, a individualidade, disponibilidade e, principalmente, a forma como eles evidenciam os conteúdos que comporão a construção desse processo científico. A relevância desse caráter qualitativo implícito na investigação é destacada por Flick (2004, p.43) quando afirma: [...] sujeitos, com suas opiniões sobre um determinado fenômeno, traduzem parte de sua realidade; em conversas e discursos, os fenômenos são produzidos interativamente, e, assim, a realidade é construída; estruturas latentes de sentido e regras relacionadas contribuem para a construção de situações sociais com as atividades que geram. Portanto, a realidade estudada pela pesquisa qualitativa não é uma realidade determinada, mas, construída por diferentes atores. Esse é o sentido singular que permeia a nossa construção, pois sem relevar a atenção que constitui a individualidade do aluno, não enaltecemos o teor que caracteriza a modalidade científica a qual nos propomos desenvolver. CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante do exposto, considerando as potencialidades que caracterizam o uso da História da Matemática como recurso metodológico, conforme explicitamos no corpo desse trabalho, acreditamos que poderemos contribuir para melhorar o atual contexto em que se insere o ensino de Matemática, colocando a disposição dos professores um conjunto de atividades estruturadas organizadas num caderno pedagógico e num CD-ROM. Por outro lado, é importante registrar que o uso da História da Matemática tem seus limites, conforme enfatiza Brito (2009), pois este recurso metodológico não seria conveniente para qualquer tema matemático uma vez que falta conhecimento da História da Matemática, além da dificuldade de acesso a fontes históricas primárias e a pouca existência de atividades já prontas, assim como o tempo escasso do professor para a preparação dessas atividades. No entanto, entendemos que, os elementos positivos que corroboram com as potencialidades explicitadas no corpo desse trabalho, nos possibilitam afirmar que fazer uso da História da Matemática como recurso pedagógico é mais que uma tendência do ensino atual, é de fato uma alternativa metodológica que contribui para aprendizagens com significado. Por essa razão, optamos por investigar acerca dessa questão, que se constitui em nosso objeto de estudo. REFERÊNCIAS BRASIL. 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