Nefrologia I Fórum Nacional de Nutrição em Nefrologia I Encontro Paulista Multiprofissional em Nefrologia XV NEFRETICO ANAIS do congresso Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia ÍNDICE 3 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia TEMAS LIVRES/APRESENTAÇÃO ORAL - DIAS E HORÁRIOS DE APRESENTAÇÃO DIÁLISE TL-01 - Associação entre Níveis de pró-BNP e Sódio com Hipertensão Refratária em Pacientes Hemodialíticos Bichuette-Custodio F, Tokuda BM, Costa VMP, Oliveira JFP Data: 15 DE SETEMBRO Horário: 14h30-14h40 Local: BALLROOM B TL-02 - Body mass index hide malnutrition revealed by albumin in patients on peritoneal dialysis (PD) JOSé ABRãO CARDEAL DA COSTA, VIVIANA TEIXEIRA HENRIQUES, ROBERTO PECOITS-FfILHO, JOSé CAROLINO DIVINO-FILHO Data: 15 DE SETEMBROHorário: 14h30-14h40Local: BALLROOM C TL-03 - Hemodiálise, Hemodiafiltração e Hemofiltração Curta Diária: Análise Comparativa da dose de tratamento e da remoção de solutos MELO NCV, Moyses RMA, Castro MCM Data: 15 DE SETEMBROHorário: 14h40-14h50Local: BALLROOM C TL-04 - Preditivos clínicos e microbiológicos da evolução das peritonites por Staphylococcus aureus: experiência em um único centro durante 15 anos. PASQUAL BARRETTI, Carlos Henrique Camargo, Alessandro Lia Mondelli, Jacqueline Costa Teixeira Caramori, Augusto Cezar Montelli, Maria de Lourdes Ribeiro Cunha Data: 15 DE SETEMBROHorário: 14h50-15h00Local: BALLROOM C TL-05 - Preditores de evento cardiovascular em hemodiálise Aline de Araujo Antunes, Francieli Delatim Vannini, Barbara Perez Vogt, Liciana Vaz de Arruda Silveira, Pasqual Barretti, Jacqueline Costa Teixeira Caramori Data: 15 DE SETEMBROHorário: 15h10-15h20Local: BALLROOM B TL-06 - Prevenção da falência de ultrafiltração e espessamento da membrana peritoneal com o beta-bloqueador nebivolol em modelo experimental de diálise peritoneal ANNA RITA MORAES DE SOUZA AGUIRRE MAZO, Guadalupe González-Mateo, Hugo Abensur, Luiz Stark Aroeira, Vanessa Millara Fernandez, Pilar Sandoval, Patricia Albar-Vizcaino, Maria Luisa Perez-Lozano, Rafael Selgas, Manuel Lopez-Cabrera, Abelardo Aguil Data: 15 DE SETEMBROHorário: 15h00-15h10Local: BALLROOM C TL-07 - Reprocessamento de Dialisadores de Alto Fluxo e Alta Eficiência em sessões de Hemodiafiltração online Curta Diária: Impacto sobre o Transporte de Solutos MELO NCV , Moyses RMA , Castro MCM Data: 15 DE SETEMBROHorário: 15h10-15h20Local: BALLROOM C TL-08 - Reuso de Capilares de Alto Fluxo e Alta Eficiência na Hemodiafiltração Online Curta Diária: Impacto sobre a dose do tratamento e a cinética de moléculas médias MELO NCV , Moyses RMA , Castro MCM Data: 15 DE SETEMBROHorário: 15h20-15h30Local: BALLROOM C TL-09 - Zinco-α2-glicoproteína está negativamente associada à gordura corporal em pacientes em hemodiálise VIVIANE DE OLIVEIRA LEAL, JULIE CALIXTO LOBO, MILENA BARCZA STOCKLER-PINTO, NAJLA ELIAS FARAGE, DENISE MAFRA Data: 15 DE SETEMBROHorário: 15h20-15h30Local: BALLROOM B DISTÚRBIOS DO METABOLISMO MINERAL E ÓSSEO TL-14 - Osteodistrofia Renal: Comparação entre os modelos experimentais NX5/6 e Adenina GUARACIABA OLIVEIRA FERRARI, Juliana Ferreira Neves, Raquel T. Cavallari, Katia Neves, Luciene Reis, Wagner Dominguez, Elizabeth Oliveira, Fabiana Graciolli, Jutta PasslickDeetjen, Vanda Jorgetti, Rosa Maria Affonso Moysés Data: 16 DE SETEMBROHorário: 15h10-15h20Local: ITATIBA TL-15 - Situação atual da paratireoidectomia no Brasil: dados do Censo Brasileiro de Paratireoidectomia Eduardo Neves da Silva, Douglas M. F. Charpinel, José Edevanilson Barros Gueiros, Carolina Lara Neves, Elisa de Albuquerque Sampaio, Rosa Maria Affonso Moysés, Aluizio Barbosa de Carvalho, Vanda Jorgetti, RODRIGO BUENO DE OLIVEIRA Data: 16 DE SETEMBROHorário: 15h20-15h30Local: ITATIBA DOENÇA RENAL CRÔNICA TL-16 - A hiperleptinemia se associa à presença e severidade da isquemia miocárdica em pacientes com doença renal crônica não diálise-dependentes. Cordeiro AC, Oliveira MAC, Smanio P, Amodeo C, AMPARO FC, Sousa AGMR, Lindholm B, Carrero JJ Data: 15 DE SETEMBROHorário: 14h30-14h40Local: ITATIBA TL-17 - Alterações glomerulares e intersticiais no modelo de nefropatia induzida por adenina: reversibilidade e efeito do tratamento tardio com Losartan (L) Okabe C, Malheiros DM, Machado FG, Costa SR, Fanelli C, Sena CR, Barlette GP, Viana VL, Camara NOS, Zatz R, Fujihara CK Data: 15 DE SETEMBROHorário: 14h40-14h50Local: ITATIBA TL-18 - ASSOCIAÇÃO ENTRE A CAPACIDADE AERÓBICA, RIGIDEZ ARTERIAL E PROTEÍNA C-REATIVA EM RENAIS CRÔNICOS EM TRATAMENTO CONSERVADOR FLÁVIO GOBBIS SHIRAISHI, VIVIANA RUGOLO OLIVEIRA E SILVA, FERNANDA STRINGUETTA BELIK, LUIS CUADRADO MARTIN, RENATO S GONÇALVES, JOÃO CARLOS HUEB, ROBERTO JORGE DA SILVA FRANCO Data: 15 DE SETEMBROHorário: 14h50-15h00Local: ITATIBA TL-19 - Níveis plasmáticos de acyl- grelina e sua relação com o Índice de Massa Corporal nos pacientes em hemodiálise Moraes C, Barros AF, Lobo JC, Stockler-Pinto MB, Mafra D Data: 15 DE SETEMBROHorário: 15h00-15h10Local: ITATIBA TL-20 - PAPEL DAS CÉLULAS-TRONCO DERIVADAS DO TECIDO ADIPOSO NA PROGRESSÃO DA DOENÇA RENAL DONIZETTI-OLIVEIRA C, Burgos-Silva M, Semedo P, Cenedeze M, Reis MA, Malheiros DMAC, Pacheco-Silva A, Camara NOS Data: 15 DE SETEMBROHorário: 15h10-15h20Local: ITATIBA TL-21 - Screening for Occult REnal Disease (SCORED) é uma ferramenta útil para identificar indivíduos de alto risco para doença renal crônica COUTINHO, IHIILS, Romão Jr, JE, Castro, MCM, Castro, JGD, Coutinho, RMFB Data: 15 DE SETEMBROHorário: 15h20-15h30Local: ITATIBA FISIOPATOLOGIA RENAL / NEFROLOGIA EXPERIMENTAL (NEFRETICO) TL-10 - Avaliação do metabolismo mineral e ósseo de pacientes em diálise peritoneal TL-22 - AÇÃO DO PEPTÍDEO ATRIAL NATRIURÉTICO (ANP) NO EFEITO NÃOGENÔMICO DA ALDOSTERONA SOBRE O TROCADOR NA+/H+ DO TÚBULO PROXIMAL RENAL Oliveira, RA, Ferreira, JC, Britto, ZML, Pinheiro, VF, Moysés, RM, Jorgetti, V DEISE CARLA ALMEIDA LEITE DELLOVA, CELSO BRAGA SOBRINHO, MARGARIDA DE MELLO AIRES Data: 16 DE SETEMBROHorário: 14h30-14h40Local: ITATIBA Data: 14 DE SETEMBROHorário: 11h30-11h50Local: SALA LONDRINA TL-11 - Efeito da alta concentração de glicose na função de osteoblastos JULIANA DE SOUZA CUNHA , Vanessa Meira Ferreira , Mirian Aparecida Boim TL-23 - Análise comparativa da sublocalização celular e da atividade promotora do gene da isoforma 3 do Trocador Na+/H+ (NHE3) em condições de acidose metabólica e respiratória Data: 16 DE SETEMBROHorário: 14h40-14h50Local: ITATIBA Silva PHI, Neri EA , Rebouças NA TL-12 - Efeito dos quelantes de Fósforo na expressão gênica da Via Wnt, na Doença Óssea Adinâmica Ferreira JC, Ferrari GO, Cavallari RT, Dominguez WV, Oliveira EM, dos Reis LM, Graciolli FG, Neves KR, Liu S, Sabbagh Y, Jorgetti V, Schiavi S, Moysés RMa Data: 16 DE SETEMBROHorário: 14h50-15h00Local: ITATIBA TL-13 - Fósforo sérico apresenta associação com calcificação e obstrução coronarianas em pacientes com função renal preservada ANA LUDIMILA ESPADA CANCELA, Raul Dias Santos, Sílvia Maria Titan, Carlos Eduardo Rochitte, Pedro A Lemos, Luciene Machado dos Reis, Fabiana Giorgetti Graciolli, Vanda Jorgetti, Rosa Maria Affonso Moysés, Patrícia Taschmer Goldenstein Data: 16 DE SETEMBROHorário: 15h00-15h10Local: ITATIBA Data: 14 DE SETEMBROHorário: 15h40-16h00Local: SALA LONDRINA TL-24 - CAMUNDONGOS CÍSTICOS Pkd1cond/cond:Balcre DESENVOLVEM HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E EXPRESSÃO DE COMPONENTES DO SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA NO EPITÉLIO DE CISTOS RENAIS Jonathan Mackowiak da Fonseca, Ana Paula Almeida Bastos, Leandro Souza, Klaus Piontek, Andressa Godoy Amaral, Denise M. Malheiros, Maria Cláudia Irigoyen, Terry Watnick, Luiz Fernando Onuchic Data: 14 DE SETEMBROHorário: 11h50-12h10Local: SALA LONDRINA TL-25 - Efeito da nicotina nas adaptações maternas sistêmicas e intrarenais durante a gravidez VANESSA MEIRA FERREIRA, CLEVIA DOS SANTOS PASSOS, Mirian Aparecida Boim Data: 15 DE SETEMBROHorário: 15h30-15h50Local: SALA LONDRINA 5 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia TL-26 - Efeito da Própolis Vermelha sobre a Progressão da Nefropatia Experimental em Ratos submetidos à Ablação Renal de 5/6 TL-40 - O papel da glomérulo esclerose segmentar e focal na progressão da Nefropatia da IgA Tarcilo Machado da Silva, Francisco Pessoa da Cruz Júnior, Paulo André Carvalho de Sousa, Henrique Oliveira Costa, Zenaldo Porfirio da Silva, Ana Paula Fernandes Barbosa, Flavio Teles de Farias Filho Liliany Pinhel Repizo, Elerson Costalonga, Lilian Pires de Freitas Carmo, Igor Denizarde Marques, Daniela Loss Mattedi, Roberto Sávio Silva Santos, Denise Maria Avancini Costa Malheiros, Lecticia Jorge, Rui Toledo Barros, Viktoria Woronik Data: 16 DE SETEMBROHorário: 14h40-15h00Local: SALA LONDRINA Data: 15 DE SETEMBROHorário: 15h10-15h20Local: MAIRIPORÃ TL-27 - Efeito protetor da N-acetilcisteína (NAC) na função renal e pulmonar de ratos idosos TL-41 - Valor Preditor das Variantes Histológicas de GESF primária Maria Heloisa Massola Shimizu, Ana Carolina de Bragança, Rildo Aparecido Volpini, Talita Sanches Rojas, Daniele Canale, Lucia Andrade, Antonio Carlos Seguro ALINE LAZARA RESENDE, SILVIA MARIA TITAN, VINICIUS SARDAO COLARES, LEONARDO TESTAGROSSA, DENISE M MALHEIROS, RUI TOLEDO BARROS, VIKTORIA WORONIK Data: 14 DE SETEMBROHorário: 15h00-15h20Local: SALA LONDRINA Data: 15 DE SETEMBROHorário: 15h20-15h30Local: MAIRIPORÃ TL-28 - EFEITOS DO TRATAMENTO COM SILDENAFIL SOBRE A FUNÇÃO RENAL DE CAMUNDONGOS HIPERCOLESTEROLÊMICOS HIPERTENSÃO ARTERIAL Carminati RZ, Carneiro SS, Freitas FPS, Balarini CM, Gava AL, Vasquez EC, Meyrelles SS Data: 15 DE SETEMBROHorário: 14h30-14h50Local: SALA LONDRINA TL-29 - LONG-TERM AEROBIC EXERCISE BLUNTES BLOOD PRESSURE RESPONSIVENESS AND ENHANCES URINARY SODIUM EXCRETION IN SHR Vinícius Rodrigues Silva, Rafael Holanda, Silmara Ciampone, Ize Penhas de Lima, Elizabeth Cristina Cambiucci, Flávia Fernandes Mesquita, José Antônio Rocha Gontijo Data: 15 DE SETEMBROHorário: 15h10-15h30Local: SALA LONDRINA TL-30 - Papel dos agentes estimuladores da eritropoiese (ESA) na melhora da lesão renal aguda (LRA) induzida pela sepse Rodrigues CE, Volpini RA, Shimizu MHM, Sanches TR, Souza ACCP, Kuriki PS, Camara NOS, Seguro AC, Andrade L Data: 14 DE SETEMBROHorário: 15h20-15h40Local: SALA LONDRINA TL-42 - Doença angioplastar? renovascular aterosclerótica: quando VANESSA DOS SANTOS SILVA, Rodrigo Hagemann, Luis Cuadrado Martin, Roberto Jorge da Silva Franco, Edson Bregagnollo, Fábio Cradoso Carvalho Data: 15 DE SETEMBROHorário: 14h40-14h50Local: BALLROOM B TL-43 - Poder discriminatório de características clínicas em predizer estenose de artéria renal PAULA DALSOGLIO GARCIA, Leandro Caetano Vilela Lemos, Vanessa dos Santos Silva, Rodrigo Hagemann, Fábio Cardoso de Carvalho, Edson Antonio Bregagnollo, Roberto Jorge da Silva Franco, Luis Cuadrado Martin Data: 15 DE SETEMBROHorário: 14h50-15h00Local: BALLROOM B TL-31 - Participação das células NKT em modelo experimental de nefrite tubulointersticial induzida pela adenina TL-44 - Relação entre medidas de pressão arterial e mortalidade em pacientes sob hemodiálise: uma análise retrospectiva de 3 anos Cristhiane Favero de Aguiar, Angela Castoldi, Matheus Correa-Costa, Tárcio Teodoro Braga, Marcos A. Cenedeze, Niels Olsen Saraiva Câmara, Alvaro Pacheco e Silva Filho Natasha S S Santos, Daniela C vasconcellos, Felipe H Burgos, Brunno Augusto J Costa, Fernando Frattini, FLAVIA SILVA REIS Data: 16 DE SETEMBROHorário: 14h00-14h20Local: SALA LONDRINA Data: 15 DE SETEMBROHorário: 15h00-15h10Local: BALLROOM B TL-32 - Sildenafil (Sil) reduz a poliúria no Diabetes Insipidus Nefrogénico (DIN) induzido pelo Lítio (Li) INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA Sanches TR, Volpini RA, Shimizu MHM, de Bragança A, Oshiro-Monreal F, Seguro AC, Andrade L Data: 15 DE SETEMBROHorário: 14h50-15h10Local: SALA LONDRINA TL-33 - TRANSPLANTE ALOGÊNICO E SINGÊNICO DE CÉLULAS-TRONCO MESENQUIMAIS DERIVADAS DE TECIDO ADIPOSO REESTABELECE A FUNÇÃO RENAL EM MODELO EXPERIMENTAL DE NEFROPATIA INDUZIDA POR CISPLATINA Almeida DC , Bassi EJ , Donizetti-Oliveira C , Semedo P , Burgos-Silva M , Cenedeze, MA , Castoldi A , Correa-Costa, M , Moraes MR , Pacheco-Silva A , Câmara NOS Data: 16 DE SETEMBROHorário: 14h20-14h40Local: SALA LONDRINA TL-34 - Undernutrition Fetal Programming: Effects on Kidney Morphology, Renal Steroid and Angiotensin Receptors Expression and Urinary Sodium Excretion BARBARA VACCARI , FLAVIA FERNANDES MESQUITA , JOSÉ ANTONIO ROCHA GONTIJO , PATRICIA ALINE BOER Data: 14 DE SETEMBROHorário: 12h10-12h30Local: SALA LONDRINA TL-35 - UNNOURISHED BABIES HAVE MORE CHANCE TO HAVE CHRONIC KIDNEY DISEASE AT THE ADULT AGE FLAVIA FERNANDES MESQUITA , JOSE ANTONIO ROCHA GONTIJO , PATRICIA ALINE BOER Data: 15 DE SETEMBROHorário: 15h50-16h10Local: SALA LONDRINA GLOMERULOPATIAS TL-36 - Amiloidose Renal: Casuística do Hospital das Clínicas – Faculdade de Medicina de São Paulo, entre 1999-2009 FERNANDO SALES, Irene Faria Duayer, Raquel de Melo Silva, Daniela Loss Mattedi, Caroline Puliti Hermida Reigada , Lecticia Barbosa Jorge , Rui Toledo Barros , Viktoria Woronik Data: 15 DE SETEMBROHorário: 14h30-14h40Local: MAIRIPORÃ TL-37 - Classificação Histológica das Glomerulonefrites Pauciimunes: Preditores de Prognóstico a Longo Prazo Ramalho, JAM, Mattedi, DL, Sato, VAH, Caires, RA, Malheiros, DAMC, Jorge, LB, Barros, RT, Woronik, V Data: 15 DE SETEMBROHorário: 14h40-14h50Local: MAIRIPORÃ TL-45 - Avaliação da Mecânica Ventilatória de Pacientes com Lesão Renal Aguda submetidos à Diálise Peritoneal Contínua ou a Hemodiálise Diária CIBELE TAÍS PUATO DE ALMEIDA , Ana Carolina dos Santos Demarchi , Daniela Ponce , André Luis Balbi Data: 16 DE SETEMBROHorário: 14h30-14h40Local: BALLROOM C TL-46 - ESTUDO DO POTENCIAL REPARADOR E PREVENTIVO DAS CÉLULAS TRONCO MESENQUIMAIS (CTM) DA MEDULA ÓSSEA NA LESÃO RENAL AGUDA INDUZIDA PELA GENTAMICINA REIS LA, CRHISTO JS, BORGES FT, SIMOES M de J, SCHOR N Data: 16 DE SETEMBROHorário: 14h40-14h50Local: BALLROOM C TL-47 - INDICAÇÕES E LIMITAÇÕES DA DIÁLISE PERITONEAL DE ALTO VOLUME NA LESÃO RENAL AGUDA DANIELA PONCE, Marina N Berbel, Milene Peron Pinto, André Luís Balbi Tema: Insuficiência Renal Aguda Data: 16 DE SETEMBROHorário: 14h50-15h00Local: BALLROOM C TL-48 - Papel dos Toll-Like Receptors 2 e 4 e da molécula adaptadora MyD88 na Lesão Renal Aguda secundária a sepse Castoldi A, Braga TT, Aguiar CF, Corrêa-Costa M, Silva RC, Cenedeze MA, Reis MA, PachecoSilva A, Gonçalves GM, Câmara NO Data: 16 DE SETEMBROHorário: 15h00-15h10Local: BALLROOM C TL-49 - TERAPIA COM CÉLULAS-TRONCO MESENQUIMAIS NA LESÃO RENAL AGUDA NEFROTÓXICA Burgos-Silva M, Oliveira CD, Costa P, Cenedeze MA, Reis MA, Malheiros DMAC, Pacheco-Silva A, Semedo, P, Câmara NOS Data: 16 DE SETEMBROHorário: 15h10-15h20Local: BALLROOM C TL-50 - The heme oxygenase-1 modulation of immune response in ischemia and reperfusion MARIANE TAMI AMANO, MATHEUS CORRêA COSTA, GABRIELA CAMPANHOLLE, PATRICIA SEMEDO, ÁLVARO PACHECO E SILVA FILHO, NIELS OLSEN SARAIVA CAMARA Data: 16 DE SETEMBROHorário: 15h20-15h30Local: BALLROOM C TL-38 - GLICOSAMINOGLICANOS E NEFROPATIA DIABÉTICA: ESTUDO EM MODELO ANIMAL LIGAS MAURILO LEITE JR., CONRADO LIZANDRO GOMES, CRISTINA LOUREIRO, CAROLINA VENTUROTTI, ANDRÉ LUIS BARREIRA, CHRISTINA MAEDA TAKIYA, ALVIMAR GONÇALVES DELGADO TL-51 - AVALIAÇÃO DE NÍVEIS PRESSÓRICOS (NP) E GLICEMIA CAPILAR (GC) EM EVENTO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA CIDADE DE MARINGÁ -PR Data: 15 DE SETEMBROHorário: 14h50-15h00Local: MAIRIPORÃ TL-39 - Infusão de células tronco mesenquimais em região subcapsular renal promove renoproteção no modelo de nefropatia induzido por puromicina RAMALHO RJ, PIRES AG, MALHEIROS DMAC, NORONHA IL Data: 15 DE SETEMBROHorário: 15h00-15h10Local: MAIRIPORÃ 6 Camila Fernandes Franco da Rocha , Ricardo Oyama , Paula Nishiyama , Arnold Peter Paul Achermann , Carlos Alberto Alvares da Silva , Alan Pinheiro de Almeida , Victor Gualda Galoro , Sergio Seiji Yamada Data: 14 DE SETEMBROHorário: 16h20-16h30Local: SALA ARUJÁ TL-52 - Características clínico-laboratoriais dos pacientes atendidos pela Liga de Doença Renal Crônica (LDRC) da Faculdade Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia de Medicina da Universidade de São Paulo Pinesi HT, Rodrigues KR, Sato VAH, Caires RA, Abensur H , Zatz R Mariana Ribeiro do Valle Nogueira, NATáLIA BARALDI CUNHA, Laís Baltieri Momesso, João Luiz Amaro Data: 14 DE SETEMBROHorário: 16h30-16h40Local: SALA ARUJÁ Data: 16 DE SETEMBROHorário: 15h10-15h20Local: BALLROOM B TL-53 - DOENÇA RENAL CRÔNICA: RESULTADOS DE BUSCA ATIVA EM CENÁRIOS DISTINTOS TL-66 - Outras nefropatias no paciente diabético: estamos negligênciando esse diagnóstico? MARCOS ANTONIO MARTON FILHO, Edwa Bucuvic, Jacqueline Costa Teixeira Caramori Data: 14 DE SETEMBROHorário: 16h40-16h50Local: SALA ARUJÁ TL-54 - Presença das alterações no sedimento urinário e fatores de risco para doença renal crônica em jovens participantes da Campanha do Dia Mundial do Rim Rebuski FB, Cumay A, Morales AG, Costa CC, Gregory C, Rocha E, Brisola FB, Reis FO, Diotto F, Falleiros L, Oliveira MT, Andrade R, Hamamoto RHF, SOEIRO EMD, PEREIRA BJ Data: 14 DE SETEMBROHorário: 16h50-17h00Local: SALA ARUJÁ MULTIPROFISSIONAL (I ENCONTRO MULTIPROFISSIONAL EM NEFROLOGIA) TL-55 - A VIVÊNCIA DE PACIENTES EM HEMODIÁLISE: UM ESTUDO QUALITATIVO GABRIELA AZEVEDO DE SOUZA BRUZOS, MARIA LÚCIA ARAÚJO SADALA, Laudilene Cristina Rebello Marinho Data: 15 DE SETEMBROHorário: 13h40-13h50Local: SALA ARUJÁ TL-56 - AVALIAÇÃO E MANEJO DA OCLUSÃO TROMBÓTICA DOS CATETERES DE LONGA PERMANÊNCIA EM PACIENTES DE HEMODIÁLISE MARCELA LARA MENDES AMARAL, Edwa Maria Bucuvic, João Henrique de Castro, Daniela Ponce Data: 15 DE SETEMBROHorário: 14h10-14h20Local: SALA ARUJÁ TL-57 - CENTRO DE TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA - ACREDITADO NÍVEL 2 RELATO DE EXPERIÊNCIA DO HOSPITAL ESTADUAL BAURU - SP ANIELA NASCIMENTO PIVOTTO, ELDA GARBO PINTO, MICHELY DAYANE CAMPOS BRITO, NATALIA CRISTINA FERREIRA, MIRELA MARIA ALLONSO, ARIANE CORTI, LUCIANA FASSONI RUFINO, CLAUDIA HELENA BONZATTO LUPPI, ELIANA ALVES DE LIMA Data: 15 DE SETEMBROHorário: 14h00-14h10Local: SALA ARUJÁ TL-58 - ESTUDO COMPARATIVO DOS NÍVEIS DE STRESS ENTRE PACIENTES RENAIS CRÔNICOS SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE E OUTRAS TRÊS POPULAÇÕES Bárbara Souza Luz Pinheiro, Fabiano Freire de Oliveira Macedo, Sara Gondim de Souza de Toledo, Carlos Eiji Koga, MARCELLO FABIANO DE FRANCO, Carlos Alberto Balda Data: 16 DE SETEMBROHorário: 15h20-15h30Local: BALLROOM B NUTRIÇÃO (I FORUM NACIONAL DE NUTRIÇÃO EM NEFROLOGIA) TL-67 - Associação do Escore de Desnutrição e Inflamação com a força de preensão manual em pacientes com doença renal crônica na fase não-dialítica FERNANDA CASSULLO AMPARO, Antonio Carlos Cordeiro, Juan Jesús Carrero, Lilian Cuppari, Bengt Lindholm, Celso Amodeo, Amanda Guerra de Moraes Rego Sousa, Maria Ayako Kamimura Data: 17 DE SETEMBROHorário: 8h30-8h40Local: BALLROOM A TL-68 - Comparação do gasto energético de repouso obtido pela calorimetria indireta com equações de predição em idosos com doença renal crônica em hemodiálise JULIANA CORDEIRO DIAS RODRIGUES, Fernando Lamarca Pardo, Renata Lemos Fetter, Fernanda Guedes BIGOGNO, Carla Maria Avesani Data: 17 DE SETEMBROHorário: 8h40-8h50Local: BALLROOM A TL-69 - EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO COM CASTANHA-DO BRASIL SOBRE O ESTRESSE OXIDATIVO EM PACIENTES EM HEMODIÁLISE MILENA BARCZA STOCKLER PINTO, Julie Lobo, Cristiane Moraes, Najla Elias Farage, Gilson Teles Boaventura, Denise Mafra, Olaf Malm Data: 17 DE SETEMBROHorário: 8h50-9h00Local: BALLROOM A TL-70 - Efeitos dos óleos de oliva e de linhaça em comparação ao óleo mineral no tratamento da constipação intestinal de pacientes em hemodiálise DANIELA GIMENES GRILLI, ALINE FÁTIMA ANDRADE DE LIMA, LILIAN CUPPARI Data: 17 DE SETEMBROHorário: 9h00-9h10Local: BALLROOM A CLAUDIA MARINI LEONARDI, Paula Freire, Christiane H. Karam, Claudio S. Melaragno, Paulo S. Luconi, Fernando Almeida TL-71 - GORDURA DO TRONCO COMO MARCADOR DE ADIPOSIDADE VISCERAL EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA Data: 15 DE SETEMBROHorário: 14h20-14h30Local: SALA ARUJÁ MARIANA LEISTER ROCHA, MARIA AYAKO KAMIMURA, LILIAN CUPPARI TL-59 - ESTUDO COMPARATIVO DOS SINTOMAS DE ANSIEDADE E DEPRESSÃO ENTRE PACIENTES RENAIS CRÔNICOS SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE E OUTRAS TRÊS POPULAÇÕES Data: 17 DE SETEMBROHorário: 9h10-9h20Local: BALLROOM A CLAUDIA MARINI LEONARDI, Paula Freire, Christiane H. Karam, Claudio S. Melaragno, Paulo S. Luconi, Fernando Almeida Data: 15 DE SETEMBROHorário: 14h30-14h40Local: SALA ARUJÁ TL-72 - Suplementação com colecalciferol em pacientes com doença renal crônica e insuficiência de vitamina D: um estudo controlado e randomizado Miriam Garcia-Lopes, Roberta Pillar, Maria Ayako Kamimura, Lillian Rocha, Maria Eugênia Canziani, Aluizio B. Carvalho, LILIAN CUPPARI TL-60 - IMPACTO DE UM PROGRAMA DE FISIOTERAPIA NA CAPACIDADE FUNCIONAL E NA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES RENAIS CRÔNICOS SUBMETIDOS A TERAPIA SUBSTITIVA Data: 17 DE SETEMBROHorário: 9h20-9h30Local: BALLROOM A Venceslau, A V C, Santos, A M , Boulitreau, K, Henriques, M MILENE PERON RODRIGUES PINTO, Marina Nogueira Berbel, Cassiana Regina de Góes, Daniela Ponce, André Luís Balbi Data: 15 DE SETEMBROHorário: 13h50-14h00Local: SALA ARUJÁ NEFROLOGIA CLÍNICA TL-61 - A Suplementação de Bicarbonato de sódio diminui a concentração de LDL eletronegativa de pacientes renais crônicos em tratamento conservador FELIPE RIZZETTO SANTOS, DENISE MAFRA, DULCINÉIA SAES PARRA, DEISE DE BONI DE CARVALHO, MAURILO LEITE JUNIOR TL-73 - Variáveis associadas à mortalidade na primeira avaliação nutricional realizada em pacientes com Lesão Renal Aguda Data: 17 DE SETEMBROHorário: 9h30-9h40Local: BALLROOM A TRANSPLANTE RENAL TL-74 - Influência da organização do programa de transplante na eficiência e nos resultados obtidos Ana Paula Maia Baptista, Luciana Wang Gusukuma, Marcela Rabelo Portugal de Alencar, Taina Veras de Sandes Freitas, Helio Tedesco Silva Junior, Jose Osmar Medina Pestana Data: 16 DE SETEMBROHorário: 14h30-14h40Local: BALLROOM B Data: 16 DE SETEMBROHorário: 14h30-14h40Local: MAIRIPORÃ TL-62 - Avaliação dos fatores de risco para litíase renal no pósoperatório tardio de cirurgia bariátrica TL-75 - PAPEL DA PLASMAFERESE NO TRATAMENTO DA GESF RECORRENTE LEILA FROEDER, ALESSANDRA CALÁBRIA BAXMANN, ITA PEFEFERMAN HEILBERG Data: 16 DE SETEMBROHorário: 14h40-14h50Local: BALLROOM B TL-63 - Estimativa da taxa de filtração glomerular na população brasileira: correção para raça é necessária? JULIANA A. ZANOCCO, SONIA K. NISHIDA, AMÉLIA RODRIGUES PEREIRA, MICHELLE TIVERON, MARCELO S. SILVA, APARECIDO B. PEREIRA, GIANNA MASTROIANNI KIRSZTAJN Data: 16 DE SETEMBROHorário: 14h50-15h00Local: BALLROOM B TL-64 - Fatores predisponentes para trombose venosa profunda em crianças e adolescentes com síndrome nefrótica Belangero VMS , Candelaria GTP Data: 16 DE SETEMBROHorário: 15h00-15h10Local: BALLROOM B TL-65 - Importância do tratamento clínico associado à orientação nutricional na prevenção da recorrência da litíase urinária CARMEN REGINA PETEAN RUIZ AMARO, Patrícia Capuzzo Garcia Damasio, Thaísa de Assis, TAINá VERAS DE SANDES FREITAS, Henrique Pinheiro Konigsfeld, Saurus Mayer Coutinho, Gianna Mastroianni Kirsztajn, Karin Zattar Cecyn, Hélio Tedesco-Silva Junior, José Osmar Medina-Pestana Data: 16 DE SETEMBROHorário: 14h40-14h50Local: MAIRIPORÃ TL-76 - Participação da sinalização via MyD88, do complexo inflamassoma e do padrão Th1 no desenvolvimento de nefrite túbulo-intersticial. MATHEUS CORREA-COSTA, TARCIO TEODORO BRAGA, PATRICIA SEMEDO, CAROLINE YURI HAYASHIDA, ROSA MARIA ELIAS, CLAUDIENE RODRIGUES BARRETO, CLAUDIA SILVA-CUNHA, MEIRE IOSHIE HIYANE, GISELLE MARTINS GONÇALVES, CLARICE FUJIHARA, ROBERTO ZATZ, ALVARO PAC Data: 16 DE SETEMBROHorário: 14h50-15h00Local: MAIRIPORÃ TL-77 - PREVALÊNCIA DE GENES DE VIRULÊNCIA E PERFIL DE RESISTÊNCIA A ANTIMICROBIANOS EM CEPAS DE ESCHERICHIA COLI ISOLADAS DE PACIENTES TRANSPLANTADOS RENAIS COM BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA PRISCILA REINA SILIANO, Jose Osmar Medina-Pestana, ITA PFEFERMAN HEILBERG Data: 16 DE SETEMBROHorário: 15h00-15h10Local: MAIRIPORÃ 7 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia TL-78 - PREVALÊNCIA DE TRANSPLANTADOS RENAIS HIPOVITAMINOSE D EM PACIENTES JULIANA CRISTINA FIGUEIREDO ALVES, ANDREA OLIVARES MAGALHAES, PAULA MIGLIORI RODRIGUES DA ROCHA, MARLA MARIA CARVALHO, PATRICIA MALAFRONTE, LUANA PEDREIRA CORTES DE OLIVEIRA, JOSE FERRAZ SOUZA, YVOTY ALVES DOS SANTOS SENS TL-79 - Sirolimus Em Receptores De Transplante Renal: Análise De Eficácia E Segurança Em Um Grupo De Conversão Não Protocolar Gois, PHF, Rivelli, GG, de Carvalho, IC, da Silva, JO, Mendes, LKP, Pereira, LM , Mazzali, M Data: 16 DE SETEMBROHorário: 15h20-15h30Local: MAIRIPORÃ Data: 16 DE SETEMBROHorário: 15h10-15h20Local: MAIRIPORÃ SESSÃO POSTER - DIAS E HORÁRIOS DE APRESENTAÇÃO DIÁLISE PO-01 - A experiência brasileira em Diálise Peritoneal Automatizada Assistida (DPAA): apenas uma terapia paliativa ou uma opção? PO-13 - Biópsia Percutânea Do Enxerto Renal: Complicações, Riscos E Preditores MARCIA REGINA GIANOTTI FRANCO, Natália Fernandes, Claúdia Azevedo Ribeiro, Jose Carolino Divino Filho, Glória Lima Gois, PHF, da Silva, JO, Esteves, ABA, de Carvalho, IC, MENDES, LKP, Rivelli, GG , Mazzali, M Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-02 - A utilização do SF36 como indicador de assistência multidisciplinar para pacientes portadores de Doença Renal Crônica (DRC), estágios 1, 2, 3 e 4 Pricila M Romero, Christiane Hegedus Karam, Eduardo P Luciano, Patricia Abreu, Claudio S. Melaragno, Paulo Luconni Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-03 - Achados do Blink-reflex em pacientes urêmicos em hemodiálise relacionados a provável neuropatia trigeminal BERTOTTI MEZ, BALBI AL, CARAMORI JCT, MARTIN LC, BERTOTTI MFZ, BARRETTI P, RESENDE LAL Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-04 - Alterações de nervos cranianos em pacientes urêmicos em hemodiálise MARCIA ELAINE ZEUGNER BERTOTTI, ANDRÉ LUÍS BALBI, JACQUELINE COSTA TEIXEIRA CARAMORI, LUÍS CUADRADO MARTIN, PASQUAL BARRETTI, LUIZ ANTONIO DE LIMA RESENDE Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-14 - Caracterização clínico-demográfica de pacientes transplantados com Nefropatia por IgA antes e/ou depois do transplante renal. LEMES-CANUTO, APPS, SANDES-FREITAS, TV, MEDINA-PESTANA, JO, MASTROIANNI-KIRSZTAJN, G Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-15 - Comprometimento cognitivo em pacientes com insuficiência renal crônica avançada (IRCA) em diferentes tratamentos ANA TERESA DE ABREU RAMOS CERQUEIRA, QUEIROZ, C.M.T , BALBI, A Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-16 - Conhecemos as alergias dos nossos pacientes em programa de hemodiálise? LUCIANA SENA DE MENDONçA, Vanessa Brasil Silva, Anete Fiais Caldas, Cácia Mendes Matos Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-17 - Controle de qualidade em uma população em hemodiálise: o desafio do desvio padrão PO-05 - Alterações Eletrocardiográficas em Pacientes Portadores de Doença Renal Crônica (DRC) Terminal (Estadio 5) Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Fernando Antonio de Almeida Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-06 - Alterações odontológicas em pacientes com insuficiência renal crônica em hemodiálise MARCIA ELAINE ZEUGNER BERTOTTI, André Luís Balbi, Jacqueline Costa Teixeira Caramori, Luís Cuadrado Martin, Pasqual Barretti, Luiz Antonio de Lima Resende Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-07 - Análise do Risco Cardiovascular em Pacientes em Hemodiálise Portadores de Depressão Gabriel de Almeida Ferreira, Eduardo de Paiva Luciano, Priscila Romero, Gilson Fernandes Ruivo Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-08 - Análise dos Eventos Adversos em Hemodiálise LUCIANA SENA DE MENDONçA, Vanessa Brasil Silva, Anete Fiais Caldas, Maria Cristiane Sales de Oliveira, Cácia Mendes Matos Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-09 - AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO COGNITIVA EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA EM HEMODIÁLISE Mendonça KG, Presídio GA, Soutinho MFL, Loureiro JL, Pacheco GA, Silva AAB, Gouveia EA, Oliveira, CAF, Ressurreição FAMS Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-10 - Avaliação da hemoglobina (Hb) baixa nos pacientes renais crônicos em terapia de substituição renal por hemodiálise (HD) em uma clínica conveniada ao SUS Frazao J E , Alecrim N K N , Alves C S , Valente L. , Neiva S C Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E MANUEL CARLOS MARTINS CASTRO, Xagoraris M, Centeno JR, Gonzaga KBC, Marotta AMM, Barros GPT, Souza JAC PO-18 - Cuidado pré-diálise e hemodiálise prévia, mas não a variabilidade da hemoglobina, são preditores independentes de mortalidade associada a anemia em pacientes incidentes em diálise peritoneal Moraes TH, Gonçalves S, Dal Lago EA, Kloster S, Boros G, Colombo M, Raboni L, Olandoski M, Fernandes N, Qureshi AR, Divino-Filho JC, Pecoits-Filho R Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-19 - Deficiência de Zinco em pacientes hemodialisados: implicações para aterosclerose JULIE CALIXTO LOBO, Milena Barcza Stockler Pinto, Najla Elias Farage, Tanize Faulin, Dulcinéia Saes Parra Abdalla, João Paulo Machado Torres, Denise Mafra Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-20 - Demandas Apresentadas ao Serviço Social em um Centro de Diálise: considerações através de um estudo de caso HANNAH OLIVEIRA COUTINHO, MARIA DAS GRAÇAS GARCIA E SOUZA Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-21 - Determinantes da hipovitaminose D em pacientes transplantados renais Baxmann AC, Menon VB, Froeder L, Medina-Pestana J, Carvalho AB , Heilberg IP Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-22 - Ecocardiograma pré e pós diálise realizado por nefrologista:Uma ferramenta útil e acessível para avaliação hemodinâmica em pacientes em hemodiálise ADRIANO LUIZ AMMIRATI, Maria Claudia Cruz Andreoli, Nadia Karina Guimaraes de Souza, Thais Nemoto Matsui, Fellype De Carvalho Barreto, Fabiana Dias Carneiro, Ilson Jorge Iizuka, Marisa Aparecida de Souza, Ana Claudia Mallet, Marcelo Luiz Vieira PO-11 - Avaliação da incidência das intercorrências com cateteres de longa permanência em pacientes renais crônicos dialíticos e sua repercussão em curto prazo na evolução clínica Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E BENEDITO JORGE PEREIRA, GUIMARÃES EA, HERNANDEZ M, MAKIDA SCS, SILVA PP, ROMÃO MAF, ABENSUR H, ROMÃO JR JE MANUEL CARLOS MARTINS CASTRO, Xagoraris M, Centeno JR, Gonzaga KBC, Marotta AMM, Barros GPT, Souza JAC Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-12 - Avaliação do consumo alimentar de pacientes sob terapia dialítica: uma análise utilizando como referência variáveis bioquímicas PO-23 - Efeito cumulativo dos índices de qualidade sobre as taxas de mortalidade em hemodiálise Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-24 - EFEITO DA BMP-7 E DO TAMOXIFENO EM MODELO DE FIBROSE PERITONEAL DESENVOLVIDO EM RATOS URÊMICOS JULIANA CALIXTO COUTO RAMOS, ROSIMAY LUZ DE OLIVEIRA FILIPE MIRANDA DE OLIVEIRA SILVA, DAYANA GUMS CUNHA VILOSLADA, HUMBERTO DELLÊ, ERIK HALCSIK, MARI CLEIDE SOGAYAR, IRENE DE LOURDES NORONHA Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E 8 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia PO-25 - Efeito da heme-oxigenase1 na doença renal crônica (DRC) induzida pelo diabetes mellitus em ratos PO-40 - Necrose de Papila Renal em paciente portador de Anemia Falciforme ELLEN DE OLIVEIRA NARCISO PITLOVANCIV, Luciana A Reis, Edson A Pessoa, Fernanda T Borges, Manuel de J Simões, Nestor Schor ANDRADE, R, PEREIRA, BJ, MAKIDA, SCS, OLIVEIRA, RB, ROMÃO JR, JE Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-26 - EFEITOS DA REDUÇÃO DE SÓDIO NA DIETA E DO SÓDIO NO DIALISATO SOBRE A ÁGUA CORPORAL E MARCADORES INFLAMATÓRIOS EM PACIENTES HEMODIALISADOS LIDIANE SILVA RODRIGUES TELINI PO-27 - EMPREGO DOS DIAGRAMAS DE CONTROLE PARA MONITORIZAÇÃO DAS INFECÇÕES DE CORRENTE SANGUÍNEA EM SERVIÇO DE HEMODIÁLISE DANIELA PONCE, Silvia Eduara de Albuquerque, Sandra M Q Ricchetti, Ricardo S Cavalante, Marcela de Lara Mendes, João Henrique Castro, Carlos Magno Fortaleza Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E CHRISTIANE HEGEDUS KARAM, Maria Claudia C. Andreoli, Nadia Karina Guimaraes Souza, Adriano L. Ammirati, Thais N.Matsui, Fabiana D. Carneiro, Rosana M. Cardoso, Ilson J. Iizuka, Ana Merzel Kernkraut, Bento F. Cardoso dos Santos Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Lopes MB, Araújo LMQ, Cendoroglo MS, Sesso RC morbi-mortalidade SANCHES M, LUCCA LJ, COSTA JAC PO-43 - Perfil clonal de Staphylococcus aureus resistentes à oxacilina isolados de peritonites em diálise peritoneal CARLOS HENRIQUE CAMARGO, DANILO FLÁVIO MORAES RIBOLI, ALESSANDRO LIA MONDELLI, JACQUELINE TEIXEIRA CARAMORI, AUGUSTO CEZAR MONTELLI, MARIA DE LOURDES RIBEIRO DE SOUZA DA CUNHA, PASQUAL BARRETTI PO-44 - PERFIL DOS PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA DIALÍTICA INTERNADOS EM UMA ENFERMARIA DE CLÍNICA MÉDICA PAULO ROBERTO SANTOS, Silbere Silva do Amaral Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E vs. PO-42 - Orientação nutricional e do uso do quelante de fósforo no controle da hiperfosfatemia de pacientes em hemodiálise Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-29 - Função Renal e Microalbuminúria em Octogenários e Nonagenários Acompanhados em um Ambulatório de Geriatria qualidade Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-28 - Função Física e Tempo de Diálise como determinantes para sintomas de depressão de PO-41 - Nefrologia intervencionista: A confecção do acesso vascular (fístula arteriovenosa) para hemodiálise pelo nefrologista: experiência no serviço de terapia renal substitutiva do município de Jacobina, interior da Bahia Flávio Menezes de Paula, Sérgio Fernando Ferreira dos Santos, Monique Coutinho da Silva Menezes de Paula, Levi Bahia, Indalécio Magalhães Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-30 - Gestão hemodiálise Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E em MANUEL CARLOS MARTINS CASTRO, Xagoraris M, Centeno JR, Gonzaga KBC, Marotta AMM, Barros GPT, Souza JAC Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-31 - Hipertensão Pulmonar secundária a Fistula arteriovenosa de alto débito FRANCISCO RAFAEL DO NASCIMENTO ALMEIDA, MARCELO CARVALHO NAVES RIBEIRO, MARIANA SALOMAO BRAGA, GABRIELA RODRIGUES DE SOUZA, BRUNO MARTINS TOKUDA, HEBERT HENRIQUE CAPUCI, VERONICA MARIA PEREIRA COSTA, RAFAEL AUGUSTO BORGES PAVANI, RAFAEL DINARDI MA Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-32 - Hipertrofia ventricular e mortalidade cardiovascular em pacientes de hemodiálise de baixo nível educacional ROSANA DOS SANTOS E SILVA MARTIN, MARTIN LC, Franco RJS, Barretti P, Caramori JSCT, Castro JH, Antunes AA, Basan SGZ, Matsubara BB, Martins AS Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-33 - IMPACTO DO REUSO DE DIALISADORES NOS MARCADORES INFLAMATÓRIOS E DE PEROXIDAÇÃO LIPÍDICA EM PACIENTES EM HEMODIÁLISE CARLA BARBOSA MURARO FURLAN , HUGO ABENSUR , MANUEL CARLOS MARTINS DE CASTRO , JOAO EGIDIO ROMAO JUNIOR Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-34 - Infecção da Corrente Sanguínea relacionada a cateter venoso central: atuação de enfermagem MICHELY D. C. BRITO, Claudia Cyrino, Paula Chadi Tondatti, Elaine Silva de Freitas, Deborah Cristina Moraes Baptista, Marília Ferreira Figueiredo, Milene Mendonça Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-35 - INFLUÊNCIA DA ANEMIA NA FORÇA MUSCULAR DE PACIENTES SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE PEDRUZZI LM LEAL VO, BARROS AF, LOBO JC, MAFRA D Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-36 - INIBIÇÃO DA ATIVIDADE DA RENINA PELO LIPOPOLISSACARÍDEO DE Escherichia coli VIVIANE PEREIRA LIMA, WALDEMAR SILVA ALMEIDA, NESTOR SCHOR Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-37 - INTERVENÇÃO DIALÍTICA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA Leticia de Oliveira, Ana Lúcia Carvalho, Dermilene Aparecida Martins Madeira, Francisco Roberto Lello Santos, Edson Nogueira Alves Rodrigues Júnior Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-38 - Mortalidade cardiovascular de pacientes em hemodiálise: Análise de dois anos de follow-up JULIE CALIXTO LOBO, Milena Barcza Stockler Pinto, Najla Elias Farage, Luiz Guilhermo Coca Velarde, João Paulo Machado Torres, Denise Mafra Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-39 - Mortalidade de pacientes portadores de doença crônica em programa regular de hemodiálise no período de dez anos em um único centro de diálise PO-45 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INFECÇÕES ASSOCIADAS A CATETER TEMPORÁRIO DE DUPLO LUMEN EM HEMODIÁLISE RUY CESAR SANTOS SALOMãO SCKAYER, TULIO COELHO CARVALHO, MIGUEL MOYSES NETO, ANA CAROLINA C F ABREU, RODOLFO ANTONIO NASCIMENTO, OSVALDO MEREGE VIEIRA NETO, NATHALIA PEREIRA PASCHOALIN, CAROLINA TELLES BARRETO Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-46 - PERFIL SOCIOECONÔMICO DE PACIENTES RENAIS CRÔNICOS EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO EM CLÍNICA PRIVADA DA CIDADE DE MACEIÓ Presídio GA, Loureiro JL, Mendonça KG, Soutinho MFL, Pacheco GA, Silva AAB, Ressurreição FAMS, Gouveia EA, Oliveira CAF Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-47 - Peritonite Bacteriana Causada por Staphylococcus epidermidis Multi Resistente na Diálise Peritoneal em Paciente Sem Acesso Vascular BRUNO ZAWADZKI, Renata Lima, Beatriz Penedo Leite, Maurilo Leite Junior Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-48 - Polineuropatia periférica em pacientes com insuficiência renal crônica em hemodiálise BERTOTTI MEZ , BALBI AL, CARAMORI JCT, MARTIN LC, BERTOTTI MFZ, BARRETTI P, RESENDE LAL Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-49 - Preditores da evolução clínica das peritonites: Resultados do estudo multicêntrico brasileiro em diálise peritoneal (BRAZ PD) PASQUAL BARRETTI, Thyago P. Moraes, José Carolino Divino Filho, Jacqueline Teixeira Caramori, Luis Cuadrado Martin, Marcia Olandowski, Roberto Pecoits Filho Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-50 - Preditores de calcificação em pacientes hemodialisados FRANCIELI DELATIM VANNINI, Aline de Araújo Antunes, Bárbara Perez Vogt, João Henrique Castro, Luis Cuadrado Martin, Altamir Sntos Teixeira, Pasqual Barretti Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-51 - PREVALENCIA DE HIPOVITAMINOSE D EM PACIENTE RENAIS CRÔNICOS DIALÍTICOS DO COMPLEXO HOSPITALAR EDMUNDO VASCONCELOS EDUARDO DE PAIVA LUCIANO, DAVID KORN, LILIAN C FERREIRA CUENCA, JORGE ENRIQUE PORTELA LOPEZ Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-52 - PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA EM PACIENTES DESNUTRIDOS EM HEMODIÁLISE PAMELA DE ALENCAR FORTALEZA SOUSA, Marcos Kubrusly, Cláudia Maria Costa de Oliveira, Antônio Luíz Carneiro Jerônimo, Patricia Saldanha Freire Simões, Paula Nathana Rabelo Galdino, Rodrigo de Oliveira Lima Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-53 - Prevalência e fatores associados à anemia em pacientes submetidos à diálise peritoneal ambulatorial MARISA CRISTIANE CARDOSO DE OLIVEIRA, Fabio Simões Lopes, Juliana Dotti, Barbara H. B. Moreto, Camila B. S. Barros, Maria Claudia C. Andreoli, Marcos A. Madaleto, Sergio A. Draibe, Adriano Luiz Ammirati, Maria Eugênia F. Canziani Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-54 - Provável valor prognóstico do Blink-reflex na uremia Caetano CP, Rabelo EC, Rabelo VC, Pereira ERS BERTOTTI MEZ , BALBI AL, CARAMORI JCT, MARTIN LC, BERTOTTI MFZ, BARRETTI P, RESENDE LAL Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E 9 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia PO-55 - Qualidade de vida (QV) de pessoas com Insuficiência Renal Crônica Avançada (IRCA) em diferentes tratamentos PO-69 - Evolução da Doença Mineral Óssea Nos Pacientes Dialíticos e Impacto das Novas Diretrizes do KDIGO ANA TERESA DE ABREU RAMOS CERQUEIRA, CAMILA MORAES TEIXEIRA QUEIROZ, ANDRÉ BALBI Fabiano Bichuette Custodio, Bruno Martins Tokuda, João Fernando Picollo de Oliveira Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-56 - QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES EM HEMODIÁLISE PO-70 - Expressão do fator de crescimento de fibroblasto 23 (FGF23) em tecido ósseo de pacientes litiásicos hipercalciúricos Leonardo Diniz da Cruz Cândido, Rafael Souza da Silva, Aline Daniela Borges, VANDERLEY GERALDO GARBAZZA MENON, VB, ALVES, MTS, MOYSÉS, RM, JORGETTI, V, HEILBERG, IP Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-57 - Resultados clinicos no transplante renal de pacientes obesos PO-71 - FATORES DE RISCO PARA HIPERFOSFATEMIA EM PACIENTE SUBMETIDOS A TRATAMENTO DE HEMODIÁLISE Gusukuma LW, Harada KM, Baptista APM, Alencar MRP, Sandes-Freitas, Tedesco-Silva, Medina-Pestana JO Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-58 - Risco de óbito nos pacientes em hemodiálise com cateter venoso versus fistula arteriovenosa MANUEL CARLOS MARTINS CASTRO, Luiz JMF, Kimura LO, Paiva GH, Lima SG, Lima EMA, Ribeiro Jr E, Martins CTB Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-59 - Sepse associada ao cateter para hemodiálise: perfil dos pacientes e epidemiologia das infecções em uma clínica de hemodiálise brasileira ASTRéA RAMOS DE ARAúJO, SARA MOREIRA FRANCISCHINI, MÁRCIA BESSA, EDSON LUIZ PASCHOALIN, SANDRA REGINA PASCHOALIN Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-72 - Hipovitaminose D em pacientes com Doença Renal Crônica em tratamento hemodialítico BRUNO MARTINS TOKUDA, FABIANO BICHUETTE-CUSTÓDIO, VERÔNICA MARIA PEREIRA COSTA, MARIANA DE MORAES FRANÇOSO, JOÃO FERNANDO PICOLLO DE OLIVEIRA Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-73 - Neoplasia endócrina múltipla tipo I em doente renal crônico não dialítico RENATA DE ALMEIDA FRANçA, Patrícia Bento Guerra, Vinícius Bortoloti Péterle, Lilian Silva Santos, Mirna Lucia Quevedo, Daniele Bulotto, Lauro Vasconcelos RAFAEL SOUZA DA SILVA, LEONARDO DINIZ DA CRUZ CANDIDO, VANDERLEY GERALDO GARBAZZA Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-74 - Paratireoidectomia subtotal no tratamento do Hiperparatireoidismo Secundário a Insuficiência Renal Crônica PO-60 - SÍNDROME METABÓLICA EM HEMODIÁLISE: PREVALÊNCIA SEGUNDO DOIS CRITÉRIOS PAMELA DE ALENCAR FORTALEZA SOUSA, Paula Nathana Rabelo Galdino, Marcos Kubrusly, Cláudia Maria Costa de Oliveira, Antônio Luíz Carneiro Jerônimo, Patricia Saldanha Freire Simões, Rodrigo de Oliveira Lima Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-61 - TRATAMENTO CRONICO COM GLICOSE DIMINUI A ATIVIDADE DE NHE3 EM CÉLULAS HEK-293 TRANSFECTADAS COM hSGLT1 OLIVIA BELOTO DA SILVA, Maria Oliveira de Souza Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-62 - USO DA BIOIMPEDÂNCIA BODY COMPOSITION MONITOR (BCM) PARA AVALIAÇÃO DO EXCESSO DE ÁGUA CORPORAL DE PACIENTES EM HEMODIÁLISE Mariana Rambelli Bibian, Fabíola Pansani Maniglia, Renata Moneda A. dos Santos, José Abrão Cardeal da Costa Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-63 - Validade de Escores de Desnutrição quanto ao Prognóstico Fatal em HD Flávia Regina Toledo, Aline de Araujo Antunes, Francieli Cristina Delatim Vannini, Liciana Vaz de Arruda Silveira, Pasqual Barretti, Jaqueline Costa Teixeira Caramori Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E ANIETTE RENOM ESPINEIRA, José Vaner Pedigone, Maria Bernadette Moretti, Francisco Tosi Maníglia, Célia da Penha Cornélio, Débora Augusta Teodoro Sampaio de Almeida, Aline Junqueira Bezerra, Tasmania Ricordi Barbosa, Maria Célia Nascimento Cossi Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-75 - Relação entre PTH, fosfatase alcalina total e fosfatase alcalina fração óssea: implicações fisiopatológicas Santos RSS, Onusic VL, Castro MCM Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-76 - Relato de Caso: Leontíase Óssea Urêmica Cunha TCM, Rebelo BRR, Brito ATAB, Lopes, RAS, Rebouças RFB, Costa NGS , Arimatéa GGQ, Rebouças PFB Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-77 - Relato de Caso: Osteomalácia grave por Síndrome de Fanconi secundária à gamopatia monoclonal de cadeia leve DIOGO BUARQUE CORDEIRO CABRAL, BÁRBARA SOUZA LUZ PINHEIRO, FABIANO FREIRE DE OLIVEIRA MACÊDO, MICHEL PHILIPP, MARCELINO DE SOUZA DURÃO JR., ALUÍZIO BARBOSA CARVALHO Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-78 - Síndrome de compressão medular causada por tumor marrom secundário a hiperparatireoidismo: Relato de Caso Rebelo BRR, Cunha TCM, Brito ATAB , Lopes, RAS, Rebouças RFB, Costa NGS, Arimatéa GGQ, Rebouças PFB Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Distúrbios do metabolismo mineral e ósseo PO-64 - Ca, P e hiperparatireoidismo secundário. Considerações a respeito de um caso PO-79 - Uso de dobutamina como modulador da cintilografia com MIBI de paratireóides persistentes pós paratireidectomia. Relato de 02 casos JENNER CRUZ, SILVANA KESROUANI, RUI ALBERTO GOMES, FATIMA COSTA MATIAS PELARIGO JANAINA DA SILVA MARTINS, ELIANE ALVES FREITAS SOUZA, PAULA RENATA RODRIGUES, ANTONIO FIEL CRUZ JUNIOR Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-65 - Diálise como opção de tratamento para Calcinose Tumoral Primária em paciente com uma nova mutação do FGF DOENÇA RENAL CRÔNICA Goldenstein PT, Castro MCM, Oliveira RB, Abensur H, Luders C, Pereira AC, Elias RM, Romão JE, Jorgetti V, Moyses RMA Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-66 - Dificuldades para realização do teste com desferoxamina no interior do Paraná PO-80 - A EXPRESSÃO DA HEME OXIGENASE-1 INDUZIDA POR HEMIN EM CÉLULAS ENDOTELIAIS DE CORDÃO UMBILICAL HUMANO E A TRANSIÇÃO DO ENDOTÉLIO MESENQUIMAL PELO TGF-b CLARICE SILVIA TAEMI ORIGASSA, Fábia Andrea Salvador, Flávia Balbeira Carrasco, Fernanda Pita Costa, Eliana Nogueira, Marcos Antônio Cenedeze JANAINA DA SILVA MARTINS, Leticia Silva Dantas Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-81 - A QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTE RENAL CRÔNICO EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO PO-67 - DISTÚRBIO MINERAL E ÓSSEO EM PACIENTES RENAIS CRÔNICOS SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE Mariella Silva Caliman Monteiro, Rafaela dos Santos Feijó, Juliana Barbosa Daleprane Pontes DP, Araújo RG, Barbosa MSS, Arruda FG, Luz Neto LM Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-82 - A terapia combinada de Losartan (L) e Hidroclorotiazida (H) detêm a progressão da lesão renal e reverte os eventos celulares no modelo de ablação renal de 5/6 (Nx) PO-68 - EFEITOS DA EXPRESSÃO DIFERENCIAL QUANTITATIVA DE Pkd1 SOBRE OS PARÂMETROS URINÁRIOS POTENCIALMENTE ENVOLVIDOS NA NEFROLITÍASE ASSOCIADA À DOENÇA POLICÍSTICA RENAL AUTOSSÔMICA DOMINANTE (DRPAD) RENATO RIBEIRO NOGUEIRA FERRAZ, Jonathan Mackowiak Fonseca, Gregory Germino, Luiz Fernando Onuchic, Ita Pfeferman Heilberg Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E 10 Costa SR, Valente CP, Okabe C , Machado FG, Fanelli C, Sena CR, Barlette GP, Viana VL, Malheiros DM, Zatz R, Fujihara CK Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-83 - Análise das alterações cardiovasculares decorrentes de calcificação vascular, a partir dos métodos não invasivos, Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia em uma população de pacientes com doença renal crônica nos estágios IV e V THOMAZ CANEDO DE MAGALHAES FILHO, Lygia Maria Soares Fernandes Vieira submetidos à hemodiálise Juliana Saldanha, Julie Lobo, Milena Barcza Stockler Pinto, Viviane Leal, Antonio Calixto, Bruno Geloneze, Denise Mafra Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-84 - ASSOCIAÇÃO DA FERRITINA COM O ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES RENAIS CRÔNICOS SOB TRATAMENTO HEMODIALÍTICO PO-97 - Obestatina plasmática tem correlação com perda de massa muscular e do apetite em pacientes de hemodiálise RUI ALBERTO GOMES, Andrea Lopes Lípolis, Flávia B. Chiang, Fatima C.M. Pelarigo, Silvana Kesrouani, Rogério Y. Matsuda, Jenner Cruz CRISTIANE MORAES, Lobo JC, Stockler-Pinto MB, Barros AF , Raymundo LRS, Mafra D Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-98 - PERFIL DA VITAMINA D EM PACIENTES RENAIS CRÔNICOS EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO - NOTA PRÉVIA PO-85 - ASSOCIAÇÃO DA FUNÇÃO COGNITIVA COM NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA EM RENAIS CRÔNICOS EM HEMODIÁLISE BELIK FS, Shiraishi FG, Silva VRO, Barretti P, Caramori JCT, Martin LC, Franco RJS RUI ALBERTO GOMES, Caren Dias Ellerkmann, Bruna Sibon, Fátima C. M. Pelarigo, Rogério Y. Matsuda, Silvana Kesrouani, Jenner Cruz Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-86 - Correspondência entre as fórmulas MDRD e CockcroftGault para estimativa de função renal em população de idosos em uma unidade básica de saúde PO-99 - PERFIL DE PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) ACOMPANHADOS EM TRATAMENTO CONSERVADOR E ENCAMINHADOS PARA TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA (TRS) ANA TEREZA AZEREDO BASTOS BRITO, Marilia Rodovalho Guimaraes, Edna Regina S Pereira, Nayara Gomes S da Costa, Gustavo Guilherme Q Arimatéa, Talita Clementino M Cunha, Bianca R Rodrigues Rebelo, Isadora Crossara A Teixeira LUCILA VALENTE, Marcelo Pereira, VICTOR DE CARVALHO BRITO PONTES, MARINA FARIAS LOUREIRO AMORIM, ELINE FARIAS SILVA, MARIANNA FREITAS, SANDRA MARIA NEIVA COELHO Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-100 - PERFIL DOS PACIENTES ADMITIDOS NO AMBULATÓRIO DE DOENÇA RENAL CRÔNICA EM TRATAMENTO CONSERVADOR DE UM HOSPITAL TERCIÁRIO DO RECIFE PO-87 - Efeito do exercício resistido intradiálise em pacientes com doença renal crônica Bruna dos Santos Lourenço, Marcos Antonio do Nascimento, Thiago dos Santos Rosa, Anderson S. Haro, Vicente Nicolielo Siqueira, Sergio Tufik, Marco Túlio de Mello, Maria Eugênia Fernandes Canziani, Elisa Mieko Suemitsu Higa Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-88 - EFEITOS DO EXERCÍCIO NO MODELO 5/6NX DE LESÃO RENAL CRÔNICA MILTON ROCHA MORAES, Patrícia Semedo, DANILO C. ALMEIDA, CLÉVIA S. PASSOS, THIAGO ROSA SANTOS, FERNANDO COSTA, REURY FRANK P. BACURAU, ALVARO PACHECO-SILVA, NIELS OLSEN SARAIVA CÂMARA Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-89 - ENVOLVIMENTO DE MECANISMOS INFLAMATÓRIOS NO MODELO EXPERIMENTAL DE DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) COM UREMIA EM CAMUNDONGOS TATIANA CRISTINA MANZI SENA DOS SANTOS, TATIANA RIBEIRO VALERIO, ERICSON CAVALCANTI GOUVEIA, AMARO MEDEIROS DE ANDRADE Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-101 - PREVALÊNCIA DA DOENÇA DE FABRY EM UMA POPULAÇÃO DE PACIENTES EM HEMODIÁLISE NO ESTADO DE ALAGOAS Santos WAG, Barros HLFG, Santos ES , Costa AFP Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-102 - Prevalência de doença renal crônica em pacientes do programa HIPERDIA de uma unidade básica de saúde de Maceió/AL. Daniele Aragão de Albuquerque, Firmino Elias de Albuquerque Neto, Horácio Luis Fontes Góes de Barros, José Montenegro Júnior, André Falcão Pedrosa Costa Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E ALEXANDRE CHAGAS DE SANTANA, HUMBERTO DELLÊ, Cleonica da Silva, Sérgio Catanozi, Sabrina Degaspari, Cristoforo Scavone, Kim Solez, Paula Blanco, Irene de Lourdes Noronha PO-103 - QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES PORTADORES DE DOENÇA RENAL CRÔNICA EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E LEONARDO DINIZ DA CRUZ CÂNDIDO, Aline Daniela Borges, Rafael Souza da Silva, Vanderley Geraldo Garbazza PO-90 - Exercício crônico com sobrecarga diminui a proteinúria em animais com doença renal crônica (DRC) por nefrectomia 5/6 (Nx5/6) RAFAEL DA SILVA LUIZ, RAMPASO, R. R., TEIXEIRA, L., RAZVICKAS, C., SILVA, K., SCHOR, N. Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-91 - IMPACTO DO EXERCÍCIO AERÓBICO BASEADO NA INTENSIDADE DO PRIMEIRO LIMIAR VENTILATÓRIO SOBRE PARÂMETROS CARDIORESPIRATÓRIOS E CAPACIDADE FUNCIONAL DE PACIENTES COM EXCESSO DE PESO PORTADORES DE DOÊNÇA RENAL CRÔNICA NA FASE NÃO-DIALÍTICA DANILO TAKASHI AOIKE, FLAVIA BARIA, MARIANA ROCHA, MARIA AYAKO KAMIMURA, ADRIANO AMMIRATI, MARCO TÚLIO DE MELLO, LILIAN CUPPARI Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-92 - Inflamação e rigidez arterial em renais crônicos diabéticos: papel da capacidade aeróbica FLáVIO GOBBIS SHIRAISHI, Fernanda Stringuetta Belik, Viviana Rugolo Oliveira e SIlva, Luis Cuadrado Martin, João Carlos Hueb, Renato de Souza Gonçalves, Roberto Jorge da Silva Franco Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-93 - Investigação de doença renal crônica na unidade básica de saúde em pacientes de risco. ANA TEREZA AZEREDO BASTOS BRITO, Edna Regina S Pereira, Nayara Gomes S da Costa, Gustavo Guilherme Q Arimatea, Bianca Rosa Rodrigues, Talita Clementino M Cunha, Marília Rodovalho Guimarães, Ciro Bruno Silveira Costa Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-104 - RELAÇÃO ENTRE O HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO E AS ALTERAÇÕES ECOCARDIOGRÁFICAS EM PACIENTES NÃO DIABÉTICOS EM PROGRAMA DE HEMODIÁLISE EM CLÍNICA PRIVADA DE MACEIÓ JULIANA LINS LOUREIRO, Maria Fernanda Lucena Soutinho, Geórgia de Araújo Pacheco, Katienne Goes Mendonça, Gustavo Alvares Presídio, Agenor Antônio Barros da Silva, Ebeveraldo Amorim Gouveia, Carlos Alexandre Ferreira de Oliveira, Fernando Antônio Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-105 - Relato de caso: Insuficiência Renal Crônica e hiperparatireoidismo primário(carcinoma de paratireoide) CAMPOS BSL, NEVES TJ, SANTOS MM, NETO ABO, NASCIMENTO GVR Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-106 - Sunitinibe (SU), um bloqueador dos receptores do VEGF, promove microangiopatia trombótica e agrava a esclerose glomerular no modelo de ablação renal de 5/6 (Nx) MACHADO, FG , KURIKI, PS, CLARICE KAZUE FUJIHARA, FANELLI, C , DA COSTA, SR, OKABE, C, SENA, CR, BARLETTE, GP, VIANA, VL, MALHEIROS, DMAC, CAMARA, NOS , ZATZ, R Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-107 - The role of Acetylcholine and the development of renal fibrosis Yuri Felipe de Souza Pereira Guise, BRAGA, T. T., SILVA, R. C., HIYANE, M. I., Correa-Costa M., PRADO, C. M., CAMARA, N. O. S. Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-94 - Mieloma múltiplo secretor associado a lesão renal grave em paciente jovem PO-108 - Transplante de membrana amniótica em modelos experimentais de doença renal secundária à lesão de isquemia e reperfusão severa RAFAEL DINARDI MACHADO, FRANCISCO RAFAEL DO NASCIMENTO ALMEIDA, RAFAEL AUGUSTO BORGES PAVANI, RAFAEL DINARDI MACHADO, MARIANA DE MORAES FRANÇOSO, ELBER RAFAEL GONÇALVES, BIANCA BARBOSA LEAL, FERNANDA TOLEDO PIZA FERRAZ, VERONICA MARIA PEREIRA COST MARIA APARECIDA DA GLORIA, Niels Olsen Saraiva Câmara, Cassiano Donizetti de Oliveira, Luis Antônio Moura, Marlene Antônia dos Reis, Alvaro Pacheco e Silva Filho Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-95 - NEFROPATIA URICA CRÔNICA E DOENÇA RENAL CRÔNICA PO-109 - TUBERCULOSE RENAL E DOENÇA RENAL CRÔNICA TERMINAL Nubyhélia M.N. Carvalho, Leandro L. Carvalho, Irineu Moreno de Melo Sobrinho, Itálita F. Linhares, Diego e Silva Almeida, Pedro Ernesto B. Lima, Geraldo B. Silva Júnior, Alexandre B. Libório, Elizabeth F. Daher NUBYHELIA MARIA NEGREIRO DE CARVALHO, Neiberg A. Lima , Leandro L. Carvalho, Irineu Moreno de Melo Sobrinho, Pedro Ernesto B. Lima, Itálita F. Linhares, Diego e Silva Almeida, Carol C. Vasconcelos, Pedro Henrique O. Filgueira , Meissa Kretzmann , T Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-96 - Nesfatin-1: um peptídeo anorexígeno recém descoberto e sua relação com o apetite e a composição corporal de pacientes PO-110 - URIC ACID, INATE IMMUNE RECEPTORS AND THE Th1/Th2 BALANCE IN RENAL FIBROSIS 11 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia Tarcio Teodoro Braga, MATHEUS CORRêA COSTA, Angela Castoldi, Silva-Cunha C, Paulo Albe, Hyiane M I, Simone Teixeira, Katia Regina Perez, Iolanda Cuccovia, Marcelo N Muscara, Giselle Gonçalves, Niels Olsen Saraiva Camara Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Fisiopatologia renal / Nefrologia Experimental (NEFRETICO) PO-111 - A ANGIOTENSINA-(1-7) TEM EFEITO OPOSTO AO DA ANGIOTENSINA II SOBRE O TROCADOR Na+/H+ NO TÚBULO RENAL PROXIMAL CORTICAL IN VIVO REGIANE CARDOSO CASTELO BRANCO, MARGARIDA DE MELLO AIRES Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-112 - ANÁLISE HISTOLÓGICA RENAL EM CAMUNDONGOS SUBMETIDOS À NEFRECTOMIA DE 5/6 NERI EA, PERUZZETTO MC, REBOUÇAS NA Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-125 - Efeito de células-tronco mesenquimais(CTMs)ou seu meio de cultura condicionado(MCC)na obstrução ureteral unilateral(UUO)em ratas ANDREI FURLAN DA SILVA, NESTOR SCHOR, VICENTE DE PAULO CASTRO TEIXEIRA Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-126 - EFEITOS BENEFICOS DA DENERVAÇÃO SIMPÁTICA RENAL SOBRE A FUNÇÃO RENAL E PRESSÃO ARTERIAL DA PROLE DE RATAS DIABETICAS Aline Fernanda de Almeida Chaves Rodrigues, Ingrid Lauren Brites de Lima, Gerhadus Hermanus Maria Schoorlemmer, Guiomar Nascimento Gomes Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-127 - Efeitos da Benfotiamina sobre as EPCs na Disfunção Endotelial secundária ao Diabetes Mellitus tipo 2 em modelo animal Freitas FPS, Meyrelles SS, Vasquez EC , Gava AL GUILHERME EIICHI DA SILVA, Clévia S Passos, Clara Versolato Razsvickas, Luciana Teixeira, Agostinho Tavares, Nestor Schor, Waldemar Silva Almeida Data: 15 e 16 DE SETEMBRO Horário: 16h20-17h3 Local: Sessão Poster - Piso E Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-113 - Artérias Renais Provenientes de Ratos Espontaneamente Hipertensos (SHR) são Refratárias à Ação Vasodilatadora do Peptídeo-1 Semelhante ao Glucagon PO-128 - Efeitos da ingestão de probiótico sobre a função renal e o estresse oxidativo em ratos diabéticos Fernanda de Alcântara Savignano, Bruna Piccolo Muniz Pacheco, Adriana Castello Costa Girardi FABIANE ROMANO MACIEL, GIOVANA RITA PUNARO, ADELSON MARÇAL RODRIGUES, CRISTINA STUART BITTENCOURT BOGSAN, MARCELO MACEDO ROGERO, MARICÊ NOGUEIRA DE OLIVEIRA, ELISA MIEKO SUEMITSU HIGA Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-114 - Atividade diurética e avaliação toxicológica do extrato etanólico de Piper amalago (Piperaceae), em ratos Wistar PO-129 - Efeitos Renais e Cardiovasculares da Eletroacupuntura na Progressão da Doença Renal Experimental em Ratos ANTONIO DA SILVA NOVAES, JONAS DA SILVA MOTA, MARCIO EDUARDO DE BARROS Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-115 - AVALIAÇÃO DO EFEITO DA N-ACETILCISTEÍNA E DO ESTRESSE OXIDATIVO NO RIM DE RATOS UNINEFRECTOMIZADOS COM DIABETES MELLITUS GUILHERME BAIA NOGUEIRA, ADELSON MARÇAL RODRIGUES, FABIANE ROMANO MACIEL, GIOVANA RITA PUNARO, MARGARET GORI MOURO, ELISA MIEKO SUEMITSU HIGA Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-116 - AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DA ERITROPOETINA NA PROGRESSÃO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA EXPERIMENTAL Carvalho FF, Teixeira VP, Almeida WS , Schor N Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-117 - AVALIAÇÃO DOS HORMÔNIOS SEXUAIS FEMININOS NA FUNÇÃO RENAL DE CAMUNDONGOS HIPERCOLESTEROLÊMICOS Carneiro SS, Carminatti RZ, Freitas FPS, Vasquez EC, Meyrelles SS, Gava AL Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-118 - Cafeína pode beneficiar a função renal de ratos hipercolesterolêmicos na infusão aguda de nicotina Mariana dos Santos Silva, Marina Alonso Ferreira, Rubens Park, Eduardo Rissi Silva, Fabíola Oshiro-Monreal, Claudia Maria Barros Helou Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-119 - CÉLULAS TRONCO MESENQUIMAIS MELHORAM A FUNÇÃO RENAL E REDUZEM A HIPERTENSÃO ARTERIAL RENOVASCULAR EXPERIMENTAL Elisabeth B Oliveira Sales, Edgar Maquigussa, Patrícia Semedo, Luciana Guilhermino Pereira, Vanessa Meira Ferreira, Niels OS Câmara, Cassia Toledo Bergamaschi, Rui Ribeiro Campos, Mirian Aparecida Boim Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-120 - Efeito anti-hipertensivo do alpiste (Phalaris canariensis) em ratos espontaneamente hipertensos: papel do triptofano PASSOS CS, Carvalho LN, Ginoza M , Ikuta O, Campos Jr RR, Boim MA Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-121 - EFEITO CRÔNICO DA ANGIOTENSINA II SOBRE A HEMODINÂMICA E FUNÇÃO RENAL.. *Ferreira-Figueiredo CSR e *Oliveira-Souza M.*Universidade de São Paulo, São Paulo CLAUDIA FERREIRA DOS SANTOS RUIZ FIGUEIREDO , Maria Oliveira de Souza Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-122 - EFEITO DA ADMINISTRAÇÃO DE RAÇÃO CONTAMINADA COM A MICOTOXINA FUMOSINA B1 SOBRE PARÂMETROS URINÁRIOS DE RATOS WISTAR ADULTOS EDMARA APARECIDA BARONI, JADE CABESTRE VENANCIO, Nayra Thais D. Branquinho, Samara Siqueira Emerich, Fernando Carlos de Souza, Maria Raquel Marçal Natali Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-123 - Efeito da hiperleptinemia experimental na função renal de ratos JOSNE CARLA PATERNO, Cássia T Bergamaschi, Ruy R Campos, Elisa MS Higa, Maria Fernanda Soares, Nestor Schor, Anaflávia O Freire, Vicente de Paulo Castro Teixeira Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-130 - ESTUDO DO POTENCIAL DE REPARAÇÃO PELAS CÉLULAS TRONCO MESENQUIMAIS (CTMS) NA SEPSE INDUZIDA POR E.COLI EM RATAS. Christo JS, Alencar DR, Tânia ATG, Reis LA, Simões MDJ, Garcia JS, Schor N Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-131 - EVIDÊNCIA PRECOCE DE INFLAMAÇÃO RENAL EM PROLE DE MÃES DIABÉTICAS E SEUS EFEITOS EM LONGO PRAZO MATHEUS CORREA-COSTA, MARISTELLA ALMEIDA LANDGRAF, MARIA DE FÁTIMA CAVANAL, APARECIDA EMIKO HIRATA, NIELS OLSEN SARAIVA CAMARA, FRIDA ZALADEK GIL Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-132 - EXPRESSÃO DE TOLL-4 E HEME OXIGENASE-1 VIA INDUÇÃO POR LPS E HEMIN EM CÉLULA TUBULAR HUMANA IMORTALIZADA MILTON ROCHA MORAES, FÁBIA A SALVADOR, PATRÍCIA SEMEDO, FLAVIO B CARRASCO, DANILO CANDIDO DE ALMEIDA, MARCOS ANTÔNIO CENEDEZE, CLARICE SILVA TAEMI ORIGASSA, ELIANA NOGUEIRA, ALVARO PACHECO-SILVA, NIELS OLSEN SARAIVA CÂMARA Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-133 - EXPRESSÃO DOS RECEPTORES TECIDUAIS DE ANGIOTENSINA II (AngII) E MANIPULAÇÃO TUBULAR RENAL DE SODIO EM PACIENTES OBESOS. ALMEIDA AR, ZANINI M, SOUZA AL, SILVA CA, ETCHEBEHERE M, MESQUITA FF, ALEGRE SM, GONTIJO JAR Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-134 - EXTRATO DE CARAMBOLA (AVERRHOA CARAMBOLA) POR VIA ORAL PRODUZ LESÕES HISTOLÓGICAS RENAIS EM RATOS. EDNA REGINA SILVA PEREIRA, Lorena Lima Barbosa Guimarães, Adilson Donizeti Damasceno, Vitor Alves Trindade, Aline Maria Vasconcelos Lima, Nilo Sergio Troncoso Chaves Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-135 - Função renal e pressão arterial de cães idosos sadios ou com doença renal crônica tratados com o antioxidante N-acetilcisteína Galvão ALB , Carvalho MB, Vasconcellos AL, Ferreira GS, Alves MAMK Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-136 - Investigação experimental do uso do dimetilsulfóxido (DMSO) em cães com diminuição do clearance de creatinina LEANDRO ZUCCOLOTTO CRIVELENTI, SOFIA BORIN, MARILEDA BONAFIM CARVALHO Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-137 - Losartan reverte as alterações celulares e teciduais no rim induzidas pelo diabetes tipo 2 e a trandiferenciação da célula mesangial Carine Prisco Arnoni, Edgar Maquigussa, Clévia dos Santos Passos, Luciana Guilhermino Pereira, Mirian Aparecida Boim Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-138 - Modulação da função renal e da função autonômica em ratos com diabetes experimental através exercício físico prévio (EFP) PO-124 - Efeito da variação do conteúdo de K+ na dieta sobre a expressão de AT1R, ATRAP Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Karina Thieme, Maria Oliveira de Souza 12 KLEITON AUGUSTO DOS SANTOS SILVA , LUIZ, RS, RAMPASO, RR, de ABREU, NP, MOREIRA, ED, MOSTARDA, CT, DE ANGELIS, K, IRIGOYEN, MC, SCHOR, N Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia PO-139 - Papel da via de sinalização BMP-7/Gremlin na transição epitélio mesenquimal induzido por TGF-β Denise Malheiros, Rui Toledo Barros, Viktoria Woronik Edgar Maquigussa, Juliana de Souza Cunha, Luciana G. Pereira, Carine P. Arnoni, Mirian A. Boim PO-154 - Doença das Células Epiteliais Glomerulares (DCEG) nas Glomerulonefrites Rapidamente Progressivas (GNRP) Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-140 - Participação do estresse oxidativo na lesão renal de ratos induzida pela exposição ao losartan durante a lactação EVELYN CRISTINA SANTANA MARIN, HELOÍSA DELLA COLETTA FRANCESCATO, ROBERTO SILVA COSTA, CLEONICE GIOVANINI ALVES DA SILVA, TEREZILA MACHADO COIMBRA Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-141 - Participação do sulfeto de hidrogênio na lesão renal induzida pela gentamicina JOãO REYNALDO ABBUD CHIERICE, Heloísa Della Coletta Francescato, Cleonice Giovanini Alves da Silva, Roberto Silva Costa, Fernando de Queiroz Cunha, Terezila Machado Coimbra Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-142 - Possíveis mecanismos envolvidos na insensibilidade a AngII durante a gravidez em ratos: Papel da relaxina, óxido nítrico, receptores Rxfp1 e AT2 Carvalho LN, Passos CS, Cristovam PC, Boim MA Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-143 - RESTRIÇÃO DE SONO POR DIFERENTES PERÍODOS DURANTE A PRENHEZ. EFEITOS SOBRE A FUNÇÃO RENAL E PRESSÃO ARTERIAL DA PROLE Ingrid Lauren Brites de Lima, Aline Fernanda Almeida Chaves Rodrigues, Beatriz Duarte Palma Xylaras, Sergio Tufik, Guiomar Nascimento Gomes Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E GLOMERULOPATIAS PO-144 - Análise do Perfil de pacientes com nefrite lúpica em Hospital de Referência no Estado do Pará:Análise de 7 anos RENATA KELLY SOUSA PANTOJA, Ana Cristina de Lima Figueiredo Duarte, Pamela Tolentino da Silva Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-145 - ANÁLISE QUANTITATIVA DE MASTÓCITOS NAS SUBCLASSES DA NEFROPATIA POR IgA LOURIMAR JOSE DE MORAIS, MARIA LAURA PINTO RODRIGUES, MARLENE ANTÔNIA DOS REIS Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-146 - Apresentações Atípicas da Crise Renal Esclerodérmica – Relato de dois casos BRUNO CALDIN DA SILVA, LECTICIA BARBOSA JORGE, CAMILA HITOMI NIHEI, DENISE MALHEIROS, RUI TOLEDO BARROS, VIKTORIA WORONIK Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-147 - Associação entre Lupus Eritematoso Sistêmico (LES) e podocitopatia SANTOS RSS, MATTEDI DL, REPIZO LP, JORGE LB, BARROS RT, WORONIK V Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-148 - Ateroembolismo Renal: Casuística do Hospital das Clínicas – Faculdade de Medicina de São Paulo, entre 2003-2011 FERNANDO SALES, Irene Faria Duayer, Raquel de Melo Silva, Daniela Loss Mattedi, Caroline Puliti Hermida Reigada, Lecticia Barbosa Jorge, Rui Toledo Barros, Viktoria Woronik Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-149 - AVALIAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DAS VARIANTES DA GESF IDIOPÁTICA EM UM ÚNICO CENTRO: RESULTADOS PRELIMINARES GESIANE FERNANDES TAVARES, MAURÍCIO BRITO TEIXEIRA, MARIA LUIZA ANHAIA DE ARRUDA BOTELHO, MARINA BRUNIERA ANCHIETA, FLAVIANA FERREIRA BARROS, FELIPE LESSA SOARES, DINO MARTINI FILHO, YVOTY ALVES SANTOS SENS Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-150 - AVALIAÇÃO DA TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR COM CISTATINA C SÉRICA EM GRÁVIDAS COM HIPERTENSÃO ARTERIAL CRÔNICA Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E ANDRE GOUVEA, Omar da Rosa Santos, Eugênio Pacelle Q. Madeira, Luiz Paulo J. Marques, Mário Meyer R. Fernandes, C. A. Basílio de Oliveira Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-155 - EVOLUÇÃO A LONGO-PRAZO DE PACIENTES COM NEFRITE LÚPICA CLASSES III E IV (OMS) MAURÍCIO BRITO TEIXEIRA, GESIANE FERNANDES TAVARES, Felipe Lessa Soares, MARIELA FIGUEIREDO CONCEIÇÃO, PAULA CALDERERO LAMONATO DE OLIVEIRA, Marla Maria Carvalho, Marina Bruniera Anchieta, Juliana Cristina Figueiredo Alves, Patricia Malafronte, Y Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-156 - EVOLUÇÃO CLÍNICA E LABORATORIAL DE GESTANTES COM GLOMERULOPATIAS Pereira AR, Silva GSJr, Facca TA, Mastroianni-Kirsztajn G Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-157 - Glomerulonefrite Aguda Pós-Estreptocócica ou Glomerulonefrite Membranoproliferativa? A importância da microscopia eletrônica para elucidação etiológica nas glomerulopatias MONIQUE ISABEL SILVEIRA BECHARA, EDUARDO BARCELOS RACHED, VILMAR DE PAIVA MARQUES, MARLENE ANTONIA REIS, ALCINO REIS MENDES, JULIANA REIS MACHADO, PRECIL DIEGO MIRANDA DE MENEZES NEVES Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-158 - Glomerulonefrite Aguda Pós-infecciosa Crescêntica – Relato de Caso FERNANDO SALES, Irene Faria Duayer, Raquel de Melo Silva, Daniela Loss Mattedi, Lecticia Barbosa Jorge, Rui Toledo Barros, Viktoria Woronik Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-159 - Glomerulonefrite difusa aguda em idoso. Relato de uma manifestação atípica e breve revisão de literatura CHRISTIANE AKEMI KOLJIMA, polyana souto lopes da silva, paulo cesar leite santana, mary carla estevez diaz Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-160 - Glomerulonefrite membranoproliferativa associada à deficiência de alfa-1 antritripsina com heterozigose para o alelo Z VANESSA DOS SANTOS SILVA, Rodrigo Hagemann, Ricardo A Femozelli, Kunnie I R Coelho, Carlos A Caramori, Viktória Woronic, Bruno Eduardo Pedroso Balbo, Luiz Fernando Onuchic Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-161 - Glomerulonefrite Rapidamente Progressiva associada a Hanseníase Virchoviana: relato de caso e revisão da literatura RAFAEL DINARDI MACHADO, VERONICA MARIA PEREIRA COSTA, MARCELO CARVALHO NAVES RIBEIRO, BRUNO MARTINS TOKUDA, HEBERT HENRIQUE CAPUCI, MARIANA SALOMÃO BRAGA, GABRIELA RODRIGUES DE SOUZA, FRANCISCO RAFAEL DO NASCIMENTO ALMEIDA, RAFAEL AUGUSTO BORGES P Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-162 - GLOMERULONEFRITE RAPIDAMENTE PROGRESSIVA: UMA FORMA DE APRESENTAÇÃO NÃO-USUAL DA GLOMERULONEFRITE AGUDA APÓS INFECÇÃO DE VIAS AÉREAS SUPERIORES VILMAR DE PAIVA MARQUES, Precil Diego Miranda de Menezes Neves, Marlene Antônia dos Reis, Juliana Reis Machado, Edson Luiz Fernandes, Itsuzi Fugikaha Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-163 - GLOMERULOPATIA MEMBRANOSA: RESPOSTA A ESQUEMA DE PONTICELLI VS. OUTROS TRATAMENTOS JULIANA BUSATO MANSUR, LAILA ALMEIDA VIANA, Marcus Taver Costa Dantas, Thais Oliveira Claizoni, Gianna Mastroianni Kirsztajn Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Silva GSJr, Passos MT, Pereira AR , Nishida SK, Moreira SR, Sass N, Mastroianni-Kirsztajn G PO-164 - HIPERTENSÃO ARTERIAL CRÔNICA- AVALIAÇÃO DE ALTERAÇÕES URINÁRIAS EM GRÁVIDAS DE SÃO PAULO Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Silva GSJr, Facca TA, Moreira SR, Nishida SK, Sass N, Mastroianni-Kirsztajn G PO-151 - CARACTERISTICAS CLÍNICAS E EPIDEMIOLÓGICAS DE GESTANTES COM HIPERTENSÃO ARTERIAL CRÔNICA EM SÃO PAULO Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Silva GSJr, Passos MT, Pereira AR , Sass N, Mastroianni-Kirsztajn G Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-152 - Caracterização de pacientes HIV-positivos acompanhados em Ambulatório de Glomerulopatias JULIANA BUSATO MANSUR, Michelle Tiveron Passos, Deborah de Alencar Oliveira Borborema, Amélia Rodrigues Pereira, Gianna Mastroianni Kirsztajn Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-153 - Células CD68 positivas em Biópsia Renal predizem prognóstico em Nefrite lúpica proliferativa ALINE LAZARA RESENDE, Cristiane B Dias, Patrícia Malafronte, Jin Lee, Cilene C Pinheiro, PO-165 - Influência do excesso de peso corporal sobre a excreção urinária de proteínas LEANDRO ZUCCOLOTTO CRIVELENTI, SOFIA BORIN, MÁRCIO ANTÔNIO BRUNETTO, TATIANA CHAMPION, FÁBIO NELSON GAVA, AULUS CAVALIERI CARCIOFI, AUREO EVANGELISTA SANTANA Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-166 - Lúpus Eritematoso Sistêmico Soronegativo CLARA ÁLVARES PEREIRA Leão, Silvia Marçal Botelho, Jerusa Marielle Nunes Seabra de Oliveira, Luciana Ximenes Salustiano, Viviane Campos Ponciano, Ivana Sousa Nunes Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-167 - Micofenolato Mofetil como tratamento primário em Glomerulonefrite Membranosa Idiopática 13 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia LILIAN DA SILVA SANTOS, ALICE PIGNATON NASERI, MIRNA LUCIA QUEVEDO ECHAGUE, PATRICIA BENTO GUERRA, VINICIUS BORTOLOTE PETERLE, FERNANDA ZOBOLE PETERLE, MARIA CARMEN L. S. SILVA SANTOS, LAURO VASCONCELLOS Relato de Caso Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E MONIQUE ISABEL SILVEIRA BECHARA, EDUARDO BARCELOS RACHED, VILMAR DE PAIVA MARQUES, ALCINO REIS MENDES, PRECIL DIEGO MIRANDA DE MENEZES NEVES, MARLENE ANTONIA REIS PO-168 - Mutações no gene NPHS2 em pacientes com GESF familiar Michelle Tiveron Passos, Alexandre Costa Pereira, Sonia K. Nishida, Amélia Rodrigues Pereira, Gianna Mastroianni Kirsztajn Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-169 - Nefrite lúpica (NL) vs Glomerulonefrite “lúpus like” (GN LES-like): são a mesma doença? DANIELA LOSS MATTEDI, Roberto Savio Silva Santos, Janaina de Almeida Mota Ramalho, Liliany Pinhel Repizo, Lectícia Jorge, Rui Toledo Barros , Viktoria Woronik Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-170 - Nefrite Lúpica Membranosa como Manifestação Inicial do Lúpus Eritematoso Sistêmico em Adulto Jovem BRUNO ZAWADZKI, Fabrício Bino Guimarães, Ana Cláudia Fontes, Alvimar Delgado, Maurilo Leite Jr Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-171 - Nefropatia IgA com Ateroembolismo Renal – relato de caso FERNANDO SALES, Irene Faria Duayer, Raquel de Melo Silva, Daniela Loss Mattedi, Lecticia Barbosa Jorge, Rui Toledo Barros, Viktoria Woronik Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-172 - Nefropatia por cilindro com Mieloma Múltiplo – relato de caso FERNANDO SALES, Raquel de Melo Silva, Irene Faria Duayer, Daniela Loss Mattedi, Lecticia Barbosa Jorge, Rui Toledo Barros, Viktoria Woronik Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-173 - Pacientes adultos com diagnóstico de nefropatia por IgA acompanhados no ambulatório de glomerulopatias do Hospital das Clínicas de Goiânia ANA TEREZA AZEREDO BASTOS BRITO, Marilia Rodovalho Guimaraes, Edna Regina S Pereira, Nayara Gomes S da Costa, Gustavo Guilherme Q Arimatéa, Talita Clementino M Cunha, Bianca R Rodrigues Rebelo, Ciro Bruno Silveira Costa HIPERTENSÃO ARTERIAL PO-182 - Benefícios da angioplastia em paciente portadora de Rim Atrófico à Direita e Oclusão severa à Esquerda MARIA PAULA SANTOS FONTES, Ricardo Sofiatti Mesquita de Oliveira, Sonia Celina Arantes Silva Andrade, Helena Hemiko Iwamoto Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-183 - INCIDÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL EM ALUNOS DE ESCOLA PÚBLICA E PRIVADA NO MUNICÍPIO DE CAMPINAS-SP CILLO, FB, DAMASCENO, BL, ZANETTI, CB, MONTEMOR, ML, MENDOZA, LVG, CILLO, ACP Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-184 - MENSURAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL EM HEMODIALISE: A IMPORTÂNCIA DA TECNICA DE AFERIÇÃO PAMELA DE ALENCAR FORTALEZA SOUSA, Marcos Kubrusly, Cláudia Maria Costa de Oliveira, Rafael Matos Magalhães, Marcelo de Almeida Pinheiro Lima, Matheus Bonfin de Carvalho Rocha Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-185 - PESQUISA CLÍNICA DE DOENÇA ATEROSCLERÓTICA MULTIARTERIAL SINTOMÁTICA EM PACIENTES COM HIPERTENSÃO RENOVASCULAR DE MESMA ETIOLOGIA VILMAR DE PAIVA MARQUES, Precil Diego Miranda de Menezes Neves, Arthur Alberto de Oliveira e Oliveira, Marcela Cristina de Oliveira e Oliveira, Marco Antônio Vieira da Silva, Helena Moisés Mendonça, Luiz Antônio Pertili Rodrigues de Resende Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-186 - Análise das interconsultas realizadas pelo Serviço de Nefrologia do Hospital das Clínicas-UFES PO-174 - Padrão das Glomerulopatias no Hospital de Clínicas Gaspar Vianna.Estudo retrospectivo de 9 anos de biópsias renais. MIRNA LUCÍA QUEVEDO ECHAGUE, Alice Pignaton Naseri, Lilian Silva Santos, Mariana Pin de Andrade, Aedra Kapitzky Dias, Abraão Ferraz Alves Pereira, Patricia Bento Guerra, Vinicius Bortoloti Péterle, Fernanda Zobole Péterle, Lauro Monteiro Vasconce RENATA KELLY SOUSA PANTOJA, ANA CRISTINA DE LIMA FIGUEIREDO DUARTE, PAMELA TOLENTINO DA SILVA Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-175 - Perfil clínico dos pacientes com glomerulopatia membranosa em acompanhamento em um Hospital Universitário da Região Centro-Oeste ANA TEREZA AZEREDO BASTOS BRITO, Marilia Rodovalho Guimaraes, Edna Regina S Pereira, Nayara Gomes S da Costa, Gustavo Guilherme Q Arimatéa, Talita Clementino M Cunha, Bianca R Rodrigues Rebelo, Ciro Bruno Silveira Costa Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-176 - Perfil dos pacientes submetidos à biópsia renal nos últimos cinco anos num hospital universitário do interior de São Paulo VANESSA DOS SANTOS SILVA , Alessandra M Bales , Luis Felipe Betti Casagrande , Rodrigo Hagemann , Rosa Marlene Viero Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-177 - Purpura de Henoch-Schönlein em adulto LILIAN DA SILVA SANTOS, MIRNA LUCIA QUEVEDO ECHAGUE, VINICIUS BORTOLOTE PETERLE, PATRICIA BENTO GUERRA, MARIA CARMEN L. F. SILVA SANTOS, ALICE PIGNATON NASERI, LAUDO VASCONCELLOS Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-178 - Recorrência precoce de glomerulonefrite aguda pósinfecciosa: Relato de Caso Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-187 - Avaliação da função renal após nefrostomia percutânea em pacientes com nefropatia obstrutiva por neoplasia no período de fevereiro de 2010 a fevereiro de 2011 MARCIA REGINA DE CASTRO RODRIGUES, Meire Lopes Magalhães Carneiro, Jailson Silva Alves, Alzira Carvalho Paula de Souza, Maria de Jesus Rodrigues de Freitas, Kelly Amaral Santos, Gracilene Lobato Cardoso Guimarães, Ana Paula Monteiro Rodrigues , Van Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-188 - Avaliação do potencial reparador da terapia celular com células tronco mesenquimais (CTMs) na lesão renal induzida por radiação ionizante (RI), em modelo animal Longo, VM, Razvickas, CV, Almeida, WS, Segreto, HRC, Schor, N Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-189 - Balanço Negativo de Cálcio Induzido pela Anticoagulação Regional com Citrato em Terapias Contínuas de Substituição Renal Sato, VAH, Caires, RA, Marques, IDB, Pontelli, R, Goldenstein, PT, Burdmann, EA, Costa, MC, Moyses, RMA Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-190 - Características clínicas e mortalidade de pacientes com injúria renal aguda (IRA) em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) submetidos à hemodiálise (HD) HORáCIO LUIS FONTES GOES DE BARROS, Francisco Pessoa da Cruz Júnior, Tarcilo Machado da Silva, Vítor Hugo Honorato Pereira, André Falcão Pedrosa Costa, Flávio Teles Silva OFLLO, Belúcio-Neto J, Moysés-Neto M, Lopes PC, Basile-Filho A , Dantas M, Nicolini EA, Romão EA Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-179 - REDUÇÃO DA PROTEINÚRIA EM PACIENTE COM DIABETES TIPO I ATRAVÉS DO TRIPLO BLOQUEIO DO SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINAALDOSTERONA PO-191 - Caracterização de doentes que desenvolveram insuficiência renal aguda na Unidade de Terapia Intensiva LILIAN DA SILVA SANTOS, ALICE PIGNATON NASERI, EDGARD AUGUSTO VILLAS BOAS, MIRNA LUCIA QUEVEDO ECHAGUE, PATRICIA BENTO GUERRA, VINÍCIUS BORTOLOTE PETERLE, MARIA CARMEN L. F. SILVA SANTOS, LAURO VASCONCELLOS Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Silva ADL, Freitas AA, Waters C, Cardoso LGS, Chiavone PA PO-192 - Descrição de caso de nefrotoxicidade por pigmento associado à anemia hemolítica macroangiopática BURDELIS, REM; , Betti, E; , Suzuki, AYA; , Previero, B.M Janaina Padula Picotti, DIOGO DA ROCHA VINAGRE, Paula Carbone Diaz, João Egídio Romão Junior, Irene de Lourdes Noronha, Maria Regina de Araujo, Dino Martini Filho, Hugo Abensur Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-181 - Síndromes Hemolítico Urêmica e de Guillain-Barré: apresentação clínica concomitante após quadro diarreico. PO-193 - Diferentes padrões em uma coorte de pacientes com a forma grave de leptospirose (Doença de Weil): Efeitos de um PO-180 - Relato de caso: Vasculite Anca+ 14 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia programa educacional em uma área endêmica Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PEDRO ERNESTO BEZERRA LIMA, Geraldo Bezerra da Silva Junior, Rosa Maria Salani Mota, Hermano A.L. Rocha, Krasnalhia Lívia Soares de Abreu, Adller G.C. Barreto, Eanes D.B. Pereira, Sônia Maria Holanda Almeida Araújo, Alexandre Braga Libório, Rafae PO-208 - O EFEITO DAS CÉLULAS TRONCO MESENQUIMAIS (CTM) DA MEDULA ÓSSEA OU DE SEU MEIO CONDICIONADO (MC) NA LESÃO RENAL AGUDA (LRA) INDUZIDA PELO LIPOPOLISSACÁRIDE (LPS) Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-194 - EFEITO DO POTENCIAL DE REPARAÇÃO DAS CÉLULAS-TRONCO MESENQUIMAIS (CTMS) NA INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA (IRA) INDUZIDA PELO ACICLOVIR (AC) EM RATAS. JOELMA SANTINA CHRISTO, Lopes PGM, Simões MDJ, Reis LA, Schor N Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-195 - FATORES PREDITIVOS DA EVOLUÇÃO A LONGO PRAZO DE PACIENTES APÓS LESÃO RENAL AGUDA GERMANA ALVES DE BRITO, JULIANA MARIA GERA ABRAO, DANIELA PONCE, ANDRE LUIZ BALBI Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-196 - Genotipagem de cepas isoladas de Pseudomonas aeruginosa de pacientes em terapia renal substitutiva VIVIANE FERREIRA, ROBERTO MARTINEZ, MIGUEL MOYSES NETO, JAQUELINE PASSAGLIA, FáBIO CAMPIONI, JULIANA PFRIMER FALCÃO, JOSé ABRãO CARDEAL DA COSTA Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-197 - Glomerulonefrite Rapidamente Progressiva ANCArelacionada em Paciente Portador de Blastomicose BICHUETTE-CUSTODIO F, SOUZA GR, ALMEIDA FRN, GONÇALVES ER, FRANÇOSO MM, MACHADO RD, PAVANI RB , BAPTISTA MASF, RAMALHO HJ, LIMA EQ Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-198 - INCIDÊNCIA DE INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA EM PACIENTES CRÍTICOS E SUA ASSOCIAÇÃO COM ESTADO NUTRICIONAL E MORTALIDADE Pontes DP, Araújo RG, Barbosa MSS, Luz Neto LM, Silva JE Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-199 - INCIDÊNCIA DE INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA EM PÓS OPERATÓRIO DE CORREÇÃO DE CARDIOPATIA CONGÊNITA CILLO, FB , DAMASCENO, BL, ZANETTI, CB, MONTEMOR, ML, MENDOZA, LVG, ANTONIALI, F, CILLO, ACP Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-200 - Insuficiência renal aguda após acidente por picada de aranha do gênero Loxosceles Bignardi,JH, Franco,RTH, Bezerra,DA Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-201 - IRA OLIGÚRICA APÓS CRISE CONVULSIVA IVANA SOUSA NUNES, CLARA ALVARES LEAO, MYLLENA ALVES VIEIRA, FERNANDO ANTONIO COSTA ANUNCIAÇÃO, SIMONE DE PAULA AMORIN, LIGIA MARIA DE FARIA VIEIRA, LUCIANA XIMENES Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-202 - Leptospirose grave (Síndrome de Weil) complicada com infarto agudo do miocárdio: relato de caso Elizabeth F. Daher, Pedro Ernesto B. Lima, Irineu Moreno de M. Sobrinho, Nubyhélia M. N. de Carvalho, Leandro L. Carvalho, Itálita F. Linhares, Diego S. Almeida, Alexandre B. Libório, Geraldo B. Silva Júnior Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-203 - Lesão renal aguda em crianças com leishmaniose visceral de acordo com o critério pRIFLE PEDRO ERNESTO BEZERRA LIMA, Alexandre Braga Libório, Irineu Moreno de Melo Sobrinho, Natália de Albuquerque Rocha, Michelle J.C. Oliveira, Luiz F.L.G. Franco, Graziela B.R. Aguiar, Rodrigo S. Pimentel, Krasnalhia Lívia Soares de Abreu, Geraldo Be Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-204 - Lesão Renal Aguda induzida por Acidentes Ofídicos no Ceará POLIANNA LEMOS MOURA MOREIRA ALBUQUERQUE, JULIANA BARBOSA LIMA, CAROLINE BARBOSA LIMA, MARIA DO SOCORRO BATISTA VERAS, GERALDO BEZERRA DA SILVA JÚNIOR, ELIZABETH DE FRANCESCO DAHER Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-205 - Lesão renal aguda por rabdomiólise secundário à ingestão de álcool e agressões físicas Elizabeth F. Daher, Neiberg A. Lima, Irineu Moreno de M. Sobrinho, Leandro L. Carvalho, Nubyhélia M. N. de Carvalho, Pedro Ernesto B. Lima, Itálita F. Linhares, Rafael S. A. Lima, Pedro Henrique O. Filgueira, Meissa Kretzman, Ticiano A. S. Sinde Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-206 - Meio condicionado de células tronco mesenquimais (CTMs) protegem células tubulares proximais humanas (HK2) das lesões por Gentamicina (GENTA) e LPS JéSSICA SULLER GARCIA, MARCELO ANDERY NAVES, FERNANDA TEIXEIRA BORGES, NESTOR SCHOR Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-207 - Melhora da função renal em camundongos tratados com Ácidos Graxos de Cadeia Curta submetidos à lesão de isquemia e reperfusão Andrade-Oliveira V, Correa-Costa M, Amano TM, Moraes-Vieira PM, Hiyane MI, Silva-Cunha C, Vinolo MA, Curi R, Câmara NOS REIS LA, BORGES FT, SIMOES M de J, SCHOR N Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-209 - O EFEITO DO MEIO CONDICIONADO (MC) DERIVADO DAS CÉLULAS TRONCO MESENQUIMAIS (CTM) DA MEDULA ÓSSEA NA LESÃO RENAL AGUDA (LRA) INDUZIDA PELA GENTAMICINA REIS LA, BORGES FT, SIMOES M de J, SCHOR N Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-210 - O PAPEL DA IL-1β E DOS COMPONENTES DO COMPLEXO INFLAMASSOMA (CASPASE-1 E ASC) NA LESÃO RENAL AGUDA DESENCADEADA PELA ISQUEMIA E REPERFUSAO GONÇALVES GM, CORREA-COSTA M, CASTOLDI A, BRAGA T, REIS MA, ZAMBONI D, PACHECO-SILVA A, CAMARA NOS Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-211 - O papel do meio condicionado de células-tronco mesenquimais na morte celular induzida in vitro em células tubulares proximais renais Maculan, F.D., Cenedeze, M.A., Pacheco-Silva, A, Camara, N.O. , Semedo, P. Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-212 - O PAPEL DOS RECEPTORES INTRACELULARES NOD-1 E -2 E DA MOLÉCULA DAPTADORA DOS TLR, MYD88, EXPRESSOS NO TECIDO RENAL APÓS LESÃO DE ISQUEMIA E REPERFUSÃO Gonçalves GM, Correa-Costa M, Castoldi A , Braga T, Zamboni D , Pacheco-Silva A, Camara, NOS Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-213 - O Peptídeo mimético 4F da apolipoproteína AI (4F) atenua a lesão no rim, no coração e a disfunção endotelial na sepse Roberto Souza Moreira, Maria Irigoyen, Maria Heloisa M. Shimizu, Niels Olsen saraiva Camara, Rildo A. Volpini, Antonio C. Seguro, LÚCIA DA CONCEIÇÃO ANDRADE Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-214 - PAPEL DO IFNg NA RESPOSTA REPARADORA DAS CELULAS-TRONCO MESENQUIMAIS EM MODELOS RENAIS AGUDOS Priscilla Barbosa Costa, Marina Burgos Silva, Patricia Semedo, Denise M.A.C.Malheiros, Álvaro Pacheco e Silva Filho, Niels Olsen Saraiva Camara Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-215 - Perfil clínico- epidemiológico da interconsulta do serviço de Nefrologia da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna no período de janeiro a junho 2010 RENATA KELLY SOUSA PANTOJA, Amandha Luysa Martins Leal Bittencourt, ana Cristina de Lima Figueiredo Duarte Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-216 - Perfil dos pacientes com insuficiência renal aguda na UTI do Hospital Ophir Loyola no período de fevereiro de 2010 a fevereiro de 2011 MARCIA REGINA DE CASTRO RODRIGUES, Meire Lopes Magalhães Carneiro, Kelly Amaral Santos, Jailson Silva Alves, Alzira Carvalho Paula de Souza, Vanessa Correa Pantoja, Maria de Jesus Rodrigues de Freitas, Gracilene Lobato Cardoso Guimarães, Ana Paula Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-217 - Perfil epidemiológico dos pacientes com insuficiência renal acompanhados pela interconsulta no Hospital da Clínicas da UFPE MIRELLA CAVALCANTI LINS DE MELO, GISELLE VAJGEL FERNANDES, ANDRÉA C.E.P. VALENÇA, MARIA CAROLINA N.R. NEVES, LUCILA MARIA VALENTE, SANDRA NEIVA COELHO Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-218 - Pressão Intra-Abdominal como Preditor de Injúria Renal Aguda no Pós-Operatório de Cirurgias Abdominais Ana Carolina dos Santos Demarchi, Cibele Taís Puato de Almeida, Meire Cristina Novelli e Castro, Fábio Akio Yamaguti, Juliana Rigotto Grejo, Danielle Vital, Juan Llanos, Regina Moura, Aline Roberta Danaga, Hugo Hyung Bok Yoo, Amanda Aparecida Pe Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-219 - PROFILAXIA RENAL TRIPLA PARA NEFROPATIA POR CONTRASTE IODADO EDUARDO DE PAIVA LUCIANO, ANDRÉ LUIZ PINTO, JULIANA GRASSI, PAULO SÉRGIO LUCONI, REJANE MARIA SPINDOLA FURTADO, SANDRA FERREIRA S . REIS, PATRICIA FERREIRA ABREU Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-220 - Recuperação das manifestações extra-renais e evolução renal na Síndrome Hemolítico-Urêmica atípica (SHUa) tratada com plasmaferese Crabi GV, Lopes AGG , Gushi L , Vidal MJA, Martini Filho D, Abensur H Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-221 - Relationship between inulin clearance and serum 15 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia creatinine continuous plot using spline cubic interpolation Experiência Morais.C.A, Razvickas V. C, Semedo P, Tristão R.V, Durão S.M Jr, Batista C.M, Monte.M.C.J LUCAS RAFAEL COSTA CORTEZ, Horácio Luis Fontes Goes de Barros, Firmino Elias de Albuquerque Neto, Caio Francisco de Araújo Cavalcanti, BRUNO DE JESUS COELHO, Flávio Teles, André Falcão Pedrosa Costa Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-222 - Síndrome hemolítico-urêmica em transplante de pâncreas isolado Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-235 - LIGA ACADÊMICA DE NEFROLOGIA E HIPERTENSÃO DE ALAGOAS (LINEHAL): AMPLIANDO CAMINHOS NA FORMAÇÃO MÉDICA PO-223 - USO DO CRITÉRIO RIFLE EM UTI GERAL PARA AUXILIAR O DIAGNÓSTICO E ACOMPANHAMENTO PRECOCE NA LESÃO RENAL AGUDA Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Lopes AGG, Crabi GV, Abensur H EDUARDO DE PAIVA LUCIANO, CAMILA S PINOTTI, OTAVIO AUGUSTO DE LARA LEITE, REJANE MARIA SPINDOLA FURTADO, SANDRA FERREIRA S REIS, PATRICIA FERREIRA ABREU, PAULO SÉRGIO LUCONI Uchôa JVM, Barbosa AWG, Cardoso SB, Bispo RKA, Neto JGA, Pinheiro CCS, Andrade ANVF, Pinheiro ME Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-236 - Níveis de vancocinemia persistentemente elevados agravando a nefrotoxicidade da vancomicina em paciente oncológico LIGAS Rubuski FB, Oliveira MT, Hamamoto RHF, Andrade R, Saragiotto H, Marques IDB, Imanishe MH, Soeiro EMD, BENEDITO JORGE PEREIRA PO-224 - A informatização como aliada na adesão da população a ações e eventos pontuais de promoção e de prevenção em saúde CAIO FRANCISCO DE ARAÚJO CAVALCANTI, Horácio Luis Fontes Goés de Barros, FIRMINO ELIAS DE ALBUQUERQUE NETO, Lucas Nascimento Tavares, André Falcão Pedrosa Costa, FLAVIO TELES Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-225 - Analise do nível de conhecimento em estudantes da rede pública e privada de Vassouras-RJ sobre a Doença Renal Crônica Amaral JP, Mota VMR, Teixeira APSF, Baumgarten R, Pereira SL, Costa FS Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-226 - Aplicação da intersetorialidade em atividades de promoção a saúde da LANU em comunidade carente de município da grande Aracaju FIRMINO ELIAS DE ALBUQUERQUE NETO, HORÁCIO LUIS FONTES GOÉS DE BARROS, CAIO FRANCISCO DE ARAÚJO CAVALCANTI, VíTOR HUGO HONORATO PEREIRA, BRUNO DE JESUS COELHO, André Falcão Pedrosa Costa, FLAVIO TELES Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-227 - ATENDIMENTO EM GRUPO NO AMBULATÓRIO DA LIGA DO RIM E DA HIPERTENSÃO ARTERIAL DE BOTUCATU MARCOS ANTONIO MARTON FILHO, Edwa Bucuvic, Cíntia Mitsue Pereira Suzuki, Juliana Rodrigues Matsuguma, Miguel Hernandes, Vanessa Santos Silva, Gabriela Bruzos, Jacqueline Costa Teixeira Caramori Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-228 - COMPARAÇÃO DO NÍVEL DO CONHECIMENTO SOBRE CREATININA ENTRE AMOSTRAS DISTINTAS DA POPULAÇÃO: UNIVERSITÁRIOS, CLIENTES DE POSTOS DE SAÚDE E USUÁRIOS DE RODOVIÁRIA PAULO ROBERTO SANTOS, Cavalcanti JU, Silva-Filho AH, Apolônio NAM, Vieira CB, Rocha ARM, Carvalho RM, Ponte HA, Vieira EB, Salles-Jr LD Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-229 - Determinação do perfil do ângulo de fase como indicador do estado nutricional e progressão da doença renal crônica não dialítica: dados preliminares Thalita de Moura Santos Braga, Tatiana Martins Aniteli, Hugo Abensur, Roberto Zatz, Victor A. H. Sato, Renato A. Caires, Bárbara Nogueira Palmieri, Eloisa Massaine Moulatlet, Fernanda Neres Ribeiro de Lima, Viviane Kim Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-237 - PREVALÊNCIA DE DOADORES DE ÓRGÃOS ENTRE UNIVERSITÁRIOS, CLIENTES DE POSTOS DE SAÚDE E POPULAÇÃO GERAL EM CIDADE DO INTERIOR DO NORDESTE PAULO ROBERTO SANTOS, Cavalcanti JU, Silva-Filho AH, Apolônio NAM, Vieira CB, Rocha ARM, Carvalho RM, Ponte HA, Vieira EB, Salles-Jr LD Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-238 - VOCÊ SABE O QUE É CREATININA? – UMA ENQUETE EM CIDADE DO INTERIOR DO NORDESTE PAULO ROBERTO SANTOS, Cavalcanti JU, Silva-Filho AH, Apolônio NAM, Vieira CB, Rocha ARM, Carvalho RM, Ponte HA, Vieira EB, Salles-Jr LD Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E MULTIPROFISSIONAL ( I Encontro Multiprofissional em Nefrologia) PO-239 - A Adesão do Portador de Insuficiência Renal Crônica ao Tratamento Hemodialítico ROSIMEIRE BALOG WANCELOTTI Tema: Multiprofissional ( I Encontro Multiprofissional em Nefrologia) Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E PO-240 - A assistência de enfermagem ao transplantado renal e o cuidado integral RENATA BUENO, Adriana Michelone Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E PO-241 - A prática da atividade física de pacientes com insuficiência renal crônica e diabetes mellitus submetidos à hemodiálise CLAUDIA PAULETTO, Maria Auxiliadora V.P. Lima, PAULA BALDRIGUI, PAULETE MARIA DOSSENA GRANDO Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E PO-242 - A prática profissional do assistente social sob o olhar de uma recém graduada inserida no Programa de Aprimoramento Profissional “Serviço Social em Diálise” KAREN SUSANNE E SOUZA, TATIANE GRANATTO LOPES Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E PO-230 - DIA NACIONAL DE PREVENÇÃO E COMBATE À HIPERTENSÃO ARTERIAL: ATUAÇÃO DA LIGA DE NEFROLOGIA E HIPERTENSÃO DE ALAGOAS (LINEHAL) NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROFESSOR ALBERTO ANTUNES (HUPAA), MACEIÓ-AL PO-243 - A prevalência do tabagismo em pacientes renais crônicos submetidos à hemodiálise. Uchôa JVM, Pinheiro CCS, Bispo RKA , Presídio GA, Fernandes RRO, Neto JGA, Pinheiro ME PO-244 - ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM AMBULATÓRIO DE TRANSPLANTE RENAL Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-231 - EXPERIÊNCIA DE ESTUDANTES DE MEDICINA EM CAMPANHAS DE CONSCIENTIZAÇÃO SOCIAL: COMBATE À HIPERTENSÃO EM DOIS ESPAÇOS SOCIOECONÔMICOS DE MACEIÓ-AL, 2011 LUCIANA ALVES MOREIRA, FERNANDA CRISTINA RIBEIRO NISIHARA, RONALDO ROBERTO BÉRGAMO Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E Pontes DP, Silva KS, Araújo RG, Pimentel MM , Peixoto JEC, Galvão MH, Monteiro EC, Santos AS Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-245 - Associação entre parâmetros psicológicos e nutricionais nos pacientes em diálise peritoneal PO-232 - Liga Acadêmica de Nefrologia da Uncisal e Dia Mundial do Rim: Relato de Experiência Juliana Cristina Nunes Marchette, Cassiana Regina de Goes, Cristiane Lara Mendes Chiloff, Milene Peron Rodrigues Pinto, Ana Teresa de Abreu Ramos Cerqueira, Jacqueline Costa Teixera Caramori, Pasqual Barretti Bispo, RKA, Fernandes, RRO, Rocha, MS , Oliveira, SBA, Uchôa, JVM, Cardoso, SB, Pinheiro, ME Caio Francisco de Araújo Cavalcanti, Horácio Luis Fontes Goes de Barros, Firmino Elias de Albuquerque Neto, BRUNO DE JESUS COELHO, LUCAS RAFAEL COSTA CORTEZ, André Falcão Pedrosa Costa, Flávio Teles Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-233 - LIGA ACADÊMICA DE NEFROLOGIA DA UNCISAL: AVALIAÇÃO EMERGENCIAL DOS INDICADORES DE SAÚDE ENTRE AS VÍTIMAS DAS ENCHENTES DE 2010 NO MUNICÍPIO DE RIO LARGO-AL HORáCIO LUIS FONTES GOES DE BARROS, Firmino Elias de Albuquerque Neto, BRUNO DE JESUS COELHO, Caio Francisco de Araújo Cavalcanti, André Falcão Pedrosa Costa Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-234 - Liga Acadêmica de Nefrologia da Uncisal: Relato de 16 Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E PO-246 - Avaliação da completude e da existência do preenchimento da ficha do HiperDia em uma unidade básica do nordeste do Brasil FIRMINO ELIAS DE ALBUQUERQUE NETO, Horácio Luis Fontes Goés de Barros, Caio Francisco de Araújo Cavalcanti, André Falcão Pedrosa Costa, Flavio Teles Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E PO-247 - Avaliação do uso de curativo com cobertura antimicrobiana em pacientes em uso de cateter venoso central para hemodiálise, em um centro de referência no interior do Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia Estado de São Paulo NATALIA CRISTINA FERREIRA, ANIELA NASCIMENTO PIVOTTO, MICHELY D. C. BRITO, ARIANE CORTI, ELDA GARBO PINTO, MIRELA MARIA ALLONSO Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E COM ATUAÇÃO NA ENFERMARIA DE NEFROLOGIA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA CIDADE DO RECIFE Pontes DP, Silva KS, Araújo RG, Pimentel MM, Peixoto JEC, Galvão MH, Monteiro EC, Santos AS PO-248 - CASOS CLÍNICOS - CUIDADOS COM ÚLCERAS ISQUÊMICAS NA UNIDADE DE DIÁLISE DO HOSPITAL REGIONAL DO VALE DO PARAÍBA – TAUBATÉ - SP Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E EDUARDO DE PAIVA LUCIANO, JEANE FLORA FERREIRA E SILVA, ELAINE C. DOS SANTOS ARANTES, LETICIA YUMI SAKAMOTO, MARIA DE FÁTIMA P. SANTOS, SANDRA HELENA L. S. CARDOSO, FABIO JUNIOR G OLIVEIRA, WELINGTON CARLOS DE SOUSA, LUCRECIA MARIA LOPES FABíOLA PANSANI MANIGLIA, Renata Moneda A. Santos, José Abrão Cardeal da Costa Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E PO-249 - Colonização nasal dos pacientes em hemodiálise portadores de cateter venoso central e o risco de infecção MICHELY DAYANE CAMPOS BRITO, ARIANE CORTI, NATALIA CRISTINA FERREIRA, MIRELA MARIA ALLONSO, ANIELA NASCIMENTO PIVOTTO, ALINI CORREA HORTOLANI Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E PO-250 - ETIOLOGIA E SUSCEPTIBILIDADE ANTIMICROBIANA DE AGENTES DE INFECÇÃO EM RENAIS CRÔNICOS EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO TâMARA TRêLHA GAUNA, ANA MARIA MELLO MIRANDA PANIAGO, ELIZETE OSHIRO, NÁDIA C.P. CARVALHO, FERNANDO AGUILAR LOPES, MARILENE RODRIGUES CHANG Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E PO-251 - EXPOSIÇÃO AO ÁCIDO REPROCESSAMENTO DE DIALISADORES PERACÉTICO UTILIZADO NO PO-262 - RELATOS DE PROFISSIONAIS DA ENFERMAGEM A RESPEITO DAS ORIENTAÇÕES ALIMENTARES PARA PACIENTES EM HEMODIÁLISE Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E PO-263 - SENTIMENTOS CONFLITANTES E LIMITAÇÕES VIVENCIADAS POR FAMILIARES/CUIDADORES DE PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA EM DIALISE PERITONEAL AUTOMATIZADA VIVIANY ABREU DE SOUZA, CAMILA NOGUEIRA SUNDERHUS Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E PO-264 - Trajetória da Sistematização de Atendimento Integrado do NAP(Nutrição, Assistente Social e Psicologia) - CLINEMGE - MG, 2011 RENATA COSTA LANA E SOUZA, MELISSA LUCIANA DE ARAÚJO, MARIO ANTONIO MAFRA MACEDO Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E PO-265 - Variações do pH salivar em pacientes com insuficiência renal crônica. RENATO FINOTTI JUNIOR, REGINA TERRA MARCIA ELAINE ZEUGNER BERTOTTI, ANDRÉ LUÍS BALBI, JACQUELINE COSTA TEIXEIRA CARAMORI, LUÍS CUADRADO MARTIN, PASQUAL BARRETTI, LUIZ ANTONIO DE LIMA RESENDE Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E PO-252 - FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS, CLÍNICOS, SINTOMAS DEPRESSIVOS, E AUTO AVALIAÇÃO DE SAÚDE DE PACIENTES SUBMETIDOS A TRANSPLANTE RENAL Paduan VC, Carvalho, MFC, Andrade, LGM, Cerqueira, ATAR NEFROLOGIA CLÍNICA Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E PO-266 - ABSCESSOS HEPATICOS E PULMONAR SINCRONICOS EM PACIENTE RENAL CRÔNICO EM HEMODIALISE PO-253 - Implantação do Gerenciamento de Riscos na Sistematização do Trabalho do Setor de Psicologia em Clínica de Diálise – Nefron - Contagem/MG, 2011 FRANCISCO RAFAEL DO NASCIMENTO ALMEIDA, ELBER RAFAEL GONCALVES, FABIANO BICHUETTE CUSTODIO, MARIANA DE MORAES FRANÇOSO, RAFAEL DINARDI MACHADO, RAFAEL AUGUSTO BORGES PAVANI, VERONICA MARIA PEREIRA COSTA, MARCELO CARVALHO NAVES RIBEIRO, BRUNO MARTI DENISE HELENA CAMARGO, PHILIPE HENRIQUE A. CÂNDIDO Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E PO-254 - INDICE PROGNÓSTICO NA LESÃO RENAL AGUDA: UMA COMPARAÇÃO ENTRE O APACHEII E SOFA LUCIANA APARECIDA REIS, ARAUJO G de O, AZEDO FA, PINHEIRO KHE Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-267 - AMILOIDOSE RENAL APRESENTANDO-SE COM INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA PROGRESSIVA NA AUSÊNCIA DE SINDROME NEFRÓTICA E COM DEPÓSITOS AMILOIDES PREDOMINANDO EM VASOS NAYARA GOMES SILVEIRA DA COSTA, ANA TEREZA AZEREDO BASTOS BRITO, GUSTAVO GUILHERME QUEIROZ ARIMATEIA, EDNA REGINA SILVA PEREIRA, VALÉRIA PIGOZZI VELOSO, MAURI FELIX DE SOUSA, Siderley Carneiro de Souza, Rafaella Marques Barbosa, Talita Clementino PO-255 - Influência da independência funcional e da força muscular na percepção de qualidade de vida de pacientes portadores de doença renal crônica (DRC) em programa de hemodiálise Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E DANIELA BARROS BONFIM COLUCCI, Paula Romero Pelegrino Hidalgo, Christiane Karam, Adriano Luiz Ammirati, Maria Claudia Cruz Andreoli, Fellype de Carvalho Barreto, Thais Nemoto Matsui, Ilson Jorge Iizuka, Fabiana Dias Carneiro, Bento Fortunato Card ROSA MARIA PORTELLA MOREIRA, MAURICIO DAVID PADILLA DELGADO, PATRICIA MATTOS VIEIRA DO PAÇO, DANIELE MAIA DE JESUS Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E PO-256 - O PAPEL DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR NO CONTROLE DA HIPERTENSÃO ARTERIAL EDUARDO DE PAIVA LUCIANO, LETICIA YUMI SAKAMOTO, MARIA DE FÁTIMA PEDROSA DOS SANTOS, JEANE FLORA FERREIRA E SILVA, ELAINE CRISTINA DOS SANTOS ARANTES, WELINGTON CARLOS DE SOUSA, FABIO JUNIOR .G. OLIVEIRA, SANDRA HELENA .L. SOARES CARDOSO, LUCRECIA Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E PO-257 - Perfil de infeção de corrente sanguínea em clientes portadores de cateter venoso central para hemodiálise no Hospital Estadual Bauru NATALIA CRISTINA FERREIRA, MICHELY DAYANE CAMPOS BRITO, ARIANE CORTI, MIRELA MARIA ALLONSO, ANIELA NASCIMENTO PIVOTTO, ALINI CORREA HORTOLANI Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E PO-258 - PREDITORES DE QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES EM HEMODIÁLISE: UMA REVISÃO NA LITERATURA REIS LA, LAMARCA P Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E PO-259 - Projeto de Dança para a Promoção da Qualidade de Vida aos Colaboradores de uma Clínica de Diálise, BH, 2011 DENISE HELENA CAMARGO, MELISSA LUCIANA DE ARAUJO, JULIANA C. ROQUE Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E PO-260 - Reeducação alimentar como proposta de melhoria da qualidade de vida dos colaboradores de uma clínica de doenças renais em Contagem/MG PO-268 - AVALIAÇÃO DOS FATORES DE RISCO PARA NEFROPATIA DIABÉTICA EM PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO II EM ACOMPANHAMENTO AMBULATORIAL Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-269 - Avaliação Metabólica em Nefrolitíase NATáLIA BARALDI CUNHA, Patrícia Capuzzo Garcia Damasio, João Luiz Amaro, Carmen Regina Petean Ruiz Amaro Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-270 - Caracterização da população diabética do Hospital das Clínicas de Botucatu e estabelecimento da relação entre o controle da doença e a adesão ao tratamento medicamentoso e não medicamentoso VANESSA DOS SANTOS SILVA, Lívia Maria Miguel, rodrigo hagemann, Luis Cuadrado Martin, Adriana Lúcia Mendes Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-271 - COMPLICAÇÃO DE DOENÇA RENAL POLICÍSTICA DO ADULTO: RELATO DE CASO Linhares IF, Almeida DS, Macedo FS, Carvalho NMN, Carvalho LL, Sobrinho IMM, Lima PEB, Silva Junior GB, Libório AB, Daher EF Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-272 - Compreensão da doença e adoecimento pela nefrite lúpica VANESSA CARVALHO BACHIEGA GABRIEL, Aline Lázara Resende, Isac de Castro, Viktoria Woronik, Rui Toledo Barros Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-273 - DIABETES INSIPIDUS NEFROGÊNICO NA INFÂNCIA PRISCILA SILVA GOMES, Alessandra Cristina da Cruz Dias PATRÍCIA BENTO GUERRA, Suellen Cristina Klein, VINICIUS BORTOLOTE PETERLE, LILIAN DA SILVA SANTOS, MIRNA LUCIA QUEVEDO ECHAGUE, Renata França de Almeida, FERNANDA ZOBOLE PETERLE, Maria Isabel Lima dos Santos, LAURO VASCONCELLOS Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-261 - RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL PO-274 - DIABETES MELLITUS TIPO II: COMPARAÇÃO ENTRE O USO DO 17 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia IECA, O USO DO BRA E O USO DE AMBOS NA EVOLUÇÃO DA NEFROPATIA DIABÉTICA secundária à Síndromes disabsortivas ROSA MARIA PORTELLA MOREIRA, PATRICIA MATTOS VIEIRA DO PAÇO, MAURICIO DAVID PADILLA DELGADO, DANIELE MAIA DE JESUS HENRIQUE GITTI RAGOGNETE, CARLA LUANDA, LUCIO MAURÍCIO, DOUGLAS GEMENTE, SABRINA POLYCARPO, MARCELLA SOARES, EVA RICUPERO, LUIZA SIMÕES, RONALDO BERGAMO, DANIEL RINALDI DOS SANTOS Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-275 - Doença de MoyaMoya e Hipertensão Renovascular-relato de um caso em criança PO-289 - Relato de caso: nefrocalcinose medular em paciente com síndrome de sjogren PAULA RONSSE NUSSENZVEIG, MARTA LILIANE DE ALMEIDA MAIA, CLÁUDIO NILO DE FREITAS, FERNANDA PILAN DE SOUZA, ILKA PARKER GONÇALVES, CLARICE ASSIS ROSÁRIO SAHADE, NATÁLIA ANDRÉA DA CRUZ FABIANA CRISTINA BARROS TORRES, JADILSON PAULO OLIVEIRA PEREIRA JUNIOR, PAULA MOREIRA DA COSTA, CARLOS PEREZ GOMES, FABRICIO GUIMARAES BINO, BEATRIZ PEREIRA ALFRADIQUE DA CUNHA Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-276 - Doença Renal Policística Autossômica Dominante: Relato de caso de infecção de cisto hepático detectado por PET-CT associado a diagnóstico incidental de neoplasia gástrica PO-290 - Revisão dos casos de nefrite lupica classe III e IV tratados no ambulatorio de nefrologia da FMABC IRENE FARIA. DUAYER, BRUNO EDUARDO PEDROSO BALBO, RAQUEL MELO SILVA, FERNANDO SALES, MARCELO TATIT SAPIENZA, LUIZ FERNANDO ONUCHIC DOUGLAS VIEIRA GEMENTE, Prof Dr Roberto Ronaldo Bergamo, Prof Dr Daniel Rinalldi dos Santos Carla Luanda Pereira dos Santos, Sabrina Bovino Polycarpo, Lucio Maurico Monteiro Isoni, Luiza Pinto Simões, Eva Helena Leandrini Ricupero, Henrique Gatti Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-277 - Efeitos do Exercício Aeróbio Agudo em Pacientes com Doença Renal Policística Autossômica Dominante PO-291 - RIM ECTÓPICO INTRATORÁCICO ASSOCIADO À HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA DE BOCHDALEK: RELATO DE CASO E REVISÃO DE LITERATURA Reinecke NL, Cunha TM, Higa EMS, Heilberg IP, Nishiura JL, Neder JA, Almeida, WS, Schor N Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-278 - Eventos de vida e atividade da nefrite lúpica VANESSA CARVALHO BACHIEGA GABRIEL, Aline Lázara Resende, Isac de Castro, Viktoria Woronik, Rui Toledo Barros Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-279 - IMPLICAÇÃO DO SISTEMA IMUNE NAS GLOMERULONEFRITES: O PAPEL DAS CÉLULAS NKT INVARIANTE (iNKT) NO DESENVOLVIMENTO DA NEFROPATIA POR IgA (IgAN) ROSA MARIA ELIAS, Erika Naka, Guilherme, Leandro Gustavo de Oliveira, Gianna MastroianniKirsjaint, Pamella WM Wang, Matheus Correa-Costa, Meire Ioshida Hiyane, Alexandre de Castro Keller, Alvaro Pacheco e Silva Filho, Renato Costa Monteiro, Pr Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-280 - Infecção em cisto na doença renal policística autossômica dominante: análise crítica do uso de PET-CT Bruno Eduardo Pedroso Balbo, Marcelo Tatit Sapienza, Luiz Fernando Onuchic Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-281 - LITÍASE RENAL RECORRENTE: CISTINÚRIA. RELATO DE CASO PAULA RONSSE NUSSENZVEIG, GABRIELA ALBA KURAIM, PRISCILA SOUZA SOARES, MARTA LILIANE DE ALMEIDA MAIA, FERNANDA PILAN DE SOUZA, CLÁUDIO NILO DE FREITAS, ILKA PARKER GONÇALVES, CLARICE ASSIS ROSÁRIO SAHADE, NATÁLIA ANDRÉA DA CRUZ Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-282 - LUPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO ASSOCIADO À TUBERCULOSE RENAL: RELATO DE CASO Linhares IF, Almeida DS, Carvalho NMN, Carvalho LL, Sobrinho IMM, Lima PEB, Silva Júnior, Libório AB, Daher EF, Carneiro LLR Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-283 - Papel do diagnóstico genético na Febre Familiar do Mediterrâneo Bruno Eduardo Pedroso Balbo, André Albuquerque Silva, Andressa Godoy Amaral, Denise Maria Avancini Costa Malheiros, Luiz Fernando Onuchic, Rui Toledo Barros Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-284 - Perfil de pacientes atendidos em um ambulatório de nefrologia SUELLEN REGINA GERALDO AZEVEDO, KARLA CRISTINA S PETRUCCELLI, ANA MATILDE MELIK SCHRAMM, ALBA REGINA JORGE BRANDÃO, VÂNIA MINELVINA FERREIRA DA SILVA, LEILIANE DA SILVA OLIVEIRA, ANDREIA DE SEIXAS MIRANDA Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-285 - PERFIL DOS PACIENTES LITIÁSICOS EM SEGUIMENTO AMBULATORIAL EM UM HOSPITAL PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL FABIO HUMBERTO RIBEIRO PAES FERRAZ, PAULO ROBERTO DE ARAUJO CARVALHO, RAFAEL ROCHA DE SOUZA Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-286 - PIELONEFRITE AGUDA BILATERAL COM PIELONEFRITE ENFISEMATOSA EM RIM DIREITO: RELATO DE CASO NAYARA GOMES SILVEIRA DA COSTA, CLÁUDIO HUMBERTO GONÇALVES MAIA, BRUNO PEREIRA RECIPUTTI, GUSTAVO GUILHERME QUIEROZ ARIMATEIA, EDNA REGINA SILVA PEREIRA, VALÉRIA PIGOZZI VELOSO, MAURI FELIX DE SOUZA, PRISCILA CAIXETA DE OLIVEIRA, RODRIGO PASTOR DA Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-287 - Prevalência e perfil de resistência de cepas de Escherichia coli isoladas de quadros de bacteriúria assintomática de população adulta André Maziero De Almeida, Luana Tyo Pauli Fuziy, Mirella Vitalino Bonomi, Carla Fernanda Lima De Almeida, Marcia Zorello Laporta, PRISCILA REINA SILIANO Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-288 - Relato de caso sobre Nefrolitíase por Hiperoxalúria 18 POLYANA SOUTO LOPES DA SILVA, ALEX BAIA GUALTER LEITE, PAULO CÉSAR LEITE SANTANA, MARY CARLA ESTEVEZ DIZ Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-292 - SINDROME DE ATIVAÇÃO MACROFÁGICA EM PACIENTE COM DOENÇA RENAL CRÔNICA SECUNDÁRIA À NEFRITE LÚPICA EM HEMODIÁLISE: RELATO DE CASO FABIANA CRISTINA BARROS TORRES, BEATRIZ PEREIRA ALFRADIQUE DA CUNHA, ANA CLAUDIA PINTO DE FIGUEIREDO FONTES, PEDRO JOSÉ DE MATTOS PATRÍCIO, MAURILO DE NAZARÉ DE LIMA LEITE JUNIOR Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-293 - SÍNDROME DE BARTTER - RELATO DE DOIS CASOS VILMAR DE PAIVA MARQUES, Precil Diego Miranda de Menezes Neves, Edson Luiz Fernandes, Itsuzi Fugikaha, Helena Moisés Mendonça, Juliana Reis Machado, Marlene Antônia dos Reis Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-294 - Síndrome de DRESS associada a lesão renal aguda após uso de sulfametoxazol trimetropim PAULA RONSSE NUSSENZVEIG, MARTA LILIANE DE ALMEIDA MAIA, FERNANDA PILAN DE SOUZA, CLÁUDIO NILO DE FREITAS, ILKA PARKER GONÇALVES, CLARICE ASSIS ROSÁRIO SAHADE, CÁSSIA MARIA PASSARELLI L. BARBOSA, NATÁLIA ANDRÉA DA CRUZ Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-295 - Síndrome de Gitelman :- diagnostico, tratamento e evolução. Relato de um caso Silveira Jr, SAD Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-296 - Uso de penicilina em pacientes com leptospirose e lesão renal aguda: ainda controverso? NUBYHELIA MARIA NEGREIRO DE CARVALHO, Geraldo Bezerra da Silva Junior, Krasnalhia Lívia Soares de Abreu, Rosa Maria Salani Mota, Daniel Valente Batista, Natália de Albuquerque Rocha, Sônia Maria Holanda Almeida Araújo, Alexandre Braga Libório, Eli Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Nutrição (I Forum nacional de Nutrição em Nefrologia) PO-297 - Adequação da Diálise, Ingestão Alimentar e Estado Nutricional de Pacientes em Tratamento de Hemodiálise no Hospital Universitário Professor Edgard Santos - HUPES, Salvador, Bahia Campos SR, Souza MC, Dias FLL, Jesus NMT, Gusmão-Sena MHL Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-298 - ALBUMINA SÉRICA E AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA E DIETÉTICA EM PACIENTES EM TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA NO INSTITUTO RENAL EM RIBEIRÃO PRETO- SÃO PAULO Martins JC, Vannucchi MTI, Carvalho VP Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-299 - Ângulo de fase está associado com mortalidade em pacientes com Lesão Renal Aguda MILENE PERON RODRIGUES PINTO, Marina Nogueira Berbel, Cassiana Regina de Góes, Daniela Ponce , André Luís Balbi Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-300 - Associação da deficiência de Vitamina D com marcadores clínicos e nutricionais em diálise peritoneal FRANCIELI DELATIM VANNINI, Barbara Perez Vogt, Edwa Maria Bucuvic, Aline de Araújo Antunes, Paula Dasaglio Garcia, Fabíola Sawaguichi Faig-Leite, João Henrique Castro, Pasqual Barretti, Jacqueline Costa Teixeira Caramori Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-301 - Associação entre fatores antropométricos e dietéticos com o pH urinário de pacientes portadores de litíase renal. Pinheiro VB, Ramos CI, Hattori CM, Vendramini LC, Baxmann AC, Heilberg IP Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-302 - AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL POR BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA PRÉ E PÓS HEMODIÁLISE: UM ESTUDO COMPARATIVO PO-316 - EFEITOS DA ADESÃO À DIETA HIPOPROTÉICA SOBRE A PROGRESSÃO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA EM PACIENTES DIABÉTICOS E NÃO DIABÉTICOS FELIPE RIZZETTO SANTOS, Julianne da S. Cota, Karina S. G. de Luna, Rafael Garcia Cunha, Denise Mafra, Vanessa L. M. de Oliveira Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E VANESSA MOREIRA DE LIMA, Andressa de Araujo Moura, Silvana Reigota Naves de Araújo, Elayne da Silva Coelho, Janaína Silva Sousa, Evandro Reis da Silva Filho PO-317 - EFEITOS DE UM PROGRAMA INTRADIALÍTICO DE EXERCÍCIO FÍSICO DE FORÇA MUSCULAR SOBRE A CAPACIDADE FUNCIONAL, FORÇA E MASSA MUSCULAR EM PACIENTES SOB HEMODIÁLISE Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Bessa B, Moraes C, Lobo JC, Barros AF, Barboza JE, Silva EB, Mafra D PO-303 - Avaliação das repercussões metabólicas da diálise peritoneal de alto volume no tratamento de pacientes com injúria renal aguda CASSIANA REGINA DE GóES, Marina Nogueira Berbel, Milene Peron Rodrigues Pinto, André Luís Balbi, DANIELA PONCE Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-304 - Avaliação do consumo alimentar de pacientes submetidos a terapia renal substitutiva em Contagem/MG. PRISCILA SILVA GOMES, THAISA SOARES OLIVEIRA Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-305 - AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL E COMPOSIÇÃO CORPORAL DE PACIENTES COM DIABETES MELLITUS PRÉ E PÓS TRANSPLANTE RENAL Francisconi H, Netto MCAS, Sesti G, Quadros KRS, Santos RLS, Pereira LM, Minicucci WJ, Mazzali M Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-306 - Avaliação do estado nutricional e composição corporal de pacientes recém transplantados renais MARIA CAROLINE DE AZEVEDO E SOUZA NETTO, Marilda Mazzali, Gentil Alves Filho Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-307 - Avaliação do impacto de um programa de educação nutricional sobre a adesão à dieta hipoproteica em pacientes com doença renal crônica em tratamento conservador JULIANA GIGLIO PAES BARRETO, Maria Inês Barreto Silva, Anete Mecenas, Rachel Bregman, Vicente Faria Cervante, Carla Maria Avesani Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-308 - Avaliação do Impacto do Acompanhamento Nutricional na Qualidade de Vida e nos Indicadores de Morbimortalidade de Pacientes em Terapia Dialítica Crônica. Estudo Coorte Prospectivo QUIEREGATTO AB, LARANJA SMR, SCHOR N Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-309 - Avaliação Nutricional em pacientes com Lesão Renal Aguda (LRA) MARINA NOGUEIRA BERBEL, Milene Peron Rodrigues Pinto, Cassiana Regina de Góes, Daniela Ponce, André Luis Balbi Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-310 - Circunferência da cintura como preditor de mortalidade nos pacientes em diálise peritoneal: um estudo prospectivo ANA CATARINA MEDEIROS CASTRO, Ana Paula Bazanelli, Lilian Cuppari, Maria Ayako Kamimura Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-311 - Consumo de sal e sua relação com fatores demográficos e nutricionais em pacientes em hemodiálise MORAIS JG, KRÜGER TS, SANTOS RG, LUZ FILHO HA, NERBASS FB Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-312 - Correlação entre inflamação e hiperuricemia em pacientes em diálise peritoneal Black AP, Borges NA, Ferreira MP, Tancredi ML, Carraro-Eduardo JC, Mafra D Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-313 - Diagnóstico de síndrome metabólica em hemodiálise e associações com antropometria BARBARA PEREZ VOGT, Aline Araújo Antunes, FRANCIELI DELATIM VANNINI, Liciana Vaz de Arruda Silveira, JACQUELINE TEIXEIRA CARAMORI Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-318 - Efeitos do exercício físico de força muscular intradialítico sobre a composição corporal de pacientes em hemodiálise Barros AF, Moraes C, Bessa B, Raymundo LRS, Lobo JC, Mafra D Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-319 - ESTADO NUTRICIONAL DOS PACIENTES ADMITIDOS NA ENFERMARIA DE NEFROLOGIA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO RECIFE – PE Pontes DP, Araújo RG, Barbosa MSS, Luz Neto LM, Barbosa SMS Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-320 - ESTADO NUTRICIONAL E GANHO DE PESO INTERDIALÍTICO DE PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA EM HEMODIÁLISE Ferraz, S.F, Freitas, A.T.V.S, Vaz, I.M.F, Campos, M.I.V.A, Pereira, E.R.S, Peixoto, M.R.G. Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-321 - Estado quanto ao ferro e associação com dislipidemia em Pacientes tratados por Hemodiálise LETíCIA BERTOLDI SANCHES, Andresa Marques de Mattos, Mariana Rambelli Bibian, José Abrão Cardeal da Costa, Paula Garcia Chiarello Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-322 - FATORES RELACIONADOS COM A CALEMIA DE PACIENTES EM HEMODIÁLISE RAFAELA GONZAGA DOS SANTOS, Sczip AC, Nerbass, FB, Schirmann GS, Nascimento GE, Penteado L, Alves MC Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-323 - FORÇA DO APERTO DE MÃO DE PACIENTES EM HEMODIÁLISE Marta Izabel Valente M Campos, Edna Regina Silva Pereira, Maria do Rosário Gondin Peixoto, Ana Tereza Vaz de Souza Freitas, Sanzia Francisca Ferraz, Inaiana Marques Filizola Vaz Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-324 - GINCANA INCENTIVA CUIDADOS NUTRICIONAIS E MODIFICA ROTINA DOS PACIENTES SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE CLAUDIA PAULETTO, PAULA BALDRIGUI, PAULETE MARIA DOSSENA GRANDO, LUCIANO SALCI, JUNIOR CESAR RATTO Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-325 - HÁ RELAÇÃO ENTRE OS NÍVEIS DE ZINCO E LEPTINA EM PACIENTES HEMODIALISADOS? Luciana Nicolau Aranha, JULIE CALIXTO LOBO, Milena Barcza Stockler-Pìnto, Viviane de Oliveira Leal, Najla Elias Farage, Denise Mafra Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-326 - HIPERURICEMIA EM RECEPTORES DE TRANSPLANTE RENAL: INCIDÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS SESTI G, Francisconi H, Quadros KRS, Santos RLS, Pereira LM, Netto MCAS, Mazzali M Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-327 - Hipovitaminose D em pacientes com doença renal crônica em hemodiálise Ulissiane Eugenia de Carvalho Paulini Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-328 - Hipovitaminose D em pacientes com doença renal crônica MONISE NARDI AVILA Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-329 - Impacto dos níveis séricos de 25-hidroxivitamina D em parâmetros nutricionais de pacientes em hemodiálise PO-314 - DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL DE PACIENTES RENAIS EM PROGRAMA REGULAR DE HEMODIÁLISE Barbara Perez Vogt, Francieli Delatim Vannini, João Henrique Castro, Edwa Maria Bucuvic, Paula Dalsoglio Garcia, Fabíola Sawaguchi Faig-Leite, Aline Araújo Antunes, Jacqueline Teixeira Caramori, Pasqual Barretti Barbosa MSS, Araújo RG, Pontes DP, Arruda FG, Luz Neto LM Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-315 - Dinamometria manual e seus determinantes dialíticos em pacientes submetidos à hemodiálise PO-330 - Índice de massa corporal (IMC) de 23 kg/m2 é um marcador confiável para diagnóstico da depleção energético-protéica de pacientes em hemodiálise? VIVIANE DE OLIVEIRA LEAL, MILENA BARCZA STOCKLER-PINTO, LUCIANA NICOLAU ARANHA, NAJLA ELIAS FARAGE, LUIZ ANTÔNIO DOS ANJOS, DENISE MAFRA VIVIANE DE OLIVEIRA LEAL, CRISTIANE FERREIRA MORAES, MILENA BARCZA STOCKLER-PINTO, JULIE CALIXTO LOBO, LUCIANA NICOLAU ARANHA, NAJLA ELIAS FARAGE, DENISE MAFRA Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E 19 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia PO-331 - Influência da Obesidade na Nefrolitíase NATáLIA BARALDI CUNHA, Patrícia Capuzzo Garcia Damasio, Thaísa de Assis, Mariana Ribeiro do Valle Nogueira, Laís Baltieri Momesso, Carmen Regina Petean Ruiz Amaro, José Goldberg Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-332 - Ingestão e adesão ao uso de quelantes de fósforo de pacientes em hemodiálise na Unidade de Diálise do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP (HCFMRP - USP) VIVIANNE RêIS BERTONSELLO, José Abrão Cardeal da Costa, Renata Moneda Alberto dos Santos Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-333 - Marcadores nutricionais de pacientes com lesão renal aguda (LRA) de acordo com a sobrevida MARINA NOGUEIRA BERBEL, Milene Peron Rodrigues Pinto, Cassiana Regina de Góes, Daniela Ponce, André Luis Balbi Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-334 - Marcadores nutricionais de pacientes com lesão renal aguda (LRA) dialítica e não dialítica MARINA NOGUEIRA BERBEL, Milene Peron Rodrigues Pinto, Cassiana Regina de Góes, Daniela Ponce, André Luís Balbi Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-335 - MELHORES ÍNDICES DE ALBUMINA EM PACIENTES RENAIS CRÔNICOS EM HEMODIÁLISE COM A ENTRADA DO SERVIÇO DE NUTRIÇÃO Monteiro MSC, Dos Santos RF Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-336 - MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL EM PACIENTES SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE: BIOIMPEDÂNCIA X DOBRAS CUTÂNEAS ANDRESSA DE ARAUJO MOURA (Moura AA), VANESSA MOREIRA DE LIMA (Lima VM), SILVANA REIGOTA NAVES DE ARAÚJO (Araújo SRN), JANAÍNA SILVA SOUSA (Sousa JS), ELAYNE DA SILVA COELHO (Coelho ES), EVANDRO REIS DA SILVA FILHO (Silva Filho ER) PO-346 - Perfil do Estado Nutricional de pacientes portadores de Insuficiência Renal Crônica em programa de hemodiálise no Hospital Universitário Getúlio Vargas JORGELYCE BARBOSA JOSWIACK, ROSANE DIAS ROSA, CELSA DA SILVA MOURA SOUZA Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-347 - PERFIL LIPÍDICO DE PACIENTES RENAIS CRÔNICOS ACOMPANHADOS EM TRATAMENTO CONSERVADOR RENATA CARNEIRO ROCHA, NAIARA MARTINS OLIVEIRA, FRANCIANE ALVES MATOS, JULIANA PINTO KAMIL, MARCUS GOMES BASTOS, ANITA BAPTISTA SOARES Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-348 - Perfil nutricional de pacientes diabéticos e hipertensos em comunidade ribeirinha no estado do Amazonas SUELLEN REGINA GERALDO AZEVEDO, HENRIQUE MARTINS, KARLA CRISTINA DA SILVA PETRUCCELLI Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-349 - PERFIL NUTRICIONAL E DEPRESSIVO EM INDIVÍDUOS COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA SUBMETIDOS AO TRATAMENTO DE HEMODIÁLISE Cardinelli CS, Lucena NC, Bento CT Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-350 - Prejuízo nutricional em pacientes encaminhados tardiamente para primeiro atendimento em serviço de nefrologia. LARISSA RODRIGUES NETO ANGéLOCO, Daiane Cristina Guerra, Wander de Resende Furtado, Mariana Rambelli Bibian, Eduardo Barbosa Coelho, Paula Garcia Chiarello Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-351 - PREVALÊNCIA DA SARCOPENIA DA OBESIDADE EM PACIENTES IDOSOS EM HEMODIÁLISE FERNANDO LAMARCA, JULIANA CORDEIRO DIAS RODRIGUES, RENATA LEMOS FETTER, FERNANDA GUEDES BIGOGNO, ANA LUCIA PINHO MENDES PEREIRA, CARLA MARIA AVESANI Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-337 - MODIFICAÇÕES NA PREPARAÇÃO DE ALIMENTOS, VISANDO REDUZIR A OFERTA DE FÓSFORO E POTÁSSIO PARA PACIENTES EM TRATAMENTO DIALÍTICO PO-352 - PREVALÊNCIA DE DESNUTRIÇÃO PELA AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBAL EM PACIENTES EM HEMODIÁLISE ASTRéA RAMOS DE ARAúJO, JAMILE MELO DALTRO, ROBERTA BARREIROS, TARCISA MONTEIRO, EDSON LUIZ PASCHOALIN Ana Tereza Vaz de Souza Freitas, Inaiana Marques Filizola Vaz, Sanzia Francisca Ferraz, Marta Isabel V. A. Morais Campos, Maria do Rosário Gondim Peixoto, Nélida Schmid Fornés Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-338 - O ÂNGULO DE FASE NA AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES EM HEMODIÁLISE PO-353 - PREVALÊNCIA DE OBSTIPAÇÃO INTESTINAL EM PACIENTES RENAIS CRÔNICOS SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE NA CLÍNICA SENHOR DO BONFIM DE FEIRA DE SANTANA, EM SUAS DUAS UNIDADES, MATRIZ E CONVÊNIOS. ANGELA TEODÓSIO DA SILVA, MONIQUE FERREIRA GARCIA, ANA PAULA GONÇALVES, STEFANNY RONCHI SPILLERE, LETÍCIA MARIA FÜHR, ELISABETH WAZLAWIK Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-339 - Pacientes desnutridos em hemodiálise apresentam baixo consumo energético-protéico. KARINA FERNANDES DE CAMARGO, Jaqueline Salermo Santos Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-340 PACIENTES RENAIS CRÔNICOS EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO:ANÁLISE DO IMC EM E SUAS CORRELAÇÕES Juliane Casas, Alberto Verduíno das Neves, Bruno Cesar Bifano, Eldina Santana da Silva, Ligia Simões Ferreira, Enio Marcio Maia Guerra, Cibele I. S. Rodrigues, Fernando A. de Almeida, Ronaldo D’ Ávila Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-341 - PADRÃO DE INGESTÃO ENERGÉTICO-PROTÉICA DE PACIENTES DIABÉTICOS EM HEMODIÁLISE FABíOLA PANSANI MANIGLIA, Renata Moneda A. Santos, José Abrão Cardeal da Costa Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-342 - Parâmetros laboratoriais utilizados na primeira avaliação nutricional e sua associação com mortalidade em pacientes com Lesão Renal Aguda MILENE PERON RODRIGUES PINTO, Marina Nogueira Berbel, Cassiana Regina de Góes, Daniela Ponce, André Luís Balbi Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-343 - Perfil antropométrico de pacientes em diálise peritoneal ASTRéA RAMOS DE ARAúJO, JAMILLE VELOSO DIAS MUNIZ, MONALIZZA CARNEIRO FREIRE, SUZANA CASTRO NUNES, JOSÉ ANDRDE MOURA JR., TARCISA MONTEIRO Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-354 - RELAÇÃO DA FORÇA DO APERTO DA MÃO COM INDICADORES NUTRICIONAIS DE PACIENTES EM HEMODIÁLISE MONIQUE FERREIRA GARCIA, Angela Teodósio Silva, Ana Paula Gonçalvez, Amanda Brognoli Donini, Elisabeth Wazlawik Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-355 - RELAÇÃO ENTRE AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBAL, AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBAL MODIFICADA E ESCORE DE INFLAMAÇÃO E DESNUTRIÇÃO EM PACIENTES SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE ANA PAULA GONÇALVES, MONIQUE FERREIRA GARCIA, ANGELA TEODÓSIO DA SILVA, Amanda Brognoli Donini, Elisabeth Wazlawik Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-356 - Relação entre consumo de sal, percentual de ganho de peso interdialítico (%GPID) e pressão arterial (PA) de pacientes em hemodiálise (HD). NERBASS FB , SANTOS RG, KRÜGER TS, LUZ FILHO HA , MORAIS JG Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-357 - Resgate da Memória Gustativa Através do 1° Concurso de Receitas Típicas de Festa Junina - Pacientes em Diálise – CLINEMGEMG, 2011. Black AP, Ferreira MP, Borges NA, Figueiredo NP, Tancredi ML, Carraro-Eduardo JC, Mafra D MELISSA LUCIANA DE ARAúJO, ALINE PASSOS FERNANDES, RENATA COSTA LANA E SOUZA, WEILAMAR GENY MADURO DE CASTRO Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-344 - Perfil de micronutrientes importantes em pacientes portadores de Insuficiência Renal Crônica em programa de hemodiálise no Hospital Universitário Getúlio Vargas PO-358 - Restrição Protéica e Parâmetros Antropométricos de Pacientes com Nefropatia Diabética JORGELYCE BARBOSA JOSWIACK, ROSANE DIAS ROSA, CELSA DA SILVA MOURA SOUZA PATRICIA SANTI XAVIER, Barbara Perez Vogt, Rodrigo Hagemann, Aline Araújo Antunes, Pasqual Barretti, Luìs Cuadrado Martin Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-345 - PERFIL DO ESTADO NUTRICIONAL DE INDIVÍDUOS COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA EM HEMODIÁLISE PO-359 - SABOR, PRAZER E SAÚDE: RECEITAS PRÁTICAS PARA RENAIS CRÔNICOS EM DIÁLISE Cardinelli CS, Lucena NC, Bento CT Mariella Silva Caliman Monteiro, Rafaela Feijó dos Santos Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E 20 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia PO-360 - Sistematização da Assistência do Setor de Nutrição a Pacientes em Terapia Renal Substitutiva (TRS) – CENEMGE-BH/MG, 2011. CARVALHO NAVES RIBEIRO, BRUNO MARTINS TOKUDA, HEBERT HENRIQUE CAPUCI, MARIANA SALOMAO BRAGA, GABRIELA RODRIGUES DE SOUZA, RAFAEL AUGUSTO BORGES PAVANI, RAFAEL DINARDI MA MáRCIA MACHADO CUNHA RIBEIRO, Melissa Luciana de Araújo, Gabriela Borges Palhares, Débora Machado Cunha Ribeiro PO-373 - FATORES ASSOCIADOS COM ANEMIA PÓS-TRANSPLANTE RENAL Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-361 - Suplementação nutricional em pacientes de hemodiálise assegura a manutenção dos níveis de albumina Farage NE, Moraes C, Mafra D Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E RAFAEL AUGUSTO BORGES PAVANI, RAFAEL DINARDI MACHADO, BIANCA BARBOZA LEAL, FERNANDA TOLEDO PIZA FERRAZ, IDA MARIA MAXIMINA FERNANDES, MARIA ALICE SPERTO BAPTISTA, HORÁCIO JOSÉ RAMALHO, MÁRIO ABBUD FILHO Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-374 - FEOHIFOMICOSE EM TRANSPLANTADOS RENAIS: RELATO DE DOIS CASOS PO-362 - UTILIZAÇÃO DE SUPORTE NUTRICIONAL EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA GESIANE FERNANDES TAVARES, Maurício Brito Teixeira, Luana Pedreira Cortes de Oliveira, Marina Bruniera Anchieta, Juliana Cristina Figueiredo Alves, Luis Gustavo Coelho Catelani, Flaviana Ferreira Barros, Patricia Malafronte, José Ferraz de Souza Barbosa MSS, Pontes DP, Araújo RG, Luz Neto LM Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-363 - Validação semântica e convergente da avaliação global subjetiva de 7 pontos em pacientes idosos em hemodiálise RENATA LEMOS FETTER, Juliana Cordeiro Dias Rodrigues, Fernando Lamarca, Fernanda Guedes Bigogno, Ana Lúcia Pinho Mendes Pereira, Carla Maria Avesani Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E TRANSPLANTE RENAL PO-364 - Avaliação da ocorrência de Glomeruloesclerose Segmentar e Focal pós-transplante renal no período de 2000 – 2010. Janaina Padula Picotti, Pércia Bezerra, Paula Carbone Diaz, DIOGO DA ROCHA VINAGRE, Hugo Abensur, Maria Regina de Araújo, Irene de Lourdes Noronha, Dino Martini Filho, João Egídio Romão Junior Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-375 - FIBROSE INTERSTICIAL: PARÂMETRO A SER AVALIADO NA BIÓPSIA TEMPO ZERO ? DANIEL MARCHI, MARIANA MORAES CONTTI, LUIS GUSTAVO MODELLI DE ANDRADE, JULIANA MARIA GERA ABRÃO, MARIA FERNANDA CORDEIRO CARVALHO, MÁRCIA DE FÁTIMA FARALDO MARTINEZ Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-376 - FUNÇÃO RETARDADA DE ENXERTO RENAL POR OXALOSE SECUNDÁRIA VICTOR EMMANUEL ANDRADE CARNEIRO, DIOGO MEDEIROS, ANDREA G. MARCOS, PAULA GOULART P. ACHADO Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-377 - Interromper o tratamento com cinacalcete no momento do transplante renal (TR) não é um fator de risco para calcificação do enxerto. PO-365 - Avaliação do Uso Imediato do Tacrolimo em Receptores de Transplante Renal com Disfunção Tardia Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Bruno Martins Tokuda, Fabiano Bichuette Custodio, Francisco Rafael N. Almeida, Ida Maria Maximina Fernandes Charpiot, Maria Alice Sperto Ferreira Baptista, Mario Abuud Filho Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-366 - Calcimiméticos no tratamento do Hiperparatireoidismo secundário do paciente em lista de espera para transplante renal (TR). Fatores que possam determinar a necessidade de manter o tratamento depois do TR. RAPHAEL PEREIRA PASCHOALIN, JOSE VICENTE TORREGROSA PRATS, XOANA BARROS, CARLOS EDOARDO DURÁN REBOLLEDO, JOSEP MARIA CAMPISTOL Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-367 - Conversão Para Sirolimo Em Pacientes Com Infecção Recorrente Por Cmv TAINá VERAS DE SANDES FREITAS, MILA SALLENAVE, CAROLINA ARAUJO, HELIO TEDESCO JUNIOR, JOSE OSMAR MEDINA PESTANA Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-368 - Doença De Chagas Aguda Com Comprometimento Neurológico E Renal Grave Em Paciente Transplantado Renal: Relato De Caso MARIANA DE MORAES FRANçOSO, GABRIELA RODRIGUES DE SOUZA, FABIANO BICHUETTE CUSTODIO, ELBER RAFAEL GONÇALVES, RAFAEL DINARDI MACHADO, FRANCISCO RAFAEL DO NASCIMENTO ALMEIDA, RAFAEL AUGUSTO BORGES PAVANI, MARIANA SALOMÃO BRAGA, MARCELO CARVALHO NAVE Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-369 - Efeito do Cinacalcete sobre a hipercalcemia em pacientes receptores de enxerto renal com Hiperparatireoidismo (HPT) persistente que não haviam recebido cinacalcete prévio ao transplante RAPHAEL PEREIRA PASCHOALIN, JOSE VICENTE TORREGROSA PRATS, XOANA BARROS, CARLOS EDOARDO DURÁN REBOLLEDO, JOSEP MARIA CAMPISTOL PO-378 - Manisfestações Neurológicas Após o Transplante Renal Sinalizando Doenças Graves GEOVANA BASSO, TAINá VERAS DE SANDES FREITAS, DENIS BERNARDI BICHUETTI, HELIO TEDESCO SILVA JUNIOR, JOSE OSMAR MEDINA PESTANA Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-379 - Microangiopatia Trombótica “de Novo” Após O Transplante Renal Rivelli, GG , Calheiros de Lima, AP, Gonçalves, JG, Gois, PHF, da Silva, JO, Mazzali, M Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-380 - Necrólise Epidérmica Tóxica no Transplantado Renal: Relato de Caso Bastos FO, Santos TOC, Bafi AT , Freitas FGR , Totoli C, Peruzzo MB, Freitas TVS, Junior HTS, Pestana JOM Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-381 - NEFROPATIA POR IgA ASSOCIADA COM INFECÇÃO POR VÍRUS C EM RECEPTOR DE TRANSPLANTE SIMULTÂNEO DE PÂNCREAS-RIM TAINá VERAS DE SANDES FREITAS, LÍVIA ZARDO TRINDADE, MARINA BAITELLO, GIANNA MASTROIANNI KIRSZTAJN, ANTÔNIO EDUARDO BENEDITO SILVA, CLAUDIO MELARAGNO, MARCELLO FABIANO DE FRANCO, JOSE OSMAR MEDINA-PESTANA Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-382 - PREVALÊNCIA DE ANTICOAGULANTE LÚPICO E TROMBOSE VASCULAR EM RECEPTORES DE TRANSPLANTE RENAL:RESULTADOS PRELIMINARES FELLIPE LESSA SOARES, MARINA BRUNIERA ANCHIETA, MARLA MARIA CARVALHO, GESIANE FERNANDES TAVARES, MAURÍCIO BRITO TEIXEIRA, PAULA CALDERERO LAMONATO DE OLIVEIRA, JULIANA CRISTINA FIGUEIREDO ALVES, PATRICIA MALAFRONTE, YVOTY ALVES SANTOS SENS Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E RAPHAEL PEREIRA PASCHOALIN, JOSE VICENTE TORREGROSA PRATS, XOANA BARROS, CARLOS EDOARDO DURÁN REBOLLEDO, JOSEP MARIA CAMPISTOL PO-383 - PREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO DE POLIGLOBULIA APÓS TRANSPLANTE RENAL Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E MARLA MARIA CARVALHO, FLAVIANA FERREIRA BARROS, JULIANA CRISTINA FIGUEIREDO ALVES, FELIPE LESSA SOARES, GESIANE FERNANDESTAVARES, MARINA BRUNIERA ANCHIETA, MAURICIO BRITO TEIXEIRA, PATRICIA MALAFRONTE, LUIZ ANTÔNIO MIORIN, YVOTY ALVES SANTOS SENS PO-370 - ESTUDO PROSPECTIVO DE PACIENTES COM SOROLOGIA ANTI-HBS REAGENTE SUBMETIDOS A TRANSPLANTE RENAL COM DOADOR ANTI-HBC REAGENTE DANIEL MARCHI , JULIANA MARIA GERA ABRÃO, LUÍS GUSTAVO MODELLI DE ANDRADE, MARIANA MORAES CONTTI, MÁRCIA DE FÁTIMA FARALDO MARTINEZ, MARIA FERNANDA CORDEIRO DE CARVALHO Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-371 - EVENTOS TROMBOEMBOLICOS APÓS O TRANSPLANTE RENAL TAINá VERAS DE SANDES FREITAS, MILA SALLENAVE, HELIO TEDESCO JUNIOR, JOSE OSMAR MEDINA PESTANA Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-372 - Experiência Inicial Com Everolimo: Uso De Novo E Conversão FRANCISCO RAFAEL DO NASCIMENTO ALMEIDA, VERONICA MARIA PEREIRA COSTA, MARCELO Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-384 - Qual a melhor opção de transplante para diabéticos portadores de doença renal crônica: transplante renal isolado ou transplante simultaneo rim-pâncreas? Pablo Girardelli Mendonça Mesquita, Valter Duro Garcia, Elizete Keitel, Claudio S. Melaragno, José Osmar Medina Pestan, Irene de Lourdes Noronha Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-385 - Relação dos polimorfismos dos sistemas Calicreina Cininas e Renina Angiotensina com a fisiopatologia do transplante renal AMORIM, C.E.N., ALMEIDA, S.S., NOGUEIRA, E., CAMARA, N.O.S., ARAUJO, RCA Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E 21 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia PO-386 - RELATO DE CASO - APRESENTAÇÃO ATÍPICA DE DENGUE APÓS TRANSPLANTE RENAL PO-389 - TRANSMISSÃO DE TUBERCULOSE DO DOADOR FALECIDO PARA DOIS RECEPTORES DE RIM BIANCA BARBOZA LEAL, FERNANDA FERRAZ, RAFAEL AUGUSTO BORGES PAVANI, RAFAEL DINARDI MACHADO, MARIANA SALOMÃO BRAGA, HERBERT HERRIQUE CAPUCI, MARIA ALICE BAPTISTA, IDA MAXIMA FERNANDES, MARIO ABBUD FILHO, MARCELO CARVALHO NAVES, VERONICA MARIA PER FIGUEIREDO I., BAPTISTA A., CRISTELLI M., SANDES-FREITAS T, FRANCO M, TEDESCO-SILVA JR H, MEDINA-PESTANA J Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-387 - RESPOSTA DE ANTICORPO ESPECÍFICO DAS VACINAS MONOVALENTES CONTRA INFLUENZA A H1N1/09 COM E SEM ADJUVANTE EM RECEPTORES DE TRANSPLANTE RENAL GESIANE FERNANDES TAVARES, MAURO JOSÉ COSTA SALLES, PATRICIA MALAFRONTE, JOSÉ FERRAZ DE SOUZA, LUCY VILAS BOAS, CLARICE MARTINS MACHADO, YVOTY ALVES SANTOS SENS Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-388 - Taxa de insuficiência renal aguda e parada cárdica nos potenciais doadores de órgãos: evidências para notificação mais precoce Ana Paula Maia Baptista, Luciana Wang Gusukuma, Marcela Rabelo Portugal de Alencar, Taina Veras de Sandes Freitas, Helio Tedesco Silva Junior, Jose Osmar Medina Pestana Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E 22 Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-390 - Uso de Doadores de Critério Estendido como Opção Terapêutica em Transplantes Renais : Avaliação de 4 anos Bichuette-Custodio F, Almeida FRN, Tokuda BM, Gonçalves ER, Charpiot IMMF, Batista MASF, Abbud-Filho M Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E PO-391 - Uso do Real Time PCR na prevenção de infecção e doença por citomegalovírus em receptores de transplante renal MARIANA DE MORAES FRANÇOSO, GABRIELA RODRIGUES DE SOUZA, ELBER RAFAEL GONÇALVES, RAFAEL AUGUSTO BORGES PAVANI, FRANCISCO RAFAEL DO NASCIMENTO ALMEIDA, RAFAEL DINARDI MACHADO, VERONICA MARIA PEREIRA COSTA, MARIANA SALOMAO BRAGA, MARCELO CARVALHO NA Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia RESUMOS - TEMAS LIVRES/APRESENTAÇÃO ORAL DIÁLISE Associação entre Níveis de pró-BNP e Sódio com Hipertensão Refratária em Pacientes Hemodialíticos Bichuette-Custodio F,Tokuda BM,Costa VMP,Oliveira JFP Hemodiálise, Hemodiafiltração e Hemofiltração Curta Diária: Análise Comparativa da dose de tratamento e da remoção de solutos Hospital de Base. Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - SP MELO NCV 1,2,Moyses RMA1,Castro MCM1 Introdução: A hipertensão arterial (HA) e a hipervolemia são extremamente prevalentes nos pacientes em hemodiálise (HD), estando associadas à elevada morbi-mortalidade. A HA tem sua gênese associada principalmente ao excesso de volume extra-celular e ao balanço positivo de sódio (Na). Tendo em vista a dificuldade clínica em se determinar adequadamente o peso seco, o pró-peptídeo natriurético do tipo B (pró-BNP) é tido em estudos recentes como importante alternativa para se avaliar a volemia dos pacientes hemodialíticos. Objetivos: Avaliar os níveis pré-diálise de Na e pró-BNP de pacientes em hemodiálise, compará-los com os valores de pressão arterial (PA) pré e pós diálise e ganho interdialítico em relação ao peso seco (GID), avaliando a correlação desses fatores com a presença de hipertensão refratária. Casuística e Métodos: Os pacientes foram submetidos a sessões convencionais de HD (4 horas, 3 vezes/semana, Na fixo no dialisato 138 mEq/l). Antes do início da HD foram colhidos Na e pró-BNP (2ª sessão da 3ª semana do mês de Junho/2011). As médias da PA e do GID foram calculadas pelos valores das 2as e 3as sessões das semanas anteriores (4 medidas). Foi definida HAS pré diálise valores médios ≥ 140 x 90 mmhg e HA refratária (HAR) valores médios > 135 x 80 mmHg após término da sessão. Os pacientes com insuficiência cardíaca foram excluídos para melhor avaliação do pró-BNP. Resultados: De um total de 99 pacientes, 16 foram excluídos devido insuficiência cardíaca. Foram avaliados 83 pacientes. 51,8 % sexo masculino. Média de idade 57,15 anos. 78,3 % apresentavam HAS pré diálise (PA média 168,3 x 95,4 mmHg). Não houve diferença dos níveis de sódio, GID e pró-BNP entre os hipertensos e normotensos pré-diálise. Ao final da diálise, 72,3 % PA controlada (PAc) e 27,7% HAR ( 150,8 x 86,3 mmHg, em média). Entre os grupos PAc e HAR não houve diferença em relação à idade, GID ( 4,02% vs 4,07%) e níveis de sódio (135,7 vs 136,14 mEq/l p=NS). O grupo HAR apresentou significativamente maiores valores de pró-BNP ao ser comparado com grupo Pac ( 6701 vs 2967 pcg/ml, p=0,02). Conclusões: Os maiores valores de pró-BNP correlacionaram-se positivamente com a manutenção de hipertensão pós diálise, evidenciando assim uma provável associação entre hipervolemia e HAR. Estratégias de otimização do peso seco (como a avaliação do pró-BNP) são fundamentais para melhor controle da pressão arterial em pacientes hemodialiticos. 1 - Universidade de São Paulo, São Paulo 2 - Clínica de Doenças Renais de Brasília/Hospital Regional de Taguatingua, Distrito Federal Introdução: Não há estudos comparando a dose de diálise ou a remoção de solutos em sessões de hemodiálise curta diária (HD-D), de hemofiltração online curta diária (HF-OL-D) e de hemodiafiltração online curta diária (HDF-OL-D). Objetivos: Comparar a dose de diálise e a remoção de solutos entre sessões de HD-D de alto fluxo, HF-OL-D pré-dilucional e HDF-OL-D pós-dilucional. Métodos: 14 pacientes (47,9±13,5 anos) em programa em HD-D (1,5-2,5h 6x/semana) foram incluídos. Coletaram-se amostras de sangue pré, pós e no meio da sessão e o dialisato, de forma parcial e homogenia, em sessões de HD-D, HF-D e de HDFOL-D. Resultados: A dose de diálise medida diretamente pelo direct dialysis quantification Kt/V (DDQ Kt/V) foi significativamente menor em sessões de HF-OL-D (0,43±0,12) do que nas de HD-D (0,92±0,26) e de HDF-OL-D (0,96±0,28)(p=0,0002). A massa total extraída (ME) e o clearance diretamente quantificado (Kdq) de ureia foram menores em sessões de HF-OL-D (14,28±7,73g; 136,4±54,49mL/min) do que em sessões de HD-D (25,22±6,13g; 262,8±25,39mL/min) e HDF-OL-D (25,68±6,11g; 275,3±35,88mL/min) (p<0,0001). A ME e o Kdq de fósforo também foram menores em sessões de HF-OL- D (475,8±169mg; 84,03±28,01mL/min) do que em sessões de HD-D (810,4±165mg; 149,1±24,02mL/min) e HDF-OL-D (790,7±199mg; 142,0±23,9mL/min) (p<0,0001). A ME e o Kdq de creatinina foram menores em sessões de HF-OL-D (915,0±352mg; 97,84±30,66mL/min) do que em sessões de HD-D (1523±397mg; 171,9±12,56mL/min) e HDF-OL-D (1512±416mg; 177,0±19,4mL/min) (p<0,0001). A ME e o Kdq de ácido úrico foram menores em sessões de HF-OL-D (417,5±140mg; 110,4±34,82mL/min) do que em sessões de HD-D (821,7±158mg; 213,0±26,61mL/min) e HDF-OL-D (748,6±195mg; 205,8±41,63mL/min) (p<0,0001). A ME e o Kdq de β2-microglobulina foi maior em sessões de HDF-OL-D (148,4±43,43mg; 108,0±25,82mL/min) do que em sessões de HF-OL-D (94,05±45,97mg; 67,62±14,17mL/ min) e HD-D (123,1±49,55mg; 62,95±12,07mL/min) (p<0,0001). Conclusões: A remoção de solutos pequenos (ureia, fósforo, creatinina e ácido úrico) foi significativamente menor na HFOL-D pré-dilucional do que em sessões de HD-D de alto fluxo e de HDF-OL-D pós dilucional, realizadas com o mesmo tipo de capilar e tempo. A remoção de β2-microglobulina foi superior na HDF-OL-D, do que nos outros métodos estudados. Palavras Chaves: hipertensão refratária heodiálise, pró-BNP Body mass index hide malnutrition revealed by albumin in patients on peritoneal dialysis (PD) JOSé ABRãO CARDEAL DA COSTA2,VIVIANA TEIXEIRA HENRIQUES2,ROBERTO PECOITSFfILHO2,JOSé CAROLINO DIVINO-FILHO3 1 - FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRãO PRETO – USP 2 - PONTIFICA UNIVERSIDADE CATóLICA DO PARANá 3 - DIVISION OF BAXTER NOVUM AND RENAL MEDICINE, CLINTEC, KAROLINSKA INSTITUTE, STOCKHOLM, SWEDEN Preditivos clínicos e microbiológicos da evolução das peritonites por Staphylococcus aureus: experiência em um único centro durante 15 anos PASQUAL BARRETTI1,Carlos Henrique Camargo2,Alessandro Lia Mondelli2, Jacqueline Costa Teixeira Caramori2,Augusto Cezar Montelli1,Maria de Lourdes Ribeiro Cunha2 1 - FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU-UNESP 2 - INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS DE BOTUCATU-UNESP The prevalence of malnutrition in renal replacement therapy (RRT) is high. The use of different methods to analyze the nutritional status is necessary for increased reliability of results. The objectives were assessing the nutritional status by BMI and albumin and the influence of time on PD and albumin in BMI. Multicenter prospective cohort study (BRAZPD). Included 531 incident patients on PD in different regions of Brazil from December 2004 to February 2007 and evaluated for 12 months. Nutritional status was classified by body mass index (BMI), WHO 1998 and albumin classified as depletion (<3.6mg/DL) classification I, and depletion (median value of baseline <3.8mg/DL) classification II. Regression model for mixed effects was used to verify the influence of time and albumin in PD on BMI. The mean age was 59.22±15.48, female 55.18%, 55.37% white. Distribution by region(%):Midwestern 2.07,Northeastern 22.79; 9.42 Northern 9.42, Eastern 52.73, Southern 12.99. As for socioeconomic income (%) 38.42 earn up to 2 minimum wages and 39.55 from to 2 and 5. Regarding education 56.31% has primary education. DPA therapy was 49.53% and, CAPD 50.47%. Mean BMI (kg/m2) at the baseline, 3, 6, 12 months: 24.42±4.60, 24.98±4.64, 25.05±5.19, 25.87±4.71. Mean albumin (mg/DL):4.20±1.32;3.97±1.25, 3.77±1.12; 3.81±1.15. BMI classification (%): 6.97 malnutrition; 5.28; 7.80, 4.11, 53.30 eutrophic, 52.46, 48.62, 41.78, 29.38; overweight, 28.52, 29.82, 36.99; obesity 10.36, 13.73, 13.76, 17.12. Albumin (%) classification l: 37.85 depletion, 45.42, 50.46, 50.00; normal 62.15, 54.58, 49.54, 50.00; classification II: 43.13, 49.30, 57.80, 54.11, 56.87 normal, 50.70, 42.20, 45.89. The percentage of malnutrition patients is low by BMI compared to those who are classified by albumin depletion. The average BMI at baseline is 24.77, and this amount grows at a monthly rate of 0.09 (p<0.01) and underwent reduction of 0.28 when there was depletion by albumin (p<0.01) classification I and 0.20 classification II (p<0.01). BMI is influenced by depletion of albumin. Hypoalbuminemia is associated with malnutrition. More than one method for diagnosis of nutritional status should be used in studies and especially to verify malnutrition, since this is a serious risk for patients on RRT. A peritonite por Staphylococcus aureusé uma grave complicação da diálise peritoneal (DP) associada com elevada percentagem de falência da técnica e risco de óbito, ainda que a resistência à oxacilina seja pouco frequente nesses casos. Os registros de 62 episódios de peritonite por Staphylococcus aureus que ocorreram entre 1996 e 2010 em um único centro foram revisados. A incidência de peritonite foi calculada para três períodos subsequentes de cinco anos e comparada pelo modelo de Poisson. A produção de biofilme, lipase, lecitinase, nuclease, termonuclease, α- e β-hemolisina, enterotoxinas (SEA, SEB, SEC, SED) e toxina do choque tóxico foi avaliada por métodos fenotípicos. A sensibilidade à oxacilina foi determinada pela concentração inibitória mínima (CIM) e pela presença do gene mec A. A influência de fatores demográficos, clínicos e microbiológicos sobre a evolução da peritonite foi analisada por regressão logística. As percentagens de resolução e de morte foram comparadas com uma série de 117 casos episódios por estafilococos coagulase-negativa (ECN), do mesmo período. A incidência de peritonite por Staphylococcus aureus apresentou redução com o tempo, variando de 0,13 no período 1996-2000 para 0,04 episódio/paciente/ano no período 2006-2010 (p<0,05). A percentagem de isolados resistentes à oxacilina foi de 11,3%. A produção de toxinas e enzimas foi expressiva, enquanto biofilme foi produzido por 88,7% das cepas. A presença do gene mecA foi associada à maior frequência de febre (p<0,05) e tendência à maior frequência de dor abdominal. A presença de diabetes mellitus (p<0,05) e a produção de β-hemolisina (0,05) foram preditivos independentes de não resolução, enquanto que a chance de resolução foi maior para pacientes com idade entre 41 e 60, comparando-se com aqueles com idade > 60 anos (p<0,05). A percentagem de óbitos (9,7%) foi maior que a observada nos episódios por ECN (2.5%, p<0,05), ainda que a percentagem de resolução tenha sido semelhante. A despeito da redução da incidência de peritonite por S. aureus este tipo de infecção ainda é uma grave complicação da DP com elevada percentagem de óbitos. Sua evolução foi negativamente influenciada por fatores do hospedeiro como idade e diabetes mellitus. Adicionalmente, a produção de β-hemolisina foi preditivo independente de não resolução, sugerindo um papel patogênico deste fator nas peritonites em DP causadas por Staphylococcus aureus. Palavras Chaves: Malnutrition, Peritoneal dialysis Palavras Chaves: peritonites, Staphylococcus aureus 23 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia Preditores de evento cardiovascular em hemodiálise Aline de Araujo Antunes, Francieli Delatim Vannini, Barbara Perez Vogt, Liciana Vaz de Arruda Silveira,Pasqual Barretti, Jacqueline Costa Teixeira Caramori Reprocessamento de Dialisadores de Alto Fluxo e Alta Eficiência em sessões de Hemodiafiltração online Curta Diária: Impacto sobre o Transporte de Solutos Universidade Estadual Paulista- UNESP- Botucatu MELO NCV 1,2,Moyses RMA 1,Castro MCM 1 Introdução Fatores de risco cardiovascular vêm sendo estudados dada a relevância do comprometimento cardiovascular na morbidade e mortalidade em hemodiálise (HD). Objetivo Identificar fatores de risco para ocorrência de eventos cardiovasculares em HD. Casuística e métodos Parâmetros clínicos, dialíticos e nutricionais foram considerados no momento da inclusão de 105 pacientes com doença renal crônica prevalentes em HD, maiores de 18 anos, sem diagnóstico de disfunção sistólica, neoplasia, insuficiência hepática ou doença terminal. Os pacientes foram monitorados quanto à ocorrência de eventos cardiovasculares fatais e não fatais: emergência hipertensiva, edema agudo pulmonar, revascularização miocárdica, acidente vascular cerebral, ataques isquêmicos transitórios, fibrilação atrial, parada cárdiorespiratória, morte súbita, angina instável, infarto do miocárdio e eventos trombóticos. Houve censura do paciente ao final do estudo, quando da mudança de método dialítico, transferência de Serviço ou transplante renal. Empregou-se modelo de Cox para cada variável individualmente. As variáveis que apresentaram p <0,2 foram incluídas na análise múltipla de Cox, a qual foi ajustada para tempo em HD, diabetes e proteína C reativa. A colinearidade entre as variáveis foi previamente testada. O nível de significância adotado foi p<0,05. Resultados Os pacientes apresentavam idade de 57±14,5 anos, 51% masculinos e em HD há 36 (9; 66) meses. Durante o tempo de seguimento de 28 (12; 29) meses, 28 (26,7%) pacientes apresentaram evento cardiovascular, sendo cinco destes fatais. Idade mais avançada, maior relação entre água extracelular e água corporal total, menor ganho de peso interdialítico, maiores valores de pressão arterial sistólica e diastólica e de fósforo sérico foram preditores isolados de eventos cardiovasculares. Na análise múltipla, fósforo sérico (HR=1,82 IC95%1,31-2,53; p<0,001) e pressão arterial sistólica (HR=1,027 IC95%1,001-1,054; p= 0,041) foram fatores de risco independentes para ocorrência dos eventos. Conclusões Esses dados reforçam a importância da hipertensão e dos elevados valores de fósforo sérico na ocorrência de eventos cardiovasculares. Potenciais mecanismos para isso envolvem a calcificação vascular e a modulação do sistema endócrino. 1 - Universidade de São Paulo, São Paulo 2 - Clínica de Doenças Renais de Brasília/Hospital Regional de Taguatingua, Distrito Federal Palavras Chaves: cardiovascular Prevenção da falência de ultrafiltração e espessamento da membrana peritoneal com o beta-bloqueador nebivolol em modelo experimental de diálise peritoneal ANNA RITA MORAES DE SOUZA AGUIRRE MAZO1,Guadalupe GonzálezMateo2,Hugo Abensur1,Luiz Stark Aroeira3,Vanessa Millara Fernandez3,Pilar Sandoval6,Patricia Albar-Vizcaino4, Maria Luisa Perez-Lozano4, Rafael Selgas4, Manuel Lopez-Cabrera4, Abelardo Aguilera4 1 - Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo 2 - Hospital Universitario La Paz – Madri 3 - Unidad de Investigación and Servicio de Nefrología, Hospital Universitario La Paz 4 - Unidad de Biología Molecular y Servicio de Nefrología, Hospital Universitario de la Princesa A falência de ultrafiltração (UFF) é uma causa importante de interrupção da diálise peritoneal (DP) enquanto terapia renal substitutiva. Além da inflamação crônica e aguda causadas à membrana peritoneal (MP) pelos produtos de degradação da glicose, produtos avançados da glicosilação, pH ácido das soluções, hemoperitônio e infecções, b-bloqueadores (BB) também foram implicados na gênese da UFF. A vasoconstrição arteriolar esplâncnica é considerada a causa provável da UFF por BB. O nebivolol (NV), um bloqueador b1 adrenérgico altamente seletivo que, diferente de outros BB, possui efeito vasodilatador por aumento de óxido nítrico (NO) (ativa a via L-arginina-NO), foi testado em pacientes idosos com ICC e levou à redução na mortalidade. O objetivo desse estudo é analisar os efeitos do NV sobre a ultrafiltração (UF), MP e características do efluente em um modelo animal de DP, através do estudo de fenômenos envolvidos na degeneração da MP e UFF, como transição epitélio mesenquimal (EMT) e fibrose, além de parâmetros humorais e celulares de inflamação. 21 camundongos C57BL/6 fêmeas, não urêmicos, com 12 a 14 semanas, foram submetidos à colocação de cateter peritoneal. Após uma semana, foram divididos em 3 grupos de 7 animais: grupo controle (observação 30 dias), grupo SDP (2 mL/ dia de solução glicosada de diálise peritoneal a 4,25% através do cateter, por 30 dias) e grupo NV (além da infusão, receberam 8 mg/kg/ dia de NV por gavagem, por 30 dias). Após 30 dias, comparou-se espessura submesotelial, volume de UF, velocidades de transporte de pequenos solutos, marcação submesotelial de pan-citoqueratina (para quantificar EMT), contagem de vasos, linfangiogênese diafragmática, concentração de IL-6, IL-10 e proporções de células TCD-4, TCD-8 e BCD19+ no efluente. A espessura da MP foi de 23,14 mm no grupo controle, no grupo SDP foi de 102,4 mm e no grupo NV, 29,04 mm, com p<0,05. O volume de UF foi 1,94mL para o grupo controle, para o grupo SDP, 1,56 mL e, para o grupo NV, 2,05 mL, também com p<0,05. Houve menor EMT, menor angiogênese e tendência de transporte de solutos mais lento no grupo tratado, assim como menor concentração de IL-6 e proporções de populações de linfócitos semelhantes às do grupo controle. Concluímos que a droga impediu o desenvolvimento de UFF, através do bloqueio de fenômenos como EMT, espessamento da MP e neoangiogênese, além de preservar características de imunidade celular e humoral locais, merecendo ser estudada em pacientes submetidos à DP. Palavras Chaves: falência de ultrafiltração,beta-bloqueadores 24 Introdução: Na hemodiafiltração online (HDF-OL), estudos avaliando o impacto do reuso na remoção de solutos e na adequação de diálise são escassos. Não há estudos avaliando o impacto do reuso dos filtros na extração de solutos de diversos pesos moleculares, em pacientes submetidos à hemodiafiltração online curta diária (HDF-OL-D). Objetivos: Avaliar o impacto da reutilização dos filtros de diálise na extração de solutos de diversos pesos moleculares em pacientes submetidos à HDF-OL-D. Comparar o impacto do reuso do capilar na extração de solutos entre a HDF-OL-D e a hemodiálise diária (HD-D) de alto fluxo e alta eficiência. Métodos: 14 pacientes (47,9±13,5 anos de idade) em programa em hemodiálise diária (1,5-2,5h 6x/semana) há pelo menos 6 meses, foram incluídos. Foram coletadas amostras de sangue pré e pós diálise e coletado o dialisato de forma parcial e homogenia através da mangueira de drenagem, em sessões de HD-D (1º, 7º, 13º uso) e, posteriormente, utilizando um novo filtro, em sessões de HDF-OL-D (1º, 7º, 13º uso), totalizando 6 ensaios para cada paciente durante o estudo. Resultados: Não houve diferença estatística entre a massa total extraída (ME) e o clearance diretamente quantificado (Kdq) de solutos pequenos (ureia, fósforo, creatinina e ácido úrico) em sessões de HD-D no 1º, 7º e 13º usos do dialisador e em sessões de HDFOL-D no 1º, 7º e 13º usos dialisador, respectivamente. A ME e o Kdq de solutos pequenos foi semelhante entre os diferentes usos do dialisador estudados não só nas sessões de HD-D, mas também nas sessões de HDF-OL-D. Houve um aumento de cerca de 57% do Kdq e de 23% da ME de β2-m quando as sessões de HDF-OL-D foram comparadas às de HD-D, tanto com o filtro novo quanto no 7o e 13o uso. Na HD-D, houve uma redução de ± 15% do Kdq (p=0,0128) e da ME de β2-microglobulina (β2-m) (p=0,0065) no 13o uso do capilar, em relação aos demais usos estudados. Nas sessões de HDF-OL-D, não houve redução do Kdq e da ME de β2-m com o reuso. Nas sessões de HDF-OL-D houve uma redução de ± 54% da ME de albumina no 7o e 13o usos do capilar em relação ao dialisador novo (p=0,0004). Conclusões: A reutilização dos filtros de diálise não resulta em comprometimento da extração de solutos de diversos pesos moleculares, na HDF-OL-D. Há um aumento significativo da eficiência de remoção de β2-microglobulina, na HDF-OL-D, quando comparada à HD-D; sem variações significativas na extração dos demais solutos. Reuso de Capilares de Alto Fluxo e Alta Eficiência na Hemodiafiltração Online Curta Diária: Impacto sobre a dose do tratamento e a cinética de moléculas médias MELO NCV 1,2, Moyses RMA1,Castro MCM1 1 - Universidade de São Paulo, São Paulo 2 - Clínica de Doenças Renais de Brasília/Hospital Regional de Taguatingua, Distrito Federal Introdução: Na hemodiafiltração online, são escassos estudos avaliando o impacto do reuso na adequação de diálise e na cinética de moléculas médias. Não há estudos avaliando o impacto do reuso dos dialisadores na dose de diálise ou na cinética de moléculas médias, como a β2-microglobulina (β2-m), em pacientes submetidos à hemodiafiltração online curta diária (HDF-OL-D). Objetivos: Avaliar o impacto da reutilização dos capilares na dose de diálise e na cinética de moléculas médias em sessões de HDF-OL-D. Comparar o impacto do reuso do capilar na dose de diálise e na cinética de moléculas médias entre a HDF-OL-D e a hemodiálise diária (HD-D) de alto fluxo e alta eficiência. Métodos: 14 pacientes (47,9±13,5 anos) em programa em HD-D (1,5-2,5h 6x/semana) foram incluídos. Coletaram-se amostras de sangue pré, pós e no meio da sessão e o dialisato, de forma parcial e homogenia através da mangueira de drenagem, em sessões de HD-D (1º, 7º, 13º uso) e, com um novo filtro, em sessões de HDF-OL-D (1º, 7º, 13º uso). Resultados: A dose de diálise – medida pelo single-pool Kt/V, equilibrated Kt/V, standard Kt/V e direct dialysis quantification Kt/V (DDQ Kt/V)- foi semelhante entre o 1º, 7º e 13º usos do dialisador em sessões de HD-D e o 1º, 7º e 13º usos em sessões de HDF-OL-D, respectivamente. A dose de diálise foi semelhante entre os 1º, 7º e 13º usos do dialisador nas sessões de HD-D e nas sessões de HDF-OL-D. O Kt/V diretamente medido de β2-m (Kt/Vdq) – utilizado para avaliação da cinética de moléculas médias- foi ± 73% maior no 1º uso do dialisador em HDF-OL-D (0,9±0,3) do que no 1º uso em HD-D (0,53±0,15) (p=0,0006). Essa diferença foi mantida entre o 7º uso do dialisador em HDF-OL-D (0,84±0,32) e o 7º uso em HD-D (0,52±0,18)(p=0,0001) e também entre o 13º uso do dialisador em HDF-OL-D (0,82±0,23) e o 13º uso em HD-D (0,43±0,18) (p=0,0001). Na HD-D, houve uma redução de ± 15% do Kt/Vdq de β2-m no 13º uso quando comparado com o 1º e 7º usos dos dialisadores (p=0,011). Nas sessões de HDF-OL-D, não houve diferenças do Kt/Vdq de β2-m entre o 1º, 7º e 13º usos do dialisador. Conclusões: A reutilização dos filtros de diálise não resulta em comprometimento da dose do tratamento ou da cinética de moléculas médias, na HDF-OL-D. Quando comparados os usos dos filtros nos dois métodos dialíticos estudados, há um aumento significativo da eficiência de remoção de β2-microglobulina, na HDF-OL-D, quando comparada à HD-D; sem diferenças na dose de diálise entre os métodos. Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia Zinco-α2-glicoproteína está negativamente associada à gordura corporal em pacientes em hemodiálise VIVIANE DE OLIVEIRA LEAL1, JULIE CALIXTO LOBO2, MILENA BARCZA STOCKLER-PINTO2, NAJLA ELIAS FARAGE3, DENISE MAFRA1 1 - UFF 2 - UFRJ 3 - UFRJ/RENALCOR Introdução: Zinco-α2-glicoproteína (ZAG), uma adipocina solúvel de 41 kDa de peso molecular, está envolvida na redução da adiposidade através da mobilização lipídica, aumento do gasto energético e inibição da lipogênese. Em pacientes em hemodiálise (HD), níveis elevados de ZAG já foram descritos, entretanto, até o momento não existem informações sobre a relevância clínica de ZAG nesta população. Objetivos: O presente estudo tem como objetivo descrever os níveis plasmáticos de ZAG e sua relação com a gordura corporal em pacientes em HD. Casuística e Métodos: Foram estudados 22 pacientes em HD anúricos não diabéticos (12 homens, 52,1 ± 12,6 anos de idade, IMC de 24,3 ± 4,9 kg/m2, 51 (7 – 144) meses em diálise, Kt/Vsp 1.4 ± 0.3) da Clínica RenalCor - RJ. Amostras de sangue foram coletadas em jejum, antes de uma sessão regular de HD, e os níveis plasmáticos de ZAG determinados por ELISA (Biovendor®) e comparados aos de indivíduos saudáveis (6 homens, 4 mulheres, 53,8 ± 14,2 anos de idade, IMC de 25,7 ± 2,3 kg/m2). A composição corporal foi avaliada por antropometria. Para as análises estatísticas foi utilizado o programa SPSS para Windows (versão 11.0). Resultados: Os níveis plasmáticos de ZAG foram maiores nos pacientes em HD (160,9 ± 37,4 mg/L) quando comparados aos indivíduos saudáveis (62,5 ± 21,7 mg/L) (p<0.0001). O percentual de gordura corporal (%GC) (25,4 ± 6,7 para homens e 32,3 ± 8,1 para mulheres) foi inversamente correlacionado aos níveis de ZAG (r= -0,47; p = 0,04) e, em cada 1% de redução no %GC houve um aumento de 2,4 mg/L nos níveis de ZAG (p = 0,04). Conclusão: Elevados níveis de ZAG foram observados nos pacientes HD e parecem estar associados à redução da gordura corporal. Portanto, o papel da ZAG na depleção energética na população em HD merece futuras investigações. 25 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia RESUMOS - TEMAS LIVRES/APRESENTAÇÃO ORAL DISTÚRBIOS DO METABOLISMO MINERAL E ÓSSEO Avaliação do metabolismo mineral e ósseo de pacientes em diálise peritoneal Oliveira, RA1, Ferreira, JC1, Britto, ZML2, Pinheiro, VF2, Moysés, RM1, Jorgetti, V1 1 - HCFMUSP 2 - CETENE Introdução: A diálise peritoneal (DP) é uma modalidade de terapia de substituição renal (TSR) que, quando bem indicada, proporciona uma série de benefícios aos pacientes. No entanto, assim como na hemodiálise (HD), complicações a curto e longo prazo podem estar presentes. Os distúrbios do metabolismo mineral e ósseo (DMO) são uma delas e guardam correlação com desfechos clínicos desfavoráveis, inclusive aumento de mortalidade. Esses distúrbios são uma constante na população dialítica e apresentam particularidades inerentes ao método de TSR utilizado. Objetivos: Traçar o perfil dos DMO nos pacientes em DP e sugerir estratégias terapêuticas para minimizar os seus danos. Casuística e Métodos: Avaliamos 28 pacientes com média de idade de 48,2±10,7 anos, em DP há 20,4 ±18,1 meses. Esses pacientes foram submetidos a avaliação clinica; bioquímica; radiografia de mãos e quadril para pesquisa de calcificação vascular; e biópsia de crista ilíaca para análise histológica. Resultados: As principais queixas clinicas foram dores ósseas ou articulares (60%). A diurese residual media foi 1616 ± 755ml/dia. Apenas 11,5% utilizavam dialisato com concentração de cálcio < 3,5 mg/dl. Do ponto de vista bioquímico encontramos um fósforo (P) sérico de 4,8±1,7; cálcio iônico (Cai) 4,8±0,3; fosfatase alcalina (FA) 110±37,3; albumina 3,5±0,57; paratormônio (PTH) 588±650; e 25(OH) vitamina D 12,6±6,9. Calcificação vascular foi identificada em 4 pacientes(15%). A biópsia óssea revelou um padrão bastante heterogêneo, com 25% de osteíte fibrosa; 33,8% de doença mista e 37,5% de doença adinâmica. Um paciente tinha sinais de intoxicação por alumínio. Conclusões: A DP parece controlar melhor o P que a HD. Por outro lado, em 100% da nossa casuística observamos deficiência/insuficiência de vitamina D. Por fim, a grande variação nos níveis de PTH, associados à heterogeneidade de padrões histológicos encontrados reforçam a importância de se individualizar o tratamento com quelantes de fósforo, vitamina D e análogos, calcimiméticos/paratireoidectomia e a concentração de cálcio no banho da DP. Palavras Chaves: Diálise Peritoneal,Distúrbios do Metabolismo Mineral e Ósseo Efeito da alta concentração de glicose na função de osteoblastos JULIANA DE SOUZA CUNHA,Vanessa Meira Ferreira, Mirian Aparecida Boim UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO Alterações no tecido ósseo são encontradas em pacientes diabéticos e podem ser mais severas quando associadas a Doença Renal Crônica, entretanto a fisiopatologia das doenças ósseas em conseqüência do Diabetes Mellitus (DM) não está totalmente esclarecida. Utilizando modelo in vitro, avaliamos o efeito do excesso de glicose na função de osteoblastos de linhagem imortalizada de camundongo, MC3T3-E1. Após a diferenciação as células foram estimuladas com alta concentração (30mM) de glicose ou manitol (controle osmótico) durante 24hs. A expressão do RNAm do colágeno tipo 1 (COL1), principal componente da matriz extracelular, do RANKL, responsável pela ativação dos osteoclastos, da osteoprotegerina (OPG), principal inibidor do RANKL e da fosfatase alcalina (FAL), marcador de mineralização, foram estimados por PCR quantitativo em tempo real. A alta concentração de glicose induziu um aumento significante da expressão do RANKL e OPG. A expressão do COL1 foi aumentada em 12x e a FAL sofreu uma diminuição em 50%, indicando um defict na mineralização. O manitol induziu resultados similares aos da glicose, porém em menores proporções sugerindo que a hiperosmolaridade, per se, parece ser capaz de estimular a produção de matriz orgânica. Os resultados sugerem que o aumento da atividade dos osteoclastos dependente do RANKL não parece ser um mecanismo preponderante da alteração óssea no DM, uma vez que este aumento foi seguido pelo aumento da OPG. Em conclusão uma deficiência no processo de mineralização pode estar envolvida na fisiopatologia da doença óssea provocada pelo DM. Palavras Chaves: osteoblastos,diabetes e Controle (dieta controle, sham-operado). Após 8 semanas, foram realizadas análises bioquímicas, histomorfométricas e de expressão gênica no tecido ósseo. Todos os animais urêmicos apresentaram valores maiores de creatinina (1,65 Ca, 1,33 Sev, 1,29 DRC vs. 0,61mg/dl controle; p<0,05) e fósforo (10,7 Ca, 11,3 Sev, 11,1 DRC vs. 5,4 mg/dl controle; p<0,05) e menores de cálcio iônico (0,6 Ca, 0,49 Sev, 0,55 DRC vs. 1,15 mmol/L controle; p<0,05) que os animais controle. Apesar dos valores similares de P entre os animais urêmicos, a fração de excreção de P (FeP) foi menor nos grupos tratados (4,4% no Ca, 25,1% no Sev vs. 49,2% DRC; p<0,05). Não houve diferença nos valores de FGF-23 entre os grupos.A expressão gênica de SOST foi maior no grupo DRC e só a administração de Carbonato de sevelamer diminuiu significativamente seus níveis (3,9 Ca; 2,3 Sev; 4,1 DRC e 1,2 controle).A histomorfometria revelou DOA em todos os animais urêmicos, visto por baixa taxa de formação óssea (0,01 Ca, 0,03 Sev, 0,02 DRC vs. 0,0832dia controle; p<0,05), diminuição do volume osteóide (0,1% Ca, 0,3% Sev, 0,1% DRC vs. 0,8% controle; p<0,05), da superfície osteoblástica (2,4% Ca, 4,1% Sev, 1,7% DRC vs. 14,7% controle; p<0,05) e da superfície osteoclástica (2,4% Ca, 0,9% Sev, 1% DRC vs. 4,3% controle, p<0,05), além da ausência de fibrose. O volume ósseo foi similar entre os grupos (29,1% Ca, 25,1% Sev, 24% DRC e 22,3% controle; p>0,05). Não houve diferença histomorfométrica entre os grupos urêmicos, exceto por uma maior superfície de reabsorção no grupo Ca (10,4% vs. 6,9% Sev e 5,7% DRC; p<0,05). A expressão gênica da SOST está elevada na DOA e diminuiu com a administração de carbonato de Sevelamer. Períodos mais longos de tratamento podem ser necessários para se observar melhora nos parâmetros histomorfométricos. Palavras Chaves: Osteodistrofia renal,Expressão gênica Fósforo sérico apresenta associação com calcificação e obstrução coronarianas em pacientes com função renal preservada ANA LUDIMILA ESPADA CANCELA,Raul Dias Santos, Sílvia Maria Titan, Carlos Eduardo Rochitte, edro A Lemos, Luciene Machado dos Reis, Fabiana Giorgetti Graciolli, Vanda Jorgetti, Rosa Maria Affonso Moysés, Patrícia Taschmer Goldenstein Faculdade de Medicina - Universidade de São Paulo,Instituto do Coração - Universidade de São Paulo Introdução: O nível sérico de fósforo tem sido associado a mortalidade e eventos cardiovasculares na população geral. Estudos in vitro demonstram que fósforo em excesso é capaz de induzir calcificação vascular e disfunção endotelial. O fibroblast growth factor 23 (FGF23) é um hormônio fosfatúrico que tem sido correlacionado à presença de aterosclerose na comunidade. Métodos: Este estudo transversal incluiu 290 pacientes (167 homens) com suspeita de doença arterial coronariana, clearance de creatinina > 60ml/min/1,73m2 e indicação de cineangiocoronariografia eletiva. A obstrução coronariana foi quantificada pelo cálculo do escore de Friesinger e a calcificação coronariana foi avaliada por tomografia computadorizada helicoidal. Resultados: O fósforo sérico foi mais elevado no grupo de pacientes com escore de Agatston >10HU quando comparado ao grupo com escore de Agatston 10 HU (3,630,55 vs 3,490,52mg/dL; p=0,019). Nas análises univariada e multivariada, cada 1 mg/dL de elevação do fósforo sérico implicou em risco aumentado de se apresentar um escore de Agatston > 10 HU [Odds Ratio (OR) =1,92; CI 1,56-3,19; p=0,01]. Os pacientes foram divididos utilizando a mediana do escore de Friesinger (4 pontos) como ponto de corte. O fósforo sérico foi maior (3,60,5 vs. 3,50,6 mg/dl; p=0,04) e o FGF23 sérico foi menor (mediana 40,3 IQR 24,1-62,2 pg/mL vs. 45,7 IQR 31,7-76,1 pg/mL; p=0,01) no grupo que apresentou o escore de Friesinger > 4 pontos. Na regressão logística multivariada, um aumento de 1 mg/dL no fósforo sérico aumentou em 74% o risco de apresentar um escore de Friesinger acima da mediana (OR 1,74; CI 1,06-2,88; p=0,03) e o FGF23 foi preditor negativo do escore de Friesinger tanto na análise univariada (OR 0,32; CI 0,14-0,71; p=0,005) quanto na multivariada (OR 0,26; CI 0,11-0.63; p=0,002). Cálcio e paratormônio não foram associados à presença de doença coronariana. Conclusões: Em pacientes com suspeita de doença arterial coronariana e função renal preservada, o fósforo sérico foi preditor da presença de obstrução e calcificação coronarianas. Houve uma associação negativa entre FGF23 e obstrução coronariana. Palavras Chaves: fósforo, Doença arterial coronariana Efeito dos quelantes de Fósforo na expressão gênica da Via Wnt, na Doença Óssea Adinâmica Ferreira JC1, Ferrari GO1, Cavallari RT1, Dominguez WV1, Oliveira EM1, dos Reis LM1, Graciolli FG1, Neves KR1, Liu S2, Sabbagh Y2, Jorgetti V1, Schiavi S2, Moysés RMa1 1 - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO 2 - GENZYME CO. A via Wnt está envolvida na formação óssea e altos níveis séricos de esclerostina (SOST), um inibidor da via Wnt, estão associados com osteoporose e doença óssea adinâmica (DOA). Neste estudo, testamos a hipótese de que os quelantes de fósforo (P) podem modular a expressão gênica da SOST em um modelo experimental de DOA. Ratos Wistar submetidos a paratireoidectomia + nefrectomia 5/6, foram divididos em 4 grupos: Ca (tratado com 3% de Carbonato de cálcio); Sev (tratado com 3% de Carbonato de Sevelamer); DRC (não tratado) 26 Osteodistrofia Renal : Comparação entre os modelos experimentais NX5/6 e Adenina GUARACIABA OLIVEIRA FERRARI1, Juliana Ferreira Neves1, Raquel T. Cavallari1, Katia Neves1, Luciene Reis1, Wagner Dominguez1, Elizabeth Oliveira1, Fabiana Graciolli1, Jutta Passlick-Deetjen2, Vanda Jorgetti1, Rosa Maria Affonso Moysés1 1 - Universidade de São Paulo,Universidade de São Paulo 2 - Fresenius Medical Care Introdução: Modelos experimentais são essenciais para o estudo da fisiopatologia e do efeito de drogas na doença renal crônica (DRC). Dois modelos comumente utilizados são a nefrectomia 5/6 (NX5/6) e o modelo de nefrotoxicidade pela adenina (AD). No entanto, nenhum estudo avaliou estes dois modelos ao mesmo tempo e com a mesma dieta. Além disso, dados Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia sobre a doença óssea propriamente dita são escassos. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi comparar as características bioquímicas e ósseas dos dois modelos. Métodos: Ratos submetidos à mesma dieta, foram divididos em três grupos: Controle (função renal normal), NX5/6 (submetidos à NX 5/6) e AD (submetidos a dieta com AD 0,75% e 0,50%, duas semanas cada). A duração do estudo foi de 9 semanas. Resultados: Os animais submetidos à NX5/6 apresentaram maior peso final (380±60g vs 312±17g) e pressão arterial [228(214230)vs147(131-181mmHg)]quando comparados ao grupo AD (p<0,05). Não houve diferenças em relação a creatinina (1,3±0,6 vs 1,6±0,3 mg/dl), fósforo (6,7±1,4 vs 7,4±0,7 mg/ dl), cálcio iônico (1,10±0,09 vs 1,07±0,07 mmol/l), PTH [572(197-4199) vs 681(163-1604) pg/ml] e FGF23 [893(649-2609) vs 784(418-14476 pg/ml)]. O grupo AD apresentou fração de excreção de fósforo maior que o grupo NX5/6 (21,2±11,0 vs 7,6±4,6%)(p<0,05). A remodelação óssea foi mais intensa no grupo AD: BFR [0.14(0.00-0.22) vs 0.02(0.00-0.03) m m d]; OcS/BS (7.4 2.8 vs 3,2±1,6%); ObS/BS [25,8(15,4-33,2) vs 4,8(4,0-11,3%)]; ES/ BS (24,5±6,3 vs 12,4±5,4%) (p<0,05). O grupo AD apresentou maiores parâmetros osteóides {OS/BS (30,1±7,4 vs 6,9±3,0%); OV/BV [1,5(0,5-3,8) vs 0,3(0,2-0,8)%]}; maior superfície de mineralização (MS/BS 10,6±2,1 vs 2,8±0,5%) e intervalo de mineralização [MLT 8,4(1,4±17,7) vs 4,6(3,1± 14,8)/d](p<0,05). Conclusão: O modelo experimental de nefrotoxicidade pela AD evolui com doença óssea mais grave que o modelo NX5/6, apesar da mesma quantidade de cálcio e fósforo ofertadas na dieta. Essas características devem ser levadas em consideração no momento da escolha de modelos para estudos dos distúrbios minerais e ósseos secundários à DRC. Palavras Chaves: Osteodistrofia; hiperfosfatemia Situação atual da paratireoidectomia no Brasil: dados do Censo Brasileiro de Paratireoidectomia Eduardo Neves da Silva1, Douglas M. F. Charpinel1, José Edevanilson Barros Gueiros2, Carolina Lara Neves3, Elisa de Albuquerque Sampaio4, Rosa Maria Affonso Moysés2, Aluizio Barbosa de Carvalho5, Vanda Jorgetti2, RODRIGO BUENO DE OLIVEIRA2,6 1 - UNISA 2 - HC-FMUSP 3 - HOSP SÃO RAFAEL 4 - HUAP 5 - UNIFESP 6 - HC-FMUSP / SOC. BRAS. NEFROLOGIA Introdução: O hiperparatireoidismo secundário (HPS) é uma complicação comum e grave no curso da doença renal crônica (DRC), com impacto direto sobre a morbidade e mortalidade destes pacientes. Apesar dos avanços no tratamento clínico do HPS a falência terapêutica ocorre de 5% a 20% dos casos. Nestes casos a paratireoidectomia (PTx) é indicada como tratamento do HPS. Este trabalho visa abordar a situação atual de pacientes com HPS com indicação de PTx no Brasil. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo observacional, descritivo, com dados obtidos através de questionário enviado a 660 unidades de diálise no Brasil. Os dados são descritos em valores absolutos, médias e desvio padrão. RESULTADOS: 225 (34%) unidades de diálise responderam ao questionário, representando uma amostra de 32.084 pacientes (41,3% da população em diálise no Brasil). A prevalência de pacientes com PTH maior do que 1.000 pg/ml foi de 3.463 (11%). Em 49 (22%) unidades de diálise não existe a possibilidade de referenciamento para a realização de PTx. Mais de 80% dos serviços que realizam PTx são serviços ligados a universidades Federais ou Estaduais. Em 74 (33%) unidades de HD o tempo de espera para um paciente realizar PTx é superior a 6 meses. Foram contabilizados 64 serviços que realizam PTx no território brasileiro. A região Norte não dispõe de serviços de PTx, e a região Centro-Oeste apenas dois. Essas duas regiões possuem 74 unidades de HD, correpondendo a 7.771 pacientes em HD. Os Estados que possuem maior número de serviços que realizam PTx são São Paulo e Rio de Janeiro, com respectivamente 15 (23%) e 9 (14%) dos serviços. Em relação à obtenção de medicamentos utilizados no pós-operatório pelas unidades de diálise: 156 (69%) são obtidos através da solicitação de medicamentos especiais junto ao Sistema Único de Saúde (SUS), 41 (18%) por doação de outros pacientes e 18 (8%) por custeio da própria unidade de diálise. Os principais problemas relatados pelos nefrologistas para a realização de PTx foram dificuldades com exames pré-operatórios, escassez de cirurgiões de cabeça e pescoço, e fila de espera longa. CONCLUSÕES: A prevalência de HPS grave é elevada em nosso meio. Parcela significativa de pacientes não tem acesso ao tratamento cirúrgico. A organização do sistema de saúde pelos gestores públicos, nefrologistas e cirurgiões de cabeça e pescoço parece ser um dos fatores mais importantes para a resolução do problema. Palavras Chaves: Paratireoidectomia, Hiperparatireoidismo secundário 27 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia RESUMOS - TEMAS LIVRES/APRESENTAÇÃO ORAL DOENÇA RENAL CRÔNICA A hiperleptinemia se associa à presença e severidade da isquemia miocárdica em pacientes com doença renal crônica não diálise-dependentes Cordeiro AC1, Oliveira MAC1, Smanio P1, Amodeo C1, AMPARO FC1, Sousa AGMR1, Lindholm B2, Carrero JJ2 INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA1 KAROLINSKA INSTITUTE2 Introdução:Estudos experimentais sugerem que receptores da leptina se expressam nas artérias coronárias e que a hiperleptinemia se associa a disfunção endotelial coronariana. Contudo, não existem estudos clínicos avaliando a associação entre hiperleptinemia e isquemia miocárdica (IM). Métodos: Realizamos um estudo de corte transversal que avaliou 118 pacientes (idade: 59 [52 – 67] anos; 80 homens) com doença renal crônica (DRC) estágios 3 – 5 não diálise-dependentes. A presença e a extensão da IM foi avaliada através de Cintilografia Miocárdica de Perfusão com Tecnécio 99mTc-Sestamibi. Todas as cintilografias foram analisadas pelo mesmo profissional, blindado dos demais resultados. Resultados: Cinqüenta e cinco pacientes (33 homens) tiveram evidências cintilográficas de isquemia miocárdica. A extensão da IM se correlacionou positivamente com o índice de massa corporal (IMC) [Spearman rho = 0,25; P < 0,01], leptina plasmática (rho = 0,26; P < 0,01) e razão leptina / IMC (rho = 0,24; P =0,01). Os pacientes foram divididos em três grupos de acordo com os achados cintilográficos: a) ausência de IM (n=63; 64% homens); b) IM < 10% da área cardíaca (n=28; 68% homens); e c) IM ≥ 10% da área cardíaca (n=27; 78% homens). Entre os grupos, conforme a IM se mostrava mais severa, observamos significativo incremento no IMC (27,8 ± 5,7 vs. 31,7 ± 6,6 vs. 30,8 ± 5,6 Kg/m2, respectivamente a, b e c; P < 0,01), leptina plasmática (11,9 [4,0 – 25,4] vs. 19,1 [4,9 – 44,2] vs. 26,0 [10,2 – 42,0] ng/mL, respectivamente a, b e c; P = 0,02) e razão leptina/IMC (0,40 [0,17 – 0,85] vs. 0,64 [0,18 – 1,15] vs. 0,74 [0,48 – 1,36], respectivamente a, b e c; P = 0,03). A razão leptina/IMC se associou à severidade da IM em análise de regressão logística multinomial (pacientes sem IM selecionados como referência) tanto univariada (RR 1,84 [IC 95% 0,94 – 3,63] e 2,01 [1,03 – 3,95]; respectivamente IM < 10% e ≥ 10%), quanto após o ajuste para a idade, sexo, diabetes mellitus, clearance de creatinina (urina de 24 horas) e inflamação [definida como proteína-C reativa > 10 mg/L] (RR 2,27 [95% CI 1,05 – 4,89] e 3,33 [1,46 – 7,62]; respectivamente IM < 10% e ≥ 10%). Conclusão: A hiperleptinemia (representada por razão leptina/IMC aumentada) se associa à presença e à severidade da isquemia miocárdica em pacientes com DRC não diálise-dependentes. Nossos resultados reforçam a associação entre hiperleptinemia e risco cardiovascular em pacientes com doença renal crônica. Palavras Chaves: Leptina, Isquemia miocárdica Alterações glomerulares e intersticiais no modelo de nefropatia induzida por adenina: reversibilidade e efeito do tratamento tardio com Losartan (L) Okabe C,Malheiros DM,Machado FG,Costa SR,Fanelli C,Sena CR,Barlette GP,Viana VL,Camara NOS,Zatz R,Fujihara CK Universidade São Paulo, São Paulo A DRC induzida pela administração de adenina (ADE) caracteriza-se por inflamação intersticial grave associada à obstrução tubular causada pelos cristais de 2,8-di-hidroxiadenina. No presente estudo investigamos se: 1. a DRC progride após o término da administração de ADE; 2. o L é capaz de promover os mesmos efeitos benéficos observados em outros modelos de DRC. Quinze ratos Munich-Wistar adultos machos receberam ADE na ração (1 semana na concentração de 0,75%, seguida de 0,53% por mais 2 semanas). Duas semanas após a interrupção de ADE avaliamos a pressão sistólica caudal (PC, mmHg), albuminúria (ALB, mg/d), creatinina sérica (Cr, mg/dL), volume glomerular (VG, 106mm3), % área luminal glomerular (%Lum), densidade de macrófagos túbulo-intersticiais (MØ, células/mm2) e % de expansão intersticial cortical (% INT). Cinco animais foram utilizados como controle pré-tratamento (Grupo ADEpré). Os demais animais foram divididos em: ADE+V (sem tratamento) e ADE+L (50 mg/kg/d) e acompanhados por 3 meses. Um Grupo Controle (C) da mesma idade foi acompanhado durante o estudo. Média EP, a p<0.05 vs. C, b p<0.05 vs. ADEpré, c p<0.05 vs. ADE+V. PC: C 136±1, ADEpré145±4, ADE+V 194±3ab, ADE+L 139±3c ALB: C 5±1, ADEpré 4±1, ADE+V 14±1ab, ADE+L 4±1c Cr: C 0.6±0.1, ADEpré1.4±0.1a, ADE+V 1.3±0.2a, ADE+L 1.2±0.1a VG: C 0.96±0.1, ADEpré 0.58±0.1a, ADE+V 0.60±0.1a, ADE+L 0.54±0.1a %Lum: C 28.6±1.9, ADEpré 27.8± 2.1, ADE+V 21.3±1.0ab, ADE+L 23.9±1.1 MØ: C 18±2, ADEpré 196±18a, ADE+V 179±33a, ADE+L 214±22a %INT: C 1±1, ADEpré 29±1a , ADE+V 19±2ab, ADE+L 18±3ab O Grupo ADEpré mostrou uma elevação acentuada na Cr, %INT e infiltrado de MØ. Apesar 28 da ausência de esclerose glomerular, o VG reduziu-se drasticamente. Ao final do estudo, os animais do Grupo ADE+V apresentaram aumento na ALB e hipertensão, associadas a uma hipotrofia glomerular, evidenciada pelo colapso parcial do lúmen glomerular (%Lum). Além disso, observamos persistência do infiltrado macrofágico e regressão da expansão intersticial, provavelmente devido a desobstrução tubular parcial, sugerida por uma correlação linear significativa entre %INT e o número de cristais. L normalizou TCP e ALB, mas não teve efeito benéfico sobre as anormalidades estruturais. Conclusões: 1. a expansão intersticial induzida pela ADE é parcialmente reversível após o término da sua administração. 2. o tratamento tardio com L tem pouco efeito renoprotetor nesse modelo de DRC. Palavras Chaves: adenina, doença renal crônica ASSOCIAÇÃO ENTRE A CAPACIDADE AERÓBICA, RIGIDEZ ARTERIAL E PROTEÍNA C-REATIVA EM RENAIS CRÔNICOS EM TRATAMENTO CONSERVADOR FLÁVIO GOBBIS SHIRAISHI,VIVIANA RUGOLO OLIVEIRA E SILVA,FERNANDA STRINGUETTA BELIK,LUIS CUADRADO MARTIN,RENATO S GONÇALVES,JOÃO CARLOS HUEB,ROBERTO JORGE DA SILVA FRANCO UNESP Introdução:A doença renal crônica (DRC) está associada à maior rigidez arterial (RA) acarretando maior risco cardiovascular. O persistente estado inflamatório, comum na DRC, leva à produção de muitas citocinas inflamatórias, dentre elas a Proteína C-reativa (PCR). O objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre capacidade aeróbica, RA e estado inflamatório em pacientes com DRC em tratamento conservador. Métodos: Foram avaliados clinicamente e laboratorialmente 26 pacientes com DRC em tratamento conservador (estágios de II a IV). Para avaliação da capacidade aeróbica desses pacientes realizou-se teste ergométrico (protocolo de Bruce) e através dele foi estimado o consumo máximo de oxigênio (VO2máx). Com o aparelho Sphygmocor foram avaliados como índices de RA: a velocidade da onda de pulso (VOP), pressão arterial central (PAC), pressão de pulso (PP) e augmentation index (AIx). Por ultrassonografia foi mensurada a espessura da camada íntima-média das carótidas direita e esquerda. Os pacientes foram divididos em dois grupos de acordo com a mediana do VO2máx, Grupo I (GI) formado por pacientes com valores abaixo da mediana e Grupo II (GII) com valores acima da mediana. Para a comparação entre os grupos utilizou o teste “t” e os dados foram apresentados como média ± desvio-padrão, com significância estatística de p≤0,05. Resultados: A mediana do VO2max utilizada para a divisão dos grupos foi 24,7 ml/kg/min. O GI apresentou valor médio de VO2máx de 21,2±3,2 ml/kg/min (n=13) e GII de 32,5±5,9 ml/ kg/min (n=13).A melhor capacidade aeróbica foi associada à menor PP (p=0,03), menores valores de PCR (p=0,02) e maior concentração de hemoglobina sérica (p=0,04). Em modelo de regressão múltipla o principal determinante do estado inflamatório nesses pacientes foi o VO2max (p=0,01). Conclusões: A melhor capacidade aeróbica resultou em menor estado inflamatório sistêmico, assim como menor RA em renais crônicos em tratamento conservador. Conclusão que sugere que o treinamento físico regular pode trazer benefícios a longo prazo sobre o sistema cardiovascular desses pacientes. FAPESP 2009/02060-5; 2010/11755-4. Palavras Chaves: Insuficiência Renal Crônica Níveis plasmáticos de acyl- grelina e sua relação com o Índice de Massa Corporal nos pacientes em hemodiálise Moraes C1, Barros AF1, Lobo JC2, Stockler-Pinto MB1, Mafra D1 1 - UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE (UFF), NITERÓI-RJ 2 - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (UFRJ), RIO DE JANEIRO-RJ Introdução: A análise dos hormônios envolvidos na regulação do apetite e da composição corporal em pacientes com doença renal crônica (DRC) tem sido foco de diversos estudos, pois o wasting protéico- energético é um problema comum em tais pacientes e tem relação com o aumento da morbi mortalidade desses pacientes. A acyl grelina, um hormônio orexígeno, apresenta um comportamento atípico nesta população e parece estar relacionada com a composição corporal.Objetivos: Este estudo teve como objetivo analisar os níveis de acyl- grelina e a sua relação com o índice de massa corporal (IMC) e a adiposidade em pacientes de hemodiálise (HD).Métodos: Foram estudados 36 pacientes de HD (61,1% homens, média de idade 47,0 ± 12,0 anos, 59,7 ± 42,5 meses de HD). As amostras de sangue foram coletadas em jejum antes de uma sessão regular de HD. Os níveis de acyl- grelina plasmática foram medidos através do método de teste imunoenzimático (ELISA, Enzyme Linked Immunosorbent Assay, Human Acylated Ghrelin EIA, SpiBio®). Parâmetros nutricionais e de apetite foram também avaliados e, as análises estatísticas foram realizadas através do SPSS 17.0.Resultados: Os pacientes apresentaram baixos níveis plasmáticos de acyl grelina (18,4 ± 12,9 pg/mL) quando comparados aos valores encontrados em indivíduos saudáveis (63 ± 64pg/mL) e a acyl grelina se correlacionou negativamente como o IMC (r= -0,37; p= 0,03) e com o índice de conicidade, um marcador de adiposidade (r= 0,40; p= 0,019). Do total da Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia amostra 55,6% eram obesos (IMC≥25,0kg/m2) e apresentaram níveis de acyl grelina mais baixos (13,6 ±7,9pg/mL) quando comparados aos pacientes não obesos (IMC<25kg/m2) (21,8 ± 14,8 pg/mL) (p<0,05). A média da ingestão calórica foi de 27,1 ± 11,9 kcal/kg/dia e a ingestão de proteínas foi de 1,4 ± 0,9 g/Kg/dia.Conclusão: Os níveis de acyl grelina foram maiores em pacientes mais magros e menores em pacientes obesos. Tais resultados parecem indicar uma resistência da acyl grelina em pacientes de HD. Palavras Chaves: acyl-grelina, hemodiálise PAPEL DAS CÉLULAS-TRONCO DERIVADAS DO TECIDO ADIPOSO NA PROGRESSÃO DA DOENÇA RENAL DONIZETTI-OLIVEIRA C1, Burgos-Silva M1, Semedo P1, Cenedeze M2, Reis MA1, Malheiros DMAC1, Pacheco-Silva A1, Camara NOS1 1 - Universidade Federal de São Paulo 2 - UFTM Células-tronco são uma promissora terapia celular para doenças renais. Entre estas células as derivadas do tecido-adiposo (CTAd) são bastante atraentes, uma vez que são facilmente isoladas e têm propriedades semelhantes com as células-tronco oriundas da medula óssea, com propriedades regenerativas, principalmente por ações parácrinas. Aqui analisamos o papel da CTAd na redução da progressão da fibrose renal e de forma inovadora, na reversão de um processo cicatricial já instalado. As CTAd foram isoladas de camundongos C57Bl/6, e caracterizadas por citometria e diferenciação. Fibrose renal foi instaurada após clampeamento unilateral do pedículo renal por 1h. Após 4h de reperfusão, 2.105 CTAd foram administradas por via intraperitoneal e os animais foram acompanhados por 24 horas e 6 semanas. Em outro grupo de experimentos, 2.105 CTAd foram administradas somente após 6 semanas de reperfusão, e os animais foram sacrificados e estudados quatro semanas mais tarde.24 horas após a reperfusão, animais tratados com CTAd apresentaram reduzida disfunção renal e tubular e aumento do processo regenerativo. Expressão renal de RNAm de IL-6 e TNF foi diminuída nos animais tratados com CTAd, enquanto IL-4, IL-10 e HO-1 foram aumentadas, apesar de CTAd não serem observadas nos rins através da análise de SRY. Como esperado, em 6 semanas, os rins dos animais não tratados diminuíram, no entanto, os rins dos animais tratados com CTAd permaneceram com o tamanho normal e apresentaram menor deposição de colágeno tipo 1 e FSP-1. Proteção renal observada em animais tratados com CTAd foi seguido por redução nos níveis séricos de TNF-α, KC, RANTES e IL-1a.Surpreendentemente, o tratamento com CTAd após 6 semanas, quando os animais já apresentavam fibrose instalada, demonstrou uma melhora em parâmetros funcionais e menos fibrose analisado pela coloração de Picrosirius, e redução da expressão de RNAm de colágeno tipo I e vimentina. Concluímos então que terapia com CTAd pode deter a progressão da fibrose renal, pela modulação da resposta inflamatória precoce, provavelmente através da redução da transição epitelial-mesenquimal. Palavras Chaves: Fibrose, Células-tronco SCreening for Occult REnal Disease (SCORED) é uma ferramenta útil para identificar indivíduos de alto risco para doença renal crônica COUTINHO, IHIILS1, Romão Jr, JE2, Castro, MCM2, Castro, JGD1, Coutinho, RMFB3 1 - UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS, TOCANTINS 2 - HOSPITAL DA CLÍNICAS, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, SÃO PAULO 3 - SECRETARIA DE ESTADO SAÚDE DO TOCANTINS, TOCANTINS Introdução: O impacto da doença renal na saúde é alta para os pacientes e para os serviços de saúde em todo o mundo, e a triagem para doença renal crônica (DRC) tem sido cada vez mais defendida. Estudos de base populacional referentes à prevalência da DRC na comunidade são limitados. Objetivos: Nós estudamos prospectivamente se a estratificação pelos valores do SCORED registrados poderá ser útil para identificar indivídos que estão em alto risco de ter doença renal crônica em uma amostra da população geral. Casuística e métodos: A freqüência de indivíduos com alto risco para a DRC foi determinada utilizando um estudo transversal de 873 indivíduos adultos em Palmas, Tocantins, Brasil, selecionados aleatoriamente através de um método estratificado por conglomerados. Idade, sexo e raça foram semelhantes à população urbana de Palmas. Resultados: Um ritmo de filtração glomerular estimado em <60 ml/min/1.73 m2 estava presente em 46 (5,3%) dos participantes estudados. O risco de ter doença renal crônica foi maior em mulheres que em homens, e aumentou com a idade de 2,7% no grupo de 18-44 anos de idade para 19,0% naqueles com 65 anos de idade ou mais. As freqüências da DRC nos estágios 3, 4 e 5 foram de 4,8%, 0,5% e 0%, respectivamente. Os valores do SCORED incluíram 224 (25,7%) indivíduos com altos valores (≥ 4), e 649 (74,3%) indivíduos com baixos valores. Indivíduos com maiores valores na pontuação do SCORED tiveram um risco significativamente maior de ter doença renal crônica em comparação com aqueles que tinham menores valores pontuados (12,9% vs 2,6%, χ2 = 35,58, p <0,001). A sensibilidade para prever DRC por esse modelo foi de 63% e a especificidade foi de 76%, o valor preditivo positivo foi de 13%, enquanto o valor preditivo negativo foi de 76%. Conclusão: Valores elevados do SCORED foram associados com um risco maior de ter doença renal crônica em uma amostra da população geral. Esta ferramenta simples de triagem foi uma ferramenta útil para identificar indivíduos de alto risco para DRC. Palavras Chaves: doença renal crônica, rastreamento 29 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia RESUMOS - TEMAS LIVRES/APRESENTAÇÃO ORAL FISIOPATOLOGIA RENAL / NEFROLOGIA EXPERIMENTAL (NEFRETICO) AÇÃO DO PEPTÍDEO ATRIAL NATRIURÉTICO (ANP) NO EFEITO NÃOGENÔMICO DA ALDOSTERONA SOBRE O TROCADOR NA+/H+ DO TÚBULO PROXIMAL RENAL CAMUNDONGOS CÍSTICOS Pkd1cond/cond:Balcre DESENVOLVEM HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E EXPRESSÃO DE COMPONENTES DO SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA NO EPITÉLIO DE CISTOS RENAIS DEISE CARLA ALMEIDA LEITE DELLOVA,CELSO BRAGA SOBRINHO,MARGARIDA DE MELLO AIRES Leandro Souza2, Ana Paula Almeida Bastos1, Jonathan Mackowiak da Fonseca1, Klaus Piontek3, Andressa Godoy Amaral1, Denise M. Malheiros1, Maria Cláudia Irigoyen2, Terry Watnick3, Luiz Fernando Onuchic1 UNIVERSIDADE DE SãO PAULO, SÃO PAULO Introdução: Estudos recentes realizados em nosso laboratório demonstraram que a aldosterona modula a atividade do trocador Na+/H+ no segmento S3 do túbulo proximal de ratos, por um mecanismo não-genômico, que envolve alterações na concentração do cálcio intracelular ([Ca2+]i. Objetivo: Considerando que o peptídeo atrial natriurético (ANP) inibe a reabsorção proximal de sódio, o objetivo deste trabalho foi estudar a influência do ANP sobre as ações não-genômicas da aldosterona no túbulo proximal. Métodos: Os efeitos da aldosterona e do ANP sobre a velocidade de recuperação do pH intracelular (pHirr), mediada pelo trocador Na+/H+, e sobre a [Ca2+]i foram investigadas em segmentos S3 isolados do túbulo proximal de ratos (Wistar, machos, 90g), durante superfusão com solução contendo 140mM de sódio e utilizando-se as sondas intracelulares fluorescentes BCECF-AM e FLUO4-AM, respectivamente. Resultados: Na situação controle, após a acidificação celular com a técnica do pulso de amônia, a pHirr foi de 0.195±0.012 unidades pH/min (n=16). A aldosterona [10-12M, com 2 min de pré-incubação (pi)] elevou a pHirr para 0.310±0.026 unidades pH/min (n=6) e a aldosterona (10-6M, 2min pi) diminuiu a pHirr para 0.096±0.009 unidades pH/min (n=5), p<0.001. O ANP (10-6M, 2 min pi) sozinho não alterou a pHirr, contudo aboliu os efeitos estimulatório e inibitório da aldosterona sobre a pHirr. O valor médio da [Ca2+]i foi de 104±3 nM (n=15). A aldosterona (10-12 ou 10-6M, 2 min pi) elevou a [Ca2+]i para 156±9 nM (n=5) e 233±9 nM (n=5), respectivamente, p<0.001. O ANP (10-6M, 2 min pi) diminuiu a [Ca2+]i para 58±2 nM (n=10) e inibiu o efeito estimulatório de ambas as doses de aldosterona sobre [Ca2+]i, p<0.05. Conclusão: Os resultados confirmam o efeito bifásico e rápido da aldosterona sobre o trocador Na+/H+ e sugerem que o ANP bloqueia este efeito, uma vez que inibe a elevação da [Ca2+]i. A interação entre a aldosterona e o ANP pode representar uma regulação rápida em situações de depleção ou expansão de volume. Palavras Chaves: ANP, ALDOSTERONA Análise comparativa da sublocalização celular e da atividade promotora do gene da isoforma 3 do Trocador Na+/H+ (NHE3) em condições de acidose metabólica e respiratória Silva PHI,Neri EA,Rebouças NA Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade de São Paulo, São Paulo Introdução: Em estudos prévios, verificamos que a acidose metabólica provoca aumento na expressão protéica do NHE3, bem como aumento na atividade promotora do gene e dos níveis de RNAm. Porém, nenhum efeito ativador de expressão gênica foi observado na acidose respiratória. Objetivos: A acidose respiratória crônica causa aumento de reabsorção de bicarbonato nos rins. Assim, nosso objetivo foi verificar se há alteração na expressão do trocador presente especificamente na membrana apical de células de túbulos proximais na acidose respiratória e metabólica crônicas. Além disso, identificar na sequência do promotor do gene do NHE3 quais regiões são importantes para o aumento da atividade promotora previamente observado na acidose metabólica. Métodos: Com o intuito de quantificar a proteína NHE3 presente em membranas apicais, células OKP submetidas à acidose metabólica (diminuição da [HCO3-] do meio de cultura) e respiratória (aumento da pCO2 na câmara de incubação de células) por 24 horas, foram expostas à biotina, que se ligava às proteínas presentes na superfície celular. As células eram lisadas e incubadas com resina de streptavidin, que se ligava à biotina do complexo proteína-biotina. As proteínas eram liberadas do complexo por aquecimento e submetidas a SDS-PAGE e immunoblot para NHE3. A análise de atividade promotora era realizada por transfecção de sequências do promotor do gene NHE3 inseridos em um plasmídeo que continha o gene repórter Firefly luciferase. Após a transfecção, as células eram submetidas à acidose metabólica. As sequências transfectadas eram -2095/+55, -889/+55, -467/+55 e -152/+55. Resultados: A acidose metabólica e a respiratória aumentaram os níveis de proteínas NHE3 presentes na membrana celular em 107,4% e 36,2%, respectivamente. A acidose metabólica aumentou a atividade promotora dos segmentos -2095/+55 (27,1%), -889/+55 (17,9%), -467/+55 (46,6%), porém não alterou a atividade do fragmento -152/+55, (alfa=0,05). Conclusões: A acidose respiratória, apesar da ausência de aumento de expressão de proteínas NHE3 totais em células OKP, causa deslocamento do trocador para as membranas apicais, o que provavelmente auxilia na reabsorção de HCO3-. A acidose metabólica, além de aumentar a expressão total, aumenta a quantidade de proteínas NHE3 presentes na membrana. Além disso, a sequência do promotor do gene do NHE3 correspondente às posições de -466 a -153 é importante para a atividade transcricional aumentada na acidose metabólica. Palavras Chaves: Acidose, NHE3 30 1 - FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO 2 - INSTITUTO DO CORAÇÃO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO 3 - JOHNS HOPKINS UNIVERSITY A doença renal policística autossômica dominante (DRPAD) constitui-se na doença renal monogênica mais frequente, com uma prevalência populacional de 1:400-1000. A hipertensão arterial sistêmica (HAS) afeta 60% dos pacientes com esta enfermidade antes do declínio da função renal. Atualmente se propõe que o sistema renina-angiotensina (SRA) tenha um papel central na HAS associada à DRPAD e que esta ativação seja decorrente de isquemia em áreas intra-renais determinada pela progressiva expansão cística. Neste estudo, camundongos císticos foram obtidos por meio da combinação de alelos floxed de Pkd1 com nestin Cre (Pkd1cond/cond:Balcre). Estes camundongos císticos (CondCre) apresentam doença renal cística sem queda da taxa de filtração glomerular (TFG) na idade de 10-13 semanas. Sua pressão arterial média (PAM) foi maior que a de camundongos não-císticos controles negativos para Cre (Cre-) (150,3±3,9, n=6 vs 136,1±3,4mmHg, n=6; p<0,001). Animais CondCre (n=9) apresentaram menor fração de excreção de Na+ (FENa) e K+ (FEK) que camundogos Cre- (n=9) (0,60±0,05% vs 0,74±0,09%; p<0,002;e 19,9±3,9% vs 23,6±2,7%; p<0,02, respectivamente). A creatinina sérica foi levemente menor em CondCres que em Cre-s (0,326±0,027 vs 0,364±0,029mg/dL; p<0,05),enquanto a uréia sérica seguiu um padrão oposto (57,1±3,2 em CondCres vs 54,0±2,7mg/dL em Cre-s; p<0,05). As concentrações plasmáticas de renina e vasopressina e sérica de aldosterona não diferiram estatisticamente entre CondCres e Cre-s, mas foram observadas tendências de níveis mais elevados de vasopressina e aldosterona em CondCres: 711,5±647,3 vs 263,0±373,4pg/mL para vasopressina e 39,5±17,1 vs 30,5±18,9ng/dL para aldosterona. Ensaios imunoistoquímicos, por sua vez, mostraram expressão da enzima conversora de angiotensina (ECA) e do receptor AT1 de angiotensina II (AT1R) em epitélio cístico de camundongos CondCre. O desenvolvimento de hipertensão nos camundongos CondCre é consistente com um papel fundamental dos cistos renais no desenvolvimento de HAS em pacientes com DRPAD. As reduções de FENa e FEK em animais CondCre, acompanhadas de um leve aumento da uréia sérica e de aumento da PAM, sugerem que a expansão cística se siga de aumento na reabsorção tubular de solutos. Esses achados apóiam a presença de áreas focais de compressão vascular e redução da perfusão renal. A expressão de ECA e AT1R em epitélio cístico sugere que o desenvolvimento de cistos renais se associe à ativação do SRA intra-renal. Palavras Chaves: Hipertensão Arterial angiotensina Sistêmica, Sistema renina- Efeito da nicotina nas adaptações maternas sistêmicas e intrarenais durante a gravidez VANESSA MEIRA FERREIRA ,CLEVIA DOS SANTOS PASSOS, Mirian Aparecida Boim UNIVERSIDADE FEDERAL DE SãO PAULO A gravidez normal é acompanhada por adaptações gestacionais que incluem vasodilatação sistêmica e intrarenal com elevação no FPR (80%) e no RFG (50%). A exposição à nicotina causa diversas alterações na função renal, incluindo a redução do RFG, do FPR e aumento na resistência vascular renal. O transporte tubular de íons também é prejudicado. Os efeitos da exposição pré-natal à nicotina sobre o desenvolvimento fetal são bem conhecidos, porém poucos estudos são direcionados aos efeitos da nicotina sobre o organismo materno durante a gestação, particularmente sobre o rim, onde os níveis de nicotina são bastante elevados. Esse trabalho tem como objetivo avaliar as possíveis alterações sistêmicas e renais materna causadas pela exposição à nicotina durante a gravidez. Ratas Wistar adultas foram divididas em 6 grupos: virgens tratadas com salina (VS) ou nicotina durante 14 (VN14)ou 28 dias (VN28), prenhes de 14 dias tratadas com salina (PS) ou nicotina durante 14 (PN14) ou 28 dias (PN28). O tratamento foi realizado através da implantação subcutânea de mini-bombas de liberação lenta de nicotina. Foram avaliados parâmetros sistêmicos (pressão arterial, freqüência cardíaca), e renais (clearance de creatinina, diurese, excreção urinária de eletrólitos e proteinúria). O nível de expressão dos principais transportadores tubulares de água e eletrólitos foi avaliado por PCR em tempo real. A nicotina reduziu a PAS em ratas virgens (9%), porém não interferiu na hipotensão relativa característica da gravidez. Houve redução no clearance de creatinina (40%) e aumento da proteinúria no grupo PN28. Os níveis de expressão dos transportadores Na/K/2Cl, Na/H e das aquaporinas 1 e 2 aumentaram durante a gravidez e a nicotina causou uma redução em todos os transportadores avaliados, com exceção do trocador Na/Cl. Essas alterações poderiam ser responsáveis pelo aumento na fração de excreção de Na+ observadas nas ratas prenhes tratadas com nicotina (PN28). Esses resultados sugerem que a nicotina pode interferir nas adaptações maternas sistêmicas e intrarenais e pode comprometer a evolução normal da gravidez. Palavras Chaves: gravidez, nicotina Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia Efeito da Própolis Vermelha sobre a Progressão da Nefropatia Experimental em Ratos submetidos à Ablação Renal de 5/6. EFEITOS DO TRATAMENTO COM SILDENAFIL SOBRE A FUNÇÃO RENAL DE CAMUNDONGOS HIPERCOLESTEROLÊMICOS Tarcilo Machado da Silva, Francisco Pessoa da Cruz Júnior, Paulo André Carvalho de Sousa, Henrique Oliveira Costa, Zenaldo Porfirio da Silva, Ana Paula Fernandes Barbosa, Flavio Teles de Farias Filho Carminati RZ, Carneiro SS, Freitas FPS, Balarini CM, Gava AL, Vasquez EC, Meyrelles SS Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas Introdução: O modelo de ablação renal de 5/6 (Nx) é um dos mais utilizados para o estudo dos mecanismos de progressão da nefropatia crônica. A inflamação e o estress oxidativo fazem parte da fisiopatologia deste modelo. Recentemente foi demonstrado que a Própolis Vermelha (PV) tem importante atividade anti-inflamatória e antioxidante, por ser rica em compostos como os flavanóides. Objetivo: Avaliar o impacto da PV sobre a progressão da nefropatia experimental no modelo Nx. Casuística:Utilizamos ratos Wistar machos com 8 semanas de vida. Os animais foram divididos em 4 grupos: controle (CN) 7 animais; controle tratado com PV (CN + PV) 6 animais; Nx sem tratamento (Nx) 6 animais e Nx tratados com PV (Nx + PV) 6 animais. Os animais tratados receberam a PV desde o primeiro dia pós operatório por 12 semanas. Métodos:A ablação renal foi realizada através da retirada cirúrgica do rim direito e de 2/3 da massa renal esquerda com bisturi elétrico. A progressão da nefropatia foi avaliada pelas seguintes variáveis: proteinúria de 24h (Uprot) mensalmente, índice de esclerose glomerular (IEG) e creatinina sérica (Cr) ao final do estudo. Demais variáveis estudadas: peso corpóreo (PC) duas vezes por semana, pressão caudal sistólica (PS) mensalmente até o final do estudo. Os dados foram apresentados como média ± desvio padrão e foram comparados através do teste ANOVA de um fator. Definiu-se como significância p < 0,05. Resultados: Não houve diferença significativa entre os grupos em relação ao PC. O grupo Nx apresentou um aumento significativo da Uprot em relação aos dois grupos controle (CN 30 ± 2 mg/dL; CN + PV 28 ± 2 mg/dL; Nx 190 ± 10 mg/dL; p < 0,05). Ocorreu uma redução significativa da Uprot no grupo Nx + PV em relação ao grupo Nx (Nx 190 ± 10 mg/dL; Nx + PV 91 ± 8 mg/dL; p <0,05). O grupo Nx apresentou aumento significativo do IEG em relação aos controles (CN 0,4 ± 0,5%; CN + PV 0,6 ± 0,8%; Nx 23 ± 14%; p < 0,05). Ocorreu uma redução significativa do IEG no grupo Nx + PV em relação ao grupo Nx (Nx 23 ± 14 %; Nx + PV 9 ± 5,7%; p <0,05). Os animais ablados não cursaram com PS elevada (CN 123 ±5 mmHg; Nx 125 ±8 mmHg; Nx + PV 110 ±7 mmHg), o que era esperado para este modelo cirúrgico de ablação renal de 5/6. Não ocorreu diferença significativa no nível de Cr sérica entre os grupos. Conclusões: A própolis vermelha apresentou efeito nefroprotetor caracterizado por redução da proteinúria e do dano glomerular, neste modelo de nefropatia crônica. Universidade Federal do Espírito Santo, ES Introdução: Estudos recentes demonstram que a hipercolesterolemia e a disfunção endotelial, na qual há redução da biodisponibilidade de óxido nítrico (NO), são fatores de risco ao desenvolvimento de doença renal, pois a escassez de NO acelera tanto o prejuízo glomerular quanto tubular. Algumas drogas podem mimetizar uma maior disponibilidade de NO e, desta maneira, prevenir o desenvolvimento de doença renal. O uso do sildenafil está em destaque nesse panorama. Por se tratar de um inibidor seletivo da fosfodiesterase-5 (PDE5) evita a degradação do GMPc, o principal segundo mensageiro do NO. Objetivo: Avaliar os efeitos do sildenafil na função renal de animais hipercolesterolêmicos. Casuística e Métodos: Foram utilizados camundongos C57 (n=9) e ApoE knockout, machos de 8 semanas de idade. Estes receberam dieta hipercolesterolêmica durante 7 semanas e nas últimas 2, foram tratados por gavagem com sildenafil (40 mg/Kg/dia, n=8) ou veículo (n=7). Ao final do tratamento, foram alocados em gaiolas metabólicas por um período de 24 horas para coleta de urina e avaliação de creatinina e proteinúria. Em seguida, foram anestesiados e tiveram o sangue coletado para análises de uréia e creatinina plasmática. A filtração glomerular foi inferida através do cálculo do clearance de creatinina. Para análise estatística foi utilizada análise de variância de 1 via (ANOVA), seguida pelo teste post hoc de Fisher. As diferenças foram consideradas significantes quando *p<0,05 e **p<0,01. Resultados e Conclusões: A hipercolesterolemia promoveu redução da filtração nos animais ApoE veículo (41,1±6,5**) e tratados (45,1±6,4**) quando comparados aos controles (154,8±22,5). O tratamento com sildenafil foi eficiente na melhora do parâmetro de uréia plasmática (ApoE tratado 51,1±4,5** vs. veículo) quando comparado aos demais grupos (ApoE veículo 90,5±4,2; C57 76,4±3,9). A proteinúria, um marcador de lesão glomerular, foi significativamente reduzida pelo tratamento (ApoE tratado 0,49±0,05* vs. veículo; ApoE veículo 0,70±0,08; C57 0.55±0.06). Os dados obtidos indicam que houve melhora na função renal de camundongos ApoE tratados com sildenafil quando comparados aos animais não tratados. Esses resultados devem-se ao efeito inibidor do sildenafil sobre a PDE5, mimetizando uma maior biodisponibilidade de NO. Apoio Financeiro: CNPq, CAPES, Fapes Palavras Chaves: Hipercolesterolemia, Sildenafil Palavras Chaves: Própolis Vermelha, Ablação renal 5/6 Efeito protetor da N-acetilcisteína (NAC) na função renal e pulmonar de ratos idosos Maria Heloisa Massola Shimizu,Ana Carolina de Bragança,Rildo Aparecido Volpini,Talita Sanches Rojas,Daniele Canale,Lucia Andrade,Antonio Carlos Seguro Laboratório de Investigação Médica (LIM-12) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina USP O estresse oxidativo aumenta com a idade e está associado com alterações da função renal e pulmonar. Objetivo: avaliar os efeitos da N-acetilcisteína (NAC) nos transportadores de sódio e água no rim e no pulmão de ratos idosos. Material e Métodos: Ratos machos Wistar normais de 8 meses de idade passaram a receber (n=6) ou não (n=6) NAC (600 mg/L na água de beber) e foram acompanhados por 16 meses. No fim do seguimento (com 2 anos de idade) foram medidos o volume urinário, o clearance de inulina e a concentração sérica de substâncias reativas com o ácido tiobarbitúrico (TBARS). Os tecidos renal e pulmonar foram retirados para determinação por imunobloting das proteínas renais (NKCC2, ENaC e Aquaporina- AQP2) e pulmonares (ENaC, NKCC1 e AQP5). Resultados: A ingestão média de NAC foi de 24±2 mg/dia. Os animais tratados com NAC quando comparados aos não tratados apresentaram maior clearance de inulina (0,46±0,04 vs. 0,31±0,01 ml/min/100g PC, p<0,01), menor volume urinário (7,6±0,4 vs. 23,1±8,0 µml/L, p<0.05) e menor TBARS plasmático (8,4±0,3 vs. 10,6±0,7 nmol/mL, p<0,01). As expressões de NKCC2 e AQP2 foram significantemente maiores 69% e 42%, respectivamente, nos rins dos ratos idosos tratados com NAC. A expressão do ENaC não foi diferente entre os 2 grupos. Nos ratos tratados com NAC, as expressões do ENaC e AQP5 no pulmão foram respectivamente 32% e 30% maiores do que nos ratos não tratados, enquanto que a expressão de NKCC1 foi 46% menor nos animais tratados com NAC. Conclusões: O tratamento de ratos idosos com NAC por 16 meses, melhorou a função renal e aumentou a expressão de NKCC2 e AQP2. Estes efeitos podem aumentar a capacidade de concentração e diluição urinária em ratos idosos e consequentemente diminuir a incidência de estados de hipo ou hipernatremia nesta população. Além disso, verificamos que a NAC influencia profundamente o transporte de sódio e água nas células epiteliais alveolares e estes efeitos podem diminuir a incidência de edema pulmonar na população idosa. Auxílio FAPESP, projeto número 08/57243-4 e CNPq. LONG-TERM AEROBIC EXERCISE BLUNTES BLOOD PRESSURE RESPONSIVENESS AND ENHANCES URINARY SODIUM EXCRETION IN SHR. Vinícius Rodrigues Silva, Rafael Holanda, Silmara Ciampone, Ize Penhas de Lima, Elizabeth Cristina Cambiucci, Flávia Fernandes Mesquita, José Antônio Rocha Gontijo UNICAMP - FACULDADE DE CIêNCIAS MéDICAS Aims: Progressive exercise training should be considered a therapeutic choice in cardiovascular disease including hypertension. Since the long-term changes in renal sodium handling are associated with SHR hypertensive development, we hypothesize that aerobic exercise (plasma lactate levels smaller than 5.5 mmol/dL and increased citrate synthase activity) may cause changes in urinary sodium excretion and blood pressure in conscious, trained Okamoto-Aoki rats (SHRT). To test this hypothesis, we study the tubular sodium handling, evaluated by lithium clearance, in conscious SHRT, compared with their appropriate sedentary controls(SHRS). Methods: To evaluate the influence of exercise training on estimate renal function we used creatinine and lithium clearance methods. The exercise training consisting of graded swim-training exercises, with progressive increments of overload using weights attached to the animals’ tails. Data was analyzed using ANOVA and Student t test. Results: The current study demonstrated that increased blood pressure in SHR was blunted and significantly reduced by long-term swim training between the ages of 6-wks and 12-wks old from systolic blood pressure averaged 150.6 ± 4.3 mmHg in SHRS to 126.2 ± 2.2 mmHg in SHRT (P<0.05). Additionally, the investigation observed an increased fractional urinary sodium excretion in SHRT rats from 0.2 ± 0.07 to 0.8 ± 0.03% (P<0.001) compared to SHRS, despite a unchanged creatinine clearance. This consistently increased FENa in SHRT was accompanied by a significant enhancement in proximal and post-proximal sodium excretion (from 4.0 ± 0.9 to 2.3 ± 0.9 %, respectively (P<0.01).This enhanced fractional sodium excretion in long-term trained SHR was followed by a significant increase in FEK from 0.2 ± 0.03 to 0.5 ± 0.02% when compared with SHRS animals (P<0.009). Conclusion: The present study may indicate that, in the kidney, long-term exercise exerts a modulating effect on tubular sodium excretion with unchanged glomerular filtration rate. In fact, the present study indicates an association of increasing natriuresis with the fall in blood pressure levels observed in SHRT, compared with age-matched SHRS rats. Research support by CAPES, CNPq and FAPESP Palavras Chaves: AEROBIC EXERCISE, URINARY SODIUM EXCRETION 31 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia Papel dos agentes estimuladores da eritropoiese (ESA) na meLhora da lesão renal aguda (LRA) induzida pela sepse Sildenafil (Sil) reduz a poliúria no Diabetes Insipidus Nefrogénico (DIN) induzido pelo Lítio (Li) Rodrigues CE1,Volpini RA1,Shimizu MHM1,Sanches TR1, Souza ACCP1, Kuriki PS2, Camara NOS2, Seguro AC1, Andrade L1 Sanches TR,Volpini RA,Shimizu MHM,de Bragança A,Oshiro-Monreal F,Seguro AC,Andrade L 1 - FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO 2 - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Disciplina de Nefrologia, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – SP A sepse é um estado inflamatório sistêmico, sendo a principal causa de LRA em UTI. Durante a sepse, a ativação de TLR4 em células renais estimula a via do NFkB, com produção de citocinas e redução da atividade de eNOS. A via inflamatória na sepse leva a LRA induzindo infiltração leucocitária intersticial e lesão tubular, e a produção de citocinas reduz a expressão de AQP2 renal. A alfapoetina (EPO) é uma eritropoietina recombinante usada na anemia da doença renal. O ativador contínuo do receptor de eritropoietina (CERA) é um ESA com longa meia-vida. Pelo modelo de ligadura e punção do ceco (CLP), o papel dos ESA na LRA da sepse foi avaliado. Cinco grupos de ratos Wistar foram estudados:(1)controle,(2)CLP,(3)CLP+CERA profilático (CLP+CERA),(4)CLP+EPO profilática (CLP+EPO) e (5)CLP+EPO terapêutica (EPO TTO). CERA (5ug/Kg IP) foi aplicado 24h antes da CLP. EPO profilática (4000U/Kg IP) foi aplicada 24h e 1h antes da CLP. EPO terapêutica (4000U/Kg IP) foi aplicada 1h e 4h após a CLP. Foram realizados clearance de inulina (Cin, mL/min/100g) e de creatinina (ClCr, mL/ min/100g), e medidas de pressão arterial (PAM). Em tecido renal avaliou-se a expressão de NFkB, TLR4, eNOS, AQP2 e NKCC2 por Western blotting. Níveis de IL2, IL1b, IL6, IFNg e TNFa em plasma foram dosados por Luminex. A presença de macrófagos em interstício renal foi avaliada por imuno-histoquímica para CD68. Em 24 h, os ratos CLP tiveram redução significativa do ClCr em relação aos controles, sendo que os ESA preveniram a queda. O Cin também foi menor no grupo CLP em relação ao controle, sendo que a EPO preveniu a queda. Este efeito é persistente mesmo com a administração da EPO após a CLP. A ativação de TLR4 foi prevenida com o CERA, assim como a expressão de NFkB. Houve redução em todas as citocinas medidas, além de redução na infiltração de macrófagos em rim, com o uso do CERA. O grupo CLP teve menor expressão de eNOS em relação ao controle, sendo que a administração de EPO preveniu essa queda. Quando L-NAME (10mg/Kg) foi administrado juntamente com EPO, não houve proteção da função renal. O uso do CERA reverteu a redução das expressões de AQP2 e NKCC2 em rim. Em 24h o uso do CERA não alterou a PAM dos animais em relação ao CLP, mas em 48h o uso de EPO restaurou a queda de PAM encontrada em CLP. Após 5 semanas a PAM foi maior no grupo que recebeu EPO em relação ao controle. A renoproteção dos ESA é dependente eNOS; e é mediada por TLR4 e pela resposta inflamatória relacionada a essa via. Palavras Chaves: lesão renal aguda, eritropoietina Participação das células NKT em modelo experimental de nefrite tubulointersticial induzida pela adenina Cristhiane Favero de Aguiar1, Angela Castoldi1, Matheus Correa-Costa2, Tárcio Teodoro Braga2, Marcos A. Cenedeze1, Niels Olsen Saraiva Câmara1,2, Alvaro Pacheco e Silva Filho1 1 - UNIFESP 2 - USP As doenças que afetam o compartimento túbulo-intersticial renal são numerosas e variadas. A patogênese das doenças renais envolve a participação de vários elementos da resposta imune. As células NKT constituem uma população distinta de linfócitos caracterizada pela reatividade a glicolipídeos apresentados pela molécula CD1d. O objetivo do nosso trabalho foi analisar a participação das células NKT em modelo experimental de nefrite túbulo-intersticial induzida pela ingestão excessiva de adenina. Materiais e métodos: Utilizamos camundongos selvagens C57Bl/6 e camundongos nocaute (KO) Jα18 e CD1d de 8-10 semanas. A ração contendo 0.25% de adenina foi oferecida aos animais durante 10 dias e os animais controle receberam a dieta padrão. Os animais foram sacrificados no 10º dia após início da ração de adenina e amostras de sangue e tecido renal foram coletadas. Uréia e creatinina foram dosadas do soro coletado. Do tecido renal, extraímos RNA e sintetizamos cDNA para realização do PCR em tempo real para os genes IFN-γ, IL-6, IL-1β, TNF-α e KIM-1. Para análise histológica e quantificação da fibrose intersticial, amostras de tecido renal foram processadas, coradas com PicroSirius e visualizadas sob luz polarizada para quantificação do colágeno. Resultados: Os níveis de uréia e creatinina aumentaram nos animais que receberam a ração com adenina e esse aumento foi significativamente maior nos animais selvagens (WT) em relação aos Jα18 KO. A expressão do RNA mensageiro dos genes IFN-γ, IL-6, IL-1β, TNF-α e KIM-1 estava aumentada nos animais alimentados com a ração de adenina. Esse aumento foi significativamente maior nos animais CD1d KO em relação aos WT para os genes IL-6 e KIM-1 e maior nos Jα18 KO em relação aos CD1d KO, para o gene TNF-α. No entanto observamos um aumento significativo da fibrose nos animais Jα18 KO alimentados com adenina quando comparados com os WT com a mesma ração. Conclusão: A ingestão elevada de adenina induz lesão renal que pode ser verificada pelos níveis elevados de uréia e creatinina, desenvolvimento de fibrose intersticial e aumento na expressão de genes pró-inflamatórios. Além disso, os animais nocaute apresentaram maior fibrose intersticial e aumento de expressão de TNF-α, KIM-1 e IL-6, demonstrando que as células NKT podem ter um papel protetor na nefrite túbulo-intersticial. Palavras Chaves: Nefrite Tubulointersticial, NKT 32 Pacientes que usam Li podem apresentar poliúria e deficiência de concentração urinária, condição conhecida como DIN que pode vir acompanhado de excreção urinária de sódio aumentada. O Sil, um inibidor da fosfodiesterase 5 (PDE5) eleva os níveis de GMPc, levando a inserção de AQP2 por uma via independente de hormônio antidiurético (HAD). Nós investigamos a ação do Sil no tratamento do DIN. Ratos Wistar foram divididos em 4 grupos que receberam as seguintes dietas: controle – dieta normal; Li – dieta com Li (40mmol/kg) por 4 semanas; Li+Sil - dieta com Li (40mmol/kg) por 4 semanas e Sil (200mg/kg) a partir da segunda semana; Sil – dieta normal por 1 semana e dieta com Sil (200mg/kg) a partir da segunda semana. Foram realizadas dosagens bioquímicas; Clearance de inulina (Cin) e de água livre (CH2O); western blotting e imunohistoquímica em tecido renal de proteínas transportadoras de sódio, água e ureia; dosagem dos níveis de GMPc em suspensão de túbulos; medida da resistência vascular renal (RVR). O grupo Li desenvolveu poliúria, diminuição da osmolalidade urinária, aumento do CH20 e diminuição da expressão da AQP2 e UT-A1. O tratamento com Sil reverteu parcialmente estes distúrbios. Não houve diferença nos níveis séricos de Li e HAD entre os grupos Li e Li+Sil. Não houve diferença no Cin entre os grupos. Observamos aumento da RVR no grupo Li e houve normalização no grupo Li+Sil. Nesta linha, demonstramos diminuição da expressão da eNOS em tecido renal no grupo Li e o Sil reestabeleceu a expressão no grupo Li+Sil. Foi observado aumento da excreção urinária de sódio no grupo Li. A expressão das proteínas NKCC2 e NHE3 apresentavam-se aumentadas no grupo Li, e o Sil não foi capaz de normaliza-la. Não houve diferença na expressão das subunidades α e βENaC entre os grupos. Já a expressão de γENaC estava diminuída no grupo Li, e o tratamento com Sil reverteu essa diminuição. O grupo Li+Sil apresentou diminuição da excreção de sódio em relação ao grupo Li. No estudo do mecanismo da ação do Sil no tratamento do DIN, observamos que a concentração de GMPc estava aumentada nos grupos Li+Sil e Sil em relação aos outros grupos. O Sil aumentou a inserção de AQP2 em membrana plasmática, sem aumento significativo em vesículas intracelulares. Observamos ainda uma provável ação do Sil no fator de transcrição CREB, aumentando sua fosforilação. Concluímos assim que o tratamento com Sil pode ser benéfico para pacientes que sofrem com DIN induzido pelo Li. Palavras Chaves: Aquaporina 2,Lítio TRANSPLANTE ALOGÊNICO E SINGÊNICO DE CÉLULAS-TRONCO MESENQUIMAIS DERIVADAS DE TECIDO ADIPOSO REESTABELECE A FUNÇÃO RENAL EM MODELO EXPERIMENTAL DE NEFROPATIA INDUZIDA POR CISPLATINA Almeida DC1, Bassi EJ2, Donizetti-Oliveira C1, Semedo P1, Burgos-Silva M1, Cenedeze, MA1, Castoldi A1, Correa-Costa, M2, Moraes MR2, Pacheco-Silva A1,Câmara NOS1,2 1 - Laboratório de Imunologia Clínica e Experimental, Departamento de Medicina -Nefrologia, Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, São Paulo, Brasil 2 - Laboratório de Imunologia de transplantes, Departamento de Imunologia, Universidade de São Paulo - USP, São Paulo, Brasil Atualmente as doenças renais apresentam-se como uma problemática crescente de saúde publica e atinge milhares de pessoas ao redor do mundo. Neste sentido, o uso de célulastronco mesenquimais constitui uma estratégia inovadora e acessível para tratamento de diversas nefropatias principalmente devido a sua ação trófica envolvidas com os mecanismos de imunorregulação, ação anti-fibrótica, indutora da proliferação de células endógenas, anti-apoptótica, e pró-angiogênica. O objetivo central desse estudo foi avaliar o potencial terapêutico das células-tronco mesenquimais de tecido adiposo (CTMs-TA) em modelo experimental de nefropatia induzida por cisplatina sob duas condições diferentes: transplante alogênico e singênico. Inicialmente nós realizamos uma curva dose resposta para diferentes concentrações de cisplatina (10, 12,5, 15 e 20 mg/kg) e avaliamos parâmetros fisiológicos para o estabelecimento da melhor dose. Em seguida, as CTMs-TA foram caracterizadas in vitro para três aspectos: morfológico fenotípico e funcional. Por meio de uma analise crítica de diversos parâmetros como: peso, score clinico, níveis de creatinina, ureia, lactato, glicemia e índice de apoptose, foi escolhida a dose de 15 mg/kg como sendo a mais adequada para o nosso modelo experimental. Como resultados prévios, as CTMs-TA mostraram uma morfologia fibroblastóide com longas projeções citoplasmáticas, expressão de marcadores típicos de célula-tronco mesenquimal (CD44, CD90, CD73 e CD105) e ausência de expressão de marcadores hematopoéticos e endoteliais (CD45, CD11b, Cd11c, CD34, CD31), além de potencial para diferenciação em adipócito e osteõcito in vitro. Terapeuticamente o tratamento com CTMs-TA (1x106 células) independente da origem (singênico ou alogênico) demonstrou melhora clinica e funcional nos animais transplantados como: menos perda de peso (≈6g vs 2g), melhora do score clínico, diminuição dos níveis sérico de creatinina (≈1,8 vs 1,0 mg/dL) e ureia (≈300 vs 100 mg/dL), redução no índice de lactato sanguíneo (5 vs 3 mmol/L) e menor relação proteinúria/creatinúria. Em conclusão, esse trabalho demonstra que o uso de CTMsTA tanto alogênico como singênico pode ser uma opção segura e eficaz para o tratamento da insuficiência renal aguda induzida por cisplatina. Futuramente, nós esperamos demonstrar o preciso mecanismo por traz desse processo terapêutico, facilitando a tradução mais rápida para o uso dessas células na prática clínica. Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia Undernutrition Fetal Programming: Effects on Kidney Morphology, Renal Steroid and Angiotensin Receptors Expression and Urinary Sodium Excretion UNNOURISHED BABIES HAVE MORE CHANCE TO HAVE CHRONIC KIDNEY DISEASE AT THE ADULT AGE PATRICIA ALINE BOER1, JOSÉ ANTONIO ROCHA GONTIJO2, FLAVIA FERNANDES MESQUITA2, BARBARA VACCARI1 1 - UNICAMP - FACULDADE DE CIêNCIAS MéDICAS 2 - UNESP- INSTITUTO DE BIOCIENCIAS DE BOTUCATU 1 - UNESP-INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS DE BOTUCATU 2 - UNICAMP - FACULDADE DE CIêNCIAS MéDICAS The “fetal programming” hypothesis suggests adaptations occurring during the fetal life may have long-term consequences causing cardiovascular, renal and metabolic disorders in adult life. Low birth weight (LBW) rats has been related to have a reduced number of nephrons. Our hypothesis is that a reduction in nephron number in LBW is associated with compensatory glomerular hypertrophy, podocytes injury and an increased susceptibility to renal disease progression. Female Wistar rats were fed with normal (NP) or low protein (LP) diet during all the gestation. Only male pups were used. Arterial pressure was measured from the 6th to 16th wk every two weeks by tail cuff method. At the end of measurement, the urine was collected to creatinine and albumin tests. Kidneys were collected and processed for each experiment: electronic microscopy – scanning (SEM) and transmission (TEM), stereology, western blotting (WB) and immunohystochemistry against nephrin. After 12th week, the arterial pressure was higher in LP rats (p<0.01). Fractional urinary sodium excretion (FENa) was significantly lower in LP rats, when compared with the NP intake age-matched group (LP 0.32 ±0.012 % vs. NP: 0.48 ± 0.087%, P<0.05). The decreased FENa in LP rats was accompanied by decreased proximal sodium excretion (FEPNa) (P<0.05). The GFR did not significantly differ among the groups. The albuminury test showed that LP rats have a significant proteinury at 16th week-age. The SEM micrographs of glomeruli showed that LP rat glomerulus has an intensive cohesive arrangement and bulbous and crushed podocytes with irregular surface of cell body with enlarged processes, pseudocists formation, width and club-shaped pedicels and reduced number of filtration slits. TEM confirmed these results and showed electron-dense clumps of amorphous bodies in the citosol of podocytes prolongaments. The LP kidney has 27% less glomeruli than NP. WB showed a lower nephrin expression in LP. Nephrin immunolocalization showed a disrupted visceral epithelium in kidneys of LP rats. These results show a possible mechanism through the protein maternal undernutrition is linked to CKD in adult age. The compensatory glomerular hypertrophy leads to podocyte damage, a diminished number of cells in the visceral epithelium and lost of glomerular barrier function. All these factors put together may generate the CKD. Our study shows for the first time a possible way that links LBW with CKD. Grants: FAPESP Aims: The present study investigates, in adult male rats, the effect of food restriction in utero on arterial blood pressure changes (AP), and its possible association with the number of nephrons, renal function and angiotensin II (AT1R/AT2R) and glucocorticoid (GR) receptors expression. Methods: The daily food supply to pregnant rats was measured and one group (n=5) received normal quantity of food (NF) while the other group received 50% of that (FR50) (n=5). The birth weight (BW) of offspring was evaluated and the AP was measured weekly, since six-week-old. At 16th week of life, the renal function was estimate by creatinine and lithium clearances. Blood and urine samples were collected to biochemical determination of creatinine, sodium, potassium and lithium. Fractionator’s method was used to estimate glomeruli number in histological slices. Kidneys were also processed to AT1, AT2 and GR immunolocalization and for western blotting analysis. Results: FR50 offspring shows a significant reduction in BW (FR59: 5.67 ± 0.16 vs.6.84 ± 0.13g in NF, P<0.001) and increased AP from 6th to 12nd week (6thwk FR50: 149.1 ± 3.4 vs. 125.1 ± 3.2mmHg in NF, P<0.001 and, 12ndwk FR50: 164.4 ±4.9 vs. 144.0 ±3.3 mmHg in NF, P=0.02). By stereological analyses, FR50 offspring present a reduction of nephron numbers per kidney (47%, P=0.007) with unchanged renal volume when compared with NF group. Expression of AT1 and AT2 were significantly decreased in FR50 (AT1, 59080 ± 2709 vs. 77000 ± 3591 in NF, P=0.05; AT2, 27500 ± 955 vs. 67870 ± 1509 in NF, P=0.001) while the expression of GR increased in FR50 (36090 ± 781.5 vs. 4446 ± 364.5 in NF, P=0.0007).We also verified a pronounced decrease in fractional urinary sodium excretion in FR50 offspring (0.03±0.02 vs. 0.06±0.04 in NF, p=0.03). This occurred despite unchanged creatinine clearance. Conclusion: The study led us to suggest that fetal undernutrition, with increased fetal exposure to maternal corticosteroids, program to persistent renal glucocorticoid receptor upregulation in adulthood life. That effect may be related to development of hypertension in progenies. Additionally, the reduction in nephron number and downregulation of the angiotensin II receptors may result in lack of ability of renal tubules water and salt handling, which in turn may also contribute to hypertension establishment. FLAVIA FERNANDES MESQUITA1, JOSE ANTONIO ROCHA GONTIJO1, PATRICIA ALINE BOER2 Palavras Chaves: CHRONIC KIDNEY DISEASE,FETAL PROGRAMMING Palavras Chaves: ANGIOTENSIN, KIDNEY MORPHOLOGY 33 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia RESUMOS - TEMAS LIVRES/APRESENTAÇÃO ORAL GLOMERULOPATIAS Amiloidose Renal: Casuística do Hospital das Clínicas – Faculdade de Medicina de São Paulo, entre 1999-2009 GLICOSAMINOGLICANOS E NEFROPATIA DIABÉTICA: ESTUDO EM MODELO ANIMAL FERNANDO SALES, Irene Faria Duayer, Raquel de Melo Silva, Daniela Loss Mattedi, Caroline Puliti Hermida Reigada, Lecticia Barbosa Jorge, Rui Toledo Barros, Viktoria Woronik MAURILO LEITE JR., CONRADO LIZANDRO GOMES,CRISTINA LOUREIRO, CAROLINA VENTUROTTI, ANDRÉ LUIS BARREIRA, CHRISTINA MAEDA TAKIYA, ALVIMAR GONÇALVES DELGADO HOSPITAL DAS CLíNICAS - FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SãO PAULO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Introdução: A amiloidose é uma doença caracterizada pela deposição de proteínas autólogas de maneira localizada ou sistêmica. O rim é acometido em várias formas de amiloidose, levando freqüentemente a insuficiência deste órgão. Objetivos: O objetivo do estudo foi avaliar a apresentação e evolução de pacientes com acometimento renal na amiloidose que foram biopsiados em nosso serviço no período de 1999 a 2009. Métodos: Foi realizado um estudo retrospectivo, com análise de dados clínicos e laboratoriais de 24 pacientes com diagnóstico de amiloidose renal firmado por biópsia. Resultados: A idade ao diagnóstico foi em média de 50,5 anos (±13,8) e 54% (13) eram do sexo masculino. A creatinina média no início do acompanhamento dos pacientes era de 1,92 mg/dl (±3,46). Proteinúria nefrótica foi observado em 79% dos pacientes, com quantificação em urina de 24 horas de 7,14 g (±4,46) e albumina de 2,04 (±0,95). O nível de hemoglobina foi de 12 (±2,2); 63% dos pacientes apresentavam pico monoclonal de proteínas na eletroforese sérica, com 6 apresentando pico em fração gama. Dos 10 pacientes submetidos a mielograma, 30% apresentaram mais de 10% de plasmócitos em medula óssea, com diagnóstico de mieloma múltiplo em 4 pacientes. A média de seguimento dos 24 pacientes foi de 2,5 anos (±2,3). Esses pacientes foram avaliados quanto aos seguintes desfechos: duplicação de creatinina, necessidade de diálise e/ou óbito. 9 pacientes evoluíram com óbito, 11 apresentaram duplicação dos níveis de creatinina no tempo médio de 14,6 meses (±10,2) e 1 paciente evoluiu com necessidade de terapia renal substitutiva por doença renal crônica estadio V.Os pacientes sobreviventes apresentaram média de idade e de nível de creatinina ao diagnóstico de 45,7 (±14,3) e de 1,1 (±0,6), respectivamente, contra 51,8 (±13,8) e 4,6 (±7,3) entre os que evoluíram com óbito. Conclusões: Destaca-se na casuística levantada o prognóstico reservado dos casos de amiloidose renal, demonstrando a importância do reconhecimento e abordagem terapêutica precoces dessa glomerupatia. INTRODUÇÃO: A nefropatia diabética (ND) é uma das principais complicações do diabetes mellitus (DM). A ND apresenta fisiopatologia multifatorial, sendo necessário o estudo de novas opções terapêuticas para a sua prevenção e reversão. O presente estudo tem como objetivo o uso de glicosaminoglicanos (GAGs) - condroitin sulfato fucosilado (CS) e heparina de baixo peso molecular (HBPM) - na evolução da nefropatia experimental, uma vez que uma das alterações estruturais encontradas é atenuação das cargas negativas na MBG, pela degradação do heparan sulfato, gerando microalbuminúria e dano renal inicial. MATERIAIS E MÉTODOS: O DM foi induzido em 15 ratos Wistar, entre 8 e 10 semanas de idade, através de estreptozotocina (65mg/Kg) (STZ) via veia da causa. Ratos controle foram injetados com o tampão. Oito semanas após, os ratos foram divididos em 4 grupos: 1) Controle; 2) DM sem tratamento; 3) DM + CS, dose 8mg/Kg; 4) DM + HBPM, dose de 4 mg/Kg, administrados pela via SC, diariamente por 6 semanas e após em dias alternados, por 6 semanas. Após 20 semanas, foi medida a pressão arterial (PA), pesados, anestesiados e perfundidos com sol. salina. RESULTADOS: Ao longo do estudo, houve diferença significativa entre os níveis de glicose nos 3 grupos diabéticos (G2: 509,52 ± 40; G3:529,96±23,14 e G4:503,92±51,4 mg/dl; p=0,97), comparado ao grupo controle (96,6±5,3; p=0,0014). Não houve diferença quanto a PA sistólica final (G1: 107,8±17,05; G2: 129,7±19,11; G3: 117,7 ± 23,27 e G4: 118,5 ± 31,4 mmHg; P=0,247). Houve redução significativa da microalbuminúria ( G2: 16,38±4,3 x G1:3,049±0,98; G3: 5,35±3,05; G4:5,06±3,07 mg/24hrs; p=0,0017). Observamos expansão da MM no grupo DM não tratado comparado aos grupos tratados (G2=14,19±3,01 x G1=9,5±2,8; G3: 10,2±2,6 e G4: 8,19±2,5, em % da área mesangial; p <0,0001), e através da IH, observamos aumento de macrofagos glomerulares no grupo diabético comparado aos grupos controle e tratados (G2: 0.12 x G1:0,04, G3:0,05 e G4:0,05, em densidade/mm2, P<0,001), confirmando a nefroproteção dos GAGs. CONCLUSÃO: GAGs administrados em ratos diabéticos resultaram em diminuição da microalbuminúria, da expansão da matriz mesangial e da infiltração macrofágica. Tal fato não se explica pela redução da glicemia ou da pressão arterial, uma vez que não houve diferença nesses aspectos entre os grupos. Palavras Chaves: Amiloidose Classificação Histológica das Glomerulonefrites Pauciimunes: Preditores de Prognóstico a Longo Prazo Ramalho, JAM, Mattedi, DL, Sato, VAH, Caires, RA, Malheiros, DAMC, Jorge, LB, Barros, RT, Woronik, V Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo Introdução: Ainda que a biópsia renal seja o método padrão ouro no diagnóstico das vasculites pauci-imunes, a classificação histológica das vasculites com o objetivo de definir prognóstico renal é tema controverso. Uma recente classificação histológica propõe quatro categorias de lesões: focal, crescêntica, mista e esclerótica. Objetivo: Reclassificar as biopsias renais do nosso serviço e avaliar o valor prognóstico desta classificação em categorias. Métodos: Foram analisados 58 pacientes com diagnóstico histológico confirmado de glomerulonefrite pauci-imune em nosso centro, no período de 2000 a 2010. Cinqüenta e um pacientes foram excluídos da análise estatística (5 excluídos por dados incompletos e 1 pela biópsia pouco representativa). O material histológico foi revisto e a seguir foi aplicada a nova classificação. Testes qui-quadrado, ANOVA e regressão logística múltipla foram empregados na análise estatística. A taxa de filtração glomerular (GFR) foi estimada pela equação simplificada do MDRD. Resultados: Como características basais, os pacientes tinham média de idade de 45±20 anos, sendo 62,8% do sexo feminino. ANCA foi positivo em 37,3%, negativo em 43,1% e 19,6% não dispunham deste dado. O GFR médio ao diagnóstico foi de 19±24 ml/ min/1,73m². Vinte e três pacientes (53%) apresentaram lesões escleróticas, 17 (33%) mistas, 9 (17%) crescentes e 2 (4%) lesões focais. O GFR do diagnóstico foi melhor nas lesões focais (110±41 ml/min/1,73m²) e pior nas lesões crescênticas (8,4 ±4,1 ml/min/1,73m²); este padrão se manteve após 12 meses (Focal n=2, com GFR de 129±67 ml/min/1,73m²; Crescêntica n=4, com GFR 25,8±6,8 ml/min/1,73m²). As categorias mista e esclerótica apresentaram valores intermediários de GFR ao diagnóstico e após 12 meses. As categorias histológicas tiveram correlação com a função renal ao diagnóstico (p=0,02), e mantiveram tendência a esta correlação após 1 ano de seguimento (p=0,08). Não é possível analisar o impacto dos subtipos no desfecho pelo pequeno número de pacientes em cada grupo. Regressão logística mostrou que a classe histológica esclerótica foi associada ao pior desfecho após um ano de seguimento, mesmo após ajuste pelo GFR basal (OR: 4,7, 95% IC 1,17-19,2, p=0,02). Conclusão: Neste estudo, a classificação histológica nas vasculites teve correlação com a função renal basal, e esteve associada à pior desfecho renal em um ano de seguimento, independente do GFR basal. Palavras Chaves: vasculite, histologia 34 Palavras Chaves: GLICOSAMINOGLICANOS, NEFROPATIA DIABÉTICA Infusão de células tronco mesenquimais em região subcapsular renal promove renoproteção no modelo de nefropatia induzido por puromicina NORONHA IL,MALHEIROS DMAC,PIRES AG,RAMALHO RJ Laboratório de Nefrologia Celular, Genética e Molecular – LIM 29, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo Alguns estudos têm demonstrado que as células tronco mesenquimais (CTm) tem efeito renoprotetor em modelos de insuficiência renal. Entretanto, o papel das CTm em modelos de glomerulopatia permanece controverso. O objetivo do estudo é analisar o efeito da infusão subcapsular renal de CTm em modelo experimental de nefropatia caracterizada por proteinúria induzida por puromicina (PAN). O modelo foi induzido com aplicações intraperitoneais de PAN, associado à nefrectomia unilateral para agravar o processo de lesão glomerular. As CTm foram isoladas da medula óssea de ratos Wistar, colocadas em cultura e caracterizadas por citometria de fluxo, diferenciação osteogênica e adipogênica. As CTm (2x105 cels) foram inseridas na região subcapsular renal dos animais. Estes foram divididos em três grupos:Controle, PAN, PAN+CTm e seguidos por 60 dias. Os seguintes parâmetros foram analisados: proteinúria(Prot24h), pressão caudal (PC), creatinina sérica(Scr), histologia, imunohistoquímica, microscopia eletrônica(ME) e RT-PCR. Houve melhora significativa da Prot24h com 30 e 60 dias no grupo PAN+CTm em relação ao grupo PAN (133,0±24,6mg/24h vs 217,8±16,86mg/24h;p<0,05) e (44,3±13,76mg/24h vs 79,4±6,46mg/24h;p<0,05), respectivamente. A infusão de CTm também diminuiu significativamente a PC analisada aos 60 dias de seguimento no grupo PAN+CTm (143±6mmHg) em relação ao grupo PAN (161±5mmHg;p<0,05). A Scr foi maior no grupo PAN, porém sem significância estatística. Houve maior atividade proliferativa (PCNA) no grupo PAN+CTm (11,6±3cels/mm2) em relação ao grupo PAN (5,7±1cels/mm2;p<0,05). A área marcada com WT1 também foi significantemente maior no grupo PAN+CTm (2,06±0,1%) vs PAN (1,45±0,1%;p<0,05). Índice de glomeruloesclerose, expansão intersticial, número de linfócitos, macrófagos e miofibroblastos, embora menores no grupo PAN+CTm, não apresentaram significância em relação ao grupo PAN. A ME evidenciou área significativamente menor de fusões podocitárias no grupo PAN+CTm (103,9±3,8nm) em relação ao grupo PAN (173,8±9,0nm;p<0,05). As CTm aumentaram a expressão relativa de nefrina, podocina, sinaptopodina, podocalixina, WT1 e VEGF no grupo PAN+CTm, embora sem significância quando comparado ao grupo PAN. Os resultados no modelo PAN demonstraram que as CTm induziram proteção renal caracterizada por diminuição da proteinúria e da pressão caudal, associado com maior atividade proliferativa, recuperação dos podócitos e melhora dos processos de fusão dos pedicelos. Palavras Chaves: células tronco, glomerulopatias Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia O papel da glomérulo esclerose segmentar e focal na progressão da Nefropatia da IgA Liliany Pinhel Repizo, Elerson Costalonga, Lilian Pires de Freitas Carmo, Igor Denizarde Marques, Daniela Loss Mattedi, Roberto Sávio Silva Santos, Denise Maria Avancini Costa Malheiros, Lecticia Jorge, Rui Toledo Barros, Viktoria Woronik HOSPITAL DAS CLíNICAS - FMUSP Introdução: Lesões morfologicamente idênticas a glomeruloesclerose segmentar e focal (GESF) podem aparecer na Nefropatia da IgA (NIgA). O objetivo deste estudo foi avaliar o papel da GESF na NIgA. Métodos: Foram analisadas biópsias renais unicêntricas de 165 pacientes com o diagnóstico de NIgA realizadas no período de 1999 a 2009. Destes foram incluídos 57 pacientes que preenchiam os seguintes critérios de inclusão: idade maior do que 18 anos, bióspsias com pelo menos 8 glomérulos e tempo de seguimento de pelo menos dois anos. As biopsias foram revisadas e classificadas pela classificação de Columbia de GESF no contexto de NIgA. O desfecho primário foi redução do ritmo de filtração glomerular estimado pela fórmula de MDRD simplificada (RFGe) e/ou progressão para hemodiálise. Os resultados foram expressos em mediana e variação interquartil. Para análise estatística foram usados o teste T , qui-quadrado e análise univariada. Resultados: Foi possível classificar 30 das 57 biópsias nos subtipos de GESF, nas seguintes categorias: 25 (83,3%) NOS, 4 (13,3%) tip lesions e 1 (3,3%) forma colapsante. Nas demais bióspsias sem GESF, 8 (14%) apresentavam lesões glomerulares não definidas como GESF e 19 casos (33,3%) não mostravam alterações na microscopia óptica, com exceção de discreta expansão mesangial em algumas. As características encontradas no grupo sem GESF (grupo 1) e com GESF (grupo 2) foram respectivamente: idade 33 anos (25-42) vs 33 anos (25-50); 15 (55,5%) vs 15 (56,6%) eram do sexo feminino; o RFGe (ml/min) inicial foi 74 (50-91) vs 34,5 (25,5-64,7); proteinúria (g/dia) 2,1 (0,8-4,4) vs 2 (1-4); hipertensão em 11 (40,7%) vs 21 (70%) pacientes; tempo de seguimento foi 4,5 anos (3-6,1) vs 4,8 anos (3,2-7,4); presença de fibrose intersticial maior do que 25% em pacientes 6 (22,2%) vs 18 pacientes (60%); presença de crescentes em 7 pacientes (25,9%) vs 13 pacientes (43,3%); o RFGe (ml/min) ao final do seguimento foi 74 (53-100) vs 31,5 (16,7-63,2). O desfecho primário foi encontrado em 3 (11,1%) dos pacientes do grupo 1 e em 10 (33,3%) do grupo 2. Na análise univariada, o grupo 2 mostrou uma tendência a menor sobrevida renal ao final do seguimento (p0,06; OR 4,0 IC 95% 0,9-16). Não foi possível analisar o impacto dos subtipos de GESF na sobrevida renal devido ao pequeno número de pacientes. Conclusão: Nossos resultados sugerem que a lesão histológica de GESF na NIgA pode impactar negativamente na lesão renal destes pacientes. Valor Preditor das Variantes Histológicas de GESF primária ALINE LAZARA RESENDE, SILVIA MARIA TITAN, VINICIUS SARDAO COLARES, LEONARDO TESTAGROSSA, DENISE M MALHEIROS, RUI TOLEDO BARROS, VIKTORIA WORONIK Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FM-USP) Introdução: Acredita-se que as variantes histológicas de Glomerulosclerose Segmentar e Focal (GESF) definidas pela classificação de Columbia correspondam a patologias com etiologia, mecanismos fisiopatológicos e prognóstico diferentes. Objetivo: O objetivo deste trabalho é analisar as características clínico-laboratoriais e o prognóstico renal das variantes histológicas de GESF. Métodos: Critérios de inclusão: diagnóstico de GESF primária com biópsia renal realizada entre 1999-2009; tempo de seguimento > 4 meses; material disponível para reclassificação histológica de acordo com os critérios de Columbia. Dados clínicos e laboratoriais foram retrospectivamente coletados. A reclassificação histológica foi realizada por patologistas que não tinham o conhecimento prévio da evolução clínico-laboratorial dos pacientes estudados. A resposta inicial ao tratamento foi avaliada após 16 semanas do diagnóstico. O desfecho primário foi definido como duplicação da creatinina ou necessidade de terapia renal substitutiva. Resultados: Dos 57 casos analisados, 23 (40,3%) correspondiam a formas colapsante ou celular (COL-CEL), 23 (40,3%) foram classificadas como variantes perihilar ou not otherwise specified (PHI-NOS) e 11 (19,4%) como variante TIP (TIP). As variáveis clínicas e laboratoriais basais foram semelhantes nos grupos histológicos estudados. O grau de fibrose intersticial foi significativamente superior nas variantes COL-CEL, e inferior na variante TIP (p=0,01). As taxas de não resposta ao tratamento inicial foram: 76,2% no grupo COL-CEL, 36,4% no grupo PHI-NOS e 0% na variante TIP (p < 0,0001). O desfecho primário ocorreu em 68,4% dos pacientes do grupo COL-CEL, 31,6% dos casos de PHI-NOS e 0% dos casos da variante TIP (p = 0,003). Modelos de regressão de Cox demonstraram que o grupo COL-CEL está significativamente relacionado a um pior prognóstico renal (OR 3,81; IC 95% 1,44-10,04; p = 0,01), mesmo após ajustes para idade e fibrose renal. As curvas de Kaplan-Meier confirmaram estes achados. Conclusão: A classificação histológica de Columbia foi um fator preditor independente de prognóstico renal na GESF primária. Palavras Chaves: glomerulosclerose histológicas segmentar e focal,variantes Palavras Chaves: GESF, Nefropatia da IgA 35 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia RESUMOS - TEMAS LIVRES/APRESENTAÇÃO ORAL HIPERTENSÃO ARTERIAL Doença renovascular angioplastar? aterosclerótica: quando VANESSA DOS SANTOS SILVA,Rodrigo Hagemann,Luis Cuadrado Martin,Roberto Jorge da Silva Franco,Edson Bregagnollo,Fábio Cradoso Carvalho Faculdade de medicina de Botucatu - UNESP Introdução: A doença renovascular aterosclerótica (DRA)apresenta prevalência crescente e o papel da angioplastia é controverso. É necessário identificar subgrupos que se beneficiem desta terapêutica. Estudo observacional não controlado e com número reduzido de pacientes mostrou benéfico desta terapêutica nos pacientes com declínio progressivo da função renal. Objetivo: Avaliar o efeito da angioplastia renal em pacientes com declínio progressivo da função renal em estudo observacional longitudinal controlado, não randomizado. Material e métodos: Foram incluídos portadores de estenose superior a 60 % do diâmetro do vaso confirmada por angiografia e excluídos pacientes que não tinham pelo menos cinco dosagens de creatinina antes do procedimento e cinco após, ou pacientes submetidos a mais de uma angioplastia. Foi calculado o “slope” do inverso da creatinina antes da angiografia renal e após a angioplastia para os pacientes aangioplastados e após a angiografia para os grupos controle. Os pacientes foram divididos em quatro grupos: gA1: grupo angioplastia com slope da creatinina negativo prévio à angiografia; gA2 grupo angioplastia com slope da creatinina prévio à angiografia maior ou igual a zero; gNA1: grupo que não foi realizada angioplastia com slope da creatinina negativo prévio à angiografia; gNA2: grupo que não foi realizada angioplastia com slope da creatinina prévio à angiografia maior ou igual a zero. Os grupos foram comparados quanto a suas características clínicas, bem como quanto ao slope do inverso da creatinina após o procedimento angioplastia ou simples angiografia renal. Resultados. 54 pacientes foram incluídos. Os quatro grupos apresentaram características clínicas semelhantes. O inverso do slope da creatinina foi de -0,0142 no gA1 (n= 18) antes da angioplastia e +0,0055mg/dl de creatinina -1/mês após (P <0,01pré vs pós), no gA2 (n= 10) o inverso do slope da creatinina foi de 0,0181 antes da angioplastia e -0,0001mg/dl de creatinina -1/ mês após (P =0,04). O inverso do slope da creatinina foi de -0,0243 no gNA1(n= 16) antes da arteriografia e -0,0083mg/dl de creatinina -1/mês após (P =0,10 pré vs pós), no gNA2 (n= 8)o inverso do slope da creatinina foi de 0,0199 antes da angiografia e -0,0014mg/dl de creatinina -1/mês após (P =0,02). Conclusão: A angioplastia renal associou-se a benefício evidenciado pela inclinação do inverso da creatinina apenas nos pacientes que apresentavam redução progressiva da função renal. Palavras Chaves: renovascular, angioplastia Poder discriminatório de características clínicas em predizer estenose de artéria renal PAULA DALSOGLIO GARCIA, Leandro Caetano Vilela Lemos, Vanessa dos Santos Silva, Rodrigo Hagemann, Fábio Cardoso de Carvalho, Edson Antonio Bregagnollo, Roberto Jorge da Silva Franco, Luis Cuadrado Martin Faculdade de Medicina de Botucatu - Unesp Introdução: apesar da importância da doença renovascular e das dificuldades envolvidas no seu diagnóstico, há poucos estudos que validam as características clínicas como preditoras da doença. Objetivo: avaliar o poder discriminatório de características clínicas em afastar o diagnóstico de estenose de artéria renal (EAR) em pacientes com indicação clínica de arteriografia renal. Casuística e métodos: foram avaliados 122 pacientes no período de janeiro de 2004 a dezembro de 2008 submetidos à arteriografia renal. Verificou-se o poder discriminatório de diversas características clínicas. Traçaram-se curvas ROC e o melhor ponto de corte foi determinado para as variáveis com significância estatística. Da casuística apenas 52 pacientes realizaram Doppler renal antes da arteriografia. Estas variáveis foram avaliadas isoladamente e em combinação. Resultados: as curvas ROC da idade (área sobre a curva de 0,666 com IC 95%: 0,569 – 0,763; p = 0,002) e da taxa de filtração glomerular (TFG), avaliada pelo MDRD (área sobre a curva de 0,731 com IC 95%: 0,641 – 0,821; p < 0,001), foram estatisticamente significantes. O melhor ponto de corte para idade foi ≥ 55,5 anos e para a TFG de ≤ 71 ml/ min/1,73m2. Entre os 24 pacientes que apresentavam idade ≤ 55,5 anos e TFG ≥ 71 ml/ min/1,73m2, apenas dois (8,3%) tinham EAR significativa à arteriografia. Em contrapartida, quando presentes idade ≥ 55,5 anos (16 pacientes), TFG ≤ 71 ml/min/1,73m2 (17 pacientes) ou as duas características associadas (65 pacientes), a freqüência de EAR significativa foi de 18,7%, 52,9% e 63,1%, respectivamente. O Doppler isoladamente apresentou sensibilidade de 75% e especificidade de 68%. Quando somadas as características clínicas (idade ≥ 55,5 anos e TFG ≥ 71 ml/min/1,73m2) e o doppler de artérias renais positivo obteve-se um valor preditivo positivo (VPP) de 89% e, na ausência destas, um valor preditivo negativo (VPN) de 100%; quando avaliadas isoladamente, temos VPP de 63% e VPN de 74% para as características clínicas e 80% e 61%, respectivamente, quando avaliado apenas o Doppler renal. Conclusão: quando estamos diante de uma população selecionada, com alto risco de EAR, a combinação das características clínicas acima citadas e Doppler renal podem predizer de maneira confiável a presença ou ausência de EAR. 36 Relação entre medidas de pressão arterial e mortalidade em pacientes sob hemodiálise: uma análise retrospectiva de 3 anos Natasha S S Santos1, Daniela C vasconcellos1, Felipe H Burgos1, Brunno Augusto J Costa1, Fernando Frattini2, FLAVIA SILVA REIS1,2 1 - Faculdade de Medicina de Jundiaí - Jundiaí-SP 2 - UNICOM - União Cooperativa Médica - Unidade Prudente, Jundiaí-SP Introdução: O significado prognóstico da carga pressórica de exposição durante uma sessão de hemodiálise ainda é alvo de investigação na literatura médica; a despeito da elevada prevalência da hipertensão arterial e do elevado risco cardiovascular de pacientes em terapia renal, não há consenso quanto ao nível pressórico alvo a ser mantido durante uma sessão de hemodiálise. Objetivos: O presente estudo teve o propósito de demonstrar a associação entre a carga pressórica do período intradialítico e a mortalidade de pacientes submetidos à hemodiálise. Casuística e Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo, com tempo de observação de 3 anos. Os prontuários médicos dos pacientes que estavam em programa de hemodiálise em julho de 2007foram revisados para avaliação da carga pressórica dos períodos pré-diálise, intradialítico e pós-diálise, utilizando-se os parâmetros de pressão sistólica, diastólica e de pressão de pulso (PP); variáveis demográficas, clínicas e laboratoriais (albumina, hemoglobina, cálcio, fósforo, ferritina e PTH)foram revisadas. A medida de tendência da PP ao longo de cada sessão de hemodiálise para cada paciente foi determinada por análise de regressão linear simples em 12 sessões consecutivas de hemodiálise. A mudança foi dada pela inclinação da reta (slope) a cada 30 minutos de sessão, totalizando seis medidas intradialíticas por sessão. O percentual de mudança foi obtido a partir da variação em relação ao intercepto da curva de regressão. Foram analisados dados de internação hospitalar, transplante renal e óbito. Resultados e Conclusões: Dos 171 pacientes identificados em programa de hemodiálise em julho de 2007, treze foram excluídos por tempo de terapia inferior a 3 meses e 6 pacientes por idade acima de 80 anos, três por abandono e retorno à terapia renal em tempo variável, em concordância aos critérios de inclusão e exclusão; cinco pacientes apresentaram dados incompletos no prontuário. Um total de 144 pacientes foi incluído na análise. Foram recordadas 10368 medidas de pressão sanguinea registradas no período intradialítico. Pacientes com percentual de mudança na PP acima de 15%, com inclinação positiva ou negativa da reta de regressão apresentaram mortalidade de 22 a 23,7%; em contrapartida, pacientes cujo percentual de mudança na PP variou entre -14 a +15% apresentaram uma mortalidade de 17,8%; os resultados demonstram uma associação entre grandes variações na PP intradialítica e mortalidade em longo prazo. INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA Avaliação da Mecânica Ventilatória de Pacientes com Lesão Renal Aguda submetidos à Diálise Peritoneal Contínua ou a Hemodiálise Diária CIBELE TAÍS PUATO DE ALMEIDA,Ana Carolina dos Santos Demarchi,Daniela Ponce,André Luis Balbi FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - UNESP Introdução: Os efeitos sobre a função pulmonar de pacientes com Lesão Renal Aguda (LRA) submetidos à Diálise Peritoneal Contínua (DPC) ou a Hemodiálise Diária (HD) são controversos, pois podem ocorrer alterações relacionadas à hipóxia, à retirada de líquidos e toxinas urêmicas e, no caso da DPC, ao aumento da pressão intra-abdominal (PIA). Objetivo: Avaliar a mecânica ventilatória de pacientes com LRA internados em Unidades de Terapia Intensiva em ventilação mecânica invasiva (VMI), submetidos a DPC e HD e a PIA nos pacientes em DPC. Métodos: Estudo prospectivo em que foram avaliadas complacência estática (Cest, expresso em mL/cmH2O) e resistência do sistema respiratório (Rsr, expresso em cmH2O/L/s) nos Grupos HD e DPC e PIA (expresso em mmHg) naqueles em DPC . Os pacientes do Grupo DPC foram avaliados nos momentos M0 (pré-diálise) e M1, M2 e M3 (após cada sessão de DP) e do Grupo HD nos momentos M1, M3 e M5 (pré-diálise) e M2, M4 e M6 (pós-diálise). Análise Estatística: Foi realizado o modelo de medidas repetidas usando Proc Mixed do SAS versão 9.2, ajustado por Tukey, para comparar as variáveis de Cest, Rsr e PIA no tempo. Nível de significância de 5%. Resultados: Foram avaliados 48 pacientes em 96 sessões no Grupo HD. 70,8% deles realizaram HD Estendida e 29,2% HD Convencional. A idade foi 62 ± 15 anos, o APACHE II foi de 24,4±5 e o ATN-ISS foi 0,66±13.A Rsr manteve-se constante (M1:11,4±6,8; M2: 10,6±7,6; M3: 11,8±5,8; M4: 10,8±5,4; M5: 12,6±7,9 e M6: 11,3±4,5), enquanto a Cest apresentou tendência a melhora (M1: 39,2±25,1; M2: 40,3±19,7; M3: 35,5± 21; M4: 40,7±19,2; M5: 36,9±16 e M6: 47,9±27,4). No grupo DPC foram avaliados 20 pacientes em 44 sessões. A média de idade foi de 73,2± 11 anos, o APACHE II foi 24,1±4 e o ATNISS foi 0,64±23. A Rsr também foi constante (M0:10,5±5,5; M1:13±8,4; M2:11,7±5,8 e M3:14,2±6,3), enquanto a Cest aumentou progressivamente (M0: 36±14,7; M1: 38,4±13,4; M2: 40,6±13,5 e M3:53,4±21,9; p=0,02 M0 x M3). Não houve alteração nos valores da PIA (M0: 8,3±4,4; M1:10,2±5,9; M2: 9±4,2 e M3: 8,2±4,9). Conclusão: Os dados sugerem que pacientes com LRA em VMI submetidos à DPC ou a HD apresentam melhora da mecânica ventilatória e que a DPC não altera a PIA. Palavras Chaves: Lesão Renal Aguda,Mecânica Ventilatória Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia ESTUDO DO POTENCIAL REPARADOR E PREVENTIVO DAS CÉLULAS TRONCO MESENQUIMAIS (CTM) DA MEDULA ÓSSEA NA LESÃO RENAL AGUDA INDUZIDA PELA GENTAMICINA REIS LA,CRHISTO JS, BORGES FT, SIMOES M de J, SCHOR N Disciplina de Nefrologia, UNIFESP/EPM A lesão renal aguda (LRA) é uma doença comum causada por várias etiologias incluindo algumas toxinas como a G. Tem sido demonstrado que as CTM poderiam participar no processo de reparação celular como na LRA. O objetivo deste estudo foi avaliar se as CTM previnem ou atenuam o dano renal causado pela G. Ratas Wistar receberam G (40mg/Kg/peso, i.p.) ou veículo (CTL) por 10, 11, 12, 15 ou 20 dias. Após 24, 48h ou 5, 20 dias, foram coletadas amostras de sangue e urina 24 horas para análise da creatinina (Cr) e FENa. No 10º dia de tratamento com G, as ratas receberam injeções de CTM i.v. na dose de (1X106). Para o grupo prevenção, as ratas receberam CTM i.v. 24 horas antes (P-24h) ou após 10º dia (P+5d) de G. Ao final dos experimentos, os rins foram utilizados para análise do HE, KI67, caspase 3 e cromossomo Y. Foi observado que a Cr(1,9±0,07; 2,3±0,04; 2,7±0,03; 2,9±0,04; 3,4±0,08 vs. 0,5±0,03; p<0,05) e FENa(1,5±0,04; 1,6±0,02; 1,7±0,02; 1,7±0,03; 2,1±0,04 vs. 0,6±0,02; p<0,05); aumentaram em todos os tempos de tratamento com G quando comparadas ao CTL. Contudo, as ratas as CTMs apresentaram uma diminuição da Cr(1,0±0,04; 0,7±0,03; 0,6±0,01; 0,9±0,02 vs. 2,3±0,04; 2,7±0,03; 2,9±0,04; 3,4±0,08; p<0,05) e FENa(1,0±0,03; 0,7±0,01; 0,7±0,03; 1,0±0,01 vs. 1,6±0,02; 1,7±0,02; 1,7±0,03; 2,1±0,04; p<0,05) quando comparadas a G. Não houve diferença significativa na Cr(1,2±0,04; 1,8±0,03 vs. 1,9±0,07; p<0,05) e FENa(1,2±0,01; 2,0±0,03 vs. 1,5±0,04; p<0,05) dos grupos P-24 e P+5 versus G10d, respectivamente, sugerindo que necessita haver algum grau de lesão para que as CTM se direcionem para o local. O grupo tratamento com G sozinho apresentou necrose tubular aguda (NTA) e não marcou para o KI67. Notavelmente, os animais tratados com G+CTM não apresentaram NTA, seguido de uma intensa marcação do KI67. Interessantemente, se observou a presença do cromossomo Y nas ratas fêmeas tratadas com CTM de ratos machos, sugerindo um mecanismo adicional como um efeito parácrino/endócrino nas células tubulares residentes. Este efeito sugere que a permanência das CTM no sítio da lesão, se deve a persistência da agressão pela G. Esses resultados sugerem que as CTM podem minimizar a lesão renal causada pela G neste modelo de nefrotoxicidade. Palavras Chaves: celulas tronco mesenquimais,nefrotoxicidade INDICAÇÕES E LIMITAÇÕES DA DIÁLISE PERITONEAL DE ALTO VOLUME NA LESÃO RENAL AGUDA DANIELA PONCE, Marina N Berbel, Milene Peron Pinto, André Luís Balbi FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU A utilização da diálise peritoneal (DP) no tratamento de pacientes com lesão renal aguda (LRA) tem sido menos freqüente e progressivamente substituída pelas terapias venovenosas contínuas. Objetivos: Avaliar a efetividade da DP de alto volume (AV) como método de tratamento de pacientes com LRA em relação aos controles metabólico e volêmico e identificar fatores de risco associados ao óbito. Metodologia: Estudo coorte prospectivo que avaliou a evolução de 150 pacientes com LRA internados em hospital terciário de 01/2004 a 01/2011, tratados por DPAV (Kt/V prescrito de 0,6 por sessão). Incluídos maiores de 18 anos, com indicações clássicas de diálise e submetidos a pelo menos uma sessão de DPAV (24 h). Resultados apresentados como média±desvio padrão ou mediana e considerado significância estatística quando p<0,05. Para comparação evolutiva das variáveis foi realizado o modelo de medidas repetidas usando proc mixed, ajustado por Tukey e para comparação entre 2 grupos, teste t ou Mann-Whitney. A associação entre variáveis e presença de óbito foi avaliada pela análise de Regressão Logística Longitudinal. Resultados: A média de idade foi 63,8±15,81 anos e 70% estavam internados em UTI. Sepse foi a etiologia da doença de base mais frequente (54,7%).Os níveis de uréia e creatinina foram mantidos próximos de 100 e 4 mg/ dl, respectivamente, a partir da 4ª sessão. Houve elevação progressiva do pH e bicarbonato, com normalização do estado ácido-básico após a 3ª sessão. A ultra-filtração (UF) aumentou progressivamente, mantendo-se estável em torno de 1200 ml a partir da 4ª sessão, o mesmo ocorrendo com o balanço nitrogenado (BN).O Kt/V semanal recebido foi 3,5±0,68, 23% dos pacientes recuperaram a função renal, 6,6% permaneceram em diálise e 57,3 % foram a óbito. Identificados como fatores de risco associados ao óbito a idade (OR=1,025,IC95%=1,0081,063,p=0,01) e a presença de sepse (OR=1,31,IC95%=1,16–1,75,p=0,02) e como fatores de proteção o débito urinário (OR=0,98,IC95%=0,97-0,99,p=0,005), o número de sessões (OR=0,88,IC95%=0,81-0,98,p=0,01), o aumento de 1g no BN e de 500 ml na UF a partir da 3ª sessão (OR=0,69,IC95%=0,54-0,91,p=0,001 e OR=0,91,IC95%=0,86-0,97,p=0,001, respectivamente). Conclusão: DPAV é um método efetivo de tratamento para pacientes com LRA, embora tenha limitações em pacientes sépticos ou hipervolêmicos, devendo ser suspensa em pacientes com UF inferior a 500 ml ou com BN negativo. Novos estudos devem ser realizados sobre DP na LRA. Palavras Chaves: Diálise peritoneal de alto volume,Lesão Renal Aguda Papel dos Toll-Like Receptors 2 e 4 e da molécula adaptadora MyD88 na Lesão Renal Aguda secundária a sepse Castoldi A1, Braga TT2, Aguiar CF1, Corrêa-Costa M2, Silva RC1, Cenedeze MA1, Reis MA3, Pacheco-Silva A1,4, Gonçalves GM2, Câmara NO2,5 1 - DISCIPLINA DE NEFROLOGIA - DEPARTAMENTO DE MEDICINA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO, SÃO PAULO 2 - DEPARTAMENTO DE IMUNOLOGIA, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, SÃO PAULO 3 - PATOLOGIA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO, MINAS GERAIS 4 - IIEP, HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN 5 - DEPARTAMENTO DE MEDICINA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO, SÃO PAULO Introdução: A sepse é considerada uma das principais causas de Lesão Renal Aguda (LRA) em pacientes de UTI e tem como um dos principais agentes etiológicos a bactéria. Os TLR2 e TLR4 são importantes receptores da imunidade inata responsáveis pelo reconhecimento de padrões moleculares associados a patógenos que quando ativados desencadeiam juntamente com a molécula adaptadora MyD88 uma cascata de sinalização que resulta na expressão de citocinas pró-inflamatórias. Objetivo: Estudar a participação dos TLR2, TLR4 e da molécula adaptadora MyD88 na LRA induzida por sepse. Metodologia: Camundongos machos C57BL/6 e nocautes (KO) TLR2, TLR4 e MyD88 foram submetidos a sepse por ligação e perfuração do cecum (CLP) com duas perfurações utilizando agulha 23G por um período de 24 horas. Amostras de sangue e tecido renal foram coletados após 24 horas para análises. Resultados: Após 24 horas, animais TLR2KO, TLR4KO e MyD88KO submetidos a CLP apresentaram preservação da morfologia renal, com menores índices de NTA. Através de imuno-histoquímica, observamos menos áreas de hipóxia, e apoptose de células tubulares nos camundongos KO quando comparados com os WT. Os camundongos KO também mostraram-se protegidos do aumento da permeabilidade vascular renal. No entanto, quanto à função renal avaliada através dos níveis de creatinina e uréia sérica, os animais TLR2KO e TLR4KO apresentaram tendência de melhora (sem diferença estatística) enquanto que os animais MyD88KO foram totalmente protegidos comparados ao WT (Uréia WT: 237.57 ± 28.9; MyD88 KO: 91.71± 4.9) (Creatinina WT: 1.86 ± 0.54; MyD88 KO: 0.44±0.02). Quando avaliada a expressão gênica de mRNA de KIM-1 observamos proteção em todos os grupos de KO. Também observamos menor expressão de RNAm de citocinas pró- inflamatórias (IL1-β, TNF-α, IL-6, IL17 e KC), no rim dos camundongos nocautes comparados ao WT. Por citometria de fluxo observamos menor infiltrado de neutrófilos no rim dos camundongos KO após CLP. Ao depletarmos neutrófilos nos camundongos WT observamos uma significativa proteção da função renal e diminuição significativa da expressão de citocinas pró-inflamatórias apósCLP. Conclusão: Com isso concluímos que a imunidade inata participa da LRA induzida por sepse polimicrobiana, desencadeando uma resposta mais branda nos animais TLR2KO, TLR4KO e principalmente nos MyD88KO levando a uma diminuição da migração de neutrófilos para o rim. Desta maneira estes receptores podem ser um bom alvo terapêutico para disfunção renal secundária a sepse. Apoio Financeiro: CAPES, FAPESP 07/07139-3, CNPq. CEP 1047/09. TERAPIA COM CÉLULAS-TRONCO MESENQUIMAIS NA LESÃO RENAL AGUDA NEFROTÓXICA Burgos-Silva M1, Oliveira CD1, Costa P1, Cenedeze MA1, Reis MA2, Malheiros DMAC1, Pacheco-Silva A1, Semedo, P1, Câmara NOS1 1 - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO, SÃO PAULO 2 - UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO, MINAS GERAIS HOSPITAL ALBERT EINSTEIN, SÃO PAULO INTRODUÇÃO: Lesão nefrotóxica é caracterizada por um processo inflamatório exacerbado e necrose no tecido renal. Pesquisas demonstram que células-tronco mesenquimais (CTM) possuem grande capacidade imunomoduladora e regenerativa sob diversas patologias. O mecanismo de ação das CTMs em um ambiente nefrotóxico é ainda pouco conhecido. OBJETIVO: Analisar o efeito da terapia com CTMs em um modelo nefrotóxico, avaliando seu potecial imunomodulador. CASUÍSTICA e MÉTODOS: Para indução de lesão renal aguda (LRA) nefrotóxica, camundongos C57Bl/6 fêmeas de 8-10 semanas (n=5) receberam ácido fólico (AF) por via intraperitoneal na dose de 200mg/kg de massa corpórea. CTMs da medula óssea de camundongos C57Bl/6 machos de 6 semanas foram expandidas em cultura (Meio Mesencult-Stem Cell Technologies) e caracterizadas imunofenotipicamente para os marcadores de CTM e quanto ao potencial de diferenciação para adipócito e osteócito. Após 24h da administração de AF, 5.105 CTM/animal foram administradas por via endovenosa. Após 48h da administração de AF foram coletadas amostras de soro para análises bioquímicas de função renal. Também foram coletados os rins para análise histomorfológica e de moléculas inflamatórias e de sobrevida celular por Real Time PCR, tais como TNF-α, IL-1βe IL-6 e indicadores de padrão apoptótico celular pela razão (Bcl-2/Bax). RESULTADOS: Os animais tratados com CTM tiveram uma queda significativa nos valores de creatinina sérica (Creatinina AF 48h= 1,29±0,35 mg/dL vs. Creatinina AF 48h+CT = 0,96±0,38mg/dL, com p<0.05). A mesma tendência foi observada para os níveis de uréia sérica (Uréia AF 48h= 119,53±30,84 mg/dL vs. Uréia AF 48h+CT = 76,67±27,14 mg/dL, com p<0.05). Ainda, houve diminuição significativa na expressão de RNAm de citocinas pró-inflamatórias: TNF-a, IL-6, e IL-1b no rim e maior tendência antiapoptótica, vista pela maior razão (Bcl-2/Bax) de expressão tecidual para o grupo tratado com CTM em relação ao grupo não tratado com CTMs. Paralelamente, a análise histomorfológica, feita em ensaio cego, também confirmou menor índice de necrose e maior índice de reparo tecidual para o grupo tratado com as células. CONCLUSÃO: Células-tronco mesenquimais possuem grande potencial no tratamento da LRA, sendo esta observada pela melhora funcional e histológica no modelo renal agudo. Essa melhora possivelmente decorre da redução do perfil inflamatório e apoptótico no rim. Apoio Financeiro: CNPq (573815/2008-9) e FAPESP (07/07139-3). CEP:1664/08. Palavras Chaves: Insuficiência Renal Aguda,Células-tronco Mesenquimais 37 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia The heme oxygenase-1 modulation of immune response in ischemia and reperfusion MARIANE TAMI AMANO1, MATHEUS CORRêA COSTA1, GABRIELA CAMPANHOLLE1, PATRICIA SEMEDO2, ÁLVARO PACHECO E SILVA FILHO2, NIELS OLSEN SARAIVA CAMARA1 1 - Universidade de São Paulo 2 - Universidade Federal de São Paulo Heme oxygenase (HO)-1 is an enzyme able to convert the molecule heme to biliverdin and releasing other products such as carbon monoxide and free iron. This enzyme has been associated to renal function regulation and protection during inflammatory diseases. Ischemia and reperfusion injury (IRI) is an acute inflammatory response considered to be the main cause of acute renal injury in kidneys. T cells have been recently associated to have a role in IRI. We investigated if mice treated with hemin, a HO-1 inducer, were protected from IRI and the possible changes in dendritic cells (DC) and T cells in this model. We treated C57Bl/6 mice with 25 mg/kg of hemin 24h before surgery. We used sham treated and non-treated control groups. One day after surgery, we collected renal lymph nodes and kidneys and we analyzed cells and cytokines by FACS, quantitative PCR and bioplex. The renal function was evaluated by urea and creatinine levels in the serum. After IR we observed that hemin treated animals were protected from IRI presenting lower levels (85±12mg/dL) of urea comparing to control (212 ±18mg/dL). The same difference was observed measuring the creatinine. The hemin group presented two-fold the levels of HO-1 by real-time PCR, corroborating with the idea that this enzyme is involved in renal protection in inflammatory insults. We checked the phenotype of DC and T cells and we observed that DC from hemin treated group expressed higher levels of CD86 and MHC class II then control group, but no difference was observed in CD80 and CD40 levels. The population of activated T cells (CD4+CD69+) was increased in hemin treated animals. Then, we measured the expression and levels of pro-inflammatory cytokines as IL-12p40, IL-6 and IFN-g which were increased in the hemin group. On the other hand we also have an increase in IL-10 cytokine in this group, which seems that it is not an exacerbation of a pro-inflammatory response only, it is a general augmentation of immune response, involving anti-inflammatory cytokines at the same time. Thus, we concluded that hemin is involved in IRI protection, which is probably due to an increase of HO-1 expression. However, the HO-1 seems to activate DC and T cells more than in non treated mice after IR, providing a different environment that might have an influence in the protection of the injury. Support: FAPESP and CNPq. Palavras Chaves: isquemia e reperfusão 38 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia RESUMOS - TEMAS LIVRES/APRESENTAÇÃO ORAL LIGAS AVALIAÇÃO DE NÍVEIS PRESSÓRICOS (NP) E GLICEMIA CAPILAR (GC) EM EVENTO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA CIDADE DE MARINGÁ -PR DOENÇA RENAL CRÔNICA: RESULTADOS DE BUSCA ATIVA EM CENÁRIOS DISTINTOS Camila Fernandes Franco da Rocha, Ricardo Oyama, Paula Nishiyama,Arnold Peter Paul Achermann, Carlos Alberto Alvares da Silva, Alan Pinheiro de Almeida, Victor Gualda Galoro, Sergio Seiji Yamada MARCOS ANTONIO MARTON FILHO, Edwa Bucuvic, Jacqueline Costa Teixeira Caramori Universidade Estadual de Maringá Introdução: A prevalência de Doença Renal Crônica (DRC) em estágios precoces ainda é desconhecida. Dados de 2009 mostram prevalência de 15,4% para diabetes e 39,5% para hipertensão. No estagio V houve aumento do número de pacientes em diálise, que passou de 42.695 em 2000 para 92.091 em 2010. Objetivos: Estabelecer o perfil de duas amostras atendidas pela Liga do Rim e da Hipertensão Arterial de Botucatu, delinear comparações entre elas e traçar estratégias para maior efetividade na busca ativa da Doença Renal Crônica. Casuística e Métodos: Serão analisados dados colhidos em duas buscas ativas de DRC, uma no ambiente de transito de acompanhantes e pacientes de um Hospital Universitário – HU durante o Dia Mundial do Rim, com 103 participantes e outra em praça pública- PP, com 163 participantes. Em ambas realizamos testes de peso, altura, pressão arterial (PA) e hemoglicoteste. No HC dosamos também creatinina sérica. A análise caracterizou as amostras segundo idade, peso, sexo e IMC. Estabelecemos comparações entre prevalências de diabetes, hipertensão e proteinúria. Também analisamos os valores pressóricos e de glicemia no momento da campanha, independente do diagnóstico já estabelecido. A análise estatística foi realizada com o teste z de hipóteses, comparados os parâmetros HGT, PAS e PAD nas duas amostras. Resultados: Encontramos no HU 21,36% de diabéticos, 48,54% de hipertensos, 8% das amostras de urina com proteinúria. A média de PA foi de 137/83 mmHg e de IMC de 28,53. A TFG estimada foi menor que 90 ml/min/ em 26% dos avaliados. Na PP identificouse 11,98% de diabéticos, 41,92% de hipertensos e 8,33% das amostras com proteinúria. A média de PA foi de 130/84 mmHg e de IMC de 27,16. A análise estatística mostrou diferença significativa apenas para PAS (p=0,0149). Conclusões: O presente trabalho mostrou que o local onde a busca ativa da DRC é realizada não interfere nos achados, com semelhante prevalência dos fatores de risco. Os achados de proteinúria concordam com dados da literatura e representaram nas campanhas motivo isolado de encaminhamento para serviços de referência. O IMC observado em ambas as amostras revela o sobrepeso, que sinaliza para o risco de HAS e DM. Introdução: A Hipertensão arterial sistêmica (HAS) e o Diabetes Mellitus (DM) são os principais fatores de risco para a Insuficiência Renal Crônica. A análise dos níveis pressóricos (NP) e da glicemia capilar (GC) na população permite identificar essas patologias e também, avaliar a eficácia dos seus tratamentos. Objetivos: detectar pessoas com NP e GC elevados em uma população aleatória. Casuística e Métodos: Fez-se o recolhimento dos dados em 29 de agosto de 2010, durante evento de extensão universitária realizado em Maringá- PR, simultaneamente à maratona “Vanderlei Cordeiro de Lima- Pare de Fumar Correndo”. Foram avaliadas 155 pessoas, sendo que, em 13, aferiu-se somente os NP, enquanto em 3, aferiu-se apenas a CG. Previamente às aferições os participantes foram indagados sobre HAS e DM prévios. As aferições de NP respeitaram um período de repouso maior que 30 minutos e foram realizadas com o participante sentado. Foram realizadas 3 medidas, sendo calculada a média das mesmas. Considerou-se elevados NP maiores que 139x89 mmHg e GC acima de 200mg/dL. Os participantes foram divididos em: a) Participantes que já sabiam ter HAS/DM, sendo subdivididos conforme as medidas obtidas no evento em: 1 – Com NP/CG sob controle e 2 - Sem controle de NP/CG. b) Participantes que não referiram HAS/DM prévios, sendo subdivididos em: 1 – Sem alterações de NP/ CG e 2 – Com NP/CG elevados. Resultados: 22% dos participantes (35) se referiram como previamente hipertensos e, 4% (6), como diabéticos. 1,3 % dos participantes (2) declaram-se hipertensos e diabéticos. Em 17% dos participantes com HAS prévia (6), os NP encontraram-se elevados. Nos que não se definiram com HAS, nenhum apresentou NP elevados. Em 83% dos pacientes previamente diabéticos (5), a CG estava elevada. Nos que não se definiram com DM, 1,4% apresentaram GC elevada (2). Em pacientes com HAS e DM, 100% (2) apresentaram CG elevada com NP normais. Em todos os casos de NP e/ou CG elevados, os pacientes foram orientados a procurar atendimento médico para investigação diagnóstica ou adequação do tratamento. Conclusão: A prevalência de HAS na população avaliada foi de 22% destes 17% não controlavam adequadamente os NP. A prevalência de DM foi de 4% desses a maioria não tinham sua GP controlada. Considerações finais: A HAS e o DM são doenças silenciosas que necessitam de triagens populacionais para diagnóstico precoce e devem ser acompanhados pelos profissionais de saúde para que sejam tratadas adequadamente. Características clínico-laboratoriais dos pacientes atendidos pela Liga de Doença Renal Crônica (LDRC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Pinesi HT,Rodrigues KR,Sato VAH,Caires RA,Abensur H,Zatz R FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU,Hospital das Clínicas de Botucatu Palavras Chaves: DRC,Prevenção Presença das alterações no sedimento urinário e fatores de risco para doença renal crônica em jovens participantes da Campanha do Dia Mundial do Rim Rebuski FB1,Cumay A1, Morales AG1, Costa CC1,Gregory C1, Rocha E1,Brisola FB1, Reis FO1,Diotto F1, Falleiros L1, Oliveira MT1, Andrade R1, Hamamoto RHF1, SOEIRO EMD2, PEREIRA BJ2 Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) 1 - LIGA DE NEFROLOGIA DA UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO 2 - DISCIPLINA DO SISTEMA URINÁRIO DO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO Introdução: A LDRC da FMUSP tem funcionado desde 2004, atendendo pacientes com DRC em tratamento conservador. Com a recente adoção de um sistema de registro eletrônico, tornou-se possível o acesso a um banco de dados contendo informações clínicas e laboratoriais dos pacientes atendidos nesta instituição, permitindo a rápida análise da evolução desses indivíduos e a coleta de dados para pesquisas. Objetivo: Caracterizar transversalmente a população atendida pela LDRC e buscar variáveis que se associem à gravidade da DRC nesses pacientes. Métodos: Foram coletados dados clínicos e laboratoriais da consulta mais recente no período de abril de 2008 a dezembro de 2009. Foram considerados proteinúricos os pacientes com proteinúria > 0,5g/24h. Os resultados foram expressos como média±desvio padrão e analisados utilizando os testes t de Student e o de correlação de Pearson. Resultados: sexo masculino: 70,3%; idade: 68±13 anos; IMC: 27,2±5,1 kg/m2; circunferência abdominal: 97,5±13,9 cm; pressão arterial sistólica (PAS): 132±21 mmHg e pressão arterial diastólica (PAD): 71±14 mmHg; creatinina: 3,0±2,3 mg/dl; ureia: 95,1±48,7 mg/dl; potássio (K+): 4,7±0,6 mmol/L; cálcio iônico (Cai): 5,0±0,3mg/dL; fósforo (Pi): 4,0±1,1mg/dl; hemoglobina (Hb): 12,4±2,2 g/dl; Hb glicada: 6,4±1,3%; PTH: 208±275 pg/ml. A proteinúria foi de 0,8±1 g/24h. O RFGe foi de 32,2±17,1 mL/min/1,73m2 segundo a fórmula de Cockcroft-Gault e de 30,7±17,5 mL/min/1,73m2 segundo a do MDRD simplificada (p>0,10). Os pacientes proteinúricos apresentaram PAS, PAD, creatinina, Cai, Pi e PTH aumentados em relação aos não proteinúricos (p<0,05). A creatinina correlacionou-se positivamente com os níveis de PTH, Pi e proteinúria e negativamente com os de Hb, enquanto a proteinúria associou-se positivamente à Hb glicada (p<0,005). Conclusão: Os pacientes da LDRC encontraram-se em sua maioria no estádio 3 da DRC, com bom controle pressórico e metabólico no período analisado. Contudo, o PTH mostrou-se de difícil controle, especialmente nos pacientes proteinúricos, que também apresentaram um pior quadro clínico-laboratorial em relação aos não proteinúricos. Nessa população, as fórmulas de Cockcroft-Gault (corrigida pela superfície corpórea) e MDRD são equivalentes e as correlações observadas corroboram estudos nacionais e internacionais. Assim, a LDRC é um espaço apropriado para a assistência, o ensino e a pesquisa clínica relacionados à DRC não dialítica. Nas campanhas preventivas da doença renal crônica (DRC) deve haver atenção especial ao diagnóstico das suas principais causas: diabetes, hipertensão arterial e glomerulonefrites. As campanhas são realizadas na segunda quinta-feira de março (Dia Mundial do Rim). Objetivos: avaliar a presença de alterações do sedimento urinário entre jovens de uma universidade que participaram da Campanha do Dia Mundial do Rim e correlacionar as alterações urinárias com a presença das outras doenças sistêmicas e fatores predisponentes para DRC. Material e Métodos: Foi realizada a captação dos voluntários pelos alunos integrantes da Liga de Nefrologia da UNINOVE/SP, com coleta de dados pela ficha padrão sugerida pela SBN. Com termo de consentimento assinado, os voluntários eram encaminhados para medidas antropométricas, medidas da PA, glicemia capilar, coleta e análise da urina por alunos e professores dos cursos de nutrição, enfermagem e biomedicina. A avaliação dos resultados e orientação finalizada pelos alunos da medicina e médicos nefrologistas professores da Disciplina do Sistema Urinário. Após a análise dos resultados de todos os participantes, foram analisados aqueles com alterações no sedimento urinário (hematúria e/ou proteinúria), excluindo os casos com leucocitúria ou que relatavam quadros sugestivos de infecção urinária. Aqueles com essas alterações foram orientados a procurar um serviço de atendimento médico. Resultados: Dos 168 participantes da campanha, 20,2 % (n=34) apresentaram alterações no sedimento urinário. Estes participantes tinham idade de 32,3±11,3 anos, 53% mulheres e 47,0% homens. Das alterações urinárias: 94,1% com proteinúria (n=32), 26,4% hematúria (n=9) e 23,5% com ambas as alterações (n=8). Foram encontrados: 20,5% que referiam ter alguma doença renal diagnosticada (n=7); 15,1% hipertensos (n=5), sendo que somente 1 deles sabia desse diagnóstico; 6,0% pacientes com glicosúria concomitante (n=2), sendo que 1 deles já sabia que era diabético. Alguns fatores de risco: 8,8% fumantes, 47% sedentários; 52,9% com IMC>25; 26,4% com risco de complicação metabólica aumentada baseada na circunferência abdominal (n=9). Conclusões: os achados apontaram para uma importante presença de alterações do sedimento urinário numa população jovem e sem diagnóstico prévio de doença renal, hipertensão e diabetes, o que valida e reforça a importância da campanha ao contribuir para encaminhamento precoce do diagnóstico das doenças renais e seus fatores de risco. Palavras Chaves: doença renal crônica Palavras Chaves: PREVENÇÃO, DOENÇA RENAL CRÔNICA 39 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia RESUMOS - TEMAS LIVRES/APRESENTAÇÃO ORAL MULTIPROFISSIONAL ( I ENCONTRO MULTIPROFISSIONAL EM NEFROLOGIA) A vivência qualitativo de pacientes em hemodiálise: um estudo Centro de Terapia Renal Substitutiva - Acreditado Nível 2 Relato de Experiência do Hospital Estadual Bauru - SP Laudilene Cristina Rebello Marinho3, MARIA LÚCIA ARAÚJO SADALA2, GABRIELA AZEVEDO DE SOUZA BRUZOS1 ANIELA NASCIMENTO PIVOTTO,ELDA GARBO PINTO,MICHELY DAYANE CAMPOS BRITO,NATALIA CRISTINA FERREIRA,MIRELA MARIA ALLONSO,ARIANE CORTI,LUCIANA FASSONI RUFINO,CLAUDIA HELENA BONZATTO LUPPI,ELIANA ALVES DE LIMA 1 - RENALCARE SERVIÇOS MÉDICOS LTDA 2 - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”, FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU, UNESP 3 - UNIDADE DE DIÁLISE DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE BOTUCATU Introdução: No cuidado ao paciente em hemodiálise (HD) é essencial uma assistência individualizada, que promova a sua adesão efetiva ao tratamento. O enfermeiro, que tem presença constante junto ao paciente, é responsável por desenvolver atividades educativas, preparando-o para a aceitação e adaptação às normas restritivas e exigentes que a HD lhe impõe. Objetivo: Conhecer a vivência dos pacientes em hemodiálise, a fim de aprimorar os programas de assistência que lhes são oferecidos.Método: No presente estudo, utilizou-se a Fenomenologia Existencial de Merleau Ponty (1945), que busca a essência da experiência humana, partindo da percepção das pessoas que a vivenciam. Ao descreverem o fenômeno: “a experiência de realizar a hemodiálise”, cada participante o faz de acordo com a própria percepção do fenômeno, individual e única, peculiar ao seu modo de existir no mundo. Buscando as convergências, ou significados comuns atribuídos pelos participantes, o pesquisador alcança as verdades gerais que descrevem o fenômeno na perspectiva do paciente. O estudo foi desenvolvido na Unidade de Diálise de um hospital público no interior de São Paulo. Foram entrevistados 16 pacientes com, pelo menos, 6 meses em HD. As entrevistas foram orientadas pela questão: “Como tem sido a sua experiência de ser submetido ao tratamento de hemodiálise?”. Resultados: Nos depoimentos, os pacientes relatam suas dificuldades, angústias e as barreiras trazidas pelo tratamento. Eles descrevem a imposição de uma alimentação especial, a restrição de água, o horário fixo para realizar o tratamento, a dor dos procedimentos invasivos e limitações à sua vida pessoal e social. Alguns conseguem contornar a situação e viver uma vida relativamente normal. Outros, porém, não conseguem se adequar às inúmeras dificuldades, sofrendo a cada dia com o tratamento. Todos possuem a consciência de que não podem deixar de fazer o tratamento, é o único modo de sobreviver. Um dado essencial que emergiu do estudo refere-se à necessidade de estimular a autonomia do paciente, ajudando-o a se perceber como responsável pelo próprio cuidado. Conclusões. Os dados obtidos revelam que é crucial um plano de cuidado individualizado para cada paciente em hemodiálise, confirmando a importância da comunicação e do relacionamento profissional nesse cuidado; apontando para a necessidade de preparo do enfermeiro e de toda equipe, buscando um atendimento integral. Hospital Estadual Bauru Introdução:O HEB atende usuários exclusivamente do Sistema Único de Saúde provenientes da região de cobertura da DRS6. O Centro de Terapia Renal Substitutiva, recebe pacientes com diagnóstico de Doença Renal (aguda ou crônica), submetidos à Hemodiálise ou Diálise Peritoneal. Atualmente conta com 158 pacientes em hemodiálise e 26 em diálise peritoneal. A certificação da Acreditação é fruto da dedicação de cada individuo envolvido no processo, pois nos dá a possibilidade de diagnóstico do desempenho de todos as atividades executadas no hospital, centrando no paciente, porém sem deixar de lado os profissionais e o próprio ambiente, com a finalidade implementar uma rede de serviços estruturada, capacitada e produtiva, reduzindo gasto e eliminando os desperdícios. Objetivo: descrever o processo de Acreditação do CTRS nível 2. Casuística e Método: trata-se de um relato de experiência baseada na Acreditação Hospitalar e Manual de Acreditação ONA (NR MA 2/12). Resultados: na qualidade de Setor Acreditado Nível 2 e de acordo com o manual supra citado, foi instituído para o setor: 1. Interações clientes (ambulatório, unidades de internação, UTI e emergência) e fornecedores (farmácia, higiene, lavanderia, CDI, Hemodinâmica, engenharia clínica, nutrição, laboratório, hemoterapia etc. 2. Mapeamento de Risco: pesagem incorreta, troca de circuito, hematoma em FAV, perda acidental CVC, programação incorreta, infecção e falta de água; 3. Plano de Ação (baseado nas oportunidades de melhoria detectadas pela ONA): definir metodologia para acompanhamento das taxas de infecção; implantação de plano seguro de medicação; reforçar ações de gerenciamento de risco; reforçar plano de ação frente ao controle de água. 4. Indicadores de Qualidade: Análise Diária de Água; Índice de Sessões Realizadas; Índice de Kt/v acima de 1.2; Índice de Hematomas em Portadores de FAV. 5. Lista de Verificação, em resposta à Auditoria Interna, para avaliação do setor no que tange à Organização do Ambiente, Estrutura Física, Segurança Ocupacional, Controle de Estoque, Documentação da Qualidade, Gestão de Pessoas, Expurgo, DML, Resíduos, Equipamentos, Gestão por Processos, Indicadores, Cadastro e Prontuário e Processos. A Estrutura e o Fluxo do Processo encontram-se em elaboração.Conclusões: Trabalhar a gestão de forma a otimizar os resultados é, fator crítico para a sobrevivência e crescimento das organizações, assim sendo, investir na Qualidade e no seu reconhecimento é imprescindível Palavras Chaves: ACREDITAÇÃO HOSPITALAR, HEMODIALISE Palavras Chaves: Hemodiálise, Enfermagem Avaliação e manejo da oclusão trombótica dos cateteres de longa permanência em pacientes de hemodiálise MARCELA LARA MENDES AMARAL, Edwa Maria Bucuvic, João Henrique de Castro, Daniela Ponce Hospital das Clínicas de Botucatu ESTUDO COMPARATIVO DOS NÍVEIS DE STRESS ENTRE PACIENTES RENAIS CRÔNICOS SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE E OUTRAS TRÊS POPULAÇÕES Paulo S. Luconi1,Claudio S. Melaragno1, Christiane H. Karam1, Paula Freire1, CLAUDIA MARINI LEONARDI1, Fernando Almeida2 1 - CLINICA PAULISTA DE NEFROLOGIA, DIÁILISE E TRANSPLANTE 2 - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO Introdução: A trombose do cateter tuneilizado em pacientes em hemodiálise é complicação mecânica comum e pode ocasionar inadequação da dose dialítica e mudanças freqüentes dos locais de cateter, que por sua vez levam à eliminação de sítios vasculares. Objetivo: Avaliar a incidência da obstrução trombótica dos cateteres de longa permanência (CVC p) nos pacientes em hemodiálise, avaliar a eficácia do tratamento da oclusão com o uso da alteplase e padronizar a utilização, a criopreservação e armazenamento deste trombolítico. Métodos: Estudo tipo de coorte prospectivo que avaliou pacientes em hemodiálise e com CVC p como acesso dialítico acompanhados no HC-FMB durante 13 meses consecutivos, de março 2010 a abril 2011. A oclusão do cateter foi definida como a incapacidade ou a dificuldade de infundir ou retirar o líquido das suas vias. Assim que diagnosticada a oclusão, a dose de alteplase foi infudida conforme o volume real da luz de cada cateter, com tempo de permanência de 50 minutos. Após o tempo determinado, se não houve a desobstrução do cateter foi realizada a repetição do procedimento. Para que não houvesse ônus financeiro para a instituição, a criopreservação da alteplase foi realizada, sendo o frasco de 50mg de alteplase diluído em 50ml de água estéril e posteriormente dividido em 12 seringas com doses individuais contendo 5ml e armazenadas a -20°C por no máximo 30 dias. Resultados: Foram avaliados e seguidos 152 CVC p em 102 pacientes nesse período, totalizando 8007 CVC p /dia. Foram diagnosticados 179 episódios oclusão (22,3 episódios por 1000 cateteres dia), nos quais foram utilizados alteplase, com sucesso primário em 147 episódios (82,12%) e secundário em 27 casos (15,08%). Em 5 episódios (2,80%) não foi obtido sucesso após a segunda dose de alteplase. Em média foi consumido 1 ampola/mês de alteplase, totalizando R$ 1375,00. Conclusão: Esses dados mostram que a oclusão trombótica de CVC p é freqüente e o sucesso com o uso da alteplase ocorre em mais de 97% dos casos. A criopreservação da alteplase torna a sua utilização financeiramente viável, não acarretando reação adversa. Introdução: O diagnóstico de uma doença crônica traz ao paciente, sintomas psicológicos importantes, entre estes, stress. Objetivos: Comparar os níveis de stress nos pacientes submetidos à hemodiálise (DRC) em uma unidade intra-hospitalar de tratamento dialítico, com outros três grupos distintos: pacientes urológicos com disfunção miccional (URO), cuidadores familiares de pacientes renais crônicos (CUID) e sujeitos sem patologia (NORM). Casuística e Método: Aplicação do Inventário de Levantamento de Sintomas de Stress LIPP (ISSL), para caracterização dos sintomas. Este inventário apresenta três modalidades de respostas: Não stress, sintomas de stress (Alerta, Resistência, Quase Exaustão e Exausta), características dos sintomas de stress (Psíquicos, Físicos, ou Ambos). Para a avaliação da fase do stress (alerta, resistência, exaustão, quase exaustão), bem como dos sintomas (físicos, psíquicos, ambos), foram considerados apenas os pacientes que apresentaram stress. Resultados: Foram avaliados 280 sujeitos. 80 pacientes com DRC, 100 pacientes da URO, 50 CUID e 50 NORM. Dos 80 pacientes com DRC, 47 pacientes (58,8%) do sexo feminino, idade média de 53,6 anos, com desvio padrão de ±16,1, 49 (61,3%) são casados, 36 (45,0%) cursaram o ensino fundamental. Dos 80 pacientes renais crônicos avaliados, 32 (38,6%) pacientes apresentaram sintomas de stress; 24 (75,0%) dos pacientes DRC que apresentaram sintomas de stress encontravam-se na Fase de Resistência; 22 (68,7%) dos pacientes DRC apresentaram sintomas psíquicos. A comparação dos níveis de stress, através do Inventário ISSL, identificou 32 (38,6%) pacientes no grupo DRC, 73 (74,5%) pacientes do grupo URO, 12 (25,5%) do grupo CUID e 18 (36,0%) do grupo NORM, com diferença estatística significante entre os grupos, p<0,001. Conclusão: A literatura confirma nossos resultados, os pacientes com sintomas de stress apresentam predominância na fase de resistência de stress. Avaliação dos pacientes DRC, através da aplicação do Inventário ISSL é realizada anualmente e tem como objetivo a monitoração dos sintomas e melhor acompanhamento dos mesmos pelo serviço de psicologia. Palavras Chaves: cateter, obstrução Palavras Chaves: Stress 40 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia ESTUDO COMPARATIVO DOS SINTOMAS DE ANSIEDADE E DEPRESSÃO ENTRE PACIENTES RENAIS CRÔNICOS SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE E OUTRAS TRÊS POPULAÇÕES Impacto de um programa de fisioterapia na capacidade funcional e na qualidade de vida de pacientes renais crônicos submetidos a terapia substitiva. Fernando Almeida2, Paulo S. Luconi1, Claudio S. Melaragno1, Christiane H. Karam1, Paula Freire1, CLAUDIA MARINI LEONARDI1 Venceslau, A V C,Santos, A M,Boulitreau, K,Henriques, M 1 - CLINICA PAULISTA DE NEFROLOGIA, DIÁILISE E TRANSPLANTE 2 - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO Introdução: O diagnóstico de uma doença crônica traz ao paciente, sintomas psicológicos importantes, entre estes, ansiedade e depressão Objetivos: Comparar os índices de ansiedade e depressão nos pacientes submetidos à hemodiálise (DRC) em uma unidade intra-hospitalar de tratamento dialítico, com outros três grupos distintos: pacientes urológicos com disfunção miccional (URO), cuidadores familiares de pacientes renais crônicos (CUID) e sujeitos sem patologia (NORM). Casuística e Métodos: Aplicação da Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS) para caracterização dos sintomas. As pontuações obtidas são categorizadas em grupos: ANSIEDADE, DEPRESSÃO e AMBOS (ANSIEDADE E DEPRESSÃO). Resultados: Foram avaliados 280 sujeitos. 80 pacientes com DRC, 100 pacientes da URO, 50 CUID e 50 NORM. Dos 80 pacientes com DRC, 47 pacientes (58,8%) do sexo feminino, idade média de 53,6 anos, com desvio padrão de ±16,1, 49 (61,3%) são casados, 36 (45,0%) cursaram o ensino fundamental. Com relação à Escala HADS, 12 (14,5%) pacientes apresentaram índice para ansiedade, 19 pacientes (22,9%) para depressão e 7 pacientes (8,4%) para ambos. A avaliação através da Escala HADS indicou que 12 (14,5%) pacientes do grupo DRC, comparado com 44 (44,9%) pacientes do grupo URO, 24 (51,1%) do grupo CUID e 21 (42,0%) do grupo NORM apresentavam ansiedade. A comparação entre os grupos foi estatisticamente significante (p<0,001) mostrando principalmente que a prevalência da ansiedade foi menor no grupo DRC do que nos grupos URO, CUID e NORM. Com relação à depressão, não foi observado diferença estatística significante entre os grupos (p=0,300), sendo 19 (22,9%) no grupo DRC, 30 (30,6%) dos pacientes no grupo URO, e 14 (29,8%) no grupo CUID e 7 (14,0%) do NORM.Contabilizando-se apenas os pacientes com ambas (ansiedade e depressão), foi verificado diferença significante entre os grupos (p=0,038), sendo a maior prevalência observada no grupo URO 22 (22,5%), seguido de 10 (21,3%), do grupo CUID seguido de 6 (12,0%) grupo NORM e por último 7 (8,4%) do grupo DRC. Conclusão: Não encontramos na literatura nenhum trabalho com estes grupos, utilizando esta escala. Avaliação dos pacientes DRC através da Escala HADS é realizada anualmente e tem como objetivo a monitoração dos sintomas e melhor acompanhamento dos mesmos pelo serviço de psicologia. Palavras Chaves: Ansiedade, Depressão UNINEFRON Introdução: A doença renal crônica (DRC) é considerada um sério problema mundial de saúde pública. No mundo cerca de 1,2 milhões de pessoas encontram-se sob tratamento dialítico. O paciente com DRC apresenta baixa tolerância ao exercício e como conseqüência apresenta limitações na capacidade funcional porduzindo efeitos negativos na sua qualidade de vida. Objetivos: Avaliar o impacto de um programa de fisioterapia aplicado durante as sessões de hemodiálise na capacidade funcional e na qualidade de vida desses pacientes. Metodologia: Foram estudados 21 pacientes de ambos os sexos com idade de 26 e 87 anos, em programa de hemodiálise na UNINEFRON - PE. Os pacientes foram previamente avaliados pela psicologia e pela fisioterapia sobre aspectos psicossociais e físicos, respectivamente. A avaliação física foi fundamentada na mensuração dos sinais vitais, saturação de oxigênio periférica e tolerância ao esforço. Dados subjetivos foram colhidos através de um questionário que contemplou aspectos relacionados à dor, limitação funcional, expectativas e qualidade de vida. O aspecto qualidade de vida foi avaliado objetivamente pela psicologia no início e no final do programa usando o instrumento genérico SF-36 QVRS. Após a avaliação foi iniciado um programa de atividade física com exercícios aeróbicos, ativos livres e ativos resistidos, durante 52 semanas, realizados 02 vezes por semana por aproximadamente 40 minutos, sempre nas duas horas iniciais das sessões de hemodiálise. Ao final de 12 meses de programa os pacientes foram reavaliados e seus resultados comparados entre si. Resultado: Os valores obtidos evidenciam comprometimento nas diferentes dimensões analisadas pelo SF-36 quando comparadas as médias de populações sadias. Entretanto houve melhora em todos os domínios avaliados quando comparados entre si. Os domínios da componente aspecto físico (capacidade funcional, dor e limitação física) foram os responsáveis pelas maiores variações. Conclusão: É notório que o programa de fisioterapia estabeleceu um diferencial na qualidade de vida dos pacientes. O SF-36 permitiu avaliar de maneira genérica uma grande variação individual nas diferentes dimensões. A fisioterapia intradialítica trata-se de um recurso coadjuvante na criação de um novo horizonte para o doente renal crônico, porém as pesquisas nesta área ainda encontram se em fase primária fazendo-se necessário ampliar o empenho em novos estudos. Palavras Chaves: Fisioterapia, Hemodiálise 41 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia RESUMOS - TEMAS LIVRES/APRESENTAÇÃO ORAL NEFROLOGIA CLÍNICA A Suplementação de Bicarbonato de sódio diminui a concentração de LDL eletronegativa de pacientes renais crônicos em tratamento conservador. FELIPE RIZZETTO SANTOS1, DENISE MAFRA2, DULCINÉIA SAES PARRA3, DEISE DE BONI DE CARVALHO4, MAURILO LEITE JUNIOR1 1 - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 2 - UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE 3 - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO 4 - HOSPITAL GERAL DE BONSUCESSO Pacientes com insuficiência renal crônica (IRC) apresentam acidose com uma série de conseqüências metabólicas incluindo desnutrição. Esta está associada ao estado inflamatório sistêmico. Além disso, a suplementação oral de bicarbonato de sódio (Na HCO3) em pacientes com IRC exerce efeitos benéficos sobre o estado nutricional e diminui a progressão da doença renal. Estudo recente de nosso grupo mostrou que pacientes portadores de IRC estágios 3 e 4 apresentam níveis séricos aumentados de LDL eletronegativa (LDL(-)), uma LDL minimamente modificada, com efeito pró-inflamatório e associada a doença aterosclerótica. Este estudo teve como objetivo a investigação do efeito da suplementação oral de bicarbonato em pacientes com IRC em tratamento conservador, sobre os níveis séricos de LDL(-). Pacientes e métodos: Vinte pacientes portadores de IRC em tratamento conservador (clearance de creatinina [ClCr]: 15-30 ml/min/1,73 m2) e acidóticos (HCO3- entre16 e 20 mEq/L), do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), Rio de Janeiro, foram selecionados. Durante um período de 5 meses, os pacientes foram acompanhados (média de 46,1 ± 11 anos; 10 homens). Desse grupo, 9 pacientes foram submetidos à suplementação com bicarbonato de sódio oral e 11 com placebo (amido de milho). A suplementação oral com bicarbonato de sódio ocorreu na dose de 1 mEq/kg. Foram colhidas amostras de sangue para dosagem pré e pós de LDL(-), perfil lipídico e parâmetros bioquímicos. Resultados: O colesterol total acima de 200 mg / dL foi observado em 7 (35%). Houve um aumento do colesterol LDL (³ 130 mg / dL) em 8 (40%). A Hipertrigliceridemia (³ 150mg/dL) esteve presente em 5 pacientes (25%). No ponto zero da suplementação, não havia diferença significativa na concentração de LDL(-) entre o grupo que foi suplementado e o grupo placebo.(0,40ud/L ± 0,16 vs 0,36 ud/L ±0,13). Após 5 meses de suplementação, observamos uma diminuição na concentração sérica de LDL(-) no grupo que foi suplementado com bicarbonato de sódio,(0,27 ud/L ±0,15), o que não foi observado no grupo placebo. Conclusão: A suplementação oral de bicarbonato de sódio promoveu diminuição da LDL(-) em pacientes renais em tratamento conservador. Estes dados sugerem que a correção da acidose metabólica crônica nestes pacientes pode prevenir a modificação do LDL no sentido da sua transformação em LDL(-), como uma evidência de seu efeito benéfico sobre a aterogênese do paciente renal em tratamento conservador. Palavras Chaves: LDL ELETRONEGATIVA, BICARBONATO DE SÓDIO Avaliação dos fatores de risco para litíase renal no pósoperatório tardio de cirurgia bariátrica. LEILA FROEDER,ALESSANDRA CALÁBRIA BAXMANN,ITA PEFEFERMAN HEILBERG UNIFESP Introdução:Tem sido sugerido que a cirurgia bariátrica pode predispor à maior ocorrência de litíase renal, possivelmente devido à reduzida ingestão hídrica e anormalidades urinárias tais como hiperoxalúria e hipocitratúria. Objetivos:Avaliar o padrão nutricional e os distúrbios metabólicos relacionados à litíase renal no pós-operatório tardio (>6 meses) de cirurgia bariátrica (CB). A absorção de oxalato dietético e sua excreção urinária também foram avaliadas. Métodos:Foram investigados 60 pacientes submetidos à gastroplastia em Y-de-Roux (51F/9M; 47±10 anos) em comparação com 30 obesos mórbidos (OM) e 68 litíasicos (LIT), através de inquérito alimentar e dosagens urinárias (amostras de 24 horas) de cálcio, oxalato, ácido úrico, magnésio, citrato, sódio, uréia, creatinina e pH. Em 20 CB e 21 OM, foi realizado teste de sobrecarga oral de oxalato (TOx) com coletas de urina isolada basal, 2, 4 e 6 horas após ingestão de 375mg de oxalato. Um subgrupo adicional de 8 pacientes também submeteu-se ao TOx antes (CB-pré) e após 6 meses da cirurgia bariátrica (CB-pós). A excreção cumulativa de oxalato durante o teste foi calculada através da área sobre a curva (AUC). Resultados:O consumo de energia, carboidratos e proteínas foi significantemente menor entre os CB vs OM e LIT. A média de ingestão de oxalato dos bariátricos também foi menor vs OM (135±85 vs 170±91 mg/dia; p<0,05). A % de pacientes com diurese reduzida (<1,5L/dia) foi maior nos CB vs OM e LIT (82 vs 37 vs 38%; P<0,05). A % de hipocitratúria também foi elevada nos CB (33%), embora significantemente menor se comparada aos LIT (51%). Os demais distúrbios metabólicos não diferiram entre os grupos. A prevalência de hiperoxalúria, apesar de não ter atingido significância estatística, foi maior entre os CB vs OM e LIT (18vs13vs12%). Comparando-se com o período basal, a excreção urinária de oxalato (corrigida pela creatinina) durante todos os períodos pós sobrecarga de oxalato foi significantemente maior nos CB vs OM e nos CB-pós vs CB-pré. A AUC também foi maior nos CB vs OM (0,20±0,05 vs 0,13±0,04; p<0,001) e nos CB-pós vs CB-pré (0,18±0,05 vs 0,14±0,04; p<0,001). Conclusão:Os bariátricos apresentaram um reduzido volume urinário, hipocitratúria e hiperoxalúria como fatores de risco para nefrolitíase. A resposta à sobrecarga de oxalato dietético sugere a presença de hiperabsorção intestinal de oxalato, sendo este mecanismo, pelo menos em parte, responsável pela hiperoxalúria nesta população. Palavras Chaves: CIRURGIA BARIÁTRICA, CÁLCULO RENAL 42 Estimativa da taxa de filtração glomerular na população brasileira: correção para raça é necessária? JULIANA A. ZANOCCO, SONIA K. NISHIDA, AMÉLIA RODRIGUES PEREIRA, MICHELLE TIVERON, MARCELO S. SILVA, APARECIDO B. PEREIRA, GIANNA MASTROIANNI KIRSZTAJN Setor de Glomerulopatias, UNIFESP Introdução: A avaliação da taxa de filtração glomerular (TFG) é considerada como o melhor marcador de função renal em indivíduos saudáveis ou doentes. Entretanto os métodos mais precisos para tal fim são pouco aplicáveis na prática clínica, por serem de alto custo, execução trabalhosa e demorada e, freqüentemente, envolverem o uso de marcadores radioativos. Objetivo: Determinar a melhor fórmula para a estimativa da TFG na população brasileira, considerando suas peculiaridades étnicas, utilizando como padrão-ouro a depuração de iohexol. Métodos: Avaliamos 244 indivíduos brasileiros normais e portadores de doença renal crônica (DRC) estágios 1-5, de etnias diversas (definidas pelo próprio indivíduo), utilizando a depuração de iohexol (medida por eletroforese capilar) como padrão-ouro, comparada com creatinina sérica (e sua depuração) e fórmulas para estimativa da TFG. Resultados: Coeficientes de correlação intraclasse entre a depuração de iohexol e as fórmulas de Cockcroft-Gault, MDRD com e sem correção para etnia, CKD-EPI (com e sem correção para etnia) e Mayo Clinic foram respectivamente: 0,730; 0,848 e 0,817; 0,869 e 0,845; 0,804 (p<0,001), observandose maior concordância (análise de concordância entre métodos de Bland-Altman) com a fórmula do CKD-EPI. Conclusões: Constatamos que, na amostra populacional estudada, a qual incluiu todas as faixas de filtração glomerular, as diferentes equações para estimativa da TFG apresentaram forte correlação com a depuração de iohexol, tendo a fórmula do CKD-EPI o melhor desempenho. Na nossa população, a correção das fórmulas do MDRD e CKD-EPI para etnia que poderia resultar em maior precisão do resultado, não se mostrou necessária, o que simplifica o uso de tais equações.na prática clínica. Palavras Chaves: taxa de filtração glomerular,doença renal crônica Fatores predisponentes para trombose venosa profunda em crianças e adolescentes com síndrome nefrótica Belangero VMS, Candelaria GTP Hospital de Clínicas, Universidade Estadual de Campinas, São Paulo Introdução: A Síndrome Nefrótica (SN) está associada a um estado de hipercoagulabilidade. Esse estado é multifatorial e depende não apenas de modificações nos fatores pró e anticoagulantes, mas também de características hemodinâmicas favoráveis ao desenvolvimento da trombose, como a tendência à hipovolemia e hemoconcentração. Objetivos: Determinar os fatores predisponentes para a ocorrência de trombose venosa profunda (TVP) em crianças e adolescentes com SN. Casuística e Métodos: Foi realizado um estudo retrospectivo de casos, selecionando todos os prontuários de crianças e adolescentes em acompanhamento ambulatorial no Hospital de Clínicas da UNICAMP, com diagnóstico de SN. “Com TVP” corresponde à pacientes com SN descompensada que apresentaram diagnóstico de TVP. “Sem TVP” corresponde aos mesmos pacientes, com SN descompensada, num período seis meses a um ano e seis meses anterior à ocorrência do episódio de TVP, porém sem a ocorrência de TVP. As variáveis de predição analisadas foram: nível hemoglobina – hematócrito; dose de prednisona; nível de lipídios; valor plaquetário; albuminemia; creatinina sérica; infecção ou evento sistêmico grave; uso de outro imunossupressor; antecedente de desidratação; uso de diuréticos; uso de ácido acetilsalicílico e antecedente de trauma. Resultados: A razão de chances para a ocorrência de TVP em pacientes com nível de triglicérides maior ou igual a 300mg/dL foi de 3,14 (IC95% 1,14 a 8,64). Para nível de hematócrito maior ou igual a 43% e presença de infecção ou evento sistêmico grave, a razão de chances foi de 4,37 (IC95% 1,23 a 15,53). Conclusões: O encontro de fatores significativos de risco à trombose venosa em crianças com SN é relevante como alerta para a suspeita da trombose venosa. Palavras Chaves: síndrome nefrótica,trombose venosa Importância do tratamento clínico associado à orientação nutricional na prevenção da recorrência da litíase urinária CARMEN REGINA PETEAN RUIZ AMARO, Patrícia Capuzzo Garcia Damasio, Thaísa de Assis, Mariana Ribeiro do Valle Nogueira, NATáLIA BARALDI CUNHA, Laís Baltieri Momesso, João Luiz Amaro Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu/UNESP Introdução e Objetivo: A urolitíase é uma doença que afeta pacientes em sua fase produtiva e apresenta recorrência de aproximadamente 50% dos casos em 5 a 10 anos após o primeiro episódio de cólica renal. Vários são os fatores que influenciam na sua formação, dentre eles a alimentação desempenha um papel importante, visto que pode ser modificada a para prevenção da recorrência de cálculo em longo prazo. Este estudo tem o objetivo de avaliar a influência da orientação dietética e do tratamento farmacológico na recorrência da urolitíase. Pacientes e Métodos: 57 pacientes portadores de litíase recorrente foram acompanhados em um protocolo de investigação metabólica durante pelo menos 5 anos no Ambulatório de Metabolismo em Litíase Urinária - UNESP. Este protocolo consistiu em coletas não consecutivas de 2 amostras de urina de 24h para realizar as dosagens de Ca, Na, Ácido úrico, Citrato, Oxalato, Mg e volume urinário. Os diagnósticos de urolitíase foram realizados por meio de exames de imagem. A reincidência de litíase foi investigada pelo histórico clínico de Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia excreção de cálculos, bem como pela avaliação de imagem realizada antes da 1ª consulta e durante o período de acompanhamento, considerando recorrência o aparecimento de novo cálculo ou um aumento superior a 50% do diâmetro do preexistente. O tratamento dietético individualizado consistia em: orientação sobre a necessidade de ingestão de líquidos (suficiente para formar volume urinário ≥ 2 l/dia), ingestão de sal (<5 g/dia) e de proteínas (0,8-1g/kg peso corporal /dia) e a importância da ingestão adequada de cálcio (800-1000mg/ dia). Os pacientes receberam tratamento farmacológico específico de acordo com a alteração metabólica apresentada. Resultados: 70% dos pacientes apresentaram volume urinário em 24 h entre 1000-2000 ml, e somente em 23% maior que 2000 ml. Não houve diferença no volume urinário médio no pré e após tratamento. A excreção urinária de cálcio e ácido úrico diminuíram significativamente após os 5 anos de seguimento. O nº de cálculos formados no seguimento de 5 anos diminuiu significativamente em relação ao pré tratamento (1,05 ± 1,33 vs. 0,19 ±0,28 cálculos/ano, p< 0,001). Conclusão: Ações preventivas e terapêuticas específicas (orientação dietética individualizada e tratamento farmacológico) devem ser adotadas de acordo com os distúrbios metabólicos identificados em pacientes litiásicos, vistos que são capazes de prevenir e reduzir a recorrência da à longo prazo. Palavras Chaves: recorrência,litíase urinária Outras nefropatias no paciente negligênciando esse diagnóstico? diabético: estamos Fabiano Freire de Oliveira Macedo, Bárbara Souza Luz Pinheiro, Sara Gondim de Souza de Toledo, Carlos Eiji Koga, MARCELLO FABIANO DE FRANCO, Carlos Alberto Balda Universidade Federal de São Paulo,Universidade Federal de São Paulo Introdução: O diabetes melitus (DM) é uma doença de grande prevalência, com cerca de 120 milhões de indivíduos acometidos em todo o mundo. A doença renal nesses indivíduos pode ser bastante heterogênea, variando entre a clássica nefropatia diabética(ND) ou outra nefropatia não relacionada ao diabetes(NNRD). Essa diferença, no entanto, não tem sido facilmente estabelecida pelos parâmetros clínicos tradicionalmente usados, como presença de retinopatia diabética(RD) e tempo de doença.Objetivo: Correlacionar os achados clínicos que sugerem a presença de NNRD, nos pacientes diabéticos, com os achados histopatológicos Métodos: Dos pacientes submetidos à biópsia renal no período entre janeiro de 2008 e março de 2011 nesse serviço, foram selecionados 26 casos de biópsia em pacientes diabéticos com suspeita clínica de NNRD. Todas as lâminas foram avaliadas pelo mesmo patologista. Os dados foram analisados retrospectivamente e, conforme os achados histopatológicos, os casos foram divididos em Grupo I, ND isolada e Grupo II, NNRD com ou sem ND concomitante. A relação entre os achados clínicos e histológicos de cada grupo foi estatisticamente avaliada pelos métodos de t-student e Qui-quadrado de Pearson. Resultados: Dentre os pacientes, dezessete (65,6%) eram do sexo feminino. A idade média foi de 50 anos. A duração média do DM foi de 10 anos, sendo que 14 (58,3%) tinham mais de dez anos de doença. Vinte casos (75%) apresentavam FO sem retinopatia diabética e catorze (63%), proteinúria nefrótica. No grupo II foram incluídos catorze pacientes (63%) e no Grupo I, 12 ( 37%). Nefrite lúpica e Glomerulonefrite membranosa foram os principais achados no Grupo II, com 3 casos cada um. É importante dizer que ambos os grupos apresentaram perfis estatisticamente iguais quanto à idade, MDRD, creatinina, proteinúria de 24 horas, gênero, hipertensão arterial sistêmica e hematúria . O tempo médio dos indivíduos com nefropatia diabética foi estatisticamente maior (15,67 anos) que o tempo médio dos indivíduos com outra nefropatia (5,08 anos) (p<0,001).Conclusão: A prevalência de NNRD, isolada ou superimposta à ND, não é desprezível, no entanto, ainda nos faltam dados clínicos específicos para predizer esse achado. No presente estudo foi possível detectar relação significante entre tempo maior de diabetes e presença de ND. A presença de retinopatia diabética mostrou tendência à identificar pacientes com ND (grupo I). Palavras Chaves: nefropatia diabética,biópsia renal 43 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia RESUMOS - TEMAS LIVRES/APRESENTAÇÃO ORAL NUTRIÇÃO (I FORUM NACIONAL DE NUTRIÇÃO EM NEFROLOGIA) Associação do Escore de Desnutrição e Inflamação com a força de preensão manual em pacientes com doença renal crônica na fase não-dialítica FERNANDA CASSULLO AMPARO1, Antonio Carlos Cordeiro2, Juan Jesús Carrero3, Lilian Cuppari4, Bengt Lindholm3, Celso Amodeo5, Amanda Guerra de Moraes Rego Sousa3, Maria Ayako Kamimura4 1 - INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA; PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO, SÃO PAULO 2 - INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA; BAXTER NOVUM AND RENAL MEDICINE, KAROLINSKA INSTITUTE, ESTOCOLMO, SUÉCIA 3 - BAXTER NOVUM AND RENAL MEDICINE, KAROLINSKA INSTITUTE, ESTOCOLMO, SUÉCIA 4 - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO, SÃO PAULO INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA Introdução: A força de preensão manual é um marcador de função muscular que tem sido associado com morbidade e mortalidade nos pacientes com doença renal crônica (DRC). A desnutrição energético-protéica e a inflamação são condições altamente prevalentes na população com DRC e que afetam a função muscular. O objetivo deste trabalho foi investigar se o Escore de Desnutrição e Inflamação (Malnutrition-Inflammation Score - MIS) desenvolvido para pacientes em diálise é capaz de predizer a força de preensão manual nos pacientes com DRC na fase não dialítica. Métodos: Neste estudo de corte transversal foram avaliados 166 pacientes nos estágios 2 a 5 [59 (51-67) anos, 63% homens]. O MIS, que inclui os componentes da avaliação global subjetiva do estado nutricional, o índice de massa corporal, a albumina sérica e a transferrina sérica, foi utilizado desconsiderando-se o tempo em diálise. A força de preensão manual foi avaliada utilizando-se o dinamômetro na mão dominante. A bioimpedância elétrica e os exames laboratoriais foram realizados. Resultados: A força de preensão manual correlacionou-se positivamente com o índice de massa magra (r=0,40; P<0,01), a massa celular corporal (r=0,63; P<0,01) e o clearance de creatinina (r=0,42; P<0,01) e negativamente com a idade (r=-0,18; P=0,02) e o MIS (r=-0,42; P<0,01). Os pacientes foram divididos em dois grupos conforme a mediana da força de preensão manual de acordo com o sexo. O grupo com menor força de preensão manual (25,7±7,3kg; n=80) apresentava idade mais avançada [63 (55-69) vs 57 (50-64) anos; P<0,01], menor índice de massa magra (19,8±3,3 vs 21±3,3kg/m2; P=0,02), menor massa celular corporal (23,5±6,4 vs 28,1±6,3kg; P<0,01), menor clearance de creatinina [15,3 (10,3-25,6) vs 24,4 (12,1-36,4) ml/min/1.73m2; P <0,01] e maior MIS [8 (5-10) vs 5 (3-7); P<0,01] em relação ao grupo com maior força de preensão manual (41,7±10,1kg; n=86). A associação do MIS com a força de preensão manual foi observada na análise de regressão linear tanto univariada [b=-1,36 (IC 95% -1,82 a -0,90); P<0,01; R2=0,17], como multivariada ajustando para idade, sexo, diabetes, clearance de creatinina, massa celular corporal e proteína-C reativa [b=-0,55 (IC 95%: -0,99 a -0,11); P=0,02; R2=0,53]. Conclusões: O MIS esteve associado com a força de preensão manual nos pacientes do presente estudo, sugerindo que este instrumento pode ser utilizado para predizer a função muscular nos pacientes com DRC na fase não dialítica. Palavras Chaves: Força de Preensão Manual,Escore de Desnutrição e Inflamação Comparação do gasto energético de repouso obtido pela calorimetria indireta com equações de predição em idosos com doença renal crônica em hemodiálise. Carla Maria Avesani, Fernanda Guedes BIGOGNO, Renata Lemos Fetter, Fernando Lamarca Pardo, JULIANA CORDEIRO DIAS RODRIGUES Universidade do Estado do Rio de Janeiro A calorimetria indireta (CI) é um método acurado para avaliar o gasto energético de repouso (GER). Alguns fatores como a necessidade de jejum, repouso, de profissional treinado, além do custo elevado do equipamento limitam a utilização deste método. Na prática clínica as equações de Harris & Benedict (HB), Schofield e FAO/OMS/UNU/ 2001 (FAO 2001) são as mais utilizadas para estimar o GER de indivíduos saudáveis ou enfermos. Kamimura et al (2011) mostraram que as equações de HB e Schofield superestimam o GER avaliado por CI em pacientes com doença renal crônica (DRC). Contudo, o seu desempenho em pacientes idosos com DRC em hemodiálise (HD) ainda não foi avaliado. Objetivo: Avaliar a concordância entre a CI e as equações HB, Schofield e FAO 2001 em pacientes idosos em HD. Foram avaliados 19 pacientes idosos com idade ³ 60 anos (12 Masc (63%); 69,1 ±6,2 anos; média ±DP) e em HD por mais de 3 meses. O GER foi realizado por CI (Vmax Encore 29n,EUA) após jejum de 12 horas e repouso de 30 minutos. A concordância entre a CI e as equações foi avaliada pelo coeficiente intraclasse (r; 95% de intervalo de confiança) e pela análise de Bland&Altman (média de diferenças entre CI e a equação; limite de concordância). Será considerada superestimação quando a razão entre o GER obtido pela CI e pelas equações for > 1,10. Resultados: Ao comparar o GER obtido pela CI (1210±314 kcal/dia) com a equação de HB (1355±234 kcal/dia), Schofield (1395±208 kcal/dia) e FAO 2001 (1367±191 kcal/dia), notou-se que o obtido pela CI foi menor do que o estimado pelas equações (P<0,05). A concordância entre o GER obtido pela CI com o estimado pelas equações foi: CI vs HB: r=0,61 (0,23;0,82); CI vs Schofield: r=0,60 (0,21;0,82) e CI vs FAO 2001: r=0,58 (0,19;0,82). Além disso, a análise Bland&Altman entre o GER obtido pela CI e o estimado pelas equações foi: CI vs HB: -145,2; -624 a 334 kcal; CI vs Schofield: -185,5; -666 a 283±238,9 kcal e CI vs FAO 2001:-157,1; -621 a 307 kcal. A razão CI/HB foi 1,16 ±0,22; CI/Schofield 1,2 ±0,24 e CI/FAO 2001 foi 44 1,17±0,23. O percentual de pacientes que apresentaram superestimação das equações em relação à CI foi 57,8% (n=11) para equação de HB; 73,7% (n=14) para Schofield e 68,4% (n=13) para FAO 2001. Conclusão: As três equações, em especial a de Schofield, superestimaram o GER avaliado pela CI. Esses resultados sugerem que em pacientes idosos em HD há uma concordância moderada entre a CI e as equações de HB, Schofield e FAO 2001. Palavras Chaves: Gasto Energético de Repouso,Hemodiálise EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO COM CASTANHA-DO BRASIL SOBRE O ESTRESSE OXIDATIVO EM PACIENTES EM HEMODIÁLISE MILENA BARCZA STOCKLER PINTO,Julie Lobo,Cristiane Moraes,Najla Elias Farage,Gilson Teles Boaventura,Denise Mafra,Olaf Malm UFRJ Introdução: A diminuição das defesas oxidantes e o aumento da produção das espécies reativas de oxigênio (EROs) levam ao estresse oxidativo (EO) nos pacientes em hemodiálise (HD). A ingestão de alguns antioxidantes como o selênio (Se), mineral encontrado na castanha-dobrasil, está associada com a redução EO, através da ação da atividade da enzima glutationa peroxidase (GSH-Px). Objetivo: Avaliar os efeitos da suplementação com castanha-do-brasil sobre os níveis dos marcadores de estresse oxidativo (8-isoprostano, 8-hydroxy- 2-deoxyguanosina [8-OHdG] e GSH-Px) em pacientes em HD. Materiais e Métodos: Foram estudados 40 pacientes em HD (57,5% homens, 53,3 ± 16,1 anos) atendidos na clínica Renalcor no Rio de Janeiro-RJ. Todos pacientes receberam uma castanha-do-brasil (5g) por dia durante três meses. O sangue foi coletado em jejum, antes da sessão de HD, e o DNA foi extraído e armazenado com DMEM (Dulbecco’s Modified Eagle’s Medium). Os níveis de 8-isoprostano (marcador de EO), 8-OHdG (marcador de dano do DNA) e GSH-Px (enzima antioxidante) foram avaliados por kits de Elisa (Cayman®) antes e após a suplementação. Análises estatísticas foram realizadas utilizando o programa SPSS 17.0. Resultados: Após 3 meses de suplementação os níveis de 8-isoprostano (12,2 ± 4,5 pg/mL) e de 8-OHdG (214,5 [1,0-1042,0] pg/mL) reduziram significativamente para 6,6 ± 4,6 pg/mL e 18,7 [1,0-78,8] pg/mL, respetivamente (p<0,0001). Em contrapartida, a atividade da enzima antioxidante GSH-Px aumentou de de 34,0 ± 5,2 nmol/ml/min para 40,3 ± 8,4 nmol/ml/min(p<0,0005). Conclusão: Nossos resultados sugerem que a ingestão diária de uma castanha-do-brasil protege o paciente em HD contra o estresse oxidativo, o dano no DNA e, melhora a capacidade antioxidante desses pacientes. Apoio: FAPERJ e CNPq. Palavras Chaves: hemodiálise,estresse oxidativo Efeitos dos óleos de oliva e de linhaça em comparação ao óleo mineral no tratamento da constipação intestinal de pacientes em hemodiálise DANIELA GIMENES GRILLI1,2, ALINE FÁTIMA ANDRADE DE LIMA1, LILIAN CUPPARI1 1 - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SãO PAULO 2 - FUNDAÇÃO OSWALDO RAMOS Introdução: A prevalência de constipação intestinal (CI) é elevada em pacientes em hemodiálise (HD). Em geral, o tratamento da CI baseia-se na adoção de alimentação rica em fibras e líquidos. Em virtude das restrições dietéticas, esse tipo de intervenção dificilmente pode ser empregado para esses pacientes. Assim, é necessário buscar alternativas para o tratamento da CI. Nesse sentido, os óleos alimentares poderiam ser uma opção para auxiliar no alívio dos sintomas da CI. Objetivo: Avaliar os efeitos dos óleos de linhaça e de oliva em comparação ao óleo mineral no tratamento da CI de pacientes em HD. Casuística e métodos: Ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado com 4 semanas de duração. Por meio do questionário de Roma III (QR), 47 pacientes foram diagnosticados com CI, destes, 14 não quiseram participar ou não preencheram os critérios de inclusão. Assim, 33 pacientes iniciaram o estudo, porém somente 29 [51,7% homens;51±12 anos;39,7% diabéticos, tempo em HD 48 meses (2-240)] completaram o protocolo. Os pacientes foram divididos aleatoriamente em 3 grupos: controle (GC óleo mineral;n=9), óleo de oliva (GO; n=11) e óleo de linhaça (GL; n=9). Cada paciente recebeu um frasco contendo o óleo e uma colher medida (4mL). A dose inicial foi de 8mL/dia sendo modificada dependendo da resposta ao tratamento. Os pacientes foram orientados a preencher um diário (Escala de Bristol) para avaliação da consistência e a frequência das evacuações e, ao final, o QR foi reaplicado. Resultados: Os grupos não diferiram quanto aos parâmetros demográficos, clínicos e laboratoriais iniciais. A quantidade semanal de óleo utilizada ao final foi semelhante entre os grupos (GC=39,5±15,5 mL; GO=46,7±15,1 mL; GL= 47,1±25,0 mL; P=0,57). A frequência de pacientes com queixa de fezes endurecidas ou fragmentadas diminuiu nos 3 grupos (GC 88,9% para 44,4%; GO 90,9% para 27%; GL 88,9% para 22,2%; P<0,05). Somente no GO houve uma redução significante na frequência de pacientes que relatava empregar força para evacuar (81,8% para 27,3%; P<0,01) e somente no GL houve uma tendência à melhora no escore relativo à consistência das fezes (1,56±0,5 para 2,06±0,4; P=0,06). Conclusão: Esses resultados sugerem que os óleos de oliva e de linhaça podem constituir uma alternativa mais eficiente que o óleo mineral no tratamento da CI em pacientes em HD. Palavras Chaves: CONSTIPAÇÃO INTESTINAL,HEMODIÁLISE Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia GORDURA DO TRONCO COMO MARCADOR DE ADIPOSIDADE VISCERAL EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA Variáveis associadas à mortalidade na primeira avaliação nutricional realizada em pacientes com Lesão Renal Aguda MARIANA LEISTER ROCHA,MARIA AYAKO KAMIMURA,LILIAN CUPPARI MILENE PERON RODRIGUES PINTO, Marina Nogueira Berbel, Cassiana Regina de Góes, Daniela Ponce, André Luís Balbi UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO Introdução: Estudos em pacientes com doença renal crônica (DRC) demonstraram que a gordura visceral avaliada pela tomografia computadorizada está associada com uma série de distúrbios metabólicos, inflamatórios e aumento no risco para eventos cardiovasculares. A gordura do tronco medida pela absortometria de raios-X de dupla energia (DEXA) tem sido empregada como marcador de gordura visceral. No entanto, a gordura do tronco enquanto preditor de gordura visceral na população com DRC não foi investigada até o momento. Objetivos:Investigar a associação entre a gordura do tronco medida pela DEXA e a gordura visceral medida pela tomografia computadorizada (TC) e avaliar se as mudanças da gordura do tronco acompanham as mudanças da gordura visceral. Casuística e Métodos: Foram estudados 111 pacientes com DRC na fase não dialítica (69 homens, 55,4± 10,6 anos, 32% diabéticos, IMC 27,3±5,1kg/m2, taxa de filtração glomerular estimada 34,9±15,0mL/ min/1,73m²). Os pacientes foram submetidos à avaliação da gordura do tronco pela DEXA e da gordura visceral pela TC no início do estudo e após 12 meses. O perfil lipídico, adipocinas e proteína C-reativa foram avaliados no início do estudo. Resultados: A gordura do tronco correlacionou-se fortemente com a gordura visceral (mulheres r=0,84; p<0.01; homens r= 0,9; p<0.01). A gordura visceral e a gordura do tronco correlacionaram-se positivamente com o índice HOMA (r=0,50; p<0,01e r=0,47; p<0,01, respectivamente), proteína C-reativa (r=0,23; p<0,05 e r=0,23; p<0,01); e LDL-colesterol (r=0,23; p<0,05 e 0,28; p<0,05), e negativamente com adiponectina (r= -0,39; p<0,01 e r=-0,23, p<0,05). A análise da curva ROC mostrou que a gordura do tronco foi sensível para predizer a gordura visceral (área sob a curva de 0,82). Na análise prospectiva, observou-se que as mudanças na gordura do tronco correlacionaram-se com as mudanças na gordura visceral (mulheres r=0,42; p<0.01; homens r= 0,43; p<0.01). As mudanças na gordura do tronco foram sensíveis para predizer as mudanças na gordura visceral (área sob a curva de 0,79). Na análise de regressão logística ajustada por sexo, idade e mudanças na gordura subcutânea, as mudanças na gordura do tronco estiveram independentemente associadas com as mudanças na gordura visceral (b=1,4; erro padrão= 0,56; p=0,01). Conclusão: A gordura do tronco é um bom marcador de gordura visceral medida pela TC em pacientes com DRC na fase não dialítica. Palavras Chaves: GORDURA DO TRONCO ,GORDURA VISCERAL Disciplina de Nefrologia do Departamento de Clínica Médica e Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP Introdução: A avaliação nutricional de pacientes com Lesão Renal Aguda (LRA) é uma ferramenta fundamental para a identificação de possíveis distúrbios nutricionais que comprometam sua sobrevida. Objetivo: a partir da primeira avaliação nutricional realizada em pacientes com LRA identificar variáveis associadas ao óbito. Metodologia: Estudo prospectivo transversal realizado no HC FM Botucatu, em que foram avaliados 278 pacientes com LRA. Utilizado protocolo clínico e antropométrico, aplicado somente na primeira avaliação nutricional. Os resultados foram expressos como média e desvio-padrão ou mediana com significância de 5% (p<0.05), sendo utilizados os testes Mann-Whitney, Qui-quadrado e Teste t para análise univariada e modelo de regressão logística para análise multivariada. Resultados: A mediana de idade dos pacientes foi de 65 anos, 23,7% apresentavam diabetes mellitus, 40,6% hipertensão arterial e 28,7% sepse. A mediana do ATN-ISS (índice de severidade da LRA) foi de 0,49 com óbito em 39,9% dos casos. A média do balanço nitrogenado (BN) foi de - 4,8 ± 9,0. BN negativo esteve presente em 69,2% da população e o grau severo do UNA foi o mais frequente (48,1%). Houve predomínio da eutrofia (43,9%) e da classe A da Avaliação Subjetiva Global (51%). Quanto à avaliação dos sobreviventes (S) e não sobreviventes (NS), a análise univariada mostrou que houve diferença estatística significante em relação ao sexo (S= 61,8% e NS= 38,2%; p=0,0002), mediana de idade (62 e 67 anos, p=0,01), ATN-ISS (0,41±0,2 e 0,61±0,2; p<0,0001), internação em UTI (48,5 e 78,3%; p<0,0001), sepse (19,2 e 42,3%; p<0,0001), oligúria (11,3 e 38,7%; p<0,0001), presença de diálise (29,5 e 72,1%; p<0,0001), uso de dieta oral (52,4 e 17,7%; p<0,0001), ingestão calórica/kg/ dia (14,8 e 7,2; p<0,0001), ingestão protéica/kg/dia (0,59 e 0,33; p<0,0001) e IMC (25 e 24,2 kg/m2; p=0,05). Após análise multivariada ajustada para o edema, as presenças de sepse (OR = 2,04; p=0,02), oligúria (OR = 2,7; p=0,007), necessidade de diálise (OR = 2,94; p=0,0008) e dieta oral comparada ao jejum (OR = 0,09; p<0,0001)estiveram associados a maior mortalidade, enquanto uso de dieta parenteral comparada ao jejum esteve associado a maior mortalidade (OR = 1,46; p=0,04). Conclusão: A primeira avaliação nutricional, associada à avaliação inicial do nefrologista, é capaz de identificar variáveis associadas ao óbito, auxiliando, desta forma, a condução clínica dos pacientes com LRA. Palavras Chaves: Avaliação nutricional,Lesão Renal Aguda Suplementação com colecalciferol em pacientes com doença renal crônica e insuficiência de vitamina D: um estudo controlado e randomizado. Miriam Garcia-Lopes1, Roberta Pillar1, Maria Ayako Kamimura1, Lillian Rocha2, Maria Eugênia Canziani2, Aluizio B. Carvalho2, LILIAN CUPPARI3 1 - Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Disciplina de Nefrologia. Universidade Federal de São Paulo 2 - Disciplina de Nefrologia. Universidade Federal de São Paulo 3 - FUNDAçãO OSWALDO RAMOS/UNIVERSIDADE FEDERAL DE SãO PAULO Introdução: A hipovitaminose D é uma condição frequentemente observada em pacientes com doença renal crônica (DRC). Porém, o protocolo efetivo para o seu tratamento ainda não foi estabelecido. Objetivo: Avaliar o impacto da suplementação com colecalciferol sobre os níveis de paratormônio (PTH) utilizando o protocolo de tratamento proposto pelo K/DOQI para pacientes com insuficiência de vitamina D. Casuística e Métodos: Estudo prospectivo, randomizado controlado por placebo. Setenta e cinco pacientes (51% mulheres; idade 62,2±13,6 anos; clearance de creatinina 35,6 ± 12,8 mL/min; 29% diabéticos e 57% pele escura) com insuficiência de vitamina D [25(OH)D³15 e <30 ng/mL] foram aleatoriamente alocados ao Grupo Colecalciferol (GCole;n=38) ou Grupo Placebo (GP;n=37). O Gcole recebeu 50.000 UI de colecalciferol mensalmente no momento da consulta e o GP recebeu um produto similar sem princípio ativo. Os pacientes foram avaliados no início e após 3 e 6 meses de suplementação. Todos os pacientes receberam protetor solar. Resultados: Os grupos não diferiam quanto aos parâmetros demográficos, clínicos e laboratoriais no início do estudo. Após 3 e 6 meses a 25(OH)D aumentou no GCole (21,4 ± 3,7; 28,6 ± 12,7; 32,1±13,7 ng/mL respectivamente P<0,05) e se manteve no GP (21,6 ± 4,4; 24,5 ± 9,9; 26,9 ± 11,7 ng/mL P>0,05). Após 6 meses, 46% dos pacientes do GCole não atingiram 25(OH)D ≥ 30 ng/mL. Esses pacientes apresentaram maior quantidade de gordura corporal quando comparados com aqueles que alcançaram esses níveis. Já no GP, 40,5% dos pacientes atingiram inesperadamente 25(OH) D > 30 ng/mL após 6 meses. Em ambos os grupos não foram observadas modificações nos níveis de PTH (Gcole:118,7 ± 65,3; 115,8 ± 65,7 pg/mL; 116,9 ± 86,9 pg/mL vs GP:110,9 ± 84,6; 115,5 ± 89,8; 129,5 ± 107,2 pg/mL P>0,05), 1,25(OH)2D, FGF-23, cálcio e fósforo. Conclusão: Os resultados do presente estudo demonstram que o protocolo de tratamento proposto pelo K/DOQI para pacientes com insuficiência de vitamina D parece não ser efetivo em restaurar o status de vitamina D numa proporção significativa de pacientes, particularmente naqueles com excesso de gordura corporal. A resposta insuficiente à suplementação e a inesperada normalização dos níveis de 25(OH)D em uma grande proporção de pacientes do GP podem ter contribuído, em parte, para falta de resposta sobre os níveis de PTH após a suplementação. Palavras Chaves: Vitamina D 45 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia RESUMOS - TEMAS LIVRES/APRESENTAÇÃO ORAL TRANSPLANTE RENAL Influência da organização do programa de transplante na eficiência e nos resultados obtidos MEIRE IOSHIE HIYANE, GISELLE MARTINS GONÇALVES, CLARICE FUJIHARA, ROBERTO ZATZ, ALVARO PACHECO-SILVA, DARIO ZAMBONI, NIELS OLSEN SARAIVA CÂMARA Ana Paula Maia Baptista,Luciana Wang Gusukuma,Marcela Rabelo Portugal de Alencar,Taina Veras de Sandes Freitas,Helio Tedesco Silva Junior,Jose Osmar Medina Pestana Universidade de São Paulo TAINá VERAS DE SANDES FREITAS,Henrique Pinheiro Konigsfeld,Saurus Mayer Coutinho,Gianna Mastroianni Kirsztajn,Karin Zattar Cecyn,Hélio TedescoSilva Junior,José Osmar Medina-Pestana Introdução:A nefrite túbulo-intersticial (NTI) resulta em diminuição da função renal e inflamação intersticial, podendo levar à fibrose renal. A ingestão excessiva de adenina representa um modelo de NTI, uma vez que a xantina desidrogenase (XDH) pode converter o excesso dessa purina em um composto insolúvel, que precipita nos túbulos renais. Receptores da imunidade inata, tais como Toll-like receptors (TLR) e complexo inflamassoma, desempenham um papel crucial na iniciação da inflamação. Além disso, sabe-se que a presença de quimiocinas e a diferenciação de células T CD4 para o perfil Th1 participam diretamente do desenvolvimento da doença. O objetivo deste estudo foi avaliar os papéis de TLR-2 e -4, MyD88, do complexo inflamassoma, bem como de receptores de quimiocinas e do perfil Th1/Th2 em um modelo experimental de NTI. Métodos:Camundongos C57/bl6 selvagem (WT) e nocautes para TLR-2, -4, MyD88, ASC, Caspase-1, CCR-2, -4, -5, MIP-1α, IL-12/IFN e IL-4 foram usados. Os animais foram alimentados com ração suplementada com adenina por 10 dias. Foi dosada creatinina sérica, feita avaliação histológica, além de expressão gênica e protéica de moléculas próinflamatórias e pró-fibróticas. Foram dosados os níveis de ox-LDL e ácido úrico, bem como realizado WB para IKK. Resultados:Animais WT alimentados com ração acrescida de adenina exibiram disfunção renal significativa e infiltração celular acompanhada por deposição de colágeno. Eles também apresentaram maior expressão gênica e protéica de moléculas pró-inflamatórias. Em contraste, animais TLR-2, -4, MyD88, ASC e Caspase-1 KO mostraram proteção renal associada com a expressão de moléculas inflamatórias em níveis comparáveis aos controles. Além disso, o tratamento de animais WT com alopurinol, um inibidor de XDH, levou à redução dos níveis de ácido úrico, estresse oxidativo, deposição de colágeno e uma regulação negativa da via de sinalização NF-kB. Os animais nocautes para MIP-1α, CCR2, CCR4, e CCR5 também exibiram citoproteção, com melhor função renal e menor inflamação. Por fim, verificamos que a doença tem um perfil do tipo Th1, já que animais IL-12/IFN KO ficaram protegidos da NTI, o que não ocorreu nos animais IL-4 KO. Conclusão:mecanismos imunológicos participam do desenvolvimento da NTI, com clara participação de elementos da imunidade inata, de quimiocinas e de um perfil do tipo Th1. A modulação de um desses mecanismos pode ser crucial para a busca de novos alvos terapêuticos para combater a doença. Hospital do Rim e Hipertensão,Universidade Federal de São Paulo Palavras Chaves: imunidade inata,reposta imune adquirida Hospital do Rim e Hipertensão/UNIFESP, SP Introdução: A organização do programa de transplante de orgaos no estado de Sao Paulo é referencia para outras regioes do país. Objetivo: Este trabalho analisou a epidemiologia do programa de transplante de rim com doador falecido no estado de São Paulo nos últimos dez anos. Metodologia: Foram coletados dados provenientes da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo entre os anos 2000 e 2010, referentes ao programa de transplante renal com doador falecido. Resultados: No período, ocorreram 20272 notificações de potenciais doadores falecidos. Entre 2000 e 2010 houve um aumento de 66% no número de notificações (38,3 vs. 63,5/pmp) e de 173% no número de doadores efetivos (7,7 vs. 21/pmp). A média de idade elevou-se de 32,9 para 42,2 anos, havendo maior contribuição de doadores com idade > 65 anos. A proporção de doenças cérebro-vasculares como causa de morte encefálica não se modificou. Foram realizados no perído 13403 transplantes de órgãos vascularizados. Houve um aumento de 63% no número de transplantes de rim. A sobrevida cumulativa dos transplantados de rim nestes dez anos foi de 72,06% e do enxerto de 65,42%. A sobrevida do paciente após um ano de seguimento aumentou de 85,8% em 2002 para 88,06% em 2009, assim como a sobrevida do enxerto (81,59% para 84,51%, p<0,05). A sobrevida do enxerto foi menor para rins de doadores com idade maior que 60 anos (51,3% vc 63,38%, p<0,05). Conclusão: O número de doadores falecidos e de transplante renal, assim como a sobrevida do receptor e do enxerto, aumentou significativamente no estado de São Paulo. A organização do serviço de transplante alcança desempenho e resultados semelhantes a centros internacionais. Palavras Chaves: notificação PAPEL DA PLASMAFERESE NO TRATAMENTO DA GESF RECORRENTE INTRODUÇÃO: A glomeruloesclerose segmentar e focal (GESF) recorre em 30% dos casos após o 1º transplante renal (TxR) e em 80-90% após re-transplante. Não há um tratamento bem estabelecido para a recorrência de GESF, entretanto a plasmaférese (PF), isolada ou associada a outras terapias, tem sido o tratamento mais empregado na maioria dos centros, com resultados diversos. OBJETIVO: Avaliar perfil clínico-laboratorial e a evolução de pacientes com recorrência de GESF submetidos a PF. METODOLOGIA: Os dados foram retrospectivamente coletados de prontuários médicos dos pacientes com diagnóstico de recorrência provável de GESF que foram submetidos a tratamento com PF entre março/05 e maio/11.RESULTADOS: 4403 pacientes foram submetidos a TxR no período, dentre os quais 161 tinham GESF como causa documentada da DRC e 37 pacientes foram submetidos a tratamento da recorrência com PF. Destes, 23 (62%) tinham GESF como etiologia documentada da DRC, 5 (14%) glomerulonefrite crônica não especificada e, em 9 (24%), a etiologia era indeterminada. A média de idade foi 26 anos e a maioria era do sexo masculino (62%) e da raça branca (60%), com mediana do tempo em diálise de 18 meses. 54% dos pacientes receberam rim de doador falecido e 80% destes tiveram função tardia do enxerto (FRE). Entre os 17 pacientes que receberam rim de doador vivo, 18% apresentaram FRE. A mediana do tempo para surgimento de proteinuria nefrótica foi de 10 dias (1-91) e apenas 8% dos pacientes tinham lesões histológicas de GESF na primeira biópsia, as quais surgiram em torno de 2 meses após o transplante. Os pacientes realizaram em média 23 sessões de PF e 51% deles apresentaram alguma infecção durante o tratamento. Remissão parcial foi observada em 49% e remissão total em 27% dos casos. A sobrevida do paciente em 1 e 3 anos foi de 95 e 79%, respectivamente, e a principal causa de óbito foi infecção. A sobrevida do enxerto em 1 e 3 anos foi 72 e 53%, respectivamente, e todas as perdas foram devidas à recorrência de GESF. CONCLUSÃO: Recorrência de GESF após o TxR foi precoce e o quadro clínico surgiu semanas antes das manifestações histológicas. Além de proteinúria precoce,FRE deve alertar para esse diagnóstico, especialmente em receptores de TxR com doador vivo. O tratamento com PF mostrou-se seguro, mas as taxas de remissão e a menor sobrevida do enxerto corroboram conhecimentos prévios relativos à baixa eficácia dos tratamentos disponíveis. Palavras Chaves: GESF,Transplante Renal Participação da sinalização via MyD88, do complexo inflamassoma e do padrão Th1 no desenvolvimento de nefrite túbulo-intersticial. MATHEUS CORREA-COSTA, TARCIO TEODORO BRAGA, PATRICIA SEMEDO, CAROLINE YURI HAYASHIDA, ROSA MARIA ELIAS, CLAUDIENE RODRIGUES BARRETO, CLAUDIA SILVA-CUNHA, 46 PREVALÊNCIA DE GENES DE VIRULÊNCIA E PERFIL DE RESISTÊNCIA A ANTIMICROBIANOS EM CEPAS DE ESCHERICHIA COLI ISOLADAS DE PACIENTES TRANSPLANTADOS RENAIS COM BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA PRISCILA REINA SILIANO,Jose Osmar Medina-Pestana,ITA PFEFERMAN HEILBERG UNIFESP/Disciplina de Nefrologia Introdução: Bacteriúria assintomática (BA) é definida como a ocorrência de proliferação bacteriana na urina com ausência de sintomas. A prevalência e a patogênese da BA assim como os fatores de risco para progressão para cistite ou pielonefrite em pacientes transplantados renais são pouco conhecidos, porém a presença de genes bacterianos de virulência podem potencializar a patogenicidade da bactéria. Objetivo: Detectar genes de virulência e resistência aos antimicrobianos em cepas de Escherichia coli isoladas de quadros de BA em pacientes transplantados renais e comparar com o perfil dos isolados de quadros de cistite. Metodologia: Um total de 17 E. coli isoladas de uroculturas de pacientes transplantados renais com BA e 110 isoladas de pacientes transplantados com quadros de cistite, foram submetidas à análise molecular através de reação em cadeia de polimerase (PCR) para detecção dos seguintes genes de virulência: papC, papGII, papGIII (subunidades da fímbria P), bmaE (fímbria M), gafD (fímbria G) e aer (aerobactina). A resistência a antimicrobianos foi verificada através de antibiograma por difusão de disco. Resultados: Comparando-se as prevalências dos genes de virulência das cepas de E. coli isoladas foram encontrados os seguintes resultados, respectivamente para quadros de BA e cistite: papC (35,3 vs 16,5%, p<0,09); papGII (35,3 vs 11,0%, p<0,02); papGIII (11,8 vs 13,6%, p<0,8); fímbria M (11,8 vs 4,6%, p<0,5); fímbria G (0 vs 1,8%, p<0,6) e aerobactina (41,2 vs 21,8%, p<0,2). Quanto à comparação para resistência aos antimicrobianos entre as cepas causadoras de BA e de cistite foram obtidos os seguintes dados respectivamente: Sulfametoxazol/trimetoprima (58,2 vs 51,8% p<0,8); ácido nalidíxico (23,5 vs 37,3%, p<0,4); ácido pipemídico (29,4 vs 41,8%, p< 0,5); ciprofloxacina e norfloxacina (23,5 vs 33,9%, p<0,6); ampicilina (41,2 vs 58,2%, p<0,3); cefalotina (41,2 vs 35,4%, p<0,9); ceftriaxona (0 vs 1,8%, p<0,6); gentamicina (0 vs 10,0%, p<0,4) e nenhuma resistência para nitrofurantoína foi encontrada em ambos os grupos. Conclusão: Esses dados sugerem que as cepas de BA são potencialmente patogênicas por apresentaram importantes genes de virulência principlamante o papGII, um gene altamente relacionado com cepas de E. coli causadoras de pielonefrite. Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia PREVALÊNCIA DE HIPOVITAMINOSE D EM PACIENTES TRANSPLANTADOS RENAIS JULIANA CRISTINA FIGUEIREDO ALVES, ANDREA OLIVARES MAGALHAES, PAULA MIGLIORI RODRIGUES DA ROCHA, MARLA MARIA CARVALHO, PATRICIA MALAFRONTE, LUANA PEDREIRA CORTES DE OLIVEIRA, JOSE FERRAZ SOUZA, YVOTY ALVES DOS SANTOS SENS Sirolimus Em Receptores De Transplante Renal: Análise De Eficácia E Segurança Em Um Grupo De Conversão Não Protocolar. Gois, PHF,Rivelli, GG, de Carvalho, IC, da Silva, JO, Mendes, LKP, Pereira, LM, Mazzali, M SANTA CASA DE MISERICORDIA DE SãO PAULO Disciplina de Nefrologia-DCM-FCM Unicamp INTRODUÇÃO: Estudos tem demonstrado elevada prevalência de hipovitaminose D em pacientes com e sem doença renal crônica (DRC). Pacientes transplantados renais tem maior risco de desenvolver câncer de pele provavelmente secundário a imunossupressão e, portanto, são orientados a evitar a exposição solar e a utilizar filtro solar, o que contribui para que esses pacientes desenvolvam hipovitaminose D, que pode piorar ou favorecer a doença óssea além de diminuir sua competência imunomoduladora. OBJETIVO: Avaliar a concentração sérica de 25-Hidroxivitamina D (25(OH)D) em pacientes transplantados renais visando analisar a prevalência de hipovitaminose D na população estudada, e sua correlação com os níveis de hormônio paratireóide (PTH), clearence de creatinina, e proteína C reativa (PCR). MÉTODO: Foram analisados 44 pacientes transplantados renais de um único centro, sendo avaliados os dados demográficos, as concentrações séricas de 25(OH)D e hormônio paratireóide (PTH) pelo método de quimioluminescência, proteina C reativa e clearence de creatinina, no período de dezembro/2010 a março/2011. RESULTADOS: Dos 44 pacientes analisados, 24 eram do sexo feminino, com idade de 44,4 ± 13,0 anos e o tempo após transplante renal foi de 20±18 anos. Oitenta e um por cento (81%) dos pacientes apresentaram hipovitaminose D, sendo que 79,5% apresentaram insuficiência (10-29,9 ng/ml) e 2,2% deficiência (<10 ng/ ml) de 25(OH)D. Vinte e sete pacientes apresentaram clearence de creatinina menor que 60ml/min ( 61%), O nível médio de PCR foi de 1,7±0,75mg/dl. . A Vitamina D se correlacinou positivamente com clearence de creatinina e negativamente com PTH e PCR. CONCLUSÃO: A prevalência de hipovitaminose D no paciente transplantado renal foi elevada e observamos uma correlação estatisticamente significante entre as variáveis vitamina D/PTH e vitamina D/ PCR. Orientação dietética, exposição solar ou mesmo suplementação com vitamina D seriam medidas simples para assegurar os níveis adequados dessa vitamina e mesmo prevenir doença óssea e regular a atividade imunomoduladora. Introdução: As principais indicações para conversão para sirolimo em transplante renal são disfunção crônica do enxerto (DCE) e neoplasia, além de protocolos de conversão. Objetivo: Avaliar os indicadores de segurança e eficácia terapêutica em um grupo de transplantados cuja imunossupressão foi alterada para sirolimus. Método: Estudo retrospectivo. Avaliados receptores de transplante renal com idade >18 anos que tiveram o esquema imunossupressor convertido para sirolimo. Resultados: Do total de 1821 transplantes renais realizados no período de janeiro/1984 a fevereiro/2011, 112(6%) tiveram o regime imunossupressor alterado para sirolimus. As indicações para conversão foram: infecção (n=32: fúngicas, Poliomavirus ou CMV), disfunção crônica do enxerto (DCE, n=30), neoplasia (n=21), rejeição (n=3) e outros (n=26). O tempo médio para conversão após o transplante foi de 41±57 meses (0-273), sendo mais tardia no grupo neoplasia (114 ± 80 meses) e mais precoce no grupo infecção (15.9±12.7meses). Nos demais grupos a alteração de imunossupressão foi indicada, em média, 24 meses pós transplante (p<0.05 x infecção e neoplasia). Perda de enxerto ocorreu em 19 casos, com sobrevida de enxerto de 88% (1 ano) e 80% (3 anos), e 6 óbitos foram registrados no período. Sirolimus foi interrompido em 9 pacientes por eventos adversos. Nos 87 pacientes com enxerto funcionante, a relação proteína/creatinina urinária aumentou de 0.28±0.3 mg/g (conversão) para 0.63±0.09 mg/g (após 6 meses) (p<0,001). O grupo DCE apresentava os maiores valores de proteinúria na coversão (0.40±0.36, p<0.05 vs. Outros grupos). Não houve diferença na proteinúria final entre os grupos. A avaliação de função renal global mostrou melhora 6 meses após conversão (creatinina sérica: 2.24±0.13 mg/dL vs. 1.89±0.75 mg/dL, conversão vs. 6 meses, p<0,001). Entretanto, não houve variação de função renal nos grupos infecção, neoplasia e rejeição, e nos outros 2 grupos (DCE e outros) houve redução significativa da creatinina sérica (p < 0.05 conversão x 6 meses). Conclusão: Os melhores resultados foram observados no grupo cuja indicação para conversão foi neoplasia. Nos grupos DCE e Infecciosas (a maioria poliomavírus), a conversão foi feita com creatinina mais elevada, evoluindo com maior perda de enxerto e sem recuperação de função renal, além de maior necessidade de suspensão do medicamento. Isto pode ser justificado pela conversão em presença de lesão histológica avançada do enxerto. Palavras Chaves: HIPOVITAMINOSE D,TRANSPLANTE RENAL Palavras Chaves: Sirolimus,Transplante renal 47 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia RESUMOS - SESSÃO POSTER DIÁLISE A experiência brasileira em Diálise Peritoneal Automatizada Assistida (DPAA): apenas uma terapia paliativa ou uma opção? MARCIA REGINA GIANOTTI FRANCO1, Natália Fernandes2, Claúdia Azevedo Ribeiro1, Jose Carolino Divino Filho3, Glória Lima1 1 - CLÍNICA GAMEN, RIO DE JANEIRO 2 - UNIVERSITY OF JUIZ DE FORA, JUIZ DE FORA 3 - KAROLINSKA INSTITUTET, STOCKHOLM, SWEDEN Introdução: A diálise peritoneal automatizada assistida (DPAA) é atualmente utilizada em vários países europeus. No início de 2003, iniciamos um programa de DPAA na Gamen, uma clínica de diálise no Rio de Janeiro. Objetivo: Descrever um programa de DPAA numa coorte de pacientes renais crônicos terminais, avaliar o método como primeira terapia e os fatores associados ao risco de mortalidade. Pacientes e Métodos: Realizamos um estudo retrospectivo de uma coorte de 30 pacientes em DPAA durante o período de janeiro de 2003 até julho de 2009. Os critérios de inclusão foram pacientes com dependência física e/ou vivendo sozinhos, sem possibilidade de realizar seu próprio tratamento, assim como pacientes com instabilidade hemodinâmica, em hemodiálise (HD). Dados demográficos, clínicos e laboratoriais, sobrevida do paciente e da técnica e causas de morte, foram analisados. Resultados: Dos 30 pacientes, 50% eram mulheres, 76.7% da raça branca, idade média 69.2 ± 12, 6 anos (intervalo:47-93), 60% idosos, sendo 50% com 80 anos ou mais. O tempo total de DPAA foi de 20 até 60 meses (média: 17.5 ± 13.3). Durante o período do estudo, 47% dos pacientes tiveram peritonite. Nas culturas realizadas, 22% foram negativas e 61% foram por germes Gram negativos. A taxa de peritonite foi de 1 episódio/37pac/mês.O escore de Davies foi maior que 2 em 73.3% e o índice de Karnofsky foi menor que 70 em 40% dos casos. Depois disso, dividimos em dois grupos, comparando pacientes que tiveram DPAA como primeira terapia (grupo DP, n=9) e pacientes transferidos de HD (grupo HD, n=21). No grupo HD, 67% dos pacientes foram hospitalizados enquanto no grupo DP, somente 33%. Observamos que no grupo DP, nenhum paciente necessitou de internação por causa de peritonite durante o período estudado (p = 0.03). A sobrevida do paciente considerando o período total de 60 meses foi de 78% em 12 meses, 40% em 24 meses e 8% em 48 meses. A causa mais comum de morte foi doença cardiovascular (69.6%). A sobrevida da técnica no período estudado foi de 93.3%. Conclusão:Neste estudo demonstramos que a DPAA cumpriu o papel esperado, oferecendo além de alternativa oportuna, eficiente e segura, a possibilidade de prolongar a vida de pacientes, sem outras opções de terapia renal substitutiva. Palavras Chaves: diálise peritoneal, idoso A utilização do SF36 como indicador de assistência multidisciplinar para pacientes portadores de Doença Renal Crônica (DRC), estágios 1, 2, 3 e 4, ” Pricila M Romero,Christiane Hegedus Karam,Eduardo P Luciano, Patricia Abreu, Claudio S. Melaragno, Paulo Luconni voso central. Entretanto, o estudo eletrofisiológico deste reflexo é um método quantitativo também confiável para avaliar a condução aferente pelo nervo trigêmio. Objetivo: Pesquisar neuropatia trigeminal em pacientes urêmicos em hemodiálise através do estudo do Blink reflex. Métodos: Foram realizados exames eletrofisiológicos dos nervos cranianos trigêmio e facial, pela pesquisa do Blink reflex, em 20 pacientes urêmicos em hemodiálise, sem histórico de diabetes e/ou alcoolismo, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP. Estudo normativo prévio do serviço de neurofisiologia do Hospital, mostrou limite superior normal para latências R1 de 12,8 milissegundos. Resultados e Conclusões: Nas alterações do arco reflexo encontradas, 7 pacientes apresentaram padrão provavelmente axonal de comprometimento bilateral das aferências trigeminais (35% dos casos) com baixas amplitudes de respostas R1, coexistindo com respostas diretas normais do nervo facial. Outros 5 pacientes apresentaram um padrão provavelmente de desmielinizações segmentares de comprometimento bilateral ou unilateral das aferências trigeminais – 25% dos casos. O Blink reflex mostrou alterações provavelmente indicativas de comprometimento das aferências trigeminais em 12 pacientes (60% dos casos). Palavras Chaves: NEUROPATIA TRIGEMINAL, UREMIA Alterações de nervos cranianos em pacientes urêmicos em hemodiálise MARCIA ELAINE ZEUGNER BERTOTTI, ANDRÉ LUÍS BALBI, JACQUELINE COSTA TEIXEIRA CARAMORI, LUÍS CUADRADO MARTIN, PASQUAL BARRETTI, LUIZ ANTONIO DE LIMA RESENDE Disciplinas de Neurologia e de Nefrologia da Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP Introdução: A polineuropatia periférica axonal na uremia é bem documentada, no entanto relatos de neuropatias de nervos cranianos são escassos. Objetivo: Avaliar alterações clínicas de nervos cranianos em pacientes com urêmicos em hemodiálise. Métodos: Foi realizado o exame clínico dos XII pares de nervos cranianos em 44 pacientes urêmicos em hemodiálise. Resultados e Conclusões: Alterações de nervos cranianos foram encontradas em 36 pacientes (81,8%), com maior incidência no sexo masculino, 22 pacientes (61%). Encontraram-se, em ordem decrescente: nervo vestíbulo coclear (26 pacientes), nervo óptico – 21, nervo trigêmio – 20, nervo olfatório – 10, nervo facial e/ou intermédio de Wrisberg – 6 (1 paciente com paralisia facial periférica à direita), glossofaríngeo – 3, hipoglosso – 2. Nenhum paciente apresentou paralisias de III, IV ou VI nervos, embora uma paciente tivesse oftalmoplegia internuclear anterior de causa indeterminada. Os nervos X e XI não apresentaram alterações clínicas. Concluímos que as alterações clínicas de nervos cranianos em pacientes urêmicos são freqüentes, devendo ser consideradas no diagnóstico de várias manifestações clínicas, nessa população. Palavras Chaves: Nervos cranianos, Uremia Centro Estadual de Doenças Renais do Vale do Paraíba Introdução: Tradicionalmentea avaliação da efetividade do tratamento de doenças crônicas, considera a redução da morbidade e mortalidade. É pertinente incluir como mais uma medida de efetividade do tratamento, a percepção do paciente em relação à sua qualidade de vida (QV), no período de admissão e após tempo de tratamento período pré-estabelecido. Objetivos: 1.Avaliar a QV de uma amostra representativa de grupo de pacientes nos estágios 1, 2, 3 e 4 da doença renal (K/DOQI), no momento da admissão e após 6 a 8 meses de tratamento multidisciplinar. 2. Avaliar a diferença de percepção entre o grupo de diabéticos e não diabéticos. Método: Estudo observacional, prospectivo. A partir da rotina do Centro Estadual de Tratamento de Doenças Renais do Vale do Paraíba, avaliou-se uma amostra aleatória simples (erro amostral máximo de 3,8%) de pacientes, atendidos no Serviço, utilizando o Inventário The Medical OutcomesStudy 36 – Short FormHealthSurvey - SF-36. Dados demográficos e clínicos foram coletados nos prontuários de cada paciente. Análise estatística: teste não paramétrico Brown-forsythe (BF), bonferroni ou Dunett, análise de variância (ANOVA), teste Qiquadrado. Os resultados encontraram uma diferença favorável e significativa (p<0,05) para todos os domínios de qualidade de vida, medidos através do SF36. Conclusão: A despeito da evolução da doença, utilizar a percepção dos pacientes em relação à qualidade de vida, é um dos parâmetros para avaliar a eficácia das intervenções. Esta análise manteve o caráter multiprofissional, e assegurou mudanças favoráveis na qualidade de vida destes pacientes, confirmando a eficiência do trabalho realizado pela equipe do CETDRVP. Achados do Blink-reflex em pacientes urêmicos em hemodiálise relacionados a provável neuropatia trigeminal BERTOTTI MEZ, BALBI AL, CARAMORI JCT, MARTIN LC, BERTOTTI MFZ, BARRETTI P, RESENDE LAL Disciplinas de Neurologia e de Nefrologia da Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP Introdução: Há poucos relatos de estudos eletrofisiológicos do reflexo trigêmino-facial (Blinkreflex) na insuficiência renal crônica (IRC). Em 2002 nosso grupo forneceu descrição das alterações do reflexo trigêmino-facial na IRC, com ênfase para alterações do sistema ner48 Alterações Eletrocardiográficas em Pacientes Portadores de Doença Renal Crônica (DRC) Terminal (Estadio 5) FERNANDO ANTONIO DE ALMEIDA Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde - PUC/SP Introdução: As doenças cardiovasculares (DCV) são as principais causas de morte nos pacientes com DRC desde o estadio 3 até o estadio 5, em tratamento dialítico. Aproximadamente metade dos pacientes portadores de DRC morre devido às DCV. No Brasil a hipertensão arterial (HA) e o diabetes mellitus (DM) são responsáveis por 2/3 dos casos de DRC terminal. Objetivos: Este estudo teve por objetivo avaliar, em um único centro de tratamento dialítico, as alterações eletrocardiográficas presentes nos pacientes portadores de DRC no inicio da terapia renal substitutiva. Causuística e Métodos: Avaliamos o eletrocardiograma (ECG) de 199 pacientes portadores de DRC que iniciaram tratamento dialítico no período de dezembro de 2005 a junho de 2009. Adotamos os critérios da Diretrizda Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Análise e Emissão de Laudos Eletrocardiográficos de 2009. Os resultados serão apresentados de forma descritiva. A comparação da prevalência de sobrecarga ventricular esquerda (SVE) foi analisada pelo método do qui-quadrado. Resultados: A Idade foi 52,7±15,4 (média±DP), 56,2% eram homens e 81% brancos. A maioria dos pacientes tem DRC por diabetes mellitus tipo 2 (36,7%) ou hipertensão arterial (29,6%). Observamos apenas 12% dos ECGs com traçados normais. As alterações eletrocardiográficas mais comuns foram a sobrecarga atrial esquerda (31%), a SVE (30%, sendo 14% com padrão “strain”) e as alterações de repolarização secundárias à hiperpotassemia (26%). A prevalência de SVE foi maior nos pacientes com DRC por HA (38%) quando comparada à DM (25%) e a outras causas de DRC (31%), p<0,01. Conclusões: Sendo o ECG um exame de fácil execução, sem risco e de baixo custo, deve ser realizado em todos os pacientes com DRC e dele extraídas todas as informações que possam contribuir para a estratificação dos fatores de risco e comprometimento cardiovasculares, resultando em tratamento mais adequado e possível melhora da sobrevida e qualidade de vida. Palavras Chaves: eletrocardiograma, doença renal crônica terminal Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia Alterações odontológicas em pacientes com insuficiência renal crônica em hemodiálise MARCIA ELAINE ZEUGNER BERTOTTI, André Luís Balbi, Jacqueline Costa Teixeira Caramori, Luís Cuadrado Martin, Pasqual Barretti, Luiz Antonio de Lima Resende Disciplinas de Neurologia e de Nefrologia da Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP Introdução: A insuficiência renal crônica (IRC) se associa a várias anormalidades na cavidade bucal, tanto em tecidos moles, quanto em tecidos duros. As alterações descritas na literatura são controversas em relação à cárie e doença periodontal, sendo importante a manutenção da saúde bucal nestes pacientes uma vez que a saúde bucal é imprescindível para melhor qualidade de vida. Ainda, a doença periodontal tem sido apontada como uma causa de inflamação crônica, nesses pacientes. Objetivo: Diagnosticar alterações odontológicas em pacientes com insuficiência renal crônica em hemodiálise. Métodos: Exame clínico odontológico em 44 pacientes com insuficiência renal crônica terminal em hemodiálise (Grupo 1) e 44 pacientes internados em outras disciplinas, atendidos no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP (Grupo 2). Foram estudados o índice CPOD (dentes cariados, perdidos e obturados) em 14 pacientes dentados, e presença de doença periodontal. A análise estatística entre os 2 grupos, para pacientes desdentados totais e doença periodontal foi realizada pelo teste X2 para proporção, e para o índice CPOD foi utilizado o teste não paramétrico de Mann-Whitney. Resultados e Conclusões: Dos 44 pacientes com IRC, 23 eram desdentados totais, 7 desdentados parciais e 14 dentados. A comparação entre os dois grupos revelou diferença estatística significativa para desdentados totais, com predominância na IRC (p=0,0007). Não houve diferença estatística significante para o índice CPOD, dentes cariados, perdidos e obturados e doença periodontal, no entanto observou-se doença periodontal mais severa nos pacientes com IRC. O número de pacientes desdentados totais na IRC foi maior que o grupo controle. A doença periodontal apresentou-se mais severa nos pacientes com IRC, sendo necessário maior controle da saúde bucal nesses pacientes. Palavras Chaves: Hemodiálise, Alterações odontológicas Análise do Risco Cardiovascular em Pacientes em Hemodiálise Portadores de Depressão. Gabriel de Almeida Ferreira1, Eduardo de Paiva Luciano2, Priscila Romero2, Gilson Fernandes Ruivo3 1 - UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ 2 - CENTRO ESTADUAL DE TRATAMENTO DE DOENÇAS RENAIS DO VALE DO PARAÍBA - HOSPITAL REGIONAL DE TAUBATÉ - SOCIEDADE BENEFICENTE SÃO CAMILO 3 - HOSPITAL REGIONAL DE TAUBATÉ - SOCIEDADE BENEFICENTE SÃO CAMILO Introdução: Uma das maiores causas de óbito na sociedade moderna são as doenças cardiovasculares, sendo a depressão um fator de risco. Pacientes nefropatas em hemodiálise apresentam prevalência elevada de doença cardiovascular, e a baixa qualidade de vida observada nestes pacientes pode colaborar para a presença de depressão agravando o quadro. Poucos estudos correlacionam o risco cardiovascular (RCV) com a depressão e qualidade de vida em tais pacientes. Objetivo: Avaliar o Risco Cardiovascular em pacientes hemodialíticos portadores de depressão. Casuística e Métodos: Foram estudados 79 pacientes em hemodiálise no Hospital Regional do Vale do Paraíba, no ano de 2011. O estado psicológico foi avaliado pelo Inventário de Depressão de Beck e pelo Kidney Disease Quality of Life - Short Form (KDQOL-SF™ 1.3). O risco cardiovascular foi avaliado pelo Score de Framinghan. Os dados foram analisados pelo software SPSS versão 14.0, sendo considerado significativo p<0,05. Resultados: Analisou-se 46 homens (58,2%) e 33 mulheres (41,8%) com idade de 60,7 ± 13,4 anos, variando de 26 a 90 anos. Constatou-se a ausência de depressão em 44,1% dos pacientes, 35,4% com depressão leve a moderada, 19,0% com depressão moderada a grave e 1,3% grave. Quanto à avaliação da qualidade de vida observou-se que era adequada na maioria dos pacientes. O Escore de Framinghan teve uma média de 6,6 ± 3,9, independente do sexo. Variou de -8 a 16. Analise quanto ao gênero demostrou que o sexo feminino apresentava maior (p=0,008) RCV em comparação ao masculino (8,0 ± 0,8 vs 5,6 ± 0,4). Não se observou diferença quanto à presença de depressão e o RCV entre os sexos (p>0,05) e o grau de depressão dos pacientes, de forma geral (p>0,05). Conclusão: Os pacientes apresentaram baixo RCV, com risco médio de 10% para eventos cardiovasculares em 10 anos. A depressão não promoveu impacto sobre o RCV, independente do sexo, sendo que uma das explicações possíveis foi o bom padrão qualidade de vida apresentado por esses pacientes. Análise dos Eventos Adversos em Hemodiálise. LUCIANA SENA DE MENDONçA, Vanessa Brasil Silva, Anete Fiais Caldas, Maria Cristiane Sales de Oliveira, Cácia Mendes Matos Instituto de Nefrologia e Diálise - INEDD Introdução: A segurança do doente deve ser considerada como a base da qualidade dos cuidados na terapia renal substitutiva. A prevenção de eventos adversos é importante para a segurança do paciente, pois a sua ocorrência durante a hemodiálise pode trazer danos e, inclusive, colocar em risco a vida do paciente. OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi avaliar a ocorrência de eventos adversos relacionados com a assistência de enfermagem na terapia hemodialítica e identificar oportunidades de melhorias e prevenção de danos no Instituto de Nefrologia e Diálise (INED) na cidade do Salvador. METODOLOGIA: Estudo prospectivo, realizado entre junho de 2010 a maio 2011, no qual as enfermeiras da diálise registraram a ocorrência dos seguintes eventos durante as sessões de hemodiálise: infiltração da FAV, perda sanguínea, reação ao esterilizante, reação a medicamentos, coagulação de sistema, reação transfusional, queda, embolia, hemólise e troca de sistema. Os dados foram coletados em impresso específico, denominado “Notificação de Evento Adverso”, e analisados mensalmente pelo Núcleo de Qualidade. RESULTADOS: Durante o período foram realizadas 22.468 sessões de hemodiálise em 201 pacientes. Neste período foram notificados 74 eventos adversos( 3,3/1000sessões), assim distribuídos: 56 infiltrações de FAV (76%), 13 pacientes tiveram perda sanguínea (17,6%), 02 sofreram queda ( 2,7%), 03 manifestaram reação ao esterilizante (4%). Não foram notificados casos de reação ao uso de medicamentos, coagulação de sistema, reação transfusional, embolia, hemólise e troca de sistema. Nenhuma hospitalização ou óbito ocorreu em conseqüência dos eventos adversos registrados no período. Todos os eventos foram revistos, gerando relatórios analíticos mensais, com ações corretivas e preventivas, como por exemplo elaboração de plano de segurança do paciente, elaboração e implantação de rotina de cuidados especiais para as punções difíceis, re-treinamento da equipe e modificações de rotinas. CONCLUSÃO: O monitoramento e controle dos eventos adversos é uma ferramenta importante no gerenciamento de risco e no desenvolvimento da cultura de segurança do paciente, contribuindo para prevenção de danos e melhoria da qualidade da assistência em hemodiálise. Palavras Chaves: Segurança do paciente, Qualidade em saude AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO COGNITIVA EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA EM HEMODIÁLISE. Mendonça KG, Presídio GA, Soutinho MFL, Loureiro JL, Pacheco GA, Silva AAB, Gouveia EA, Oliveira, CAF, Ressurreição FAMS UNIDADE DE NEFROLOGIA DE ALAGOAS Introdução: A Insuficiência Renal Crônica (IRC) traz uma série de consequências físicas relevantes para o organismo, podendo levar redução significativa da qualidade de vida e comprometimento cognitivo. Com o início do tratamento dialítico, o individuo passa por processo de adaptação, devido às modificações da sua rotina, restrições alimentares e limitações físicas, processo que pode afetar a função cognitiva, e piorar a qualidade de vida. Esse déficit caracteriza-se pelo prejuízo do estado de alerta, intelectual, de aprendizado, de atenção, de concentração, de memória e de coordenação percepto-motora. Objetivo: Avaliar a função cognitiva dos pacientes com IRC em hemodiálise na UNIRIM - serviço de nefrologia de Alagoas no período de Janeiro a Junho de 2011. Casuística e Métodos: Este estudo descritivo transversal avaliou 46 pacientes em tratamento na UNIRIM. O instrumento utilizado para a obtenção dos dados foi o Mini Exame do Estado Mental. Várias pesquisas apontam maior comprometimento cognitivo entre pacientes com IRC em tratamento dialítico comparativamente à população geral. Nos atuais estudos, a prevalência de prejuízo cognitivo é variável, podendo identificar 27% a 87,3% de déficit em pacientes com IRC terminal. Resultados e Conclusões: A amostra foi composta por 19 mulheres (41,3%) e 27 homens (58,7%), sendo a média da idade de 47,7 anos. Dos 46 pacientes da amostra, 7(15,2%) foram excluídos por baixa acuidade visual. Quanto aos 39 pacientes restantes, 12(30%) apresentaram comprometimento da função cognitiva, sendo 5 de baixa e média escolaridade (n=8) e 7 de alta escolaridade (n=31). Dentre os pacientes com alta escolaridade a média de pontuação foi de 28,3, enquanto que a do grupo de média e baixa foi de 17,3. Observou-se que a prevalência de comprometimento cognitivo, entre portadores de IRC em hemodiálise nesse serviço foi semelhante ao encontrado na literatura, chamando a atenção uma maior ocorrência desse déficit em pacientes com grau de escolaridade baixo e médio. Palavras Chaves: Déficit cognitivo, Hemodiálise Avaliação da hemoglobina (Hb) baixa nos pacientes renais crônicos em terapia de substituição renal por hemodiálise (HD) em uma clínica conveniada ao SUS Frazao J E1, Alecrim N K N1, Alves C S2, Valente L. 2, Neiva S C2 1 - UFPE 2 - CTR Nível baixo de hemoglobina em pacientes com doença renal crônica está associado a condições como: déficit de eritropoietina, de ferro, co-morbidades, falta da medicação prescrita, entre outras. No CENSO GERAL DE DIÁLISE DA SBN (2009/2010) cerca de 40% dos pacientes apresentaram Hb <11. Objetivo: Avaliar o nível de Hb dos pacientes em HD, em um centro de tratamento renal conveniado ao SUS. Relacionar nível baixo de Hb com ferritina (F), saturação de transferrina (ST). Material e método: Estudo retrospectivo dos registros dos pacientes em hemodiálise em um centro conveniado com o SUS em Pernambuco que recebem prescrição de eritropoietina e ferro venoso de acordo com o recomendado. Os pacientes selecionados para análise foram os que estavam em HD entre dezembro de 2010 e maio de 2011. A coleta de dados foi realizada a partir de busca em prontuário eletrônico (Nefrodata). As variáveis estudadas foram: sexo, idade e exames laboratoriais (Hb, ST, F) referentes ao intervalo do estudo. Considerou-se nível baixo de Hb do paciente quando eles apresentavam Hb <11g. Resultados: No período estudado, foram avaliados 227 registros, 88 (39%) eram do sexo feminino e 139 (61%) do masculino. A idade dos pacientes variou de 19 a 82 anos, com média de 52 anos. A hemoglobina (Hb) no período variou entre 6,7 e 16,8 e a média da Hb foi 11,2. Em dezembro de 2010, 95 (42%) pacientes apresentavam Hb < 11 e 92 (40%) em maio/2011. Entre os pacientes que apresentavam HB< 11, 26/95 (27%) apresentavam ST< 20 e 11 /95 (11%) apresentavam F < 20 em dezembro. Em maio/2011 10/92 (11%) pacientes apresentavam F < 200, 14/92 (15%) apresentavam ST < 20%. Conclusão: O número de pacientes que apresentaram nível baixo de Hb foi similar nos 2 períodos analisados, e comparável ao do CENSO DA SBN. Na nossa análise, o estoque de ferro baixo foi uma das causas da Hb baixa em cerca de até 27% dos casos analisados. Outros motivos da Hb baixa encontrada como: a doença de base, co-morbidades, a falta de medicação (não fornecimento ou não aderência) podem ter corroborado para o quadro encontrado e devem ser analisados. Palavras Chaves: Anemia 49 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia Avaliação da incidência das intercorrências com cateteres de longa permanência em pacientes renais crônicos dialíticos e sua repercussão em curto prazo na evolução clínica BENEDITO JORGE PEREIRA,GUIMARÃES EA,HERNANDEZ M,MAKIDA SCS,SILVA PP,ROMÃO MAF,ABENSUR H,ROMÃO JR JE HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Objetivos: avaliar a presença de intercorrências com cateteres para hemodiálise de longa permanência, identificar quais os principais eventos e desfechos em relação à complicação ocorrida. Material e Métodos: foram acompanhados durante 2 meses, 18 pacientes portadores insuficiência renal crônica em programa de hemodiálise através de cateteres de longa permanência, sendo 5 homens e 13 mulheres, idade 38,31±19,65 anos, glomerulonefrite crônica (n=7), doença renal hipertensiva(n=3), diabetes(n=3), pielonefrite crônica(n=2), doença renal policístican(n=1), síndrome cardio-renal(n=1), deficiência de FGF 23(n=1). As principais razões para uso do cateter foram: por não terem condições de realizarem acesso vascular definitivo (n=9) ou por estarem no momento inicial de dialítica (n=6). Feito anotações dados clínicos do paciente, número de intercorrências ocorridas no período, condutas terapêuticas decididas e evolução clínica. Resultados: foram encontrados 31 eventos no período (n=18). Observou-se que a principal intercorrência com os cateteres se relacionava com o mau funcionamento do acesso em 74,1% (n=23), seguido de eventos de infecção relacionada ao cateter 12,9% (n=4), sangramento do óstio em 9,7% (n=3) . Na avaliação laboratorial observou-se os níveis hemoglobina=10,2 ± 1,2 g/L; Hematocrito= 33,0±3,9 %, sem diferença naqueles com o mau funcionamento do cateter. A conduta terapêutica presenciada em relação aos principais eventos foi: uso de alteplase para tratar o mau funcionamento do acesso; antibioticoterapia sistêmica seguindo os agentes encontrados nas culturas eventos de bacteremia relacionadas aos cateteres. Não foram observados: internação por conta dos eventos, retirada do acesso e óbitos no período. Conclusões: as intercorrências com os cateteres de longa permanência são freqüentes em pacientes em hemodiálise e estão ligadas principalmente a eventos relacionados ao mau funcionamento do acesso, revertidas em curto prazo com uso de alteplase, sem necessidade da troca imediata do cateter. Palavras Chaves: cateter de longa permanência, hemodiálise transplantados renais submetidos à bx percutânea do enxerto, no período de agosto/2010 a abril/2011. Critérios de inclusão: idade>18 anos, indicação de bx percutânea do enxerto, PAS<150mmHg e PAD<100mmHg, contagem de plaquetas>100.000/mm3, uréia<200mg/ dL, PTTA (R)<1,3, INR<1,3 e suspensão de anti-agregantes plaquetários>7 dias. A Bx renal foi realizada no leito, por equipe de nefrologia, e guiada por ultrassonografia. RESULTADOS: Foram analisados 72 procedimentos de bx. A incidência de complicações foi de 23% (17/72), sendo a maioria de complicações menores (14/17, 82,3%). A complicação mais frequente foi hematúria macroscópica transitória (n=9), seguido de hematoma laminar (n=3) e dor local por mais de 12h, com necessidade de opioide (n=2). Complicações maiores ocorreram em apenas 3 casos, caracterizados por queda de hemoglobina > 1g/dl (n=2) e hipotensão arterial (n=1). Não houve óbito, perda de enxerto ou necessidade de intervenção cirúrgica neste grupo. A avaliação de possíveis fatores de risco para complicações, mostrou que, para pacientes com índice de massa corporal (IMC) > 35kg/m2, a incidência de complicações foi de 50%. No grupo com complicações, obervamos queda significativa do hematócrito pós-bx (27+5 vs. 26,4+5,5, pré x pós bx p=0.04). Outros parâmetros avaliados, como sexo, idade, tempo pós transplante, pressao arterial (1, 6 e 24 horas pós-bx), hemoglobina, número de plaquetas (pré e pós-biópsia), uréia, INR e PTTA (pré-bx) não apresentaram diferença estatisticamente significativa entre os grupos com e sem complicação (p=ns). CONCLUSÕES: Biópsia percutânea de enxerto renal foi um procedimento seguro, sendo hematúria transitória a complicação mais frequente. Nesta série, excetuando-se os pacientes com IMC > 35kg/m2, parece não ser possível prever eventos adversos relacionados à bx percutanea do enxerto. O controle de hematócrito pode ser um bom marcador para avaliação de complicações, especialmente de hematomas laminares pós-bx. Palavras Chaves: Biópsia renal, Transplante Caracterização clínico-demográfica de pacientes transplantados com Nefropatia por IgA antes e/ou depois do transplante renal. LEMES-CANUTO, APPS; SANDES-FREITAS, TV; MEDINA-PESTANA, JO; MASTROIANNIKIRSZTAJN, G; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SãO PAULO Avaliação do consumo alimentar de pacientes sob terapia dialítica: uma análise utilizando como referência variáveis bioquímicas. JULIANA CALIXTO COUTO RAMOS1,ROSIMAY LUZ DE OLIVEIRA2 1 - IDR INSTITUTO DE DOEANçAS RENAIS 2 - CONSULTÓRIO PARTICULAR Introdução: A ingestão incorreta de nutrientes contribui para o agravamento do estado nutricional de pacientes com Insuficiência Renal Crônica (IRC). Objetivo: avaliar o consumo alimentar utilizando como referência avaliações bioquímicas de pacientes com IRC em hemodiálise. Método: Foi realizado um estudo transversal, com 37 homens e 31 mukheres, com idade entre 17 e 81 anos. Para classificação do estado nutricional foi utilizado o índice de massa corporal (IMC) utilizando o peso após a diálise. Coletamos os últimos resultados dos níveis bioquímicos de uréia, sódio, cálcio e fósforo. Aplicamos o recordatório alimentar habitual e os dados coletados neste foram calculados utilizando-se o software de Apoio à Nutrição, da Escola Paulista de Medicina. Os resultados foram comparados às recomendações especificas para pacientes renais em hemodiálise. Discussão: Nosso estudo confirma a baixa ingestão calórica dessa população (< 23 kcal/kg/dia). No entanto, a média de adequação do IMC estava dentro da faixa de normalidade (IMC 23,5 + 4,52). A média de consumo protéico apresentou níveis abaixo dos aceitáveis, o que mostrou-se inversamente proporcional aos níveis de Fósforo (P), provavelmente por conta dos procedimentos dialíticos serem pouco eficientes em sua remoção. Encontramos alta correlação positiva com o parâmetro bioquímico de potássio, onde a média de consumo foi de 1661mg/dia + 845,57 e a bioquímica apresentou 4,8 mg/dl + 0,88, sugerindo que há um consumo adequado, porém, os níveis séricos apresentaram-se acima do desejado. A média de consumo de Cálcio ficou abaixo das recomendações para esta população (531 mg/dia + 259,19) com níveis bioquímicos também insuficientes (8,5 mg/dl + 1,08). Todas as probabilidades de significância apresentadas foram considerados estatisticamente significativas. Conclusão: Os parâmetros bioquímicos avaliados encontravam-se dentro do esperado para pacientes em hemodiálise crônica. No entanto, no que diz respeito à ingestão alimentar, acreditamos que os pacientes têm a tendência a substimar ou omitir o consumo real dos alimentos. As evidências disponíveis sugerem que fatores dietéticos têm um papel importante na qualidade de vida desses pacientes, assim a interação entre conhecimentos nutricionais e tratamento dietoterápico aliados ao tratamento medicamentoso são primordiais para esta população. Palavras Chaves: Consumo Alimentar em Hemodiálise Biópsia Percutânea Do Enxerto Renal: Complicações, Riscos E Preditores Gois, PHF, da Silva, JO, Esteves, ABA, de Carvalho, IC, MENDES, LKP, Rivelli, GG, Mazzali, M Disciplina de Nefrologia-DCM-FCM Unicamp, INTRODUÇÃO: Biópsia (bx) renal é um procedimento diagnóstico essencial no acompanhamento pós-transplante renal. Apesar de baixa incidência de complicações, hematúria macroscópica e hematomas peri-enxerto podem ocorrer, comprometendo a sobrevida de paciente e enxerto. OBJETIVO: Avaliar a incidência de complicações de bx percutânea de enxerto renal e possíveis fatores de risco para sua ocorrência. MÉTODOLOGIA: Estudo prospectivo, incluindo 50 Introdução: A Nefropatia por IgA (NIgA) é a glomerulonefrite primária mais comum em todo o mundo, cerca de 15 a 40% dos pacientes irão eventualmente ter doença renal em estágio final, sendo necessário terapia renal substitutiva, inclusive A recorrência da NIgA, após o transplante renal, pode resultar em declínio da função renal e perda do enxerto; é considerada a terceira causa mais frequente de perda do enxerto em 10 anos, em pacientes com glomerulonefrite subjacente. Objetivos: Avaliar o perfil dos pacientes com NIgA como etiologia da doença renal crônica que foram submetidos a transplante renal e comparar com aqueles com diagnóstico de NIgA pós-transplante, tentando identificar possíveis fatores de risco para a recorrência da doença de base. Métodos: Os dados foram coletados retrospectivamente dos prontuários médicos e banco de dados de 146 pacientes submetidos a transplante renal no período de ago/98 e dez/10, divididos em 2 grupos para comparação: Grupo 1 (n=128): pacientes com NIgA como doença de base, submetidos a transplante renal e que não apresentaram recorrência; grupo 2 (n=18): pacientes submetidos a transplante renal e que apresentaram NIgA após o transplante (recorrência ou “de novo”). Resultados: A idade média foi de 35 anos, com predomínio do sexo masculino (62%) e da raça branca (69%), não havendo diferenças entre os grupos. Nos dois grupos, os pacientes eram predominantemente não obesos (índice de massa corporal de 23,3 kg/m2) e o tipo sanguíneo mais prevalente foi o tipo O (49%). Não encontramos diferenças também em relação ao tratamento anterior (82% provinham da hemodiálise), ao tempo em diálise (média de 18 meses) e ao tipo de doador (81% de doadores vivos relacionados). Ao avaliar a idade dos doadores, houve diferença estatística entre os grupos (p=0,004), no grupo 1 a idade média foi de 43,6 anos e no grupo 2 foi de 35,0 anos. No grupo 2, apenas dois pacientes tinham NIgA como doença de base. Conclusões: Os grupos não diferiram de forma significativa no que tange às características clínicas e demográficas dos receptores, mas diferiram em relação à idade dos doadores. Traçar um perfil dos pacientes submetidos a transplante renal pode contribuir para a identificação de possíveis fatores de risco para recorrência da doença de base. Certamente amostragens mais abrangentes de indivíduos com NIgA recorrente poderão definir a relevância da idade do doador e outros fatores de risco nesta população. Palavras Chaves: TRANSPLANTE RENAL, NEFROPATIA POR IGA Comprometimento cognitivo em pacientes com insuficiência renal crônica avançada (IRCA) em diferentes tratamentos ANA TERESA DE ABREU RAMOS CERQUEIRA,QUEIROZ, C.M.T,BALBI,A FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - UNESP INTRODUÇÃO: Comprometimento cognitivo entre pacientes portadores de IRCA em tratamento dialítico é superior ao observado na população geral, havendo uma diferenciação desse comprometimento entre os indivíduos em diferentes tratamentos. Porém, os efeitos da doença e da terapia dialítica na função cognitiva são ainda inconsistentes e contraditórios. OBJETIVOS: Estimar a prevalência de comprometimento cognitivo em pacientes com insuficiência renal crônica avançada em diferentes formas de tratamento e estudar a associação desses desfechos com variáveis sociodemográficas e clínicas. MÉTODO: Desenho de corte transversal com 182 pacientes (75,2%) dos 242 em tratamento na Unidade de Diálise em um Hospital de Clínicas (39 em diálise peritoneal, 112 em hemodiálise e 31 em pré-diálise). Instrumentos utilizados:: formulário sociodemográfico e clínico; Mini-Exame do Estado Mental (MEEM) para avaliação da função cognitiva; inventário de depressão de Beck (BDI), para Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia avaliação de sintomas depressivos. RESULTADOS: Eram homens 55.0% dos sujeitos, com idade média de 57,5 anos (IC 54,8-59,3; 18-88 anos), com em média 36 meses de tratamento (30,1-41,9). Diabetes foi a doença de base predominante (32,5%).A prevalência de comprometimento cognitivo foi de 56,6%., e quase metade dos pacientes (44,9%) apresentava sintomas depressivos. A partir da análise univariada verificou-se associação de casos de comprometimento cognitivo com variáveis sociodemográficas e clínicas e elaborou-se o modelo de regressão logística (stepwise forward). Na análise multivariada constatou-se que os prováveis fatores de risco para comprometimento cognitivo, após se ajustar para idade, sexo e renda, foram: apresentar baixa escolaridade (OR 3,05; IC 1,38-6,77); ter diabetes mellitus (OR 2,34; IC 1,24-9,02), estar em hemodiálise (OR 3,34; IC 1,24-9,02) e em pré-diálise (OR 6,79; 1,83-25,18). CONCLUSÃO: A prevalência de comprometimento cognitivo, entre portadores de doença renal em estágio 5, em pré-diálise, hemodiálise e diálise peritoneal, foi superior à da população geral, sugerindo que esses indivíduos sejam sistematicamente avaliados e monitorados em relação à função cognitiva. Devem ser oferecidos cuidados especiais aos pacientes nas condições identificadas como fatores de risco para comprometimento cognitivo, uma vez que esses indivíduos podem ter a compreensão sobre sua doença e tratamento prejudicada, interferindo na adesão às condutas propostas e promovendo piora em sua qualidade de vida. Palavras Chaves: Comprometimento cognitivo, diálise Conhecemos as alergias dos nossos pacientes em programa de hemodiálise? LUCIANA SENA DE MENDONçA, Vanessa Brasil Silva,Anete Fiais Caldas, Cácia Mendes Matos Instituto de Nefrologia e Diálise - INED INTRODUÇÃO: O conhecimento das alergias medicamentosas dos pacientes constitui um aspecto importante para a prevenção de erros relacionados à administração de medicação. OBJETIVO: Avaliar a frequência do relato de alergias ou intolerância medicamentosa nos pacientes em programa de hemodiálise no Instituto de Nefrologia e Diálise (INED), e comparar os achados com os respectivos registros da admissão no prontuário médico do paciente. Método:Estudo de corte transversal, realizado no mês de dezembro de 2010, com 139 pacientes adultos em programa de hemodiálise em uma clínica satélite. Os pacientes foram questionados, pela enfermeira do seu turno, sobre a história prévia de alergia ou intolerância a medicações de uso comum em serviços de diálise como analgésicos, antibióticos, antiinflamatório, heparina, ferro endovenoso. Em impresso específico, as respostas foram comparadas com as informações registradas no prontuário médico. Resultados:Dos 139 pacientes entrevistados, 36% referiu alergia ou intolerância a pelo menos um tipo de medicação ou material hospitalar. Alergia a esparadrapo ou fita adesiva foi referida por 14% dos pacientes. Alergia a betalactâmicos (penicilina e cafalosporina), sulfonamidas ou quinolonas e tetraciclina foram respectivamente 6%, 1,4%, 0,7%. Alergia à dipirona, ácido acetil salicilico e paracetamol/codeína foi relatada por 6%, 3% e 0,7% respectivamente. Intolerância ao ferro endovenoso foi referida por 5% dos pacientes e reação adversa a anti-hipertensivos por 6% dos pacientes. De todas as alergias ou intolerâncias referidas apenas 40% estavam registradas no prontuário do paciente. Visando facilitar a identificação e proporcionar maior segurança aos pacientes, foi confeccionado um quadro para relato de tais alergias ou intolerâncias. na ficha de HD. Conclusão: O histórico de alergia ou intolerância a medicações de uso comum em pacientes dialíticos foi pobremente documentado no prontuário médico do paciente. Este resultado sugere que a falta de conhecimento da equipe sobre o histórico de alergia ou intolerância medicamentosa nos pacientes em programa ambulatorial de diálise, pode oferecer riscos de eventos adversos e anafilaxia, comprometendo a segurança na assistência ao paciente. Palavras Chaves: Segurança do paciente, Qualidade em saude Controle de qualidade em uma população em hemodiálise: o desafio do desvio padrão MANUEL CARLOS MARTINS CASTRO, Xagoraris M, Centeno JR, Gonzaga KBC, Marotta AMM, Barros GPT,Souza JAC Instituto de Nefrologia de Taubaté (Inefro) – Taubaté/SP Introdução: Diretrizes têm estabelecido índices a serem atingidos nos pacientes em hemodiálise (HD); entretanto, elas não têm definido o padrão de distribuição desses índices para uma população em diálise. Objetivos: Este estudo teve como objetivo avaliar o comportamento de sete índices de qualidade em uma população em HD em um centro único de tratamento. Casuística e Métodos: No período de 12 meses, a cada 3 meses, foram avaliados os índices Kt/V, hemoglobina (Hb), fósforo (P), produto CaxP, albumina (alb), saturação de transferrina (ST) e ferritina (F).A média (M) das 4 médias e dos 4 DP foi calculada, compondo a M±DP anual. Os objetivos a serem atingidos foram: Kt/V>1,2; Hb>11g/dl; P≤5,5mg/dl, CaxP<55mg2/dl2; alb≥3,5g/dl; ST>20% e F>100ng/ml. A seguir, calculou-se o DP em % da M e, posteriormente, um novo DP ideal (DP ideal) de forma que a % em relação a M representasse que no máximo 2,5% dos pacientes estivessem acima ou abaixo dos valores estabelecidos nos objetivos. Resultados: Foram avaliados, em média, 230 pacientes em cada um dos 4 períodos de observação. Os númerosmostram a M±DP anual / o DP em % da M / e o DP ideal em % da M: Kt/V – 1,42±0,26 / 18,3% / 15,5%; Hb – 11,4±1,9g/dl / 16,8% / 12,7%; P – 5,2±1,7 mg/dl / 33,1% / 4,7%; CaxP – 48,8±17,6mg2/dl2 / 36,2% / 12,7%; A – 3,8±0,4g/dl / 12% / 8,4%; ST – 37,7±17,2% / 47,2% e F – 725±543ng/ml / 74,9%. Para a ST e F não se calculou o DP ideal, pois para essas variáveis a curva de distribuição se deslocou para a direita ficando acima dos valores estabelecidos nos objetivos. Conclusões: Nossos resultados mostram que em uma população em HD: 1) obter, na média, os objetivos estabelecidos pelas diretrizes é fácil; entretanto, 2) o amplo DP aumenta a base da curva de Gauss fazendo com que vários pacientes se localizem em regiões da curva fora do estabelecido pelas diretrizes; conseqüentemente, 3) para um bom controle de qualidade em diálise é importante adotar medidas para reduzir a amplitude do DP. Palavras Chaves: Controle de qualidade em hemodiálise, Diretrizes em hemodiálise Cuidado pré-diálise e hemodiálise prévia, mas não a variabilidade da hemoglobina, são preditores independentes de mortalidade associada a anemia em pacientes incidentes em diálise peritoneal Moraes TH, Gonçalves S, Dal Lago EA, Kloster S, Boros G, Colombo M, Raboni L,Olandoski M, Fernandes N, Qureshi AR, Divino-Filho JC,Pecoits-Filho R Pontificia Universidade Católica do Paraná Introdução: Anemia é uma complicação comum da doença renal crônica (DRC) associada com complicações cardiovasculares e um fator de risco independente para desfechos adversos de pacientes em todos os estágios de DRC, principalmente naqueles em hemodiálise (HD) e diálise peritoneal (DP). Estudos publicados recentemente mostraram que não somente a presença de anemia mas também a variabilidade da hemoglobina se associam a um maior risco de morte em indivíduos em hemodiálise. Além disso, o cuidado pré-diálitico também tem sido relacionado a melhores desfechos incluindo menor taxa de mortalidade após o início da diálise. Objetivos: O objetivo desse estudo foi analisar a prevalência de anemia e a variabilidade da hemoglobina em pacientes em DP, estabelecer seus fatores associados e seu impacto clínico nos desfechos de uma grande coorte de pacientes incidentes em diálise peritoneal. Métodos: Estudo de coorte, multicêntrico, prospectivo e nacional. Nós avaliamos 2156 pacientes incidentes em DP entre 2004 e 2007 de 114 centros Brasileiros de diálise. Os fatores preditores estudados foram as características demográficas dos pacientes, cuidado pré-dialítico, hemodiálise prévia, comorbidades, níveis de hemoglobina e sua variabilidade. Os desfechos analisados foram mortalidade por todas as causas censurado para transplante renal, recuperação da função renal, e perda de seguimento. Além disso nós examinamos os fatores associados a mortalidade relacionada a anemia. Um modelo de regressão proporcional de Cox foi utilizado para analizar as associações com mortalidade. Resultados: a prevalência de Hb inferior a 11g/dL foi de 57% na medida basal xom redução para 38% no quarto mês. A razão de risco para mortalidade de acordo com os valores de hemoglobina medidos no período basal e após 6 meses de DP mostrou que o cuidado pré-diálise (HR 1,41 (CI 95% 0,86-2,3) e HR 1.65 (CI95%1.19-2.28)) e história de hemodiálise prévia (HR 1,9 (1,24-2,91) e HR 1.25 (0.95-1.65)) foram preditores independentes de mortalidade associada a anemia. não houve diferença na sobrevida do paciente através das diferentes faixas de variabilidade de hemoglobina. Conclusão: O cuidado pré-dialítico e ter sido transferido da HD foram fatores preditores de anemia em pacientes incidentes em DP, contudo níveis baixos de HB foram preditores independentes de mortalidade. A variabilidade da Hb não se associou a mortalidade. Palavras Chaves: Diálise Peritoneal,Anemia Deficiência de Zinco em pacientes hemodialisados: implicações para aterosclerose JULIE CALIXTO LOBO1, Milena Barcza Stockler Pinto1, Najla Elias Farage2, Tanize Faulin3, Dulcinéia Saes Parra Abdalla3, João Paulo Machado Torres4, Denise Mafra5 1 - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 2 - Clínica Renalcor 3 - Universidade de São Paulo 4 - Universidade Federal do Rio de Janeiro 5 - Universidade Federal Fluminense5 Introdução: O zinco (Zn) parece ter efeitos anti-aterogênicos por ser crucial na proteção contra citocinas inflamatórias e na redução do dano oxidativo através da diminuição da formação de espécies reativas de oxigênio. Sabe-se que pacientes portadores de doença renal crônica (DRC) apresentam deficiência de Zn e tal fato poderia exacerbar o risco de aterosclerose desta população. Objetivo: Investigar se existe associação entre os níveis de Zn plasmático, LDL eletronegativa [LDL(-)], uma subfração pro-aterogênica da LDL, e TNF- α, marcador inflamatório, em pacientes sob tratamento hemodialítico (HD). Materiais e Métodos: Foram estudados 47 pacientes HD (28M/17F; 54,6±14,8 anos; tempo de diálise 49,7±46,5 meses) e comparados com 20 indivíduos saudáveis (9M/11F; 51,5±10,6 anos). Os níveis de LDL(-) foram mensurados por ELISA, os níveis de Zn por espectrofotometria de absorção atômica, e TNF-α por kit multiplex R&D Systems®. Resultados: Os pacientes HD apresentaram níveis aumentados de LDL(-) (p<0,05) e TNF-α (p=0,0001) (0,18±0,12 U/L e 5,5±2,1 pg/mL respectivamente) quando comparados aos indivíduos saudáveis (0,10±0,08 U/L e 2,4±1,1 pg/ mL, respectivamente). Em contraste, os níveis de Zn dos pacientes HD estavam diminuídos (54,9±16,1 µg/dL) com relação aos indivíduos saudáveis (78,8±9,44 µg/dL) (p<0,0001) e foram negativamente correlacionados aos de LDL(-)(r=-0,33; p=0,008) e TNF-α (r=-0,49; p=0,0001). Conclusão: Os resultados do presente estudo nos permitem sugerir que a deficiência de Zn predispõe os pacientes HD ao estresse oxidativo e à inflamação, o que poderia aumentar o risco de doenças cardiovasculares nesses pacientes. Apoio FAPERJ, CNPq e Grupo Renalcor. 51 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia Demandas Apresentadas ao Serviço Social em um Centro de Diálise: considerações através de um estudo de caso. HANNAH OLIVEIRA COUTINHO, MARIA DAS GRAÇAS GARCIA E SOUZA HOSPITAL UNIVERSITáRIO ANTONIO PEDRO - HUAP/UFF Introdução: Por insuficiência renal crônica entende-se a condição na qual os rins perdem capacidade de efetuar suas funções básicas de maneira lenta, progressiva e irreversível. Ao ser encaminhado à diálise, o usuário começa a ver sua rotina não só de trabalho, mas também social, econômica e familiar modificar drasticamente. Em muitos casos, as sessões freqüentes de diálise dificultam o exercício do trabalho e atividades de convívio social.Objetivo: Identificar através dos instrumentos de intervenção do serviço social não só necessidades aparentes, mas também as demandas “reprimidas”, que são descobertas através da fala do usuário e de sua família. Então, é realizado uma análise das informações, bem como sua sistematização para que estas sejam traduzidas em ações que apontem alternativas as questões trazidas pelo usuário.Casuística e Método:V.A, 55 anos, desempregado, internou-se no referido hospital sob suspeita de insuficiência renal crônica. Após alta hospitalar, foi encaminhado ao Centro de Diálise para sessões freqüentes de hemodiálise. Durante a abordagem do Serviço Social, com o usuário e sua rede social, foram identificadas questões a cerca da insuficiência de recursos econômicos, falta de vínculo familiar, insalubridade do local de moradia trazendo conseqüências ligadas a atenção a higiene dentre outros. Trata-se de um estudo de caráter descritivo, em forma de relato de caso, realizado através da coleta de dados, de observação e realização de entrevista social, bem como sua análise, através de literatura especializada para o embasamento da intervenção.Resultados: Foi realizado o acesso à rede de serviços do município de origem do usuário com a intenção de viabilizar e resolver as questões ligadas não só a saúde do usuário e de seus familiares, mas também questões ligadas à saúde pública. Desta forma, pudemos concretizar o acesso aos direitos garantidos aos usuários do Sistema de Saúde, que apesar de apresentar grandes limitações, conseguiu minimamente garantir a integralidade da saúde do usuário e de seus familiares.Conclusão: Após análise criteriosa da intervenção, Percebe-se que o papel que o assistente social desenvolve na sua prática torna-se imprescindível na garantia do acesso aos direitos sociais dentro e fora da instituição. Apesar de sua presença nos Centros de Diálise inicialmente constituir uma necessidade cumprimento legal, é notável sua participação de forma ativa e indispensável à atenção à saúde da população usuária. Palavras Chaves: DIÁLISE, ATENÇÃO À SAÚDE Determinantes da hipovitaminose transplantados renais D em pacientes Baxmann AC, Menon VB, Froeder L, Medina-Pestana J, Carvalho AB, Heilberg IP UNIFESP Objetivos:Avaliar o “status” de vitamina D e os fatores de risco para hipovitaminose D em transplantados renais.Métodos:Os níveis séricos de 25(OH)D foram determinados em noventa (90) transplantados (58M/32M,43±10anos), com creatinina sérica<2,0mg/dL, após 6 meses de transplante (6-165 meses). Os pacientes foram submetidos à avaliação antropométrica e da composição corporal, e coleta de sangue e urina para determinações bioquímicas e hormonais. Dados clínicos foram obtidos dos prontuários.Resultados: A hipovitaminose D [25(OH)D<30 ng/mL] foi observada em 65% dos pacientes (Insuficiência:53% e deficiência:11%). Quando os indivíduos foram avaliados de acordo com os níveis de 25(OH)D, observou-se que o grupo com hipovitaminose D apresentava maior % de coletas de sangue obtidas no inverno (65 vs 29%;p<0,001), maior % de pacientes em esquema imunossupressor com ciclosporina vs tacrolimus (45 vs 19%,p<0,05), maior valor médio de PTH (131±79 vs 90±43pg/mL;p<0,05), gordura corporal (31±10 vs 20±7%;p<0,001), circunferência de cintura (93±12 vs 87±12cm;p<0,05) e maior % de pacientes com índice de massa corporal (IMC)>25 (76 vs 39%,p<0,001) em comparação aos suficientes em vitamina D. Não foi observada diferença significante entre os dois grupos com relação à idade, raça, função renal, níveis séricos de albumina, cálcio, fósforo e FGF23, e quanto aos níveis urinários de cálcio, fósforo, fração de excreção de fósforo e albuminúria. A 25(OH)D se correlacionou inversamente com IMC (r=-0,49;p=0,001), gordura corporal (r=-0,65;p=0,001) e circunferência de cintura (r=-0,32;p=0,003). Uma análise de regressão logística revelou que a gordura corporal foi um preditor independente de hipovitaminose D (odds ratio 1.25;95%CI 1.1-1.4;p<0.001), mesmo quando ajustado para a variação sazonal.Conclusão: A prevalência de hipovitaminose D foi elevada nos transplantados renais e o % de gordura corporal representou um relevante fator preditivo associado com esta condição. Palavras Chaves: Vitamina D, Transplante renal Ecocardiograma pré e pós diálise realizado por nefrologista:Uma ferramenta útil e acessível para avaliação hemodinâmica em pacientes em hemodiálise ADRIANO LUIZ AMMIRATI, Maria Claudia Cruz Andreoli, Nadia Karina Guimaraes de Souza, Thais Nemoto Matsui, Fellype De Carvalho Barreto, Fabiana Dias Carneiro, Ilson Jorge Iizuka, Marisa Aparecida de Souza, Ana Claudia Mallet, Marcelo Luiz Vieira, Wercules Antonio Alves de Oliveira, Claudio Henrique Fischer, Bento Fortunato Cardoso dos Santos Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo – SP Introdução: Os parâmetros do ecocardiograma (ECO) têm sido utilizados para estimar o estado hemodinâmico e o volume intravascular de pacientes em hemodiálise (HD). Objetivo: Neste estudo foi avaliada a viabilidade da realização de ECO portátil pelo nefrologista e a correlação de diferentes parâmetros deste método com o estado volemico e hemodinâmico de 52 pacientes em HD. Casuística e Métodos: Os pacientes foram recrutados de um centro único de HD e submetidos no começo e no final da sessão de HD a um ECO transtoracico realizado por nefrologista treinado. As variáveis avaliadas foram: fração de encurtamento, diâmetro e índice de colapso de vai cava inferior (ICVC), velocidade de fluxo diastólico inicial de válvula mitral (onda E), velocidade de enchimento atrial (onda A), velocidade de relaxamento precoce (onda E’) e VTI (integral velocidade-tempo no fluxo de válvula aórtica). Estes parâmetros foram comparados com a pressão arterial pré e pós HD, dados de volume de monitoramento sanguíneo (BVM Fresenius 4008®, Alemanha) e volume de ultrafiltração (UF). Resultados: Onze pacientes foram avaliados (idade=70,5 ±13 anos). A UF média = 1,43 ± 0,9 kg. Os valores dos parâmetros do ECO pré e pós HD foram: VTI (15,6 ± 4; 13,7± 4 cm); ICVC (28,9 ±14%; 29,4± 14%), fração de encurtamento (33,6 ± 10,5%; 32,4 ± 6%), razão E/A (0,62±0,2; 0,61 ± 0,2). A variação do ICVC se correlacionou com a UF (r=0,70; p=0,03) e alterações na onda A (r=0,73; p=0,04). Houve uma tendência de correlação entre a variação do ICVC e do volume sanguíneo relativo pela BVM (r=-0,54; p= 0,10). Além disso, os valores da ICVC pós HD se relacionaram com a variação da pressão arterial sistólica (r=0,78; p=0,02). Conclusão: Os parâmetros de ECO, especialmente a ICVC, se associaram com a remoção de líquidos e a variação da pressão arterial durante a HD. O ECO a beira do leito, realizado por nefrologista, pode ser uma ferramenta útil e acessível na avaliação hemodinâmica e do peso seco de pacientes em HD. Palavras Chaves: volemia, ecocardiograma Efeito cumulativo dos índices de qualidade sobre as taxas de mortalidade em hemodiálise MANUEL CARLOS MARTINS CASTRO, Xagoraris M, Centeno JR, Gonzaga KBC, Marotta AMM, Barros GPT, Souza JAC Instituto de Nefrologia de Taubaté (Inefro) – Taubaté/SP Introdução: Diversas diretrizes em hemodiálise (HD) têm estabelecido objetivos a serem atingidos nos pacientes em diálise. Com relação às taxas de mortalidade os índices mais estudados são: hemoglobina (Hb), produto cálcio-fósforo (Ca-P), Kt/V, albumina sérica (Alb) e tipo de acesso vascular. Objetivos: Neste estudo avaliamos o impacto do nº de objetivos atingidos sobre a taxa de mortalidade em uma coorte de pacientes em HD. Casuística e Métodos: Estudo de corte transversal envolvendo 218 pacientes prevalentes em HD (tempo de diálise >90 dias), os quais foram avaliados pelos seguintes índices: 11≤Hb≤12g/dl; Ca-P≤55mg2/ dl2; Kt/V≥1,4; Alb≥4g/dl e fistula artériovenosa como acesso vascular. Os pacientes foram classificados de acordo com o nº de objetivos atingidos. A seguir as taxas de mortalidade foram avaliadas no período de seis meses. Resultados: A idade média foi de 58,7±13,5 anos e o tempo de diálise de 56,1±35,5 meses. Para Hb 24,8% dos pacientes atingiram o objetivo, para o produto Ca-P – 53,7%, para Kt/V – 53,2%, para Alb – 44,9% e para FAV – 90,8%. Dois (0,9%) pacientes atingiram 0 objetivos; 17 (7,8%) 1 objetivo; 79 (36,2%) 2 objetivos; 82 (37,6%) 3 objetivos; 33 (15,2%) 4 objetivos e 5 (2,3%) 5 objetivos.A taxa de mortalidade global em 6 meses foi de 5,96% (13 pacientes). Como o numero de pacientes que não atingiram nenhum objetivo foi pequeno e não houve óbito nesse grupo, na análise final esses pacientes não foram considerados. A taxa de mortalidade de acordo com o numero de objetivos atingidos foi: 1 objetivo – 11,8%; 2 objetivos – 6,3%; 3 objetivos – 7,3%; 4 objetivos – 0% e 5 objetivos – 0%. Conclusões: Nossos resultados mostram que quanto maior o numero de objetivos atingidos pelo paciente menor é a taxa de mortalidade em HD. Palavras Chaves: Índices de qualidade em hemodiálise, Mortalidade em hemodiálise EFEITO DA BMP-7 E DO TAMOXIFENO EM MODELO DE FIBROSE PERITONEAL DESENVOLVIDO EM RATOS URÊMICOS FILIPE MIRANDA DE OLIVEIRA SILVA, DAYANA GUMS CUNHA VILOSLADA, HUMBERTO DELLÊ, ERIK HALCSIK, MARI CLEIDE SOGAYAR, IRENE DE LOURDES NORONHA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO O espessamento peritoneal e a conseqüente formação de fibrose são importantes complicações tardias da diálise peritoneal.Estratégias terapêuticas que bloqueiem a formação de fibrose peritoneal (FP)são de extrema relevância,porém ainda não há um tratamento efetivo.Neste contexto, moléculas com propriedades anti-fibróticas como a BMP-7 (bone morphogenic protein-7) e o tamoxifeno (TAM)podem ser extremamente promissoras. O objetivo foi analisar o efeito da BMP-7 e do TAM em modelo experimental de FP induzido por gluconato de clorexidina (GC) em ratos com doença renal crônica (DRC)com uremia. A DRC foi induzida em ratos Wistar através de dieta rica em adenina por 30 dias.No 15º dia,ratos com DRC, caracterizada por hipertensão, altos níveis séricos de uréia e creatinina, foram submetidos a injeções intraperitoneais diárias de GC a 0,1% por um período de 15 dias. Vinte animais foram separados em 4 grupos:DRC, ratos com DRC; DRC+FP, ratos com DRC que receberam GC para desenvolver FP;DRC+FP+BMP7, ratos com DRC e FP tratados com BMP-7 (ip 30ng/Kg);e DRC+FP+TAM, ratos com DRC e FP tratados com TAM (gavagem, 10mg/Kg/dia).Foram analisados:espessura peritoneal (µm),macrófagos e linfócitos T (imunohistoquímica) e expressão de TNF-α e colágeno III (qPCR). A espessura peritoneal foi significativamente maior no DRC+FP comparado com o grupo DRC(123±32 vs 30±11; p<0,05)e os tratamentos com BMP-7 e TAM diminuíram significativamente este parâmetro (41±10 e 44±4,respectivamente;p<0,05 vs DRC+FP).O grupo DRC+FP apresentou um aumento significativo de macrófagos no peritônio (1.380±295 vs 311±115 no DRC; p<0,05)e os tratamentos com BMP-7 e TAM diminuíram significativamente (685±185 e 453±65, respectivamente;p<0,05 vs DRC+FP).Houve aumento do número de linfócitos T no DRC+FP (119±71 vs 14±12 no DRC)e os tratamentos com BMP-7 e TAM reduziram este número (89±20 e 31±17, respectivamente).A expressão de TNF-α foi significativamente maior no DRC+FP (relação de 8,0±0,3 vs 1,0±0,8 no Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia DRC;p<0,001)com redução com os tratamentos com BMP-7 e TAM (1,4±0,9 e 2,9±0,5, respectivamente;p<0,001 vs DRC+FP). A expressão de colágeno III foi maior no DRC+FP (relação 18,9±2,4 vs 1,0±0,8 no DRC;p<0,001)e a BMP-7 e o TAM promoveram uma redução significativa (2,6±1,5 e 2,6±1,5, respectivamente;p<0,001 vs DRC+FP). BMP-7 e TAM foram eficazes em reduzir a espessura da membrana peritoneal em modelo experimental de fibrose peritoneal, possivelmente através de seus efeitos anti-fibróticos. Palavras Chaves: Diálise peritoneal,BMP7 e Tamoxifeno Efeito da heme-oxigenase1 na doença renal crônica (DRC) induzida pelo diabetes mellitus em ratos ELLEN DE OLIVEIRA NARCISO PITLOVANCIV, Luciana A Reis, Edson A Pessoa, Fernanda T Borges, Manuel de J Simões, Nestor Schor UNIFESP Nefropatia diabética é uma das principais causas da DRC e da lesão crônica induzida por hiperglicemia e envolve a produção de espécies reativas de oxigênio. Heme oxigenase-1 (HO-1) degrada heme da hemoglobina liberando substâncias anti-e pró-oxidantes. O objetivo do presente estudo foi avaliar o papel da HO-1 em DRC induzida por diabetes mellitus tipo I (DM1). Ratos machos Wistar foram tratados com água (CTL), estreptozotocina (STZ, 60mg/ kg) ou STZ + Hemin (0,01 mg/kg), indutor de HO-1, por 60 dias. Os animais foram pesados, foram coletadas e analisadas sangue e urina de 24h para glicose plasmática, creatinina, uréia e microalbuminúria, no início e final dos tratamentos. Os rins foram removidos e analisados para histologia com HE e PAS. Após 60 dias da indução do diabetes, houve um aumento significante na glicose plasmática (STZ: 544 ± 34 X CTL: 109 ± 3 mg/dL), uréia (STZ: 90,4 ± 9,8 X CTL: 44,7 ± 2,1 mg/24h), microalbuminúria (STZ: 0,46 ± 0,07 X CTL: 0,26 ± 0,03 ug / ml), creatinina (STZ:0.71 ± 0.06X CTL: 0.47 ± 0.03 mg/dl) e peroxidação lipídica (STZ: 18,3 ± 3,5 X CTL: 8,1 ± 2,3nMol/mg) seguido de uma diminuição no peso corporal (STZ: 242 ± 20 X CTL: 450 ± 14 g). A administração de Hemin (H) por 60 dias associada ao STZ diminuiu significativamente a glicemia (STZ + H: 338 ± 26 mg / dL) e a peroxidação lipídica (STZ + H: 9,1 ± 0,2nMol/mg); aumentou a creatinina (STZ + H: 1,06 ± 0,05 mg / dl) e a microalbuminúria (STZ + H: 1,41 ± 0,03 ug / ml). Esses resultados sugerem que a indução da HO-1 diminui a hiperglicemia e uréia, controla as alterações metabólicas observadas em DM1. O grupo H teve um efeito antioxidante, diminuindo a peroxidação lipídica, mas observou-se um efeito nefrotóxico direto e aumento de creatinina e microalbuminúria. Esse efeito antioxidante pode interferir na evolução da hiperglicemia e na função renal. Palavras Chaves: Doença renal crônica,Heme-oxigenase 1 EFEITOS DA REDUÇÃO DE SÓDIO NA DIETA E DO SÓDIO NO DIALISATO SOBRE A ÁGUA CORPORAL E MARCADORES INFLAMATÓRIOS EM PACIENTES HEMODIALISADOS LIDIANE SILVA RODRIGUES TELINI Faculdade de Medicina de Botucatu INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de morte em pacientes tratados por hemodiálise (HD), sendo a inflamação apontada como fator independente de risco para essas doenças. Recentemente, a expansão de volume foi apontada como uma das causas de inflamação nesses pacientes. OBJETIVOS: Avaliar os efeitos da diminuição da quantidade de sódio na dieta e na concentração de sódio na solução de HD sobre a evolução do volume de água corporal e dos marcadores inflamatórios. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Foram incluídos pacientes adultos tratados por HD há pelo menos 90 dias, com níveis séricos da proteína C reativa (PCR) ≥ 0,7 mg/dL, randomizados em três grupos: Grupo A, dieta, com 21 pacientes para os quais foram prescrita dieta com redução em 2 gramas/dia no teor de sódio, Grupo B, banho, com 20 pacientes nos quais a concentração de sódio na solução de HD foi reduzida de 138 para 135 mEq/L e Grupo C, controle, com 18 pacientes. Pacientes com processos infecciosos ou inflamatórios agudos e crônicos foram excluídos. Na 1ª, 8ª e 16ª semanas foram determinados marcadores inflamatórios, bioquímicos e o volume de água corporal pela bioimpedância elétrica. Os dados foram avaliados pela análise de variância para medidas repetidas ou pelo teste de Friedman. RESULTADOS: Não houve alterações significantes no volume de água corporal, pressão arterial e dados bioquímicos. No grupo A houve diminuição significante da PCR entre o início e a 8ª semana de estudo (p=0,022) e entre os pacientes do grupo B, houve tendência à redução das medianas da PCR entre o início e a 16ª semana. Redução significante das medianas das concentrações do TNF-α e da IL-6, entre a avaliação inicial e a 8ª semana e entre esta a 16ª semana, foram observadas nos grupos (p<0,05). No grupo C não houve variações significantes nas concentrações séricas dos marcadores inflamatórios. A frequência de efeitos adversos como câimbras e hipotensão aumentou no grupo B, em relação ao período anterior à intervenção (p<0,05), o que não foi observado nos grupos A e C. CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que restrição dietética de sódio ou sua redução na solução de HD são estratégias válidas, com potencial efeito benéfico no prognóstico de pacientes com DRC tratados por HD. A possibilidade de ocorrência de complicações intradialíticas em pacientes tratados pela redução da concentração de sódio na solução de HD deve ser levada em conta, no acompanhamento dos pacientes. EMPREGO DOS DIAGRAMAS DE CONTROLE PARA MONITORIZAÇÃO DAS INFECÇÕES DE CORRENTE SANGUÍNEA EM SERVIÇO DE HEMODIÁLISE DANIELA PONCE, Silvia Eduara de Albuquerque, Sandra M Q Ricchetti, Ricardo S Cavalante, Marcela de Lara Mendes, João Henrique Castro, Carlos Magno Fortaleza FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU INTRODUÇÃO: Embora seja exigida por legislação, a vigilância de Infecções de Corrente Sanguínea (ICS) em serviços de hemodiálise, há uma carência de padrões de comparação entre serviços (“benchmarking”). Nesse sentido, os diagramas de controle são importante recurso para comparação prospectiva do serviço ao longo do tempo e detecção de situações não usuais (surtos). OBJETIVO: Construir diagrama de controle para incidência de ICS em pacientes em hemodiálise, estratificados por uso de dispositivos intravasculares. MÉTODOS: Realizouse vigilância prospectiva das ICS entre março de 2010 e abril de 2011, utilizando critérios de definição da “National Healthcare Safety Network” (NHSN). Diagramas de controle para distribuição de Poisson foram construídos para três grupos de pacientes em hemodiálise: portadores de fístula arteriovenosa(FAV); portadores de cateter venoso central permanente (CVC-P) e portadores de cateter venoso central tempor ário (CVC-T). O limite de controle foi estabelecido em três desvios-padrão acima da média. Após identificação de taxas não usuais (“outliars”), estas foram excluídas do cálculo de médias típicas por grupo. Tais médias foram comparadas utilizando o Teste Mid-P, com limite de significância de 5%. RESULTADOS: O emprego do diagrama de controle permitiu identificação de um surto em portadores de FAV em abril de 2010. As demais medidas permaneceram em controle estatístico ao longo do estudo para os três grupos. As taxas de incidência de ICS obtidas foram: 0,6 episódios de ICS por 1000 FAV-dia, 7,3 por 1000 CVC-T-dia e 1,2 por 1000 CVC-P-dia. Pacientes com CVC-T apresentaram risco aumentado de desenvolver ICS em relação aos portadores de FAV (RR=12,66 IC95%=4,91-32,67) e CVC-P (RR=5,84, IC95%=2,48-13,75). CONCLUSÃO: Os diagramas de controle mostraram-se úteis para identificação de surto e determinação das taxas de incidência de ICS. Esta incidência foi significantemente maior nos portadores de cateteres temporários. Palavras Chaves: INFECÇÕES DE CORRENTE SANGUÍNEA, HEMODIÁLISE Função Física e Tempo de Diálise como determinantes para sintomas de depressão. CHRISTIANE HEGEDUS KARAM, Maria Claudia C. Andreoli, Nadia Karina Guimaraes Souza, Adriano L. Ammirati, Thais N.Matsui, Fabiana D. Carneiro,Rosana M. Cardoso, Ilson J. Iizuka, Ana Merzel Kernkraut, Bento F. Cardoso dos Santos HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN Introdução: A presença de depressão maior está associada a risco de evolução desfavorável, independente do estágio da doença renal crônica (DRC) e das comorbidades existentes. Objetivo: Identificar variáveis clínicas e de qualidade de vida associadas ao desenvolvimento dos sintomas de depressão, em pacientes com DRC em tratamento hemodialítico. Método: Foram incluídos no estudo adultos em tratamento hemodialítico no Centro de Diálise Einstein que responderam ao Inventário de Depressão de Beck e do Kidney Disease and Quality of Life Short Form (KDQOL-SFTM1). Dados demográficos e clínicos foram coletados dos prontuários de cada paciente. Pacientes foram classificados como apresentando ou ausência de sintomas de depressão. As análises estatísticas foram realizados com SPSS 16.0 software, os resultados foram expressos em média e erro padrão. Teste T de student foi utilizado para comparar os grupos e regressão logística para determinar fatores de risco. Resultados: Pacientes com sintomas de depressão estavam em tratamento dialítico por mais tempo do que os sem depressão (32.83±7.52 e 24,35±4.57 p=0.009). Não houve diferença estatística quanto à idade, sexo e estado civil, entretanto, embora não estatísticamente significante, pacientes com menor grau de escolaridade apresentaram menos sintomas de depressão. A adequação de diálise, presença de anemia e internação não influenciou sintomas de depressão. Sintomas de depressão associaram-se a: Função Física (22.22±6.02 e 47,83±8.01 p=0,032), Bem Estar Emocional (54,22±5,99 e 86.09±2,56 p=0.04), Função sexual (24,31±8,21 e 31,52±9,42 p=0,03), Sono (58,47±6,52 e 79,46±3,40 p=0.05), Satisfação Tratamento (86,51±4,82 e 91,60±2,55 p=0,02) e Estímulo Equipe diálise (69,44±6,56 e 88,04±3,46 p=0,039). Foram fatores independentes de risco para depressão tempo de diálise (p=0.009) e Função física (p=0,019). Discussão/Conclusão: A permanência por período prolongado em hemodiálise, assim como percepção da piora da função física, medida através da qualidade de vida, estão associados a sintomas de depressão. Estas informações contribuem para identificação do grupo de risco para esta condição, possibilitando a inclusão de estratégias de diagnóstico específico e tratamento que potencialmente podem influir na evolução destes pacientes. Palavras Chaves: depressão, qualidade de vida Função Renal e Microalbuminúria em Octogenários e Nonagenários Acompanhados em um Ambulatório de Geriatria Lopes MB,Araújo LMQ,Cendoroglo MS,Sesso RC Universidade Federal de São Paulo Introdução: Os idosos constituem o segmento de maior crescimento da população portadora de doença renal, mas o perfil da doença renal nos longevos (pacientes com 80 ou mais anos de idade) é pouco conhecido, sendo, portanto, um relevante tema de pesquisa. Métodos: Este é um estudo transversal, sua população é de indivíduos com idade> 80 anos, proveniente da comunidade e sem sinais clínicos de demência. Encontram-se em condições clínicas estáveis, sendo seguidos em ambulatório de Geriatria em um centro médico universitário. TFG foi estimada com utilizando as fórmulas: CKD-EPI e MDRD; microalbuminúria foi detectada em amostras de urina utilizando o método de imunoensaio fluorescente de fase sólida e considerado positivo quando apresentava valores acima de 20 mg/g de creatinina . RESULTADOS: 98 indivíduos idosos com idade média de 88,21 (intervalo de 80-99), 70 (72%) do sexo feminino, foram avaliados. Quando utilizado a fórmula CKD-EPI para calcular a TFGe, 12,2% (n=12) pacientes apresentavam valores entre 15 e 45 ml/minuto/1,73m2. Utilizando a fórmula MDRD, 11,2% (n=11) dos pacientes apresentavam valores entre 15 e 53 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia 45 15 e 45 ml/minuto/1,73m2. Microalbuminúria foi positivo em 44%(n=43) dos pacientes estudados. 11,7% (4) dos pacientes considerados positivos apresentavam TFGe (CKD-EPI ou MDRD) entre 15 e 45 ml/minuto/1,73m2. CONCLUSÕES: A maioria dos indivíduos longevos, acompanhados no ambulatório e que vivem na comunidade, tem função renal satisfatória, quando ela é estimada por equações baseadas em creatinina. Microalbuminúria é freqüente nesta população. Hipertrofia ventricular e mortalidade cardiovascular em pacientes de hemodiálise de baixo nível educacional Palavras Chaves: Função Renal, Idosos Fundamento. A hipertrofia ventricular esquerda é potente preditor de mortalidade em renais crônicos. Pacientes em diálise com baixa escolaridade têm expectativa de vida adicionalmente reduzida. Estudo prévio de nosso grupo mostrou que renais crônicos com menor escolaridade têm hipertrofia ventricular mais intensa. Objetivo: Verificar se a hipertrofia ventricular esquerda pode justificar a associação entre escolaridade e mortalidade cardiovascular de renais crônicos em hemodiálise. Métodos. Foram avaliados 113 pacientes em hemodiálise entre janeiro de 2005 e março de 2008 seguidos até outubro de 2010. A massa ventricular esquerda foi indexada para a altura elevada à potência de 2,7 (IMVE; g/m2,7). Foram traçadas curvas de sobrevida comparando a mortalidade cardiovascular e por todas as causas dos pacientes com escolaridade de até três anos (a mediana da escolaridade foi de três anos) (Grupo 1) e traçadas as mesmas curvas dos pacientes com escolaridade igual ou superior a quatro anos (Grupo 2). Foram construídos modelos múltiplos de Cox levando em conta as variáveis de confusão. Dados expressos em média ± desvio padrão. Resultados. Observou-se associação entre nível de escolaridade e hipertrofia ventricular; o Grupo 1 apresentou IMVE de 82,3±28,64 g/m2,7 e o Grupo 2 apresentou IMVE de 70,9±22,12 g/m2,7. A diferença estatística de mortalidade de origem cardiovascular e por todas as causas entre os grupos ocorreu aos cinco anos e meio de seguimento (p=0,029: 32% no Grupo 2 VS 68% no Grupo 1 para mortalidade por todas as causas; p=0,042: 15% no Grupo 2 VS 36% no Grupo 1 para mortalidade cardiovascular). No modelo múltiplo de Cox, ajustando-se para as variáveis de confusão, o IMVE e a PCR associaram-se de maneira independente à mortalidade por todas as causas (“hazard ratio”: 1,020; IC95%: 1,005-1,035; p=0,007) e (“hazard ratio”: 1,573; IC: 1,269-1,950; p<0,001) respectivamente e de origem cardiovascular (“hazard ratio”: 1,035; IC95%: 1,013-1,057; p=0,002) e (“hazard ratio”: 1,614; IC: 1,089 - 2,393; p= 0,017) respectivamente. A etiologia da insuficiência renal associou-se à mortalidade por todas as causas e a creatinina associou-se à mortalidade cardiovascular. A associação entre escolaridade e mortalidade perdeu significância estatística no modelo ajustado. Conclusão. A maior mortalidade cardiovascular observada nos pacientes com menor escolaridade pôde ser explicada por fatores de risco ordem bioquímica e de morfologia cardíaca. Gestão de qualidade vs. morbi-mortalidade em hemodiálise MANUEL CARLOS MARTINS CASTRO, Xagoraris M, Centeno JR, Gonzaga KBC, Marotta AMM, Barros GPT, Souza JAC Instituto de Nefrologia de Taubaté (Inefro) - Taubaté /SP Introdução: O impacto de um programa de metas para atingir os objetivos estabelecidos pelas diretrizes em diálise vem despertando o interesse dos nefrologistas. Paralelamente, a obtenção dos objetivos está sendo utilizada como um parâmetro para avaliar a qualidade do tratamento. Objetivos: Neste estudo descrevemos nossa experiência com esse tipo de instrumento de avaliação em um centro único de diálise. Casuística e Métodos: Estudo prospectivo com 12 meses de duração. A cada três meses foram avaliados os seguintes parâmetros de qualidade: Kt/V>1,2 em mais de 90% dos pacientes; 11<Hb<13g/dl em mais de 75% dos pacientes; saturação de transferrina>20% em mais de 90% dos pacientes; ferritina>100ng/ ml em mais de 90% dos pacientes; fósforo<5,5mg/dl em mais de 75% dos pacientes; produto CaxP<55mg2/dl2 em mais de 75% dos pacientes; albumina≥3,5g/dl em mais de 85% dos pacientes e fistula arteriovenosa para acesso vascular em mais de 90% pacientes. A cada trimestre os resultados foram avaliados e condutas eram estabelecidas para aproximar os resultados às metas. Neste estudo os objetivos foram definidos arbitrariamente. Os resultados são apresentados em porcentagem de pacientes que atingiram o objetivo e representam a média dos quatro períodos de observação. Durante o estudo as taxas de internação e mortalidade foram calculadas. Resultados: O número médio de pacientes em tratamento foi de 230/ mês. A porcentagem de pacientes que atingiu a meta para o Kt/V foi de 84,5%; Hb – 47,7%; saturação de transferrina – 86,6%; ferritina – 95,7%; fósforo – 58,6%; produto CaxP – 68%; albumina – 83,5% e FAV – 86,3%. No período de 12 meses, 30% dos pacientes foram internados. A taxa de internação foi de 0,46 int/pac/ano e a taxa global de mortalidade foi de 15,8%. Para os pacientes prevalentes (>90 dias em HD) a taxa de mortalidade foi de 11,7%. Conclusões: Nossos resultados mostram que: 1) dependendo da variável estudada atingir o objetivo é difícil, particularmente para Hb, fósforo e produto CaxP; 2) a implantação de um programa de metas pode ajudar a reduzir os índices de morbi-mortalidade de uma clínica de diálise; e 3) futuras diretrizes em diálise devem estabelecer objetivos a serem atingidos pelas clínicas, pois isto permitirá avaliar o desempenho do centro de diálise ao longo do tempo, além de permitir a comparação entre diferentes centros de tratamento. Palavras Chaves: morbi-mortalidade em hemodiálise, qualidade em hemodiálise Hipertensão Pulmonar secundária a Fistula arteriovenosa de alto débito FRANCISCO RAFAEL DO NASCIMENTO ALMEIDA, MARCELO CARVALHO NAVES RIBEIRO, MARIANA SALOMAO BRAGA,GABRIELA RODRIGUES DE SOUZA, BRUNO MARTINS TOKUDA, HEBERT HENRIQUE CAPUCI, VERONICA MARIA PEREIRA COSTA, RAFAEL AUGUSTO BORGES PAVANI, RAFAEL DINARDI MACHADO, MARIANA DE MORAES FRANÇOSO, ELBER RAFAEL GONÇALVES, BIANCA BARBOSA LEAL, FERNANDA TOLEDO PIZA FERRAZ, FERNANDA CAMELO SANCHEZ, HORACIO JOSE RAMALHO Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, São José do Rio Preto – SP Introdução: A Hipertensão Pulmonar é classificada conforme etiologia e também pela classe funcional. Ela é pode ser definida como pressão sistólica de ventriculo direito que excede 40mmhg.OBJETIVO: Relato de caso de Hipertensão Pulmonar secundária a Fistula Arteriovenosa de alto debito para hemodialise .Relato de Caso: Paciente do sexo masculino, 44 anos, natural de São Paulo, trabalhador rural.Tem hipertensão arterial sistêmica há 9 anos e Insuficiência Renal Crônica com agudização há 8 anos.Na ocasião da piora de função renal foi confeccionado fistula arteriovenosa para hemodiálise. Permaneceu em programa dialítico por 4 meses .Apresenta história de dispnéia progressiva há 1 ano , evoluindo com ortopnéia , dispnéia paroxística noturna e atualmente com dispnéia em repouso .Ao exame facie pletórica , estase de jugular e presença de fistula braquiocefálica em membro superior esquerdo de alto débito,dilatação importante da veia e circulação colateral região anterior do toráx. Realizado gasometria arterial que mostrou hipoxemia PO2 56 , ecocardiograma revelou pressão sistólica de ventriculo direito 76mmHg, FE 73% , espessura septal 13mm e discreta hipertrofia de ventriculo esquerdo.Cintilografia pulmonar sem alterações.Espirometria com distúrbio ventilatório obstrutivo moderado.Pelo quadro clínico apresentado optado por fechamento cirúrgico da fistula.Houve melhora significativa já no primeiro dia pós operatório. Realizado após uma semana novo ecocardiograma com normalização da pressão sistólica de ventriculo. Nova gasometria arterial sem hipoxemia PO2 80.Paciente encontra-se assintomático em acompanhamento ambulatorial.Conclusão : A hipertensão pulmonar grave causa grande limitação funcional. Nosso caso ressalta a importância dessa etiologia de hipertensão pulmonar em pacientes renais crônicos com fistula arteriovenosa para hemodiálise . Palavras Chaves: HIPERTENSÃO PULMONAR, FISTULA ARTERIOVENOSA ROSANA DOS SANTOS E SILVA MARTIN, MARTIN LC, Franco RJS, Barretti P, Caramori JSCT, Castro JH, Antunes AA, Basan SGZ, Matsubara BB, Martins AS FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - UNESP Palavras Chaves: DIÁLISE, HIPERTROFIA VENTRICULAR IMPACTO DO REUSO DE DIALISADORES NOS MARCADORES INFLAMATÓRIOS E DE PEROXIDAÇÃO LIPÍDICA EM PACIENTES EM HEMODIÁLISE CARLA BARBOSA MURARO FURLAN, HUGO ABENSUR, MANUEL CARLOS MARTINS DE CASTRO, JOAO EGIDIO ROMAO JUNIOR UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Introdução:O reuso de dialisadores é praticamente universal nas unidades de diálise do Brasil, porém na Europa esta prática já foi abandonada.Quando o programa de diálise crônica começou a ser implementado, o ítem de maior custo era o dialisador,e várias técnicas de reuso foram desenvolvidas,procurando aliar diminuição de custos a uma qualidade aceitável de tratamento.Os estudos que procuram avaliar o impacto do reuso de dialisadores na mortalidade dos pacientes ainda não são conclusivos.Uma altyernativa seria avaliar alguns marcadores relacionados à morbimortalidade,em pacientes submetidos ou não ao reuso de dialisadores,bem como os níveis dos produtos de peroxidação lipidica, como forma de avaliação para o aumento do estresse oxidativo e inflamação nos pacienes em hemodialise. Objetivamos também avaliar um possivel efeito protetor da N-acetilcisteina sobre os marcadores de peroxidação lipidica,em pacientes com reuso de dialisadores.Métodos: Estudamos 30 pacientes em hemodialise,os quais permaneceram por periodos de 6 semanas realizando hemodialise com reuso de capilares (periodo A),então passaram a 6 semanas com uso único de capilares (periodo B),retornaram ao periodo de 6 semanas com reuso de capilares (periodo C),e por ltimo realizaram hemodialise com reuso de capilares e uso de N-acetilcisteina (periodo D), na dose de 1200 mg/dia.foram coletadas amostras de sangue no final de cada periodo de 6 semanas,para dosagens como albumina, IL6 e TBARS.Resultados:Os valores das médias e desvio padrão da albumina (g/dl), nos periodos A,B,C e D foram respectivamente:4,24+0,28; 4,08+0,77;4,24+0,35 e 4,09+0,29; de Interleucina 6 (pg/ml) nos mesmos periodos:1,45+3,43; 2,02+4,46; 1,55+3,61 e 2,24+5,12, e com relação ao TBARS (nmol/ml)tivemos 8,75+6,79 no periodo A,11,14+4,90 no periodo B,10,58+6,79 no periodo C e 6,93+5,20 no periodo D.Após analise dos grupos utilizando ANOVA,verificamos diferença significativa entre os grupos de uso unico de capilares (periodo B) e reuso com N-acetilcisteina (periodo D), com p=0,04.Conclusoes:O reuso de dialisadores não traz prejuizos quando analisamos TBARS,IL¨e albumina.A N-acetilcisteina certa proteção em termos de TBARS,IL6 e albumina. Palavras Chaves: ESTRESSE OXIDATIVO,REUSO DE DIALISADORES Infecção da Corrente Sanguínea relacionada a cateter venoso central: atuação de enfermagem. MICHELY D. C. BRITO, Claudia Cyrino, Paula Chadi Tondatti, Elaine Silva de Freitas, Deborah Cristina Moraes Baptista, Marília Ferreira Figueiredo, Milene Mendonça FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU Introdução: Como definição, infecção relacionada à assistência a saúde é aquela adquirida 54 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia após a admissão do paciente e que se manifesta durante a internação ou após a alta, quando relacionada à internação ou procedimentos hospitalares.Na prática clínica do paciente hospitalizado, a infecção relacionada à assistência a saúde representa um desafio, assim como sua prevenção e controle de procedimentos invasivos.Os cateteres vasculares centrais são dispositivos indispensáveis para o tratamento e cuidado de pacientes em hemodiálise, porém o uso destes dispositivos predispõe o aparecimento de infecções locais e sistêmicas, cuja incidência varia de acordo com o tipo, local de inserção e cuidados na manipulação deste cateter, bem como os fatores relacionados a características do paciente.Dentro deste cenário o papel do enfermeiro é de extrema importância, na adoção de técnicas adequadas na manipulação deste cateter, e também na orientação e supervisão da equipe de enfermagem Objetivos: Identificar e analisar publicações cientificas que abordem a atuação preventiva do profissional enfermeiro na redução de infecções relacionada ao uso de cateter venoso central em pacientes críticos. Problema de pesquisa: Qual a atuação do profissional enfermeiro para prevenção de infecção de cateter venoso central? Casuística e Métodos: trata-se de uma revisão sistematizada, na qual foi referenciado publicações correspondentes ao período de 2006 a 2010 encontradas nas bases de dados: Lilacs, Medline e Scielo referentes à atuação do enfermeiro na prevenção de infecção da corrente sanguínea relacionada à cateter venoso Central. Resultados e Conclusões: Pode-se concluir que há poucos estudos que abordem a atuação deste profissional na prevenção de infecção por cateter venoso central. Como principais recomendações para prevenção de infecção relacionada ao uso de cateter identificou-se a necessidade de estimular o treinamento e educação continuada à equipe de saúde, em especial a equipe de enfermagem, o exame diário do sitio de inserção do cateter, a fim de identificar precocemente sinais flogisticos, bem como o uso de técnica asséptica para a realização do curativo e manipulação de suas conexões e redução do tempo de permanência. Acredita-se que há necessidade de esclarecimentos sobre os fatores de risco e preventivos, uma vez que poucos trabalhos utilizaram grupo controle para certificar-se da melhoria ou não da técnica proposta. Palavras Chaves: cateter venoso central, infecção INFLUÊNCIA DA ANEMIA NA FORÇA MUSCULAR DE PACIENTES SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE PEDRUZZI LM, LEAL VO, BARROS AF, LOBO JC, MAFRA D UFF Introdução: A anemia é uma das comorbidades mais frequentes em pacientes submetidos à hemodiálise (HD). A redução da capacidade de trabalho é uma das condições mais limitantes relatadas por pacientes anêmicos e, desta forma, podemos supor que a anemia é capaz também de comprometer a força muscular. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo foi avaliar a influência da anemia na força muscular de pacientes em HD. Casuística e Métodos: Foram estudados 55 pacientes (38 homens, 6 diabéticos, 49,0 ± 14,0 anos de idade) em programa regular de HD na clínica RenalVida-RJ. Para o diagnóstico de anemia foram considerados valores de hemoglobina (Hb) inferiores a 11g/dL. O dinamômetro mecânico tipo Smedley (Jamar) foi utilizado para aferição da dinamometria manual (DNM) no braço sem acesso vascular funcionante após a sessão de HD. Foram realizadas três leituras e apenas o valor máximo foi considerado. A função muscular foi considerada comprometida quando os valores de DNM foram inferiores ao percentil 10 correspondente, segundo gênero e idade, aos valores de referência obtidos para população urbana do RJ. Dados bioquímicos e de composição corporal também foram avaliados. A análise estatística foi realizada no Programa SPSS 17.0. Resultados: A maioria dos pacientes avaliados (61,8%) apresentou anemia e, aproximadamente 34,5% exibiram função muscular comprometida. Valores de DNM foram significativamente maiores nos homens (31,5 ± 10,0kg) quando comparados as mulheres (17,9 ± 6,2kg, p<0.0001). A DNM foi positivamente correlacionada com estatura, peso, índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura (CC), circunferência do braço (CB), circunferência do antebraço (CAnt), área muscular do braço corrigida (AMBc) e massa livre de gordura (MLG). Idade e eficiência dialítica (Kt/V) foram inversamente associadas aos valores de DNM. Valores de Hb e o hematócrito (Ht) não se correlacionaram com a função muscular. Palavras Chaves: força muscular,anemia INIBIÇÃO DA ATIVIDADE DA RENINA PELO LIPOPOLISSACARÍDEO DE Escherichia coli VIVIANE PEREIRA LIMA, WALDEMAR SILVA ALMEIDA, NESTOR SCHOR UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO - ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA Introdução/ Objetivos: Recentemente, em nosso laboratório, avaliamos o efeito direto do lipopolissacarídeo (LPS) de E. coli sobre o SRA em células mesangiais humanas (CMH) e demonstramos que a sua administração reduziu significantemente os níveis de Ang I e Ang II e seus metabólitos nas células. A expressão protéica não foi alterada pelo LPS, indicando que o LPS inibiu a atividade da renina ou enzimas com atividade semelhantes sobre o angiotensinogênio. Neste estudo, avaliamos se a inibição da atividade enzimática da renina pelo LPS foi devido a interação físico-química entre estas moléculas. Metodologia: Utilizamos três amostras, A1, A2 e A3, de proteína total (200µg) obtida de célula mesangial humana imortalizada (CMHI) incubadas com diferentes concentrações de LPS-FITC: 0,01 µg/mL; 0,10 µg/mL; 1,00 µg/mL, respectivamente, durante 1 hora; um grupo controle negativo (CT) contento apenas lisado celular e um grupo controle positivo (A4) contento apenas renina recombinante humana, tratada com 0,10 µg/mL de LPS-FITC , também incubado por 1 hora. Então procedeu-se ao isolamento do complexo renina+ LPS-FITC através da técnica de imunopreciptação em todas as amostras, utilizando anticorpo policlonal anti-renina. Logo após, determinamos os níveis de fluorescência dos imunoprecipitados, através do espectrofluorímetro. Posteriormente, quantificaremos os níveis de Ang I e II produzidos nos imunoprecipitados na presença de angiotensinogênio em excesso. Os grupos foram comparados utilizando-se teste T pareado (P < 0.05). Os dados são apresentados como média ± erro padrão. Resultados Parciais: foi observado um aumento da fluorescência média do imunoprecipitado tratado com a concentração de 1,0 µg/mL de LPS-FITC (A3) em comparação com o controle negativo (CT) e deste com o controle positivo (A4): 13383,5 nm vs 7418,25 nm vs 9616,5 nm, p< 0.05; n=4. Conclusão: Nossos resultados preliminares sugerem uma provável interação físico-química entra as moléculas de LPS e renina. O estudo está em andamento e na próxima etapa buscaremos determinar se essa interação inibe, efetivamente, a atividade enzimática da renina. Palavras Chaves: RENINA, LPS INTERVENÇÃO DIALÍTICA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA Leticia de Oliveira, Ana Lúcia Carvalho, Dermilene Aparecida Martins Madeira, Francisco Roberto Lello Santos, Edson Nogueira Alves Rodrigues Júnior UNIFENAS - MG Introdução: A terapia renal substitutiva pode prevenir e corrigir os efeitos adversos e as complicações potencialmente fatais da insuficiência renal. Diversas causas acarretam insuficiência renal na unidade de terapia intensiva (UTI), contribuindo de maneira significativa para a mortalidade e morbidade. Neste contexto, a terapia dialítica pode ser realizada por meio de circuitos extracorpóreos (hemodiálise-HD), ou via peritoneal (diálise peritoneal-DP). Neste estudo, analisamos as intervenções dialíticas aplicadas na UTI pediátrica do Hospital Universitário Alzira Velano (HUAV), causas e desfechos clínicos. Material e métodos: De janeiro de 2009 a maio de 2011, vinte crianças necessitaram de diálise na UTI pediátrica do HUAV. A indicação de diálise seguiu critérios de acordo com o pRIFLE (risk, injury, failure, loss, and end-stage renal disease). A opção do método, HD ou DP, foi definida pela equipe profissional no momento da avaliação. Para HD foi utilizada a máquina Fresenius® 4008S, com capilares polissulfona F3 a F5, cateteres venosos de 7 a 11fr. Para DP foi implantado cateter tunelizado, soluções de 1,5% a 4,25%, 10 20 ml̸Kg, atingindo 50ml̸Kg̸troca, com permanência de 30 a 120̕ na cavidade. Resultados expressos em média±SE. Student’s t-test. Resultados: Vinte pacientes, sendo doze do sexo masculino, com idade variando de menos de 30 dias até nove anos, submeteram-se a terapia dialítica, dez em HD e dez em DP. Distribuídas em 11 casos de sepsis, 04 causas glomerulares, 02 isquêmicas e 03 pacientes tiveram diagnósticos de doença renal crônica. A idade média dos pacientes em HD foi superior (46,6±13,9 e 14,2±4,7meses, p=0,04). Menor débito urinário no grupo HD (1,1±0,4ml̸Kg̸h) quando comparado com os pacientes em DP (2,6±0,6ml̸Kg̸h, p=0,07). A ureia plasmática pré diálise foi de 141,2±43,6 na HD e 123,0±23,5mg̸dl na DP (p=0,61).. Níveis superiores de potássio séricos pré dialíticos, não significativos, em HD (4,5±1,7 e 3,7 ±0,9mg̸dl, p=0,23). Quase dois terços dos pacientes sépticos submeteram-se a DP. A mortalidade global foi de 55% sem diferenças nos grupos HD e DP. Na sepsis dialítica este valor atingiu 63,6%. Conclusão: A intervenção dialítica em UTI ocorre num cenário de alta mortalidade. A HD tem preferência em situações de hipervolemia, hipercatabolismo e hipercalemia. A DP fornece uma gradativa depuração de solutos e ultrafiltração, favorecendo sua indicação em situações de instabilidade cardiovascular e em faixas etárias reduzidas. Palavras Chaves: diálise,pediatria Mortalidade cardiovascular de pacientes em hemodiálise: Análise de dois anos de follow-up JULIE CALIXTO LOBO1, Milena Barcza Stockler Pinto1, Najla Elias Farage2, Luiz Guilhermo Coca Velarde3, João Paulo Machado Torres1, Denise Mafra3 1 - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 2 - Clínica Renalcor 3 - Universidade Federal Fluminense Introdução: A principal causa de mortalidade dos pacientes renais crônicos sob hemodiálise (HD) é a doença cardiovascular, no entanto; apenas os fatores de risco tradicionais como diabetes, hipertensão, hiperlipidemia e obesidade, não conseguem explicar esta situação na doença renal crônica (DRC), já estresse oxidativo e a inflamação parecem desempenhar um papel central no desenvolvimento e progressão da doença cardiovascular e suas complicações na DRC. Objetivo: Verificar a influência de marcadores inflamatórios e de estresse oxidativo na mortalidade cardiovascular de pacientes HD em um follow-up de dois anos. Métodos: A mortalidade cardiovascular foi avaliada em um estudo prospectivo de follow-up de 2 anos (Março 2008 a Março 2010) em 47 pacientes em tratamento hemodialítico da clínica RenalCor – RJ (29M/18F; tempo de diálise 57,5 ± 50,1 meses). Níveis de IL-6, TNF-α, MCP-1, PAI-1 e proteína C-reactiva (PCR) foram determinados através do ensaio multiplex R&D Systems®. O colesterol total foi mensurado por métodos enzimáticos. Foi utilizado o programa S-Plus para a realização dos testes estatísticos. Resultados: Os níveis de IL-6, TNF-α, PCR, MCP-1, PAI-1 e colesterol total dos pacientes HD foram 4,1 ± 1,6 pg/ml, 5,5 ± 2,1 pg/ml, 0,32 ± 0,30 mg/ml, 47,6 ± 24,2 pg/ml, 7,0 ± 2,7 ng/ml e 155 ± 38,2 mg/dL respectivamente. As análises de regressão de Cox revelaram que após o follow-up de 24 meses, ocorreram 11 óbitos, todos decorrentes de causas cardiovasculares e os níveis de colesterol total, PCR, TNFα, IL-6 e o tempo de diálise tiveram influência significativa na mortalidade desses pacientes.. Conclusão: Nossos resultados afirmam que os níveis de colesterol total, PCR, TNFα, IL-6 e tempo de diálise são fatores preditores independentes de mortalidade cardiovascular nesta população de pacientes HD que foi seguida por dois anos. Apoio FAPERJ, CNPq, Grupo Renalcor. Palavras Chaves: Mortalidade Cardiovascular, Follow-up 55 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia Mortalidade de pacientes portadores de doença crônica em programa regular de hemodiálise no período de dez anos em um único centro de diálise Caetano CP1, Rabelo EC2, Rabelo VC3, Pereira ERS4 1 - CENTRO EDUCACIONAL SERRA DO ÓRGÃOS 2 - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ANÁPOLIS (UNIEVANGÉLICA) 3 - PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA 4 - UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS Introdução: A mortalidade em pacientes com Doença Renal Crônica (DRC) em terapia de substituição renal é elevada quando comparada à população em geral, sendo a doença cardiovascular a principal causa de óbito nesses pacientes. Objetivos: Analisar as causas de óbito e descrever as características demográficas e clínicas destes pacientes. Casuística e métodos: Estudo retrospectivo, descritivo, realizado em uma unidade de hemodiálise, Nefroclínica – Clínica de Doenças Renais, em Goiânia-GO. Foram incluídos no estudo 96 pacientes que estavam em programa crônico de hemodiálise, e que foram a óbito no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2010. Foram excluídos pacientes com insuficiência renal aguda. Resultados: Dos 96 pacientes que foram a óbito, 64% eram do sexo masculino, 65% maiores de 60 anos e 49% brancos, com tempo médio em hemodiálise de 36,01 meses (desvio padrão de 36,03). Quanto ao índice de massa corpórea (IMC) observou-se que 14,6% apresentavam IMC > 24,9, enquanto 19,8% eram baixo peso. Quanto aos hábitos 23% referiam tabagismo e 7,3% etilismo. A doença de base mais comum foi o diabetes melitos com 40,6%, seguido de hipertensão arterial, 30,2%. A co-morbidade relatada de maior relevância foi a doença coronariana em 26%. O número de óbito por ano variou de 7 a 13 ao longo do período avaliado, correspondendo a uma taxa anual de óbito de 9 a 13%. Sendo as causas de óbito de maior prevalência a cardiovascular (41%), infecciosa (15%) e neoplásica (10%). Parâmetros laboratoriais dos pacientes analisados foram: uréia sérica pré-hemodiálise média de 126,79 mg/dL, creatinina sérica média 7,16 mg/dL (desvio padrão de 2,29), o hematócrito com média de 15,72% (desvio padrão de 18,42). O KTV médio foi de 1,52 (desvio padrão de 0,46) sendo que 75% dos pacientes apresentaram KTV ≥ 1,3.Conclusões: As principais causas de mortalidade nos pacientes com DRC em hemodiálise analisados foram as cardiovasculares seguida das infecciosas, com predomínio de pacientes do sexo masculino e idosos. Palavras Chaves: doença renal crônica, causas de mortalidade Necrose de Papila Renal em paciente portador de Anemia Falciforme ANDRADE , R1, PEREIRA, BJ12, MAKIDA, SCS2, OLIVEIRA, RB1, ROMÃO JR, JE2 1 - UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO, SÃO PAULO-SP 2 - HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO A anemia falciforme (AF) pode comprometer a função renal gravemente através de complicações vasculares que cuminam com a necrose de papila renal. Objetivo: relatar caso clínico de paciente com AF e insuficiência renal dialítica por necrose de papila renal. Caso clínico: paciente 30 anos, masc, pardo, natural e procedente São Paulo (SP), casado, chegou ao pronto socorro (PS), com queixas de três dias de dispnéia, tosse com expectoração amarelada, episódios de dor torácica bilateral, dores difusas no corpo e flanco direito e hematúria macroscópica. Sem seguimento há três anos hematologia. Tabagista, etilista (2-3cervejas/ dia), uso maconha, cocaína inalatória e injetável. Exame físico: regular estado geral, descorado 2+/4+, ictérico 2+/4+. PA :200x 110mmhg, FC 96bpm. Ausculta pulmonar estertores crepitantes em base esquerda, FR 18 mpm, Ausculta cardíaca sopro sistólico 1+/6+ panfocal. Abdome cicatriz de esplenectomia, dor palpação flanco direito, teste descompressão brusca negativa, Giordano negativo. Membros inferiores sem alterações. Exames prévios à internação: Uréia(U)=17 mg/dL, Creatinina(Cr)=0,65 mg/dL. No PS, radiografia de tórax normal, U=141mg/dL,Cr=4,66mg/dL,Na=130mEq/L,K=3,7mEq/L, Hb=7,2g/L, Hto=20,4%, Leucócit os=27.260,Plaquetas=337.000,urinaI:pH=6,0;Densidade=1010, proteína=1,0 g/L , leucocitúria e hematúrias intensas, sem hemácias dismórficas. Identificada emergência hipertensiva e insuficiência renal associado a crise álgica lombar e possível infecção urinária concomitante. Indicado nitroprussiato de sódio, Ceftriaxone e Claritromicina, terapia dialítica de urgência e investigação do quadro. No USG Doppler hidronefrose renal direita com rim direito hiperecogênico, sem obstrução, sem trombos em artérias e veias renais; TC abdome e pelve: discreta/ moderada dilatação pielocalicial direita, ectasia ureteral proximal com material hiperatenuante em terço médio (coágulo). Feito a hipótese diagnóstica da presença de infarto renal e necrose de papila renal. Após estabilização do quadro pressórico e término do tratamento com antibióticos permaneceu em tratamento dialítico crônico. Conclusão: acompanhamento de pacientes com anemia falciforme deve ser realizado regularmente a fim de identificar as alterações renais precoces, apesar de eventos vasculares graves serem difíceis de prever, devem ser diagnosticados prontamente a fim de tratar adequadamente e evitar a elevada morbidade e mortalidade associada. Introdução: A confecção de fistulas arteriovenosas para hemodiálise (FAVs) na clínica Lauro de Freitas, em Jacobina, a 330 km de Salvador, dependia do deslocamento de um cirurgião vascular da capital, o que acarretava um tempo de permanência de cateter temporário alto, além de um custo adicional do deslocamento do cirurgião. Após participação em 160 acessos em 3 anos (240 horas de treinamento) o nefrologista assumiu a responsabilidade pela realização das FAVs, o que é permitido pela legislação brasileira. Objetivo: Análise descritiva das confecções de FAVs realizadas por nefrologista, em Jacobina (BA), no período de 15/10/2009 a 19/04/2011. Metodologia: Os procedimentos foram executados pelo mesmo nefrologista, auxiliado por enfermeiro graduado ou técnico de enfermagem, no centro cirúrgico do Hospital Municipal Antonio Teixeira Sobrinho. As anestesias locais eram feitas pelo nefrologista, sendo outros procedimentos anestésicos realizados por anestesista. A presença de frêmito era avaliada pelo exame clínico. Resultados: Foram realizados 106 acessos distribuídos da seguinte forma: Fístula rádio-cefálica (FAVRC) = 47 (44,34%), fístula bráquio-cefálica (FAVBC) = 37 (34,90%), fístula bráquio-basílica com transposição da veia basílica (FAVBB) = 20 (18,87%), fístula ulnar-basílica (FAVUB) =01 (0,94%) e fístula rádio-basílica com transposição da veia basílica no antebraço (FAVRB) = 01 (0,94%). Tivemos 102 (96,23%) acessos com frêmito presente no pós-operatório imediato e 04 (3,77%) acessos sem frêmito, considerados como falha primária. Após 30 dias, 93 (87,74%) acessos apresentavam frêmito e 13 (12,26%) não apresentaram frêmito. Considerando apenas as FAVs realizadas nos 31 pacientes ainda em tratamento conservador, tivemos 21 (67,74%) FAVRC, 09 (29,03%) FAVBC, 01 (3,22%) FAVBB, com sucesso de maturação em 30 dias em 28 (90,32%) acessos. Conclusão: Os acessos vasculares realizados por nefrologista apresentaram um bom índice de sucesso, diminuindo o tempo de permanência do acesso vascular provisório. Além disso, um número significativamente maior de FAVs puderam ser feitas em pacientes em tratamento conservador, permitindo a realização de FAVs mais simples e distais. A realização do acesso vascular pelo nefrologista é possível, trazendo vários benefícios aos pacientes e aos serviços. Orientação nutricional e do uso do quelante de fósforo no controle da hiperfosfatemia de pacientes em hemodiálise. SANCHES M1, LUCCA LJ2, COSTA JAC2 1 - Universidade de São Paulo 2 - Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto Introdução: Alterações nos mecanismos de controle da homeostase do cálcio e do fósforo e o distúrbio mineral e ósseo (DMO) são complicações comuns na doença renal crônica (DRC) e constituem-se em importante causa de morbidade e decréscimo da qualidade de vida. A orientação dietética é essencial nos pacientes em hemodiálise (HD), uma vez que o consumo de alimentos fonte de fósforo está diretamente associado com a hiperfosfatemia. A associação entre restrição dietética de fósforo e uso de quelantes deve ser empregada como rotina para os pacientes em HD na tentativa de normalizar a fosfatemia. Objetivo: Caracterizar os níveis séricos de fósforo de pacientes em HD antes e após orientações da dieta e do uso adequado da medicação quelante. Casuística e Métodos: Foram incluídos 11 pacientes com diagnóstico de DMO-DRC atendidos no Ambulatório de Distúrbio Mineral e Ósseo (ADMO) localizado na Unidade de Diálise. Variáveis demográficas e clínicas, bem como exames séricos de fósforo foram obtidas por meio da consulta ao Prontuário Médico. Utilizou-se o método Recordatório de 24 horas para conhecer o consumo alimentar habitual dos participantes. Um questionário de conhecimento foi aplicado com a finalidade de orientar os pacientes para adoção de uma dieta restrita em fósforo associado ao uso correto do quelante visando normalizar a fosfatemia. No retorno verificou-se novamente o último exame bioquímico de fósforo. O teste t-student foi aplicado para comparar os valores de fósforo sérico antes e após a intervenção. A significância estatística foi definida como p < 0,05. Resultados: Dentre os participantes, 54,5% eram do sexo masculino, com média de idade de 42,2 (± 9,6) anos e tempo em HD de 7,3 (±3,3) anos. A maioria dos indivíduos (45,5%) possuía escolaridade de nível fundamental incompleto. Os valores médios de peso, estatura e IMC foram 67,2 (±22,1) kg, 1,60 (±0,1)m e 25,0 (±7,2)kg/m², respectivamente. A ingestão energética diária foi 22,6 (±9,8)kcal/kg, e a protéica de 1,1(±0,5)g ptn/kg, valores abaixo do recomendado; o consumo de fósforo esteve dentro da normalidade (857,1±336,4mg). Houve diferença estatística entre a fosfatemia inicial e final (7,5±1,10 e 6,3±0,84mg/dL) com valor de p<0,05. Conclusão: A atuação do profissional nutricionista na promoção da educação aos pacientes sobre dieta e uso adequado dos quelantes pode contribuir significativamente no tratamento da hiperfosfatemia de pacientes renais crônicos em HD. Palavras Chaves: hiperfosfatemia, hemodiálise Perfil clonal de Staphylococcus aureus resistentes à oxacilina isolados de peritonites em diálise peritoneal CARLOS HENRIQUE CAMARGO1, DANILO FLÁVIO MORAES RIBOLI2, ALESSANDRO LIA MONDELLI1, JACQUELINE TEIXEIRA CARAMORI1, AUGUSTO CEZAR MONTELLI1, MARIA DE LOURDES RIBEIRO DE SOUZA DA CUNHA2, PASQUAL BARRETTI1 Palavras Chaves: anemia falciforme, hemodiálise 1 - FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU, UNESP 2 - INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS DE BOTUCATU, UNESP Nefrologia intervencionista: A confecção do acesso vascular (fístula arteriovenosa) para hemodiálise pelo nefrologista: experiência no serviço de terapia renal substitutiva do município de Jacobina, interior da Bahia. A peritonite por Staphylococcus aureus é uma grave complicação da diálise peritoneal (DP) associada com elevada percentagem de falência da técnica e alto risco de óbito. A resistência à oxacilina mediada pelo gene mecA é um importante preditivo de resistência aos demais beta-lactâmicos. O cassete cromossômico estafilocóccico mec (SCCmec) e um elemento genético composto de estruturas variáveis que permite sua tipagem e pode auxiliar na epidemiologia dos S. aureus resistentes à oxacilina. A tipagem utilizando a análise DNA cromossômico bacteriano também fornece subsídios importantes para caracterização da epidemiologia dessas infecções. Assim, este estudo objetivou avaliar a prevalência de S. aureus resistentes Flávio Menezes de Paula1, Sérgio Fernando Ferreira dos Santos2, Monique Coutinho da Silva Menezes de Paula1, Levi Bahia1, Indalécio Magalhães1 1 - CLINICA DE HEMODIáLISE LAURO DE FREITAS LTDA 2 - Universidade Estadual do Rio de Janeiro 56 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia à oxacilina, tipar o SCCmec e analisar a diversidade clonal de isolados de peritonites por S. aureus de pacientes em DP tratados num único centro durante um período 15 anos. A técnica de PCR foi utilizada para detecção do gene mecA e tipagem do SCCmec, e a análise da clonalidade foi realizada por digestão do DNA cromossômico por SmaI seguida de eletroforese em campo pulsado (PFGE). Amostras relacionadas foram definidas ao coeficiente de similaridade de Dice de 80%. Durante 15 anos, 73 episódios de peritonites por S. aureus ocorreram em 56 pacientes. O gene mecA foi detectado em 9 (12,3%) amostras. A tipagem do SCCmec permitiu a classificação de apenas três isolados: dois apresentaram o SCCmec tipo III e um apresentou o SCCmec tipo I. Oito clusters puderam ser definidos pela tipagem por PFGE. Historicamente, os SCCmec tipos I a III são relacionados ao ambiente hospitalar, enquanto os SCCmec tipo IV e V relacionam-se à comunidade. As amostras de S. aureus com SCCmec tipo III deste trabalho apresentaram coeficiente de similaridade >80%, mostrando-se, portanto, relacionadas. Essas amostras foram isoladas de pacientes diferentes em um intervalo de tempo de 14 meses. Os resultados sugerem fortemente a presença de um fator comum na disseminação dessas microrganismos relacionados. Considerando que o SCCmec destes isolados é tipo III, supõe-se a origem hospitalar destas amostras. Agradecimento: FAPESP. resistência a Vancomicina, quando testado para as bactérias gram positivas. Houve também uma prevalência de 5% de infecções por Pseudomonas. CONCLUSÕES: a porcentagem de positividade poderia aumentar se houvesse coleta das pontas dos cateteres e/ou hemoculturas diretamente coletadas dos cateteres, embora aumentasse os custos. Entretanto, como os agentes mais comuns foram os gram positivos, a maioria sensíveis a cefalexina e também a vancomicina, demonstramos que esse protocolo utilizado foi adequado para a grande maioria dos casos de infecção. Palavras Chaves: PERITONITE, STAPHYLOCOCCUS AUREUS Introdução: A doença renal crônica (DRC) emerge como um sério problema de saúde pública mundial, sendo considerada uma “epidemia” de crescimento alarmante. Com envelhecimento da população, deve-se chamar atenção para mudanças do perfil de pacientes dialíticos e aumento da quantidade de pacientes dependentes desse tratamento. Objetivo: Este estudo visa analisar as características clínicas e socioeconômicas dos pacientes renais crônicos em hemodiálise na UNIRIM. Métodos e Casuística: Estudo descritivo transversal realizado na Unidade de Nefrologia, Maceió, Alagoas. Para coleta dos dados foi utilizado questionário socioeconômico padronizado e revisão de prontuário referente aos 46 pacientes em tratamento no período de janeiro a junho de 2011. O conhecimento do perfil de pacientes atendidos em uma unidade de tratamento dialítico é essencial para auxiliar no planejamento e posterior desenvolvimento de processos de assistência a esses pacientes. Resultados e Conclusão: A amostra foi constituída por 19 mulheres (41,3%) e 27 homens (58,7%), sendo a média da idade do grupo de 47,7 anos, tempo médio de tratamento de diálise 28 meses; composta por 22 (47,8%) pacientes brancos, 8 (17,4%) negros e 16 (34,8%) pardos. Quanto à ocupação, 52,2% são aposentados. Segundo escolaridade, a prevalência de ensino superior foi 34,8%, seguido de ensino médio incompleto com 26,1% e 6,5% com ensino fundamental incompleto. Quanto à renda salarial em salário mínimo (sm), 37% dos pacientes recebem de 1 a 3 sm e 6,5% menos de 1 sm. Em relação à etiologia, a hipertensão foi a principal causa de IRC com 50%, seguido por diabetes mellitus com 37%, glomerulopatias com 4,3%, doença policística 2,1%. 21,7% dos pacientes são etilistas e 95,6% não são tabagistas, entretanto 28,3% destes pacientes fumaram anteriormente com média de tempo de uso de 16 anos. Nas comorbidades encontradas, a principal foi HAS com 26%, seguida de 19,5% com dislipidemias, 10,8% com neoplasias. A maioria dos pacientes é do sexo masculino, caucasianos, aposentados, com nível superior, renda mensal baixa entre 1 a 3 sm. PERFIL DOS PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA DIALÍTICA INTERNADOS EM UMA ENFERMARIA DE CLÍNICA MÉDICA PAULO ROBERTO SANTOS1, Silbere Silva do Amaral2 1 - Faculdade de Medicina de Sobral, Universidade Federal do Ceará 2 - Santa Casa de Misericórdia de Sobral, CE Introdução: O conhecimento do perfil de pacientes em diálise internados em hospital de referência pode colaborar na elaboração de estratégias e planos de atendimento ao portador de doença renal crônica (DRC). Objetivo: Descrever o perfil demográfico, clínico e laboratorial de pacientes com DRC dialítica internados em uma enfermaria de Clínica Médica. Casuística e Métodos: O local de estudo foi a Enfermaria de Clínica Médica da Santa Casa de Misericórdia de Sobral, único hospital terciário da zona norte do estado do Ceará, onde funciona o único centro de diálise da região. Foram incluídos os pacientes com DRC dialítica que se internaram na referida Enfermaria no período entre agosto e novembro de 2010. Foram coletados dados sócio-demográficos, laboratoriais, tipo de acesso para diálise, motivo de internação, ocorrência de óbito e condição clínica na alta hospitalar. Os critérios da Associação Brasileira de Pesquisa de Mercado foram utilizados para definição da classe social. O Índice de Gravidade da Doença Renal foi aplicado para estratificação das co-morbidades. Resultados: Foram estudados 39 pacientes, 25 (64,1%) homens e 14 (35,9%) mulheres, idade média de 57,1 ± 13,7 anos e tempo médio em diálise de 9,6 ± 19,0 meses. Todos os pacientes pertenciam à classe social E. Todos os pacientes eram submetidos à hemodiálise. As etiologias da DRC foram: diabetes (51,2%), nefroesclerose hipertensiva (25,6%), glomerulonefrite crônica (13,9%), pielonefrite crônica (7,0%) e doença renal policística (2,3%). Os motivos de internação foram: uremia (53,5%), infecção (30,2%), emergência hipertensiva (4,7%), insuficiência cardíaca (4,7%) e outros motivos (6,9%). Em relação a co-morbidades, 76,9% foram classificados na categoria leve, 20,5% leve para moderada e 2,6% sem co-morbidades. Vinte e três (59,0%) tinham como acesso vascular cateter duplo-lúmen e 16 (41,0%) fístula artério-venosa. As médias dos valores laboratoriais foram: 8,0 ± 1,7 g/dl de hemoglobina, 3,2 ± 0,6 g/dl de albumina, 8,9 ± 1,4 mg/dl de cálcio 5,4 ± 1,2 mg/dl de fósforo. Trinta e sete (94,8%) tiveram alta com melhora clinica da condição que motivou a internação e 2 (5,2%) evoluíram para óbito. Conclusões: Uremia como principal causa de internação e alta percentagem de acesso provisório para diálise indicam falta de acompanhamento especializado prévio. O estudo aponta que deve se fazer esforço na região para que a DRC seja diagnosticada em estágios mais precoces. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INFECÇÕES ASSOCIADAS A CATETER TEMPORÁRIO DE DUPLO LUMEN EM HEMODIÁLISE RUY CESAR SANTOS SALOMãO SCKAYER, TULIO COELHO CARVALHO, MIGUEL MOYSES NETO, ANA CAROLINA C F ABREU, RODOLFO ANTONIO NASCIMENTO, OSVALDO MEREGE VIEIRA NETO, NATHALIA PEREIRA PASCHOALIN, CAROLINA TELLES BARRETO SENERP INTRODUÇÃO: A utilização de cateter temporário Duplo-Lúmen(CDL), inseridos em veias de grande calibre também denominado de cateter venoso não tuneilizado, trouxe como benefício a praticidade e rapidez na implantação permitindo seu uso imediato. Entretanto, a Incidência de infecção associada a CDL é elevada, com os agentes gram positivos sendo os mais prevalentes (em torno de 61%). OBJETIVOS: Traçar o perfil epidemiológico das infecções de CDL em hemodiálise, bem como analisar a sensibilidade aos antibióticos das bactérias mais prevalentes, e verificar se o protocolo utilizado foi adequado.MATERIAIS E MÉTODOS: Esse trabalho de cunho retrospectivo, foi realizado de janeiro de 2008 a dezembro de 2010. Foram verificados os prontuários dos pacientes submetidos a hemodiálise por cateter e analisadas as hemoculturas positivas em cada episódio. Nesse Serviço pacientes com suspeita de infecção apresentaram febre nos períodos entre as sessões de hemodiálise ou pirogenia durante as sessões. O protocolo do Serviço é retirar o cateter nessas ocasiões, colher hemocultura de veia periférica e iniciar tratamento com antibiótico durante 5 dias até obter o resultado da cultura. A cefalexina foi o antibiótico mais utilizado e em segundo lugar a vancomicina em casos mais graves com suspeita de envolvimento sistêmico. RESULTADOS: Foram solicitadas x hemoculturas nesse período em pacientes com suspeita de infecção. Das hemoculturas solicitadas, 31 % foram positivas, sendo o S. aureus o mais prevalente com 65%, seguidos por S. coagulase negativa, 20%. O perfil de resistência a cefalexina foi de 12%, apresentando 6% a S.aureus e 25% a S. coagulase negativa. A oxacilina apresentou 2% de resistência, sendo 100% sensível a S. aureus e 10% de resistência a S. coagulase negativa. Não houve Palavras Chaves: INFECÇÃO, CATETER PERFIL SOCIOECONÔMICO DE PACIENTES RENAIS CRÔNICOS EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO EM CLÍNICA PRIVADA DA CIDADE DE MACEIÓ. Presídio GA, Loureiro JL, Mendonça KG, Soutinho MFL, Pacheco GA, Silva AAB, Ressurreição FAMS, Gouveia EA, Oliveira CAF UNIRIM – Unidade de Nefrologia de Alagoas Palavras Chaves: PERFIL SOCIOECONÔMICO, INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Peritonite Bacteriana Causada por Staphylococcus epidermidis Multi Resistente na Diálise Peritoneal em Paciente Sem Acesso Vascular BRUNO ZAWADZKI, Renata Lima, Beatriz Penedo Leite, Maurilo Leite Junior UFRJ Introdução: A peritonite bacteriana (PB) é uma das maiores complicações nos pacientes em diálise peritoneal (DP), sendo a principal razão de “drop out” do método. O Staphylococcusepidermidis multi sensível, é um dos patógenos mais associado aos episódios de PB em DP, apresentando resposta terapêutica satisfatória. Objetivos: Relatar o caso de uma paciente em DP, sem acesso vascular, que apresentou PB causada por Staphylococcus epidermidis multi resistente. Casuística e Métodos: L.M.P, 46 anos, natural do RJ,portadora de nefrite lúpica desde 1993. Evoluiu com doença renal crônica terminal, secundária a patologia de base, iniciando hemodiálise (HD) em 2007. Em 2009 perdeu a fístula arteriovenosa e foi constatado que não havia novos acessos vasculares, sendo transferida para DP. Em agosto de 2010, evoluiu com sinais clínicos de PB. No dia 31/08/10 foram coletadas 2 amostras de líquido peritoneal (LP) e iniciado cefazolina intraperitoneal e ciprofloxacina oral empiricamente. As culturas revelaram o crescimento do Staphylococcus epidermidis, multi sensível, que foi tratado por 14 dias conforme protocolo do serviço. No final de setembro de 2010, a paciente apresentou sintomas compatíveis com PB, confirmada através da cultura do LP que demonstrou o crescimento do Staphylococcus epidermidis multi resistente. Foi realizado tratamento com vancomicina por 21 dias, resultando em melhora clínica. No início de novembro 2010, a paciente apresentou novo quadro de PB, com a cultura do LP revelando novamente o crescimento do Staphylococcus epidermidis multi resistente, sensível a vancomicina, com concentração inibitória mínima para vancomicina (MIC) de 4. Foi iniciado 1 g diário de vancomicina intravenosa, sem melhora clínica nas primeiras 72h. Acrescentado rifampicina oral e realizada a troca simultânea do cateter de Tenckhoff (TK) após 72h de tratamento. Resultados: Após o acréscimo da rifampicina houve importante melhora. A paciente apresentou boa evolução, sem novas recidivas ou recorrências até o momento. Conclusão: A PB secundária a DP por Staphylococcus epidermidis resistente é uma intercorrência incomum, sendo eventualmente necessário associar antibióticos sinérgicos ao antibiótico de escolha para o tratamento de acordo com sua MIC. Essa conduta é primordial nos casos de colonização do cateter de TK que necessitam de troca simultânea do cateter de TK por falência vascular, para obtenção de um tratamento efetivo, preservando a membrana peritoneal. Palavras Chaves: Peritonite Bacteriana, Staphylococcus multi resistente 57 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia Polineuropatia periférica em pacientes com insuficiência renal crônica em hemodiálise. BERTOTTI MEZ, BALBI AL, CARAMORI JCT, MARTIN LC, BERTOTTI MFZ, BARRETTI P, RESENDE LAL Disciplinas de Neurologia e de Nefrologia da Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP Introdução: A ocorrência de polineuropatia periférica em pacientes com insuficiência renal crônica (IRC) varia de 10 a 83% dos casos, segundo diferentes autores, com predomínio no sexo masculino. A polineuropatia periférica da uremia é distal, simétrica, do tipo misto, motora e sensitiva, afetando mais as pernas que os membros superiores, usualmente com sintomas sensoriais positivos, do tipo parestesias e disestesias. A diálise pode prevenir ou melhorar a polineuropatia clinicamente instaladas, com pouco efeito sobre a melhora da condução nervosa. Objetivo: Pesquisar polineuropatia periférica em pacientes com IRC em hemodiálise. Métodos: Foi realizada condução nervosa sensitiva e motora em 30 pacientes urêmicos em hemodiálise do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu. A condução nervosa sensitiva, através de técnicas antidrômicas nos nervos mediano, ulnar e fibular superficial, e a condução nervosa motora nos nervos medianos e fibulares profundos, por técnicas convencionais. Resultados e conclusões: Dos 30 pacientes avaliados, 17 (56,6%) apresentaram polineuropatia periférica, com predomínio no sexo masculino – 13 (76,4%). Excluindo-se os pacientes com histórico de diabetes ou alcoolismo, 20 apresentaram polineuropatia periférica (40%). O predomínio no sexo masculino, desta casuística, está em conformidade com a literatura antiga e recente. Palavras Chaves: Polineuropatia periférica,uremia Preditores da evolução clínica das peritonites: Resultados do estudo multicêntrico brasileiro em diálise peritoneal (BRAZ PD). PASQUAL BARRETTI1,Thyago P. Moraes2,José Carolino Divino Filho3,Jacqueline Teixeira Caramori1,Luis Cuadrado Martin1,Marcia Olandowski3,Roberto Pecoits Filho3 1 - FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU-UNESP1 2 - FUNDAÇÃO PRÓ-RENAL, CURITIBA-PR, BRASIL2 3 - KAROLINSKA INSTITUTE, STOCKHOLM, SWEDEN3 4 - PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA, CURITIBA-PR, BRASIL3 Introdução: Poucos estudos têm avaliado os fatores preditivos do curso clínico das peritonites em diálise peritoneal (DP), além da influência do agente etiológico e da presença concomitante de infecção do óstio de saída ou do túnel do cateter de diálise. Material e métodos: Neste estudo analisamos a influência de parâmetros demográficos, clínicos, microbiológicos e laboratoriais sobre os desfechos resolução e falência da técnica de DP após o primeiro episódio de peritonite em uma coorte prospectiva brasileira de 2032 pacientes adultos em DP (BRAZPD). Resultados: De dezembro de 2004 a outubro de 2004, 474 pacientes incidentes tiveram um primeiro episódio peritonite. Houve 143 episódios causados por bactérias gram-positivas, 98 por gram-negativos, 192 com cultura negativa, oito episódios de peritonite fúngica e 32 nos quais a cultura não foi realizada. Vancomicina foi prescrita para 97 pacientes. A percentagem de resolução foi de 85,9% e falência da técnica ocorreu em 31,2% dos casos. Peritonite fúngica foi associada com maior percentagem de falência da técnica, considerando-se todos os episódios. Entre episódios de peritonite causada por Gram-positivos o uso de vancomicina foi preditor independente da falência da técnica, enquanto entre os causados por Gram-negativos a etiologia por Pseudomonas aeruginosa se associou a maior percentagem de falência da técnica. Fatores demográficos, clínicos e microbiológicos não se associaram à chance de resolução do episódio. Conclusão: Nossos resultados confirmam que peritonites por fungos e Pseudomonas aeruginosa se associam ao pior prognóstico. A maior falência da técnica dos pacientes tratados com Vancomicina possivelmente se deve a sua associação com episódios mais graves. Diferentemente de estudos anteriores, a etiologia por S.aureus e cultura negativa não influenciaram a evolução da peritonite. Palavras Chaves: peritonites,BRAZPD Preditores de calcificação em pacientes hemodialisados FRANCIELI DELATIM VANNINI, Aline de Araújo Antunes, Bárbara Perez Vogt, João Henrique Castro, Luis Cuadrado Martin, Altamir Sntos Teixeira, Pasqual Barretti Faculdade de Medicina de Botucatu A doença cardiovascular é principal causa de morte na população renal crônica, sendo a calcificação vascular o principal fator para doença vascular que está relacionada a outros fatores de risco tradicionais e não tradicionais. O objetivo deste trabalho foi avaliar a associação de parâmetros clínicos, laboratoriais e nutricionais com a presença de calcificação em pacientes tratados por hemodiálise. A calcificação valvar foi avaliada através das radiografias de mãos e pelve descritas pelo médoto de Adragão , que consiste em divisão em quadrantes das radiografias das mãos e da pelve. Os parâmetros clínicos observados foram: tempo em HD, idade, sexo, presença de diabetes (DM), doença de base, uso de quelante e vitamina D ativa e não ativa, pressão arterial sistólica e diastólica e Kt/v. Quanto aos marcadores nutricionais considerou-se: IMC, ângulo de fase, CMB, aparecimento do nitrogênio protéico e laboratoriais foram dosados a hemoglobina, transferrina, saturação da transferrina, PTH intacto, creatinina, uréia, fósforo, proteína C reativa, glicose, albumina, colesterol total, triglicérides, cálcio e fosfatase alcalina. Foi realizada análise univariada para verificar associações entre variáveis clínicas, laboratoriais e nutricionais com a presença de calcificação. A seguir foi aplicado o modelo de regressão logística incluindo como variáveis independentes as que previamente 58 apresentaram p<0,2 e, como variável dependente, a presença de calcificação. Foram incluídos 41 pacientes, com média da idade foi de 58 anos ( ±14,1) , 66% sexo masculino, 76% eram calcificados e 41,4 % eram diabéticos. Saturação da transferrina (p= 0,0189) e DM (p= 0,0065) se associaram independentemente com a presença de calcificação. Os resultados mostram a associação sabidamente discutida na literatura entre o DM e a calcificação vascular em pacientes em HD. Além disso, corroboram os achados de associação entre menor saturação da transferrina e presença de calcificação, que possivelmente ocorre pelo uso elevado de eritropoietina e aumento do estresse oxidativo. Palavras Chaves: Calcificação PREVALENCIA DE HIPOVITAMINOSE D EM PACIENTE RENAIS CRÔNICOS DIALÍTICOS DO COMPLEXO HOSPITALAR EDMUNDO VASCONCELOS DAVID KORN, EDUARDO DE PAIVA LUCIANO, LILIAN C FERREIRA CUENCA, JORGE ENRIQUE PORTELA LOPEZ COMPLEXO HOSPITALAR EDMUNDO VASCONCELOS - SP INTRODUÇÃO: A hipovitaminose tem alta prevalencia entre os pacientes dialíticos sobretudo para a deficiencia de 25 (OH) VITD; este estudo tem o objetivo de demonstrar a prevalência de insuficiência ou deficiencia de 25(OH) D nos pacientes renais crônicos em hemodiálise no Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos (CHEV) localizado na região sul da cidade de São Paulo - SP. MÉTODOS: Foram estudados 47 pacientes em hemodiálise (56% homens; idade 73,1 ± 9,3 anos; 40% diabéticos e 12% negros). As concentrações de 25(OH)D foram avaliadas pelo método da quimiluminescência. Nenhum paciente estava em uso de qualquer tipo de vitamina D ou análagos. Resultados: A prevalência de hipovitaminose D [25(OH)D <30 ng/ mL] foi de 86% sendo 37% e 49% de deficiência (<15 ng/mL) e insuficiência (15 – 30 ng/ mL), respectivamente. Os níveis de 25(OH)D foram menores nos diabéticos (18,6 ± 6,8 ng/ ml) em relação aos não diabéticos (23,4 ± 7,5 ng/ml) (P=0,01). Conclusão: conclui-se que existe uma elevada prevalência de hipovitaminose D na população em hemodiálise no CHEV assim como demonstrado na literatura. PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA EM PACIENTES DESNUTRIDOS EM HEMODIÁLISE PAMELA DE ALENCAR FORTALEZA SOUSA,Marcos Kubrusly,Cláudia Maria Costa de Oliveira,Antônio Luíz Carneiro Jerônimo,Patricia Saldanha Freire Simões,Paula Nathana Rabelo Galdino,Rodrigo de Oliveira Lima FACULDADE CHRISTUS Introdução: A desnutrição (DN) protéico-calórica tem prevalência elevada e variável em Hemodiálise (HD) (25-80%) e também contribui para a sua morbi-mortalidade. Os processos inflamatórios ocasionados em pacientes em HD poderiam desencadear a SM, mesmo em pacientes desnutridos. A interrelação entre SM e DN em HD não foi previamente estudada. Objetivos: Avaliar a prevalência de pacientes em HD com DN e SM, utilizando como parâmetros para DN a albumina, o índice de massa corporal (IMC) e o índice de risco geriátrico nutricional (INRG) e como critérios para SM aqueles da National Cholesterol Education Program’s Adult Treatment Panel III (NCEP-ATP III). Casuística e Métodos: Foram avaliados pacientes em HD com tempo de diálise > 3 meses e com idade ≥ 18 anos. Os pacientes foram submetidos à medição do peso e altura pós-HD para cálculo do IMC e foi realizada a dosagem de albumina (verde de bromocresol). O INRG foi calculado através da seguinte equação: [1.489 x albumina (g/L)] + [41,7 x peso / peso ideal]. Foram considerados desnutridos os pacientes com IMC < 23 kg/m2, albumina < 4g/dl e INRG < 98. Para avaliar a prevalência de SM, foi realizada a medição da pressão arterial pré-HD, da circunferência abdominal pós-HD e as dosagens de glicose, HDL-colesterol e triglicerídeos em jejum. Resultados: Foram incluídos 115 pacientes, com idade média de 50,2 ± 14,7 anos e tempo médio em HD de 62,1 ± 58,3 meses, sendo 50,4% do gênero feminino. A prevalência de SM foi de 41,7% segundo o NCEP-ATP III. A prevalência de DN de acordo com o IMC foi 50,4% (n= 58), com a albumina foi 13,9% (n = 16) e com o INRG foi 10,4% (n = 12). Entre os pacientes desnutridos, a prevalência de SM variou entre 16,6-25% de acordo com o parâmetro estudado: pacientes com IMC < 23 kg/ m2: 17,2% apresentavam SM; pacientes com albumina < 4g/dl: 25% com SM; e pacientes com INRG < 98: 16,6% com SM. A frequência de SM foi significativamente diferente segundo o IMC (66,7% nos pacientes com IMC ≥ 23 kg/m2 e 17,2% naqueles com IMC < 23 kg/m2; p = 0,0000), mas não de acordo com o INRG e a albumina. Conclusões: A prevalência de SM na população em estudo HD foi elevada (41,7%) e a prevalência de DN foi variável segundo o parâmetro utilizado (10,4-50,4%). Entre os pacientes desnutridos, a prevalência de SM variou entre 16,6-25%. A avaliação regular do diagnóstico de SM em HD ainda que em pacientes desnutridos deve ser introduzida na prática clínica. Palavras Chaves: Síndrome Metabólica e Desnutrição,Hemodiálise Prevalência e fatores associados à anemia em pacientes submetidos à diálise peritoneal ambulatorial MARISA CRISTIANE CARDOSO DE OLIVEIRA, Fabio Simões Lopes, Juliana Dotti, Barbara H. B. Moreto, Camila B. S. Barros, Maria Claudia C. Andreoli, Marcos A. Madaleto, Sergio A. Draibe, Adriano Luiz Ammirati, Maria Eugênia F. Canziani Universidade Federal de São Paulo, São Paulo Introdução: A anemia é uma das complicações mais comuns na evolução da doença renal crônica (DRC). Dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia demonstraram que 36% dos pacientes em hemodiálise apresentavam anemia. Entretanto, poucos estudos avaliaram a anemia em pacientes submetidos à diálise peritoneal (DP). Objetivo: Caracterizar a prevalência da Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia anemia e de fatores associados em pacientes submetidos à DP. Casuística e Métodos: Estudo transversal, analisando variáveis demográficas, clínicas e laboratoriais de pacientes submetidos à DP no Hospital do Rim e Hipertensão (UNIFESP), prevalentes em janeiro de 2010, com, no mínimo, três meses de terapia. Na avaliação dos dados laboratoriais foram consideradas as médias dos dados de 3 meses consecutivos e a presença de anemia foi definida como hemoglobina <11g/dl. Resultados: Foram avaliados 120 pacientes (47,5% sexo masculino; idade média=58 ± 16,5 anos). As principais etiologias da DRC foram diabetes mellitus (21,7%) e hipertensão arterial sistêmica (12,5%). O tempo médio de DP foi de 26,4 ± 24,4 meses e a maioria dos pacientes (71,7%) realizavam DP automatizada. Do total dos pacientes, 34 (28,3%) apresentaram anemia. Quando comparados com os que não apresentaram anemia, os pacientes com anemia eram na sua maioria mulheres (64,7%; p=0,09); usaram dose mais alta de hidróxido de ferro (p=0,02), apresentaram menor saturação de transferrina (p=0,05), menor concentração de albumina (p=0,05) e de triglicerídeos (p=0,06). Conclusão: Observamos neste estudo que quase um terço dos pacientes em DP apresentavam anemia, com fatores associados semelhantes aos já descritos para pacientes em hemodiálise. A relação entre anemia, deficiência de ferro e queda de albumina pode estar relacionada ao processo inflamatório existente nestes pacientes. Novos estudos são necessários para que possamos descrever melhor os fatores associados á anemia na DP. Palavras Chaves: Diálise Peritoneal,Anemia Provável valor prognóstico do Blink-reflex na uremia BERTOTTI MEZ, BALBI AL, CARAMORI JCT, MARTIN LC, BERTOTTI MFZ, BARRETTI P, RESENDE LAL Disciplinas de Neurologia e de Nefrologia da Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP Introdução: Nos trabalhos publicados sobre o exame do Blink reflex na uremia, alguns autores enfatizaram as prováveis alterações do sistema nervoso central. No entanto, não encontramos dados sobre possível valor prognóstico do Blink reflex nesta doença. Objetivo: Avaliar possíveis alterações do tronco encefálico em pacientes urêmicos através do Blink reflex. Métodos: Foram realizados exames eletrofisiológicos dos nervos cranianos trigêmio e facial pela pesquisa do Blink reflexem 30 pacientes urêmicos em hemodiálise. Após 3 anos da coleta de dados, comparou-se os padrões de anormalidades de pacientes que faleceram com os ainda vivos. A análise estatística foi realizada pelo teste X2 para proporção e pelo teste exato de Fisher. Resultados e Conclusões: Nas alterações do Blink reflex, relacionadas ao tronco encefálico, encontrou-se 3 pacientes com hiperexcitabilidade de resposta R1 e 3 pacientes com hiperexcitabilidade de resposta R2. A hipoexcitabilidade de resposta R2 foi encontrada em 13 pacientes. Após 3 anos do exame, 12 pacientes haviam falecido, sendo que destes 9 apresentaram anormalidades da resposta R2, do tipo hipoexcitabilidade, geralmente assimétricas (75%). Dos 18 sobreviventes, apenas 4 tinham alterações da resposta R2, do tipo hipoexcitabilidade. Os pacientes urêmicos que morreram apresentaram com maior freqüência hipoexcitabilidade da resposta R2, quando comparados aos vivos, com diferença estatística significante (p<0,05). O exame do Blink reflex mostrou alterações indicativas de provável comprometimento da ponte e bulbo na maioria dos pacientes. Essas alterações foram do tipo “provável hiperexcitabilidade” e “provável hipoexcitabilidade”. As alterações das respostas R2, do tipo hipoexcitabilidade, são geralmente assimétricas e possivelmente estão relacionadas a mau prognóstico em pacientes dialisados. Palavras Chaves: BLINK REFLEX,UREMIA Qualidade de vida (QV) de pessoas com Insuficiência Renal Crônica Avançada (IRCA) em diferentes tratamentos ANA TERESA DE ABREU RAMOS CERQUEIRA, CAMILA MORAES TEIXEIRA QUEIROZ, ANDRÉ BALBI FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - UNESP INTRODUÇÃO: Avaliar QV é importante para verificar a efetividade de intervenções em saúde, e estudar o impacto das doenças crônicas na vida dos pacientes. A própria doença e os tratamentos propostos para IRCA impõem aos pacientes mudanças no cotidiano, dependência de serviços de saúde e limitações em atividades que influenciam sua QV. OBJETIVOS: Descrever índices de QV e estudar sua associação com variáveis sociodemográficas e clínicas, comparando os resultados entre os indivíduos em pré-diálise, diálise peritoneal e hemodiálise. MÉTODO: Desenho de corte transversal com 182 pacientes (75,2%) dos 242 em tratamento na Unidade de Diálise em um Hospital de Clínicas (39 em diálise peritoneal, 112 em hemodiálise e 31 em pré-diálise). Instrumentos utilizados: formulário sociodemográfico e clínico; inventário de depressão de Beck (BDI), para avaliação de sintomas depressivos e para avaliar QV relacionada à saúde a medida genérica obtida pelo SF-36 – The Medical Outcomes Study 36 item Short-Form Health Survey. Após a analise univariada que estudou a associação de cada domínio do SF-36 com características clínicas e sociodemográficas (Mann-Whitney e Kruskal Wallis), utilizou-se na análise multivariada a regressão linear múltipla, stepwise backward, ajustando-se para idade e sexo. RESULTADOS: Observaram-se prejuízos nos índices de QV, nos componentes físicos e mentais, sendo o domínio mais prejudicado aspectos físicos, com média de 38,9 (IC 33,9-44,5) e o menos prejudicado aspectos sociais (M=70,6;IC 66,175,2). A análise multivariada indicou que foram preditores de pior QV no domínio capacidade funcional ser mulher, ser mais jovem, apresentar mais de uma comorbidade, diabetes e sintomas depressivos. Para aspectos físicos, foram preditores de pior nível de QV, ser homem, ter mais de 60 anos, apresentar mais de uma comorbidade, ter infecção e sintomas depressivos. Apresentar sintomas depressivos manteve-se associado independentemente a piores índices de QV em todos os outros domínios. Diferenças nos índices de QV entre os indivíduos em diferentes tratamentos não foram observadas. CONCLUSÃO Estes resultados sugerem que além do instrumento genérico de avaliação de QV, instrumentos específicos para portadores de IRCA devem ser desenvolvidos, e que atenção especial deve ser oferecida para os indivíduos com sintomas que indiquem sofrimento psíquico que deve ser identificado e cuidado pela sua importância para manutenção da QV. Palavras Chaves: DIÁLISE,QUALIDADE DE VIDA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES EM HEMODIÁLISE Leonardo Diniz da Cruz Cândido1,Rafael Souza da Silva,Aline Daniela Borges2,VANDERLEY GERALDO GARBAZZA3 1 - Nefron LTDA Clínica de Doenças Renais 2 - Hospital Felicio Rocho 3 - Unifenas – BH Introdução: doença renal Crônica (DRC) é considerada um problema de saúde pública devido as altas taxas de morbidade e mortalidade e pelo custo elevado que é gerado ao Estado. No Brasil, atualmente, existem 70.872 pacientes em terapia renal substitutiva, (TRS) conforme o Censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia de 2006, sendo 90,7% em hemodiálise. Nesta modalidade de (TRS), alem das inúmeras complicações clínicas, os pacientes ainda referem alterações na Qualidade de vida (QV). Objetivo: Objetivou-se com este trabalho,Identificar o impacto do tratamento hemodialítico na vida dos pacientes com DRC, e quais as atividades cotidianas foram mais comprometidas após o seu início. Métodos: O trabalho constou de duas etapas, a primeira através de pesquisa bibliográfica. Sendo utilizado a base de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) a biblioteca Scientific Eletronic Library Online (SCIELO). A segunda etapa através de pesquisa quanti-qualitativa direta através de entrevista semi-estruturada contendo duas perguntas abertas. Sendo aplicada aleatoriamente entre os pacientes que se encontravam em tratamento hemodialítico há mais de um ano. Resultados: Identificou-se que 67% consideram as mudanças ocorridas um fator negativo, já 33% consideraram positivas. Quando perguntado sobre “o que é qualidade de vida” 50% julgaram os valores familiares como sendo primordial e 40% responderam que a (QV) é ter saúde. Em relação a outra pergunta “mudou alguma coisa na sua vida”, novamente a variável família se destacou em relação as outras, seguida da variável restrição da vida cotidiana. Um ponto a ser salientado, foi o emprego excessivo da palavra “não” nas respostas: o emprego constante da negativa, desperta atenção não somente pelo aspecto da linguagem, mas sim o que ele nos transmite. Na verdade estes “nãos”, revelam claramente as inúmeras perdas consequentes da DRC e do tratamento ao qual estão submetidos. Conclusão: Foi Possível concluir que houve prejuízo da (QV) dos pacientes com DRC quanto aos laços familiares, atividades físicas, saúde e emprego. Verificamos também que não é somente a doença ou a história de cada paciente que influencia no seu estado emocional, mas também as perdas a que ele é submetido. Vale ressaltar ainda a importância do papel educativo do enfermeiro no cuidado do paciente com DRC, pois quando o paciente recebe mais informações tem uma melhor aceitação da doença e reaprende a viver na sua nova realidade. Palavras Chaves: Qualidade de Vida,Hemodiálise Resultados clinicos no transplante renal de pacientes obesos. Gusukuma LW,Harada KM,Baptista APM,Alencar MRP,Sandes-Freitas,TedescoSilva, Medina-Pestana JO HOSPITAL DO RIM E HIPERTENSãO Introdução: A realização de transplante renal em pacientes obesos é tema controverso.Este estudo teve como objetivo avaliar a sobrevida do paciente e do enxerto e complicações póstransplante entre os receptores obesos e não obesos. Métodos: Os pacientes (N= 3054) transplantados entre agosto de 1998 e dezembro de 2008 foram divididos de acordo com o índice de massa corporal (IMC) em três grupos para análise: grupo 1: IMC<30 (não-obesos), grupo 2:≥30-34,9 (obesos classe I) e grupo 3:≥ 35kg/m2 (obesos classe II e III). Resultados: Dos 3.054 pacientes transplantados, 70% receberam o enxerto de doador vivo, sendo que 2822 (92%) pacientes pertenciam ao grupo 1, 185 (6%) ao grupo 2 e 47 (2%) ao grupo 3. A média do IMC foi de: 22,6±3,3, 31,9±1,3 e 36,8±1,7, respectivamente. Não houve diferenças entre os três grupos quanto a variáveis demográficas dos pacientes com relação ao gênero, etnia ou origem do órgão. A sobrevida do paciente com um ano (98%vs98%vs95%) e cinco anos (90%vs92%vs89%) foi semelhante nos três grupos. A sobrevida do enxerto em um ano foi de 96% para o grupo 1 e 2, e 91,5% para o grupo 3 e em cinco anos de 81%vs96%vs79% para os três grupos. Óbito com o enxerto funcionante foi a causa mais comum de perda do enxerto. Não havendo diferenças nas outras causas de perda do enxerto e nas causas de óbito entre os grupos. A etiologia mais comum do óbito foi infecção (47,5%vs50%vs83,3%, p<0,220). Não se observou nenhum óbito por doença cardiovascular no grupo 3. A incidência de função retardada do enxerto (DGF) foi: 57,4%vs61,3%vs61,1%, respectivamente. Rejeição aguda foi observada em 31,1%vs34,6%vs34% nos três grupos. Os pacientes obesos apresentaram maior probabilidade de deiscência de ferida operatória (1,9%vs7,6%vs19,1%, p<0,001), mas não de linfocele, fístula urinária, trombose, hematoma e hérnia incisional. Os pacientes do grupo 2 e 3 desenvolveram significativamente mais diabetes mellitus póstransplante (DMPT) do que o grupo 1 (16,2%vs27%vs36%, p<0,001). Conclusões: Durante a análise de cinco anos do estudo, os receptores de transplante renal obesos demonstraram resultados similares aos não-obesos com relação à sobrevida do paciente e do enxerto. Além disso, pacientes obesos não apresentaram maior incidência de rejeição aguda ou DGF do que os não-obesos. No entanto, eles permaneceram mais tempo hospitalizados, apresentaram maiores taxas de deiscência de ferida operatória e de DMPT. Palavras Chaves: Transplante renal,Obesos 59 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia Risco de óbito nos pacientes em hemodiálise com cateter venoso versus fistula arteriovenosa MANUEL CARLOS MARTINS CASTRO, Luiz JMF, Kimura LO, Paiva GH, Lima SG, Lima EMA,Ribeiro Jr E, Martins CTB Centro Integrado de Nefrologia (CINE) – Guarulhos/SP Introdução: Pacientes em hemodiálise (HD) com cateter temporário ou permanente têm um risco maior de mortalidade. Em nosso meio poucos trabalhos têm avaliado esse risco. Objetivos: Este estudo teve como objetivo comparar o risco de morte associado à HD com cateter vs. fistula arteriovenosa (FAV) em uma população em um centro único de diálise. Casuística e Métodos: No período de 01/01 a 31/04 de 2011, 277 pacientes foram submetidos a HD, sendo que 30 (11%) evoluíram para óbito. O risco de óbito foi avaliado em relação ao tipo de acesso vascular tanto em pacientes prevalentes (>90 dias em HD) quanto nos incidentes (<90 dias em HD). Não se levou em consideração o tipo de cateter (temporário ou permanente). Para análise estatística foi utilizado o teste do qui-quadrado. Resultados: 221 (76%) pacientes eram prevalentes e 66 (24%) incidentes. Quando analisados em conjunto, dos 151 pacientes com FAV, 11(7%) foram a óbito e dos 126 com cateter, 19 (15%) foram a óbito (Odds ratio (OR) = 2,070; IC 95%: 0,9494-4,513, p=0,063). Nos pacientes prevalentes, dos 121 com FAV, 9 (7%) foram a óbito e dos 90 com cateter, 15 (17%) foram a óbito (OR = 2,241; IC 95%: 0,9383-5,351, p=0,064). Nos pacientes incidentes, dos 30 com FAV, 2 (7%) foram a óbito e dos 36 com cateter, 4 (11%) foram a óbito (OR = 1,667; IC 95%: 0,28519,742), p=0,5673). Conclusões: Embora nossos resultados não tenham atingido nível de significância estatística, eles sugerem que HD com cateter eleva o risco de óbito em duas vezes. O impacto do tipo de acesso vascular foi menos significativo nos pacientes prevalentes, provavelmente porque outros fatores de risco estão contribuindo para a taxa de mortalidade nesses pacientes. Palavras Chaves: Acesso vascular, Hemodiálise Sepse associada ao cateter para hemodiálise: perfil dos pacientes e epidemiologia das infecções em uma clínica de hemodiálise brasileira RAFAEL SOUZA DA SILVA, LEONARDO DINIZ DA CRUZ CANDIDO, VANDERLEY GERALDO GARBAZZA HOSPITAL FELÍCIO ROCHO Introdução: A partir de 1980, os cateteres duplo-lúmen (CDL) foram adotados para a realização do tratamento hemodialítico e têm sido utilizados na ausência de acessos vasculares definitivos. Entretanto, as sepses associadas ao seu uso constituem o principal evento adverso e motivo de retirada dos mesmos. Objetivo: Objetivou-se realizar uma análise descritiva dos pacientes que tiveram CDL retirados por suspeitas de infecção, bem como da epidemiologia das infecções associadas ao seu uso em uma clínica de hemodiálise brasileira. Métodos: Foram avaliados 167 pacientes que tiveram 316 cateteres retirados por suspeitas de infecções entre 2007 e 2011. Os dados foram compilados em um banco de dados elaborado no programa Pacote Estatístico para Ciências Sociais, versão 13. Foram realizadas análises de frequência simples, de dispersão e tendência central. Resultados: Identificou-se 54,5% de pacientes do sexo masculino, média global de idade de 57,4 anos, média de 1,6 cateter/ paciente e média de 27,2 dias de uso/cateter. Os principais sítios de punção foram as veias jugulares internas direita (43,4%) e esquerda (20,9%), com médias 32 e 24 dias de uso em cada. Foram enviados para análise laboratorial 88% dos CDL, com crescimento de 197 microrganismos em 56,8% das amostras. Foram processadas 268 primeiras amostras de sangue e 264 segundas amostras, com crescimento de 172 e 155 microrganismos em 60,8 e 54,9% delas, respectivamente. Os microrganismos mais prevalentes foram o Staphylococcus epidermides e Staphylococcus aureus. Em 7,3% dos casos não foram coletados espécimes clínicos, em 15,5% as três amostras foram negativas, em 19,3% foram identificados microrganismos iguais, em 19,3% somente as hemoculturas (HC) positivaram com mesmos microrganismos e em 3,2% uma das HC positivou com o mesmo agente encontrado no CDL. Portanto, pareando o CDL e as HC, apenas 19,3% dos casos confirmaram infecções associadas ao cateter e, pareando o CDL com uma das HC, a taxa aumentou para 22,5%. Conclusão: Os pacientes avaliados utilizaram CDL por cerca de um mês e apresentaram episódios de infecção em mais de um momento. Os achados reforçam a importância da análise pareada do CDL com as demais culturas para a associação das infecções ao uso do CDL e que os microrganismos colonizantes naturais da pele são seus principais agentes etiológicos, endossando a necessidade de atenção com a conservação/manipulação dos cateteres e de seus curativos, bem como da retirada deles tão logo possível. Palavras Chaves: Infecção, Diálise SÍNDROME METABÓLICA EM HEMODIÁLISE: PREVALÊNCIA SEGUNDO DOIS CRITÉRIOS PAMELA DE ALENCAR FORTALEZA SOUSA, Paula Nathana Rabelo Galdino, Marcos Kubrusly, Cláudia Maria Costa de Oliveira, Antônio Luíz Carneiro Jerônimo, Patricia Saldanha Freire Simões,Rodrigo de Oliveira Lima FACULDADE CHRISTUS Introdução: A principal causa de mortalidade em pacientes portadores de doença renal crônica são as doenças cardiovasculares e um dos principais fatores de risco é a Síndrome Metabólica (SM). O diagnóstico desta síndrome tem sido dificultado pela ausência de consenso na sua definição e nos pontos de corte de suas variáveis. Objetivos: Avaliar a prevalência de SM em Hemodiálise (HD) segundo os critérios do National Cholesterol Education Program’s Adult Treatment Panel III (NCEP-ATP III) e da International Diabetes Federation (IDF), bem como 60 a concordância entre os métodos. Casuística e Métodos: Foram avaliados pacientes em HD em duas clínicas de Fortaleza, com tempo de diálise superior a 3 meses e com idade maior ou igual a 18 anos. Os pacientes foram submetidos à medição da Circunferência Abdominal (CA) após a HD e da Pressão Arterial (PA) antes da HD. Foram realizadas as dosagens de glicose, triglicerídeos (TGR) e HDL-colesterol em jejum.O teste de MacNemar foi utilizado para avaliar se os dois métodos (NCEP-ATP III e IDF) estimam a mesma prevalência de SM e a concordância entre os métodos foi avaliada de acordo como o coeficiente kappa. Resultados: Foram incluídos 115 pacientes, com idade média de 50,2 ± 14,7 anos (21 a 88 anos), tempo médio em HD de 62,1 ± 58,3 meses, sendo 50,4% do gênero feminino. A prevalência de SM foi de 41,7% segundo o NCEP-ATP III e de 42,6% segundo o IDF (MacNemar = 1,0; os dois métodos estimam a mesma prevalência de SM) e a concordância entre os métodos foi boa (kappa = 0,768). Entre os 48 pacientes com diagnóstico de SM de acordo com NCEP-ATP III, 42 (87,5%) também foram diagnosticados pelo IDF. Entre os 67 pacientes não portadores de SM pelo NCEP-ATP III, 60 (89,5%) também não foram pelo IDF. A prevalência das variáveis da SM segundo o NCEP foi de 83,4% dos pacientes com HDL-col < 50 mg/dl (mulheres) ou < 40 mg/dl (homens); 81,3% com PA ≥ 130/85 mmHg ou uso de anti-hipertensivos; 66,7% com CA > 88 cm (feminino) ou > 102 cm (masculino); 65% com TGR ≥ 150 mg/dl ou uso de hipolipemiantes e 35,4% com glicemia ≥ 100 mg/dl ou uso de hipoglicemiantes. Conclusões: A prevalência de SM na população em estudo HD foi elevada e independente do critério utilizado. As variáveis que mais contribuíram para o diagnóstico de SM foram o HDL-col e a PA. A avaliação regular do diagnóstico de SM em HD deve ser implementada, pois poderá contribuir para redução da mortalidade cardiovascular. Palavras Chaves: Síndrome Metabólica, Hemodiálise TRATAMENTO CRONICO COM GLICOSE DIMINUI A ATIVIDADE DE NHE3 EM CÉLULAS HEK-293 TRANSFECTADAS COM hSGLT1 Maria Oliveira de Souza, OLIVIA BELOTO DA SILVA Universidade de São Paulo,UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO A glicose é um dos principais substratos energéticos do organismo e alterações na sua concentração extracelular, modifica a atividade de proteínas de transporte. Dados recentes de nosso laboratório demonstram que o tratamento crônico com alta concentração de glicose aumenta a velocidade de recuperação do pH intracelular (dpHi/dt) em células HEK-293 (Human Embrionic Kidney cells – clone 293), as quais expressam duas isoformas (1 e 3) do trocador Na+/H+ (NHE1 e NHE3, respectivamente). Objetivo: Nesse estudo avaliamos o efeito do tratamento crônico com alta glicose sobre a dpHi/dt em células HEK-293 transfectadas com SGLT1 humano wild-type (hSGLT1-WT). Materiais e Métodos: O cDNA do hSGLT1-WT foi clonado no vetor de expressão pEGFP-N1 e o recombinante hSGLT1-WT/pEGFP-N1 foi transfectado em células HEK-293. As células HEK-293 não-transfectadas (NT) ou transfectadas com hSGLT1-WT (WT) foram cultivadas em meio de cultura DMEM contendo glicose 25 mM por 20 dias. A dpHi/dt foi analisada por microscopia de fluorescência, utilizando a sonda fluorescente, BCECF-AM. Resultados:O tratamento crônico diminuiu a dpHi/dt em células WT quando comparado com células NT [0.148±0.02 (n=5) vs 0.432±0.02 (n=7)]. A inibição de NHE3, utilizando um inibidor específico – S3226 (100 uM), diminuiu significantemente a dpHi/dt em células NT e manteve o efeito inibitório, gerado pelo tratamento crônico, em células WT [0.104±0.011(n=6) vs 0.100±0.012(n=6)]. Conclusões: Nossos resultados indicam que, em células HEK-293, cerca de 70% da recuperação do pHi, depende do NHE3. O tratamento crônico com alta concentração de glicose, nesse mesmo tipo celular expressando o hSGLT1-WT, diminuiu significantemente a dpHi/dt, indicando que a atividade do NHE3 diminuiu. Essa resposta pode estar vinculada à diminuição da quantidade de NHE3 na membrana celular, gerada pelo tratamento crônico em células WT. Apoio Financeiro: FAPESP e CNPq. USO DA BIOIMPEDÂNCIA BODY COMPOSITION MONITOR (BCM) PARA AVALIAÇÃO DO EXCESSO DE ÁGUA CORPORAL DE PACIENTES EM HEMODIÁLISE Mariana Rambelli Bibian1,Fabíola Pansani Maniglia1,Renata Moneda A. dos Santos2,José Abrão Cardeal da Costa1 1 - FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRãO PRETO/USP 2 - Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto INTRODUÇÃO: A obtenção do equilíbrio hídrico ideal é um grande desafio clínico. A bioimpedância body composition monitor (BBCM) é o único dispositivo que identifica a superhidratação como um terceiro compartimento, além da massa magra e massa gorda. OBJETIVO: estimar o excesso de água corporal de pacientes em programa de hemodiálise por meio do uso BBCM. MÉTODOS: a avaliação foi realizada por profissionais treinados em 21 pacientes em jejum de 8 horas, no momento anterior à diálise, sendo que 3 pacientes estavam há dois dias sem dialisar e os demais há 1 dia. Dados de peso, estatura e pressão arterial foram aferidos. A medição foi realizada com o paciente deitado após descanso de 15 minutos com os eletrodos fixados nos membros superior e inferior, do lado oposto à fístula. RESULTADOS: A idade média dos pacientes avaliados foi de 48,1±14,6 anos (23 a 79 anos), sendo 66,66% do sexo masculino. A média do IMC foi de 24,93±4,17kg/m² e a pressão arterial variou entre 100X60 e 200X130mmHg. Os pacientes que encontravam-se sem dialisar há 2 dias apresentaram uma média de superhidratação equivalente a 3,07±1,11litros. Entre os pacientes com período interdialítico de 1 dia, 19 apresentaram valor de superhidratação médio de 2,61±1,52; 1 apresentou valor negativo e 1 apresentou valor nulo, correspondentes à desidratação e à ausência de água corporal excessiva, respectivamente. Ressalta-se que foram aceitos resultados com índice de qualidade considerados bons pelo aparelho. CONCLUSÃO: uma vez que a avaliação do excesso de água corporal foi realizada em um único momento, Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia não foi possível estabelecer uma relação precisa com o peso ideal pós diálise avaliado pela equipe médica de modo convencional. Medidas seriadas do ganho de peso interdialítico por meio da bioimpedância elétrica BCM, além da avaliação clínica dos sintomas e queixas dos pacientes são necessárias. No entanto, a bioimpedância BCM parece ser uma ferramenta coadjuvante importante para a estimativa do excesso de água corporal nos pacientes em programa de hemodiálise. Palavras Chaves: excesso de água corporal, bioimpedância elétrica Validade de Escores de Desnutrição quanto ao Prognóstico Fatal em HD Flávia Regina Toledo, Aline de Araujo Antunes, Francieli Cristina Delatim Vannini, Liciana Vaz de Arruda Silveira, Pasqual Barretti, Jaqueline Costa Teixeira Caramori UNESP Introdução A desnutrição é um forte preditor de mortalidade em pacientes tratados por hemodiálise (HD). Parâmetros clínicos, antropométricos e laboratoriais são considerados de formas diferentes nos diversos escores propostos, divergindo quanto ao diagnóstico de desnutrição. Com isso, escores nutricionais merecem ser confrontados com resultados clínicos para serem validados. Objetivo Identificar dentre escores para desnutrição qual é o mais efetivo preditor de mortalidade em HD. Casuística e métodos Estudo de coorte prospectiva com 106 pacientes prevalentes em HD crônica, maiores de 18 anos, sendo excluídos aqueles com disfunção sistólica, neoplasia, insuficiência hepática ou doença terminal. Quanto ao estado nutricional foram classificados como desnutridos ou eutróficos de acordo com os escores diagnósticos propostos por Wolfson [W] (1984), Fouque [F] (2008) e Beberashvili [B] (2010). Os pacientes foram seguidos por 25,7 (14,8; 34,1) meses, sendo observada a ocorrência de óbito. Empregou-se curva de Kaplan-Meier, testada por log rank, e modelo de Cox, um para cada escore, ajustado para diabetes, sexo, proteína C reativa, tempo em HD, idade e depuração fracional da uréia. O nível de significância adotado foi p<0,05. Resultados Os pacientes apresentavam idade de 56,3±14,9 anos, 52% masculinos, em HD há 34 (6; 63,5) meses, sendo nefropatia diabética a principal causa de doença renal. Durante o período de seguimento ocorreram 23 (21,5%) óbitos, sendo 50% por causa cardiovascular. O percentual de pacientes desnutridos foi de 53,9% por [W], 19,8% por [F] e 46,5% por [B]. Na análise univariada, os pacientes desnutridos por [W] não diferiram dos eutróficos quanto à mortalidade (p=0,111), já os desnutridos por [F] (p=0,001) e por [B] (p=0,034) apresentaram pior prognóstico. Na análise multivariada, a desnutrição por [F] foi preditora independente de mortalidade (HR= 4,07 IC95% 1,61-10,31; p=0,003), o que não ocorreu com os outros escores. Conclusão Nesta amostra foi possível validar o escore de desnutrição proposto por [F], pois foi mais efetivo para predizer a mortalidade em HD. Isso pode ser justificado pelo escore considerar parâmetros antropométricos, laboratoriais e de ingestão alimentar, possibilitando diagnosticar precisamente a desnutrição. Palavras Chaves: desnutrição, hemodiálise 61 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia RESUMOS - SESSÃO POSTER Distúrbios do metabolismo mineral e ósseo Ca, P e hiperparatireoidismo secundário. Considerações a respeito de um caso. JENNER CRUZ, SILVANA KESROUANI, RUI ALBERTO GOMES, FATIMA COSTA MATIAS PELARIGO Instituto de Nefrologia de Mogi das Cruzes Introdução e objetivo: Nas últimas cinco décadas, desde a hipótese do néfron intacto desenvolvida por Bricker em 1960, o mecanismo responsável pelo hiperparatireoidismo secundário, da calcificação vascular e da regulação do metabolismo do P na doença renal crônica cresceu significativamente. O Prof. Slatopolsky defende a idéia de que o fosfato, per se, independentemente do Ca e do calcitriol, afeta diretamente o desenvolvimento da hiperplasia das glândulas paratireoides e do hiperparatireoidismo secundário. Ele sugere também a possibilidade da existência de uma fosfatonina intestinal que condicionaria fosfatúria independentemente do FGF-23 fator de crescimento de fibroblasto-23). Portanto o fosfato e não o cálcio teria um papel fundamental na hiperplasia das glândulas paratireóides. Vamos mostrar um paciente onde a Ca e não o P foi responsável pelo aumento do PTH (hormônio da paratireóide). Caso clínico: Homem branco de 82 anos de idade, com doença renal crônica estágio 2, cujo pai e dois tios tinham tido fratura patológica do colo do fêmur realizou densitometria ósea que revelou osteoporose da extremidade proximal do fêmur, com coluna vertebral normal. Resultados: O estudo do metabolismo do Ca e do P mostrou calciúria muito baixa, variando de 1,16 a 10,15 mg;24 hs, hipocalcemia, variando de 8,6 a 9,5 mg/mL, hipofosfatemia variando de 2,1 a 2,9 mg/mL, vitamina D baixa, variando de 17 a 37 ng/mL e PTH variando de 59 a 160 pg/mL. Variações não sequenciais. Tratamento: Desde janeiro de 2006 até a presente data o paciente foi tratado por diferentes maneiras: vitamina D2 de 400 a 800 UI/dia, calcitriol 0,25 mcg/dia, vitamina D3 12.000 UI/semana, carbonato de cálcio 500 mg/dia, alternadamente sem conseguir elevar a calciúria e manter o PTH sempre normal. Porém o tratamento está conseguindo reverter a osteoporose para osteopenia. Conclusão: Os exames demonstram que apenas a hipocalcemia deve ter sido responsável pelas elevações do PTH desse paciente. Não temos explicação da causa da hipocalciúria ainda não revertida. Não elevamos a dose de carbonato de cálcio para não provocar calcificações não desejadas. Referência: Slatopolsky E: The intact nephron hypotesis: the concept and its implications for phosphate management in CKD-related mineral and bone disorder. Kidney Int 2011; 79(Suppl 121): S3-S8. Palavras Chaves: hiperparatireoidismo secundário, hipocalciúria Diálise como opção de tratamento para Calcinose Tumoral Primária em paciente com uma nova mutação do FGF Goldenstein PT, Castro MCM, Oliveira RB, Abensur H, Luders C, Pereira AC, Elias RM, Romão JE, J orgetti V, Moyses RMA Hospital das Clínicas da FMUSP Introdução: Calcinose Tumoral Primária (CTP) é uma doença metabólica autossômica recessiva rara, caracterizada por massas tumorais calcificadas ectópicas e anormalidades dentárias, assim como calcificações vasculares e de partes moles periarticulares. Até o momento, mutações em 3 genes foram descritas como responsáveis pela doença em humanos. Objetivo e Métodos: Neste estudo apresentamos um paciente de 24 anos, sexo masculino, portador de CTP, com uma nova mutação no FGF23 e uma nova opção terapêutica na tentativa de controlar mais efetivamente o fósforo sérico, e reduzir as lesões calcificadas. Resultados: O paciente apresentava nódulos subcutâneos, assim como calcificações periarticulares e vasculares. A análise bioquímica mostrou hiperfosfatemia (9.0 mg/dl), normocalcemia (4.8 mg/dl), função renal normal e FeP = 3%. O PTH estava suprimido (15 pg/ml), associado à leve redução da 25-OH-vitamina D (26 ng/ml). O FGF23 sérico intacto foi indetectável. Para o FGF23, um estado heterozigótico foi observado, definido por p.Q67H (éxon 1) e p.Q156stop (éxon 3). Apesar de 4 cirurgias para ressecção tumoral e tratamento medicamentoso com hidróxido de alumínio, sevelamer e acetazolamida, as lesões continuaram a progredir. Devido à falta de opções terapêuticas, o paciente foi incluído num programa de hemodiálise diária, levando a um melhor controle do fósforo. Após 24 meses de tratamento, as lesões da CTP diminuíram em tamanho e o paciente recuperou grande parte de sua mobilidade. Este é o primeiro relato de uma nova mutação no gene FGF e o primeiro caso descrito do uso de hemodiálise como tratamento eficaz para CTP em paciente com função renal normal. Conclusões: Este paciente, com sua doença genética rara, nos deu a oportunidade de testar in vivo o papel do fósforo na calcificação extra-óssea e enfatiza a necessidade de seu controle no contexto da doença renal crônica. Dificuldades para realização do teste com desferoxamina no interior do Paraná. JANAINA DA SILVA MARTINS, Leticia Silva Dantas UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ Introdução: O diagnóstico histológico é o padrão ouro para doença relacionada ao alumínio (dAl), mas o teste com desferoxamina (tDFO) é recomendado como screening pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN). Por outro lado, dificuldades regionais para obteção da droga para fins diagnósticos tem levado a substituição do tDFO pela dosagem basal do alumínio, muito menos sensível. Objetivo: Realizar o tDFO em pacientes em hemodiálise conforme diretrizes da SBN e relatar as dificuldades encontradas. Metodologia: Abordamos todos pa62 cientes de um serviço em Maringá-Pr com mais de 18 anos e 03 meses de tratamento, com Al basal menor que 200mcg/L e ferritina entre 200 e 800ng/mL. A desferoxamina nos foi negada por órgãos públicos, porém conseguimos “sobras” de entidade ligada a hematologia, visto que pelos CIDs relativos a doença renal ou osteodistrofia não seria possível para fins de diagnóstico.O teste se deu como descrito em literatura, e a dosagem do Al foi em laboratório de referência por espectofotometria de absorção atômica. Resultados: Incluimos 76 de 135 pacientes (56,2%), media de idade de 55,2 anos e 3,9 anos em diálise. O tDFO foi positivo em 9,21% dos casos de pacientes com caracteristicas epidemiológicas semelhantes a toda população. Os valores de PTHi foram superiores a 300pg/dL em toda população e os valores de cálcio, fósforo, fosfatase alcalina ou qualquer outro marcador bioquímico não diferiu entre os grupos com tDFO positivo e negativo. Discussão: Realizamos o tDFO em toda população elegível desse centro, e relatamos a dificuldade para a obtenção da desferoxamina para esse fim. Os pacientes com intoxicação por Al foram em valor muito superior ao relatado na literatura mundial, em torno de 01%, e principalmente, os valores de PTHi, cálcio, fósforo ou qualquer outra bioquímica não se relacionaram a esse diagnóstico. Conclusão: O teste com DFO embora útil e desejável no diagnóstico da intoxicação por Al acaba sendo subutilizado, em parte devido as dificuldades na obteção da droga em algumas regiões do Brasil. Palavras Chaves: Teste com desferoxamina, Dificuldades DISTÚRBIO MINERAL E ÓSSEO EM PACIENTES RENAIS CRÔNICOS SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE Pontes DP1Araújo RG1, Barbosa MSS1, Arruda FG2, Luz Neto LM1 1 - HOSPITAL DAS CLíNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO 2 - HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO WANDERLEY DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA A perda das funções renais pode acarretar em uma série de complicações metabólicas e têm sido associadas ao aumento da morbimortalidade. Dentre estas desordens, encontrase o distúrbio mineral e ósseo (DMO) secundário à doença renal crônica (DRC), podendo apresentar-se somente com alterações laboratoriais, doença óssea estabelecida e calcificações extra-esqueléticas. Os distúrbios do metabolismo do paratormônio (PTH), assim como do cálcio (Ca), do fósforo (P) e do calcitriol ocorrem precocemente nos pacientes com DRC e desempenham papel fundamental na fisiopatologia das doenças ósseas que os acometem. Este estudo tem como objetivo verificar a ocorrência de DMO secundário a DRC, através de alterações laboratoriais, em pacientes submetidos à hemodiálise. Foi realizado um estudo observacional com 31 pacientes com idade igual ou superior a 18 anos, de ambos os sexos, inscritos há no mínimo seis meses no programa regular de hemodiálise do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. Foram coletados das fichas de acompanhamento nutricional os seguintes dados: idade, sexo, tempo em tratamento hemodialítico, níveis séricos de PTH, P, Ca e produto Ca x P. Os valores do Ca foram corrigidos pelos níveis séricos de albumina de acordo com o National Kidney Foundation/Kidney Disease Outcomes Quality Initiative (K/DOQI, 2003). Os dados foram analisados pelo software estatístico SPSS versão 18.0. A amostra apresentou média de idade de 52,16 ± 17,13 anos, tempo de tratamento hemodialítico de 61,52 ± 60,62 meses e 64,5% eram do sexo feminino. Foi observado que a média dos níveis de PTH foi de 723,7 ± 623,3 pg/ml, onde 71% e 25,8% apresentaram, respectivamente, hiper e hipoparatireoidismo. Em relação aos níveis de Ca, 71% dos indivíduos foram encontrados dentro da normalidade, com média de 9,8 ± 0,9 mg/dl. Foi verificado que 35,5% apresentaram hiperfosfatemia, com média de 5,2 ± 2,5 mg/dl. A média do produto Ca x P foi de 50,8 ± 22,8, encontrando-se dentro da normalidade, entretanto, 32,3% dos pacientes apresentaram valores acima. Foi observado, ainda, que 100% dos indivíduos apresentaram algum tipo de alteração no metabolismo do PTH, Ca ou P. Diante do exposto, pode-se concluir que houve uma maior prevalência de hiperparatireoidismo e percentuais importantes de hiperfosfatemia e elevação do produto Ca x P, o que contribui para um maior risco de calcificações extra-ósseas. Constatou-se, ainda, que todos os pacientes apresentaram DMO. Palavras Chaves: Distúrbio mineral e ósseo, Hemodiálise EFEITOS DA EXPRESSÃO DIFERENCIAL QUANTITATIVA DE Pkd1 SOBRE OS PARÂMETROS URINÁRIOS POTENCIALMENTE ENVOLVIDOS NA NEFROLITÍASE ASSOCIADA À DOENÇA POLICÍSTICA RENAL AUTOSSÔMICA DOMINANTE (DRPAD) RENATO RIBEIRO NOGUEIRA FERRAZ1, Jonathan Mackowiak Fonseca2, Gregory Germino3, Luiz Fernando Onuchic2, Ita Pfeferman Heilberg1 1 - Disciplina de Nefrologia – Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, São Paulo – SP 2 - Laboratório de Nefrologia Celular, Genética e Molecular (LIM-29) da Disciplina de Nefrologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – FMUSP, São Paulo – SP 3 - National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases, Bethesda – MD, USA Introdução: A elevada prevalência de litíase urinária na DRPAD pode ser consequente às anormalidades estruturais decorrentes do crescimento dos cistos, à presença de alterações metabólicas, ou a uma combinação desses fatores. Pacientes com DRPAD apresentam maior frequência de hipocitratúria mesmo na ausência de nefrolitíase, sugerindo que alterações metabólicas poderiam estar associadas à DRPAD per se. Objetivo: Identificar se anormalidades metabólicas potencialmente relacionadas com a elevada prevalência de litíase urinária em DRPAD devem-se à haploinsuficiência de Pkd1 ou ao fenótipo renal cístico. Método: Parâmetros como oxalato, cálcio, magnésio, citrato, ácido úrico, sódio, potássio, creatinina Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia e pH foram determinados em amostras de urina de 24 horas coletadas durante 3 dias não consecutivos, de camundongos geneticamente modificados ou não com 12 semanas de idade, divididos nos seguintes grupos: Pkd1+/- (n=12, animais haploinsuficientes para Pkd1), Pkd1+/+(n=11, animais selvagens, controles de Pkd1+/-), Pkd1cond/cond:BalCre (n=17, císticos) e Pkd1cond/cond(n=18, controles não-císticos de Pkd1cond/cond:BalCre). Resultados: Os animais Pkd1+/- apresentaram elevação da calciúria quando comparados a seus controles selvagens (0,41 ± 0,07 vs. 0,28 ± 0,17), situação não observada em Pkd1cond/cond:BalCre. Quando comparados a Pkd1cond/cond, animais Pkd1cond/cond:BalCre apresentaram redução na fração de excreção (FE%) de sódio (0,59 ± 0,07 vs. 0,75 ± 0,18) e potássio (19,1 ± 2,9 vs. 23,4 ± 4,3), além de redução na oxalúria (0,10 ± 0,04 vs. 0,16 ± 0,06). Conclusão: Os presentes achados não reproduziram os principais distúrbios metabólicos observados em pacientes litiásicos com DRPAD, especialmente a hipocitratúria. Estes resultados sugerem que mecanismos mais complexos possam estar envolvidos nas alterações metabólicas associadas à nefrolitíase na DRPAD, evidenciando as limitações deste modelo animal. Palavras Chaves: DRPAD, Litíase Evolução da Doença Mineral Óssea Nos Pacientes Dialíticos e Impacto das Novas Diretrizes do KDIGO. Fabiano Bichuette Custodio, Bruno Martins Tokuda, João Fernando Picollo de Oliveira Disciplina de Nefrologia - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto Introdução: A Doença Mineral Óssea (DMO) está associada à elevada morbi-mortalidade em pacientes dialíticos. As diretrizes do KDIGO (Kidney Disease Improvement Global Outcomes) publicadas em 2009 estipularam valores mais elevados de paratormônio (PTH) para indicação de tratamento. Objetivos: Através de exames laboratoriais, avaliar a prevalência da DMO de pacientes em hemodiálise em 2 períodos (final de 2009, após publicação do KDIGO, e 2011), porcentagem de pacientes acima do alvo de PTH (a serem tratados) e evolução da doença. Materiais e Métodos: Foram selecionados pacientes em hemodiálise desde 2009 que mantinham acompanhamento até 2011. Exclusão: menores de 18 anos, paratireoidectomizados, troca de método, transplantados, óbitos e perda de seguimento. Foram avaliados dados demográficos, valores de Cálcio (Ca mg/dl) Fósforo ( P mg/dl), Ca x P , fosfatase alcalina ( FA U/L) e PTH (pg/ml). Os valores são a média do último trimestre de 2009 e segundo trimestre de 2011. Até KDIGO/2009, era indicativo de tratamento valores de PTH acima de 300. Após, 9 vezes maiores que os valores de referência (PTH > 585). Resultados: Foram avaliados 117 pacientes, média de idade 57,7 ± 14,2 anos; 59,8 % masculinos; tempo médio de hemodiálise 5,9 ± 3,1 anos. Em 2009 as médias de Ca , P , Ca x P e medianas de FA e PTH foram respectivamente (8,8 - 5,4 - 47,1 - 107 - 285). Em 2011: 9,3 – 5,1 – 47,9 – 149 - 391 (p<0,001 para Ca e FA e p=0,002 PTH). Em 2009, 41,8% apresentavam PTH maior que 300, já em 2011 64,9 %, sendo que 40,1% do total PTH > 585. Em 2009, 24% (n=28) apresentavam PTH entre 300 e 585, passando para faixa alvo do PTH. Desses pacientes, em 2011, 61% evoluíram com PTH > 585, sendo que em geral houve aumento de Ca, FA e PTH ( p < 0,05). Aqueles com PTH > 585 em 2011 apresentaram maiores valores de Ca (9,76 x 8,92 p<0,001), FA (218 x 130 ; p<0,001) e PTH (945 x 608 ; p<0,001) em comparação aos com PTH > 300 em 2009. Conclusões: Observamos elevada prevalência de DMO na população dialítica. Além da própria evolução da doença, o aumento do valor alvo do PTH parece ter contribuído com o progredir da DMO Mesmo com o esse aumento, não houve diferença entre a porcentagem de pacientes a serem tratados, contudo esses apresentam atualmente PTH, Ca e FA mais elevados, sugerindo DMO mais grave e com menor resposta ao tratamento. Uma análise mais crítica deve ser considerada para propor o melhor alvo do PTH em pacientes dialíticos. Palavras Chaves: PTH hemodiálise, KDIGO 2009 Expressão do fator de crescimento de fibroblasto 23 (FGF-23) em tecido ósseo de pacientes litiásicos hipercalciúricos. MENON, VB, ALVES, MTS, MOYSÉS, RM, JORGETTI, V, HEILBERG, IP UNIFESP, São Paulo INTRODUÇÃO: Alterações histomorfométricas representadas por reduzida formação, elevada reabsorção óssea e defeitos na mineralização óssea têm sido evidenciados em pacientes litiásicos com hipercalciúria idiopática (HI). Um estudo observou que 20% dos litiásicos apresentavam fosfatúria elevada associada a um aumento do FGF-23 sérico. Dados de literatura sugerem que a superexpressão óssea de FGF-23 pode suprimir a mineralização óssea independente dos seus efeitos fosfatúricos. OBJETIVO: Avaliar a expressão de FGF-23 em tecido ósseo de pacientes litiásicos HI. MÉTODOS: Análise imunohistoquímica foi realizada em 31 amostras de tecido ósseo descalcificado obtidas de biópsias de litiásicos HI (13F/18M, 36 ± 9 anos) e função renal normal e material post-mortem de 33 controles sadios (15F/18M, 34 ± 4 anos). A imunopositividade da expressão óssea de FGF-23 foi quantificada nos osteócitos e corrigida pela área total da biópsia óssea analisada. Os valores dos parâmetros histomorfométricos, cálcio urinário e níveis séricos de cálcio total, 1,25(OH)2D3 e paratormônio (PTH) foram obtidos dos prontuários dos pacientes. RESULTADOS: Todos os pacientes apresentaram níveis séricos de cálcio e de PTH normais. Hipofosfatemia foi observada em apenas 3 pacientes. Seis (6) pacientes apresentaram níveis de 1,25(OH)2D3 no limite inferior da normalidade. A mediana da expressão óssea de FGF-23 não diferiu entre os HI e controles (4,98 vs 5,13%, p=0,84) e não foi observada correlação significante entre a expressão de FGF-23 e o fósforo sérico, PTH, cálcio urinário e 1,25(OH)2D3. A expressão de FGF-23 não diferiu entre os pacientes normo e hipofosfatêmicos. De acordo com a histomorfometria, os pacientes litiásicos HI apresentaram atraso no tempo para mineralização quando comparados aos controles (48,40 ± 32,20 vs 23,00 ± 2,40 dias), mas esse parâmetro não se correlacionou com a expressão de FGF-23. CONCLUSÃO: O presente estudo não sugere que o FGF-23 exerça influência importante sobre o defeito de mineralização evidenciado nos pacientes litiásicos HI. Palavras Chaves: FGF-23, Litíase FATORES DE RISCO PARA HIPERFOSFATEMIA EM PACIENTE SUBMETIDOS A TRATAMENTO DE HEMODIÁLISE ASTRéA RAMOS DE ARAúJO, SARA MOREIRA FRANCISCHINI,MÁRCIA BESSA,EDSON LUIZ PASCHOALIN,SANDRA REGINA PASCHOALIN CLÍNICA SENHOR DO BONFIM - HEMODIÁLISE A hiperfosfatemia é considerada um importante fator de risco para pacientes em tratamento dialítico, principalmente pela sua relação com eventos ósseos e cardiovasculares, que podem resultar em hiperparatireoidismo secundário ou calcificações em tecidos moles. Por ser uma condição que proporciona sintomatologia de evolução lenta e discreta, em geral configura menor grau de importância por parte dos pacientes, o que pode resultar muitas vezes em intervenção tardia, com necessidade de uso de altas doses de quelante e, em casos mais graves, intervenção cirúrgica na paratireóide. Esse estudo, realizado na Clínica Senhor do Bonfim – Hemodiálise em Feira de Santana-Ba, contou com a participação de 167 pacientes, sendo 104(62%) do sexo masculino e 63(38%) do sexo feminino com idades entre 17 e 60 anos. Objetivos: avaliar a influência de diversos fatores no desenvolvimento da hiperfosfatemia em pacientes submetidos a tratamento de hemodiálise, visando identificar pontos críticos, que possam de alguma maneira nortear as condutas nas orientações fornecidas, sejam elas dietéticas ou de comportamento. Material e métodos: foi realizada uma análise retrospectiva, do período de janeiro/2009 a fevereiro/2010, onde foram observados exames e colhidas informações nos prontuários de 2 grupos de pacientes; o primeiro com 67 pacientes que apresentaram hiperfosfatemia persistente (fósforo sérico ≥ 5,5mg/dl por 6 meses ou mais, consecutivos), comparados à outro grupo com níveis normais de fósforo sérico (entre 2,5 e 5,5mg/dl por seis meses ou mais consecutivos). Nas duas amostras, foram observados aspectos como gênero, idade, escolaridade, estado civil, domicílio, prescrição e adesão ao uso de quelante de fósforo e peso de acordo com o Índice de Massa Corporal (IMC). Resultados: dos fatores avaliados, o estado civil teve relação com o aumento do risco de hiperfosfatemia (p 0,02) OR=2,17 [1,12 – 4,19]; a avaliação do peso pelo IMC também apresentou resultados significativos com (p 0,001) OR=[1,71 – 33,9], sugerindo que pacientes com peso normal e acima do normal apresentam maior risco de hiperfosfatemia. Os demais aspectos avaliados, como gênero, idade, escolaridade, domicílio, prescrição e adesão ao uso de quelante, não apresentaram relação significativa com a hiperfosfatemia. Conclusão: pacientes que não contam com o apoio de um companheiro(a), assim como aqueles que se mantêm com o peso normal ou acima do normal com base no IMC, apresentam maior risco de hiperfosfatemia. Palavras Chaves: HIPERFOSFATEMIA,HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO Hipovitaminose D em pacientes com Doença Renal Crônica em tratamento hemodialítico BRUNO MARTINS TOKUDA, FABIANO BICHUETTE-CUSTÓDIO, VERÔNICA MARIA PEREIRA COSTA, MARIANA DE MORAES FRANÇOSO, JOÃO FERNANDO PICOLLO DE OLIVEIRA FAMERP INTRODUÇÃO: A hipovitaminose D contribui para o desenvolvimento de hiperparatireoidismo secundário, osteodistrofia renal além do impacto no risco cardiovascular em pacientes com Doença Renal Crônica. A dosagem da Vitamina D (VIT D) é importante para direcionar o tratamento adequado destes pacientes. OBJETIVOS: Avaliar o nível sérico de VIT D em pacientes que realizam tratamento através de hemodiálise e sua associação com sexo, raça, idade, tempo em hemodiálise (HD), marcadores bioquímicos de doença óssea, proteina C reativa (PCR), dose de eritropoetina (EPO) e presença de diabetes. PACIENTES e MÉTODOS:Foram avaliados os níveis séricos de VIT D, dos pacientes em tratamento hemodialítico no Hospital de Base da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP),sexo, raça, níveis de cálcio, fósforo, fosfatase alcalina (FA), paratohormônio (PTH), PCR e dose EPO. De acordo com as Diretrizes Brasileiras de Prática Clínica para o Distúrbio Mineral e Óssea na Doença Renal Crônica, os pacientes foram classificados em três grupos: suficientes (>30 ng/mL), insuficientes (15 a 30 ng/mL) e deficientes (<15 ng/mL). A análise estatística foi feita utilizando os testes Quiquadrado, Exato de Fischer e t de Student quando apropriado. RESULTADOS: Foram analisado 215 pacientes em programa hemodialítico, dos quais 105 (48,8%) apresentavam valores abaixo de 30 ng/mL de VIT D. Este grupo era composto por 55 mulheres (52,4%) (p<0,01), 33 negros (31,4%) (p=ns), idade de 60,4 ± 14 anos (p<0,05), tempo em HD 35,4 ± 33,4 meses (p<0,01), 32 diabéticos (30,5%) (p<0,05), PCR 1,25 ± 1,9 mg/dL (p=ns), cálcio sérico 9,2 ± 0,9 mg/dL (p=ns), fósforo sérico 4,5 ± 1,2 mg/dL (p=ns), FA 128 ± 104 U/L (p<0,01), PTH 401,5 ± 460,2 pg/mL (p=ns), dose de EPO 244,3 ± 132,6 U/kg/semana (p=ns). Destes 105 pacientes com valores baixos de VIT D, 29 (27,6%) tinham dosagem abaixo de 15ng/ mL, 19 eram mulheres (65,5%), 5 eram negros (17,2%), idade de 64,3 ± 11,4 anos, tempo em HD 32,2 ± 31,4 meses, 11 diabéticos (37,9%) PCR média 1,15 ± 0,99 mg/dL, Cálcio 9,2 ± 0,8 mg/dL, Fósforo 4,4 ± 1,2 mg/dL, FA 122,2 ± 72,8 U/L, PTH 360,9 ± 416,3 pg/mL e dose de EPO 249,9 ± 150,3U/kg/semana. CONCLUSÃO: A prevalência de hipovitaminose D é comum em pacientes em programa de HD. Esteve associada positivamente com o sexo feminino, idade e presença de diabetes e negativamente com tempo de hemodiálise, valores de FA. Estas diferenças foram mais acentuadas no subgrupo com deficiência de VIT D. Palavras Chaves: vitamina D,doença renal crônica 63 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia Neoplasia endócrina múltipla tipo I em doente renal crônico não dialítico Relação entre PTH, fosfatase alcalina total e fosfatase alcalina fração óssea: implicações fisiopatológicas RENATA DE ALMEIDA FRANçA, Patrícia Bento Guerra, Vinícius Bortoloti Péterle, Lilian Silva Santos, Mirna Lucia Quevedo, Daniele Bulotto,Lauro Vasconcelos Santos RSS, Onusic VL, Castro MCM Universidade Federal do Espírito Santo Introdução: A fosfatase alcalina total (FAt) é uma enzima com seis isoenzimas: hepática, óssea, placentária, intestinal, renal e tumoral. A fração óssea (FAo) é produzida pelo osteoblasto durante o processo de síntese e mineralização óssea, sendo considerada um bom parâmetro para essa finalidade. Diante dessas relações a FAt tem sido utilizada para estimar o grau de remodelação óssea mediada pelo PTH. Objetivos: Neste estudo analisamos a relação entre FAt, FAo e PTH em uma coorte de pacientes em hemodiálise (HD). Casuística e Métodos: Estudo de corte transversal onde se avaliou a FAt, FAo e PTHi em 63 pacientes em programa crônico de HD. As isoenzimas da FA foram analisadas de maneira semi-quantitativa em frações de % da FAt, após separação por eletroforese em gel de agarose. Os valores são apresentados como M±DP e as correlações foram realizadas através do r de Spearman. Para testar a hipótese de que os valores de FAt e FAo eram intercambiáveis foi utilizado o método gráfico de Bland-Altman. Resultados: O valor médio do PTHi foi de 473±626pg/ml, da Fat 141±238U/L e da FAo 45,8±18,1% da FAt. Houve uma correlação significante entre FAt e FAo ( r=0,34; p=0,006), PTHi e FAt (r=0,39; p=0,002) e PTHi e FAo (r=0,38; p=0,002). Entretanto, quando os valores foram analisados individualmente houve uma grande variabilidade nos resultados. A análise gráfica de Bland-Altman revelou que os valores de FAt e FAo são, dentro de certos limites, intercambiáveis. Conclusões: Nossos resultados mostram que: 1) PTH elevado nem sempre está associado a doença ósseo de alto turnover; 2) nível elevado de PTH sem elevação da FAo pode estar associado com uma resistência do osteoblasto à ação do PTH; 3) dissociação entre PTH e FAo pode refletir um desacoplamento na relação reabsorção e formação óssea, e; 4) nos pacientes em programa de HD a FAt pode ser utilizada para estimar a atividade da FAo. RELATO DE CASO: A.S.D., 53 anos, masculino, hipertenso em acompanhamento ambulatorial pela nefrologia no HUCAM devido à doença renal crônica estágio III, apresentou quadro de hipercalcemia refratária, tendo sido iniciada investigação de hiperparatireoidismo primário através da dosagem de paratormônio, que se demonstrou desproporcionalmente elevado. Foram realizados também: ultrassonografia de tireóide, com imagens nodulares hipoecóicas em pólos inferiores de lobos direito e esquerdo; e punção aspirativa por agulha fina da tireóide inconclusiva. Em última consulta no ambulatório de nefrologia, apresentou hipercalcemia sintomática, com constipação e hiporexia, tendo sido internado no setor de nefrologia para tratamento e investigação do quadro. Iniciou o tratamento com hidratação venosa vigorosa e furosemida, e, posteriormente, pamidronato. Apresentava história pregressa de: gastrectomia subtotal com Billroth II, devido a úlceras gástricas de repetição; diagnóstico de síndrome de Zollinger-Ellison e pancreatectomia caudal e esplenectomia para retirada de gastrinoma em pâncreas; adrenalectomia esquerda devido à adenoma de supra-renal; e gastrectomia total por diagnóstico histológico de tumor carcinóide. Apresenta história familiar de falecimentos por doença na paratireóide e por complicações de úlceras gástricas de repetição, e de hiperprolactinemia. Com critérios clínicos suficientes para diagnóstico de NEM I, foram realizados diversos exames que demonstraram: elevação do paratormônio e da prolactina, e níveis normais de cortisol, FSH, insulina, TSH, T4 livre, testosterona e cálcio urinário. Realizou tomografias de pescoço, tórax e sela turca, que demonstraram nódulo hipodenso em topografia de paratireóide esquerda sem captação anômala de contraste. Recebeu alta hospitalar com risco cirúrgico realizado e encaminhado ao ambulatório de cirurgia para agendamento de paratireoidectomia. CONCLUSÃO: A doença renal crônica, quando clearance inferior a 60 ml/minuto, cursa com hipercalcemia geralmente devido ao hiperparatireoidismo secundário. Diante de quadros de hipercalcemia devemos solicitar dosagem de paratormônio e, caso este se mostre muito elevado para o estágio da doença renal, deve-se investigar hiperparatireoidismo primário. Este pode fazer parte de uma síndrome genética, a NEM I, composta por tumores de paratireóides, pâncreas e hipófise. Palavras Chaves: neoplasia endócrina múltipla tipo I,hiperparatireoidismo primário Paratireoidectomia Hiperparatireoidismo Crônica subtotal no tratamento do Secundário a Insuficiência Renal Francisco Tosi Maníglia, Maria Bernadette Moretti, José Vaner Pedigone, ANIETTE RENOM ESPINEIRA, Célia da Penha Cornélio, Débora Augusta Teodoro Sampaio de Almeida, Aline Junqueira Bezerra, Tasmania Ricordi Barbosa, Maria Célia Nascimento Cossi, Fabiana Amaral de Souza, Eduardo Ruas Martins Batista, Donizete Scudeler SANTA CASA DE MISERICóRDIA DE FRANCA INTRODUÇÃO: O tratamento clínico do hiperparatireoidismo secundário (HPTS) à Insuficiência Renal Crônica (IRC) freqüentemente não consegue a supressão da secreção patológica de PTH, sendo necessário a paratireoidectomia (PTx). OBJETIVOS: Avaliar o metabolismo ósseo no pré e no pós-operatório de pacientes com IRC em diálise com HPTS e as características anatomo-histológicas das glândulas paratireóides ressecadas. MÉTODOS: n=11 (8/72%, mulheres). Intervenção:PTx subtotal entre junho/2009 e novembro/2010. Variáveis: Gerais: sexo, idade, tempo em diálise, modalidade de diálise; Pré-operatórias e Pós-operatórias (1 dia, 15 dias, 1, 3, 6 ,12, 18 e 24 meses): cálcio total, cálcio iônico, fósforo, PTHi, fosfatase alcalina (FA); Anatomo-histológicas: tamanho, localização e padrão de hiperplasia (nodular, difusa, mista) de cada glândula. Estatística: χ2-Quadrado, Mann Whitney, ANOVA amostras pareadas, p<0,05. RESULTADOS: A idade média no momento da cirurgia foi de 49 anos e o tempo em Terapia Renal Substitutiva de 122 meses (10 anos), a maioria deles em hemodiálise (82%). O PTHi pré-operatório foi de 2543,7 ± 903,1 pg/mL, cálcio total de 9,1 ± 0,64 mg/dL, fósforo de 6,0 ± 0,69 mg/dL e FA de 834 ± 458,2 mg/dL. Foram estudadas 43 glândulas, delas 58 % com hiperplasia nodular, 28% com hiperplasia difusa e 14% com padrão misto. As glândulas nodulares foram significativamente maiores àquelas com padrão difuso (2,0±0,6 vs.1,4±0,7 cm; p<0,05) e misto (2,0±0,6 vs.1,4±0,7 cm; p<0,05). As glândulas maiores de 1 cm apresentaram maior chance de hiperplasia nodular do que as glândulas menores que 1 cm (OR: 23 ; p=0,01). O PTHi aos 18 meses pós-cirurgia foi significativamente maior do que o do primeiro mês pós-cirurgia (97,8±63,6 vs. 28,2 ±27,3 pg/mL, p<0,05) mas sem diferença significativa com às do 12 mês de pós-operatório (97,8±63,6 vs. 127,6±121 pg/mL, p>0,05). O fósforo aos 18 meses foi significativamente inferior ao fósforo pré-operatório (4,8±1,5 mg/dL vs. 6,0±0,7), mas significativamente superior ao dos 6 meses de pós-operatório (4,8±1,5 vs. 3,5±0,7 mg/dL). A FA aos 18 meses (158,9±63,1 mg/dL) permaneceu significativamente inferior à pré-operatória e à dos primeiros 3 meses de pós-operatório (p<0,05).CONCLUSÕES: A hiperplasia nodular das paratireóides parece estar associada à autonomia das glândulas e à falha ao tratamento clínico. A PTx subtotal é eficiente no controle das concentrações plasmáticas de PTH, fósforo e turnover ósseo nesses pacientes. Palavras Chaves: secundário 64 Paratireoidectomia subtotal,hiperparatireoidismo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Palavras Chaves: Metabolismo ósseo,Fosfatase alcalina Relato de Caso: Leontíase Óssea Urêmica Cunha TCM, Rebelo BRR, Brito ATAB, Lopes, RAS, Rebouças RFB, Costa NGS, Arimatéa GGQ, Rebouças PFB UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIáS Introdução: A leontíase óssea urêmica é caracterizada por hipertrofia dos ossos da face e do crânio devido a hiperparatireoidismo secundário a insuficiência renal crônica. Essa hipertrofia pode cursar com neuropatias compressivas, obstrução das vias aéreas superiores, disfagia e disartria, ocasionados pelas graves deformidades ósseas faciais. Descrição do Caso: Paciente sexo feminino, 29 anos, teve diagnóstico de disgenesia renal aos 12 anos e evoluiu com insuficiência renal crônica, em diálise desde então, HAS severa e refratária, pneumonias e sinusites de repetição, anemia crônica e hiperparatireoidismo secundário, este diagnosticado há 13 anos (PTH: 1050 pmol/l). A TC de crânio evidenciou espessamento cortical da calota craniana e dos ossos da face, além de múltiplas lesões nos ossos do crânio e da coluna cervical. Após afastados outros diagnósticos etiológicos para leontiase óssea (doença de Paget, displasia fibrosa, doença óssea inflamatória reativa), o diagnóstico clínico-radiológico foi estabelecido como Leontíase Óssea Urêmica. Discussão: A insuficiência renal crônica altera o metabolismo ósseo por múltiplos mecanismo. A leontíase óssea urêmica representa o extremo do espectro de alterações da osteodistrofia renal. É uma doença rara, com descrição de menos de cinquenta casos, sobretudo na literatura cirúrgica dental e oral. Formas leves dessa entidade podem ser subdiagnosticadas. O reconhecimento de alterações precoces é essencial para prevenir a progressão para as formas graves que resultam do hiperparatireoidismo secundário não tratado de longa duração como visto no nosso relato. Palavras Chaves: secundário Leontíase Óssea Urêmica, Hiperparatireoidismo Relato de Caso: Osteomalácia grave por Síndrome de Fanconi secundária à gamopatia monoclonal de cadeia leve. DIOGO BUARQUE CORDEIRO CABRAL, BÁRBARA SOUZA LUZ PINHEIRO, FABIANO FREIRE DE OLIVEIRA MACÊDO, MICHEL PHILIPP, MARCELINO DE SOUZA DURÃO JR., ALUÍZIO BARBOSA CARVALHO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SAO PAULO Introdução: síndrome de Fanconi (SF) é uma rara complicação das gamopatias monoclonais (GM), caracterizada por uma disfunção completa do túbulo proximal, com acidose metabólica, glicosúria, aminoacidúria, hiperfosfatúria, dentre outras. A Osteomalácia associada à SF adquirida é geralmente secundária à hipofosfatemia, bem como à deficiência relativa de 1,25-dihidroxivitamina D (1,25-OHD). Relato: em junho de 2011, foi admitida em nosso serviço uma mulher de 40 anos, natural e procedente do Piauí. Na ocasião, queixava-se de fraqueza muscular proximal e dores no corpo há cerca de dois anos, com piora progressiva, que a impede de deambular nos últimos 12 meses. À investigação inicial, foram evidenciados acidose metabólica, níveis séricos de fósforo de 1,7mg/dL , ácido úrico 1,3mg/dL e glicose 82mg/dL. A função renal era preservada e a dosagem de paratormônio, normal. Na urina de 24 horas foram evidenciados hiperuricosúria, hiperfosfatúria, pH urinário de 6.5, proteinúria de 3,6g, além da presença de glicosúria em amostra isolada. A investigação óssea demonstrou hipercaptação difusa, em ombros, arcos costais e sacro-ilíacas na cintilografia, além de osteoporose em coluna lombar e fêmur proximal na densitometria óssea. Optou-se por realizar biópsia óssea com diagnóstico de osteomalácia grave. Nesse momento, a paciente iniciou Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia reposição de citrato, fósforo, vitamina D ativa e cálcio, sem melhora clínica. No seguimento foram dosadas albuminúria em 24h de 151mg e proteína ligadora de retinol (RBP) > 60mg/L. Neste contexto, na suspeita da presença de paraproteínas, foi realizada imunofixação de proteínas urinárias que confirmou o predomínio de cadeia leve do tipo kappa (κ). A paciente foi então submetida à coleta de mielograma, que identificou 8,2% de plasmócitos displásicos com inclusões citoplasmáticas eosinofílicas. Aqui, vale ressaltar que do início da investigação, já havia pesquisa de proteína de Bence Jones negativa e mielograma normal. Dessa forma, foi iniciado ciclo de quimioterapia com dexametasona. Conclusão: o relato ilustra evolução insidiosa da gamopatia monoclonal por cadeia leve, diagnosticada dois anos após início dos sintomas relacionados à SF. Apesar da grande morbidade conferida, falta evidência consistente quanto ao melhor tratamento e prognóstico da disfunção tubular associada à GM. Palavras Chaves: FANCONI, OSTEOMALACIA Síndrome de compressão medular causada por tumor marrom secundário a hiperparatireoidismo: Relato de Caso Rebelo BRR, Cunha TCM, Brito ATAB, Lopes, RAS, Rebouças RFB, Costa NGS, Arimatéa GGQ, Rebouças PFB UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIáS Introdução: Tumor marrom ou osteoclastoma é uma lesão erosiva óssea causada por uma rápida atividade osteoclástica e fibrose peritrabecular. Ele pode estar associado com hiperparatireoidismo secundário, acometendo principalmente os ossos da face e mandíbula. O envolvimento da coluna vertebral com sintomatologia neurológica é raro. Descrição do Caso: Paciente masculino, 40 anos, em hemodiálise, com hiperparatireoidismo secundário a insuficiência renal crônica. O paciente desenvolveu uma síndrome de compressão medular com paraplegia e anestesia com nível sensitivo em T5. Durante investigação, foi encontrada lesão expansiva tibial na radiografia simples perna. A tomografia computadorizada de coluna revelou presença de lesões líticas em T10 e L4, enquanto a ressonância nuclear magnética da coluna mostrou degeneração óssea difusa avançada, com acometimento maior ao nível de T3-T4, com sinais de isquemia medular. O paciente foi então submetido à cirurgia para descompressão medular com biópsia incisional do tumor. O anátomo-patológico do material da coluna torácica foi compatível com tumor marrom. O paciente não foi submetido à nova intervenção cirúrgica para exérese total do tumor pelo quadro de caquexia grave a que já alcançara. Discussão: A prevalência de hiperparatireoidismo secundário em pacientes com IRC ainda permanece elevada apesar de todos os avanços na terapêutica. Portanto, o diagnóstico de tumor marrom deve sempre ser aventado precocemente, mesmo quando associado a quadros raros como sintomas compressivos. Uso de dobutamina como modulador da cintilografia com MIBI de paratireóides persistentes pós paratireidectomia. Relato de 02 casos. ANTONIO FIEL CRUZ JUNIOR2, PAULA RENATA RODRIGUES1, ELIANE ALVES FREITAS SOUZA1, JANAINA DA SILVA MARTINS1 1 - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ 2 - MARINGÁ MEDICINA NUCLEAR Introdução: O hiperparatiroidismo persistente (HPP) após paratireoidectomia ocorre em até 15% dos casos. O MIBI-99mTC é o nucleotídeo de referência para o mapemaneto cintilográfico dde paratireóides, com sensibilidade relacionada ao tamanho glandular, quantidade de mitocôndrias teciduais, ao fluxo sanguineo local e a expressão de glicoprotína-P, relacionada a resitência a drogas. O uso de dobutamina seria moduladora da sensibilidade paratireodiana ao MIBI. Relatamos 02 casos de HPP em que a localização da glandula só foi possivel com o uso da dobutamina. Metodologia: Pacientes de 35 e 28 anos, paratireoidectomizados há mais de 12 meses com queda temporária de PTHi, sendo indicadas novas intervenções, porem sem sucesso pela falta de localização precisa da glândula remanescente, quer por ultra-som, tomografias ou cintilografias com MIBI. Após descartada doença tireoidiana, receberam a infusão de 02μg/Kg/min por 60 minutos e então submetidos a nova cintolografia com MIBI. Como reação adversa apresentaram taquicardia sinusal. Nas imagens da projeção cervical e torácica, aos 15 min,0 2 e 03 horas pudemos identificar as glândulas hiperfuncionantes cervicais remanescentes dos dois pacientes, além de vários tumores marrons em um deles. Discussão: Em paratireóides normais ou neoplásicas a importância do controle adrenérgico sobre a atividade mitótica e secreção de PTH é bem definida. Provavelmente a dobutamina através desse estímulo foi capaz de induzir a hiperpolarização celular, determinado alterações mitocondriais perceptíveis pela captação do MIBI. O aumento de fluxo sanguíneo poderia se relacionar com o aumento da sensibilidade ao MIBI, embora não possa justificá-lo isoladamente. Modificações na expressão da glicoproteína-P poderia estar envolvida com o achado. Conclusão: A infusão de dobutamina foi capaz de determinar a maior retenção do MIBI-99mTC por células paratireoidianas, possibilitando sua localização cintilográfica. O tema merece mais estudos, pela sua aplicabilidade prática. Palavras Chaves: CINTILOGRAFIA DE PARATIREÓIDES, DOBUTAMINA Palavras Chaves: Tumor marrom, Hiperparatireoidismo secundário 65 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia RESUMOS - SESSÃO POSTER DOENÇA RENAL CRÔNICA A EXPRESSÃO DA HEME OXIGENASE-1 INDUZIDA POR HEMIN EM CÉLULAS ENDOTELIAIS DE CORDÃO UMBILICAL HUMANO E A TRANSIÇÃO DO ENDOTÉLIO MESENQUIMAL PELO TGF-b A terapia combinada de Losartan (L) e Hidroclorotiazida (H) detêm a progressão da lesão renal e reverte os eventos celulares no modelo de ablação renal de 5/6 (Nx). CLARICE SILVIA TAEMI ORIGASSA, Fábia Andrea Salvador, Flávia Balbeira Carrasco, Fernanda Pita Costa, Eliana Nogueira, Marcos Antônio Cenedeze Costa SR,Valente CP, Okabe C, Machado FG, Fanelli C, Sena CR, Barlette GP, Viana VL, Malheiros DM, Zatz R, Fujihara CK UNIVERSIDADE FEDERAL DE SãO PAULO UNIVERSIDADE DE SãO PAULO A incidência de nefropatias crônicas progressivas tem crescido consideravelmente nas últimas décadas. A fibrose túbulo-intersticial é um evento marcante da doença renal crônica e considerado um importante preditor de disfunção renal. A fibrose é resultante do acúmulo de fibroblastos, miofibroblastos e matriz extracelular. Os miofibroblastos podem ser derivados dos fibroblastos residentes e de células epiteliais renais. Recentemente, outro fator foi adicionado a este complexo sistema: os fibroblastos podem também ser derivados de células endoteliais pelo processo de transição do endotélio mesenquimal (TEndM). A TEndM renal é um processo em que as células do endotélio perdem as características fenotípicas endoteliais e adquiri novas, que são características das células mesenquimais, proporcionando uma fonte rica e renovável de miofibroblastos. A heme oxigenase-1 (HO-1) pode suprimir a disfunção renal, mesmo após a instalação efetiva da fibrose renal. Este estudo teve como objetivo estabelecer a transição endotélio mesenquimal induzida por TGF-b (10ng/mL), e mostrar que a HO-1 pode revertê-la. A TEndM foi analisada pela expressão de marcadores de superfície celular como a-SMA, FSP1 e vimentina. Após o tratamento com TGF-b1 verificamos que houve diferença significativa na expressão de marcadores a-SMA (p < 0.0001) e FSP1 (p < 0.05) de células mesenquimais pela TEndM das Huvecs, para a expressão gênica da vimentina houve um aumento de 5 vezes em relação ao controle. Na TEndM a expressão da HO-1 está baixa resultado de estresse celular e/ou injúria tecidual. Numa forma de induzir a expressão de HO-1, as Huvecs foram tratadas com hemin nas concentrações 1uM, 5uM, 10uM e 20uM durante 6 horas, resultando na superexpressão da HO-1 (P < 0.0024). Quando há um aumento da expressão HO-1 após um quadro de fibrose renal crônica, este pode ser revertido, talvez pela capacidade de ser anti-oxidante, anti-inflamatória e anti-apoptótica, pois a inflamação é um dos principais componentes da progressão da função renal crônica. Dados do nosso laboratório mostram que a expressão da HO-1, pode suprimir a lesão renal crônica, mesmo após a instalação efetiva da fibrose, sendo capaz de reverter à cicatriz tecidual ao inibir a infiltração de células inflamatórias, sendo assim a amplificação da HO-1 pode ser uma ferramenta molecular para identificar a progressão da doença renal crônica. Este trabalho é financiado pela FAPESP (2010/02024-6, 07/07139-3), CNPq e Capes. Recentemente mostramos que a associação L+H reduz as lesões renais e reverte a proliferaçãocelular túbulo-intersticial mesmo em fases avançadas da DRC. Para avaliar o efeito protetor desse mecanismo investigamos: 1) o papel da hipertensão sistêmica (HTN); 2) os segmentos do néfron alvos da ação antiproliferativa; 3) a participação dos miofibroblastos nesse processo. Ratos Munich-Wistar adultos machos foram submetidos a Nx. Após 4 meses, determinaram-se: pressão caudal (PC, mmHg), creatinina sérica (Scr, mg/dL), esclerose glomerular (%EG), % de área cortical intersticial (%INT), intensidade de infiltração intersticial por células + para Angiotensina II (AII, céls/mm2), α-actina de músculo liso (SMAint) e avaliou-se a intensidade de proliferação celular nos túbulos em geral (PCNAtub, céls/mm2) e nos túbulos distais (PCNAdist, céls/mm2). Nessa fase, 15 animais foram utilizados como controles pré-tratamento (Nxpré) e o restante dividido em Nx (sem tratamento), NxLH (L, 50 mg/kg/d e H, 6 mg/kg/d) e um terceiro grupo, NxAHHd (Amlodipina, 5 mg/kg/d, H e Hidralazina, 12 mg/kg/d), serviu para avaliar o papel da HTN. Durante o mesmo período, 15 ratos Sham (S) foram acompanhados. Resultados após 3 meses: Média±EP, a, b, c, dp <0,05 vs S, Nxpre, Nxe NxAHHd, respectivamente. A QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTE RENAL CRÔNICO EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO Mariella Silva Caliman Monteiro, Rafaela dos Santos Feijó, Juliana Barbosa Daleprane Instituto de Doenças Renais Introdução: A Insuficiência Renal Crônica (IRC) e o tratamento hemodiálitico, provocam um conjunto de mudanças e exigências biopisossociais no paciente, que os comprometem em diversos aspectos com repercussões pessoais, familiares e sociais. A qualidade de vida (Q.V.) tem se tornado importante critério de avaliação da efetividade do tratamento e de intervenções na área da saúde. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida do paciente renal crônico através da análise da produção científica atualizada, em que foi avaliada a Q.V. de pacientes em hemodiálise e as variáveis que podem intervir nesse contexto. Causuísticas e Métodos: Foram investigadas as bibliografias atualizadas de pesquisas realizadas no Brasil que utilizaram os seguintes instrumentos de avaliação da qualidade de vida dessa população: SF-36 _ Medical Outcomes Study 36 - Item Short-Form Health Surve, Kidney Disease and Quality-of-Life ShortForm (KDQOL-SF), Índice de qualidade de vida (Quality of Life Index - QOL) e World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-Bref). A partir do material encontrado, foi tabelada a síntese das descobertas alcançadas por cada pesquisa, de acordo com os diferentes instrumentos de avaliação da Q.V. Resultados: Os resultados apontam um acordo entre os muitos pesquisadores acerca da piora da qualidade de vida dos pacientes renais crônicos em relação à população geral nos vários itens avaliados. O estudo evidenciou como fatores que indicam interferência na qualidade de vida dessa população: o tempo de terapia dialítica, que tende a influenciar negativamente de forma mais proeminente os aspectos físicos do que mentais e emocionais de Q.V.; idade avançada, correlação negativa entre a mesma e as dimensões, capacidade funcional, aspectos físicos, dor e vitalidade; presença de co-morbidades (no diabetes correlação negativa com a Q.V.); quanto ao sexo encontram-se divergências, alguns estudos apontam não haver relação entre o nível de Q.V. o sexo do paciente, porém outros indicam que mulheres apresentam menores escores gerais em relação aos homens, (independente de comorbidades); e escolaridade, aspectos emocionais correlacionaram-se positivamente com os anos de estudo. Conclusão: Averiguou-se então, que apesar da hemodiálise ser uma eficiente forma de tratamento da IRC, a mesma tem contribuído para comprometimento na qualidade de vida dessa população. Palavras Chaves: Renal Crônico 66 PC: S=141±1, Nxpré=207±3a, Nx=212±4a,NxAHHd=172±9abc,NxLH=164±3abc SCr:S=0.6±0.1, Nxpré=1.4±0.1a, Nx=2.4±0.1ab,NxAHHd=2.1±0.1abc,NxLH=1.6±0.1acd %EG: S=1±1, Nxpré=26±3a, Nx=58±4ab,NxAHHd=47±7abc,NxLH=25±3acd %INT: S=0.7±0.1, Nxpré=4.2±0.4a, Nx=6.9±0.4ab,NxAHHd=5.5±0.6ac,NxLH=4.0±0.4ac AII: S=1±1, Nxpré=13±2a, Nx=19±2ab,NxAHHd=20±1ab,NxLH=10±1acd %SMAint: S=0.10.1, Nxpré=6.40.9a, Nx=6.70.8a,NxAHHd=7.81.2a,NxLH=4.5±0.7ad PCNAtub: S=9±1, Nxpré=68±6a, Nx=70±9a, NxAHHd=55±6a,NxLH=26±2abcd PCNAdist:S=0.2±0.1, Nxpré=3.9±0.9a, Nx=2.6±0.3a,NxAHHd=2.1±0.4ab,NxLH=0.2 ±0.1bcd O grupo Nxpré apresentou HTN grave, EG, %INT, infiltração de AII e SMAint e acentuada proliferação tubular (em parte no distal). Ao final do estudo, o grupo Nx apresentou piora da função e lesão renal. O tratamento com LH manteve as lesões renais em nível semelhante ao Nxpré e reverteu a proliferação. Apesar da semelhança na PC entre NxLH e NxAHHd, as lesões renais e a hiperplasia tubular foram mais intensas neste último. Conclusão: 1) eventos celulares predominam sobre a HTN na patogênese da DRC; 2) a infiltração de miofibroblastos, possivelmente originados de células de túbulos proximais, desempenham um papel chave nesse processo. Palavras Chaves: Ablação Renal de 5/6, Proliferação Celular Análise das alterações cardiovasculares decorrentes de calcificação vascular, a partir dos métodos não invasivos, em uma população de pacientes com doença renal crônica nos estágios IV e V. THOMAZ CANEDO DE MAGALHAES FILHO, Lygia Maria Soares Fernandes Vieira Hospital Universitário Gafree e Guinle (HUGG), Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro As doenças cardiovasculares (DCV) constituem a principal causa de mortalidade em pacientes com DRC. Dentre as alterações cardiovasculares, o processo de calcificação vascular ou valvar é um achado freqüente e confere valor prognóstico negativo. Objetivo:Pesquisar calcificações valvares e vasculares através de métodos não invasivos como a ecocardiografia transtorácica e a radiografia simples de pelve e mãos na incidência antero-posterior. Casuística e Metodos:Temos um estudo prospectivo de coorte, realizado entre janeiro de 2010 e fevereiro de 2011 no ambulatório de DRC, estagios IV e V em tratamento conservador do HUGG.A amostra foi composta por 33 pacientes, com idade > 18 anos.A taxa de filtração glomerular foi estimada pela formula do M.D.R.D.;Foramrealizados ecocardiograma transtorácico e rx simples de pelve e das mãos e calculadas as pressões de pulso e os índices de massa corporal (IMC). Resultados:Participaram do estudo 33 pacientes, 42,4% do sexo feminino e 57,6% do sexo masculino. A média de idade foi de 66,61 ± 13,65 anos.Dentre as mulheres, 14,3% eram diabéticas e 78,6% eram hipertensas.Entre os homens, 84,2% eram hipertensos, enquanto 26,3% eram diabéticos. A taxa de filtração glomerular estimada pelo MDRD foi de 21,67 ± 5,23 ml/min.A média do índice de massa corporal (IMC) foi de 24,82 ± 4,54.Os pacientes com idade ≥ 65 anos tinham menor excesso de peso e tendiam a desnutrição.A média das pressoes de pulso foi de 60,61 ± 18,02.Não conseguimos correlacionar na análise de regressão múltipla a pressão de pulso com as outras variáveis.O exame de Ecocardiografia transtorácico monstrou hipertrofia de ventrículo esquerdo em 45,5% dos pacientes, disfunção diastólica em 27,3%, disfunção sistólica em 15,2%, calcificaçoes em valva Tricúspide em 18,2%, em valva Mitral em 93,4% e em valva Aórtica em 90,1%;Houve uma correlação positiva entre número de calcificações valvares e idade.As radiografias em AP de mãos e bacia, Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia demonstraram calcificações vasculares em 6,06% dos exames. Conclusões:Ecocardiograma mostrou ser um método eficaz para visualização de calcificações valvares. A Radiografia de mãos e pelve não são bons métodos para detectar precocemente a(s) calcificações vasculares.Não conseguimos estabelecer relação das medidas de pressão de pulso com as outras variáveis;As conseqüências do desequilíbrio do metabolismo do Ca e do P na calcificação metastática indica a necessidade de um controle rigoroso; parece que o P tem um papel mais importante. Correspondência entre as fórmulas MDRD e Cockcroft-Gault para estimativa de função renal em população de idosos em uma unidade básica de saúde Palavras Chaves: doenca renal cronica, calcificacao vascular e valvar Introdução: a fórmula de Cockcroft-Gault (CG) é tradicionalmente utilizada e recomendada pela Sociedade Brasileira de Nefrologia para estimativa da filtração glomerular (FG). Uma nova fórmula tem sido proposta baseada no estudo MDRD, onde são incluídas as variáveis: cor de pele, idade, sexo e creatinina sérica. Como a população idosa é a que mais cresce no Brasil, com uma expectativa de em 2025 representarem 14% da população, torna-se necessário estudos que analisem esta parcela da população. Poucos são os estudos da FG em idosos e sobre a correspondência entre as fórmulas MDRD e CG. Objetivos: avaliar a correspondência entre as fórmulas de CG e MDRD para estimativa da taxa de FG entre os idosos participantes do Programa do Idoso em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) em Goiânia-GO. Casuística e métodos: avaliação, no período de agosto a dezembro de 2009, dos prontuários de pacientes acima de 60 anos cadastrados em uma UBS, o CIAMS Novo Horizonte, em Goiânia-GO. Foram incluídos no estudo participantes de ambos os sexos do Programa do Idoso e foram excluídos os pacientes que não estão ativos no Programa do Idoso há mais de 6 meses. Resultados: dos 50 prontuários analisados 88% eram mulheres. A média de idade foi de 66,2 anos com desvio padrão de 5,1; destes 28% eram pardos, 2 % amarelos, 6 % negros e 64% brancos. Dos pacientes analisados, 52% apresentaram DRC estádio 2 e 4% DRC estádio 3, segundo a fórmula CG. Já se utilizarmos a estimativa de filtração glomerular pela fórmula do MDRD e assumindo como não brancos negros e pardos, 34% seriam classificados como DRC estágio 2 e não haveria pacientes em estágios inferiores (4 e 5). Ao correlacionarmos as duas estimativas segundo Pearson com um intervalo de confiança de 95% observamos uma correlação fracamente positiva (r= 0,2361) com um p> 0,05 (p=0,1024) o que nos mostra que, em somente uma pequena porcentagem dos pacientes há uma correlação fidedigna entre os dois valores de estimativa de FG. Conclusão: a fraca correlação entre as fórmulas avaliadas nos leva a sugerir a necessidade de estudos com metodologia mais adequada utilizando a fórmula do MDRD para estimativa de FG na população idosa brasileira. Em especial,na UBS onde exames mais sensíveis como a FG por radioisótopo não são disponíveis e são onerosos para o sistema de saúde. ASSOCIAÇÃO DA FERRITINA COM O ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES RENAIS CRÔNICOS SOB TRATAMENTO HEMODIALÍTICO RUI ALBERTO GOMES, Andrea Lopes Lípolis,Flávia B. Chiang, Fatima C.M. Pelarigo, Silvana Kesrouani, Rogério Y. Matsuda,Jenner Cruz INSTITUTO DE NEFROLOGIA DE MOGI DAS CRUZES Introdução: A síndrome da desnutrição e inflamação é freqüente em pacientes com insuficiência renal crônica em terapia hemodialítica e está associada ao aumento da morbimortalidade. A ferritina, usada como um marcador do status de ferro do organismo é também um reagente da fase aguda da inflamação e pode estar elevada nestas pessoas, independentemente do estoque de ferro.Objetivos: Estudar a associação da ferritina com o estado nutricional de pacientes renais crônicos em hemodiálise. Casuística e Métodos: Avaliados 230 pacientes em tratamento hemodialítico ambulatorial. Analisados os níveis de hemoglobina (Hb) e ferritina, o índice de hemodiálise depuração/tempo/volume (KtV), tempo em terapia renal substitutiva (TRS), acesso vascular, taxa de internação no último trimestre (Tx int) e o estado nutricional, através do Malnutrition-Inflammation Score (MIS). Os pacientes foram divididos em quatro grupos, de acordo com o estado nutricional: 1.Desnutridos protéicos (albumina sérica < 3,5 g/dL; 2.Desnutridos calóricos (índice de massa corpórea menor que 18,5); 3.Obesos; 4.Adequados. As médias das variáveis de cada grupo foram determinadas. Usado teste t de student e ANOVA. Resultados: Foram avaliados 138 homens (60%) e 92 mulheres (40%), com média de idade de 55,63 ± 14,62 anos. Grupo 1. Número de pacientes (n):20 (8,6%); diabéticos (DM): 50%; tempo em TRS: 30,95 ± 36,12 meses; KtV: 1,29 ± 0,19; Hemoglobina (Hb): 10,23 ± 2,53 g/dL; Ferritina: 834,1 ± 563,9 ng/mL; taxa de uso de cateter duplo lumen (CDL): 45%; Tx int: 25%. Grupo 2. n:18 (7,8%); DM: 22%; tempo em TRS: 69,72 ± 47,87 meses; KtV: 1,67 ± 0,26; Hb:11,53± 1,68 g/dL; Ferritina: 999,2 ± 375,5 ng/mL;CDL: 5,5%; Tx int: 16,6%. Grupo 3.n:32 (14%); DM: 31%; tempo em TRS: 46,31 ± 41,14 meses; KtV: 1,56 ± 0,42; Hb: 10,89± 1,92 g/dL; Ferritina: 739,7 ± 350,1 ng/mL;CDL: 12,5%; Tx int: 9,3%. Grupo 4. n:160 (69,5%); DM: 39%; tempo em TRS: 49,48 ± 47,73 meses; KtV: 1,55 ± 0,32; Hb: 11,53± 1,88 g/dL; Ferritina: 774,3 ± 445,6 ng/mL;CDL: 13%; Tx int: 7,5%. Observado variação significativa da ferritina entre os grupos 2 e 3 (p=0,0179) e entre 2 e 4 (p=0,0409). Conclusões: Os pacientes desnutridos, significativamente os desnutridos calóricos, apresentaram maiores níveis de ferritina, estando a mais tempo em TRS, com maior taxa de internação, apesar de níveis de Hb satisfatórios. A ferritina se mostrou como um importante e acessível marcador da síndrome da desnutrição e inflamação nestes pacientes. Palavras Chaves: Ferritina, DRC ANA TEREZA AZEREDO BASTOS BRITO, Marilia Rodovalho Guimaraes, Edna Regina S Pereira, Nayara Gomes S da Costa, Gustavo Guilherme Q Arimatéa, Talita Clementino M Cunha, Bianca R Rodrigues Rebelo, Isadora Crossara A Teixeira HC-UFG Palavras Chaves: fórmulas MDRD e Cockcroft-Gault, idosos Efeito do exercício resistido intradiálise em pacientes com doença renal crônica Bruna dos Santos Lourenço, Marcos Antonio do Nascimento, Thiago dos Santos Rosa, Anderson S. Haro, Vicente Nicolielo Siqueira, Sergio Tufik, Marco Túlio de Mello, Maria Eugênia Fernandes Canziani, Elisa Mieko Suemitsu Higa Universidade Federal de São Paulo, SP Introdução e Objetivos: Sedentarismo e pobre desempenho cognitivo são características presentes em pacientes com Doença Renal Crônica (DRC). O objetivo deste estudo foi verificar possível associação entre a função cognitiva e o nível de atividade física em pacientes em programa de hemodiálise crônica (HD). Casuística e Métodos: 102 pacientes que realizam HD (4hs/3x semana) foram submetidos ao Mini Exame do estado Mental (MEEM) que verifica a função cognitiva. O nível de atividade física foi avaliado por meio do Questionário Internacional do Nível de Atividade Física (IPAQ). Foram formados três grupos de acordo com a classificação do IPAQ: Grupo I (ativos e muito ativos, n=26), II (irregularmentes ativos, n=35) e III (sedentários, n=41). Análise Estatística: Aplicou-se a análise de variância ou o qui quadrado quando apropriado. As variáveis com probabilidade de diferença estatística menor que 0,1 compuseram o modelo de regressão múltiplo. Os dados foram apresentados como média e desvio padrão ou mediana (primeiro; terceiro quartil) quando apropriado. Significância estatística foi considerada quando p menor que 0,05. Resultados: Os grupos foram semelhantes quanto à idade, tempo de HD, escolaridade e tabagismo. Apresentaram diferença estatísticamente significante quanto à raça (p=0,01), índice de massa corporal (p=0,004), presença de diabetes melito (p=0,002) e doença de base (p=0,048). Os grupos se diferenciaram quanto ao grau de déficit cognitivo (p= 0,003). Quanto aos dados laboratoriais, os grupos diferiram quanto à creatinina (p=0,014), glicemia (p=0,012), hemoglobina (p=0,027) e hematócrito (p=0,041). No modelo de regressão múltiplo, houve associação entre função cognitiva e nível de atividade física (p=0,001). Conclusão: Desempenho cognitivo associou-se ao nível de atividade física em pacientes em hemodiálise, independentemente de outros fatores de confusão. Essa proposta implica que um trabalho prospectivo seria fundamental para confirmar nossa premissa. FAPESP 2009/10793-2. Introdução: A perda de massa muscular é comum em pacientes com doença renal crônica (DRC) e um forte preditor de mortalidade nesta população. Estima-se que 91% dos pacientes diagnosticados com DRC utilizam como terapia renal substitutiva a hemodiálise (HD). No Brasil o número de pacientes utilizando este meio de tratamento no ano de 2009 foi de 77.589. A redução da qualidade de vida nesta população pode ser atribuída além da perda de massa muscular a fatores como: alterações psicológicas, comorbidades, envelhecimento biológico, desnutrição, estresse oxidativo, utilização de corticóides e o próprio processo de hemodiálise. Estudos mostram que o treinamento resisitido (TR) pode ser eficiente no ganho de força e melhora da qualidade de vida dos pacientes com DRC analisados por meio de questionários e teste de capacidade funcional. Objetivos: Avaliar os valores de força pré e pós treinamento com exercício resistido, intradiálise, em pacientes renais crônicos. Casuística e Métodos: Foram recrutados 11 pacientes em HD da Clínica Oswaldo Ramos (UNIFESP), de ambos os sexos, com idade entre 20 e 76 anos e tempo de diálise >3 meses. O Índice de Massa Corpórea (IMC) da amostra foi de 25,2±5,2 caracterizando-os nas faixas eutrófico e sobrepeso. Previamente ao TR os voluntários foram submetidos à realização do teste ergométrico, ecocardiografia e avaliação física. Então, foi realizado o teste de 1 Repetição Máxima (1RM), durante a hemodiálise, pré e pós treinamento, para obtenção dos valores de força e estimativa de peso (carga) para cada exercício. O TR foi constituído por 7 exercícios, sendo: 3 para membros superiores e 4 para membros inferiores realizados por um período de 6 semanas com intensidade de 40% de 1RM nas três semanas iniciais e 60% de 1RM nas demais. Cada sessão foi composta por 3 séries de 12 repetições com intervalos de 1’de descanso e de 2’ entre os exercícios. Para análise dos dados (média ± erro padrão) foi utilizado o teste t de student com valor de P≤0,05. Resultados: Encontramos nos testes de 1RM realizados pré e pós treinamento diferenças significantes para o aumento de força (kg) nos seguintes exercícios: ombro 7±0,51 vs 8±0,55; bíceps 7±0,61 vs 8±0,47; tríceps 4±0,82 vs 5±0,56 e extensão de joelho 7±0,70 vs 10±1,32. Conclusão: O exercício resistido intradiálise promoveu um aumento da força em pacientes portadores de DRC podendo vir a melhorar sua qualidade de vida. Palavras Chaves: doença renal crônica, função cognitiva Palavras Chaves: Hemodiálise, Treinamento físico ASSOCIAÇÃO DA FUNÇÃO COGNITIVA COM NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA EM RENAIS CRÔNICOS EM HEMODIÁLISE BELIK FS, Shiraishi FG, Silva VRO, Barretti P, Caramori JCT, Martin LC, Franco RJS Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP 67 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia EFEITOS DO EXERCÍCIO NO MODELO 5/6NX DE LESÃO RENAL CRÔNICA MILTON ROCHA MORAES1, Patrícia Semedo2,DANILO C. ALMEIDA2, CLÉVIA S. PASSOS2, THIAGO ROSA SANTOS2, FERNANDO COSTA4, REURY FRANK P. BACURAU2, ALVARO PACHECO-SILVA2, NIELS OLSEN SARAIVA CÂMARA2 1 - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO 2 - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO 3 - FACULDADE NAUTICO MOGIANO Introdução: Pacientes portadores de doença renal crônica (DRC) apresentam alterações na função renal e pressão arterial (PA). Estudos têm demonstrado que um programa de exercício físico (EF) aeróbio para estes pacientes contribui para melhora da função renal, hipertensão arterial, capacidade funcional, função cardíaca, força muscular e, conseqüentemente, melhor qualidade de vida. O treinamento de força (TF), recentemente mostrou-se eficaz em atenuar os efeitos deletérios causados pela DRC em pacientes submetidos à hemodiálise. Um modelo animal de DRC é o rato nefrectomizado (5/6NX), que vem sendo utilizado como ferramenta para avaliar os efeitos do EF aeróbio na DRC. No entanto, estudos com o TF não foram realizados com esse modelo de DRC. Objetivo: Investigar os efeitos do TF na lesão renal crônica de ratos nefrectomizados. Metodologia: Vinte ratos Wistar (250 g) foram divididos em grupos: controle não-nefrectomizado; sedentário (GS, n=5) e treinado (GT, n=5); e, nefrectomizados 5/6NX; sedentário (G5/6NX-S, n=5) e treinado (G5/6NX-T, n=5). O TF foi realizado 3 vezes por semana em dias alternados por 8 semanas, em uma escada de 1,20m de altura com 85º de inclinação, os animais realizaram 8 séries de subida na escada com pesos acoplados a cauda, equivalente a 70% da massa corporal total (MCT), e, com 1 min de intervalo entre as séries. Foram realizadas dosagens de creatinina (Crt) e uréia sérica, medida da PA caudal e pesagem da MCT no término das 8 semanas. Para análise estatística foi feita utilizada ANOVA de medidas repetidas, e foi considerado significante P<0,05. Resultados: Houve uma redução significativa da Crt (2,0±0,3 vs 1,1±0,1 mg/dl, P<0,01) e uréia (200±12 vs 100 mg/dl, P<0,01) quando comparamos os grupos G5/6NX-S e o G5/6NX-T, respectivamente. Os GS e GT não apresentaram diferenças significativas. A PA foi menor após o TF no G5/6NX-T, aproximadamente 74 mmHg, quando comparada com G5/6NX-S (150±22 vs 224±19 mmHg, P<0,01, respectivamente), não observamos diferenças entre o GS e o GT (117±19 vs 104±6 mmHg, respectivamente). A MCT entre os grupos não apresentou diferença significativa. Conclusão: Nossos dados demonstram pela primeira vez que ratos com DRC (modelo 5/6NX) submetidos ao TF melhoram a função renal e reduzem a pressão arterial. No entanto, mais estudos serão necessários para melhor compreensão dos efeitos do treinamento de força na lesão renal crônica. Palavras Chaves: Doênça Renal Crônica; Exercício; Pressão Arterial ENVOLVIMENTO DE MECANISMOS INFLAMATÓRIOS NO MODELO EXPERIMENTAL DE DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) COM UREMIA EM CAMUNDONGOS ALEXANDRE CHAGAS DE SANTANA1, HUMBERTO DELLÊ1, Cleonica da Silva1, Sérgio Catanozi2, Sabrina Degaspari3, Cristoforo Scavone3, Kim Solez4, Paula Blanco4, Irene de Lourdes Noronha1 1 - LABORATÓRIO DE NEFROLOGIA CELULAR, GENÉTICA E MOLECULAR – LIM 29 (FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DA USP) 2 - LABORATÓRIO DE LÍPIDES – LIM 10 (FACULDADE DE MEDICINA DA USP) 3 - LABORATÓRIO DE NEUROFARMACOLOGIA MOLECULAR (INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS DA USP) 4 - LABORATÓRIO DE MEDICINA E PATOLOGIA (UNIVERSIDADE DE ALBERTA) O acúmulo de 2,8-dihidroxiadenina (DHA) no rim proveniente do metabolismo da adenina causa disfunção renal progressiva acompanhada por manifestações urêmicas e lesões histopatológicas que se assemelham ao estágio 5 da DRC. Neste estudo, desenvolvemos este modelo experimental de DRC em camundongos e analisamos os mecanismos inflamatórios envolvidos nessa condição, através da análise de marcadores inflamatórios, bem como o uso de uma droga anti-inflamatória (talidomida (Talid)). A DRC foi induzida em camundongos C57/BL6 através de uma dieta rica em adenina por 6 semanas. Os animais foram divididos em 3 grupos (n=48): Controle, recebendo dieta normal, Adenina, recebendo adenina para desenvolver DRC, e Adenina+Talid, recebendo adenina para desenvolver DRC e tratados com Talid. Foram analisados parâmetros bioquímicos, alterações histopatológicas, infiltrado inflamatório, bem como a IL-1β, TNF-α e IL-6 no soro (MULTIPLEX) e no tecido renal (RTPCR). Camundongos que receberam dieta com adenina desenvolveram DRC e evoluíram com aumento significativo dos níveis séricos de uréia (287±10,2 vs 46±3,3 mg/dl no Controle; p<0,001) e creatinina (0,87±0,03 vs 0,34±0,01 mg/dl no Controle; p<0,05). Os animais do grupo Adenina também apresentaram níveis significativamente elevados de mediadores inflamatórios no soro (IL-1β: 57,8±23,5 vs 13,2±5,1 pg/ml; p<0,05; TNF-α: 21,9±8,0 vs 0,8±0,1 pg/ml; p<0,05; IL-6: 145,8±19,7 vs 14,0±4,3 pg/ml; p<0,05) e no tecido renal (IL-1β: 16,4±0,7 vs 1,0±0,2; p<0,05; TNF-α: 24,2±0,8 vs 1,0±0,3; p<0,05; IL-6: 24,7±1,0 vs 1,0±0,7; p<0,05) comparados com Controle. O tratamento com Talid reduziu significativamente os níveis de uréia (102±3,9 mg/dl; p<0,05) e creatinina (0,50±0,03 mg/dl, p<0,05), bem como os níveis dos mediadores inflamatórios tanto no soro IL-1β (7,2±3,0; p<0,05), TNF-α (1,3±0,5; p<0,05) e IL-6 (4,8±2,7; p<0,05), como no tecido renal IL-1β (5,0±0,7; p<0,05), TNF-α (15,8±0,3; p<0,05) e IL-6 (9,0±0,5; p<0,05) comparados com o grupo Adenina. O modelo Adenina induz DRC com uremia também em camundongos constituindo um interessante modelo experimental para o estudo de eventos associados à uremia. Embora a principal característica deste modelo seja o acúmulo de DHA nos túbulos renais, mecanismos inflamatórios também são importantes na patogênese da DRC. Os efeitos renoprotetores da Talid neste modelo, com diminuição da inflamação local e sistêmica, confirmam a participação deste mecanismo. Palavras Chaves: Adenina,Uremia 68 Exercício crônico com sobrecarga diminui a proteinúria em animais com doença renal crônica (DRC) por nefrectomia 5/6 (Nx5/6 RAFAEL DA SILVA LUIZ, RAMPASO, R. R., TEIXEIRA, L., RAZVICKAS, C., SILVA, K., SCHOR, N. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO - DISCIPLINA DE NEFROLOGIA Introdução e objetivo: Estudos anteriores indicam que o efeito do exercício aeróbio promove melhora da função renal na DRC. Entretanto, pouco se sabe sobre o exercício crônico com sobrecarga nesta situação. O objetivo deste estudo é avaliar os efeitos do exercício aeróbio, crônico (5 semanas), através de natação com sobrecarga e a função renal em ratos Nx5/6. Métodos:Foram utilizados ratos Wistar adultos divididos em 4 grupos: Controle (C), Controle + exercício (E), Nx5/6 sedentário (NxS) e Nx5/6 + exercício (NxE). O exercício de natação foi durante 30 minutos, com sobrecarga de 70% da carga máxima atingida por 5 dias/semana, durante 5 semanas. Avaliamos a proteinúria, creatinina sérica, clearance de creatinina e índice de esclerose glomerular. Resultados:A creatinina sérica foi significativamente diferentes entre os grupos NxS e NxE (0,59±0,05 vs. 0,84±0,07 mg/dL, p<0,05). O exercício minimizou a redução do clearance de creatinina do grupo NxE (1,10±0,09 ml/min) ao compararmos com o grupo NxS (0,90±0,11 ml/min). A proteinúria apresentou-se diferente entre os grupos NxS e NxE em relação aos demais grupos, porém com redução significante no grupo NxE (96,94±9,99 vs. 51,37±9,85 mg/24h p<0,05). O índice de esclerose glomerular (200 glomérulos avaliados), NxS apresentou-se mais alto (16% vs 2%, p<0,05) vs NxE. Conclusão: Os resultados sugerem que apesar de um menor efeito do exercício no clearance (~20%), ocorreu uma significante redução da proteinúria (~50%) e uma importante minimização da esclerose glomerular nos ratos com NxE. Pode-se assim, sugerir que estes animais teriam uma progressão da doença renal em menor velocidade, o que indica que o exercício, conforme este protocolo poderia contribuir para uma melhor evolução na função renal. Apoio: CNPq, FAPESP, CAPES e FOR Palavras Chaves: DOENÇA RENAL CRÔNICA,EXERCÍCIO IMPACTO DO EXERCÍCIO AERÓBICO BASEADO NA INTENSIDADE DO PRIMEIRO LIMIAR VENTILATÓRIO SOBRE PARÂMETROS CARDIORESPIRATÓRIOS E CAPACIDADE FUNCIONAL DE PACIENTES COM EXCESSO DE PESO PORTADORES DE DOÊNÇA RENAL CRÔNICA NA FASE NÃODIALÍTICA DANILO TAKASHI AOIKE1,FLAVIA BARIA2,MARIANA ROCHA2,MARIA KAMIMURA2,ADRIANO AMMIRATI1,MARCO TÚLIO DE MELLO3,LILIAN CUPPARI2 AYAKO 1 - DEPARTAMENTO DE MEDICINA/NEFROLOGIA E CENTRO DE ESTUDOS EM PSICOBIOLOGIA E EXERCÍCIO, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO – SP 2 - DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO – SP 3 - DEPARTAMENTO DE PSICOBIOLOGIA E CENTRO DE ESTUDOS EM PSICOBIOLOGIA E EXERCÍCIO, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO – SP Introdução: O sedentarismo é uma condição frequente em indivíduos com sobrepeso/obesidade e está associada à baixa capacidade cardiorespiratória (CR) e funcional (CF). O excesso de peso é cada vez mais prevalente em pacientes com doença renal crônica (DRC) e a associação dessas duas enfermidades poderia contribuir para um agravamento da CR e CF. Métodos indiretos são comumente empregados para a prescrição da intensidade do exercício aeróbico (IEA), e não consideram a condição clínica do paciente. Por meio do valor obtido no 1º limiar ventilatório (LV1) no teste ergoespirométrico é possível determinar diretamente a IEA mais adequada à capacidade física do paciente. O LV1 representa a maior IEA sustentado plenamente pela via aeróbica, caracterizando uma intensidade leve a moderada. Não existem estudos que tenham empregado o LV1 para a prescrição da IEA em pacientes com DRC. Objetivo: Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar o impacto do treinamento aeróbico baseado na intensidade do LV1 sobre a CR e CF de pacientes com excesso de peso e portadores de DRC na fase não dialítica. Métodos: Foram incluídos 10 pacientes sedentários (8 homens; 49±10,1 anos, IMC 30,4±3,5kg/m2, depuração de creatinina 39,4±9,8 ml/min). Os pacientes foram submetidos à ergoespirometria e aos testes de capacidade funcional, no início e após 12 semanas de treinamento. O treinamento foi realizado em esteira rolante, 3 vezes por semana, e os pacientes foram monitorados durante todo o período das sessões. Resultados: O treinamento resultou em aumento de 20% no consumo pico de O2 (23,1±5,3 vs 27,6±6,7ml/kg/min;p=0,002) e 9,2% no teste de caminhada de 6 minutos (578,9±49,9 vs 631,8±62,7m;p=0,001). Houve melhora na marcha estacionária (p<0,001), no teste de sentar e levantar (p=0,001), na resistência muscular de membro superior (p=0,001) e no tempo de ir e voltar (p=0,002). Além disso, observou-se redução na pressão arterial sistólica (p=0,002) e na diastólica (p=0,02) sem modificação na dose da medicação antihipertensiva, no peso corporal ou no consumo de sódio. Houve diminuição da uréia sérica (109±44 vs 90±40 mg/dL;p=0,008) e uma tendência à elevação do bicarbonato sérico (19,7±3,6 vs 21,1±3,6mmol/L;p=0,06). Nenhum efeito adverso foi observado. Conclusão: Os resultados indicam que o exercício aeróbico baseado na intensidade do LV1 é eficaz e pode ser empregada com segurança.para pacientes com excesso de peso e portadores de DRC na fase não dialítica. Palavras Chaves: exercício aeróbico Inflamação e rigidez arterial em renais crônicos diabéticos: papel da capacidade aeróbica FLáVIO GOBBIS SHIRAISHI,Fernanda Stringuetta Belik, Viviana Rugolo Oliveira e SIlva, Luis Cuadrado Martin, João Carlos Hueb, Renato de Souza Gonçalves, Roberto Jorge da Silva Franco FMB UNESP Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia O persistente estado inflamatório é comum no diabetes e na doença renal crônica (DRC) o que leva a excessiva produção de citocinas inflamatórias e proteína C-reativa (PCR). Estes pacientes usualmente apresentam intolerância ao exercício e aumento da rigidez arterial. A atividade física aeróbica tem sido associada à melhor complacência arterial, a efeitos antiinflamatórios e anti-diabéticos. Foi avaliada a hipótese que em pacientes com ambas as condições, DRC e diabetes, a melhor capacidade aeróbica é associada com menor estado inflamatório e rigidez arterial. O objetivo desse estudo foi determinar se a capacidade aeróbica, avaliada pela VO2 máximo, possui função protetora, influenciando no estado inflamatório, rigidez arterial e espessura da camada íntima-média de carótida em renais crônicos diabéticos e não diabéticos. Trinta e nove pacientes foram clinicamente e laboratorialmente avaliados. De acordo com a etiologia da doença renal dois grupos de pacientes foram obtidos: Grupo diabético (GD) e grupo não-diabético (GND). A pressão arterial central e a rigidez arterial foram avaliadas pelo aparelho Sphygmocor. As espessuras média e máxima da camada íntimamédia de carótida foram realizadas por ultra-sonografia. A capacidade aeróbica foi avaliada pelo VO2 máximo estimado de acordo com o teste ergométrico (Protocolo de Bruce). O GD apresentou maior frequência de PCR elevada (p=0,044), mais indivíduos do gênero masculino e menores valores do VO2 máximo. A espessura da camada íntima-média de carótida foi similar entre os grupos. Em modelo de regressão múltipla, ajustado para diabetes, gênero masculino e VO2 máximo, somente a melhor capacidade aeróbica foi associada à menor frequência de PCR elevada. Em conclusão, a capacidade aeróbica foi associada ao estado inflamatório em renais crônicos, independentemente da presença de diabetes. mais comum. Objetivo: Relato de caso de mieloma múltiplo secretor associado a lesão renal grave em paciente jovem. Relato de Caso: Sexo masculino, 39 anos, previamente hígido, com náuseas, vômitos, mialgia difusa há 15 dias. Exames da admissão: creatinina=27mg/ dL, ureia=277mg/dL, cálcio total/ionizado=14,3/1,65 mg/dL, hemoglobina=7 g/dl, hematócrito=19%g/dl, leucócitos=15830mm3, potássio=6,5 mg/dL, ácido úrico=13 mg/dL , Fósforo=6,4 mg/dL, PTH=9 pmol/mL, associado à proteinúria e hematúria ao exame de Urina I. Rx de calota craniana com lesões líticas difusas, e eletroforese de proteínas com pico monoclonal em gama. O mielograma comprovou MM secretor com 40% de plasmócitos/ plasmoblastos e a biópsia renal com rim mielomatoso e alterações crônicas em grau moderado. Além de: ß2-microglobulina > 20mg/dL e IgM sérica de 313 mg/dl. A quimioterapia (QT) de indução foi dexametasona e talidomida. Paciente mantém-se anúrico em terapia renal substitutiva desde a admissão há 5 meses, com talidomida como QT de manutenção. Discussão: A idade média do diagnóstico do MM é 70 anos, com 50% dos pacientes com + 65 anos e apenas 2% dos casos ocorre em indivíduos abaixo dos 40 anos de idade. A IR, anemia, hipercalcemia e lesões ósseas apresentam-se em 48%, 73%, 28% e 80% dos casos, respectivamente. A associação de lesão tubular direta pelo excesso de depósito de cadeias leves, desidratação, hipercalcemia e uso de drogas nefrotóxicas levam à IR, com recuperação da função renal em 26% dos casos. A sobrevida média dos pacientes com MM sem IR é de 28 meses, e de 4 meses naqueles com IR. Conclusão: O caso relatado é raro pela manisfetação do MM em paciente jovem, com IR e pico de IgM - e ainda com sobrevida acima da média, tornando-o um candidato ao transplante duplo - rim/medula óssea. Palavras Chaves: inflamação, capacidade aeróbica Palavras Chaves: mieloma multiplo Investigação de doença renal crônica na unidade básica de saúde em pacientes de risco. ANA TEREZA AZEREDO BASTOS BRITO, Edna Regina S Pereira, Nayara Gomes S da Costa, Gustavo Guilherme Q Arimatea, Bianca Rosa Rodrigues, Talita Clementino M Cunha, Marília Rodovalho Guimarães, Ciro Bruno Silveira Costa HC-UFG Introdução: A presença de taxa de filtração glomerular (TFG) menor que 60ml/min/1.73m2 está associada com aumento do risco de progressão para doença renal crônica terminal (DRCT) e morte por eventos cardiovasculares. A detecção da DRC em sua fase inicial, ainda assintomática, pode com o tratamento adequado retardar e alguns casos reverter a evolução da doença ou prolongar o tempo livre de terapia renal substitutiva, principalmente quando referenciados ao nefrologista. Apesar do screening geral da população não ser recomendado, grupos de alto risco, tais como hipertensos, diabéticos e idosos devem ser monitorados com a TFG e albuminúria. Objetivos: Verificar a prevalência de DRC em pacientes do programa HiperDia do CIAMS Novo Horizonte e dos idosos atendidos neste serviço. Avaliar se o controle glicêmico e da pressão arterial está dentro dos valores preconizados e se uso de inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) ou bloqueadores do sistema renino angiotensina aldosterona (BRA) nestes grupos de risco está efetivo. Casuística e Métodos: Foram avaliados os prontuários de todos os pacientes cadastrados no programa HiperDia e dos idosos da Unidade de Atenção Básica à Saúde - CIAMS Novo Horizonte em Goiânia - GO entre 2008 e 2010. Os pacientes foram divididos em dois grupos: Grupo Diabéticos e/ou Hipertenso e/ou Idosos sem lesão renal e Grupo com lesão renal. Os valores foram expressos como média ± desvio padrão. Resultados: Foram analisados 304 prontuários, sendo 66,7% do sexo feminino, 54% da cor negra ou parda, 71% com diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica (HAS) e 41% de diabetes melitos (DM). Média de idade de 53,8 anos (Desvio padrão=14,14.), 13% de tabagistas, 11% com antecedente de doença renal, 34% com sobrepeso e 22% obesos, 48% usavam IECA ou BRA. O controle da PA (<130/80 mmHg) ocorreu em 47% e da DM em 58%. Dos 254 pacientes que tiveram sua FG analisada, 30 (11,8%) tinham FG < 60 ml/min. Neste grupo 93% eram idosos, 65% DM, 82% HAS. Apenas 17% tinham controle pressórico, 37% peso ideal e 17% sem dislipidemia. Conclusões: este estudo demonstrou que os pacientes com TFG < 60 mL/min, eram em sua maioria idosos com HAS e/ou DM. Apesar do uso de IECA ou BRA a pressão arterial não estava dentro dos parâmetros recomendados assim como o peso. Estes dados permitem à Unidade Básica de Saúde rever suas medidas terapêuticas e aperfeiçoar o cuidado com os pacientes com DRC assintomática e prevenir a DRCT. Palavras Chaves: DRC,UBS Mieloma múltiplo secretor associado a lesão renal grave em paciente jovem RAFAEL DINARDI MACHADO, FRANCISCO RAFAEL DO NASCIMENTO ALMEIDA, RAFAEL AUGUSTO BORGES PAVANI, RAFAEL DINARDI MACHADO, MARIANA DE MORAES FRANÇOSO, ELBER RAFAEL GONÇALVES, BIANCA BARBOSA LEAL, FERNANDA TOLEDO PIZA FERRAZ, VERONICA MARIA PEREIRA COSTA, MARCELO CARVALHO NAVES RIBEIRO, BRUNO MARTINS TOKUDA, HEBERT HENRIQUE CAPUCI, MARIANA SALOMÃO BRAGA, GABRIELA RODRIGUES DE SOUZA, HORACIO JOSE RAMALHO, FERNANDA CRISTINA GOMES CAMELO,IDA MARIA MAXIMINA FERNANDES CHARPIOT HOSPITAL DE BASE/ FAMERP Introdução: O mieloma múltiplo (MM) representa 1% de todos os tipos de neoplasia e 13% das neoplasias hematológicas, com incidência anual de 5,6 por 100.000. A Insuficiência renal (IR) está presente em 20-40% dos casos de MM, e ocorre por lesão glomerular, tubular e/ ou intersticial. A lesão tubular direta pelo excesso de depósito de cadeias leves é a etiologia NEFROPATIA URICA CRÔNICA E DOENÇA RENAL CRÔNICA Nubyhélia M.N. Carvalho1, Leandro L. Carvalho1, Irineu Moreno de Melo Sobrinho1, Itálita F. Linhares1, Diego e Silva Almeida2, Pedro Ernesto B. Lima2, Geraldo B. Silva Júnior1,2, Alexandre B. Libório1, Elizabeth F. Daher2 1 - Curso de Medicina, Centro de Ciências da Saúde, Universidade de Fortaleza 2 - Departamento de Medicina Clínica, Universidade Federal do Ceará. Fortaleza, Ceará, Brasil Introdução:A nefropatia úrica crônica é decorrente da deposição de ácido úrico no interstício renal. Este artigo relata um caso que evoluiu com insuficiência renal crônica. Os aspectos do diagnóstico, conduta e prevenção são discutidos. Relato de caso:Paciente do sexo feminino, 38 anos. Referiu artrite em tornozelo há 22 anos. Fez uso de Butazona e Diclofenaco, por 3 anos. Referiu aumento dos sintomas, passando a usar Prednisona e permanecendo assintomática por 1 ano, quando referiu retorno da artrite, que passou a atingir joelho esquerdo, quadril e punhos. Passou a fazer uso de Celestone, evoluindo com melhora, mas suspendeu devido a aumento de tecido adiposo em face e dorso e retorno da artrite. Apresentou níveis elevados de Uréia e Creatinina (Cr) e passou a ser acompanhada com suspeita de Lúpus, mesmo com exames para colagenoses negativos. Há 19 anos apresentou tofos adjacentes à região cubital, sendo iniciado tratamento para artrite gotosa e hiperuricemia, mas complicou com eritrodermia importante ao uso de alopurinol há 19 anos, sendo internada e, com dessensibilização sem sucesso, permaneceu em acompanhamento em uso irregular de narcarecina. Há 16 anos foi internada para reavaliação, já que também apresentava disfunção renal persistente. Foi diagnosticada com gota primária e insuficiência renal crônica. Evoluiu com piora progressiva dos tofos e ulcerações, sendo realizadas intervenções cirúrgicas. Evoluiu ainda piora progressiva da função renal, sendo diagnosticada há 11 anos com nefropatia úrica, apresentando diminuição gradativa do Clearence de Creatinina (ClCr), sendo discutida a perspectiva de uso de fístula artério-venosa, que a paciente não concordou, perdendo seguimento por 1 ano. Há 8 anos iniciou uso de Calcitriol, evoluindo com aumento gradativo dos níveis de Cr, apresentando, após 7 meses, ClCr=8ml/min, necessitando de fístula artériovenosa, tendo iniciado hemodiálise 4 meses depois, permanecendo por 2 anos. Atualmente há 1 ano em diálise peritoneal. Discussão:Este caso demonstra a dificuldade no diagnóstico de nefropatia úrica crônica. Além disso, atentamos para seu papel como fator de risco para insuficiência renal crônica. O paciente deve manter sua pressão e glicemia controlados e reduzir a proteinúria, se presente, com inibidor da ECA ou BRA. Frente a casos de nefropatia úrica crônica, a conduta deve visar reduzir os níveis de ácido úrico, com alupurinol e a sobrevida assemelha-se a de um paciente com insuficiência renal crônica. Nesfatin-1: um peptídeo anorexígeno recém descoberto e sua relação com o apetite e a composição corporal de pacientes submetidos à hemodiálise Bruno Geloneze1, Antonio Calixto1, Viviane Leal2, Milena Barcza Stockler Pinto3, Julie Lobo3, Juliana Saldanha2, Denise Mafra2 1 - Universidade Estadual de Campinas 2 - Universidade Federal Fluminense 3 - Universidade Federal do Rio de Janeiro Introdução: Nesfatin-1 é um peptídeo anorexígeno recém-identificado que age na regulação do apetite, sendo modulado pela redução de peso e/ou desnutrição. A anorexia e a desnutrição são distúrbios comuns na doença renal crônica (DRC) que predispõe os pacientes a desfechos negativos. Contudo, o mecanismo para ocorrência da anorexia na DRC não está elucidado. Objetivo: Avaliar uma possível alteração da nesfatin-1 nos pacientes em hemodiálise (HD) e seus efeitos no apetite e na composição corporal destes pacientes. Material e Métodos: Nesfatin-1 plasmática foi analisada por ELISA em 25 pacientes HD (15 homens e 10 mulheres; 53,2±11,9 anos; IMC=23,1±2,8 Kg/m², % gordura corporal = 28,6±6,5%) que foram pareados por IMC, % gordura corporal e idade com 15 indivíduos saudáveis 69 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia (10 homens e 5 mulheres; 47.9±14.8 anos; IMC=24,9±3,9 Kg/m², % gordura corporal = 29,3±5,2%). A leptina, outro peptídeo de ação anorexígena, foi avaliada pelo método de ELISA. O padrão de apetite foi avaliado através de um questionário validado e específico. Um recordatório de 24h de 3 dias foi aplicado para avaliar a ingestão alimentar. Resultados: Os níveis de nesfatin-1 não foram diferentes entre pacientes HD (0,16 ± 0,07ng/mL) e indivíduos saudáveis (0,17 ± 0,10ng/mL) e foram correlacionados negativamente com a ingestão de proteína (r=-0,42; p=0,03) e, positivamente com IMC (r=0,33; p=0,03), % de gordura corporal (r=0,35; p=0,03) e dobra cutânea triciptal (r=0,36; p=0,02). Os níveis de nesfatin-1 também tiveram correlação positiva com os níveis de leptina (r=0,45; p=0,006). Conclusão: Os níveis de nesfatin-1 não foram diferentes entre pacientes em HD e indivíduos saudáveis pareados por IMC, % de gordura corporal e idade. Entretanto, a nesfatin-1 parece influenciar a ingestão alimentar e a composição corporal nos pacientes em HD. Obestatina plasmática tem correlação com perda de massa muscular e do apetite em pacientes de hemodiálise CRISTIANE MORAES, Lobo JC,Stockler-Pinto MB, Barros AF, Raymundo LRS, Mafra D Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói-RJ Introdução e objetivos: Pacientes com doença renal crônica (DRC) sofrem de síndrome wasting onde está implicada a anorexia e a perda de massa muscular. A obestatina é um hormônio supressor do apetite e pode contribuir para o agravamento das complicações existentes nos pacientes que realizam hemodiálise (HD). O objetivo deste trabalho foi verificar se os níveis de obestatina estão relacionados à perda do apetite e a massa muscular em pacientes HD.Métodos: Foram avaliados 36 pacientes HD (61,1% homens, 46,8±14,9 anos, 59,7±42,5 meses em HD, 30,4±6,8% gordura corporal, IMC 22,9±3,9 kg/m2). A obestatina plasmática foi medida através de método imunoenzimático (ELISA, Enzyme Linked Immunosorbent Assay, Human Obestatin, Bachen®). O apetite foi avaliado pela ferramenta ADAT (ADAT) onde a maior pontuação significa menor apetite e a creatinina sérica foi usada como parâmetro de avaliação de massa muscular. A análise estatística foi feita através do SPSS 17.0.Resultados: Os níveis de obestatina plasmática (3,0 ± 0,1pg/mL) e os valores do ADAT não apresentaram diferença entre os gêneros e os grupos do IMC (ponto de corte IMC 25,0 kg/m2). Os níveis de obestatina plasmática tiveram correlação positiva com os valores do ADAT (r= 0,5; p= 0,003) e negativa com creatinina (Cr) (r=-0,4; p=0,019). Os valores de ADAT e os níveis de Cr apresentaram correlação negativa (r= -0,4; p=0,017). Entre as mulheres os níveis de obestatina plasmática se correlacionaram com o percentual de gordura (r= 0,5; p=0,041).Conclusão: A obestatina (peptídeo anorexígeno) plasmática parece estar elevada em pacientes de HD que têm apetite diminuído, além disso, parece ter relação com perda de massa magra (avaliada pelos níveis de Cr e alto percentual de gordura corporal em mulheres). Desta forma, elevados valores de obestatina podem estar relacionados ao wasting proteico- energético em pacientes HD. Palavras Chaves: obestatina, apetite PERFIL DA VITAMINA D EM PACIENTES RENAIS CRÔNICOS EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO - NOTA PRÉVIA RUI ALBERTO GOMES, Caren Dias Ellerkmann,Bruna Sibon, Fátima C. M. Pelarigo, Rogério Y. Matsuda, Silvana Kesrouani, Jenner Cruz Instituto de Nefrologia de Mogi das Cruzes, SP Introdução: Na doença renal crônica (DRC) ocorrem alterações bioquímicas e fisiológicas em todos os sistemas, dentre elas, no eixo paratormônio-calcitriol, com conseqüente distúrbio metabólico mineral e ósseo. Estudos têm identificado uma gama de funções biológicas da vitamina D: cardiovasculares, osteomusculares, imunológicas, bem como as conseqüências de sua deficiência na população geral e no paciente renal crônico. Medir os níveis séricos da 25-hidroxi vitamina D (25-OHD) nos portadores de DRC e fazer suplementação quando abaixo de 30 ng/mL é recomendado. Objetivos: Avaliar o perfil da 25-OHD em pacientes renais crônicos em hemodiálise. Casuística e Métodos: Dados de 31 pacientes em tratamento hemodialítico ambulatorial. Analisados os níveis séricos da 25-OHD; cálcio (Ca); fósforo (P); paratormônio (PTH); tempo em diálise (TD); diagnóstico da nefropatia; taxa de infecção no último ano (tx infec); taxa de internação no último ano (tx int); taxa de acesso por cateter venoso de qualquer tipo (CDL). Os pacientes foram classificados de acordo com o nível sérico da 25-OHD em: grupo 1: deficientes (abaixo de 15 ng/mL); grupo 2: insuficientes (entre 15 e 30 ng/mL) e adequados (acima de 30 ng/mL). Foram calculadas as porcentagens e as médias ± desvio padrão. Análise estatística usou ANOVA e teste de correlação de Sperman. Resultados: Avaliados 18 homens (58%) e 13 mulheres (42%), média de idade de 53,5±12,6 anos. Nove (29%) tinham nefropatia diabética; 9(29%) nefroesclerose hipertensiva; 5(16%) rins policísticos; 4(13%) glomerulonefrite crônica; 3(9,7%) indeterminada e 1(3,2%) nefrite intersticial crônica. Grupo 1: número de pacientes (n): 11(35,5%);TD: 27,2±21,4 meses; 25OHD: 10,5±2,8 ng/mL; P: 4,6±1,01; Ca: 8,9±0,8; PTH: 321,5±276,2; CDL: 45%; tx infec: 181%; tx int: 73%. Grupo 2: n: 11(35,5%); TD: 53±53,8 meses; 25-OHD: 24,9±3,6 ng/mL; P: 4,4,±0,9; Ca: 9,2±1,1; PTH: 368±248,8; CDL: 27%; tx infec: 118%; tx int: 45%. Grupo 3: n: 9(29%); TD: 33±36,8 meses; 25-OHD:45,9±14,7 ng/mL; P: 4,6±1,3; Ca: 9±0,8; PTH: 390,5±530,1; CDL: 33%; tx infec: 111%; tx int: 67%. A variação da 25-OHD (p<0.0001) e do PTH (p=0,0478) foram significativos. Conclusões: 71% de 25-OHD baixa. Sua deficiência foi observada no grupo com maiores taxas de infecção e internação, que também apresentou o menor tempo em diálise e maior porcentagem de cateter vascular. Menor taxa de infecção observada no grupo com nível sérico de 25-OHD adequado, a despeito de taxa de 33% de CDL. 70 PERFIL DE PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) ACOMPANHADOS EM TRATAMENTO CONSERVADOR E ENCAMINHADOS PARA TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA (TRS) LUCILA VALENTE, Marcelo Pereira, VICTOR DE CARVALHO BRITO PONTES, MARINA FARIAS LOUREIRO AMORIM, ELINE FARIAS SILVA, MARIANNA FREITAS, SANDRA MARIA NEIVA COELHO HOSPITAL DAS CLINICAS- UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO O tratamento conservador da DRC tem como finalidade esclarecer sobre a doença; tentar diminuir sua velocidade de progressão; orientar sobre os tipos de TRS bem como confecção do acesso vascular ou peritoneal quando necessário; vacinação para hepatites dos pacientes susceptíveis entre outras ações. Todas as condutas são de importância na diminuição da morbidade e mortalidade. Objetivo- Avaliar as características dos pacientes encaminhados para TRS em um ambulatório de tratamento conservador da DRC de um hospital universitário. Casuística e Método- Avaliamos os prontuários do ambulatório de pacientes encaminhados para TRS no período de 2001 – 2009. As variáveis estudadas foram sexo, idade, etiologia da DRC e encaminhamento para a TRS no primeiro ano. Resultados- Avaliamos os prontuários de 96 pacientes do ambulatório que foram encaminhados para TRS no período. A amostra era composta de 48 homens e 48 mulheres com idade média de 53 ± 15 anos, a maioria procedente da região metropolitana. Como etiologia da DRC, o diabetes mellitus (36%) e HAS (30%) foram as mais frequentes. Nove (9 %) pacientes foram encaminhados para diálise peritoneal e 87(91%) para hemodiálise. Onze (11 %) pacientes foram encaminhados na primeira consulta e 31(32 %) no primeiro ano de acompanhamento. Dezessete (18%) tinham acesso vascular confeccionado no momento do início da TRS. Quase metade (44%) dos pacientes necessitaram de TRS no primeiro ano de acompanhamento. Conclusão- Nossos achados demonstraram que o encaminhamento ao especialista é retardado ao máximo, poucos pacientes optaram por diálise peritoneal e a minoria foi encaminhada para tratamento dialítico com acesso vascular confeccionado. A maioria dos pacientes encaminhados para o ambulatório de tratamento conservador da DRC chegou em estágio avançado o que dificultou a preparação para TRS. Palavras Chaves: DOENÇA RENAL CRÔNICA, TRATAMENTO CONSERVADOR PERFIL DOS PACIENTES ADMITIDOS NO AMBULATÓRIO DE DOENÇA RENAL CRÔNICA EM TRATAMENTO CONSERVADOR DE UM HOSPITAL TERCIÁRIO DO RECIFE TATIANA CRISTINA MANZI SENA DOS SANTOS,TATIANA RIBEIRO VALERIO,ERICSON CAVALCANTI GOUVEIA,AMARO MEDEIROS DE ANDRADE INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA INTRODUÇÃO: A doença renal crônica (DRC) é considerada um problema de saúde pública devido as suas crescentes taxas de prevalência. É necessária a identificação precoce desses pacientes para permitir intervenções que modifiquem a progressão da doença. OBJETIVO: Avaliar o perfil demográfico, clínico e laboratorial dos pacientes admitidos no ambulatório de DRC em tratamento conservador no Instituto de Medicina Integral Professor Antonio Figueira (IMIP). MÉTODOS: Estudo retrospectivo dos pacientes acompanhados no ambulatório de DRC em tratamento conservador do IMIP, um hospital terciário com atendimento ao SUS, no período de março de 2009 a dezembro de 2010. Os dados foram obtidos através da análise dos prontuários dos pacientes atendidos neste período. As variáveis analisadas foram: sexo, idade, procedência, local de referência, doença de base, clearance de creatinina (calculado pela fórmula de Cockcroft-Gault), nível de hemoglobina, pressão arterial e proteinúria. RESULTADOS: Dos 250 pacientes acompanhados a idade média foi de 65 ± 15 anos, sendo 53% homens. A maioria dos pacientes era procedente da região metropolitana de Recife (45,3%) e 58,5% encaminhados do próprio serviço, sendo apenas 14% referidos por unidades básicas de saúde. A etiologia da doença renal foi 28,4% por nefropatia diabética e 23,2% por nefroesclerose hipertensiva. A média do clearance de creatinina de admissão foi de 34,5 ± 16,4 ml/min, sendo a distribuição pelo estágio da doença renal: 6,5 % no estagio II, 46,1% no estagio III, 37,8 % no estagio IV 9,6% no estagio V. A média da hemoglobina foi de 11,4 ± 1,8g/dl e 55,6% tinham a pressão arterial maior que 130/80 mmHg. Entre os pacientes que apresentavam proteinúria, 34,2% demonstravam níveis maiores que 1g. CONCLUSÃO: Os achados mostram que os pacientes admitidos são em sua maioria idosos e estão sendo referidos em fases avançadas da doença, limitando os benefícios que o ambulatório de DRC conservador pode proporcioná-los. Apesar da doença de base em sua maioria ser diabetes mellitus e hipertensão arterial, ainda é muito pequeno o número de pacientes encaminhados de unidades básicas de saúde, onde a maioria desses pacientes é acompanhada, mostrando a necessidade de campanhas para a conscientização desses profissionais. Palavras Chaves: DRC, CONSERVADOR PREVALÊNCIA DA DOENÇA DE FABRY EM UMA POPULAÇÃO DE PACIENTES EM HEMODIÁLISE NO ESTADO DE ALAGOAS Santos WAG,Barros HLFG,Santos ES,Costa AFP Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas Introdução: A doença de Fabry é uma doença hereditária recessiva ligada ao X, muitas vezes grave, progressiva e potencialmente fatal, causada pela deficiência ou ausência da alfa-galactosidase A (α-GAL A). Tal alteração enzimática leva ao acúmulo nos lisossomos do glicoesfingolipídeo, globotriaosilceramida (Gb3) nas células de diversos sistemas orgânicos Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia o que produz um quadro clínico bastante variável. Estima-se uma prevalência de 1 em 117 000 nascidos vivos; o que a torna uma doença rara e muitas vezes negligenciada. Entre os pacientes com Doença Renal Crônica (DRC) estágio 5, há relatos de uma prevalência de 0,5 %. Objetivos: Observar a prevalência da Doença de Fabry em uma população de pacientes Renais Crônicos em Hemodiálise no Estado de Alagoas. Método: A amostra foi constituída por todos os pacientes maiores de 16 anos, submetidos à hemodiálise, de cinco centros de nefrologia do Estado de Alagoas, cujo diagnóstico etiológico da DRC não estivesse bem estabelecido. Amostras de sangue em papel filtro colhidas dos homens e de DNA colhidas entre as mulheres foram enviadas ao Laboratório de Genética do Hospital das Clínicas de Porto Alegre – que realizou todas as análises laboratoriais. Os pacientes que apresentassem atividade enzimática em papel filtro inferior a 2,0 μMol/L/h, eram submetidos a análise da atividade enzimática em plasma e leucócitos periféricos. O diagnóstico era confirmado quando a dosagem enzimática apresentava-se menor que 1,4ηMol/mg de proteína/h. Resultados: Foram incluídos 542 pacientes (344 M e 198 F), com idade 46 ± 15,8 anos, cujo tempo em diálise era de 4,5 ± 3 anos. 36 pacientes (20 M e 16 F) apresentavam baixa atividade enzimática na análise em papel filtro. Confirmando-se tal alteração no plasma e leucócitos periféricos em 3 pacientes do sexo masculino. As análises das pacientes femininas, ainda não foram realizadas. Assim, até o presente, a prevalência observada foi de 0,5 %. Em relação aos sintomas, um paciente apresentava angioqueratomas; todos apresentavam hipertrofia ventricular esquerda, hipohidrose e acroparestesias. 4 familiares desses pacientes foram identificados como portadores da doença. Conclusão: Apesar da baixa prevalência, a disponibilidade de reposição enzimática e o aconselhamento genético justificam a necessidade de investigação diante de pacientes com etiologia de DRC não esclarecida, com história familiar de nefropatia ou quando apresentar algum sinal ou sintoma sugestivo da doença. Palavras Chaves: Doença de Fabry, Doença Renal Crônica Prevalência de doença renal crônica em pacientes do programa HIPERDIA de uma unidade básica de saúde de Maceió/ AL. André Falcão Pedrosa Costa,José Montenegro Júnior,Horácio Luis Fontes Góes de Barros,Firmino Elias de Albuquerque Neto,Daniele Aragão de Albuquerque Faculdade de medicina da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas Introdução: É esperado que 10% dos pacientes hipertensos e/ou diabéticos apresentem alguma forma de doença renal. A incidência anteriormente relatada foi de 6,63%. Os fatores claramente envolvidos na presença de doença renal (SBN, 2008) são: o distúrbio subjacente, a excreção urinária de proteínas e a presença e gravidade da hipertensão. Ou seja: a doença tende a progredir mais rapidamente no paciente que excreta quantidade significativa de proteína ou que apresenta pressão arterial elevada, comparado àquele sem esses distúrbios. Assim, os portadores dessas doenças devem ser tratados adequadamente para prevenir ou retardar o aparecimento da doença renal crônica (DRC). Para isso, é necessário que sejam submetidos a exames para averiguar a presença de lesão renal (análise de proteinúria) e para estimar o nível de função renal (ritmo de filtração glomerular) a cada ano. Portanto a prevenção e o diagnóstico precoce da DRC devem ser buscados pelos profissionais que cuidam destas patologias em especial na atenção básica para que se possa diminuir a incidência da DRC terminal com necessidade de terapia de substituição renal, a qual produz enorme ônus para o sistema público e saúde assim como contribui para desfechos desfavoráveis para paciente e seus familiares. Objetivos: Verificar a prevalência de DRC em pacientes do programa HiperDia atendidos numa Unidade Básica de Saúde. Casuística e métodos: Estudo observacional de prevalência, não intervencionista, de caráter retrospectivo em uma comunidade de baixo estrato socioeconômico assistida pelo programa HiperDia de uma Unidade de Saúde da Família localizada na área urbana da periferia do município de Maceió, Alagoas, cuja população estimada é de 24,2 mil habitantes (IBGE, 2000). Foi realizado um questionário padrão preenchido a partir dos prontuários e em seguida, análise de frequência e média dos dados relevantes por meio do programa Epi info 3.2.2. Resultados: Na população estudada, foi encontrada uma prevalência de 2,4% de doença renal crônica. Porém apenas metade desses pacientes foi submetida ao exame de creatinina e/ou microalbuminúria ou quaisquer outros exames para avaliar presença de nefropatia. Conclusão: Na Unidade de Saúde avaliada, a baixa prevalência se deve provavelmente à subnotificação. Palavras Chaves: Prevalênca, Doença renal QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES PORTADORES DE DOENÇA RENAL CRÔNICA EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO LEONARDO DINIZ DA CRUZ CÂNDIDO1, Aline Daniela Borges1, Rafael Souza da Silva2, Vanderley Geraldo Garbazza3 1 - NEFRON LTDA CLINICA DE DOENÇAS RENAIS 2 - HOSPITAL FELICIO ROCHO 3 - UNIFENAS Introdução: A insuficiência renal crônica (IRC) é uma doença crônico-degenerativa que vem crescendo em proporções “epidêmicas” na população mundial, gerando um importante impacto financeiro para o Estado e psico-social para os pacientes. Estudos apontam que 90,7% dos pacientes em terapias renais substitutivas (TRS) são submetidos à hemodiálise (HD) e que, além da baixa adesão ao tratamento, os pacientes referenciam má qualidade de vida (QV) associada à terapia.Objetivo: Objetivou-se discutir o impacto da terapia hemodialítica na vida do paciente com IRC, identificando fatores que contribuem para a baixa adesão ao tratamento e mecanismos para melhoria da QV dos mesmos.Metodologia: Tratou-se de uma revisão bibliográfica sobre a QV dos pacientes em HD, compreendendo 2001 a 2010, com 19 artigos nacionais retirados da base de dados da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde e da biblioteca Scientific Eletronic Library Online, cujos descritores foram qualidade de vida, hemodiálise e insuficiência renal crônica. Resultados: Verificou-se que os pacientes com IRC tem baixa QV em função das limitações principalmente físicas e dietéticas. Quando avaliado o tratamento hemodialítico, o problema se torna mais sério, pois a HD favorece eventos adversos como hipotensão arterial, vômitos e tontura e impões limitações nas atividades profissionais, de lazer e recreação. Contudo, verificou-se o transplante renal como principal expectativa dos pacientes, sendo que em torno de 82,0% estão na fila de transplantes e quase 47,0% deparam com a recusa dos familiares para a doação. Trabalhos mostraram que a prática da assistência à saúde individualizada e continuada diminui o impacto do tratamento, contribuindo para o aumento da adesão ao e consequente amenização dos efeitos desmotivantes e depressores, de forma que a HD não se torne apenas um mecanismo de aumento da expectativa de vida, mas de oferecer sobretudo QV.Conclusão: Os achados deste trabalho reafirmam que o paciente com IRC terá maior QV quando tiver ao seu alcance um sistema de suporte e reabilitação eficaz que o permita levar uma vida ativa, produtiva e autosuficiente. Tal fato reforça a importância da equipe multidisciplinar na promoção do bem estar e melhoria da QV dos pacientes com nefropatia crônica em tratamento hemodialítico, com destaque para o papel do enfermeiro, amplamente reconhecido como principal referência dos serviços de hemodiálise para os pacientes. Palavras Chaves: Qualidade de Vida, Doença Renal Crônica RELAÇÃO ENTRE O HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO E AS ALTERAÇÕES ECOCARDIOGRÁFICAS EM PACIENTES NÃO DIABÉTICOS EM PROGRAMA DE HEMODIÁLISE EM CLÍNICA PRIVADA DE MACEIÓ. JULIANA LINS LOUREIRO1, Maria Fernanda Lucena Soutinho2, Geórgia de Araújo Pacheco1, Katienne Goes Mendonça1, Gustavo Alvares Presídio2, Agenor Antônio Barros da Silva3, Ebeveraldo Amorim Gouveia3, Carlos Alexandre Ferreira de Oliveira3, Fernando Antônio Melro da Silva Ressurreição3 1 - FACULDADE DE MEDICINA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS 2 - FACULDADE DE MEDICINA - UNIVERSIDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS 3 - UNIRIM - UNIDADE DE NEFROLOGIA DE ALAGOAS Introdução: Os doentes renais crônicos (DRC) possuem maior risco de complicações cardiovasculares (DCV), como insuficiência cardíaca (ICC) e as doenças coronarianas. Em torno de 85% dos pacientes apresentam alterações na estrutura e função do ventrículo esquerdo ao iniciar a terapia dialítica. Os fatores de risco, tradicionais ou não, associam-se na causa da DCV. Os distúrbios do metabolismo mineral são fatores de risco modificáveis, relacionados com calcificação vascular, mortalidade geral e cardiovascular. O PTH atua na remodelação cardíaca e, portanto, sobre a morfologia e a função deste órgão. Objetivos: Investigar a relação entre os níveis séricos de PTH, cálcio e fósforo e as alterações ecocardiográficas encontradas em pacientes não diabéticos em programa de hemodiálise. Casuística e Métodos: Cerca de metade dos indivíduos com DRC no estágio 5 morrem por DCV, sendo o risco por faixa etária 15-30 vezes maior que a população geral. Estudo individuado, descritivo, analítico, transversal. Foram selecionados os pacientes em tratamento dialítico crônico na UNIRIM, excluindo-se pacientes diabéticos e maiores de 70 anos. Cada um foi submetido a ecodopplercardiograma colorido e se dosaram cálcio, fósforo e PTH séricos. Para a análise dos dados, aplicou-se o teste qui-quadrado para variáveis categóricas e t-student para variáveis numéricas, sendo considerada significância p<0,05. Resultados: A amostra consistiu de 13 pacientes, 7 (53,85%) homens e 6 (46,15%) mulheres, com idade média de 38,18 anos, entre 25 e 61 anos. Todos pacientes com PTH maior que 200 pg/dL apresentaram alterações ecocardiográficas, como disfunção diastólica, hipertrofia ventricular concêntrica e refluxo valvar. Conclusões: Nos pacientes que apresentaram níveis de PTH mais altos, encontrou-se maior prevalência de alterações ecocardiográficas, corroborando com a literatura. Palavras Chaves: paratormônio, ecocardiograma Relato de caso: Insuficiência Renal Crônica e hiperparatireoidismo primário(carcinoma de paratireoide) CAMPOS BSL, NEVES TJ, SANTOS MM, NETO ABO, NASCIMENTO GVR Faculdade Integral Diferencial, Piauí INTRODUÇÂO: O HPT2ario é um grande problema para os médicos que acompanham pacientes em diálise, devido à sua alta prevalência em indivíduos com insuficiência renal crônica (IRC). As alterações na glândula paratireóide ocorrem precocemente, antes mesmo de o paciente necessitar de diálise. Porem nem sempre pode ser atribuída a causa secundário, a IRC pode cursar em com hiperparatireoidismo primário (HPT1ario). O HPT1ario é uma doença metabólica decorrente da hiperfunção autônoma de uma ou mais das glândulas paratireoideas. A etiologia mais comum é o adenoma,sendo raro o carcinoma de paratireoide. OBJETIVO: O objetivo do presente trabalho é relatar um caso raro e de difícil diagnóstico, pois o HPT1ario e o HPT2ario possuem os mesmos sintomas clínicos. A diagnóstico é de extrema importância, pois o tratamento do HPT1ario é mais agressivo. RELATO: F. A. S. A., 55 anos, natural de Bom Jesus-PI, portadora de IRC desde 1988. Dialítica desde 2001. Em 2010, apresentou ao exame físico perda ponderal, prurido e calos ósseos, sem massa cervical palpável. Exames complementares: PTH= 1500, Cálcio iônico 1,59 mmol/L e Fosfatase Alcalina 152 U/L e cintilografia com concentração anormal de radiotraçador na projeção dos pólos inferiores da tireóide, sugestivo de hiperplasia paratireoideana. Aumento do PTH refratário ao tratamento com calcitriol é indicada paratireoidectomia. Após paratireoidectomia parcial e histopatológico, foi 71 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia diagnosticado carcinoma de paratireóide e realizada tireoidectomia total. DISCUSSÃO: Na maioria das vezes o diagnóstico é feito no pós-operatório por meio de estudo histológico. A neoplasia pode ser suspeitada através de massa cervical palpável (30 a 76%). Os sintomas clínicos são devidos ao aumento do PTH e podem ser gerais como fadiga, fraqueza, perda de peso, anorexia além de sintomas ósseos (dor e fraturas) e renais (nefrolitíase, nefrocalcinose e cólica renal). O PTH e a fosfatase alcalina frequentemente encontram-se aumentados, nesse caso somente o PTH. O tratamento consiste em ressecção ampla, em bloco do tumor sempre que se suspeite de neoplasia maligna. A ressecção deve incluir a paratireóide, o lobo tireoidiano ipsilateral, o istmo e os linfonodos do compartimento central. Deve-se controlar rigidamente a hipocalcemia. A radioterapia e a quimioterapia são ineficaz. A recidiva ocorre em 50% dos casos e a mortalidade varia de 51 a 78% em 10 anos. CONCLUSÃO: Não se pode descartar HPT1ario em pacientes com IRC. sions: Absence of acetylcholine signaling is associated with worsen renal injury after unilateral obstruction of the kidney. Palavras Chaves: Insuficiência Renal Crônica, Hiperparatireoidismo Primário UNIFESP Sunitinibe (SU), um bloqueador dos receptores do VEGF, promove microangiopatia trombótica e agrava a esclerose glomerular no modelo de ablação renal de 5/6 (Nx) MACHADO, FG,KURIKI, PS,CLARICE KAZUE FUJIHARA,FANELLI, C,DA COSTA, SR,OKABE, C,SENA, CR,BARLETTE, GP,VIANA, VL,MALHEIROS, DMAC,CAMARA, NOS,ZATZ, R UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Recentemente descrevemos que a administração de SU, como terapia anti-angiogênica, não altera a densidade de capilares peritubulares (DCP) nos animais Nx, sugerindo que não ocorre um aumento no ritmo de formação de novos vasos nesse modelo. Entretanto, o tratamento com SU agravou significativamente a esclerose glomerular (EG). No presente estudo investigamos se esse efeito deletério do bloqueio do VEGF envolve lesão de podócito (POD) e/ou a formação de microtrombos (MT) nos glomérulos. Para tanto, utilizamos ratos Munich-Wistar adultos machos submetidos a Nx e divididos nos grupos Nx+V (veículo) ou Nx+SU (SU, 4mg/ Kg/d, v.o). Após 45 dias, foram analisados a %EG, % área endotelial glomerular (%EndG), %MT glomerular (%MTG), % área de zonula occludens 1 (%ZO1), número de POD por glomérulo (POD/G), % área intersticial cortical (%INT), DCP (perfis de capilares peritubulares/ mm2), volume glomerular (VG, x106μm3) e SCr (creatinina sérica, mg/dL) em 10 ratos Nx+V e 10 ratos Nx+SU. Quatorze ratos Sham operados que receberam veículo (S+V) ou SU (S+SU) foram também avaliados. Resultados: (Média±EP, ap<0,05 vs. respectivo S, bp<0,05 vs. respectivo não-tratado) %EG: S+V=0±0; S+SU=0±0; Nx+V=7±2a; Nx+SU=22±4ab %EndG: S+V=53±3; S+SU=55±3; Nx+V=40±3a; Nx+SU=38±2a %MTG: S+V=0±0; S+SU=1±1; Nx+V=2±1a; Nx+SU=7±3ab %ZO1: S+V=84±3; S+SU=85±1; Nx+V=68±3a; Nx+SU=61±5a POD/G: S+V=16±1; S+SU=16±1; Nx+V=13±1; Nx+SU=13±1 %INT: S+V=0,1±0,1; S+SU=0,1±0,1; Nx+V=2,5±0,4a; Nx+SU=3,1±0,4a DCP: S+V=609±42; S+SU=609±30; Nx+V=356±39a; Nx+SU=298±33a VG: S+V=1,0±0,1; S+SU=0,9±0,1; Nx+V=1,7±0,1a; Nx+SU=1,4±0,1ab SCr: S+V=0,6±0,1; S+SU=0,6±0,1; Nx+V=1,2±0,1a; Nx+SU=1,5±0,1ab A administração de SU não promoveu alterações significativas nos S, porém resultou em perda da função renal e exacerbou a EG nos Nx. Esse efeito não pode ser explicado por uma redução no número de podócitos ou de células endoteliais, ou ainda por uma alteração funcional dos podócitos. Entretanto, o tratamento com SU resultou em um aumento marcante na frequência de MT nos Nx, sugerindo que a organização dessas lesões pode ser a base para o agravamento da EG. A inibição crônica do VEGF promove lesão endotelial glomerular quando há um comprometimento prévio do rim. No entanto, o efeito anti-angiogênico do bloqueio do VEGF parece ter pouca influência sobre as lesões intersticiais e glomerulares características do modelo Nx. Palavras Chaves: VEGF, MICROANGIOPATIA TROMBÓTICA The role of Acetylcholine and the development of renal fibrosis. Yuri Felipe de Souza Pereira Guise1,2, BRAGA, T. T. 1, SILVA, R. C. 1, HIYANE, M. I. 1, Correa-Costa M. 1, PRADO, C. M. 2, CAMARA, N. O. S. 1 1 - IMUNOLOGIA/UNIVERSIDADE DE SAO PAULO, USP 2 - DEPARTAMENTO DE CIENCIAS BIOLOGICAS, UNIFESP Introduction: Acetylcholine (Ach) is known as anti-inflammatory neurotransmitter that is capable, through the cholinergic anti-inflammatory pathway, to inhibit inflammation and fibrosis in damaged tissue. VAChT knockdown mice, by consequence, have less released Ach which leads to an pro-inflammatory pattern. Objective: To evaluate the effect of acetylcholine in renal fibrogenesis. Methods and Results: Female VAChT homozygous, heterozygous and wild type knockdown mice, aged 6-8 weeks were used. Animals were subjected to unilateral ureter obstruction (UUO) and killed after 7 days. Urine from the bladder and from the pelvis were collected for proteinuria and creatinuria measurements. Pro and antiinflammatory cytokines were measured by qPCR. Statistical analyses were performed (parametric t-test) and p value of 0.05 was considered significant. Protocol was approved by ethic committee on animal research. VAChT homozygous presented a significant reduction in body weight 7 days after surgery. Furthermore, these animals showed a significant increase in bladder and pelvic proteinuria as compared to heterozygous (p<0.05) and wild type animals (p<0.05). Finally, this increase in proteinuria was associated with higher expression of pro-fibrotic (TGF-b) and pro-inflammatory cytokine. These data were corroborated by histological analysis. Conclu72 Financial Support: CNPq Palavras Chaves: acetilcolina, inflamação Transplante de membranaamniótica em modelos experimentais de doença renal secundária à lesão de isquemia e reperfusão severa MARIA APARECIDA DA GLORIA, Niels Olsen Saraiva Câmara, Cassiano Donizetti de Oliveira, Luis Antônio Moura, Marlene Antônia dos Reis, Alvaro Pacheco e Silva Filho Introdução: A principal causa da lesão renal aguda é provocada por fatores isquêmicos, que é caracterizada pela redução geralmente transitória da filtração glomerular com conseqüente aumento dos níveis séricos de creatinina. A recuperação da função renal depende da proliferação de células e da substituição das células necróticas e lesadas por células recém formadas. Nos últimos anos tem havido um avanço na busca por terapias eficazes no tratamento de reparo a algum dano tecidual. A utilização da terapia celular demonstra ser o futuro da medicina regenerativa de órgãos e tecidos. A membrana amniótica (MA), parte interna da placenta, tem sido utilizada clinicamente há várias décadas como enxerto em queimaduras de pele e em outros procedimentos cirúrgicos. Sua utilização é baseada na capacidade de beneficiar o processo de epitelização por facilitar a adesão e migração das células epiteliais, prevenir a apoptose e restaurar fenótipo epitelial. Objetivo: Determinar o papel regenerativo da MA em lesão renal aguda e sua influência no desencadeamento de fibrose tardia. Material e métodos: Foi utilizado um modelo de isquemia renal (IR) unilateral por 45 minutos em camundongos C57BL/6 entre 8 a 12 semanas. Os rins foram envoltos pela MA obtida de placentas provenientes de cesáreas eletivas. Após um período de 6 semanas os animais foram sacrificados e foram avaliados índices de uréia e creatinina séricas. Os rins foram retirados para análise histológica e quantificação da fibrose por coloração com picrosírus. Serão realizadas análises de RT-PCR para IL-1β, IL-10, TNF-α. Os animais foram divididos nos seguintes grupos: Grupo Controle (CTL), Grupo IR, Grupo IR+MA e Grupo contralateral (CL). Resultados: Através das análises preliminares foi possível constatar que os rins do grupo com MA tiveram menos alteração de tamanho quando comparados aos rins do grupo IR. A quantificação da fibrose nos grupos CTL, CL, IR e IR+MA (2,2±0,29; 0,9±0,35; 6,9±2,81; 6,7±4,53) respectivamente demonstraram que não houve alteração entre os grupos IR e IR+MA. Os índices de uréia e creatinina séricas para os grupos IR e IR+MA foram similares com valores em torno de 105,6 e 0,71 respectivamente. Conclusão: Pelo fato de ser um modelo de isquemia renal unilateral, os valores de creatinina e uréia diferem, pois ocorre compensação da função renal pelo rim contralateral. Houve melhora no aspecto morfológico dos rins do grupo IR+MA quando comparados ao grupo IR. Palavras Chaves: isquemia renal TUBERCULOSE RENAL E DOENÇA RENAL CRÔNICA TERMINAL NUBYHELIA MARIA NEGREIRO DE CARVALHO1, Neiberg A. Lima2,Leandro L. Carvalho1, Irineu Moreno de Melo Sobrinho1,Pedro Ernesto B. Lima1, Itálita F. Linhares1, Diego e Silva Almeida3, Carol C. Vasconcelos2, Pedro Henrique O. Filgueira2, Meissa Kretzmann2, Ticiano A. S. Sindeaux2, Beni Feitosa Neto2, Geraldo B. Silva Júnior1,2, Alexandre B. Libório2, Elizabeth F. Daher1,3 1 - CURSO DE MEDICINA, CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE, UNIVERSDADE DE FORTALEZA. FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL 2 - SERVIÇO DE NEFROLOGIA, HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA. FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL 3 - DEPARTAMENTO DE MEDICINA CLÍNICA, FACULDADE DE MEDICINA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL Introdução:A tuberculose (TB) renal é uma doença causada, na maioria dos casos, pelo M. tuberculosis, mas outras bactérias também podem ser o agente causador. O objetivo deste trabalho é mostrar um caso de TB renal evoluindo com doença renal crônica terminal. Relato de caso:Paciente do sexo masculino, 33 anos, admitido na emergência com fadiga, anorexia, vômitos, dispneia progressiva em repouso, ortopnéia, dispneia paroxística noturna e edema crescente em membros inferiores (MMII) há 2 meses. Também referia historia de dor crônica em flanco de intensidade fraca a moderada com inicio há 3 anos com irradiação para quadrante inferior do abdome. Referia ainda antecedentes de TB pulmonar tratada por 6 meses há 2 anos e meio. Ao exame físico apresentava-se pálido (3+/4+), hipotrófico, pressão arterial de 160x110mmHg. Apresentava ainda murmúrio sistólico pancardíaco (2+/6+), crepitação difusa no tórax e edema em MMII (3+/4+). Exames complementares mostraram sorologia negativa para hepatites virais e anti-HIV, Hb 4,6g/dL, Ht 14,5%, leucócitos 1140/mm³, plaquetas 261000/mm³, ureia 273mg/dL, Cr 13,6mg/dL, HCO3- 21mEq/L, Na 138mEq/L, K 5,5mEq/L, Ca total 7,1mg/dL, P 11,4mEq/L e PTH 1715mg/dL. Apresentava ainda oligúria e a hemodiálise foi iniciada imediatamente. O exame de urina mostrou pH 6, leucócitos 1+, proteína 4+, eritrócitos 3+ e urinocultura negativa para agentes piogênicos. Ultrassonografia renal mostrou rim direito diminuído, rim esquerdo aumentado, nefrolitíase bilateral, hidronefrose esquerda com parênquima renal reduzido e cisto esquerdo com calcificações periféricas. A tomografia computadorizada de abdome e tórax mostrou alterações compatíveis com TB. Com hipótese de TB disseminada foram solicitados teste cutâneo (PPD) que obteve 10mm, dez amostras de urina para cultura de micobactérias, broncoscopia com cultura do lavado broncoalveolar e toracocentese com biopsia pleural. Todas as culturas apresentaram resultado negativo. Durante o acompanhamento, foi diagnosticado TB renal e pleural e o tratamento Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia foi iniciado com agentes tuberculoestáticos. O paciente deixou o hospital com seus sintomas controlados para concluir o tratamento durante 6 meses. Conclusão:Os sintomas foram controlados com diálise e tratamento farmacológico específico para TB. A quimioterapia foi instituída de acordo com as diretrizes brasileiras para o tratamento da TB. A TB renal é uma complicação importante da TB pulmonar que pode evoluir para perda irreversível da função renal. Palavras Chaves: Tuberculose Renal, Tuberculose extrapulmonar URIC ACID, INATE IMMUNE RECEPTORS AND THE Th1/Th2 BALANCE IN RENAL FIBROSIS Tarcio Teodoro Braga,MATHEUS CORRêA COSTA,Angela Castoldi,SilvaCunha C,Paulo Albe,Hyiane M I,Simone Teixeira,Katia Regina Perez,Iolanda Cuccovia,Marcelo N Muscara,Giselle Gonçalves,Niels Olsen Saraiva Camara Universidade de São Paulo Introduction The chronic renal failure is an immune mediated disease characterized by renal fibrosis. The injured tissue releases molecules, such as uric acid, resulting from extracellular matrix degradation or dying cells, which can activate Toll-like receptors (TLRs), and leads to translocation MyD88 in many cell types. This immune system modulation interferes in the macrophage and TCD4+ cell activity, with the Th1/Th2 paradigm considered a possible effector mechanism of fibrosis. Objective We aimed to investigate the role of uric acid signaling via TLR 2, TLR 4 and MyD88 and the function of M1/M2 macrophage in the development of renal fibrosis. Methods We used the Unilateral Ureter Obstruction (UUO), where the animals were sacrificed at seven days after the surgery. Some animals were treated with allopurinol, a xanthine oxidase inhibitor. Proteinuria and uric acid levels were measured in wild-type (C57Bl/6) and IL-12, IL-4, TLR2, TLR4 and MyD88 knockout (KO) mice. TGF-β Elisa assay and hydroxyproline quantification of kidneys tissues were done. Macrophage culture was supplemented with uric acid and Th1/Th2 cytokines was quantified by qPCR and Elisa assay. Results UUO increases macrophage entrance in obstructed kidneys, as seen by flow cytometry. IL-12 KO mice presented higher levels of TGF-β compared to WT mice. Besides, TGF-β and type 1 collagen mRNA was decreased in TLRs KO mice, compared to WT mice. Allopurinol treated animals showed preserved renal function and decreased fibrosis formation. MyD88 KO mice showed a renal protection. Uric acid stimulated pro-fibrotic cytokines production by macrophage in vitro. These data were corroborated by Sirius red staining and hydroxyproline quantification. Conclusion Uric acid crystals are responsible to stimulate Th2 immune response, which leads to fibrosis. This suggests future therapeutic strategies against renal fibrosis should be based on uric acid formation blockage and finally, in the Th1/Th2 balance. Support CNPq and Fapesp ANÁLISE HISTOLÓGICA RENAL EM CAMUNDONGOS SUBMETIDOS À NEFRECTOMIA DE 5/6 Freitas FPS, Meyrelles SS, Vasquez EC, Gava AL Universidade Federal do Espírito Santo, ES INTRODUÇÃO: A insuficiência renal crônica (IRC) é uma doença grave resultante da perda da filtração glomerular e está associada a diversas alterações estruturais renais. Experimentalmente, a IRC pode ser induzida através da nefrectomia de 5/6 (Nx), modelo amplamente utilizado, porém poucos trabalhos avaliam os animais na fase precoce da doença. Desta maneira, torna-se importante a realização de estudos que analisem as modificações histológicas induzidas pela Nx na fase inicial da doença. OBJETIVOS: Avaliar as alterações histológicas renais ocorridas nas fases iniciais da IRC induzida pela Nx. MATERIAIS E MÉTODOS: Camundongos C57 machos foram submetidos à Nx ou cirurgia fictícia (Sham, n=8). Após 1 (Nx1s, n=8), 2 (Nx2s, n=8) ou 4 semanas (Nx4s, n=8) os animais foram sacrificados e o rim esquerdo foi retirado para realização dos cortes histológicos, que foram corados com hematoxilinaeosina, tricrômico de Masson e ácido periódico de Schiff. Foram avaliadas a quantidade de glomérulos por corte, fração de colágeno glomerular e tubulointersticial, fração de área mesangial e as áreas glomerular e tubular. Os dados estão expressos como média ± EPM. Para análise estatística foi utilizada ANOVA 1 via, seguida pelo teste post hoc de Fisher. *p<0,05 e **p<0,01 vs. sham. RESULTADOS: Houve redução na quantidade de glomérulos 1 (46±7**), 2 (51±4**) e 4 (57±8**) semanas após a Nx em comparação ao grupo Sham (142±8). A área glomerular foi maior nos grupos Nx2s (2,8±0,2x103µm2*) e Nx4s (2,8±2,5x103µm2*) sem diferenças entre Nx1s (2,6±2,8x103µm2) e Sham (2,1±0,8x103µm2). Comparado ao Sham (13±0,2%), a expansão mesangial foi observada 1 (22±1,5%*), 2 (20±1,2%*) e 4 semanas (23±2,1%*) após a Nx. O colágeno glomerular aumentou apenas no grupo Nx2s (40±2,2%*), sem diferenças entre Sham (31±1,7%), Nx1s (31±3,7%) e Nx4s (36±1,5%). Não foram encontradas diferenças na área tubular (Sham: 1,8±0,2x103µm2; Nx1s: 1,9±0,2x103µm2; Nx2s: 1,5±0,1x103µm2; Nx4s: 1,5±0,3x103µm2) e no colágeno tubulointersticial (Sham: 24±2,1%; Nx1s: 23±3,3%; Nx2s: 30±10,7% e Nx4s: 24±3,1%). CONCLUSÕES: Estes achados demonstram que nas fases iniciais já são encontradas alterações histológicas envolvidas no agravamento da IRC, as quais ocorrem prioritariamente nos glomérulos. Estes dados são importantes pois podem auxiliar no desenvolvimento de novas terapias a serem utilizadas em fases mais precoces da doença, retardando a sua progressão. APOIO: CNPq, CAPES, FAPES, FACITEC Palavras Chaves: Nefrectomia de 5/6, Histologia renal Palavras Chaves: macrophage, uric acid Fisiopatologia renal / Nefrologia Experimental (NEFRETICO) A ANGIOTENSINA-(1-7) TEM EFEITO OPOSTO AO DA ANGIOTENSINA II SOBRE O TROCADOR Na+/H+ NO TÚBULO RENAL PROXIMAL CORTICAL IN VIVO. REGIANE CARDOSO CASTELO BRANCO, MARGARIDA DE MELLO AIRES INSTITUTO DE CIêNCIAS BIOMéDICA (USP) Introdução: o heptapeptídeo vasodilatador angiotensina-(1-7) [Ang 1-7], membro do sistema renina-angiotensina, tem efeito antagonista da angiotensina II (Ang II) na vasculatura sistêmica. No túbulo proximal, a Ang II apresenta ação bifásica no Na+/H+, ou seja, em baixa concentração estimula e em alta inibe o trocador, exibindo importante papel na regulação do pH e do volume extracelular. Entretanto, apesar da demonstração de Ang 1-7 no tecido renal, seu papel na regulação da função renal não é bem conhecido. Objetivo: determinar a ação da Ang 1-7 sobre o Na+/H+ no túbulo proximal in vivo. Método: a ação da Ang 1-7 na reabsorção tubular de bicarbonato (JHCO3-), via Na+/H+, foi avaliada por microperfusão estacionária do túbulo renal proximal cortical (segmento S2) de rato, utilizando microeletrodo sensível a H+. Resultados: Na situação controle o JHCO3 é 2,84 ± 0,08 nmol.cm-2. s-1 [49/19 (n° de medidas/n° de túbulos)]. Ang 1-7 (10-12 ou 10-9 M) perfundida na luz tubular diminui (P <0,01) o JHCO3- para, respectivamente, 1,80 ± 0,21 nmol.cm-2.s-1 (52/14) ou 1,11 ± 0,119 nmol.cm-2.s-1 (78/15). Porém, Ang 1-7 (10-6 M) aumenta o JHCO3- para 4,43 ± 0,523 nmol.cm-2.s- 1 (80/21). O S3226 (10-6 M), um inibidor da isoforma NHE3 do Na+/ H+, perfundido sozinho na luz tubular diminui o JHCO3- em relação ao controle, mantém o efeito inibidor da Ang 1-7 (10-9 M) e muda o efeito estimulador da Ang 1-7 (10-6 M) para efeito inibidor; em conjunto, esses dados indicam que o efeito bifásico da Ang 1-7 sobre o JHCO3- se dá via NHE3. O A779 (10-6 M), um antagonista do receptor Mas da Ang 1-7, perfundido sozinho na luz tubular aumenta o JHCO3- em relação ao controle e abole tanto o efeito inibidor (10-12 ou 10- 9 M) como o estimulador (10-6 M) da Ang 1-7 sobre o JHCO3-. Conclusão: Os dados evidenciam que na situação controle há Ang 1-7 sistêmica na luz do túbulo proximal cortical, diminuindo o JHCO3- via inibição da NHE3. A Ang 1-7 apresenta um efeito dose-dependente, bifásico, sobre a NHE3, via receptor Mas, que atua ao contrário do efeito bifásico sobre esse trocador descrito para a Ang II, via receptor AT1, nesse mesmo segmento tubular. Assim, os resultados indicam que a interação desses dois hormônios no trocador Na+/H+ pode representar relevante regulação fisiológica, em condições de variação do volume e/ou do pH extracelular no animal intacto. Palavras Chaves: ANGIOTENSINA-(1-7) Artérias Renais Provenientes de Ratos Espontaneamente Hipertensos (SHR) são Refratárias à Ação Vasodilatadora do Peptídeo-1 Semelhante ao Glucagon Fernanda de Alcântara Savignano, Bruna Piccolo Muniz Pacheco, Adriana Castello Costa Girardi Instituto do Coração, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo O peptídeo-1 semelhante ao glucagon (GLP-1) é um hormônio incretina que exerce uma série de ações insulinotrópicas que contribuem para a manutenção da glicemia, constituindo, portanto, um potencial alvo terapêutico para o tratamento do diabetes melittus tipo 2 (DM2). Estudos reportados na literatura e conduzidos em nosso laboratório demonstraram que esta incretina causa diurese e natriurese em animais normotensos por meio de mecanismos tubulares e hemodinâmicos. Ademais, observamos que o GLP-1 promove vasodilatação em anéis isolados de artérias renais provenientes de ratos Wistar, sugerindo que tal peptídeo possa modular a resistência do leito vascular renal. Curiosamente, ratos espontaneamente hipertensos (SHR), em fase de hipertensão estabelecida, são refratários ao efeito vasodilatador deste peptídeo. Dessa forma, o objetivo deste trabalho é verificar porque anéis de artéria renal provenientes de SHR adultos não respondem ao tratamento com GLP-1. Experimentos de Real Time RT-PCR mostraram que o receptor de GLP-1 (GLP-1R) está expresso tanto no endotélio quanto no músculo liso dos vasos. Contudo, notou-se que não há diferença estatisticamente significante na expressão do GLP-1R em artérias renais de SHR quando comparados aos Wistar. Observou-se também que a atividade e expressão da enzima dipeptidil peptidase IV (DPPIV), responsável pela degradação do GLP-1, está significativamente aumentada em artéria renal de SHR quando comparados aos Wistar. Ademais, observou-se que, embora não haja diferença na concentração basal de adenosina 3’,5’-monofosfato cíclico (cAMP) entre artérias renais de animais Wistar e SHR, o Wistar, diferente do SHR, possui aumento na concentração de cAMP na presença de 100 nM de GLP-1; e também que há uma diminuição na concentração de cAMP de SHR que tiveram suas artérias renais incubadas com GLP-1 quando comparados aos Wistar. Em conjunto, estes dados sugerem que o GLP-1 possui ação vasodilatadora em artéria renal de Wistar, possivelmente por atuar no músculo liso destes vasos, por meio da ligação do GLP-1 ao seu receptor GLP-1R e ativação da via cAMP/PKA. Além disso, animais SHR adultos não respondem ao efeito vasodilatador do GLP-1, possivelmente, devido ao aumento da atividade e expressão da DPPIV em artéria renal, levando a uma maior degradação de GLP-1, e/ou uma alteração da via de sinalização correspondente ao acoplamento do GLP-1 ao seu receptor. Palavras Chaves: Peptídeo-1 Semelhante ao Glucagon, Leito Vascular Renal 73 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia Atividade diurética e avaliação toxicológica do extrato etanólico de Piper amalago (Piperaceae), em ratos Wistar ANTONIO DA SILVA NOVAES1, JONAS DA SILVA MOTA2, MARCIO EDUARDO DE BARROS1 1 - UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS 2 - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MATO GROSSO DO SUL Introdução: Piper amalago, também conhecida como Jaborandi, é distribuída desde o México até o Brasil, é usado para aliviar dores, agindo como antiinflamatório. Algumas plantas do gênero Piper, como falso jaborandi, jaborandi, pariparoba, jaborandi anestesiol, são utilizadas na região de Dourados/MS como analgésicos, anestésicos, também para tratamento de queimaduras, má digestão e diuréticos. Objetivos: A atividade diurética dessa planta ainda não havia sido investigada cientificamente, portanto, o objetivo do presente estudo foi avaliar o potencial efeito diurético do extrato etanólico de Piper amalago em ratos normais após a administração oral aguda, assim como também averiguar o efeito tóxico. Materiais e Métodos: Ratos Wistar machos foram divididos em 6 grupos (n=5/por grupo). O grupo controle negativo recebeu via oral água filtrada. No segundo grupo foi administrado o veículo. Nos grupos testados, os animais receberam extrato etanólico de Piper amalago 125, 250 e 500 mg/kg respectivamente e o grupo controle positivo, recebeu furosemida (10mg/kg). Os animais foram alojados individualmente em gaiolas metabólicas e a urina foi quantificada em intervalos de tempo até 24h após a administração da dose única. Para o ensaio de toxicidade aguda, dois grupos com 3 ratas Wistar receberam dose única (2g/kg) do extrato etanólico de Piper amalago. Imediatamente após a administração da dose, as ratas foram observadas continuamente para evidenciar sinais tóxicos, durante 14 dias. No 15o dia, os animais foram eutanasiados e os órgãos vitais foram retirados para avaliação histológica. Além disso, foi coletado sangue para dosagens bioquímicas. Resultados e Conclusões: Após a administração das doses da planta, o débito urinário foi significantemente maior após 24h em todas as concentrações, comparados ao grupo controle negativo e ao grupo veículo e, o volume total de urina excretada foi semelhante entre o extrato na concentração de 500 mg/kg e o furosemida. Nos testes de toxicidade, não foram evidenciadas nenhuma alteração. Os resultados sugerem que o extrato etanólico de Piper amalago contém componentes responsáveis para atividade diurética e que também o extrato não apresentou sinais de toxicidade nos animais. Palavras Chaves: Piper amalago, atividade diurética AVALIAÇÃO DO EFEITO DA N-ACETILCISTEÍNA E DO ESTRESSE OXIDATIVO NO RIM DE RATOS UNINEFRECTOMIZADOS COM DIABETES MELLITUS GUILHERME BAIA NOGUEIRA, ADELSON MARÇAL RODRIGUES, FABIANE ROMANO MACIEL,GIOVANA RITA PUNARO, MARGARET GORI MOURO,ELISA MIEKO SUEMITSU HIGA UNIFESP INTRODUÇÃO: Diabetes mellitus (DM) induz a mudanças intra e extracelulares, com aumento substancial de espécies reativas de oxigênio (ROS). As ROS causam danos na microvasculatura sistêmica e renal, o que poderia ser um dos mecanismos envolvidos na fisiopatologia da nefropatia diabética. Estas também modulam outras substâncias como o óxido nítrico (NO), um potente vasodilatador com papel importante na função renal. A N-acetilcisteína (NAC) é um antioxidante muito utilizado para evitar lesão induzida por contraste renal. OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da NAC e do estresse oxidativo no rim de ratos uninefrectomizados com DM. MATERIAL E MÉTODOS: Utilizamos 20 ratos machos Wistar adultos que foram submetidos à nefrectomia unilateral (UNx) e outros não (controles, CTL). O diabetes foi induzido em metade dos animais UNx, com estreptozotocina (60mg/kg, iv) (DM+UNx) e os demais receberam o seu veículo (CTL+UNx). Metade dos animais CTL+UNx e DM+UNx receberam suplementação com NAC (600mg/L de água, ad libitum). Portanto, formaram-se cinco grupos (N=4 para todos): CTL, CTL+UNx, CTL+UNx+NAC, DM+UNx e DM+UNx+NAC. Antes e depois de oito semanas com a NAC, foram coletadas amostras de urina (24 horas) e sangue. Os dados foram expressos como média±EP, com análise one-way ANOVA, com o pós-teste Tukey, sendo considerados estatisticamente significantes quando P<0,05. RESULTADOS: DM+UNx comparado com CTL+UNx mostraram aumento dos níveis de glicemia (427,5±30,7 vs 189,2±24,8) e função renal alterada, com aumento da creatinina (2,0±0,1 vs 1,2±0,1) e uréia plasmática (70,9±4,7 vs 38,4±7,7) e da proteinúria (40,0±9,6 vs 15,3±0,9). DM+UNx apresentou aumento do TBARS (8,9±1,3 vs 3,2±0,1 e 517,2±44,0 vs 94,8±6,0) e redução do NO (54,9±9,1 vs 62,0±3,7 e 7,5±0,2 vs 10,5±1,6), tanto no plasma quanto na urina, respectivamente. A suplementação de NAC em ratos DM reduziu a proteinúria (16,2±3,9), creatinina plasmática (1,5±0,1) e uréia (60,7±2,3) e atenuação dos níveis de TBARS, no plasma e na urina (3,3±0,4 e 351,6±26,7), bem como aumento do NO no plasma (82,6±9,2), todos P<0,05. CONCLUSÃO: Nós demonstramos que em ratos diabéticos uninefrectomizados, a NAC atenuou a lesão renal, provavelmente devido a redução do estresse oxidativo e/ou aumento da biodisponibilidade de NO, sugerindo que a NAC pode ser útil no tratamento de pacientes diabéticos. Palavras Chaves: ÓXIDO NÍTRICO, DIABETES MELLITUS AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DA ERITROPOETINA NA PROGRESSÃO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA EXPERIMENTAL Carvalho FF, Teixeira VP, Almeida WS, Schor N Universidade Federal de São Paulo INTRODUÇÃO: A eritropoetina (EPO) tem sido utilizada principalmente para tratamento da anemia causada por doença renal crônica. Recentes estudos demostram propriedades pleiotrópicas da EPO em diversos tecidos. O objetivo deste estudo é verificar a influência da EPO na progressão da doença renal em modelo de doença renal crônica progressiva experimental. Materiais e MéTODO: 12 ratos Wistar com peso entre 280 – 300 gramas foram submetidos a 74 nefrectomia de 5/6. Os animais foram divididos em 2 grupos (n=6): (NX) nefrectomizado sem tratamento e (NX-EPO) nefrectomizado tratado com dose semanal de 250UI/kg/ip de eritropoetina. Os animais foram sacrificados 8 semanas pós-cirurgia. Os parâmetros basais e finais avaliados foram: creatinina sérica, proteinúria, hematócrito, pressão arterial caudal. O índice de esclerose glomerular foi determinado pela porcentagem média de glomérulos esclerosados de um total de 200 glomérulos analisados por lâmina. O grau de fibrose túbulo-intersticial foi determinado pela classificação de Banff. RESULTADOS: O grupo NX-EPO apresentou valores menores de creatinina sérica (NX 1,6 ± 0,4 versus NX-EPO 0,8 ± 0,1; P≤0,001) e relação proteína/creatinina urinária (NX 11,2 ± 6,0 versus NX-EPO 4,1 ± 2,2; P=0,021). Estudos preliminares sugerem um menor índice de esclerose glomerular (NX 33% versus NX-EPO 17%) e fibrose túbulo-intersticial (NX grau III versus NX-EPO grau I) nos animais tratados com EPO. Não houve diferenças significantes no hematócrito e pressão arterial entre os dois grupos. CONCLUSÃO: O nosso estudo sugere um efeito benéfico da EPO no modelo nefrectomia 5/6 refletido pela atenuação da creatinina sérica e proteinúria, assim como tendência a um menor índice de esclerose glomerular e fibrose túbulo-intersticial, independentemente dos efeitos hematopoiéticos e pressão arterial. Palavras Chaves: eritropoetina, proteinúria AVALIAÇÃO DOS HORMÔNIOS SEXUAIS FEMININOS NA FUNÇÃO RENAL DE CAMUNDONGOS HIPERCOLESTEROLÊMICOS Freitas FPS,Carminatti RZ,Carneiro SS,Vasquez EC,Meyrelles SS,Gava AL Universidade Federal do Espírito Santo, ES INTRODUÇÃO: Os rins desempenham um papel de extrema importância na manutenção da homeostasia corporal e o seu funcionamento normal pode ser afetado por várias doenças como a hipercolesterolemia. Por outro lado, sabe-se que o estrogênio pode exercer um papel protetor contra o desenvolvimento de doenças renais. Considerando-se, então, estas interações, torna-se necessária a realização de estudos que visem um melhor esclarecimento da influência dos hormônios sexuais femininos e da hipercolesterolemia sobre a função renal. OBJETIVOS: Avaliar o efeito dos hormônios sexuais femininos sobre a função renal de camundongos hipercolesterolêmicos. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram utilizados camundongos fêmeas normocolesterolêmicas (C57, n=10), e hipercolesterolêmicas (ApoE, n=5), submetidas a cirurgia fictícia ou à castração (C57 OVX, n=4 e ApoE OVX, n=4) com 3 meses de idade. Os animais foram alocados em gaiolas metabólicas por um período inicial de adaptação de 24 horas, seguindo-se pelo período experimental de 24 horas no qual a urina foi coletada para determinação do volume urinário e dosagem de creatinina. Em seguida, o sangue foi retirado através do plexo retro-orbital para dosagem de creatinina e o clearance de creatinina foi determinado. Os dados estão expressos como média ± EPM. Para análise estatística foi utilizado ANOVA 2 vias seguido do post hoc de fisher. *p<0,05 e **p<0,01. RESULTADOS: A creatinina plasmática mostrou-se aumentada no grupo ApoE OVX (0,67±0,12mg/dL*) quando comparada com os grupos C57 (0,49±0,03mg/ dL), C57 OVX (0,43±0,04mg/dL) e ApoE (0,28±0,04mg/dL). A creatinina urinária foi menor no ApoE OVX (38,4±10,3mg/dL**) quando comparada com o C57 (70,0±4,6mg/dL), sem diferenças entre os grupos C57, C57 OVX (49,7±4,9mg/dL) e ApoE (47,5±4,4mg/dL). Não houve diferenças no volume urinário entre os grupos C57 (1,9±0,2mL), C57 OVX (1,8±0,3mL), ApoE (1,6±0,4mL) e ApoE OVX (1,5±0,4mL). O clearance de creatinina esteve diminuído no ApoE OVX (50,7±10,6µL/min*) quando comparado com os demais grupos (C57: 171,0±17,7µL/ min; C57 OVX: 134,9±6,1µL/min; ApoE: 200,2±34,1µL/min). CONCLUSÕES: Os dados obtidos indicam que a função renal apresenta-se comprometida em camundongos ovariectomizados e hipercolesterolêmicos. Isso provavelmente ocorre devido à ausência do efeito protetor do estrogênio e ao papel deletério da hipercolesterolemia nos rins destes animais, promovendo uma redução na filtração glomerular. APOIO: CNPq, CAPES, FAPES, FACITEC Palavras Chaves: Função renal, Hipercolesterolemia Cafeína pode beneficiar a função renal de hipercolesterolêmicos na infusão aguda de nicotina ratos Mariana dos Santos Silva, Marina Alonso Ferreira, Rubens Park, Eduardo Rissi Silva, Fabíola Oshiro-Monreal, Claudia Maria Barros Helou Hospital das Clínicas - Faculdade de Medicina USP, São Paulo A nicotina age no sistema adrenérgico elevando a pressão arterial (PA) em ratos alimentados com dieta padrão (N) ou com dieta enriquecida com colesterol 4% e ácido cólico 1% (H) por 8 dias. Entretanto, a nicotina reduz a filtração glomerular (FG) em N e não modifica em H e N denervados. Então, a perda da auto-regulação renal em H foi constatada: PA e fluxo sanguíneo renal elevaram-se sem modificações da resistência vascular renal (Am J Nephrol 2009;30:377-382). Considerando que os fumantes consomem café, o objetivo deste estudo é verificar o efeito da associação da cafeína com nicotina na PA e na FG em N e H. O clearance de inulina foi usado para medir a FG em N e H durante os períodos: basal e infusão aguda de cafeína (25 mg/kg) associada ou não à nicotina (0,1 g/kg). Inicialmente, testou-se apenas a infusão de cafeína e esta não modificou a PA e a FG em N (n=6) e H (n=7). Mas, a infusão de cafeína associada à nicotina em N (n=8) não impediu a elevação da PA de 116 ± 3 para 144 ± 10 mm Hg (p<0.05) e a redução da FG de 0,91 ± 0,03 para 0,69 ± 0,07 ml/min/100 g peso (p<0.05). Esses resultados corroboraram as observações acima descritas sobre o efeito agudo da nicotina em N. Entretanto, a infusão de cafeína associada à nicotina em H (n = 6) impediu a elevação da PA (basal = 116 ± 4 vs experimental = 126 ± 12 mm Hg) e causou pequena, mas significativa diminuição da FG de 0,86 ± 0,04 para 0,75 ± 0,05 (p<0,05). Então, a ausência da elevação da PA em H pode ter impedido que a FG se mantivesse inalterada nestes animais. Outra série de animais foi utilizada com o intuito de se Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia verificar o efeito do uso crônico da cafeína. Para isso, N (n = 6) e H (n = 6) receberam 0,1% de cafeína dissolvida na água de beber por 8 dias. Neste estudo, não houve diferenças entre N e H. A infusão aguda de nicotina causou a elevação da PA de 121 ± 3 para 154 ± 8 mm Hg p<0,01 em N e de 113 ± 3 para 148 ± 6 mm Hg p<0,001 em H e a diminuição da FG de 0,93 ± 0,05 para 0,53 ± 0,05 ml/min/100 g p<0,001 em N e de 0,87 ± 0,06 para 0,50 ± 0,06 mm Hg p<0,001 em H. Portanto, a infusão aguda de cafeína associada à nicotina não modificou os efeitos na PA e na FG em N. Mas, pode ter sido benéfica em H porque impediu a elevação da PA apesar da discreta diminuição da FG. Entretanto, o uso crônico da cafeína não confirmou estes achados. É possível que o efeito da cafeína possa ser dose-dependente na situação da hipercolesterolemia. Palavras Chaves: nicotina, cafeína CÉLULAS TRONCO MESENQUIMAIS MELHORAM A FUNÇÃO RENAL E REDUZEM A HIPERTENSÃO ARTERIAL RENOVASCULAR EXPERIMENTAL Elisabeth B Oliveira Sales,Edgar Maquigussa,Patrícia Semedo,Luciana Guilhermino Pereira,Vanessa Meira Ferreira,Niels OS Câmara,Cassia Toledo Bergamaschi,Rui Ribeiro Campos,Mirian Aparecida Boim Universidade Federal de São Paulo A hipertensão renovascular (2 Rins- 1 clipe), é um modelo renina-angiotensina (SRA) dependente e resulta na rarefação vascular e disfunção renal. O objetivo deste trabalho foi investigar os efeitos do tratamento de células tronco mesenquimais (CTM) sobre a pressão arterial, a função renal e os componentes do SRA no rim clipado (2R-1C). Ratos Wistar machos foram divididos em 4 grupos: Sham (n=5), Sham tratados com CTM (n=5), 2R-C (n=8) e 2R-1C tratados (n=7). As CTM foram obtidas da medula óssea de fêmur e tíbias de ratos Wistar e expandidas durante 7-15 dias. Após a caracterização por diferenciação (para adipócito e osteócito) e por imunofenotipagem; as CTM foram marcadas com fluorescência (Qtracker) e injetadas (2x105células/animal) na veia caudal na 3ª. e 5ª. semana após a clipagem da artéria renal. Os animais foram sacrificados e os rins retirados após seis semanas da cirurgia para indução de hipertensão. Foram avaliados a pressão arterial sistólica (PAS), clearance de creatinina, proteinúria, sódio e potássio plasmáticos. Os níveis de angiotensinogênio (AGTN), renina, ECA, receptores de Ang II (AT1 e AT2) foram determinados através do western blot na medula do rim clipado. As CTM marcadas foram identificadas no córtex e medula do rim clipado através de citometria de fluxo. O tratamento com CTM induziu redução significativamente na PAS (224±8 vs 173±6 mmHg). Houve aumento importante na proteinúria nos animais do grupo 2R-1C (15±3 vs 80±19 mg/24h, p<0.05) a qual diminuiu significativamente após tratamento (48±8 mg/24h). Os níveis de AGTN, renina, ECA e AT-1 aumentaram (49, 25, 30 and 43%, respectivamente) enquanto que o de AT2 diminuiu no rim clipado, os quais foram normalizados após o tratamento com CTM. Além do efeito benéfico sobre a PAS, a terapia com CTM suprimiu o SRA intrarenal, sugerindo que esta pode ser uma estratégia em potencial para minimizar os efeitos renais da isquemia renal crônica como a induzida no modelo 2R-1C. Palavras Chaves: hipertensão, célula tronco mesenquimal Efeito anti-hipertensivo do alpiste (Phalaris canariensis) em ratos espontaneamente hipertensos: papel do triptofano EFEITO CRÔNICO DA ANGIOTENSINA II SOBRE A HEMODINÂMICA E FUNÇÃO RENAL.. *Ferreira-Figueiredo CSR e *Oliveira-Souza M.*Universidade de São Paulo, São Paulo. CLAUDIA FERREIRA DOS SANTOS RUIZ FIGUEIREDO,Maria Oliveira de Souza Universidade de São Paulo, São Paulo Introdução e objetivos: A angiotensina II (Ang II) é um importante regulador do balanço de sódio e da pressão arterial (PA). No entanto, em níveis plasmáticos elevados por períodos prolongados, a Ang II induz hipertensão e doenças renais. Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar a função renal de ratos tratados cronicamente com Ang II. Métodos: Ratos machos Wistar com 4 semanas de vida foram divididos em 2 grupos: cirurgia fictícia (Sham, n = 7) ou hipertensos (n = 7). A hipertensão arterial foi induzida pela infusão de Ang II (200 ng/kg/min) por 28 dias, utilizando minibombas osmóticas (Alzet). A PA foi monitorada semanalmente por pletsmografia de cauda. Após o tratamento, animais sham ou tratados foram submetidos aos estudos de função renal, incluindo o Fluxo Plasmático Renal (FPR) e o Ritmo de Filtração Glomerular (RFG), avaliados pelo clearance de paraamino-hipurato de sódio (PAH) e de inulina, respectivamente. Foram avaliados também os níveis de Na+ e K+, a osmolaridade e pH do plasma e urina. Ao final de cada experimento, o animal foi perfundido com tampão fosfato salina (PBS), um rim foi removido para análise da expressão proteica e o outro fixado com formalina a 4% para análise histológica. Resultados: A Ang II na dose utilizada induziu a hipertensão arterial [Sham: 111 ± 2,3 versus Ang II: 163 ± 3,6 mmHg, p < 0,0001]. Nessa condição, O FPR e o RFG foram reduzidos (em mEq/min/kg) [(Sham: 14,29 ± 0,56 vs Ang II: 7,05 ± 0,29, p<0,05) e (Sham: 8,46 ± 0,32 vs Ang II: 4,60 ± 0,35, p<0,05), respectivamente]. A Ang II reduziu a carga excretada (CE) de Na+ e K+ (em mEq/min/kg) [(Sham: 7,98 ± 1,70 vs Ang II: 3,25 ± 0,82, p < 0,05) e (Sham: 14,40 ± 2,20 vs Ang II: 11,44 ± 2,0, p<0,05), respectivamente]. Os estudos de Western blot indicam que a expressão das isoformas 1 e 3 do trocador Na+/H+ (NHE1 e NHE3 respectivamente) não foi alterada. NHE1 [Sham: 0,86 ± 0,13 vs Ang II: 0,88 ± 0,09], e NHE3 [Sham: 0,93 ± 0,12 vs Ang II: 1,07 ± 0,08]. Conclusões: Este estudo indica que a infusão crônica de Ang II induziu alterações na hemodinâmica renal e na função tubular, mas não modificou a expressão de NHE1 e NHE3. Os estudos morfológicos e de expressão de outros transportadores de Na+, receptores AT1 e AT2, de mineralocorticoide (MR), nefrina e desmina estão em andamento e contribuirão para o esclarecimento dos efeitos da Ang II sobre a função renal. Apoio Financeiro: FAPESP e CNPq. Palavras Chaves: Função renal, ANG II EFEITO DA ADMINISTRAÇÃO DE RAÇÃO CONTAMINADA COM A MICOTOXINA FUMOSINA B1 SOBRE PARÂMETROS URINÁRIOS DE RATOS WISTAR ADULTOS EDMARA APARECIDA BARONI, JADE CABESTRE VENANCIO, Nayra Thais D. Branquinho, Samara Siqueira Emerich, Fernando Carlos de Souza, Maria Raquel Marçal Natali UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGá O alpiste (Phalaris canariensis -Pc) popularmente conhecido como um agente anti-hipertensivo tem sido utilizado como adjuvante aos tratamentos convencionais. Pc é rico em triptofano, que pode ser metabolizado pela via da quinurenina, um agente vasodilatador, através da enzima indoleamina 2,3 dioxigenase (IDO). Os objetivos deste estudo foram avaliar o efeito do extrato aquoso de Pc (EAPc) sobre a pressão arterial sistólica (PAS) e função renal de ratos normotensos e espontaneamente hipertensos (SHR), assim como, avaliar se o tratamento com EAPc seria capaz de impedir o desenvolvimento de hipertensão em SHR jovens administrando o EAPc logo após o desmame quando os animais são normotensos. A participação da via da quinurenina foi avaliada utilizando-se o EAPc na presença do inibidor da enzima IDO, o 1-metil-d-triptofano (1MT). Método: foram utilizados ratos machos adultos Wistar, SHR e SHR jovens (3 semanas). Os animais foram divididos em grupos controle (recebendo água) e tratados com EAPc (400 mg/ kg/dia, v.o.) por 30 dias (EAPc 30). Após este período o grupo tratado foi dividido em dois sub-grupos: tratados por mais 30 dias (EAPc 60) e um grupo onde o EAPc foi substituído por água durante 30 dias. A dose do EAPc foi previamente determinada através do efeito agudo de doses crescentes sobre a PAM em ratos acordados e cateterizados, na ausência ou presença do inibidor da IDO (200 e 50 mg/kg ip). Resultados: A administração do EAPc por 60 dias propiciou uma redução significante na PAS (mmHg) em ambos os grupos de animais adultos, Wistar (122±2 vs 103±4, p <0,05) e SHR (210±1 vs 171±1, p <0,05). No entanto, a interrupção do tratamento foi seguida de um retorno gradual da PAS aos níveis basais em ambos os grupos Wistar e SHR. O EAPC minimizou o aumento da PAS nos SHR jovens comparado com os não tratados (148±4 vs 195±4, p<0,05). A interrupção do tratamento resultou em aumento da PAS similar ao observado no grupo não tratado. O efeito do EAPc foi abolido nos animais hipertensos que receberam concomitantemente o inibidor da IDO (1MT). Não houve mudanças significantes nos parâmetros da função renal ou na excreção urinária de sódio entre os grupos. Conclusão: O EAPc apresentou significante efeito anti-hipertensivo provavelmente relacionado à ação relaxante vascular da quinurenina. Não foi observado qualquer ação nefrotóxica do EAPc e portanto uso deste produto natural pode ser útil como tratamento adjuvante da hipertensão. Introdução: Fumosinas são micotoxinas produzidas por fungos do gênero Fusarium. Diversos trabalhos demonstraram a contaminação de colheitas de milho por essa toxina. O milho é uma importante base alimentar na dieta ocidental. Dentre as fumosinas, a fumosina B1 (FB-1) é o contaminante mais abundante, sendo resistente a vários processos de industrialização. Objetivo: Esse trabalho teve como objetivo analisar o efeito da administração de dieta contaminada com FB-1, nas doses de 2 mg e 6 mg/Kg de ração, sobre parâmetros urinários de ratos Wistar adultos. Métodos: Os animais foram divididos em 3 grupos: G-1 (sem fumosina), G-2 (2 mg de FB-1/Kg de ração) e G-3 (6 mg de FB-1/Kg de ração). E a dieta foi administrada por quatro semanas. Após esse período, os animais foram colocados em gaiolas metabólicas para análise da ingestão hídrica e do volume urinário. No dia do sacrifício, foi feita coleta do sangue para análise da creatinina plasmática, que foi quantificada pela metodologia colorimétrica com o picrato alcalino. A osmolaridade urinária foi quantificada com uso do osmômetro (modelo VAPRO 5520) e a quantidade de Na+ e K+ na urina foi medida por fotometria de chama. Resultados: Não observamos diferença significativa entre os grupos na creatinina plasmática (G-1= 0,55 ± 0,04; G-2= 0,47 ± 0,04 mg/dL, p= 0,1174 e G-3 = 0,5 ± 0,03 mg/ dL p=0,1340) e na ingestão hídrica (G-1= 28 ± 3; G-2= 26 ± 6 mL/24h p=0,6216 e G-3= 28 ± 13 mL/24h p=0,9881). No entanto, em ambos os grupos que receberam a toxina, houve diminuição significativa no volume urinário (G-1 = 25 ± 3; G-2= 15 ± 3 mL/24h p= 0,0039 e G-3 =18 ± 5 mL/24h p=0,0137) e aumento significativo na osmolaridade urinária (G-1= 388 ± 97; G-2= 732 ± 136 mMol/L p= 0,0059 e G-3= 673 ±108 mMol/L p= 0,0052) e na excreção urinária de K+ (G-1 = 47 ± 14; G-2= 72 ± 3 mEq/L p= 0,0179 e G-3 = 68 ± 6 mEq/L p= 0,0414). Foi observado aumento na excreção urinária de sódio apenas no grupo que recebeu 6 mg de FB-1/Kg de ração (G-1 = 31 ± 10 e G-3 = 47 ± 6 mEq/L p= 0,0289). Conclusão: A ingestão de dieta contaminada com FB-1 (nas doses de 2 mg e 6 mg/Kg de ração) por quatro semanas, provocou aumento da osmolaridade urinária em ratos Wistar adultos. Esse aumento esteve relacionado com a diminuição no volume urinário e aumento na excreção do K+. A ingestão de dieta contaminada com 2mg/ Kg de FB-1 não alterou a excreção de Na+, porém a de 6 mg/Kg provocou aumento significativo na excreção urinária desse íon. Palavras Chaves: Anti-hipertensivo, Alpiste_P canariensis Palavras Chaves: Fumosina B1, Parâmetros Urinários PASSOS CS, Carvalho LN, Ginoza M, Ikuta O, Campos Jr RR, Boim MA Disciplina de Nefrologia - Universidade Federal de São Paulo, São Paulo 75 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia Efeito da hiperleptinemia experimental na função renal de ratos Maria Oliveira de Souza, Karina Thieme INSTITUTO DE CIêNCIAS BIOMéDICAS - ICB/USP Introdução e Objetivo: Estudos apontam para uma importante participação da leptina no processo de hipertensão arterial relacionada à obesidade e não apenas como um hormônio anti-obesidade. Ela exerce seus efeitos no rim direta e indiretamente. Assim, o objetivo deste estudo é avaliar os efeitos da hiperleptinemia experimental num período de 7 dias, sobre a pressão arterial (PA), função e morfologia renal e expressão de proteínas renais em ratos. Métodos: Ratos machos Wistar, com 40 dias de vida foram divididos em 3 grupos: sham (n = 6; com operação fictícia), tratados com leptina (n= 8; infusão subcutânea por mini-bomba osmótica na dose de 0.5mg/kg/dia) e tratados com leptina e losartan (n=4; losartan na dose de 10mg/kg/dia por injeção s.c.). A PA foi avaliada por pletismografia de cauda. No 8º dia, os ratos foram anestesiados e submetidos ao experimento de clearance renal. As concentrações urinárias de Na+, K+ e amônio foram analisadas. Resultados: O tratamento com leptina aumentou a PA final (sham: 105,8 ± 0,66 vs leptina: 118,0 ± 1,528 mmHg; *p<0.0001) e o tratamento com losartan diminuiu este parâmetro. Nossos resultados preliminares demonstram que o tratamento com leptina induziu um aumento no fluxo plasmático renal (FPR) e o tratamento com losartan não foi capaz de normalizar este parâmetro (sham: 3,99 ± 0,72; leptina: 10,24 ± 1,16; losartan 6,88 ± 0,96 ml/min/kg *p<0.01). Não houve alteração no ritmo de filtração glomerular (RFG) no tratamento com leptina (sham: 8,22 ± 0,58 vs leptina: 9,20 ± 0,79 ml/min/kg), no entanto o tratamento com losartan levou a uma queda neste parâmetro (4.75 ± 0.71 ml/min/kg *p<0.001). O fluxo urinário foi reduzido em ambos os grupos tratados (sham: 0,26 ± 0,02; leptina: 0,19 ± 0,01; losartan 0,19 ± 0,012 ml/min/ kg; *p<0.001). A excreção de amônio foi reduzida no tratamento com leptina (sham: 2,23 ± 0,14 vs leptina: 1,46 ± 0,13; *p<0.001) e normalizada com o losartan (2,02 ± 0,17). A carga excretada de Na+ foi diminuída após os tratamentos (sham: 21,18 ± 2,72; leptina: 8,21 ± 1,47; losartan 11,21 ± 0,71 mmol/min/kg; *p<0.05). Já a de K+ diminuiu apenas no tratamento com losartan (sham: 13,07 ± 1,29; leptina: 11,09 ± 0,71; losartan: 5,78 ± 1,09 mmol/min/kg; *p<0.01). Discussão: O aumento no FPR sugere que a leptina reduz a resistência vascular renal. Apesar da manutenção do RFG, a redução na excreção de íons indica que a leptina pode estar atuando sobre a reabsorção tubular. Suporte: Fapesp e CNPq. Palavras Chaves: Função Renal, Hiperleptinemia Experimental Efeito da variação do conteúdo de K+ na dieta sobre a expressão de AT1R, ATRAP NERI EA, PERUZZETTO MC, REBOUÇAS NA Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade de São Paulo, São Paulo O K+ participa de várias funções importantes no organismo, como na atividade cardíaca, resistência vascular, atividade neuromuscular, manutenção do volume celular e regulação do pH intracelular. O mecanismo mais importante para a homeostase de potássio (K+)é a modulação da excreção renal de K+ frente a flutuações na ingesta deste íon. O objetivo deste trabalho foi analisar a função renal e a variação do nível de expressão das proteínas ATRAP (proteína associada ao receptor de angiotensina II) e do receptor de angiotensina II (AT1R) frente à variação do conteúdo de K+ na dieta. Ratos Wistar machos foram divididos em 3 grupos de tratamento por 7 dias: grupo 1) conteúdo de K+ normal, 2) sobrecarga de K+ (9%) e 3) depleção de K+. No 6º dia os animais foram colocados em gaiolas metabólicas por 24 hrs para coleta da urina. No 7º dia os ratos foram sacrificados e realizados a extração de proteínas totais, membranas totais e extrato nuclear de córtex renal e submetidos a “western/imunobloting” com os anticorpos anti-AT1R e ATRAP. Nos animais com depleção de K+ observamos uma redução no ganho de peso corporal em torno de 59% (n=7) (45.00±2.01 vs 20.75±3.87), hipertrofia renal por volta de 26% (n=6), poliúria acentuada e redução de 83% na Fração de Excreção (FE) de Na+ e de 99% na FE de K+ (22,02±2.86 vs 0,2582±0,02) vs grupo controle. No grupo com sobrecarga de K+ observamos aumento do Ritmo de Filtração Glomerular (RFG) em torno de 40% (n=8) (0.87±0.06 vs 1.22±0.12) e aumento da osmolaridade urinária em 15% (n=12) (857,4±51,97 vs 984,1±112,7). Na avaliação do nível de expressão das proteínas, notamos redução da expressão de ATRAP em proteínas totais (23%) e membranas totais (16%) no grupo com sobrecarga de K+. No grupo com depleção de K+, observamos aumento de ATRAP em proteínas totais (7%) e membranas totais (106%). Ao analisarmos AT1R na fração nuclear, observamos redução no grupo com sobrecarga de K+ em torno de 83% e aumento de 71% no grupo com depleção. Embora nossos dados ainda sejam preliminares, foi possível observar que a variação na ingesta de K+ modifica significativamente a expressão de AT1R e da proteína ATRAP, podendo interferir significativamente com a sinalização decorrente da ligação de angiotensina II ao seu receptor. Palavras Chaves: Hipokalemia ,Hiperkalemia Efeito de células-tronco mesenquimais(CTMs)ou seu meio de cultura condicionado(MCC)na obstrução ureteral unilateral(UUO)em ratas. ANDREI FURLAN DA SILVA,NESTOR SCHOR,VICENTE DE PAULO CASTRO TEIXEIRA UNIFESP Introdução: Muito tem se descoberto sobre o potencial terapêutico das CTMs ou o seu MCC. Sabe-se da sua capacidade em reparar tecidos e em diminuir a inflamação local. É sabido 76 que a inflamação do compartimento túbulointersticial renal pode levar o orgão a desenvolver lesão crônica, acarretando fibrose total. Um modelo de fibrose renal é a UUO. No presente estudo avaliamos alguns fatores influenciados pela administração das CTMs ou seu MCC. Objetivos: Avaliar efeito das CTMs ou do seu MCC na UUO em ratas. Métodos: CTMs extraídas da medula óssea de ratos Wistar foram cultivadas in vitro e caracterizadas por citometria de fluxo e diferenciação celular. Quatro grupos de ratas Wistar foram usados nos experimentos in vivo (n=7): SHAM, UUO (obstrução ureteral unilateral), MSC (obstrução + CTMs) e MC (obstrução + MCC). As células, ou seu MCC, foram administradas via veia cava abdominal logo após a ligadura total do ureter. Após 7 dias os animais foram sacrificados e tiveram soro e rim obstruído coletados. A análise da função renal foi avaliada pela concentração de creatinina sérica e a fibrose foi avaliada pela deposição de colágeno visualizada na coloração por Picro Sirius Red. Resultados:Verificamos melhora significativa na função renal dos animais obstruídos tratados com CTMs (MSC 0.78±0.18 vs UUO 1.07±0.10, p<0.05) e MCC (MC 0.85±0.04 vs UUO 1.07±0.10, p<0.5). Também avaliamos melhora significativa na progressão da fibrose dos animais obstruídos tratados com CTMs (MSC 0.12±0.07 vs UUO 1.19±0.31, p<0.0001) e MCC (MC 0.18±0.08 vs UUO 1.19±0.31, p<0.0001). Conclusão: Os resultados sugerem que tanto a administração i.v. das CTMs quanto do seu MCC melhoram a função renal e a progressão da fibrose em ratas Wistar submetidas à obstrução ureteral unilateral sugerindo potencialidade no tratamento desta situação fisiopatológica com evolução para perda renal. Palavras Chaves: CÉLULAS-TRONCO, FIBROSE EFEITOS BENEFICOS DA DENERVAÇÃO SIMPÁTICA RENAL SOBRE A FUNÇÃO RENAL E PRESSÃO ARTERIAL DA PROLE DE RATAS DIABETICAS Aline Fernanda de Almeida Chaves Rodrigues, Ingrid Lauren Brites de Lima, Gerhadus Hermanus Maria Schoorlemmer, Guiomar Nascimento Gomes Departamento de Fisiologia, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SãO PAULO Introdução: A hiperglicemia durante o desenvolvimento embrionário ocasiona hipertensão arterial e disfunção renal na prole em idade adulta. Objetivo: Avaliar o efeito da denervação simpática renal sobre a pressão arterial e a função renal dos filhotes de mães diabéticas. Métodos: Foram estudados filhotes de ratas Wistar controle divididos em dois grupos: sham (FCS) e denervado (FCDn) e filhotes de ratas induzidas ao diabetes mellitus pela administração de streptozotocina (60mg/kg.ip). Os filhotes de mães diabéticas também foram divididos em grupo: sham (FDS) e grupo denervado (FDDn). A partir de 2 meses de idade foram aferidas as pressões arteriais (PA) e aos 3 meses os animais foram submetidos à cirurgia de denervação renal ou a manipulação do pedículo renal. 14 dias após as cirurgias avaliamos novamente as PAs e estudamos os parâmetros de função renal: fluxo urinário, ritmo de filtração glomerular (RFG), fluxo plasmático renal (FPR), fração de excreção de Na+ (FeNa+) e de K+ (FeK+). A confirmação da denervação renal foi feita por imunoistoquímica com anticorpo anti-tirosina hidroxilase (TH). Valores expressos como médias ± ep; teste estatístico: ANOVA e Bonferroni, p<0,05. Resultados: A presença de TH ao redor de vasos e no pedículo renal foi notada em FCS e FDS. A ausência de marcação em FCDn e FDDn confirma a eficácia da denervação nestes grupos. Após as cirurgias, houve redução significativa da PA no grupo FDDn em comparação com FDS. Não houve alterações nos valores de PA nos grupos FCS e FCDn [FCS: 117,7±1,3; FCDn: 117,8±0,1; FDS: 141,2±0,9; FDDn: 114,0±1,3mmHg]. Em FDS, houve redução no fluxo urinário, do RFG e da FeNa+, quando comparado a FCS; já no grupo FDDn houve normalização destes parâmetros [Fluxo urinário: FCS: 0,12±0,01; FCDn: 0,13±0,01; FDS: 0,096±0,01; FDDn: 0,12±0,01 ml/min/kg]; [RFG: FCS: 6,6±0,2; FCDn: 6,8±0,1; FDS: 5,6±0,1; FDDn: 6,4±0,3ml/min/kg] [FeNa+: FCS: 1,1±0,06; FCDn: 1,3±0,09; FDS: 0,7±0,04; FDDn: 1,4±0,1 %]. Não foram observadas alterações significativas na FeK+ e no FPR. Conclusões: Os resultados sugerem que a ativação simpática renal contribui para o desenvolvimento da hipertensão arterial, sendo a denervação renal capaz de promover a normalização da PA e dos parâmetros de função renal neste modelo experimental. Apoio Financeiro: CAPES Efeitos da Benfotiamina sobre as EPCs na Disfunção Endotelial secundária ao Diabetes Mellitus tipo 2 em modelo animal GUILHERME EIICHI DA SILVA, Clévia S Passos, Clara Versolato Razsvickas, Luciana Teixeira, Agostinho Tavares, Nestor Schor, Waldemar Silva Almeida UNIFESP Introdução: Dentre as complicações causadas pelo Diabetes Mellitus (DM), uma das mais importantes é a nefropatia diabética, responsável por aproximadamente 25% dos pacientes renais crônicos em diálise no Brasil. O DM tipo 2, o mais prevalente, é caracterizado pela intolerância à glicose e resistência insulínica. Um modelo animal para estudo do DM tipo 2 consagrado na literatura é a linhagem Zucker Diabetic Fatty (ZDF), que apresenta uma mutação autossômica recessiva no gene do receptor da leptina, resultando em obesidade, intolerância à glicose, resistência insulínica e hiperlipidemia. Na literatura é sugerido que esses animais desenvolvem nefropatia diabética a partir da 40ª semana. Estudos em animais sugerem que o uso da benfotiamina, um derivado anfifílico da vitamina B1 de maior absorção intestinal, promove melhora na retinopatia, neuropatia e nefropatia diabética, por inibir os efeitos adversos da hiperglicemia. Além disso, estudos indicam que essa substância mobiliza Células Endoteliais Progenitoras (EPCs). Objetivos: Pretendeu-se, em um primeiro momento, estudar as alterações da linhagem Zucker através de parâmetros como peso e glicemia capilar em um intervalo de tempo e avaliar as dosagens de uréia, creatinina e proteinúria na idade de 44 semanas. Materiais e Métodos: Foram estudados 10 ratos da linhagem ZDF, machos, com idade inicial de 24 semanas. Foi realizada a pesagem e glicemia capilar dos animais. Foi colhida a urina de 24 horas em gaiola metabólica para dosagem de proteinúria e creatinina Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia urinária. Foram colhidas amostras de sangue através do plexo venoso retro-orbitário para dosagem de creatinina, e identificação/quantificação posterior de EPCs através da citometria de fluxo. Resultados: O peso dos animais apresentou aumento significativo durante o período estudado, atingindo a média de 777,06 g. Foram observados níveis elevados e sustentados de glicemia nas idades de 24, 25 e 44 semanas.A creatinina plasmática do grupo ZDF não apresentou diferença estatística relevante em relação ao grupo controle (p = 0, 287). A razão entre a proteinúria e a creatinina urinária do grupo ZDF apresentou uma diferença significativa em relação ao grupo controle (p < 0, 001). Na próxima etapa avaliaremos o grupo tratado com benfotiamina, bem como o seu efeito sobre as EPCs. Conclusão: Nossos dados preliminares confirmam a resistência insulínica, diabetes mellitus tipo 2 e a lesão endotelial glomerular nesses animais a partir da 40ª semana de vida. Palavras Chaves: nefropatia diabética, benfotiamina Efeitos da ingestão de probiótico sobre a função renal e o estresse oxidativo em ratos diabéticos FABIANE ROMANO MACIEL,GIOVANA RITA PUNARO,ADELSON MARÇAL RODRIGUES,CRISTINA STUART BITTENCOURT BOGSAN,MARCELO MACEDO ROGERO,MARICÊ NOGUEIRA DE OLIVEIRA,ELISA MIEKO SUEMITSU HIGA UNIFESP INTRODUÇÃO: Probióticos são definidos como microrganismos vivos que administrados em quantidades adequadas podem conferir benefício à saúde, talvez por interagir com o sistema antioxidante. Estudos anteriores em nosso Laboratório mostraram que após 8 semanas de indução do diabetes melittus (DM) o tratamento com probiótico reduziu o estresse oxidativo e aumentou o óxido nítrico (NO), sem mudanças significativas sobre a função renal. OBJETIVO: Avaliar os efeitos da ingestão precoce de probiótico sobre a função renal e o estresse oxidativo em ratos diabéticos. MATERIAL E MÉTODOS: DM foi induzido em ratos Wistar machos adultos, com estreptozotocina (45mg/kg, iv). Os animais receberam probiótico (P) ou seu veículo 1,8 mL/dia por gavagem, com início do 5º dia após indução do DM, durante 8 semanas, sendo distribuídos em 4 grupos (n=4 cada): CTL; CTLP; DM e DMP. Antes e depois do tratamento, foi coletada urina de 24 horas para determinar as substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) (nmol/24h), NO (µmol/24h) e proteinúria (mg/24h) e o plasma foi obtido para a dosagem de uréia (mg/dL). Os resultados são apresentados como média ±EP, analisados por one way ANOVA, com pós-teste de Newman–Keuls, sendo considerados estatisticamente significantes quando P<0,05. RESULTADOS: DM x CTL apresentaram aumento de TBARS (293±19 x 81±2), proteinúria (32 ±8 x 9±0,7) e uréia plasmática (61±8 x 32±2) e redução do NO urinário (4±3 x 23±2); todos com P<0,05. Após tratamento com probiótico, no grupo DM houve redução das concentrações de TBARS (247±17), proteinúria (16±2) e uréia plasmática (47±3), com aumento dos níveis de NO (32±5), todos com P<0,05. Alguns estudos sugerem a participação do estresse oxidativo e do NO na fisiopatologia da nefropatia diabética. Neste estudo, TBARS, um indicador de peroxidação lipídica, estava aumentado e NO estava reduzido no grupo DM. O uso de probiótico atenuou estes efeitos e, ao mesmo tempo, reduziu a concentração de uréia plasmática nestes animais. CONCLUSÃO: Nosso estudo sugere que a utilização precoce de probiótico pode proteger contra os efeitos deletérios do DM nos rins, controlando o estresse oxidativo e recuperando os níveis de NO. Palavras Chaves: ÓXIDO NÍTRICO, DIABETES Efeitos Renais e Cardiovasculares da Eletroacupuntura na Progressão da Doença Renal Experimental em Ratos JOSNE CARLA PATERNO,Cássia T Bergamaschi,Ruy R Campos,Elisa MS Higa,Maria Fernanda Soares,Nestor Schor,Anaflávia O Freire,Vicente de Paulo Castro Teixeira UNIFESP-EPM Introdução: A progressão da doença renal (PDR) é o processo pelo quais diversas doenças acarretam um declínio persistente e irreversível da função renal até a fase de Insuficiência Renal Crônica Terminal. A Medicina Tradicional Chinesa (MTC) apresenta conceitos diferenciados de fisiologia, propedêutica e tratamento. Neste contexto a acupuntura, uma técnica de estimulação sensorial e periférica, utiliza as propriedades integradas do sistema nervoso para realizar a função terapêutica, sendo explicada à luz da neuroanatomia e da neurofisiologia. Objetivo: Investigar os efeitos renais e cardiovasculares da eletroacupuntura (EA) nos pontos E-36 (Zusanli) e R-3 (Taixi) associada com a moxabustão (MO) no ponto B-23 (Senshu) sobre a doença renal progressiva instalada no modelo de nefrectomia 5/6. Método: Ratos Wistar machos, nefrectomia de 5/6; controle da pressão arterial; dosagens bioquímicas, análise indireta de óxido nítrico (NO), frequência cardíaca, análise da atividade nervosa simpática renal (ANSR), estudo histopatológico e análise estatística. Os animais foram divididos em 3 grupos experimentais: 1-Normal: animais normais; NX: animais submetidos nefrectomia de 5/6 ; 2-NX-AS: animais submetidos nefrectomia de 5/6 e a EA e MO em pontos não verdadeiros de acupuntura; 3-NX-AM animais submetidos nefrectomia de 5/6 e a EA nos pontos E-36 (Zusanli) e R-3 (Taixi) associada com MO no ponto B-23 (Senshu). Resultados: Ao final dos experimentos, os animais do grupo NX-AM apresentaram os seguintes parâmetros com diferença estatisticamente significante em relação aos outros grupos: menor valor de creatinina sérica, menor proteinúria de 24 horas, menor valor de pressão arterial média, menor valor de ANSR, aumento do valor de NO sérico e renal, menor índice de glomeruloesclerose e menor escore de lesão túbulo-intersticial. Conclusão: A EA nos pontos E-36 (Zusanli) e R-3 (Taixi) e MO no ponto B-23 (Senshu) têm um efeitobenéfico sobre a PDR no modelo experimental de nefrectomia de 5/6, demonstrados pelos melhores parâmetros funcionais, entre os quais, a menor pressão arterial sistêmica e diminuição da proteinúria. Tais efeitos podem, em parte, ser devidos à redução da ANSR, aumento do NO sérico e a manutenção da integridade do espaço túbulo-intersticial. Palavras Chaves: progressão da doença renal, hipertensão arterial sistêmica ESTUDO DO POTENCIAL DE REPARAÇÃO PELAS CÉLULAS TRONCO MESENQUIMAIS (CTMS) NA SEPSE INDUZIDA POR E.COLI EM RATAS Christo JS1, Alencar DR1, Tânia ATG2, Reis LA1, Simões MDJ3, Garcia JS1, Schor N1 1 - DEPARTAMENTO DE MEDICINA, UNIFESP EPM 2 - DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIA, UNIFESP EPM 3 - DEPARTAMENTO DE MORFOLOGIA, UNIESP EPM INTRODUÇÃO: A CTM tem habilidade em renovação de diversos tipos celulares. O potencial das CTMs são significantes e seu mecanismo de ação pode ser decorrentes da modulação parácrina. Como a sepse envolve vários moduladores humorais elas potencialmente poderiam interferir na sua evolução minimizando o impacto na função renal. OBJETIVO: Avaliamos o potencial efeito de reparação celular e ou modulação CTMs na sepse induzida por E.coli em ratas. MATERIAL E MÉTODOS: As CTMs foram coletadas da tíbia e fêmur de ratos adultos Wistar machos. Em experimentos anteriores, as CTMs foram caracterizadas por citometria de fluxo e também diferenciadas em osteócitos e adipócitos. Em seguida, as ratas Wistar fêmeas receberam E.coli intra-renal, em ambos os rins, em uma dose de 109 e após 24 horas através de múltipla punções, Os animais receberam 1X106 de CTM em 200μl de PBS via veia caudal em seguida das punções. A função renal foi avaliada após 24,48 e 72 horas. Ao final do protocolo foram coletadas amostras de sangue e urina para a determinação da creatinina, uréia, Os resultados foram expressos como média ± EP; e analisados pelo método One-Way ANOVA, sendo consideados significantes quando P< 0,05. RESULTADOS: Após 24 horas observamos aumento significante (P<0,05) dos níveis de creatinina (1,3 ± 0,1 vs. 0,9±0,1 mg/ dl) e uréia (92,1± 0,2 vs. 40,6±0,1 mg/dl) séricas nos animais que receberam E.coli quando comparados aos animais do grupo CTL, respectivamente. Um significante (P<0,05) efeito protetor foi observado após 24 hs (0,8±0,3 e 76,1±0,1 mg/dl,respectivamente creatinina e uréia), 48 hs (0,9±0,2 e 46,5±0,2 mg/dl) e após 72 hs redução apenas da uréia (1,0±0,2 e 58,0±0,1 mg/dl). CONCLUSÃO: Os resultados preliminares indicam um importante efeito protetor das CTMs neste modelo de sepse porém com possível reversibilidade do seu efeito após 72 hs, sugerindo necessidade de múltiplas aplicações das CTMs nesta importante forma de sepse induzida. Mas, apesar de possível efeito tempo dependente das CTMs neste modelo, o significante impacto na função renal abre perspectivas de seu emprego nesta situação patológica de elevada morbi-mortalidade. Esses dados sugerem um possível efeito de reparação das CTMs em nosso modelo de sepse. Palavras Chaves: células tronco,sepse EVIDÊNCIA PRECOCE DE INFLAMAÇÃO RENAL EM PROLE DE MÃES DIABÉTICAS E SEUS EFEITOS EM LONGO PRAZO MATHEUS CORREA-COSTA, MARISTELLA ALMEIDA LANDGRAF, MARIA DE FÁTIMA CAVANAL, APARECIDA EMIKO HIRATA, NIELS OLSEN SARAIVA CAMARA, FRIDA ZALADEK GIL Universidade de São Paulo Introdução: O modelo de programação fetal de doenças adultas reflete o conceito de que o microambiente em que o feto se desenvolve pode ser crucial para o desenvolvimento de doenças na vida adulta. O diabetes durante a gestação está associado a doenças adultas crônicas, como hipertensão arterial sistêmica. Além disso, sabe-se que a resposta imune está intimamente relacionada com o desenvolvimento da hipertensão, especialmente pela presença de moléculas pró-inflamatórias. A administração de L-arginina pode atenuar esse processo inflamatório. O objetivo desse estudo foi investigar se existe uma modulação precoce de citocinas pró-inflamatórias em proles de mães diabéticas, que em último estágio terão uma disfunção renal e hipertensão, bem como avaliar se a administração de L-arg promoveria uma proteção nesse modelo. Materiais e métodos: Ratos Wistar machos com idade de 2 e 6 meses foram divididos em 4 grupos: controle (CO), filhos de mães diabéticas (DO), controle que receberam L-arg (CL) e filhos de mães diabéticas que receberam L-arg (DL). Foi feita aferição da pressão arterial, avaliação da função renal, mensuração histológica, dosagem de triglicérides, teste de resistência à insulina, e realizado RT-PCR para citocinas pró-inflamatórias e também analisada a expressão protéica no tecido renal de moléculas pró-inflamatórias. Resultados: Nos animais com 2 meses não foi observada diferença em relação à pressão arterial e na avaliação da função renal, como clearance de inulina e ritmo de filtração glomerular. Entretanto, a expressão gênica e protéica de moléculas pró-inflamatórias foi maior nos animais DO, situação não verificada nos animais tratados com L-arg. Porém, nos animais com 6 meses de idade já se verifica um aumento da pressão arterial e maior disfunção renal no grupo DO quando comparados com os demais grupos. Além disso, há um aumento significativo das expressões gênicas e protéicas de moléculas pró-inflamatórias no grupo DO. Esse mesmo grupo apresentou maior resistência à insulina e dislipidemia. Além disso, o tratamento com L-arg parece conseguir modular essa resposta inflamatória, evidenciado através da proteção nos diversos parâmetros analisados. Conclusão: Os resultados sugerem que a inflamação está presente muito precocemente após o nascimento no grupo DO e que esse processo se torna cada vez mais evidente com o avanço da idade. Tal situação pode predizer o desenvolvimento futuro de hipertensão e doenças renais nesses animais. Palavras Chaves: programação fetal de doenças adultas, inflamação renal 77 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia EXPRESSÃO DE TOLL-4 E HEME OXIGENASE-1 VIA INDUÇÃO POR LPS E HEMIN EM CÉLULA TUBULAR HUMANA IMORTALIZADA MILTON ROCHA MORAES, FÁBIA A SALVADOR, PATRÍCIA SEMEDO, FLAVIO B CARRASCO, DANILO CANDIDO DE ALMEIDA, MARCOS ANTÔNIO CENEDEZE, CLARICE SILVA TAEMI ORIGASSA, ELIANA NOGUEIRA, ALVARO PACHECO-SILVA, NIELS OLSEN SARAIVA CÂMARA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO Introdução: A expressão de Heme Oxigenase-1 (HO-1) e Toll-Like Receptor-4 (TLR-4) representam um elo evolutivo entre as respostas imunes inatas e adaptativas, tendo um papel importante na imunofisiologia renal. O aumento da expressão da HO-1 pode reduzir os danos inflamatórios agudos e crônicos tanto nos tecidos renais primariamente acometidos, como nos tecidos lesados à distância. Objetivo: Verificar se o lipossacarideo (LPS) um agonista de Toll-4 (TRL-4) e o hemin, um indutor típico da HO-1, modularia positiva ou negativamente a expressão de HO-1 e TRL-4 em um modelo in vitro. Metodologia: Para o ensaio in vitro foram utilizadas células tubulares humanas imortalizadas (HK-2) (Ryan et al., 1994). As células foram cultivadas e divididas em três grupos: controle, um induzido com LPS (100 ng/ml) e outro com hemin em diversas concentrações (1, 5, 10, 20 uM), todos por um período de 6hs. Realizaram-se RT-PCR para verificar a expressão de HO-1 e TRL-4. Os testes t de Student e ANOVA foram usados para comparar os dados. Diferenças foram consideradas estatisticamente significantes com valor de P < 0,05. Resultados: Houve um aumento significativo na expressão de TLR-4 após estimulação com LPS, e de HO-1 nas concentrações de 10 e 20 uM com hemin, quando comparados com o grupo controle (P < 0,05). Conclusão: O tratamento com hemim e LPS induziu a expressão de HO-1 e TLR-4, respectivamente, em células tubulares humanas imortalizadas (HK-2). Em vista desses resultados, é esperado que exista um papel imuno-regulatório na expressão de HO-1 e TRL-4 em células renais humanas. ao estado de consciência, comportamento, atitude, postura e locomoção. Para análise sérica de uréia, creatinina e alanina transaminase (ALT) foi colhido sangue por punção do plexo coróide. Análises histológicas de fragmentos de cérebro, fígado e rins foram realizadas após fixação em formol, desidratação em álcool, seccionados com espessura de 5µm e corados em hematoxilina e eosina. Na análise estatística foram empregados os testes Student-NewmanKeuls para dados paramétricos e Kuskall-Wallis para os não paramétricos. Resultados: Os animais do G1, G2, G3 reduziram a ingestão de ração no 3°, 4° e 5° dias, voltando ao consumo normal no 6° dia até o final do experimento. Macroscopicamente os rins do G3 apresentavam palidez, alterações estas não observadas no cérebro ou fígado. Na histologia o grupo G3 apresentou congestão hepática e renal variando de discreta à moderada, o que não foram observadas nos cérebros. De importância nos rins foram observadospequenos focos de necrose tubular com presença de cilindros hialinos no interior da luz de alguns túbulos renais. Quanto às dosagens de uréia e ALT não houve diferença entre os grupos. Quanto a creatinina sérica não foram observadas elevações estatisticamente significativas. Conclusões: Neste estudo observou-se que ingestão de extrato de carambola em ratos hígidos pode provocar lesão renal do tipo necrose tubular aguda como demonstrada na histologia, porém, sem elevação da creatinina sérica. Palavras Chaves: Insuficiência renal aguda, Averrhoa carambola Função renal e pressão arterial de cães idosos sadios ou com doença renal crônica tratados com o antioxidante N-acetilcisteína Galvão ALB, Carvalho MB, Vasconcellos AL, Ferreira GS, Alves MAMK Universidade Estadual Paulista (UNESP) – campus de Jaboticabal-SP. EXPRESSÃO DOS RECEPTORES TECIDUAIS DE ANGIOTENSINA II (AngII) E MANIPULAÇÃO TUBULAR RENAL DE SODIO EM PACIENTES OBESOS. ALMEIDA AR,ZANINI M,SOUZA AL,SILVA CA,ETCHEBEHERE M,MESQUITA FF,ALEGRE SM,GONTIJO JAR UNICAMP - FACULDADE DE CIêNCIAS MéDICAS A obesidade é um distúrbio prevalente e multifatorial. O tecido adiposo tem função endócrina ativa secretando hormônios e substâncias que influenciam na função de muitos órgãos e sistemas. Estes hormônios/substâncias modificam a pressão arterial ativando o sistema nervoso simpático (SNS), modificando o balanço hidroelétrolitico, promovendo resistência insulínica, inflamação e fibrose renal. A resistência à insulina e a hiperinsulinemia ativam o sistema renina angiotensina aldosterona e o SNS, aumentando reabsorção tubular de sódio e água, estimulando a proliferação endotelial e deposição de matriz extracelular renal comprometendo a função glomérulo-tubular. O presente estudo investigou a função renal (clearances de lítio e creatinina) após sobrecarga oral de glicose (SOG) em indivíduos com obesidade (IMC ≥ 30) e controles (IMC ≤ 24,9), entre 18 e 60 anos, normotensos e não diabéticos, sem parentesco de primeiro grau com as mesmas patologias. Os níveis plasmáticos e a concentração urinária de glicose, Na, K, Li e creatinina foram avaliados. Posteriormente, foram coletados por biopsia tecido adiposo periférico e muscular esquelético, para investigação da via da AngII através de western blotting. Os resultados mostram que o paciente obeso apresenta redução basal da fração de excreção proximal de Na(%) (controle: 0.52± 0.59; obeso: 0.2 ±0.055; P<0.05) inalterada após a SOG. Os demais parâmetros funcionais estudados não apresentaram diferenças significativas. O grupo de obesos apresentou uma resposta a SOG semelhante aos controles, no entanto, com hiperinsulinemia persistente aos 120 minutos. O estudo também mostrou que o controle apresenta um aumento da expressão de AT2R em tecido muscular quando comparado ao obeso. Já no tecido adiposo os receptores AT1, AT2 e SOCS3 não apresentaram diferenças significativas. Os resultados acima sugerem que indivíduos obesos apresentam uma maior retenção renal de Na+ associada a uma menor expressão tecidual de AT2R o que poderia colaborar para a elevação pressórica futura nestes pacientes. Adicionalmente, a elevação insulínica tardia nos obesos pode sugerir o desenvolvimento de resistência insulínica neste grupo. Apoio Financeiro: CAPES, CNPq and FAPESP Palavras Chaves: FUNÇÃO RENAL, VIA DA ANGIOTENSINA EXTRATO DE CARAMBOLA (AVERRHOA CARAMBOLA) POR VIA ORAL PRODUZ LESÕES HISTOLÓGICAS RENAIS EM RATOS. EDNA REGINA SILVA PEREIRA,Lorena Lima Barbosa Guimarães,Adilson Donizeti Damasceno, Vitor Alves Trindade,Aline Maria Vasconcelos Lima,Nilo Sergio Troncoso Chaves UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIàS Introdução: Intoxicação pela ingestão de carambola (Averrhoa carambola) com alteração de sistema nervoso central tem sido descrita em pacientes renais crônicos submetidos à hemodiálise. Entretanto raros tem sido os relatos de nefrotoxicidade atribuídos à carambola. Objetivos: Correlacionar à ingestão de extrato de carambola em ratos hígidos com alterações clínicas e histológicas em cérebro, fígado e rins. Casuística e métodos: Foram avaliados vinte ratos Wistar distribuídos em quatro grupos de cinco animais e mantidos com o mesmo tipo de ração e água à vontade. Cada animal dos grupos 1 (G1), 2 (G2) e 3(G3) receberam diariamente 0,5 mL de extrato de carambola obtido por meio de microprocessador e administrado por gavagem, exceto os do grupo controle(GC). Os ratos foram sacrificados sob anestesia no sétimo (G1), décimo quinto (G2) e trigésimo dia (G3). Foram avaliados a cada 8 horas, quanto 78 Os mecanismos fisiopatológicos das doenças renais incluem lesão secundária e perda celular relacionadas ao acúmulo de espécies reativas do metabolismo do oxigênio. A progressão da doença renal crônica (DRC) também envolve a hipertensão arterial sistêmica e proteinúria associadas à ativação crônica do sistema renina-angiotensina-aldosterona e ao estresse oxidativo. A intervenção terapêutica com os chamados antioxidantes pode conferir proteção renal por meio da remoção de substâncias reativas. A N-acetilcisteína (NAC) é um antioxidante que tem sido empregado para tal fim em casos de isquemia renal, exposição a fármacos nefrotóxicos e na insuficiência renal crônica. O objetivo do presente trabalho foi avaliar os efeitos do tratamento com NAC sobre o estado clínico, a concentração sérica de creatinina (Scr), o clearance de creatinina (Ccr), a razão proteína/creatinina urinária (U-P/C) e a pressão arterial sistêmica (PAS) de cães sadios e de cães com DRC naturalmente adquirida, nos estágios 1, 2 e 3, e clinicamente estáveis. Foram avaliados quatro grupos de cães idosos (9 a 15 anos), compreendendo o normal controle (N-C; n=4), normal tratado (N-T; n=5), DRC controle (DRC-C; n=5) e DRC tratado (DRC-T; n=4). Os cães dos grupos N-T e DRC-T receberam como tratamento único a NAC na dose de 10mg/kg, V.O., b.i.d, durante 60 dias. Os cães dos grupos N-C e DRC-C não receberam qualquer tipo de tratamento. Os parâmetros Scr, Ccr, U-P/C e PAS foram avaliados nos dias zero (basal), 15, 30, 45 e 60. Os dados foram submetidos a ANOVA e teste Tukey-Kramer (α=0,05). As médias gerais de Scr, Ccr, U-P/C e PAS dos cães sadios foram 0,98±0,2mg/dL, 2,2±0,5mL/min/kg, 0,19±0,1 e 130±14,5mmHg, respectivamente, e dos cães com DRC foram 2,4±0,9mg/dL, 1,3±0,6mL/min/kg, 0,86±0,6 e 151±16,5mmHg, respectivamente. No grupo DRC-T houve melhora do apetite e da disposição geral e diminuição significativa da Scr aos 15 dias (1,88±1,0mg/dL) em relação à média basal (2,03±1,0mg/dL), sem que houvesse, contudo, variação significativa do Ccr ou de outros parâmetros. Embora tenha havido tendência de redução da PAS no período de tratamento de alguns cães sadios (N-T), não ocorreu modificação com significado clínico da PAS dos cães do grupo DRC-T. Concluiu-se que a NAC pode ser indicada para cães idosos sadios ou com DRC (estágios 1, 2 e 3), uma vez que não se observaram efeitos adversos, houve melhora clínica e não ocorreu deterioração da função renal. Palavras Chaves: clearance de creatinina, estresse oxidativo Investigação experimental do uso do dimetilsulfóxido (DMSO) em cães com diminuição do clearance de creatinina LEANDRO ZUCCOLOTTO CRIVELENTI, SOFIA BORIN, MARILEDA BONAFIM CARVALHO Universidade Estadual Paulista (UNESP), campus de Jaboticabal O dimetilsulfóxido (DMSO) tem diversas aplicações médicas tanto para preservação celular como tratamentos. As propriedades farmacológicas primárias do DMSO incluem ação carreadora e potencializadora de outros fármacos, anti-inflamatória, vasodilatadora, antioxidante, analgésica, diurética, imunomoduladora, miorrelaxante, antimicrobiana e citoprotetora, dentre outras. Apesar das controvérsias, há várias décadas o DMSO vem sendo empregado na medicina e na medicina veterinária. Independentemente da via de administração, a maior parte do produto é excretada por via urinária como dimetilsulfóxido inalterado e, em menor quantidade, sob a forma de dimetilsulfona, além do dimetilsulfato que é excretado por via respiratória. Quando indicado e sob dosagem correta, o DMSO não resulta em efeitos adversos relevantes, contudo, a condição pode ser modificada em pacientes com doença renal crônica (DRC). Assim, avaliaram-se os efeitos do tratamento com DMSO sobre o clearance de creatinina (Ccr), a excreção urinária de eletrólitos, débito urinário, bioquímica sérica, hemograma e condição clínica de seis cães sadios com Ccr de 2,12±0,25 mL/min./kg e dois grupos de cães nefropatas não diabéticos, sendo um de seis cães com DRC em estágios 2 e 3 com Ccr de 1,21±0,21mL/min./kg e outro de quatro cães com DRC em estágio 4 com Ccr < 0,5mL/min./kg. As análises foram feitas antes, durante e um, dois e 30 dias após a Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia administração de DMSO a 10% na dose de 0,5g/kg, cada 24h, por três dias consecutivos. Os resultados indicaram que o DMSO pode modificar levemente a função renal, tanto em cães sadios quanto em cães com DRC. Nos grupos com DRC, houve redução dos valores de hemácias e hematócrito, mas após o término do tratamento os parâmetros voltaram para os valores iniciais. Observaram-se graus variados de diminuição do apetite, vómitos e apatia, relacionados ao tratamento na maioria dos animais. Os cães com DRC em estágio 4 tiveram os sinais mais graves, incluindo alteração da pressão arterial e três casos de óbito. Concluiuse que, em relação à função renal, não há contraindicações para o uso do DMSO em cães sadios ou com DRC nos estágios 2 ou 3. Entretanto, os efeitos adversos ocorridos com maior frequência e gravidade nos cães com DRC no estágio 4, possivelmente associados aos óbitos, constituem contraindicações para o uso do DMSO. Palavras Chaves: Doença renal crônica, Estudo experimental Losartan reverte as alterações celulares e teciduais no rim induzidas pelo diabetes tipo 2 e a trandiferenciação da célula mesangial Carine Prisco Arnoni,Edgar Maquigussa,Clévia dos Santos Passos,Luciana Guilhermino Pereira,Mirian Aparecida Boim UNIFESP A transdiferenciação miofibroblática (TMF) e a transição epitélio mesenquimal (TEM) são alterações fenotípicas que contribuem para a patogênese da nefropatia diabética (ND). A angiotensina II (AII) possui um papel importante nestes processos. Este trabalho tem como objetivo avaliar a presença de TMF e TEM em ratos com diabetes tipo 2 induzido por dieta hipercalórica e tratados com bloqueador do receptor AT1, losartan. Também avaliamos células mesangiais (CMs) expostas à alta glicose e AII e a capacidade do losartan em reverter as alterações fenotípicas observadas nestas células. Ratos Wistar receberam dieta hipercalórica durante todo o protocolo de estudo, sendo que após a 5ª semana os animais receberam baixa dose de estreptozotocina (30mg/Kg). Após o estabelecimento da ND (12 semanas, grupo D12), um grupo de animais recebeu losartan (50mg/Kg/dia,vo). Os animais dos grupos controle (CT), diabético sem tratamento (D20) e diabético tratado (D20Los) foram sacrificados na 20ª semana. Foram avaliados peso corpóreo, glicemia, pressão arterial sistólica, proteinúria, insulina e colesterol plasmáticos e a resistência a insulina. No modelo in vitro, a TMF foi induzida em CM estimuladas com alta concentração de glicose (30mM) e AII (10-7M) por 4 dias. Após esse período as células foram tratadas com doses crescentes de losartan (104M-10-6M) por mais 48 h. Foram avaliadas as expressões de fibronectina, colágeno, TGF-β e marcadores de TMF e TEM (α-SMA), desmina e proteína específica de fibroblasto (FSP1). A presença de TMF foi avaliada pelo ensaio de migração celular. Após 12 semanas os animais diabéticos apresentaram hiperglicemia, hipertensão, hipercolesterolemia e resistência à insulina. A ND foi caracterizada pela presença de proteinúria, de marcadores de TMF e TEM e de fibrose renal. O tratamento com losartan reverteu todos os sinais de nefropatia, dos marcadores de TMF e de TEM e de fibrose em comparação aos animais não tratados. CMs estimuladas com glicose e AngII apresentaram aumento na expressão de α-SMA e a migração celular aumentou mais de 100%, indicando um fenótipo miofibroblástico. O losartan regrediu de maneira dose dependente a expressão da α-SMA e reverteu totalmente a capacidade migratória. Estes resultados indicam que o losartan pode ser uma estratégia terapêutica para reverter o processo fibrogênico previamente instalado estimulando as células a retornar ao seu fenótipo original podendo contribuir para restabelecer a função renal. Palavras Chaves: diabetes tipo 2, fibrose renal Modulação da função renal e da função autonômica em ratos com diabetes experimental através exercício físico prévio (EFP). KLEITON AUGUSTO DOS SANTOS SILVA1, LUIZ, RS1, RAMPASO, RR1, de ABREU, NP1, MOREIRA, ED2, MOSTARDA, CT2, DE ANGELIS, K3, IRIGOYEN, MC2, SCHOR, N1 1 - DISCIPLINA DE NEFROLOGIA - DEPARTAMENTO DE MEDICINA – UNIFESP 2 - LABORATÓRIO DE HIPERTENSÃO EXPERIMENTAL - INSTITUTO DO CORAÇÃO – USP 3 - UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO Neste trabalho avaliamos o efeito do EFP nas alterações renais e na sensibilidade do barorreflexo induzidas pelo diabetes por estreptozotocina (STZ). Foram utilizados ratos Wistar (300- 320g peso de indução), divididos em 4 grupos: controle (C), diabético (D), diabético treinado por 10 semanas (DT10), e diabético pré-treinado (4 semanas antes STZ + 10 semanas de treinamento pós STZ, DPT14). A função renal foi avaliada pelo clearance de creatinina e creatinina plasmática. Foram avaliadas as respostas taquicárdica (ITR) e bradicárdica (IBR) desencadeadas pela infusão de drogas vasoativas. A glicemia foi semelhante entre o DT10 e o DPT14 (379±33 e 372±28 mg/dL). O grupo D apresentou valor de glicemia 73% (p<0,05) maior que os grupos diabéticos exercitados. O peso corporal do grupo D foi 26% menor ao seu peso de indução (317±17 g vs. 237±9 g, p<0,05). O clearance de creatinina foi diferente entre os grupos D vs. DT10 (0,1±0,01 vs. 1,84±0,3 ml/min, p<0,05), respectivamente e D vs. DPT14 (0,1±0,01 vs. 2±0,3 ml/min, p<0,05), a creatinina plasmática foi elevada nos animais do grupo D em relação aos demais grupos. A PAS foi menor no grupo D (15%) e DT10 (12%) em comparação ao grupo C (p< 0,05). Entretanto o grupo DPT14 apresentou níveis pressóricos semelhantes ao grupo C. Os índices IBR e ITR foram menores no grupo D (-1,24±0,2 e 1,70±0,09 bpm/mmHg) em relação ao grupo C (-2,21±0,1 e 3,44±0,3 bpm/ mmHg, p<0,05). O grupo DPT14 apresentou aumento no ITR e IBR (3,66±0,3 e -2,49±0,2 bpm/mmHg) em comparação ao grupo C (p<0,05). Entretanto, o grupo DT10 apresentou aumento apenas no ITR (2,26±0,09 bpm/mmHg e 1,70±0,09 bpm/mmHg, p<0,05) em relação ao grupo D. Estes resultados sugerem que o exercício físico aeróbio prévio ao diabetes previne os impactos cardiovasculares e renais, potencializando os benefícios funcionais induzidos pelo treinamento físico após o estabelecimento do diabetes. Suporte: FAPESP,CAPES,CNPq e FOR Palavras Chaves: DIABETES MELLITUS, FUNÇÃO RENAL Papel da via de sinalização BMP-7/Gremlin na transição epitélio mesenquimal induzido por TGF-β Edgar Maquigussa, Juliana de Souza Cunha, Luciana G. Pereira,Carine P. Arnoni, Mirian A. Boim UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO Introdução: O fator de crescimento transformador β (TGF-β) é um potente indutor da transição epitélio mesenquimal (TEM). Células tubulares em estado de TEM invadem o interstício e sintetizam matriz extracelular contribuindo para a fibrose tubulointersticial. Proteínas morfogenéticas do osso (BMPs) desempenham um papel critico no processo de reparo por induzir a reversão da TEM através da transição mesenquimal epitelial (TME). A atividade endógena das BMPs é controlada por antagonistas de BMPs, entre eles o gremlin. Nosso objetivo foi avaliar o papel da via BMP7/gremlin na indução e na reversão da TEM induzida por TGF-β em linhagem de células tubulares humanas imortalizadas (HK-2). Métodos: HK-2 foram tratados com TGF-β (5ng/ml) por 72 horas. O papel da via do BMP7/gremlin foi analisado através do silenciamento do gremlin pela técnica de RNA de interferência (siRNA). A expressão de marcadores da TEM (a-SMA, FSP1, e-caderina), fibronectina, colágeno, BMP7 e gremlin foram avaliadas por PCR em tempo real e western blot. Resultados:TGF-β induziu TEM evidenciado através de um aumento na expressão de a-SMA e fibronectina e diminuição de e-caderina. A expressão do gremlin aumentou após estimulação com TGF-β e o silenciamento do seu mRNA foi capaz de impedir o estabelecimento da TEM, avaliado pela redução dos marcadores fibronectina e FSP1. Em contraste, a adição de BMP7 ao meio de cultura não preveniu a instalação da TEM uma vez que não alterou a expressão desses marcadores. Conclusão: Os resultados sugerem que o BMP7 isoladamente não foi capaz de evitar que as células tubulares entrassem em processo de TEM porém o gremlin pode ter um efeito independente do BMP7 contribuindo para indução da TEM nas HK-2 estimuladas por TGF-β. Palavras Chaves: gremlin, transição epitelio mesenquimal Participação do estresse oxidativo na lesão renal de ratos induzida pela exposição ao losartan durante a lactação EVELYN CRISTINA SANTANA MARIN,HELOÍSA DELLA COLETTA FRANCESCATO,ROBERTO SILVA COSTA,CLEONICE GIOVANINI ALVES DA SILVA,TEREZILA MACHADO COIMBRA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRãO PRETO-USP Ratos expostos a antagonistas da angiotensina II durante a lactação apresentam distúrbios progressivos da estrutura e função renal. Esse estudo avalia a participação do estresse oxidativo em ratos expostos ao losartan durante a lactação. Ratos Wistar machos foram divididos em três grupos: controle (C), filhotes de mães que receberam sacarose a 2%, n=15; losartan (LO), filhotes de mães que receberam losartan (100 mg/kg/dia) diluído em sacarose a 2%, n=26; losartan-tempol (LOT), filhotes de mães que receberam losartan (100 mg/kg/dia) diluído em sacarose a 2% e o antixodante tempol (0,34 g/L), n=22. Losartan e/ou tempol foram administrados na água de bebedouro durante a lactação. Aos 21 dias de idade, amostras de sangue e urina foram coletadas para avaliação da função renal e os rins removidos para estudo imuno-histoquímico, dos níveis da glutationa e das substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (SRATB). Não houve diferença da creatinina plasmática entre os grupos. O grupo LO apresentou maior fração de excreção (%) de sódio (3,28 ± 0,67) e potássio (83,57 ± 17,31), comparada ao grupo C (0,34 ± 0,08; 37,81 ± 5,99, respectivamente), sendo esses valores menores no grupo LOT (1,68 ± 0,44 e 57,93 ± 10,79, respectivamente), comparados ao grupo LO. Aumento do número de macrófagos e monócitos foi observado na área túbulointersticial do córtex renal dos animais LO comparados aos C (23,91 ± 3,15 vs 5,13 ± 0,60 por área de 0,245 mm2), sendo que o tratamento com tempol atenuou essa alteração no grupo LOT (10,62 ± 1,21). O grupo LO apresentou aumento da glutationa (mmol/g) e das SRATB (nmol/ml) [21,75 (17,84; 29,56) e 1,09 (0,83; 1,72), respectivamente], em relação do grupo C [15,89 (13,82; 19,47) e 0,10 (0,07; 0,13), respectivamente] e esse aumento foi atenuado no grupo LOT [16,76 (14,39; 22,93) e 0,89 (0,09; 1,88), respectivamente]. O tratamento com tempol reduziu o estresse oxidativo causado pela exposição ao losartan na lactação, atenuando o aumento da fração de excreção de sódio e potássio e a infiltração de macrófagos e monócitos na área túbulo-intersticial do córtex renal. Suporte Financeiro: FAPESP Participação do sulfeto de hidrogênio na lesão renal induzida pela gentamicina JOãO REYNALDO ABBUD CHIERICE, Heloísa Della Coletta Francescato, Cleonice Giovanini Alves da Silva, Roberto Silva Costa, Fernando de Queiroz Cunha, Terezila Machado Coimbra Departamento de Fisiologia Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP Objetivos: O tratamento com gentamicina (Genta) pode provocar necrose tubular aguda 79 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia (NTA) que está associada com inflamação e queda da função renal. O aumento da produção endógena de sulfeto de hidrogênio (H2S) pode estar contribuindo com a inflamação e a intensificação da lesão renal. Este estudo avalia o efeito da DL-propargilglicina (PAG), um inibidor da formação endógena de H2S, na lesão renal causada pela Genta. Materiais e Métodos: Foram utilizados 49 ratos Wistar machos de 200–250 g. Os ratos receberam injeções de Genta (40 mg/kg, i.m.) ou salina (NaCl 0,15 M, i.m.) duas vezes ao dia durante 9 dias. Um grupo de animais (N = 19) recebeu PAG (10 mg/kg/dia, i.p.) do 5º ao 9º dia. Os animais controles (N = 12) foram tratados apenas com NaCl 0,15 M. Amostras de urina e sangue foram coletadas no final do tratamento para avaliação da função renal e os rins foram retirados para as análises histológica, morfométrica, imuno-histoquímica e para a quantificação da formação de H2S. Resultados: Os resultados mostram que os animais tratados com Genta apresentaram aumento dos níveis plasmáticos de creatinina e uréia e da fração de excreção de sódio e potássio. Houve uma tendência à redução das alterações nos animais tratados com Genta+PAG. O tratamento com Genta provocou NTA, aumento da área intersticial relativa (15,00 ± 1,82%) e do número de células ED1+ (macrófagos; 153,9 ± 9,38) no córtex renal, que estavam associados com maior formação de H2S nessa região. O tratamento com PAG atenuou essas alterações [(12,45 ± 3,02%) e (macrófagos; 114,3 ± 15,53), respectivamente (p<0,05)] e reduziu a produção renal de H2S. Conclusões: O tratamento com PAG atenuou o processo inflamatório e o alargamento da área intersticial no córtex renal. Este efeito estava relacionado com a diminuição da formação de H2S nos animais tratados com Genta+PAG. Contudo, o efeito protetor do PAG foi parcial, possivelmente devido ao fato do tratamento ter sido iniciado após o estabelecimento da lesão renal. Possíveis mecanismos envolvidos na insensibilidade a AngII durante a gravidez em ratos: Papel da relaxina, óxido nítrico, receptores Rxfp1 e AT2 Carvalho LN,Passos CS,Cristovam PC,Boim MA Disciplina de Nefrologia, Universidade Federal de São Paulo - São Paulo - S.P Introdução: A gravidez normal é caracterizada por vasodilatação sistêmica e intrarenal com aumento do fluxo plasmático e da filtração glomerular (FG). O tônus das células mesangiais (CM) influencia diretamente o coeficiente de ultrafiltração glomerular e, portanto a FG. Foi observado previamente que, a semelhança de células da vasculatura lisa, CM provenientes de ratas prenhes apresentam relativa insensibilidade a AngII, a qual induziu menor elevação na concentração de cálcio intracelular (Cai) nestas células. O objetivo deste trabalho foi avaliar os possíveis mecanismos envolvidos na modulação do tônus das CM em resposta a AngII durante a gravidez, bem como a participação do hormônio relaxina e de seu receptor tipo 1 nesta resposta. Método: CM foram cultivadas a partir de rins de ratas virgens (V) e prenhes (P). Essas células foram separadas em grupos controle (V e P), tratadas com bloqueador do receptor AT2 (PD123391,10-6M), com inibidor da NO sintase (L-NAME, 10-6M) ou com relaxina (Rlx,100ng/ml). Foi avaliado o efeito dessas substancias sobre a Cai antes e após administração de Ang II. Os níveis de expressão da Rlx e seu receptor Rxfp1, da iNOS e do receptor AT2 foram avaliados por PCR em tempo real e por western blot. Resultados: O aumento no Cai em resposta a AngII foi atenuado no grupo P comparado com grupo V. CM do grupo V estimuladas com Rlx apresentaram resposta semelhante ao grupo P, sugerindo um papel da Rlx na insensibilidade dessas células à AngII durante a gravidez. A redução da resposta à AngII foi parcialmente revertida pelo enquanto que o PD123391 não interferiu nesta resposta. Conclusão: Estes resultados sugerem que a relaxina é atua como importante mediador da menor sensibilidade das CM à Ang II, podendo participar na modulação do tônus da CM e contribuindo para manter elevada a filtração glomerular durante a gravidez, mesmo na presença de elevados níveis de Ang II. Palavras Chaves: Relaxina, gravidez 80 RESTRIÇÃO DE SONO POR DIFERENTES PERÍODOS DURANTE A PRENHEZ. EFEITOS SOBRE A FUNÇÃO RENAL E PRESSÃO ARTERIAL DA PROLE. Guiomar Nascimento Gomes1, Sergio Tufik2, Beatriz Duarte Palma Xylaras2, Aline Fernanda Almeida Chaves Rodrigues1, Ingrid Lauren Brites de Lima1 1 - Departamento de Fisiologia, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SãO PAULO 2 - Departamento de Psicobiologia, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SãO PAULO Introdução: Diversos estudos têm demonstrado que a restrição de sono resulta em diferentes efeitos adversos, como hipertensão arterial, distúrbios glicêmicos, obesidade, etc. Objetivos: Avaliar o impacto da restrição do sono por diferentes períodos durante a prenhez sobre a função renal e pressão arterial da prole. Métodos: Fêmeas Wistar, com 3 meses de idade foram divididas em três grupos experimentais: C (controle), RST (restrição de sono por toda a prenhez) e RS (restrição de sono entre o 14º e o 20º dia de prenhez). O início da prenhez foi confirmado pela análise do esfregaço vaginal. As ratas dos grupos RST e RS foram submetidas à restrição de sono (20 horas diárias) pelo método da plataforma múltipla. Após o nascimento, as proles foram reduzidas a 6 filhotes machos, designados como FC (filhos de C), FRST (filhos de RST) e FRS (filhos de RS). Aos 3 meses de idade a pressão arterial (PA) das proles foi aferida através da pletismografia e foram avaliados: fluxo plasmático renal (FPR), ritmo de filtração glomerular (RFG), proteinúria, concentração plasmática de sódio [Na+]pl e de potássio [K+]pl e carga excretada de sódio (CENa+) e de potássio (CEK+). Resultados: Observamos em FRST e FRS aumento significativo da PA em relação ao grupo FC (FC: 126 ± 0,8; FRST: 145 ± 0,9; FRS: 152 ± 1,4 mmHg). Quanto aos parâmetros de função renal observamos aumento do RFG e do FPR em FRST quando comparado ao FC (RFG: FC: 6,4 ± 0,2; FRST: 7,4 ± 0,3; FRS: 7,2 ± 0,28 ml/min/kg), (FPR: FC: 19,6 ± 0,6; FRST: 25,4 ± 1,6; FRS: 23,9 ± 1,6 ml/min/kg). Em relação à homeostase do Na+, verificamos que os animais dos grupos FRST e FRS apresentaram aumento da concentração plasmática deste íon ([Na+] pl: FC: 140,6 ± 0,8; FRST: 147,4 ± 3,1; FRS: 148,5 ± 3,3 µeq/ml). Observamos também que houve aumento de CENa+ nos grupos FRS e FRST em relação ao FC (CENa+: FC: 8,9 ± 0,7; FRST: 17,7 ± 1,9; RS: 17,5 ± 4,2; µeq/min/kg). Quanto à CEK+, verificamos que os animais dos grupos FRS e FRST apresentaram aumento desta em comparação aos animais FC (CEK+: FC: 7,2 ± 0,3; FRST: 11,0 ± 1,2; FRS: 11,5 ± 1,5; µeq/min/kg). Conclusões: Considerandose os grupos FRS e FRST apresentaram: aumento da pressão arterial e do FPR, bem como comprometimento dos mecanismos de regulação do transporte de sódio, concluímos que a privação de sono durante a prenhez pode modificar o ambiente intra-uterino, promovendo alterações funcionais na prole. Auxílio financeiro: CNPq/AFIP Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia RESUMOS - SESSÃO POSTER GLOMERULOPATIAS Análise do Perfil de pacientes com nefrite lúpica em Hospital de Referência no Estado do Pará:Análise de 7 anos Pamela Tolentino da Silva, Ana Cristina de Lima Figueiredo Duarte, RENATA KELLY SOUSA PANTOJA Hospital de Clínicas Gaspar Viana Objetivo: Avaliar a casuística de um centro de referência nefrologica no Estado do Pará. Método: Analisou-se retrospectivamente todos os casos de biópsia renais de pacientes lúpicos internados no período de junho de 2004 a junho de 2011. Em todos os casos foram realizados MO e IF , pelo laboratório Morphos-SP. Foram estudados os seguintes parâmetros: Idade, sexo, indicação clínica, histologia. Resultados: Do total de 168 biópsias renais, 47(28%) dos casos corresponderam a nefrite lúpica, destes 41(87%) eram mulheres e 6(13%) homens com média de idade de 24 anos (+/- 15). As indicações para o procedimento foram: Síndrome nefrótica rapidamente progressiva 21(45%), alterações do sedimento urinário assintomática 11(23%) e avaliação de esquema terapêutico 1(2%). Segundo a classificação da OMS referente as lesões histológicas no LES, predominou a nefrite lúpica classe IV com 24 casos (51%), seguida das classes V com 11 casos (23,4%), classe IV+V 9 casos (19,1%) e 3 casos (6,5%) com classe III. Conclusões: A nefrite lúpica em nossa casuística foi mais frequente no sexo feminino com quadro clínico de nefropatia severa com insuficiência renal onde predominou a classe IV. Palavras Chaves: nefrite lúpica, biópsia renal ANÁLISE QUANTITATIVA DE MASTÓCITOS NAS SUBCLASSES DA NEFROPATIA POR IgA LOURIMAR JOSE DE MORAIS, MARIA LAURA PINTO RODRIGUES, MARLENE ANTÔNIA DOS REIS Universidade Federal do Triângulo Mineiro Introdução: A nefropatia por IgA (NIgA) é a doença glomerular primária mais comum em todo o mundo, com aspectos histopatológicos e clínicos variáveis. O papel dos mastócitos no contexto das doenças renais ainda é pouco conhecido e estudado. A hipótese deste estudo é que a gravidade das lesões existentes na NIgA apresentem relação com a densidade de mastócitos. Assim, os objetivos foram: a) analisar a densidade de mastócitos no compartimento intersticial renal; b) verificar o conteúdo granular, a localização e a morfologia nuclear dos mastócitos; c) avaliar dados demográficos dos pacientes diagnosticados com NIgA, nas diferentes subclasses. Casuística e Métodos: Foram incluídos neste estudo, pacientes adultos com diagnóstico de NIgA na biópsia renal realizado na Universidade Federal do Triângulo Mineiro, entre 2009 e 2010. Dados clínicos dos pacientes foram registrados em planilhas e analisados. Cortes histológicos foram corados pelo azul de toluidina 0,02% e os mastócitos quantificados. As imagens dos fragmentos obtidas através de câmera digital foram analisadas através do programa Imagem J. Resultados e Conclusões: Foram examinadas 70 biópsias, sendo a subclasse I (lesões histológicas mínimas) e a subclasse II (esclerose glomerular segmentar e focal) os tipos histológicos mais freqüentes, representando 21,4% e 58,6% dos casos, respectivamente. Existiu uma discreta predominância do gênero feminino (52,8%) e a idade média dos pacientes foi de 34,3±4,9 anos. A densidade de mastócitos foi maior nas subclasses II e IV (33,2 e 32,6mastócitos/mm2 respectivamente), não existindo diferenças estatísticas entre todas as subclasses. Em relação ao conteúdo granular, 57,7% dos mastócitos encontravam-se degranulados. A localização foi predominantemente intersticial (85,5%), embora alguns mastócitos (13,7%) apresentassem localização perivascular e 0,8% na parede dos vasos. Nas secções onde foi possível observar o núcleo dos mastócitos, 83,7% apresentavam morfologia ovalada. Infiltrado inflamatório estava presente em 90% dos casos. Nossos resultados mostraram que o diagnóstico da NIgA tem sido realizado predominantemente nas fases iniciais da doença e que a densidade dos mastócitos na NIgA é maior nas subclasses II e IV. Palavras Chaves: Mastócito, nefropatia Apresentações Atípicas da Crise Renal Esclerodérmica – Relato de dois casos BRUNO CALDIN DA SILVA, LECTICIA BARBOSA JORGE, CAMILA HITOMI NIHEI, DENISE MALHEIROS, RUI TOLEDO BARROS,VIKTORIA WORONIK HOSPITAL DAS CLíNICAS/FMUSP A crise renal esclerodérmica (CRE) é uma síndrome clínica com elevada taxa de evolução para doença renal crônica terminal (DRCT), sendo a segunda causa de mortalidade dentre os pacientes com Esclerose Sistêmica (ES). Essa síndrome classicamente apresenta-se com hipertensão arterial (HA) severa e microangiopatia trombótica em pacientes com ES ativa. Apresentamos a seguir 2 casos atípicos de pacientes com CRE que não apresentavam HA grave. Caso1: paciente de 49 anos, feminina, com diagnóstico de ES cutânea difusa há 2 anos e meio, com fibrose pulmonar, dismotilidade esofágica, artrite e espessamento cutâneo, em tratamento imunossupressor com ciclofosfamida endovenosa e prednisona. Era previamente hipertensa, em uso de enalapril 20 mg 12/12h. Evoluiu com insuficiência renal aguda (IRA) (creatinina de 1,5 para 4,6 mg/dL), oligúria, sem aumento da pressão arterial (PA) basal (150/90 mmHg), e urina I com proteinúria de 1,0 g/L, sem hematúria. Apresentava também anemia crônica, com provas de hemólise negativas. Caso 2: paciente de 28 anos, feminina, com diagnóstico de ES limitada há 15 anos, em uso de prednisona 5 mg/dia e HA controlada com diltiazem 30 mg 8/8h. Complicou com tosse e dispneia de piora progressiva há 7 dias, associada à IRA (creatinina 0,85 mg/dL para 5,57 mg/dL) e oligoanúria, PA medida de 160/100 mmHg. Urina I apresentava proteinúria de 1,0 g/L, sem hematúria. Detectada anemia hemolítica (hemoglobina 8,9 g/dL, DHL 1420 U/L e haptoglobina 11,4). Os dois casos apresentados estavam em uso de prednisona. A biópsia renal foi realizada em ambos os casos e revelou microangiopatia trombótica em cronificação. As pacientes evoluíram para DRCT, a despeito do tratamento com inibidores de enzima conversora de angiotensina em dose máxima. Apresentamos dois casos de CRE com apresentações atípicas que podem ter dificultado o diagnóstico e tratamentos precoces e contribuído para o desfecho negativo. Ambos os casos não apresentavam hipertensão severa (usualmente encontrada em 90% dos casos) e no segundo caso a paciente inicialmente apresentava uma esclerose limitada, doença normalmente não relacionada com CRE. Palavras Chaves: CRISE RENAL ESCLERODÉRMICA Associação entre Lupus Eritematoso Sistêmico (LES) e podocitopatia SANTOS RSS, MATTEDI DL, REPIZO LP, JORGE LB, BARROS RT, WORONIK V Faculdade de Medicina da USP A associação entre LES e doença de lesões mínimas (DLM) e glomeruloesclerose segmentar e focal (GESF) é descrita. Com o objetivo de avaliar as características clínico-laboratoriais e histológicas de pacientes (PCTs) com LES e podocitopatia, foi realizado um estudo retrospectivo de 17 PCTs com LES pelos critérios da Sociedade Americana de Reumatologia, proteinúria (PTU) e diagnóstico (dx) de DLM, GESF e glomerulonefrite proliferativa mesangial. Dados expressos como média±desvio padrão. A maioria dos PCTs era do sexo feminino (82%), com idade 34,3±9,7 anos. Quinze PCTs apresentaram síndrome nefrótica, sendo que em 13 o dx de LES foi realizado ao seu aparecimento e 4 possuíam dx de LES há mais de 1ano. Ao início do seguimento, apresentavam creatinina sérica (CrS) 1,3±0,9 mg/dL, PTU 5,0±3,9g/24h, albumina sérica 1,8±0.6g/dL, 88% deles com FAN + e 35% com hipocomplementemia. Hematúria ocorreu em 35% dos casos e 41% dos PTCs eram hipertensos. Lesão renal aguda ocorreu em 35% dos PTCs, 1 com necessidade de diálise. Os PCTs foram tratados com prednisona apenas ou associada a ciclofosfamida, azatioprina ou ciclosporina. Remissão completa ou parcial foi atingida em 65% dos PCTs. Ao final dos 82,5±73,9 meses de seguimento, apresentavam CrS 0,9±0,2mg/dL, PTU 1,2±0,9g/24h e albumina sérica 3,6±0,6g/dL. Nenhum PCT progrediu para doença renal crônica dialítica (DRCd), dois morreram por complicações infecciosas relacionadas à imunossupressão. As biópsias mostraram 11,8% de DLM, 11,8% de proliferação mesangial, 52% de GESF e 23,5% de GESF e proliferação mesangial. A imunofluorescência (IF) revelou IgM e C3 segmentar e focal em 52% das biópsias e IgG, IgM, C3 e C1q mesangial em 24% delas. As demais foram negativas à IF. Dois PCTs foram submetidos a nova biópsia por síndrome nefrítica, com dx de nefrite lúpica proliferativa difusa em ambos. Dessa forma, conclui-se que a podocitopatia associada ao LES apresenta-se em sua maioria com síndrome nefrótica, evolui com boa resposta à imunossupressão e parece ter baixo risco de progredir para DRCd. Palavras Chaves: lúpus eritematoso sistêmico, podocitopatia Ateroembolismo Renal: Casuística do Hospital das Clínicas – Faculdade de Medicina de São Paulo, entre 2003-2011 FERNANDO SALES,Irene Faria Duayer,Raquel de Melo Silva,Daniela Loss Mattedi,Caroline Puliti Hermida Reigada,Lecticia Barbosa Jorge,Rui Toledo Barros,Viktoria Woronik HOSPITAL DAS CLíNICAS - FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SãO PAULO Introdução: Ateroembolismo renal é causado por embolização de vasos renais de menor calibre por cristais de colesterol originados após ruptura de placas de ateroma em aorta e outras artérias de maior calibre. A incidência da doença é desconhecida, a qual está associada a mau prognóstico renal e elevados índices de evolução com necessidade de terapia renal substitutiva. Objetivos: O objetivo do estudo foi avaliar a apresentação e evolução de pacientes com acometimento renal por ateroembolismo, que foram biopsiados em nosso serviço no período de 2003 a 2011. Métodos: Realizamos um estudo retrospectivo onde foram analisados dados clínicos e laboratoriais de 07 pacientes com diagnóstico de ateroembolismo renal firmado por biópsia. Resultados: A idade ao diagnóstico foi em média de 45,42 anos (± 23), 85% (6 dos 7) eram do sexo masculino, todos da raça branca – com perfil demográfico compatível com casuísticas publicadas previamente. A creatinina média no início do acompanhamento dos pacientes era de 3,58 mg/dl (± 1,66). Os níveis de hemoglobina foram de 11,74 mg/dL (± 2,18). Quadro de lesão renal aguda foi encontrado em 2 pacientes na apresentação inicial, um dos quais com relação temporal bem demarcada com manipulação vascular. Quanto a etiologia, 85% dos pacientes não apresentaram associação com manipulação vascular ou 81 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia uso de terapia fibrinolítica / anticoagulante. 57% dos casos apresentavam associação com glomerulopatias, sendo 3 casos de glomerulopatia mesangial (2 nefropatia da IgA e 1 com proliferação mesangial não-IgA) e 1 caso de doença da membrana fina (Síndrome de Alport). O período médio de seguimento foi de 2 anos (± 1,73), com evolução para necessidade de terapia renal substitutiva em 60% dos casos. Conclusões: A casuística estudada demonstrou prognóstico renal reservado nos casos levantados, desde o momento inicial do diagnóstico de ateroembolismo. Além disso, houve a associação pouco relatada em literatura de glomerulopatias com casos de ateroembolismo renal. AVALIAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DAS VARIANTES DA GESF IDIOPÁTICA EM UM ÚNICO CENTRO: RESULTADOS PRELIMINARES. GESIANE FERNANDES TAVARES, MAURÍCIO BRITO TEIXEIRA, MARIA LUIZA ANHAIA DE ARRUDA BOTELHO, MARINA BRUNIERA ANCHIETA, FLAVIANA FERREIRA BARROS, FELIPE LESSA SOARES, DINO MARTINI FILHO, YVOTY ALVES SANTOS SENS SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO INTRODUÇÃO: A glomeruloesclerose segmentar e focal primária (GESF) é causa comum de síndrome nefrótica em nosso meio. Em 2004, a classificação de Columbia definiu os critérios histológicos da GESF idiopática usando cinco categorias: clássica (CL), colapsante (COL), celular (CEL), perihilar (PH) e tip lesion (TIP). Estas diferentes apresentações morfológicas podem estar associadas a diferentes quadros clínicos e evolutivos. OBJETIVO: Avaliar a prevalência das variantes da GESF primária em um único centro. MÉTODO: Foram revisadas 22 lâminas de biópsias renais de 53 pacientes com diagnóstico de GESF, realizadas durante o período de julho de 1999 a dezembro de 2010, e categorizadas de acordo com a classificação de Columbia. Foram excluídas biópsias renais com número de glomérulos < 8, de rins transplantados e de pacientes com sorologia positiva para vírus da imunodeficiência humana. RESULTADOS: A idade média dos pacientes foi 35+14anos, sendo 54,5% (12/22) do sexo feminino. Entre as 22 biópsias revisadas, 59% (13/22) dos casos foram da variante celular, 27,5% (6/22) da variante colapsante,9% (2/22) da variante peri-hilar e 4,5% (1/22) da variante tip-lesion. CONCLUSÃO: Na amostra estudada a variante histológica mais comum foi a celular, seguida da colapsante e a menos frequente foi a tip-lesion. Palavras Chaves: GESF, VARIANTES HISTOLÓGICAS AVALIAÇÃO DA TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR COM CISTATINA C SÉRICA EM GRÁVIDAS COM HIPERTENSÃO ARTERIAL CRÔNICA Silva GSJr1, Passos MT1, Pereira AR1, Nishida SK1, Moreira SR2, Sass N3, MastroianniKirsztajn G1 1 - Setor de Glomerulopatias da UNIFESP, São Paulo-SP 2 - Hospital do Rim e Hipertensão 3 - Departamento de Ginecologia-Obstetrícia da UNIFESP, São Paulo-SP Introdução: A alteração da função renal na hipertensão arterial crônica gestacional (HAC) está relacionado com o aumento da freqüência de HA superposta com pré-eclâmpsia. Marcadores de fitração glomerular endógenos podem ser utilizados para o diagnóstico precoce de doença renal crônica (DRC) e entre estes, temos a Cistatina C e Creatinina séricas. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico de pacientes com HAC, seguidas no ambulatórios de gestação de alto risco e que apresentem níveis de cistatina C elevados. Material e métodos: Avaliação de dados de 79 gestantes com HAC (pressão arterial [PA] acima de 140x90 mmHg identificada previamente à gestação ou até a 20ª semana), acompanhadas no ambulatório de Ginecologia-Obstetrícia, pelo grupo de Nefrites da UNIFESP-EPM, de Jan/ 2008 a Mar/2011, e submetidas a dosagem sérica de cistatina C. Resultados: Os níveis de cistatina C variaram de 0,54 a 2,22 mg/ L.Cistatina C mostrou elevada mais frequentemente que a creatinina, neste grupo de paciente. Das pacientes avaliadas, 7 tinham valores elevados de cistatina C (valor de referência para <50 anos: 0,55-1,15 mg/L). A idade variou de 25 a 40 anos, e a idade gestacional de 19 a 38 semanas; 3 primigestas, 2 secundigestas e 2 multigestas; 1 caso com antecedente de pré-eclâmpsia e 1 caso com eclâmpsia prévia; 2 com HAS > ou = 10 anos, todos já em tratamento medicamentoso. Três casos tinham nefropatia previamente conhecida e 4 não. Nenhuma gestante estava com infecção urinária ou tinha diagnóstico de diabetes melito previamente à coleta. Conclusão: Neste estudo, 8.8% das gestantes tinham cistatina C elevada, traduzindo déficit de filtração glomerular. A dosagem sérica de cistatina C pode ser importante no diagnóstico precoce de DRC em gestantes, quando a creatinina sérica é especialmente pouco sensível para esse fim, face à redução considerada fisiológica em seus níveis. Palavras Chaves: CISTATINA C,HIPERTENSÃO ARTERIAL CRÔNICA CARACTERISTICAS CLÍNICAS E EPIDEMIOLÓGICAS DE GESTANTES COM HIPERTENSÃO ARTERIAL CRÔNICA EM SÃO PAULO Silva GSJr1, Passos MT1, Pereira AR1, Sass N2, Mastroianni-Kirsztajn G1 1 - Setor de Glomerulopatias da UNIFESP, São Paulo-SP 2 - Departamento de Ginecologia-Obstetrícia da UNIFESP, São Paulo-SP Introdução: A hipertensão arterial é a complicação médica mais comum da gravidez. A hipertensão arterial crônica gestacional (HAC), definida como pressão arterial (PA) acima de 140x90mmHg identificada previamente à gestação ou até a 20ª semana. Objetivo: Descrever o perfil clinico e epidemiológico de pacientes com HAC do ambulatório de gestação de 82 alto risco. Material e métodos: Foram avaliadas 130 mulheres com HAC, acompanhadas de Jan/2008 a Mar/2011 no ambulatório de Ginecologia-Obstetrícia, também seguidas pelo grupo de Nefrites da UNIFESP-EPM. Resultados: A idade das pacientes variou de 21 a 51 anos, com média de 33,6 anos; somente 41% tinham >35 anos. Avaliando cor/raça, 56% eram pardas, 32% brancas e 12% negras; 12% eram primigestas, 62% tiveram múltiplas gestações (> ou = a 3) e o restante era secundigesta. Antecedente de pré-eclâmpsia ocorreu em 24%. Na primeira consulta com o grupo de Nefrites, a idade gestacional variou de 8-39 semanas. Avaliando níveis de PA (sentado), a PA sistólica variou de 91 a 170, e a diastólica de 56 a 110mmHg, estando somente 14% com PA > 140x90 mmHg, já em tratamento medicamentoso. A hipertensão arterial foi identificada na gestação em 18% dos casos e 82% já sabiam ser hipertensas. Hipertensão foi considerado primária em 94,5% dos casos e no restante secundária. Quando sabiam informar o tempo de hipertensão arterial (93%), 22% tinha hipertensão < 1ano, 48% > ou = 5 anos e 26% > ou = a 10 anos. Conclusão: A HAC é considerada um fator de risco importante na morbimortalidade materno-fetal, com maior chance se sobreposição com pré-eclâmpsia em multíparas idosas. Na população estudada, houve maior prevalência de HAC de 21 a 51 anos, em pardas, com múltiplas gestações; a grande maioria já sabia ser hipertensa e tinha hipertensão primária há > 1 não, sem antecedente de pré-eclâmpsia. Palavras Chaves: HIPERTENSÃO, GESTANTES Caracterização de pacientes HIV-positivos acompanhados em Ambulatório de Glomerulopatias JULIANA BUSATO MANSUR,Michelle Tiveron Passos,Deborah de Alencar Oliveira Borborema,Amélia Rodrigues Pereira,Gianna Mastroianni Kirsztajn UNIFESP Introdução: A glomeruloesclerose segmentar e focal (GESF) é a glomerulopatia mais associada ao vírus HIV, mais especificamente a forma colapsante. Em 50% dos soropositivos aparece antes da síndrome de imunodeficiência adquirida (SIDA). Ocorre com mais frequencia em negros, no sexo masculino e em usuários de drogas endovenosas. Observa-se melhora clínica e laboratorial com o uso da terapia antiretroviral. Materiais e Métodos: Análise retrospectiva, transversal, com base em análise de prontuários dos pacientes com sorologia positiva para HIV com primeira consulta entre 1988 e 2011. Resultados: 41 pacientes HIV(+), 33 do sexo masculino, idade média de 50 anos; 6 também com sorologia positiva para HCV e 4 para HBV. Apresentavam à admissão: creatinina sérica média de 1,61 mg/dl (mínima 0,8, máxima 3,9) e proteinúria de 24h (P24H) de 1,46 g (mínima zero, máxima 7,74g). Os principais motivos de encaminhamento ao ambulatório foram: proteinúria e elevação da creatinina sérica (52,5%), edema (17,5%) e hematúria (12,5%). Somente 24% (10) dos pacientes foram submetidos a biópsia renal, 5 com diagnóstico de GESF (3 forma colapsante), 1 de glomerulonefrite membranoproliferativa, 1 de glomerulonefrite proliferativa difusa e 1 de nefropatia crônica associada ao HIV. Apenas 9,75% (4/41) dobraram o valor da Creatinina sérica após uma média de 9 anos de acompanhamento (mínimo 3, máximo 23 anos). A piora da função renal não se associou a piora da proteinúria. Entre outros diagnósticos, 25 apresentavam doenças oportunistas ligadas à SIDA, 29 eram hipertensos e 6 diabéticos. O nível de CD4 médio foi de 498 cópias/mL. Todos os pacientes faziam uso de terapia anti-retroviral, entre elas, Lamivudina (75%), D4T (37,5%), Efavirenz (32,5), Biovir e Kaletra (20%), Atazanavir e AZT (27,5%). Conclusão: Apesar do pequeno número de pacientes, no que se refere aos aspectos clínicos, síndrome nefrótica foi a principal apresentação e, em metade das biópsias renais, diagnosticou-se GESF, como descrito em vários estudos. Antiretrovirais e bloqueio do sistema renina-angiotensina (estes administrados à maior parte dos pacientes) foram os tratamentos mais comumente utilizados nesta população. Palavras Chaves: glomerulopatia, HIV Células CD68 positivas em Biópsia Renal predizem prognóstico em Nefrite lúpica proliferativa ALINE LAZARA RESENDE,Cristiane B Dias,Patrícia Malafronte, Jin Lee, Cilene C Pinheiro, Denise Malheiros, Rui Toledo Barros, Viktoria Woronik Disciplina de Nefrologia e Patologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:”Tabela normal”; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:””; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin-top:0cm; mso-para-marginright:0cm; mso-para-margin-bottom:10.0pt; mso-para-margin-left:0cm; line-height:115%; mso-pagination:widow-orphan; font-size:11.0pt; font-family:”Calibri”,”sans-serif”; msoascii-font-family:Calibri; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-fareast-font-family:”Times New Roman”; mso-fareast-theme-font:minor-fareast; mso-hansi-font-family:Calibri; msohansi-theme-font:minor-latin;} O objetivo deste estudo foi avaliar a relação de macrófagos (CD68+) expressos em biópsia renal ao diagnóstico com a evolução de pacientes com nefrite lúpica proliferatibva (NL). Trinta e quatro pacientes do sexo feminino recém-diagnosticados com a NL proliferativa foram prospectivamente acompanhados durante 3,5 (3,2-4,0) anos. Biópsia renal foi feita ao diagnóstico e estudo imuno-histoquímico foi realizado com o anticorpo monoclonal anti-CD68 e os resultados expressos em células / campos microscópicos. Os pacientes foram estratificados em dois grupos de acordo com a evolução renal ao final do Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia seguimento: TFG ≤ 60 mL/min/1.73m2 (n = 14) e TFG> 60mL/min/1.73m2 (n = 20). O grupo com pior evolução renal apresentou maior índice de cronicidade a biópsia renal quando comparado com o grupo de melhor evolução (4.0 (2.0 – 5.0) vs 1.0 (0.0 - 4.0), p=0.04), maior creatinina inicial (2.6 ± 1.0 vs 1.4 (1.0 – 2.1) mg/dL, p=0.03), maior número de recidivas (1.2 ± 0.5 vs 0.4 ± 0.5, p= 0.03) e maior CD68+ tubule-interstitial células/campo (65.8 ± 58.0 vs 6.1 (4.5 – 10.5), p= 0.0006). CONCLUSÃO- Expressão de células CD68+ no túbulointerstício em biópsia renal prediz TFG a longo prazo. Palavras Chaves: nefrite lúpica, CD68 Doença das Células Epiteliais Glomerulares (DCEG) nas Glomerulonefrites Rapidamente Progressivas (GNRP) ANDRE GOUVEA1, Omar da Rosa Santos2, Eugênio Pacelle Q. Madeira2, Luiz Paulo J. Marques2, Mário Meyer R. Fernandes2, C. A. Basílio de Oliveira2 1 - WALTER GOUVEA SERVIçOS DE NEFROLOGIA E CLINICA GERAL,Clinica Médica C; Escola de Medicina e Cirurgia – UNI-RIO – Rio de Janeiro 2 - Clinica Médica C; Escola de Medicina e Cirurgia – UNI-RIO – Rio de Janeiro Na última década a DCEG vem sendo descrita em diversas formas de GNRP, além de na GSSF e na GN-HIV. As células epiteliais viscerais (CEV) tornam-se exuberantes, contêm gotículas e vacúolos reabsorvidos e coroam os tufos capilares, perdendo o caráter maduro, proliferando e dediferenciando-se. As células parietais (CEP) proliferam, sofrem apoptose, desfolham, experimentam transformação mesenquimal e em CEV, cooperando CEP, CEV e macrófagos nos crescentes. # Examinamos a DCEG em duas séries: 1) uma de GN-HIV de 18 pacientes [12 com GSSF, 4 com numerosos crescentes – 3 rebiopsiados] – 2) outra de GN-LES de 160 pacientes [26 com GNRP crescêntica (>50% dos glomérulos) – 3 rebiopsiados] # Observamos as alterações nas CEV e CEP descritas acima, incluindo, nas rebiópsias, progressão dos crescentes celulares para fibrocelulares/fibróticos em 1 mês. # Verificamos, em 5 pacientes cujos crescentes mergulhavam nos tubos proximais, clearances de creatinina médios 25 e 10 ml/mim após 6 meses e 2 anos, notoriamente inferiores àqueles (50 e 47 ml/min, respectivamente) calculados em 6 pacientes sem crescentes mergulhantes. 1. • Observamos, pela microscopia óptica convencional, indicações de doença ativa nas CEV e nas CEP. 2. • Provavelmente, os crescentes que se estendam pelos tubos proximais constituem marca de prognóstico desfavorável. EVOLUÇÃO A LONGO-PRAZO DE PACIENTES COM NEFRITE LÚPICA CLASSES III E IV (OMS) MAURÍCIO BRITO TEIXEIRA, GESIANE FERNANDES TAVARES, Felipe Lessa Soares, MARIELA FIGUEIREDO CONCEIÇÃO, PAULA CALDERERO LAMONATO DE OLIVEIRA, Marla Maria Carvalho, Marina Bruniera Anchieta, Juliana Cristina Figueiredo Alves, Patricia Malafronte, Yvoty Alves Santos Sens SANTA CASA DE MISERICORDIA DE SAO PAULO INTRODUÇÃO: Entre as diversas alterações histopatológicas dos rins na nefrite lúpica (NL), destacam-se as glomerulonefrites proliferativas focais e difusas (classes III e IV da OMS) que apresentam pior evolução. OBJETIVO: Avaliar a evolução a longo-prazo de pacientes com NL classes III e IV acompanhados em um único centro. MÉTODO: Foram avaliados todos os pacientes com idade ≥ 16 anos e diagnóstico de NL classes III e IV com duração do acompanhamento ambulatorial ≥ 5 anos. Foram analisados dados demográficos, pressão arterial, sedimento urinário, creatinina sérica (Cr) e proteinúria de 24h (Pt24h). A evolução após 5, 7 e 10 anos foi analisada considerando como remissão completa, parcial ou ausente de acordo com os critérios de Petri et al.(Arthritis Rheum 2008;58:1784) que considera a Cr e a soma da pontuação obtida pelas alterações do sedimento urinário (hemácias > 10 p/c = 3 pontos; Leucócitos > 10p/c = 1 pt) e Pt24h (≤ 0,5g= 0 pt; >0,5 a ≤1 g = 3 pts; > 1 a ≤ 3g = 5 pts; > 3 = 11 pts). Foi considerado remissão completa quando Cr ≤ 1,3 mg/dL e a pontuação do sedimento urinário inicial foi > 0 pt e após 5 anos = 0 pt. Remissão parcial quando Cr ≤ 1,3 mg/dL e pontuação do sedimento urinário final menor que o inicial e diferente de zero. Resposta ausente quando há piora da função renal ou a pontuação do sedimento urinário é maior que a inicial. RESULTADOS: Foram acompanhados 59 pacientes no período de 1986 a 2010, sendo 23 (38,9%) por período ≥ 5 anos. Dezessete do sexo feminino e 6 masculino, com idade de 29,2±11,7 anos, 16 brancos e 7 não-brancos. No início da doença 73,9% apresentavam PA≥130x80 mmHg, 34,7% apresentavam Cr > 1,3 mg/dL (1,44± 0,8) e 60,8% Pt 24h ≥ 0,5g (2,1± 2,7mg/dL). Em relação à evolução, observou-se que em 5 anos 21,7% (5/23) dos pacientes apresentaram remissão completa, 26% (6/23) remissão parcial e 52% (12/23) sem resposta. Em sete anos apenas 13 pacientes ainda continuavam em seguimento, sendo que três estavam em remissão completa, seis em remissão parcial e quatro sem resposta. Observou-se que após 10 anos de acompanhamento apenas sete pacientes mantiveram em seguimento. CONCLUSÃO: A evolução a longo-prazo de pacientes com NL classes III e IV acompanhados por período ≥ 5 anos foi na maioria com ausência de resposta à terapia instituída e o índice proposto por Petri et al mostrou uma boa correlação com a evolução, mas novos estudos com um maior número de pacientes são necessários para poder validar tal índice. Palavras Chaves: NEFRITE LÚPICA EVOLUÇÃO CLÍNICA GLOMERULOPATIAS E LABORATORIAL DE GESTANTES COM Pereira AR1, Silva GSJr1, Facca TA2, Mastroianni-Kirsztajn G1 1 - Setor de Glomerulopatias da UNIFESP, São Paulo-SP 2 - Departamento de Ginecologia-Obstetrícia da UNIFESP, São Paulo-SP Objetivo: Descrever a evolução clínica, alterações laboratoriais e perfil histológico de grávidas com glomerulopatias. Material e métodos: Estudo retrospectivo de 19 prontuários de pacientes grávidas com glomerulopatias seguidas no Ambulatório de Nefrites (UNIFESP). Resultados: A idade das pacientes variou de 20 a 46 anos, com mediana de 29a, 2 casos eram primigestas, 8 secundigestas, 2 multigestas (> ou = a 3) e 7 sem informação. O tempo de gestação (disponível em 12/19) foi: até o 1º trimestre- 2, 2º trimestre- 4, 3º trimestre- 5 casos, e apenas uma gestação de termo. Aborto ocorreu em 6 casos e 1 óbito neo-natal, 6 sem informação. Pré-eclâmpsia ocorreu em 5, eclâmpsia em 2 e somente Hipertensão arterial na gestação- 4 casos. Diabetes gestacional- 1 caso. 16 casos tinham biópsias prévias à gestação, 1 caso confirmou síndrome hemolítico-urêmica (SHU) no final da gestação e 2 casos, glomerulopatia após biópsia renal (BxR), no pós- transplante renal (TxR). Seis casos eram de Glomeruloesclerose segmentar e focal (1 caso pós-TxR), Glomerulonefrite (GN) membranoproliferativa- 2, GN crescêntica- 1, Nefropatia por IgA- 1, Nefrite lúpica (NL)-3 (2 casos NL classe IV), GN membranosa- 4 e 1 caso de GN proliferativa mesangial. Apresentavam exames: Creatinina sérica inicial [0,7-2,5 mg/dL] e final [0,6-6,1 mg/dL]; Prot 24h inicial [0- 4,1g/24h] e final [0- 6,4g/24h]; Proteinúria em amostra isolada- inicial [<0,05- 6,3 g/L] e Proteinúria em amostra isolada- final [<0,05- 10,4 g/L]. Dez casos tiveram alguma piora de creatinina na gestação (1,6 a 6,1 mg/dL) e destes, 3 casos evoluíram para tto dialítico após a gestação; destes, todos foram submetidos a transplante renal posteriormente. Em 4, houve aumento da proteinúria na gestação, sendo que em 2 casos acompanhou-se de piora de creatinina sérica. Das 19 pacientes, apenas 7 continuaram fazendo seguimento no Ambulatório de Nefrites. Conclusão: A glomerulopatia que se instala pela primeira vez na gravidez é condição usualmente preocupante, diante das implicações que têm sobre a saúde materna e fetal, particularmente quando se observa perda de função renal. Observamos entre os desfechos deletérios perda fetal e piora da função renal (em sua maioria quando a creatinina sérica inicial já estava alterada), culminando com a necessidade de terapia de substituição renal; mas agravamento da proteinúria também foi observado e as implicações de tais alterações só poderão ser definidas no longo prazo. Palavras Chaves: Glomerulopatias,Gravidez Glomerulonefrite Aguda Pós-Estreptocócica ou Glomerulonefrite Membranoproliferativa? A importância da microscopia eletrônica para elucidação etiológica nas glomerulopatias MONIQUE ISABEL SILVEIRA BECHARA,EDUARDO BARCELOS RACHED,VILMAR DE PAIVA MARQUES,MARLENE ANTONIA REIS,ALCINO REIS MENDES,JULIANA REIS MACHADO,PRECIL DIEGO MIRANDA DE MENEZES NEVES Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Minas Gerais Introdução: As glomerulopatias com apresentação sob a forma de síndromes nefrítica e nefrótica concomitantes são, algumas vezes, de difícil diagnóstico etiológico, sendo a biópsia renal item indispensável, requerendo certos casos que a diferenciação etiológica seja feita em nível utraestrutural, através da microscopia eletrônica. Relatamos o caso de uma síndrome nefrítico/nefrótica cujo diagnóstico etiológico só pôde ser descoberto através da microscopia eletrônica. Relato de Caso: Paciente do gênero masculino, 16 anos, encaminhado por edema há 10 dias, de início em membros inferiores com progressão para anasarca, associado a oligúria e urina avermelhada, sem febre, negava história prévia de faringite, piodermite, uso de medicamentos ou internações. Ao exame físico: corado, hidratado, afebril, Murmúrio Vesicular presente e reduzido em bases, sem Ruídos Adventícios, PA: 150x100 mmHg, edema de MMSS e MMII 4+/4+. Exames: Hb:13,3g/dl, leucócitos:7390, plaquetas: 242000, Ur: 98,4mg/dl, Cr: 1,71mg/dl, PCR: 2,2, Colesterol total: 292mg/dl, LDL: 191,4mg/ dl, HDL:73mg/dl, TG: 138mg/dl, DHL: 352mg/dl, FAN hep2, VDRL e sorologias para Hepatites B e c: negativos, ASLO: 298,93UI, Proteínas totais: 4,48, Albumina 1,51, Globulina, 2,97, C3: 0,36 e C4 normal. Urina tipo I: Prot +++ / Hb +++, LC: 229000, HC: 193000, Proteinúria 24h: 4190mg. Diante do quadro de síndrome nefrótica, o paciente foi submetido à biópsia renal que revelou hipercelularidade endocapilar por proliferação e infiltração, duplicação da membrana basal glomerular e focos moderados com infiltrado inflamatório mononuclear. À imunofluorescência depósitos de C3 e IgG em alças capilares glomérulares e parede vascular, gerando dúvida entre GNAPE e GNMP. Diante disso, foi realizada a microscopia eletrônica onde foram evidenciados depósitos subepiteliais, os “humps”, confirmando o diagnóstico de GNDA. Recebeu alta hospitalar com melhora do edema, retornando ao ambulatório 3 meses após novamente em anasarca, Cr:1,5, Hb: 9,5; Lc: 6900; Plaq: 284000, Colesterol total: 348, Trig:121. Proteinúria 24horas: 13,05g, Urina I: pH: 7, d: 1015, PT +++, Hb ++++, Hc: 80.000, Lc: 7000, Se comportando como um quadro atípico de GNDA, com manutenção da proteinúria por muito tempo. Conclusão: O diagnostico diferencial entre a GNDA atípica e a GNMP em alguns casos pode ser difícil, requerendo análise a nível ultraestrutural (microscopia eletrônica) para que a etiologia da glomerulopatia seja elucidada. Palavras Chaves: BIOPSIA RENAL, MICROSCOPIA ELETRONICA 83 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia Glomerulonefrite Aguda Pós-infecciosa Crescêntica – Relato de Caso FERNANDO SALES,Irene Faria Duayer,Raquel de Melo Silva,Daniela Loss Mattedi,Lecticia Barbosa Jorge,Rui Toledo Barros,Viktoria Woronik HOSPITAL DAS CLíNICAS - FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SãO PAULO Introdução: Glomerulonefrite pós-infecciosa (GNPI) é consequência de uma lesão renal causada por resposta imunológica inapropriada, desencadeada por estímulo antigênico por uma infecção primária “não renal”. Atualmente, tem ocorrido uma mudança do perfil da GNPI, com aumento de freqüência em adultos e pacientes com co-morbidades, como alcoolismo e diabetes mellitus. Tem surgido apresentações histológicas e clínicas variadas, chegando a 25% a incidência de GNPI com crescentes. Relato: VJB, 39 anos, solteiro, negro, procedente de São Paulo-SP, pedreiro. Em fevereiro de 2011, refere início de edema de MMII ascendente até raiz da coxa, espuma na urina e aumento da freqüência urinária a noite. 1 episódio de hematúria macroscópica . Piora de controle pressórico. Ganho de peso de 5 Kg. Negava episódios recentes de infecção de vias aéreas. Negava diarréia, lesões cutâneas, fotossensibilidade ou artralgias. Presença de lesão oral fibromatosa em mucosa que recobre arcadas dentárias, além de presença de dentes com mau aspecto de conservação. Antecedentes: Hipertensão arterial sistêmica com diagnóstico há 12 anos, em tratamento irregular; tabagismo ativo (23 anos/maço); etilismo importante desde os 20 anos. Exames ambulatoriais acusando presença de proteinúria nefrótica (4,47g), perfil lipídico alterado (colesterol total 309), hipoalbuminemia (2,6) e hematúria (+100/campo). Evolui com rápida piora de função renal (Cr 0,97 > 1,58), sendo optado por internação hospitalar na enfermaria da Nefrologia em 25/03/2011. Iniciado pulsoterapia com metilprednisolona, 1 g/dia, por 3 dias, pela hipótese de glomerulonefrite rapidamente progressiva. Submetido à biópsia renal em 28/03/2011, com amostra de 13 glomérulos, apresentando volume aumentado e hipercelularidade mesangial, endotelial e de neutrófilos; hipertrofia de podócitos; presença de crescentes celulares focais em 2 glomérulos; membrana basal com desdobramentos ocasionais; proliferação endocapilar; vasos com arteriosclerose, com conclusão de glomerulonefrite difusa endocapilar aguda, com crescentes celulares. Evoluiu com melhora progressiva de função renal (creatinina alta hospitalar 1,12, em 01/04/2011), estando atualmente em acompanhamento ambulatorial, tendo sido feito desmame de corticoterapia. Conclusão: O caso relatado ilustra o novo perfil que tem surgido para GNPI, com maior gravidade em pacientes com co-morbidades prévias, como alcoolismo. Glomerulonefrite membranoproliferativa associada à deficiência de alfa-1 antritripsina com heterozigose para o alelo Z VANESSA DOS SANTOS SILVA1, Rodrigo Hagemann1, Ricardo A Femozelli1, Kunnie I R Coelho1, Carlos A Caramori1, Viktória Woronic2, Bruno Eduardo Pedroso Balbo2, Luiz Fernando Onuchic2 1 - UNESP 2 - FACULDADE DE MEDICINA DA USP-SP Introdução: A deficiência de alfa-1 antitripsina (DAAT) é doença autossômica recessiva, causada por mutações no gene SERPINA1. Apresenta fenótipo variável, sendo o enfisema pulmonar a manifestação mais freqüente, seguida de manifestações hepáticas, as quais se correlacionam com os alelos Z e M (Malton). Glomerulonefrite membranoproliferativa (GNMP) é manifestação rara; quando presente, associa-se à cirrose hepática e ao alelo Z em homozigose. Objetivos: Relatar caso de GNMP associada à DAAT com heterozigose para o alelo Z. Casuística e Métodos: Paciente masculino, 61 anos, encaminhado com síndrome nefrítica. Apresentava história de astenia, desnutrição e ascite há 6 meses e internações recentes por encefalopatia hepática. Referia HAS e tabagismo; negava diabetes e etilismo. Ao exame apresentava ascite, edema e fígado palpável. PA:135x80 mmHg. Exames revelaram creatinina sérica de 3,4 mg/dL, hematúria e proteinúria (1,6g/24h). Detectado anemia (Hb8,4g/dL), hipoalbuminemia (2,2g/dL), níveis normais de TGO/TGP e fosfatase alcalina de 192 U/L. Sorologias para hepatites virais foram negativas. FAN, anticorpos anti-mitocôndria e anti-músculo liso foram negativos, porém os níveis de C3/C4 mostraram-se diminuídos e cANCA reagente. Realizada biópsia hepática, que confirmou cirrose; nesta, a persistência de grânulos citoplasmáticos eosinofílicos após digestão por diastase foi conclusiva para DAAT. Foi indicada, então, biópsia renal e obtida amostra de DNA do paciente para investigação dos alelos de SERPINA1 associados ao fenótipo hepático. Resultados: A biópsia renal revelou GNMP tipo I, com 30% de esclerose glomerular e moderada fibrose intersticial. Imunofluorescência mostrou depósitos granulares difusos de IgM(2+) e C3(2+) em alças capilares. A partir da amostra de DNA, as regiões de interesse foram amplificadas por reação em cadeia da polimerase, na pesquisa dos alelos Malton (p.Phe75del), S (p.E264V) e Z (p.E366K). O seqüenciamento direto revelou heterozigose para o alelo Z. Conclusões: GNMP quando associada a cirrose e na ausência de lesão pulmonar é manifestação rara da DAAT, classicamente associada a homozigoze do alelo Z. Em nosso caso, tal alelo foi identificado em heterozigoze, sugerindo que o paciente apresente heterozigose composta com outro alelo patogênico não pesquisado. Apesar da ausência de vasculite, a positividade de cANCA na DAAT também já foi descrita, podendo ser atribuída à ação não antagonizada da proteinase-3 Palavras Chaves: Glomerulonefrite pós-infecciosa Palavras Chaves: alfa 1 anti tripsina, alelo z Glomerulonefrite difusa aguda em idoso. Relato de uma manifestação atípica e breve revisão de literatura Glomerulonefrite Rapidamente Progressiva associada a Hanseníase Virchoviana: relato de caso e revisão da literatura CHRISTIANE AKEMI KOLJIMA, polyana souto lopes da silva, paulo cesar leite santana, mary carla estevez diaz hospital servidor publico municipal Introdução: Glomerulonefrite difusa aguda (GNDA) é um processo inflamatório agudo que envolve os glomérulos, de etiologia primária ou secundária a doenças sistêmicas. O protótipo da GNDA é a glomerulonefrite que se segue a infecção pós-estreptocóccica, mais prevalente em crianças após infecção de vias aéreas superiores ou impetigos, com resolução espontânea benigna.É rara em adultos, com pior prognóstico e poucos relatos. Síndrome nefrítica de evolução benigna é a forma de apresentação mais comum. Objetivos: relatar caso de paciente idosa previamente hígida que evolui para insuficiência renal aguda (IRA) dialítica. Relato do caso: MPJ, 72 a, feminina, parda, natural de São Paulo. Há 1 mês vinha apresentando episódios intermitentes e autolimitados de diarréia e posteriormente notou hematúria esporádica e macroscópica e febre. Há 3 dias da internação, apresentou oligúria e edema corpóreo. Nega afecção de vias aéreas, pele ou outras queixas. Exame físico inicial: BEG, descorada (+/4+), hidratada, afebril, acianótica, anictérica, eupnéica, pulmões limpos, ritmo cardíaco regular em 2 tempos, sem sopros, abdome inocente, discreto edema bipalpebral e de membros inferiores, anúrica. USG com rins normais, Urina 1 com >1.000.000 leucócitos e hemácias, proteinúria 3+, Cr=11,9/U=185/k=3,5/Hb=10,3. Submetida à hemodiálise, uma vez que continuava anúrica e sem evidência de melhora da função renal, além de antibioticoterapia por suspeita de infeção urinária e infecção de cateter. Investigação complementar: hipocomplementemia, ASLO negativo. Foi submetida a biópsia renal que evidenciou GNDA. Recebeu metilprednisolona endovenoso em pulsos e corticóide oral, sem melhora clínica. Manteve quadro diarréico durante internação, sendo submetida a colonoscopia e diagnosticada colite pseudomembranosa. Permanece anúrica, em esquema de diálise e imunossupressão. Discussão: Paciente apresenta sintomas característicos de GNDA porém com evolução ruim. Inicialmente, por se encontrar em faixa etária pouco comum para doença, sem história prévia de infecção, artralgias, pouco favorável. comorbidades reumatológicas aventamos outras hipóteses como vasculites, neoplasias, IRA pós-renal. Todas essas hipóteses foram excluídas. Investigação positiva para GNDA, poucos relatos em literatura da evolução em idosos. Conclusão: Importância da investigação diagnóstica com exames laboratoriais, imagem e biópsia para apresentação atípica de glomerulonefrite difusa aguda em idosos. Palavras Chaves: glomerulonefrite, idoso 84 RAFAEL DINARDI MACHADO,VERONICA MARIA PEREIRA COSTA,MARCELO CARVALHO NAVES RIBEIRO,BRUNO MARTINS TOKUDA,HEBERT HENRIQUE CAPUCI,MARIANA SALOMÃO BRAGA,GABRIELA RODRIGUES DE SOUZA,FRANCISCO RAFAEL DO NASCIMENTO ALMEIDA,RAFAEL AUGUSTO BORGES PAVANI,MARIANA DE MORAES FRANÇOSO,FABIANO BICHUETTE CUSTÓDIO,ELBER RAFAEL GONÇALVES,BIANCA BARBOSA LEAL,FERNANDA TOLEDO PIZA FERRAZ,HORACIO JOSE RAMALHO,FERNANDA CRISTINA GOMES CAMELO,IDA MARIA MAXIMINA FERNANDES CHARPIOT HOSPITAL DE BASE/ FAMERP Introdução: A hanseníase no Brasil é considerada endêmica, sendo o segundo país com o maior número de casos. O envolvimento renal na hanseníase é extremamente diverso, variando desde glomerulonefrites, amiloidose AA e nefrite túbulo-intersticial aguda até alterações de concentração urinária. OBJETIVO: Relato de caso de glomerulonefrite rapidamente progressiva em paciente com diagnóstico recente de Hanseníase Virchoviana. Relato de Caso: Paciente do sexo masculino, 56 anos, natural de Pernambuco, morador de rua, encaminhado da UBS para investigação de lesões de pele de início há 6 meses. As lesões eram de distribuição universal, nodulares, com áreas de erosão associadas a infecção bacteriana secundária Exames na admissão: Hb= 9,7, Ht=29%, Leucócitos= 10000 (sem desvio a esq), Plaquetas=410000, creatinina=1,5, albumina=2,6, Urina I com hematúria, proteinúria e leucocitúria. Confirmado o diagnóstico de Hanseníase Virchowiana através da biópsia de lesão nodular da pele e iniciado tratamento específico com Dapsona e Clofazimina, além de Clindamicina para infecção secundária. O paciente evoluiu com piora rápida de função renal (creatinina inicial=1,5 e após 8 dias creatinina=10,0) e realizado biópsia renal com diagnóstico de Glomerulonefrite difusa aguda pós infecciosa, com 30% de crescentes. Paciente foi submetido a 3 pulsos com Metilprednisolona, necessidade de 2 sessões de hemodiálise por hipervolemia, hipercalemia e uremia e recebeu alta hospitalar com creatinina de 2,3, em uso de prednisona 20mg, Clofazimina e Dapsona, para acompanhamento ambulatorial. Paciente retorna após 3 dias sem uso das medicações por questões sócio-econômicas, mantendo função renal estável porém com hansenoma em glande obstruindo a saída da uretra. Realizado abordagem cirúrgica e recebe alta novamente com as mesmas medicações. Discussão: A forma virchoviana da Hanseníase e a presença Eritema Nodoso Hansênico têm maior correlação com lesão renal e a manifestações clínicas são variáveis desde assintomáticos até Síndrome Nefrótica. De acordo com a literatura, as formas mais comuns de lesão renal são as glomerulonefrites, sendo a proliferativa mesangial a lesão mais comum e a presença de crescente é rara. Palavras Chaves: virchoviana Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia GLOMERULONEFRITE RAPIDAMENTE PROGRESSIVA: UMA FORMA DE APRESENTAÇÃO NÃO-USUAL DA GLOMERULONEFRITE AGUDA APÓS INFECÇÃO DE VIAS AÉREAS SUPERIORES VILMAR DE PAIVA MARQUES, Precil Diego Miranda de Menezes Neves, Marlene Antônia dos Reis, Juliana Reis Machado, Edson Luiz Fernandes, Itsuzi Fugikaha Universidade Federal do Triângulo Mineiro Introdução: A glomerulonefrite aguda pós-estreptocócica (GNAPE) é geralmente caracterizada por hematúria macroscópica, hipertensão arterial e edema, sendo rara a ocorrência de insuficiência renal aguda fulminante. Desta forma, descrevemos um caso de GNAPE cuja apresentação clínica inicial se deu na forma de uma glomerulonefrite rapidamente progressiva (GNRP) confirmada histologicamente e com resposta satisfatória à terapia imunossupressora instituída. Relato do caso: M.A.D., 14 anos, sexo feminino, branca, há 5 dias com edema generalizado, mal-estar geral, oligúria, cefaléia, vômitos e epistaxes, precedido por infecção purulenta de orofaringe há 20 dias. Ao exame físico: anasarca, hiperemia e hipertrofia de amígdalas, FC de 94 bpm e PA de 140x90 mmHg. Exames laboratoriais: uréia: 220 mg/dL; creatinina: 7,1 mg/dL; ASLO: 400 Ul/mL; urina I com hemáceas incontáveis, e 25 a 30 leucócitos/campo; proteinúria de 24 horas de 530 mg. A biópsia renal revelou quadro de glomerulonefrite difusa aguda com a presença de crescentes em 85% dos glomérulos analisados na amostra. A paciente foi tratada com esquema de diálise peritoneal intermitente por 1 mês e pulsoterapia com Metilprednisolona EV (1 grama/dia) por 7 dias, seguido por Prednisona VO (1 mg/Kg com desmame progressivo da dose) por 6 meses e Ciclofosfamida VO (1 mg/Kg) por 4 meses, evoluindo com normalização da função renal ao final dos 6 meses de tratamento e involução das crescentes confirmada por biópsia renal realizada 1 mês após o início da terapia imunossupressora. Conclusão: A GNRP é uma forma rara de apresentação clínica inicial da GNAPE, devendo ser suspeitada nos casos de GNAPE com insuficiência renal aguda grave. A confirmação do diagnóstico por biópsia renal e a instituição precoce da terapia imunossupressora adequada são fundamentais para a evolução clínica satisfatória do paciente e a recuperação parcial ou total da função renal. Palavras Chaves: Glomerulopatia,Infecção Via aérea GLOMERULOPATIA MEMBRANOSA: RESPOSTA A ESQUEMA DE PONTICELLI VS. OUTROS TRATAMENTOS JULIANA BUSATO MANSUR, LAILA ALMEIDA VIANA, Marcus Taver Costa Dantas, Thais Oliveira Claizoni, Gianna Mastroianni Kirsztajn UNIFESP A glomerulopatia membranosa (GNM) é uma das principais causas de síndrome nefrótica em adultos. O curso da doença é variável podendo haver remissão espontânea ou evolução para estágio 5 da doença renal crônica(DRC). Seu tratamento é motivo de controvérsias. Objetivo: Avaliar perfil da população portadora de GNM, idiopática ou secundária ao lúpus eritematoso sistêmico (LES), do ambulatório de Nefrites da UNIFESP, determinando desfechos clínicos e laboratoriais de pacientes tratados com esquema de Ponticelli e outros imunossupressores (IMS) ou não para GNM. Material e métodos: Análise transversal, retrospectiva, com base na avaliação de prontuário de 62 pacientes com diagnóstico anatomopatológico de GNM (acompanhamento mínimo de 6 meses). Considerou-se melhora clínica redução de 50% ou mais na proteinúria de 24h (P24h) pré-tratamento; remissão parcial P24h < 1g e remissão completa < 0,3 g. Resultados: 62 pacientes, sendo 31 mulheres, média de idade de 47 anos; 25 com GNM secundária ao LES sendo 7 homens. O tempo médio de sintomas até biópsia foi 12,9 meses (14,8 meses em não LES e 10,8 em LES). O valor médio da creatinina sérica inicial (Crsi) foi de 1,04 mg/dL (0,4 a 2,8mg/dL) nos pacientes com GNM secundária a LES e 1,40 mg/dL (0,5 a 2,8mg/dL) naqueles com GNM idiopática. O valor médio da P24h inicial foi de 6g. Oito pacientes evoluíram para DRC estágio 5, sendo um lúpico. O esquema de Ponticelli foi usado em 14 pacientes (8 LES). Entre estes, 84% (11) apresentaram melhora clínica, 38% remissão parcial e 23% remissão completa. Em nenhum dos pacientes que receberam Ponticelli houve aumento da Crs até o fim do tratamento. Entre os que realizaram outro tipo de IMS ou nenhum IMS, 8% dobraram o valor da Crs em relação aos níveis iniciais. Discussão e conclusão: Foram avaliados pacientes portadores de GNM idiopática ou 2ª LES tratados com esquema Ponticelli vs. outros, observando-se que os lúpicos tiveram diagnóstico da glomerulopatia mais precocemente e menor perda de função renal. O grupo que usou Ponticelli teve maior redução da proteinúria e remissão mais freqüente. Boa resposta a esse tratamento esteve presente em GNM idiopática e secundária ao LES. Sabe-se que até 30% dos pacientes com GNM idiopática entram em remissão completa espontaneamente em 5 anos; enquanto na população aqui tratada com esquema de Ponticelli, 61% remitiram em curto período de seguimento. Esse número pode ser ainda maior, pois resposta tardia à IMS é comumente descrita em GNM. Palavras Chaves: glomerulopatia membranosa, Ponticelli mmHg, identificada previamente à gestação ou até a 20ª semana. Sabendo que a HAC pode se sobrepor com casos de pré-eclâmpsia, a identificação precoce de proteinúrias significativas é importante na tomada de decisões clínicas mais rápidas. Objetivo: Avaliar alterações urinárias em pacientes com HAC no ambulatório de gestação de alto risco. Material e métodos: Análise de amostras urinárias (Urina I e razão proteína/creatinina em amostra isolada de urina) de 94 mulheres com HAC, acompanhadas de Jan/2008 a Mar/2011 no ambulatório de Ginecologia-Obstetrícia e que foram seguidas pelo Grupo de Nefrites da UNIFESP-EPM. Resultados: O pH urinário (Ref: 5,0-7,0) variou de 5,0 a 9,0, sendo em 7 casos acima de 7,0. A densidade (Ref: 1010 – 1030) variou de 1005 a 1030, em 4 casos, abaixo de 1010. A proteinúria (Ref: < 0,05 g/L) variou de 0,13 a 3,2 g/L, sendo 14 casos com valores alterados (14,8%). A glicosúria (Ref: < 4mg/L) estava elevada em 5 casos e variou de 414 a 2619 mg/L. A leucocitúria (Ref: < 10/campo) apresentou 54 resultados alterados, sendo 4 casos > 100.000/ml. A hematúria (Ref: até 10/campo) foi detectada em 15 casos, sendo 4 casos associados a leucocitúria> 100.000/ml, 4 casos com hematúria > 10.000/ml e 3 casos com dismorfismo eritrocitário positivo ( pesquisado quando a contagem de hemácias era superior a 10/campo). A relação proteinúria/creatininúria em amostra isolada (Ref: zero), avaliada em 90 casos, estava alterada em 14 casos e variou de 0,09 a 3,0. Conclusão: Devido à relevância da sobreposição da doença hipertensiva gestacional e HAC, que aumenta o risco de morbimortalidade materno-fetal, é extremamente importante a detecção precoce de proteinúria (aqui presente em 14,8%), para tomada de decisão e seguimento mais próximo. Neste estudo, encontramos várias outras alterações urinárias, cujas repercussões só poderão ser estabelecidas através de um acompanhamento de longo prazo. Palavras Chaves: ALTERAÇÕES URINÁRIAS, HIPERTENSÃO ARTERIAL CRÔNICA Influência do excesso de peso corporal sobre a excreção urinária de proteínas LEANDRO ZUCCOLOTTO CRIVELENTI1, SOFIA BORIN1, MÁRCIO ANTÔNIO BRUNETTO2, TATIANA CHAMPION1, FÁBIO NELSON GAVA1, AULUS CAVALIERI CARCIOFI1, AUREO EVANGELISTA SANTANA1 1 - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA (UNESP), CAMPUS DE JABOTICABAL 2 - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (FMVZ/USP) Estudos recentes demonstraram a ocorrência de lesões renais e proteinúria em pacientes humanos obesos, o que, com base em estudos precedentes, se pensava ser decorrente apenas de diabetes mellitus. Glomerulopatia associada à obesidade já foi alvo de estudos experimentais em cães, ratos e coelhos. Perante tal possibilidade, buscou-se neste ensaio avaliar a razão proteína creatinina urinária (UPC), em gatos naturalmente obesos, com o objetivo de identificar possível correlação entre proteinúria e obesidade em tal espécie, e de se estabelecer um modelo experimental alternativo para compreensão da proteinúria em humanos obesos. Foram utilizados 10 gatos obesos e, segundo o escore de condição corporal (ECC), sete hígidos para compor o grupo controle. Durante o estudo os animais foram mantidos em gaiolas metabólicas e amostras de urina foram obtidas por micção espontânea para determinação das concentrações de creatinina e proteína total. Os dados foram avaliados pelo teste de t student, considerando-se o nível de significância de p<0,05. Os gatos obesos apresentaram peso médio de 6,24±0,92 kg, estimativa morfométrica da porcentagem de gordura corporal (EMPGC) de 37,57±3,95%; UPC de 0,13±0,06; circunferência abdominal de 45,93±3,37 cm e torácica de 41,84±2,99 cm. O grupo controle apresentou peso médio de 3,50±0,37 kg, EMPGC de 24,24±3,37%; UPC de 0,09±0,03 e circunferências abdominal e torácica de 32,07±2,45 e 32,50±1,79 cm, respectivamente. Foram observadas diferenças significativas entre os dois grupos quanto ao peso (p<0,0001), EMPGC (p=0,0001) e circunferências abdominal e torácica (p=0,0001). Apesar de ter sido verificada maior UPC no grupo de animais obesos, esta não foi considerada significativa (p=0,314). Existem evidências de que lesões renais precoces ocorram na obesidade em decorrência da hiperfiltração, parcialmente mediada pelo aumento da atividade simpática, ativação do sistema renina-angiotensina, lipotoxicidade, inflamação e estresse oxidativo, o que favorece aumento da permeabilidade da membrana glomerular e excreção de proteínas. Sendo assim, apesar deste estudo preliminar não ter demonstrado aumento da UPC associada à obesidade em gatos, salienta-se que por ser uma variável que pode ter sua sensibilidade prejudicada em amostras contendo baixos níveis de proteína, estudos ulteriores que avaliem microalbuminúria poderão contribuir significativamente. Palavras Chaves: Obesidade, Glomerulopatia Lúpus Eritematoso Sistêmico Soronegativo CLARA ÁLVARES PEREIRA Leão, Silvia Marçal Botelho, Jerusa Marielle Nunes Seabra de Oliveira, Luciana Ximenes Salustiano, Viviane Campos Ponciano, Ivana Sousa Nunes SANTA CASA DE MISERICóRDIA DE GOIâNIA HIPERTENSÃO ARTERIAL CRÔNICA- AVALIAÇÃO DE ALTERAÇÕES URINÁRIAS EM GRÁVIDAS DE SÃO PAULO Silva GSJr1, Facca TA2, Moreira SR3, Nishida SK1, Sass N2, Mastroianni-Kirsztajn G1 1 - Setor de Glomerulopatias da UNIFESP, São Paulo-SP 2 - Departamento de Ginecologia-Obstetrícia da UNIFESP, São Paulo-SP 3 - Hospital do Rim e Hipertensão Introdução: A gravidez tem como complicação mais comum a hipertensão arterial. Hipertensão arterial crônica gestacional (HAC) inclui casos com pressão arterial (PA) acima de 140x90 Introdução: Lúpus Eritematoso sistêmico (LES) é uma síndrome autoimune com uma prevalência na população de 14,6 a 50,8 por 10.000 habitantes. O diagnóstico da doença é definido pelos critérios clínicos e laboratoriais estabelecidos pela American Rheumatism Association. O fator antinuclear (FAN) pode ser negativo em 4 a 13% dos casos, chamados soronegativos. Objetivos: Descrever um caso de LES soronegativo. Resultados: Paciente do sexo masculino, E.A.C, 45 anos, proveniente de Natividade-TO, deu entrada na SCMG com quadro de edema generalizado e hipertensão arterial sistêmica.Após 15 dias de internação evoluiu com úlceras orais e lesões de pele acometendo membros, dorso e abdome, sugerindo 85 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia vasculite. Nega qualquer antecedente patológico. Função renal prévia com creatinina de 0,8 e uréia de 45. Exames iniciais (12/08): ur 34, creat 1,6 chegando a 1,8; proteínas totais de 3,8 e albumina de 1,2; TAP 43,7%; perfil lipídico alterado à custa do aumento de triglicérides e LDL; enzimas hepáticas dentro da normalidade, assim como dosagem de complemento; proteinúria de 4,0g; EAS com 3+ de proteínas, 87.500 leucócitos, +/4 hemoglobina (2000 hcs) e cilindros hialinos. Sorologias para HIV e hepatite B e C negativas; VDRL não reagente. Pesquisa de anticorpos: anti-RO, anti-DNA nativo, anti-histona, anticoagulante lúpico, anticardiolipina e FAN não reagentes. Possuía USG de abdome mostrando ascite moderada e rins de tamanho normais. RaioX de tórax com atelectasias subsegmentares e pequeno derrame pleural. Após sete dias de tratamento sintomático houve melhora das lesões de pele e controle parcial dos sintomas sendo submetido à biópsia renal que evidenciou 43 glomérulos exibindo alças capilares espessadas e vários microtrombos hialinos em glomérulos. Imunofluorescência mostrava positividade para IgA, IgG, IgM, C3 e C1q. Foi instituída terapia com pulsoterapia combinada (solumedrol + ciclofosfamida), seguido de prednisona 60mg/ dia por oito semanas. Mantêm acompanhamento no serviço em uso de 10mg de prednisona oral e ciclofosfamida em forma de pulsos trimestrais com recidiva da proteinúria para 1,5g e anticorpos ainda negativos. Conclusão: O relato de caso acima sugere um provável LES tendo como critério diagnóstico úlceras orais, nefrite e serosite. Segundo a literatura ainda há possibilidade do paciente surgir com outras manifestações clínicas do lúpus ou reativar algum anticorpo confirmando a suspeita diagnóstica. Palavras Chaves: Lúpus Eritematoso Sistêmico, Soronegativo Micofenolato Mofetil como tratamento Glomerulonefrite Membranosa Idiopática primário em LILIAN DA SILVA SANTOS, ALICE PIGNATON NASERI, MIRNA LUCIA QUEVEDO ECHAGUE, PATRICIA BENTO GUERRA, VINICIUS BORTOLOTE PETERLE, FERNANDA ZOBOLE PETERLE, MARIA CARMEN L. S. SILVA SANTOS, LAURO VASCONCELLOS HOSPITAL DAS CLíNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPíRITO SANTO Objetivos Relatar caso clínico de portador de Glomerulonefrite Membranosa (GNM) e a resposta ao uso de Micofenolato Mofetil (MMF) como tratamento inicial. Material e Métodos Relato de Caso: WFS, 75 anos, portador de Diabetes Mellitus tipo II (DM-II) há10 anos, coronariopatia e fibrilação atrial. Apresentou Síndrome Nefrótica (SN) em 2008, com hipertensão arterial e proteinúria (PTU) de 12g em 24h, sendo diagnosticada nessa ocasião Doença Renal Crônica (DRC) grau III. Em virtude da ausência de alterações na Fundoscopia que sugerissem doença microvascular diabética e do quadro de DM leve, optou-se por realizar biópsia (Bx) renal em 21/04/08, que mostrou discordância entre a MO e a IF (arteriolosclerose hialina e imunodepósitos de C3 e IgG). Realizou investigação para outras doenças de base, negativa. Fez a 2ª Bx renal em 20/05/09, que confirmou o diagnóstico de GNM idiopática. Além do tratamento com estatina, diuréticos, Captopril e Warfarin, optou-se pela terapia imunossupressora, seguindo a classificação prognóstica de Cattran (PTU > 8g em seis meses de observação). As drogas de escolha para tratamento, Clorambucil ou Ciclofosfamida (CFO), associados a corticóide (Ponticelli e Ponticelli modificado) assim como Ciclosporina (CSA), não foram liberadas pelo Centro Regional de Especialidades devido à DRC do paciente. Este não fez uso de corticóide por causa do DM e de catarata. Iniciamos então tratamento com MMF 2g/dia em agosto/09, com PTU 17g/24h e creatinina de 2,0 mg/dl. Resultados O paciente evoluiu com melhora progressiva da PTU, alcançando remissão parcial (2,28 g/24h) em setembro de 2010. Nessa época recebeu diagnóstico de mielodisplasia, confirmado por Bx de medula óssea. O MMF foi suspenso pela sua associação com mielossupressão. O paciente apresentou em dezembro de 2010 piora importante do quadro hematológico, com sangramento e sepse graves, indo a óbito. Discussão A terapia imunossupressora da GNM é controversa, mas não há recomendações de se iniciá-la com MMF, sendo este reservado para casos refratários e quando há contraindicações à terapia convencional. A boa resposta do nosso paciente ao tratamento com MMF levanta a hipótese de que este pode ser uma alternativa de 1ª escolha à terapêutica convencional. Por outro lado, não se pode afastar que o efeito colateral do MMF de mielossupressão teve impacto sobre o mau desfecho do paciente, ou até mesmo que a melhora da PTU não tenha sido secundária à diminuição da resposta imune pela mielodisplasia. Palavras Chaves: GLOMERULONEFRITE MEMBRANOSA,MICOFENOLATO MOFETIL Mutações no gene NPHS2 em pacientes com GESF familiar Michelle Tiveron Passos1, Alexandre Costa Pereira2, Sonia K. Nishid1, Amélia Rodrigues Pereira1, Gianna Mastroianni Kirsztajn1 1 - UNIFESP 2 - InCor Introdução: O conhecimento das glomerulopatias de natureza hereditária é tema de extrema relevância para a compreensão do desenvolvimento das doenças glomerulares, classificação, prognóstico e escolhas terapêuticas bem fundamentadas. Ainda assim, pouco se sabe sobre essas doenças, em função de sua raridade e necessidade de profissionais com experiênciana área. O gene NPHS2 codifica a proteína podocina que possui um papel importante na ultrafiltração glomerular e no controle da permeabilidade da membrana basal. Mutações no gene NPHS2 estão associadas à síndrome nefrótica córtico-resistente, sendo que a maioria dos pacientes apresenta glomeruloesclerose segmentar e focal (GESF) em biópsias de rim. Objetivo: O presente trabalho tem como objetivo avaliar pacientes com GESF familiar através da pesquisa de mutações no gene NPHS2. Casuística e método: Foram incluídos no estudo 9 pacientes-índice com GESF familiar (definida como: pelo menos um paciente com diagnóstico 86 histológico de GESF e um parente com glomerulopatia proteinúrica). Amostras de sangue periférico foram coletadas e o DNA foi extraído por técnica padrão. O material genético foi amplificado pela reação em cadeia da polimerase (PCR) e analisado em gel de agarose. A pesquisa de mutações foi realizada por sequenciamento automático. Resultados: Os indivíduos tinham 1-60 anos de idade, creatinina sérica de 0,5-3,3 mg/dL, proteinúria entre 0,0 e 7,79 g/24h. Todos os pacientes eram córtico-resistentes. Polimorfismos foram encontrados em 6 dos 9 pacientes-índice. Foram observadas duas mutações de componente heterozigótico. A mutação R229Q, no éxon 5, foi encontrada em um paciente com início da doença em idade adulta e a mutação G42R, no éxon 1, em uma criança com síndrome nefrótica córticoresistente congênita. Conclusão: Apesar da rígida seleção de casos com GESF familiar córticoresistente, mutações no gene NPHS2 foram encontradas apenas em 2 (e polimorfismos em 6) dos 9 pacientes desse grupo. Análises adicionais são necessárias para estudo de possíveis mutações em outros genes e/ou polimorfismos eventualmente associados ao desenvolvimento desta doença glomerular. Palavras Chaves: NPHS2, GESF Nefrite lúpica (NL) vs Glomerulonefrite “lúpus like” (GN LESlike): são a mesma doença? DANIELA LOSS MATTEDI, Roberto Savio Silva Santos, Janaina de Almeida Mota Ramalho, Liliany Pinhel Repizo, Lectícia Jorge, Rui Toledo Barros, Viktoria Woronik FACULDADE DE MEDICINA DA USP Pacientes que possuem lesões histológicas típicas mas que não preenchem o critérios diagnósticos de lúpus eritematoso sistêmico (LES) pelo Associação Americana de Reumatologia representam um problema diagnóstico. O objetivo deste estudo foi comparar características clinicas e patológicas de pacientes com NL e GN LES-like. Foram analisados de forma retrospectiva 10 pacientes com GN LES-like definido por: (1) imunofluorescência à microscopia positiva para IgG, IgM, C3 e C1q glomerular (escala de 0 a 4+) e (2) anticorpo antinuclear negativo (FAN) 1: 80 e anticorpo anti-DNA negativo. Os casos foram randomizados e pareados com 20 pacientes com NL classe IV, de acordo com clearance basal (MDRD forma simplificada) e tempo de seguimento. O tratamento imunossupressor foi definido pelo médico assistente. Os pacientes foram seguidos por 24 meses, sendo que aqueles com NL eram mais jovens que os pacientes com GN LES-like (27 anos VS. 42 anos, p< 0,05), e apresentavam mais crescentes nas biópsias renais (95% VS. 10% dos pacientes, p<0,05). A terapia imunossupressora não diferiu entre os grupos, e incluiu prednisona, ciclofosfamida e micofenolato. Ao final do segmento, um paciente no grupo GN LES-like e 2 pacientes no grupo NL evoluiram para doença renal crônica com necessidade de diálise. As demais características clínicas (proporção de sexo feminino, albumina sérica, proteinúria, hematúria, hemoglobina e complemento) e histológicas (número de glomérulos e porcentagem de fibrose intersticial) eram semelhantes entre os grupos. O ritmo de filtração glomerular (em mL/min) ao início do seguimento de ambos os grupos era semelhante (LES-like 47,5 vs. NL 49,5), com melhora ao longo do seguimento na mesma proporção (LES-like 75 vs. NL 72,6, p>0,05). Dessa forma, encontramos que a GN LES-like é muito similar à NL, tanto em características clínico-histológicas quanto em resposta terapêutica e desfecho. Palavras Chaves: Lúpus-like, nefrite lúpica Nefrite Lúpica Membranosa como Manifestação Inicial do Lúpus Eritematoso Sistêmico em Adulto Jovem BRUNO ZAWADZKI, Fabrício Bino Guimarães, Ana Cláudia Fontes, Alvimar Delgado, Maurilo Leite Jr UFRJ Introdução: O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune predominante no sexo feminino exibindo diversas formas de manifestações clínicas. Aproximadamente 50% dos pacientes lúpicos, apresentam nefropatia secundária à doença. Em 10 a 20% das nefrites lúpicas, a investigação histopatológica revela nefrite lúpica membranosa. Objetivos: Relatar o caso de um paciente, desenvolvendo como manifestação clínica inicial do LES, uma síndrome nefrótica decorrente da nefropatia membranosa lúpica. Casuística e Métodos: R.A.R.N, sexo masculino, 32 anos, solteiro, natural do RJ. Em 2008 começou a apresentar edema de membros inferiores (MMII), aumento de volume abdominal e urina espumosa. Relatava alopecia. Negava alteração do volume urinário, hematúria e outros sintomas. Internado em abril de 2011 na enfermaria de nefrologia do HUCFF em anasarca (edema de MMII, edema periorbitário, ascite e derrame pleural) e hipertenso, para investigação diagnóstica. Trazia exames laboratoriais de maio de 2010 com sorologias negativas para hepatite B, C e HIV. C3 e C4 normais e FAN 1:1280 com padrão nuclear pontilhado grosso. Os exames admissionais demonstravam leucopenia (3220 leucócitos), creatinina 1,0 mg/dL (Clcr estimado 93 mL/ min), hipoalbuminemia (alb 2,7 g/dL), hipercoleresterolemia e EAS com a presença de proteinúria, hematúria e piúria. A proteinúria de 24h foi de 4,1 g. O USG de vias urinárias foi normal. Prescrito diurético de alça e enalapril, evoluindo com melhora da anasarca e controle da pressão arterial. No início de maio de 2011 foi submetido à biópsia (Bx) renal percutânea pela suspeita de nefropatia lúpica. Recebeu alta após procedimento para o ambulatório. Resultado: O fragmento renal obtido pela Bx foi representativo para a realização da microscopia óptica (MO) e para a imunofluorescência (IFI). Na MO observou-se espessamento difuso da membrana basal glomerular (MBG) com áreas típicas de formação de espículas, sem alterações significativas mesangiais. Na IFI havia a presença difusa de depósitos imune (C1q, IgG e C3) ao longo da MBG. Mediante os achados clínicos e histopatológicos foi definido o diagnóstico de nefrite lúpica membranosa. Conclusões: O LES é incomum no sexo masculino. Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia O acometimento renal é comum nesta patologia. A nefrite membranosa é uma das formas de nefrite lúpica, podendo estar presente sem nenhuma outra manifestação clínica ou sorológica. O diagnóstico precoce e a definição da abordagem terapêutica é fundamental para o prognóstico renal. Palavras Chaves: Nefrite lípica membranosa, Síndrome nefrótica Nefropatia IgA com Ateroembolismo Renal – relato de caso FERNANDO SALES, Irene Faria Duayer,Raquel de Melo Silva, Daniela Loss Mattedi, Lecticia Barbosa Jorge, Rui Toledo Barros,Viktoria Woronik HOSPITAL DAS CLíNICAS - FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SãO PAULO Introdução: Ateroembolismo renal é uma forma de lesão renal secundária à oclusão de vasos renais de menor calibre por cristais de colesterol originados de placas rotas de ateroma da aorta ou de outras artérias com maior calibre. Incidência da doença é desconhecida, estando associada a mau prognóstico renal, com freqüente evolução com necessidade de terapia renal substitutiva. Relato: VAL, 21 anos, masculino, branco, natural e procedente de São Paulo-SP. Em maio de 2010, início de cefaléia frontal e latejante, com identificação de picos pressóricos e diagnóstico de hipertensão arterial. Em novembro de 2010, realização de exames laboratoriais em seguimento ambulatorial com presença de hematúria e proteinúria, bem como função renal tocada (Cr 1,6 e Ur 50). Em dezembro de 2010, evolução com edema de membros inferiores ascendente até raiz da coxa, ganho de cerca de 5 kg de peso e presença de espuma na urina. Sem diminuição de débito urinário ou hematúria macroscópica. Negava episódios freqüentes de IVAS ou com relação temporal com o quadro descrito. Previamente hígido e sem nefropatias na família. Exames de admissão hospitalar com piora de função renal (Cr 2,19 e Ur 80). Biópsia renal em 04/04/2011 com 17 glomérulos, 10 totalmente fibrosados, com volume aumentado e hipercelularidade mesangial, epitelial e endotelial. Expansão segmentar de matriz mesangial com depósitos hialinos. Atrofia tubular e intersticial difusas. Vasos renais com fibrose de íntima, endoarteriolite e arterioloesclerose hialina. Presença de imagens negativas fendiformes sugestivas de cristal de colesterol na luz. Imunofluorescência com depósitos granulares mesangiais de IgA (1+/3+), com padrão segmentar e focal. Conclusão diagnóstica de nefropatia da IgA, forma cronificada; tromboembolia por cristais de colesterol; e lesões vasculares consistentes com comprometimento renal na hipertensão arterial sistêmica. Conclusões: O caso descrito demonstra rara associação entre glomerulopatia com desenvolvimento de síndrome nefrótica e ateroembolismo de colesterol, com prognóstico renal reservado. Palavras Chaves: Nefropatia IgA, Ateroembolismo Renal Nefropatia por cilindro com Mieloma Múltiplo – relato de caso FERNANDO SALES,Raquel de Melo Silva, Irene Faria Duayer, Daniela Loss Mattedi, Lecticia Barbosa Jorge, Rui Toledo Barros, Viktoria Woronik HOSPITAL DAS CLíNICAS - FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SãO PAULO Introdução: Doença renal é um problema comum no Mieloma Múltiplo. A patologia é muito heterogênea e pode envolver uma variedade de mecanismos diferentes. Rim do mieloma ou nefropatia por cilindro do mieloma refere-se a insuficiência renal aguda ou crônica que resulta da filtração de cadeias leves tóxicas, levando a lesão tubular e formação de cilindro e obstrução intratubular. Relato: VJS, 62 anos, masculino, pardo, natural e procedente de São Paulo-SP. Em outubro de 2010, início de astenia, febre vespertina não aferida e inapetência. Em janeiro de 2011, evolução com edema de membros inferiores e aumento dos níveis pressóricos. Previamente hígido e sem nefropatias na família. Exames laboratoriais com presença de alteração da função renal (Cr 3,55 e U 79), hematúria (+100 eritrócitos/campo),proteinúria 24 horas 7g/vol, albumina 3,4, anemia (Hb 7,8) e aumento do VHS (140), complemento normal e sorologias negativas. Hipótese inicial de Vasculite Renal e iniciado tratamento imunossupressor (pulso com metilprednisolona e ciclofosfamida endovenosa). Eletroforese de proteínas revelou pico monoclonal de gama, imunofixação sérica com paraproteinas IgG/Kappa e imunofixação urinária revelou proteínas de Bence Jones Kappa. Biópsia renal em 07/04/2011 com 7 glomérulos, com celularidade normal, expansão mesangial segmentar discreta, espaço de Bowman com sinéquias em até 10% dos glomérulos, túbulos atróficos focalmente com esboço de reação gigantocelular e neutrófilos ao redor, com interstício com 50% de fibrose focal. Mielograma (26/05/2011) revelou medula óssea hipercelularidade com 11,6% de plasmócitos anômalos. Conclusões: Mieloma Múltiplo com acometimento renal, habitualmente não se apresenta com hematúria, mas sua presença torna a biópsia renal imprescindível no diagnóstico diferencial de outras etiologias de síndrome nefrítica-nefrótica em idosos. Palavras Chaves: Mieloma Múltiplo Pacientes adultos com diagnóstico de nefropatia por IgA acompanhados no ambulatório de glomerulopatias do Hospital das Clínicas de Goiânia ANA TEREZA AZEREDO BASTOS BRITO,Marilia Rodovalho Guimaraes,Edna Regina S Pereira,Nayara Gomes S da Costa,Gustavo Guilherme Q Arimatéa,Talita Clementino M Cunha,Bianca R Rodrigues Rebelo,Ciro Bruno Silveira Costa HC-UFG Introdução: A nefropatia por IgA (NIgA) corresponde a causa mais comum de glomerulonefrite primária, com pico de incidência na 2°e 3° décadas de vida. Clinicamente manifesta-se como hematúria macroscópica única ou recorrente na maioria dos casos, em menor número como hematúria microscópica ou proteinúria leve, raramente como insuficiência renal aguda (IRA) ou síndrome nefrótica. A biópsia renal está indicada se proteinúria maior que 0,5 a 1g/d, creatinina elevada ou hipertensão arterial. Na imunofluorescência observa-se depósito de IgA em mesângio. Em microscopia óptica nota-se proliferação mesangial difusa e em microscopia eletrônica os depósitos elétron-densos em mesângio. Objetivos: Descrever as características clínicas e histológicas dos pacientes com NIgA acompanhados no ambulatório de glomerulopatias. Casuística e métodos: estudo retrospectivo com revisão de 12 prontuários de pacientes com NIgA acompanhados no ambulatório de glomerulopatias do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, no período de janeiro de 2011 a junho de 2011. Resultados: dos 12 pacientes avaliados 8 eram mulheres com média de idade de 29 anos (media=29 e desvio padrão=13,66) ao diagnóstico. A apresentação mais comum foi proteinúria associada à hematúria em 50% dos casos, síndrome nefrótica em 25% dos casos e 8% com hematúria microscópica isolada, 8 %síndrome nefrítica e 8% hematúria macroscópica com HAS. A creatinina inicial variou de 0,7 a 2,7 (media=1,23 e dp=0,50) e a proteinúria de 0,45 a 8,33/24h (media=2,19 e dp=2,19). Cinco pacientes evoluíram com piora da função renal, destes 3 tinham Cr inicial >1,4mg/dL, todos tinham proteinúria inicial >0,5g/24h, 2 com proteinuria final >3g/dia(media=1,03 e dp=1,40) e 3 com remissão parcial. Todos com dislipidemia, persistência de hematúria micro e alterações na biópsia (esclerose glomerular,fibrose intersticial ou alterações vasculares), 4 com HAS fora do alvo pressórico, 3 com sobrepeso e 1 diabético. Conclusões: Os casos descritos diferem das formas mais comuns de apresentação clínica da NIgA, provavelmente deve-se ao fato de serem referenciados a este serviço terciário os pacientes mais graves, permanecendo os outros casos na atenção primária. A associação com fatores de pior prognóstico classicamente descritos na literatura, explica a evolução clínica desfavorável dos pacientes analisados apesar da terapêutica preconizada ter sido instituída. Palavras Chaves: nefropatia por IgA Padrão das Glomerulopatias no Hospital de Clínicas Gaspar Vianna.Estudo retrospectivo de 9 anos de biópsias renais. RENATA KELLY SOUSA PANTOJA, ANA CRISTINA DE LIMA FIGUEIREDO DUARTE, PAMELA TOLENTINO DA SILVA HOSPITAL DE CLíNICAS GASPAR VIANNA Objetivo: Conhecer a prevalência das glomerulopatias no Hospital de Clínicas Gaspar Vianna. Metodologia:Foram analisadas retrospectivamente,todas as fichas de biópsias renais realizadas no período de agosto de 2002 a junho de 2011.Avaliou-se 168 biópsias renais das quais 79(47%) eram do sexo masculino e 89(53%) do sexo feminino.A média de idade dos pacientes foi de 23anos(+- 18).O dado sobre raça estava ausente na maioria das fichas.No momento da biópsia renal, 94(56%) apresentavam síndrome nefrótica,30(18%)hematúria com proteinúria não nefrótica,27(16%) insuficiência renal,15(9%) síndrome nefrítica e em 2 casos (1%) a biópsia objetivava avaliar esquema terapêutico.Houve destaque para nefropatia lúpica em 47(26,6%) dos casos,seguido de GESF 42(25%),GNM 19(12%),GNLM 17(10%),IgA 8(4,8%),GNDA 5(3%),GNMP 3(1,8%), outras 8(4,8%) e em 19(12%) não foi possível o diagnóstico histológico por material insuficiente ou inadequado. Conclusão:De acordo com os relatos de literatura,nossos achados mostram predomínio da nefrite lúpica sobre as demais doenças glomerulares secundárias.A GESF foi a lesão histológica mais encontrada nas formas primárias.A principal indicação para a realização de biópsia renal nesta população foi a síndrome nefrótica. Palavras Chaves: glomerulopatia, biópsia renal Perfil clínico dos pacientes com glomerulopatia membranosa em acompanhamento em um Hospital Universitário da Região Centro-Oeste ANA TEREZA AZEREDO BASTOS BRITO, Marilia Rodovalho Guimaraes, Edna Regina S Pereira, Nayara Gomes S da Costa, Gustavo Guilherme Q Arimatéa, Talita Clementino M Cunha, Bianca R Rodrigues Rebelo, Ciro Bruno Silveira Costa HC-UFG Introdução. A glomerulopatia membranosa (GM) é uma importante causa de síndrome nefrótica em adultos. Pode ser primária ou secundária e é caracterizada pelo espessamento difuso e homogêneo da membrana basal glomerular na ausência de proliferação celular. A doença pode ter um curso indolente com remissão espontânea da proteinúria ou piora progressiva da função renal. A progressão está frequentemente associada com sexo masculino, maior idade, raça branca, proteinúria superior a 8-10g/dia, creatinina sérica elevada, hipertensão arterial sistêmica (HAS), e achados histológicos de alterações tubulointersticiais ou esclerose focal na apresentação da doença. Objetivo. Determinar o perfil clínico-demográfico dos pacientes com GM em acompanhamento no ambulatório de glomerulopatias. Métodos. Foram revisados os prontuários de 6 pacientes com o diagnóstico de GM primária, atendidos entre janeiro a maio de 2011 no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás e levantados os dados demográficos, clínicos, laboratoriais e anatomopatológicos. Resultados. Foi demonstrado um maior acometimento de homens, na proporção de 4 para 2 mulheres, com média de idade de 46 anos (variando de 40 a 52). Ao diagnóstico, todos apresentaram quadro de síndrome nefrótica com proteinúria média de 7,05g/24h, variando de 3,2-15,2g. Não foi detectada alteração da função renal em nenhum paciente no momento do diagnóstico (creatinina sérica média de 0,8mg/dL). Durante a evolução (tempo médio de acompanhamento=4 a 5 anos), 3 pacientes apresentaram essa complicação (creatinina sérica média de 1,7mg/dL), exatamente aqueles com proteinúria inicial >7g/24h. Apenas 1 paciente não apresentava dislipidemia, 1 apresentava HAS e 50% com hematúria microscópica. À biópsia renal, 2 pacientes mostraram esclerose glomerular, 3 fibrose intersticial leve e 1 fibrose intersticial moderada com alterações vasculares, o mesmo que apresentou proteinúria à admissão de 15,2g/24h. A proteinúria final variou entre 0,12 e 5,51g/24h (média de 2,15), sendo que 2 pacientes atingiram 87 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia remissão completa (<300mg/24h), 3 apresentaram remissão parcial (300mg-3,0g/24h) e 1 evoluiu com piora da proteinúria apesar da terapêutica proposta. Conclusão. Nesta casuística os pacientes com GM são jovens, com uma evolução clínica favorável. Entretanto, aqueles que apresentaram no momento do diagnóstico altos níveis de proteinúria e à histologia fibrose intersticial e alterações vasculares evoluíram com posterior disfunção renal Palavras Chaves: Glomerulonefrite membranosa Perfil dos pacientes submetidos à biópsia renal nos últimos cinco anos num hospital universitário do interior de São Paulo VANESSA DOS SANTOS SILVA,Alessandra M Bales, Luis Felipe Betti Casagrande, Rodrigo Hagemann, Rosa Marlene Viero Faculdade de medicina de Botucatu- UNESP Introdução: O HC de Botucatu é referência para uma grande região de habitantes do centrooeste paulista. Entre janeiro de 2006 e dezembro de 2010 foram realizadas 196 biópsias renais. O objetivo deste estudo é caracterizar os pacientes desta amostra. Metodologia: Realizadas 196 biópsias renais no período e dados clínicos coletados das fichas de cadastro do registro paulista de glomerulopatias. Resultados: Idade média 45±15anos, 100 homens, 5 orientais, 19 negros e o restante brancos ou pardos. Em 100 pacientes a indicação da biópsia foi síndrome nefrótica, em 34 hematúria e proteinúria assintomáticas, e em 32 glomerulonefrite rapidamente progressiva-GNRP. Os principais diagnósticos foram nefrite lúpica (17,2%), Glomerulonefrite membranosa-GNM (15,1%), Nefropatia por IgA-NIgA (10,9%), Nefropatia crônica (10,4%), GESF (9,9%), Nefroesclerose diabética (8,8%), Glomerulonefrite crescêntica (6,25%). Entre as glomerulonefrites primárias, os principais diagnósticos foram GNM (32,9%), seguidas de GESF e NIgA (ambas com 21,1%). Entre os 100 pacientes com indicação de biópsia por síndrome nefrótico, 48 tinham glomerulonefrites idiopáticas, sendo 10% destes portadores de GESF, 25% GNM, 4% lesões mínimas, 4% nefroescleroses hipertensivas e 2% NIgA. Dentre as causas secundárias de síndrome nefrótico, os pacientes lúpicos somam 19 deste grupo. Entre os pacientes que tiveram GNRP como indicação de biópsia, 7(22%) eram nefrites lúpicas classe III ou IV, 11(34%) eram glomerulonefrites crescênticas pauciimunes, e duas (6%) doenças do anticorpo anti-MBG. Entre os diabéticos, 20 (76%) tinham proteinúria nefrótica, a creatinina média era 3,26mg/dl, nove tinham hematúria e apenas dois tinham retinopatia diabética. 65% pacientes tiveram o diagnóstico de nefropatia diabética na biópsia, 15% tinham GNM, e o restante Nefropatia Crônica. Esta amostra contém 33 pacientes lúpicos, sendo que 20 foram submetidos a biópsia renal por síndrome nefrótico e 9 por GNRP. Os diagnósticos foram nefrite lúpica classe IV em 42% dos pacientes, classe V em 33%, classe III em 6%, classe VI em 6%. Conclusão: Neste serviço, os pacientes submetidos à biópsia eram adultos (45 anos) e a principal indicação de biópsia renal foi síndrome nefrótico. Desta forma, o achado de glomerulopatia membranosa como o principal diagnóstico de glomerulonefrites primárias, diferentemente de outros serviços, é compatível com a indicação de biópsia deste serviço. Palavras Chaves: glomérulo, registro Purpura de Henoch-Schönlein em adulto LILIAN DA SILVA SANTOS, MIRNA LUCIA QUEVEDO ECHAGUE,VINICIUS BORTOLOTE PETERLE, PATRICIA BENTO GUERRA, MARIA CARMEN L. F. SILVA SANTOS, ALICE PIGNATON NASERI, LAUDO VASCONCELLOS HOSPITAL DAS CLíNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPíRITO SANTO Objetivo: Relatar um caso de púrpura de Henoch-Schönlein ( PHS) diagnosticado em paciente adulto. Material e Métodos: Revisão de prontuário e relato do caso MPDPO, feminino, 45 anos, procurou o Serviço de Nefrologia do Hospital das Clínicas da UFES encaminhada pelo hematologista, com história de púrpura recorrente há 15 anos em membros inferiores, episódios de epistaxe espontânea, e há 2 meses hematúria macroscópica recorrente. Relatava ainda artralgia freqüente, lombalgia, mialgia generalizada, dor abdominal recorrente e depressão. Já havia realizado biópsia de pele, cuja conclusão foi vasculite leucocitoclástica de pequenos vasos, discreta, com exsudatos mistos, sem realização de Imunofluorescência (IF). Foi internada no nosso Serviço para investigação, com hemograma normal, creatinina 0,9 mg/dl, sorologias para vírus B, C e HIV negativas, FAN e Anti-DNA negativos, complemento sérico normal e p- ANCA e c-ANCA também negativos, sendo submetida então a biópsia renal. Resultados: A microscopia de luz evidenciou lesões glomerulares com padrão de GESF, e à IF comprovou-se depósitos de IgA em mesângio, confirmando a suspeita de PHS para a paciente em questão. Em acompanhamento em conjunto com a Reumatologia, recebeu o diagnóstico de sacroileíte, confirmada por Ressonância Magnética (em investigação de Espondilite Anquilosante), e fibromialgia. Apesar da inexistência de proteinúria importante que indicasse tratamento pela lesão renal, devido presença do quadro sistêmico a paciente iniciou tratamento com Metilprednisolona. Conclusão: A PHS é uma vasculite sistêmica de pequenos vasos que se caracteriza por depósitos teciduais de imunocomplexos contendo IgA, e com um componente cutâneo exuberante. Acomete primariamente crianças, e a incidência em adultos é muito menor, mas nestes as manifestações tendem a ser mais proeminentes e mais graves. No caso de nossa paciente, o diagnóstico só foi possível após a ida ao nefrologista, e graças à biópsia renal, que demonstrou depósitos de IGA. O diagnóstico correto dessa doença possibilita melhor prognóstico renal pois o tratamento da proteinúria, quando presente, pode retardar a progressão para doença renal de estágio terminal. Além disso, nos quadros em que, como na nossa paciente, não há comprometimento renal importante, mas há comprometimento de outros sistemas, pode-se melhorar a qualidade de vida do paciente e evitar complicações importantes relacionados a cada sistema específico. Palavras Chaves: HENOCH-SCHÖNLEIN, NEFROPATIA POR IgA 88 Recorrência precoce de infecciosa: Relato de Caso glomerulonefrite aguda pós- HORáCIO LUIS FONTES GOES DE BARROS, Francisco Pessoa da Cruz Júnior, Tarcilo Machado da Silva, Vítor Hugo Honorato Pereira, André Falcão Pedrosa Costa,Flávio Teles Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas Introdução: A glomerulonefrite aguda pós-estreptocócica (GNPE) tem como uma de suas principais características a resolução espontânea, na forma de um único episódio. A recorrência de GNPE é um evento considerado raro e seus mecanismos ainda não estão bem estabelecidos. Objetivo: Relatar um caso de recorrência de GNPE. Casuística: Paciente do sexo masculino, 14 anos, com edema em membros inferiores (MMII) e bipalpebral há 2 dias, associado a urina escura. Mãe informa que há 7 dias surgiram lesões cutâneas em MMII. Negava episódios prévios semelhantes. Ao exame físico: lesões compatíveis com impetigo em MMII, PA = 160x100mmHg, edema bipalpebral e de MMII ++/4. Exames complementares: ASLO = 400 mU/ml, C3 = 46(90-180), C4 = 18(10-40), CH50 = 50(60-144); EAS: pH = 5, densidade = 1020, proteínas +/4 e 60 hemácias por campo, Na+ = 140 mEq/l, K+ = 4,0 mEq/l, Cálcio = 8,8 mg/dl, fósforo = 4,9 mg/dl, creatinina (Cr) = 1,0 mg/dl. Após 48h de internação a Cr teve seu pico (1,9 mg/dl). Ultrassonografia (USG) com aumento de ecogenicidade renal. Fez uso de penicilina benzatina em dose única, furosemida e amlodipina. Evoluiu com melhora de função renal, do edema e da PA, obtendo alta. Trinta dias após alta, estava sem edema, com PA de 90 x 50mmHg e Cr = 0,7 mg/dl. Dois meses após o primeiro evento houve um novo episódio de edema e elevação da PA. Ao exame físico apresentava foliculite em coxa esquerda, edema de MMII ++/4 e PA = 140x90mmHg. Não utilizou antibiótico. Exames: ASLO = 400 mU/ml, C3 = 23, C4 = 11, CH50 = 35. IgA sérica normal. EAS com pH = 5, densidade = 1025, proteinas +/4 e 48 hemáceas por campo. Cr = 1,2 mg/dl. USG com aumento de ecogenicidade renal. Recebeu furosemida e amlodipina com boa evolução. Dez dias após a alta estava sem edemas, PA = 90x50mmHg, Cr = 1 mg/dl e redução significativa da hematúria. Discussão: A recorrência da GNPE é um evento raro. A maioria dos relatos ocorreu de 9 a 82 meses após o primeiro evento. No caso descrito ocorreu de forma mais precoce (2 meses). Embora o mecanismo exato que leve à repetição da GNPE ainda não seja determinado, sugere-se que a terapia antimicrobiana no primeiro evento possa causar supressão da resposta imunológica contra as cepas nefrogênicas. Outra hipótese é uma falha na resposta imune natural contra determinados antígenos. Conclusões: A recorrência de GNPE é rara, principalmente com apenas 2 meses do primeiro evento. Outros diagnósticos diferenciais devem sempre ser aventados, como a nefropatia da IgA. Palavras Chaves: Recorrência Glomerulonefrite aguda pós-estreptocócica, REDUÇÃO DA PROTEINÚRIA EM PACIENTE COM DIABETES TIPO I ATRAVÉS DO TRIPLO BLOQUEIO DO SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINAALDOSTERONA LILIAN DA SILVA SANTOS, ALICE PIGNATON NASERI, EDGARD AUGUSTO VILLAS BOAS, MIRNA LUCIA QUEVEDO ECHAGUE, PATRICIA BENTO GUERRA, VINÍCIUS BORTOLOTE PETERLE, MARIA CARMEN L. F. SILVA SANTOS, LAURO VASCONCELLOS HOSPITAL DAS CLíNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPíRITO SANTO Objetivo: Relatar o resultado de bloqueio triplo do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) na redução da proteinúria (PTU) em paciente portadora de diabetes tipo I (DM-I). Material e métodos: LPO, 21 anos, com DM-I desde os 9 anos e hipertensão arterial sistêmica (HAS) há 4 anos. Encontrava-se na 4ª gestação, tendo história de pré-eclâmpsia na 1ª gravidez. Durante o acompanhamento pré-natal, devido edema de membros inferiores, realizou pela 1ª vez exame de urina de 24 horas, que mostrou uma PTU de 5,91g. Apresentava fundoscopia com retinopatia diabética não-proliferativa, e Ultrassom renal normal. Com 37 semanas foi submetida a parto cesariano, sem complicações. Após o parto, foi encaminhada ao nosso Serviço para acompanhamento. Na 1ª consulta (Nov/10) apresentava-se em anasarca e hipertensa. Nova PTU solicitada mostrou 9,8g. Iniciou uso de Losartan (25 mg/dia), Furosemida e Espironolactona. A biópsia renal, realizada em novembro de 2009, confirmou nefropatia diabética. A dose de Losartan foi progressivamente aumentada, chegando a 100 mg/dia, e foi associado Enalapril 10 mg/dia. A pressão arterial permaneceu elevada, sendo associado Anlodipina 10 mg/dia. A dose de Furosemida foi aumentada até 240mg/dia. Em maio de 2010, a paciente retornou com piora do edema. A nova PTU mostrou 11,96 g/24h. Aumentamos o Enalapril para 20 mg/dia, e introduzimos Alisquireno na dose de 150mg/ dia. Resultados: Após a introdução do Alisquireno ocorreu redução progressiva da PTU. Em seis meses a paciente apresentou PTU de 2,5 g/24 h, uma redução de 79% em relação à apresentada no início do tratamento. Permanece desde então com este esquema terapêutico. Conclusão: O Alisquireno pertence a uma nova classe de medicamentos que atuam no SRAA, com ação anti-hipertensiva e anti-proteinúrica. Sua associação com outros fármacos que atuam no SRAA demonstrou sinergismo sem efeitos adversos adicionais.Tanto o BRA como os inibidores da enzima conversora da angiotensina são reconhecidos pelo seu efeito renoprotetor, mas a combinação dos dois ainda é controversa devido ao potencial aumento de efeitos adversos. Em pacientes que toleram bem a terapia combinada, a associação do Alisquireno para realizar um triplo bloqueio do SRAA pode ser benéfico na redução da PTU. Entretanto, são necessários mais estudos para a avaliação de sua eficácia e segurança. Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia Relato de caso: Vasculite Anca+ BURDELIS, REM;Betti, E;Suzuki, AYA;Previero, B.M Hospital Estadual Mario Covas, Santo André/SP ID: MRV, 66 anos, , aposentado, pardo, casado. HPMA: Paciente procurou o Hospital com quadro de mialgia e fraqueza em MMSS iniciado há 2 meses, perda de 12 kg no período, Há 1 mês apresenta febre vespertina Refere urina acastanhada com odor fétido. AP: Tb pulmonar tratada há 39 anos; uso diário de diclofenaco por 6 meses. Exame Físico: REG, emagrecido, descorado +/4+, hidratado, eupneico, afebril, normotenso P 60Kg (habitual 73Kg). - Exames: Hb 9,2 Ht 27,3%, Uréia 116mg/dL, Creatinina 5,93 mg/dL, Urina I com proteinuria, leucocituria e hematuria. Urocultura negativa; Prot 6,0g/dL (alb 2,3; glob 3,7); TGO 11 U/dL; TGP 11 U/dL; GGT 8 U/dL; FA 73 U/dL ; TP 11,5s; INR 1,00. Pesquisa de escarro: 3 BAAR negativos - TC de abdome sem alterações. Evolução: Paciente evoluiu com piora progressiva da função renal ,indicado início de hemodiálise por sintomas urêmicos. Durante a investigação, obteve-se: Cl Cr 11,9 ml/min; Fator Reumatóide ‹ 20,0 UI/mL; Sorologias para Hepatites B ,C e HIV não reagentes; VDRL não reagente; FAN nuclear pontilhado fino 1/160; C3 123mg/dL (VR 88-201); C4 27,1mg/dL (VR 13-45); C-ANCA não reagente; P-ANCA reagente 1/20. Indicado Biópsia renal que evidenciou: 25 glomérulos (4 esclerosados e 17 com crescentes celulares). Presença de granulomas com necrose fibrinóide.Iniciado tratamento para vasculite ANCA associada com corticóide e ciclofosfamida. Discussão: As vasculites de pequenos vasos pauci imunes são associadas a circulação de antígenos citoplasmáticos de neutrófilos (ANCA). O envolvimento renal é comum e tipicamente manifesta-se com GNRP, evoluindo para IRC estágio 5 em mais de 40% dos casos em dois anos. Anca pode reagir com constituintes citoplasmáticos(ANCA-C) ou com constituintes perinucleres (ANCA-P). Na Glomerulonefrite de Wegener(GW) a frequência de ANCA-C é de 70%, ANCA-P 20% e ANCA negativo de 10%. Sintomas constitucionais como febre, mialgia, perda de peso, são comuns nas vasculites. Na GW há prdisposição pelos tratos respiratórios superior e inferior, além de envolvimento renal com hematúria, proteinúria e rápida deterioração da função renal. Tratamento consiste na terapia de indução (TI) e terapia de manutenção. São utilizados coticóides e diversos imunossupressores além de plasmaférese. Os marcadores de pior prognóstico são hemorragia alveolar e grau de insuficiência renal no diagnóstico, ANCA-C positivo e grau de fibrose intersticial na biópsia renal. No paciente relatado, ANCA-P positivo, embora menos frequente é fator de melhor prognóstico, assim como ausência de fibrose intersticial renal e hemorragia pulmonar. Síndromes Hemolítico Urêmica e de Guillain-Barré: apresentação clínica concomitante após quadro diarreico. Relato de Caso MONIQUE ISABEL SILVEIRA BECHARA, EDUARDO BARCELOS RACHED, VILMAR DE PAIVA MARQUES, ALCINO REIS MENDES, PRECIL DIEGO MIRANDA DE MENEZES NEVES, MARLENE ANTONIA REIS Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Minas Gerais Introdução: A (SGB) é uma polirradiculoneuropatia inflamatória desmielinizante. A Síndrome Hemolítico Urêmica (SHU) é uma Microangiopatia Trombótica causada por toxinas. Tais doenças possuem em comum um antecedente infeccioso. Nosso objetivo é relatar um caso de apresentação concomitante dessas síndromes após quadro diarreico. Relato de Caso: Paciente sexo feminino, 16 anos, iniciou quadro diarreico, acompanhada por febre e ascite. Após alta hospitalar, iniciou com diminuição do volume urinário. À avaliação nefrológica inicial apresentava oligúria (660ml/24h), normotensa, sem edema, função renal preservada, urina 1 com hematúria (16.000/mm3), proteinúria leve (561mg/dl), e discreto aumento de DHL (510mg/ dl). FAN, HBSAg, Anti-HCV e HIV negativos. Complemento normal. Foi iniciado uso de Furosemida e optado por acompanhamento clínico. Alguns dias após, retornou com quadro de oligoanúria, ascite, picos febris isolados, porém normotensa. Os exames complementares evidenciavam anemia (hemoglobina: 9,6mg/dl), plaquetopenia (100.000mm3), presença de esquizócitos em esfregaço de sangue periférico, creatinina: 4mg/dl, DHL aumentado (801mg/ dl), e albumina: 2,29mg/dl. Foram colhidas culturas e iniciado antibioticoterapia. A paciente foi submetida à biópsia renal e o resultado foi compatível com Microangiopatia Trombótica por Síndrome Hemolítica Urêmica. Foi iniciado então suporte dialítico. Após uma semana, iniciou quadro de parestesia em membros superiores, seguida por plegia, parestesia e arreflexia em membros inferiores, progressiva e ascendente. Procedeu-se à coleta de líquor, que evidenciava proteínas: 104 mg/dL e 3 células/mm3, sendo 2 hemácias e 1 leucócito/mm3, que conjuntamente ao padrão eletroneuromiográfico , caracterizaram a Síndrome de Guillain-Barré, sendo a paciente tratada com imunoglobulina humana ,com melhora progressiva do quadro. Após o tratamento, a paciente voltou a apresentar diurese, escórias estáveis, ficando sem hemodiálise por 20 dias, porém com hipoalbuminemia mantida, evoluiu com novo quadro infeccioso, e óbito por quadro de choque séptico. Conclusão: Mesmo causadas por mecanismos fisiopatológicos diferentes, as duas síndromes podem coexistir. Cabe ao médico estar atento à apresentação dessas duas síndromes graves que se manifestam após quadro diarreico. Palavras Chaves: Síndrome de Guillain-Barré, Síndrome Hemolítico Urêmica 89 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia RESUMOS - SESSÃO POSTER HIPERTENSÃO ARTERIAL Benefícios da angioplastia em paciente portadora de Rim Atrófico à Direita e Oclusão severa à Esquerda MENSURAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL EM HEMODIALISE:A IMPORTÂNCIA DA TECNICA DE AFERIÇÃO MARIA PAULA SANTOS FONTES, Ricardo Sofiatti Mesquita de Oliveira, Sonia Celina Arantes Silva Andrade, Helena Hemiko Iwamoto PAMELA DE ALENCAR FORTALEZA SOUSA,Marcos Kubrusly,Cláudia Maria Costa de Oliveira,Rafael Matos Magalhães,Marcelo de Almeida Pinheiro Lima,Matheus Bonfin de Carvalho Rocha Hospital de Clinicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro Trata-se de um estudo caso do ambulatório de prevenção de doenças renais do Hospital Escola da Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Paciente do sexo feminino, 81 anos, aposentada, procedente da cidade de Uberaba/MG, portadora de hipertensão arterial sistêmica (HAS) fazendo uso de losartan 100 mg/dia e atenolol 50 mg/dia. Nos últimos dois meses a mesma vinha apresentando HAS de caráter maligno, de aproximadamente ∆ PS180 mmHg e ∆PD120 mmHg. Foram introduzidos outros anti-hipertensivos (clonidina 0,400 mg/dia, anlodipina 20 mg/dia), sem melhora da resposta terapêutica e com piora da função renal, apresentando clearance de creatinina de 24 horas = 56 ml/min, uréia de 83,4 mg/dl e creatinina sérica de 1,28 mg/dl, o que caracterizava risco de desenvolver falência renal e futura indicação para terapia renal substitutiva (TRS). Pelo caráter maligno da HAS instalada, indicamos a realização de ultrassonografia com Doppler de vasos renais que mostrou rim direito atrófico e artéria renal esquerda com alteração severa de fluxo. A paciente foi internada e submetidaa arteriografia renal. Neste exame houve a comprovação de oclusão de mais de 90% da artéria renal esquerda, embora o rim esquerdo ainda estivesse perfundido. Foi realizada angioplastia com implante de stent. Após 15 dias de evolução a paciente apresentou redução dos níveis pressóricos, melhora da função renal fazendo uso de apenas 25mg de losartan ao dia, com decréscimo dos níveis de uréia para 49,6 mg/dl e creatinina 0,95 mg/dl, e melhora da função renal. O fato de investir na realização de angioplastia renal na tentativa de conter o curso de uma doença que fatalmente levaria a falência renal foi uma estratégia de sucesso. E ainda, o trabalho de equipe da nefrologia com a cirurgia vascular com a eficiência e a indicação precisa desta última em tempo hábil dentro de uma instituição pública de ensino foram os fatores determinantes para o sucesso deste caso. Portanto, em situações de risco de perda da função renal associada aos riscos da idade da paciente e a mesma ser portadora de rim único funcionante, a angioplastia da artéria renal se mostrou um procedimento de excelência para o tratamento de hipertensão renovascular. Palavras Chaves: hipertensão arterial, rim atrófico FACULDADE CHRISTUS Introdução: A acurácia na medição da pressão arterial (PA) em hemodiálise (HD) não tem sido bem estudada. Objetivos:Avaliar a concordância na medição da PA segundo a mensuração usual (PA de rotina) e a padrão (Diretrizes Brasileiras). Metodos: Foram avaliados pacientes com tempo de diálise > 3 meses e idade ≥ 18 anos. Sendo considerados hipertensos pacientes com PAS ≥ 140 mmHg e/ou PAD ≥ 90 mmHg. A medida da PA padrão pré-HD foi realizada com manguito ajustado para a circunferência do braço. Foi realizada análise de correlação (Pearson) e concordância (Bland-Altman) das aferições da PAS/PAD. Foi considerado significante clinicamente a diferença na aferição da PA > 5 mmHg. Resultados: Foram incluídos 124 pacientes (53 do sexo feminino) com idade média de 52,4 ± 15,6 anos. A correlação entre as medidas de PAS e PAD foi significativa (PAS: r = 0,695, p < 0,001 e PAD: r = 0,579, p < 0,001). A diferença média da PA usual em relação à PA padrão foi de - 6 mmHg para PAS (limites de concordância: - 40,1 a 28 mmHg) e - 5,6 mmHg para a PAD (limites de concordância: -33,1 a 21,8 mmHg) (p <0,001). Em 28,2% (n=35) dos pacientes, o diagnóstico de HAS não foi concordante entre os métodos, sendo que 24 pacientes foram falsos normotensos (19,3%) e 11 falsos hipertensos (8,9%) pela medição usual. Conclusão: A mensuração da PA em HD, segundo as diretrizes brasileiras, deve ser incentivada, evitando assim erros de diagnóstico e tratamento. Palavras Chaves: Pressão Arterial,Hemodiálise PESQUISA CLÍNICA DE DOENÇA ATEROSCLERÓTICA MULTIARTERIAL SINTOMÁTICA EM PACIENTES COM HIPERTENSÃO RENOVASCULAR DE MESMA ETIOLOGIA VILMAR DE PAIVA MARQUES,Precil Diego Miranda de Menezes Neves,Arthur Alberto de Oliveira e Oliveira,Marcela Cristina de Oliveira e Oliveira,Marco Antônio Vieira da Silva,Helena Moisés Mendonça,Luiz Antônio Pertili Rodrigues de Resende Universidade Federal do Triângulo Mineiro INCIDÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL EM ALUNOS DE ESCOLA PÚBLICA E PRIVADA NO MUNICÍPIO DE CAMPINAS-SP CILLO, FB,DAMASCENO, BL,ZANETTI, CB,MONTEMOR, ML,MENDOZA, LVG,CILLO, ACP PUC CAMPINAS - SÃO PAULO Introdução: Considera-se, atualmente, a hipertensão arterial sistêmica (HAS) como uma doença crônica e de caráter epidêmico, apresentando nas últimas décadas um rápido e significativo aumento em seus índices de prevalência por todo o mundo, não somente em populações adultas, mas também entre crianças e adolescentes. A obesidade na infância e adolescência, por sua vez, esta intimamente associada a sua persistência na vida adulta, trazendo consigo uma série de co-morbidades como dislipidemia, hipertensão arterial, alterações no metabolismo da glicose e hiperinsulinemia, conjunto de alterações descrito como “Síndrome Metabólica”. Tal entidade, apesar de amplamente discutida em populações adultas, ainda apresenta poucas avaliações quanto a sua prevalência entre crianças e adolescentes, não havendo consenso ou padronização internacional dos pontos de corte a serem utilizados no estabelecimento do diagnóstico. Outro fator é a condição social de crianças e adolescentes que pode influenciar direta ou indiretamente no desenvolvimento de hipertensão arterial ou obesidade. Objetivos: Comparar a incidência de HAS e Obesidade entre alunos de escola particular e escola pública do município de Campinas - SP. Casuística e Métodos: Foram avaliados 1046 alunos de 7 a 15 anos de escolas pública (renda familiar <3 salários mínimos) e privada (renda familiar >10 salários mínimos) no período de Fevereiro a Julho de 2011, sendo avaliados os seguintes parâmetros: Pressão Arterial , Circunferência Abdominal (CA) e Índice de Massa Corpórea (IMC). Resultados: Dos 1046 alunos, 616 (58,89%) eram estudantes de escola pública e 430 (41,11%) de escola privada. Encontramos os seguintes resultados: Escola Pública - HAS = 261 (42,3%), CA Aumentada = 10 (1,62%), IMC elevado = 46 (7,46%), IMC + CA elevados = 24 (3,89%), IMC elevado + HAS = 44 (7,14%), CA elevado + HAS = 12 (1,94%), HAS + CA elevada + IMC elevado = 59 (9,57%), HAS isolada = 146 (23,7%); Escola privada - HAS = 155 (36,04%), CA Aumentada = 6 (1,39%), IMC elevado = 26 (6,04%), IMC + CA elevados = 34 (7,90%), IMC elevado + HAS = 17 (3,95%), CA elevado + HAS = 1 (0,23%), HAS + CA elevada + IMC elevado = 83 (19,3%), HAS isolada = 54 (12,5%). Conclusão: Encontramos significativa alteração na pressão arterial nos dois grupos estudados: 42,3% da escola pública versus 36,0% da escola privada, sendo que neste grupo a HAS esteve mais presente quando em associação com outros fatores como IMC elevado e aumento da CA. Palavras Chaves: HIPERTENSÃO ARTERIAL, OBESIDADE 90 Introducao: A principal causa potencialmente curavel de hipertensao arterial secundaria e a hipertensao renovascular (HRV), cuja principal etiologia e a aterosclerose, que e uma doenca sistemica. O objetivo desse trabalho e identificar e caracterizar clinico-epidemiologicamente os pacientes com HRV, avaliando fatores de risco cardiovascular e presenca de doenca aterosclerotica multiarterial sintomatica. Metodologia: Selecionou-se pacientes atendidos no Ambulatorio de Nefrologia da UFTM entre 2000-2010, com diagnostico de HRV de etiologia aterosclerotica. Foram avaliados dados epidemiologicos (genero, idade, etnia), fatores de risco para doenca cardiovascular (diabetes melitus - DM, hipercolesterolemia - HCO, hipertrigliceridemia - HTG, tabagismo, sindrome metabolica), informacoes relativas a hipertensao (HAS) - (tempo de diagnostico, historia familiar, numero de medicamentos em uso), eventos cardiovasculares precios (infarto agudo do miocardio - IAM, acidente vascular encefalico isquemico - AVEi, doenca arterial periferica - DAP). Estratificou-se os niveis pressoricos, risco cardiovascular global e Escore Framingham dos pacientes. Valores estatisticamente siginificativos para p<0,05. Resultados: Casuistica de 30 pacientes, maioria feminina (73,3%), idade media: 66 anos, 86,67% brancos. Tempo medio de HAS: 19,94 anos, 89,28% sem historia familiar de HAS, 13,8% com DM, 65,61% fumantes, 17,25% HTG, 62,06% HCO e 66,7% com sindrome metabolica. Numero medio de medicamentos em uso: 3,26. Estenose de arteria renal mais comum a direita (46,72%) e em terco proximal (56,7%). Cerca de 40% com alteracao nos niveis de creatinina. Maioria estagio 2 de HAS (47%) e com alto risco cardiovascular global (73,3%). Escore Framingham medio de 13% (Risco Medio). 66,7% apresentava doenca aterosclerotica em outro ditio, sendo IAM (53,3% dos casos), AVEi: 30%, DAP: 16,67%, IAM + AVEi: 30% dos casos e IAM + AVEi + DAP: 6,67% dos casos. 16,67% dos pacientes com Insuficiencia Renal Cronica em tratamento convervador. 56,67% dos pacientes haviam sido submetidos a cirurgia para correcao da HRV, havendo reducao significativa da Pressao Arterial Sistolica (p<0,0001) e Pressao Arterial Diastolica (p<0,0001) pos-procedimento. Conclusao: A doenca aterosclerotica multiarterial foi bastante frequente o que exige a busca de tais fatores de risco cardiovascular em pacientes com HRV, para tomar-se condutas que previnam danos futuros aos pacientes. Palavras Chaves: Hipertensão Renovascular, Aterosclerose Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia RESUMOS - SESSÃO POSTER INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA Análise das interconsultas realizadas pelo Serviço de Nefrologia do Hospital das Clínicas-UFES MIRNA LUCÍA QUEVEDO ECHAGUE, Alice Pignaton Naseri, Lilian Silva Santos, Mariana Pin de Andrade, Aedra Kapitzky Dias, Abraão Ferraz Alves Pereira, Patricia Bento Guerra, Vinicius Bortoloti Péterle, Fernanda Zobole Péterle, Lauro Monteiro Vasconcellos Universidade Federal do Espirito Santo OBJETIVO: Análise das interconsultas realizadas pelo nosso serviço, no período de agosto de 2009 a junho de 2011. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo retrospectivo do tipo série de casos. A análise foi realizada através de formulário próprio do serviço, 371 casos. As variáveis estudadas foram idade, sexo, etiologia, comorbidades, creatinina inicial, recuperação da função renal, classificação da Lesão Renal Aguda (LRA), necessidade de terapia renal substitutiva (TRS), mortalidade geral, mortalidade em TRS. As informações estatísticas foram tabuladas e analisadas pelo programa SSPS 19.0. RESULTADOS: Dentre os 371 pacientes 57,1% eram do sexo masculino e 42,9% feminino. Idade media dos pacientes foi 56,8 anos. As principais etiologias encontradas foram sepse 40,7%, doença renal crônica (DRC) agudizada 10,2%, Síndrome Cardiorrenal 8,4%, glomerulopatia 7,5%, uropatia obstrutiva 6,2%, desidratação/ hipovolemia 7,3%, cirrose hepática 3,8%, nefrotoxicidade por drogas e contraste 5,4%. A maioria dos atendimentos foi proveniente do Pronto Socorro 49,9%, Centro de Terapia Intensiva (CTI) geral 13,5%, CTI cirúrgica 8,6%, Enfermarias Clínicas 13,7%, Enfermaria Cirurgica 5,9%, Urologia 4,3% e Ginecologia/Obstetrícia 2,4%. As comorbidades mais prevalentes foram hipertensão arterial 49,3%, diabetes melitus 21,8%, DRC 15,6%, Doenças Cardiovasculares (DCV) 22,1%. A creatinina média no inicio do acompanhamento foi 3,2mg/dl. Na chamada do nefrologista por LRA, 45% alcançaram o estágio III da classificação Acute Kidney Injury Network (AKIN), 15,6% AKIN II e 16,4% AKIN I. Dos pacientes que evoluíram com LRA, 23,7% recuperaram totalmente a função renal, 24,3% recuperaram parcialmente e 46,9% não apresentaram recuperação. A TRS foi necessária em 37,5% dos pacientes, destes 94,9% foram submetidos a hemodiálise e 5,1% a diálise peritoneal, sendo que a mortalidade neste grupo foi de 55,3%. A mortalidade geral foi de 37,2%. CONCLUSÃO: concluímos que o perfil dos pacientes avaliados na interconsulta se assemelha aos dos dados da literatura de outros serviços, com discreta diminuição no índice de mortalidade em pacientes em TRS, que no nosso serviço foi de 55,3% e a principal diferença em relação aos dados literários foi uma maior incidência de Glomerulopatias, DRC agudizada e Uropatia Obstrutiva eumamenorincidênciarelativadesepse. Palavras Chaves: interconsulta Avaliação da função renal após nefrostomia percutânea em pacientes com nefropatia obstrutiva por neoplasia no período de fevereiro de 2010 a fevereiro de 2011. MARCIA REGINA DE CASTRO RODRIGUES, Meire Lopes Magalhães Carneiro, Jailson Silva Alves, Alzira Carvalho Paula de Souza, Maria de Jesus Rodrigues de Freitas, Kelly Amaral Santos, Gracilene Lobato Cardoso Guimarães, Ana Paula Monteiro Rodrigues, Vanessa Correa Pantoja Avaliação do potencial reparador da terapia celular com células tronco mesenquimais (CTMs) na lesão renal induzida por radiação ionizante (RI), em modelo animal. Longo, VM, Razvickas, CV, Almeida, WS, Segreto, HRC, Schor, N ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA/ UNIVERSIDADE FEDERAL DE SãO PAULO Introdução: A RI causa morte celular dependendo da dose total, do volume irradiado e de fatores biológicos inerentes ao órgão. O tecido renal apresenta resposta lenta à radiação, com alterações funcionais e histológicas, que podem ser observadas ao longo do tempo. Contudo, é comum a presença da lesão renal aguda num momento inicial. Neste estudo, avaliamos o efeito da terapia com CTMs sobre a lesão induzida pela RI. Objetivo: Avaliar o potencial terapêutico das CTMs obtidas da medula óssea, sobre a lesão renal secundária a RI, em ratas Wistar. Métodos: CTMs foram obtidas de ratos Wistar machos e caracterizadas por citometria de fluxo. Formamos grupos de 9 animais cada: Grupo controle (CTL); Grupo veículo (V); radioterapia ionizante (RI) do rim unilateral direito, em dose única de 8Gy; Grupo tratado com RI e terapia celular 1X106, por via caudal (RI+CTMs). Em seguida, as ratas foram colocadas em gaiola metabólica, para coleta de sangue e urina 24 horas, para análise deCreatS (mg/dL),clearance de creatinina (Clcreat, ml/min) eproteinúria (mg/24h), no 20o e no 40o dia após o tratamento. Resultados: Na primeira avaliação (20º dia), ao compararmos os grupos RI e CTL, verificamos um aumento da CreatS e a redução do Clcreat, (0,96±0,19 vs 0,34±0,02; 0,36±0,14 vs 1,19±0,08; p<0,05, respectivamente). Diferentemente ocorre em relação ao grupo RI, quando comparado com o RI+CTMs, pois observamos diminuição da CreatS e elevação do Clcreat (0,96±0,19 vs 0,42±0,04; 0,36±0,14 vs 0,79±0,12; p<0,05, respectivamente). Na segunda avaliação, no 40o dia,o grupoRI apresentou aumento da proteinúria, quando comparado ao CTL e ao RI+CTM (31,3±5,07 vs 10,8±0,08 e 13,4±1,69; p< 0,05), indicando que o processo de perda de função renal persistiu no grupo tratado apenas com RI. Além disso, houve a manutenção das diferenças nos níveis de CreatS e Clcreat,anteriormente verificadas, no grupo RI quando comparado ao RI+CTM e ao CTL (1,36±0,04vs 0,41±0,04 e 0,39±0,03; 0,47±0,08 vs 1,01±0,13 e 1,06±0,20; p<0,05, respectivamente). Assim, além de reduzir a proteinúria, as CTMs mostraram ser eficientes na melhoria dos níveis das CreatS e do Clcreat. Conclusão: Estes dados preliminares sugerem que a terapia com CTMs apresentou efeito benéfico sobre a lesão renal induzida por RI, neste modelo experimental. Palavras Chaves: lesão renal, células tronco mesenquimais Balanço Negativo de Cálcio Induzido pela Anticoagulação Regional com Citrato em Terapias Contínuas de Substituição Renal Sato, VAH;,Caires, RA;,Marques, IDB;,Pontelli, R;,Goldenstein, PT;,Burdmann, EA;,Costa, MC;,Moyses, RMA; Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo Introdução:Uropatia obstrutiva é a obstrução ao fluxo de urina em qualquer nível do trato urinário, da pelve renal até o meato uretral. Essa obstrução pode ser parcial ou completa, unilateral ou bilateral, aguda ou crônica, congênita ou adquirida.Dentre as causas de uropatias obstrutivas adquiridas temos as neoplasias, que levam à compressão extrínseca. Nefrostomia percutânea (NP) é um método de intervenção realizado para desviar urina nos casos de obstrução urinária. Objetivo:Avaliar a recuperação da função renal após desobstrução urinária através da realização de nefrostomia percutânea no período de fevereiro de 2010 a fevereiro de 2011.Método: A pesquisa realizada foi do tipo transversal, retrospectiva, através da análise das fichas de acompanhamento da Interconsulta da Nefrologia já instituidas no Serviço de Nefrologia do Hospital Ophir Loyola (HOL) e pelo preenchimento do protocolo de pesquisa elaborado pelos autores. Foram incluídos neste estudo todos os pacientes internados neste Hospital com diagnóstico histopatológico de neoplasia, que evoluiram com Insuficiência Renal Aguda (IRA) de causa obstrutiva, confirmada por exame radiológico de imagem (Tomografia abdominal sem contraste), através do qual foi observado sinais de obstrução das vias urinárias e submetidos à desobstrução através de nefrostomia percutânea. Estes pacientes foram avaliados e acompanhados pela Nefrologia no período de fevereiro de 2010 a fevereiro de 2011. Realizou-se uma análise descritiva individualmente cada uma das variáveis e em um segundo momento uma análise inferencial com o uso do teste ChiQuadrado para independência, com um nível de significância de 5%. Resultados: A amostra obtida foi de 51 pacientes, sendo 78,4% do sexo feminino e 21,4% masculino. Dentre as causas da IRA obstrutiva, a principal foi neoplasia de colo uterino com incidência de 78,4%. Dos 51 pacientes, 92,2% foram submetidos à hemodiálise. A maioria dos pacientes (N=22) foram submetidos a desobstrução das vias urinárias através de nefrostomia em um período de até 20 dias entre o diagnóstico e a desobstrução com uma creatinina média de 1,8 com 64% obtendo alta dialítica. Conclusão: A nefrostomia é um bom método para desobstrução das vias urinárias em pacientes com nefropatia obstrutiva, com significativa incidência de alta dialítica, quando realizada em um período de até 40 dias após o diagnóstico. Introdução: Os métodos contínuos de substituição renal que utilizam anticoagulação regional com citrato são comumente empregados em pacientes com lesão renal aguda (LRA) e instabilidade hemodinâmica, especialmente quando há risco de sangramento. Entretanto, este método pode causar um balanço negativo de cálcio e ocasionar piora da instabilidade hemodinâmica dos pacientes. Objetivo: definir o balanço de cálcio em métodos contínuos de hemodiálise com citrato, bem como os aspectos de controle e segurança desta terapia em pacientes críticos. Métodos: Foram avaliadas 10 sessões de hemodiálise venovenosa contínua realizada com dialisato sem cálcio, utilizando anticoagulação regional com citrato. A dose de diálise e o fluxo de dialisato foram constantes e pré-determinados, enquanto a reposição endovenosa de cálcio foi ajustada pelos níveis de cálcio iônico, de acordo com protocolo. Os resultados foram expressos em média ± desvio padrão ou mediana de acordo com a distribuição da amostra. Para análise estatística foram usados teste t, qui-quadrado e coeficiente de correlação de Pearson. Resultados: Características clínicas dos pacientes estudados foram: sete eram do sexo masculino, idade 66±11anos, 6 com LRA, débito urinário de 0,3L(variação 0; 2,4L). Não houve eventos adversos, como arritmias ou coagulação do sistema, durante o procedimento. Os parâmetros bioquímicos basais e ao término do procedimento estão expressos a seguir: cálcio iônico (mg/dL) 4,7±0,4 x 4,2±0,4, fósforo (mg/dL) 5,6±2,6 x 3,1±0,6 e PTH (pg/mL) 140±110 x 69±3, com p<0,05 para todas as variáveis. O balanço médio de cálcio foi de -372mg (variação, -855; 290mg), sendo negativo em 8 pacientes. A ultrafiltração (UF) efetiva média obtida foi de 6,3±1,9L. O balanço de cálcio tem tendência à correlação negativa com a UF (R=-0,58; p=0,09). Curiosamente, a despeito de balanço negativo de cálcio, os níveis de PTH diminuíram após 24h de terapia. Conclusões: Este estudo mostra que ocorre balanço negativo de cálcio em pacientes críticos submetidos a métodos contínuos de hemodiálise, o qual não é compensado por elevação de PTH, provavelmente pela gravidade e ambiente inflamatório em que se encontram estes pacientes. Nossos resultados sugerem que é necessária uma monitoração mais rigorosa dos níveis séricos de cálcio iônico durante a realização de métodos contínuos de hemodiálise, especialmente em pacientes que necessitam de altas taxas de UF. Palavras Chaves: INSUFICIENCIA RENAL AGUDA Palavras Chaves: hemodiálise contínua, balanço de cálcio HOSPITAL OPHIR LOYOLA 91 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia Características clínicas e mortalidade de pacientes com injúria renal aguda (IRA) em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) submetidos à hemodiálise (HD) Silva OFLLO,Belúcio-Neto J, Moysés-Neto M, Lopes PC, Basile-Filho A, Dantas M, Nicolini EA, Romão EA Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP Em pacientes críticos vários fatores estão envolvidos com a alta mortalidade, incluindo a classificação de RIFLE para IRA, a sobrecarga de volume, escore de APACHE II, número de órgãos em falência e outros. OBJETIVOS: avaliar fatores relacionados à mortalidade de pacientes críticos com IRA. MÉTODOS: dentre 190 pacientes críticos submetidos à HD, avaliaram-se retrospectivamente 67. A gravidade foi avaliada pelo escore APACHE II. A sobrecarga de volume foi calculada pela equação: (Balanço hídrico acumulado/peso)x100. Dias no mesmo RIFLE: número de dias no mesmo estádio de RIFLE até a HD. Diálise precoce: 0 a 3 dias de mesmo RIFLE. RESULTADOS: idade 55 anos (18-86), gênero masculino 33, feminino 34; dias de internação na UTI 11 (2-9); dias de internação hospitalar 24 (5-124); comorbidades: hipertensão arterial 22, diabetes 13, hepatopatia 15. Etiologia da admissão na UTI: infecciosa 36; insuficiência respiratória 11; cardíaca 6; neurológica 5; pós-PCR 4; cirúrgica emergência:eletiva 2:1; outras 2. 49 (73,1%) pacientes apresentaram choque (séptico 39, distributivo não-séptico 6, cardiogênico 2, misto 2). 47 (70%) pacientes foram a óbito. O tempo de internação até o óbito foi de 11 (2-62) dias. A causa do óbito foi: choque séptico 33, pneumonia 6, outras 8. O balanço hídrico acumulado foi 3975 (-1100 a 28200) mL. Não houve diferença entre o grupo de pacientes que foi a óbito e o que sobreviveu em relação à sobrecarga de volume (> ou < 10%) (p=0,8), diálise precoce (p=0,1), número de sessões de hemodiálise (p=0,5), tempo de permanência em ventilação mecânica (p=0,36). Todos os pacientes que dialisaram estavam no estádio F de RIFLE, exceto dois dos sobreviventes que estavam no estádio 2. Número de dias de mesmo RIFLE: 2 (0-7). A sobrevida foi semelhante entre aqueles que tiveram mais ou menos dias no mesmo RIFLE (p=0,5). O APACHE dos pacientes que foram a óbito (29; 11-42) foi significativamente maior que o APACHE dos sobreviventes (23; 16- 33) p< 0,01. O mesmo ocorreu para o número de órgãos em falência (2,1 ± 0.2 x 2.9 ± 0.1) (p<0,01). Não houve diferença entre o APACHE dos pacientes com diálise precoce ou tardia (p=0,62). CONCLUSÃO: a principal causa de óbito foi choque séptico e associaram-se à maior mortalidade o escore de APACHE e o número de órgãos em falência. A sobrecarga de volume e a indicação mais tardia de diálise não se associaram à redução da sobrevida, o que pode ser justificado pela limitação amostral. Palavras Chaves: IRA, UTI Caracterização de doentes que desenvolveram insuficiência renal aguda na Unidade de Terapia Intensiva Silva ADL1, Freitas AA1, Waters C1, Cardoso LGS1, Chiavone PA2 1 - FACULDADE DE CIêNCIAS MéDICAS DA SANTA CASA DE SãO PAULO 2 - IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO Introdução: A Insuficiência Renal Aguda (IRA) ocorre em grande parte dos doentes internados em UTI devido a fatores como a gravidade da doença, necessidade de exames diagnósticos contrastados ou uso de medicamentos potencialmente nefrotóxicos. Objetivos: Identificar o perfil epidemiológico e clínico dos doentes internados na UTI e caracterizar aqueles que desenvolveram IRA. Método: Estudo prospectivo, descritivo e quantitativo realizado nas UTIs de um hospital de ensino no município de São Paulo. Os dados foram coletados após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, dos prontuários dos doentes por um período de 45 dias, entre os meses de fevereiro e março de 2011, e acompanhados até o desfecho hospitalar. Foram considerados doentes com IRA aqueles com diagnóstico médico no prontuário, desenvolvida durante o tempo de internação na UTI. Analisadas as seguintes variáveis: sexo, idade, tipo de internação, desfecho na UTI e na enfermaria e tempo de internação. Para os doentes com IRA foi verificada a necessidade de Terapia Renal Substitutiva (TRS). Resultados: Foram incluídos 186 doentes, sendo 114 (61,3%) do sexo masculino e 72 (38,7%) do sexo feminino. A idade variou de 21 a 87 com média de 54,8 anos. Quanto ao tipo de internação, 93 (50,0%) foi cirúrgica eletiva, 26 (14,0%) cirúrgica de urgência e 67 (36,0%) clínica. O tempo de internação na UTI variou de 1 a 39 dias com média de 6,97 dias. Quanto ao desfecho na UTI, 151 (81,2%) foram transferidos para a enfermaria, 33 (17,7%) foram a óbito e 2 (1,1%) tiveram outros desfechos. Dos doentes transferidos para a enfermaria, o principal desfecho foi a alta hospitalar com 116 doentes (76,8%), seguido do óbito com 21 (13,9%) e 14 (9,3%) reinternações na UTI. Dos 186 doentes, 18 (9,7%) tiveram diagnóstico médico de IRA durante a internação na UTI. Desses, 12 (66,7%) eram homens, com média de idade de 64,5 anos. Quanto ao tipo de internação, 10 (55,6%) era cirúrgica eletiva, 1 (5,5%) cirúrgica de urgência e 7 (38,9%) clínica. Foram submetidos à TRS 13 (72,2%) doentes. O principal desfecho da UTI foi a transferência para a enfermaria, com 10 (55,6%) doentes, seguido do óbito com 8 (44,4%). Dos doentes transferidos para a enfermaria, 5 (50,0%) foram a óbito, 4 (40,0%) tiveram alta hospitalar e 1 (10,0%) reinternou na UTI. Conclusão: Predominou doentes do sexo masculino, submetidos a cirurgias eletivas. A idade média e a mortalidade (UTI e enfermaria) foram maiores entre os doentes que desenvolveram IRA. Descrição de caso de nefrotoxicidade por pigmento associado à anemia hemolítica macroangiopática. Janaina Padula Picotti, DIOGO DA ROCHA VINAGRE, Paula Carbone Diaz, João Egídio Romão Junior, Irene de Lourdes Noronha, Maria Regina de Araujo, Dino Martini Filho, Hugo Abensur Clinica de Nefrologia - Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo Objetivo: Relatar caso de nefrotoxicidade por hemossiderina associado à anemia hemolítica 92 macroangiopática por escape valvar periférico de prótese biológica mitral. Relato do caso: Paciente de 82 anos, sexo feminino, branca, evoluiu com quadro de insuficiência cardíaca descompensada, piora da função renal e urina acastanhada. Antecedentes prévios: Valvulopatia mitral há 30 anos, com quatro cirurgias de intervenção nesta válvula, sendo a última troca por prótese biológica em 2002, Acidente Vascular Encefálico hemorrágico há 10 anos, Hipertensão Arterial Sistêmica há 20 anos, Fibrilação Atrial crônica há 10 anos, Doença Renal Crônica estágio IV (creatinina basal – 1,25 mg/dl). Exames laboratoriais: hemoglobina 6,9 g/ dL, leucócitos – 12.200/mm3, plaquetas – 202.000/mm3, creatinina de 1,9 mg/dL (clearance de creatinina: 16 ml/min), bilirrubinas totais 2,7 mg/dL, DHL: 4162 mg/ dL, esquizócitos presentes, haptoglobina <8 g/L, reticulócitos de 8%, urina I com hemoglobina presente, sem proteinúria ou hematúria. USG de Rins - rins reduzidos de tamanho, relação córtico-medular preservada. Ecocardiograma transesofágico visualizou presença de insuficiência periprotetica importante e central moderada na prótese biológica mitral. Realizada biópsia renal que evidenciou interstício com fibrose em 20% da amostra, túbulos conservados com grande quantidade de pigmento granular de hemossiderina no citoplasma de suas células. Paciente evoluiu com piora progressiva da função renal com necessidade de terapia renal substitutiva e transfusões frequentes. Devido à instabilidade da paciente foi optado pela equipe cirúrgica não intervir em prótese mitral e paciente faleceu 30 dias após início do quadro. Discussão: O mecanismo de hemólise intravascular em pacientes com disfunção de prótese valvar é resultado de trauma mecânico aos eritrócitos liberando hemoglobina no plasma que após uma série de reações a mesma é incorporada ao túbulo proximal, podendo causar injúria renal aguda por 3 mecanismos: hipoperfusão renal, citotoxicidade direta e cilindros intratubulares formados pela interação de proteínas Heme com proteínas de Tamm-Horsfall. Concluímos que injúria tubular secundária ao Heme deve ser considerada como causa de disfunção renal em todos os pacientes com doença cardíaca valvar ou prótese. Palavras Chaves: nefrotoxicidade, hemólise Diferentes padrões em uma coorte de pacientes com a forma grave de leptospirose (Doença de Weil): Efeitos de um programa educacional em uma área endêmica PEDRO ERNESTO BEZERRA LIMA1, Geraldo Bezerra da Silva Junior2, Rosa Maria Salani Mota3, Hermano A.L. Rocha4, Krasnalhia Lívia Soares de Abreu4, Adller G.C. Barreto4,Eanes D.B. Pereira4, Sônia Maria Holanda Almeida Araújo4, Alexandre Braga Libório5, Rafael S.A. Lima6, Elizabeth De Francesco Daher4 1 - UNIVERSIDADE DE FORTALEZA- UNIFOR 2 - Departamento de Medicina Clínica, Universidade Federal do Ceará; Curso de Medicina, Centro de Ciências da Saúde, Universidade de Fortaleza 3 - Departamento de Estatística, Universidade Federal do Ceará 4 - Departamento de Medicina Clínica, Universidade Federal do Ceará 5 - Curso de Medicina, Centro de Ciências da Saúde, Universidade de Fortaleza 6 - Serviço de Nefrologia, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo Introdução: A forma grave de leptospirose (Doença de Weil) é caracterizada pela tríade de lesão renal aguda (LRA), icterícia e fenômenos hemorrágicos, sendo endêmica no Brasil. O objetivo deste estudo é investigar as mudanças ocorridas no perfil clínico e nas medidas terapêuticas em pacientes com LRA associada à leptospirose após a implementação de um programa educacional em uma área endêmica do Brasil. Metodologia: Foi realizado estudo retrospectivo com 318 pacientes com Doença de Weil internados em hospitais terciários no período de maio de 1985 a dezembro de 2010. Os pacientes foram divididos em dois grupos de acordo com o ano de admissão: grupo I (1985-1996) e grupo II (1997-2010). Foi instituído um programa educacional em meados da década de 1990, com o objetivo de padronizar o atendimento dos pacientes com LRA e reduzir a mortalidade. A análise estatística foi feita pelo programa SPSS 17,0. Resultados: Houve 94 pacientes no grupo I e 224 no grupo II. Os pacientes no grupo I tiveram maior frequência de arritmias (20% vs. 11,6%, p=0,04) e necessidade de diálise (75% vs. 24%, p<0,0001). O número de pacientes com oligúria foi maior no segundo grupo. A mortalidade foi significativamente maior no grupo I (20%) que no grupo II (12%), p=0,039. Os fatores associados ao óbito foram idade avançada, pressão arterial diastólica abaixo de 60mmHg, arritmia e oligúria. Conclusão: A leptospirose está ocorrendo em uma população mai velha, com maior gravidade. A mortalidade está diminuindo, podenso ser atribuída em grande parte a uma melhor abordagem destes pacientes. EFEITO DO POTENCIAL DE REPARAÇÃO DAS CÉLULAS-TRONCO MESENQUIMAIS (CTMS) NA INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA (IRA) INDUZIDA PELO ACICLOVIR (AC) EM RATAS. JOELMA SANTINA CHRISTO, Lopes PGM, Simões MDJ, Reis LA, Schor N UNIFESP/EPM,Departamento de Medicina INTRODUÇÃO:O Acilovir AC é um fármaco antiviral utilizado no tratamento por herpes simples tipo 1 e 2 e da varicela zoster, distribui-se amplamente em todos os tecidos do organismo, sendo muito elevado nos rins o que pode induzir nefrotoxicidade. Essa nefrotoxicidade é caracterizada por uma lesão aguda, com o esperado aumento da creatinina e da uréia decorrentes da redução da, filtração glomerular e tem como substrato anatomo-patológico a necrose tubular aguda. As CTMs tem capacidade de auto-regeneração. OBJETIVO: Nesse estudo avaliamos os efeitos de reparação das CTMs na IRA induzida por AC em ratas. MATERIAL E MÉTODOS: As CTMs foram coletadas da tíbia e fêmur de ratos adultos Wistar machos. Em experimentos anteriores, as CTM foram caracterizadas por citometria de fluxo e também diferenciadas em adipócitos e osteócitos. Em seguida, as ratas Wistar fêmeas foram tratadas com AC na dose de 80mg/kg/dia intraperitoneal durante 5 dias e o grupo controle Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia (CTL) recebeu a mesma dose de PBS. Ao final destes tratamentos administramos1X106 de CTMs em 200μl de PBS via veia caudal e foram avaliados após 48 e 72 horas. Foram coletadas amostras de sangue e urina para a determinação da creatinina, uréia, Os resultados foram expressos como média ± EP; e analisados pelo método One-Way ANOVA. Resultados significantes quando P< 0,05. Resultados: Após 5 dias de tratamento com AC observamos aumento (P<0,05) dos níveis de creatinina (1,7± 0,1 mg/dl) e uréia (174,5±0,2 mg/dl) séricas comparados aos animais do grupo CTL( 0,7±0,01 e 56,0±0,1 mg/dl)..Após 48 e 72 horas da administração das CTMs observamos melhora da função renal caracterizada pela normalização desses parâmetros(Cr 1,3±0,1 AC vs AC+CTM 0.9±0,2 e uréia 143,5±0,2 vs AC+CTM 89,2±0,2, P< 0,05) 48 horas e ( Cr 1,7±0,1 Ac vs AC+CTM 1,0±0,11 e uréia 174,5±0,2 AC vs AC+CTM 112,9±0,01, P< 0,05) 72 horas quando comparados aos animais que receberam somente AC e aos animais do grupo CTL . A análise morfológica revelou uma congestão glomerular com dilatação tubular nos animais tratados com AC durante 5 dias no entanto nos animais tratados com AC+CTM durante 48 e 72 horas esse efeito foi amenizado. Conclusão: Os resultados preliminares sugerem um potencial efeito de reparação das CTMs na injúria renal aguda induzida pelo AC tanto na função como na morfologia. pacientes, três foram contaminados por indistinguíveis cepas de P. aeruginosa isoladas em dois diferentes sítios de infecção. Além disso, dois destes três pacientes apresentaram cepas genotipicamente distintas em outro local de infecção, com uma semelhança abaixo de 68,5% e 62% com outras isoladas do mesmo paciente. Finalmente, os três outros pacientes apresentaram cepas originadas de um mesmo clone isoladas de sítios diferentes, sendo que dois destes apresentaram contaminação por linhagens com níveis de similaridade acima de 80%. Conclusão: Os resultados demonstram que um mesmo clone de P. aeruginosa contaminou um mesmo paciente em diferentes sítios, sugerindo que os cuidados a esses pacientes devem ser melhorados a fim de se evitar a contaminação entre sítios distintos. Também, o isolamento de linhagens com alta similaridade genotípica de diferentes pacientes sugere que ocorreu uma possível contaminação cruzada no ambiente hospitalar. Palavras Chaves: células tronco BICHUETTE-CUSTODIO F, SOUZA GR,ALMEIDA FRN,GONÇALVES ER, FRANÇOSO MM, MACHADO RD, PAVANI RB, BAPTISTA MASF, RAMALHO HJ, LIMA EQ FATORES PREDITIVOS DA EVOLUÇÃO A LONGO PRAZO DE PACIENTES APÓS LESÃO RENAL AGUDA DISCIPLINA DE NEFROLOGIA - FACULDADE DE MEDICINA DE SãO JOSé DO RIO PRETO GERMANA ALVES DE BRITO, JULIANA MARIA GERA ABRAO, DANIELA PONCE, ANDRE LUIZ BALBI UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA BOTUCATU-SP Introdução: A Lesão Renal Aguda (LRA) é síndrome associada a elevadas taxas de mortalidade intra-hospitalar. No entanto, dados de sobrevida a longo prazo são escassos e controversos. Este estudo teve como objetivos avaliar a evolução a longo prazo de pacientes após episódio de LRA por necrose tubular aguda (NTA)e identificar fatores de risco associados ao óbito. Metodologia: Estudo tipo coorte prospectivo que avaliou a evolução de pacientes que sobreviveram a episódio de LRA, por um período mínimo de 12 meses, de outubro de 2004 a maio de 2011. As variáveis analisadas foram idade, sexo, classificação da NTA (isquêmica, nefrotóxica ou mista), comorbidades (diabetes, hipertensão e doença renal crônica), etiologia da internação (doença cárdio-vascular, sepse, pós operatório, hepatopatias e outras), necessidade de terapia renal substitutivas (TRS) e creatinina (Cr) após 12 e 36 meses de seguimento. Foi realizada análise descritiva da população com os resultados apresentados como média±desvio padrão ou mediana e considerado significância estatística quando p<0,05. Para identificação dos fatores preditivos de óbito foi realizada análise univariada com construção de curvas de sobrevida utilizando Kaplan Meyer e teste de log rank, e posteriormente a análise multivariada com o modelo de regressão de Cox utilizando stepwise. Resultados: Foram seguidos 212 pacientes, dos quais 34,4% eram diabéticos, 39,1% tinham doença renal pré-existente, 38,6% apresentavam doença cardiovascular. A média de idade foi 59±16,1 anos e o tempo de seguimento 26,7 meses (18,4-43,1). Ao fim do seguimento foi observado mortalidade de 24,5%, 4,7% dos pacientes necessitaram de TRS e 19,3% perderam o seguimento. Na análise univariada, foram encontrados como fatores associados ao óbito: idade (RR 1,05, p<0,0001); doença cardiovascular (p=0,01); doença renal crônica (p=0,008); Cr após 12 meses de seguimento (RR 1,43, P=0,015) e Cr após 36 meses de seguimento (RR 1,58, p=0,004). Na análise multivariada foram identificados como preditores independentes de óbito, idade (RR 6,4, IC95%=1,2-34,1 e p<0,02) e Cr após 12 meses de seguimento (RR 2,1, IC95%=1,14-4,1 e p=0,017). Conclusão: Este estudo mostra que idade e Cr após 12 meses de seguimento são fatores preditivos independentes de mortalidade após NTA, sendo necessário o seguimento a longo prazo dos pacientes. Estudos futuros são necessários para explorar a relação entre sobrevida e marcadores de mortalidade após a LRA. Palavras Chaves: injuria renal aguda Genotipagem de cepas isoladas de Pseudomonas aeruginosa de pacientes em terapia renal substitutiva VIVIANE FERREIRA1, ROBERTO MARTINEZ1, MIGUEL MOYSES NETO1, JAQUELINE PASSAGLIA2, FáBIO CAMPIONI2, JULIANA PFRIMER FALCÃO2, JOSé ABRãO CARDEAL DA COSTA1 1 - FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRãO PRETO – USP 2 - FACULDADE DE CIêNCIAS FARMACêUTICAS DE RIBEIRãO PRETO – USP Introdução: Frequentemente pacientes atendidos em situações de urgência podem desenvolver lesão renal aguda (LRA) evoluindo com necessidade de terapia renal substitutiva (TRS) o que favorece uma incidência elevada de infecção e altos índices de mortalidade. A Pseudomonas aeruginosa é uma bactéria gram-negativa, que permanece como um dos mais prevalentes agentes de infecções hospitalares em todo o mundo. Seu ambiente de origem é o solo, mas sendo capaz de viver mesmo em ambientes hostis, sua ocorrência é comum em outros ambientes. É um patogênico oportunista, ou seja, que raramente causa doenças em um sistema imunológico saudável, mas explora eventuais fraquezas do organismo para estabelecer um quadro de infecção. Essa característica, associada à sua resistência natural a um grande número antibióticos e anti-sépticos a torna uma importante causa de infecções hospitalares. Objetivos: Comparar linhagens isoladas de um mesmo paciente portador de LRA isoladas em diferentes sítios e comparar as linhagens de diferentes pacientes. Metódos: Um total de 14 cepas de Pseudomonas aeruginosa foi isolado de diferentes locais em seis pacientes diferentes. A diversidade genotípica foi assegurada por PFGE. Foi utilizada a enzima XbaI. Os dados foram analisados por Bionumerics 5.1 e faixas entre 48,5 e 533,5 bp de tamanho foram incluídas na análise de PFGE. O dendrograma de similaridade foi construído pelo método UPGMA através do coeficiente de similaridade DICE. Resultados: Do total de seis Palavras Chaves: TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA, PSEUDOMONAS AERUGINOSA Glomerulonefrite Rapidamente Progressiva ANCA-relacionada em Paciente Portador de Blastomicose Introdução: Em pacientes com Injúria Renal Aguda (IRA) associada a hematúria e proteinúria o diagnóstico de glomerulonefrite rapidamente progressiva (GNRP) deve ser considerado, dentre elas as GNRP-ANCA relacionadas. Infecções virais, bacterianas e fúngicas já foram descritas na literatura como gatilhos da cascata inflamatória que culmina com a lesão vascular. Objetivo: Relato de caso de paciente portador crônico de blastomicose que desenvolveu IRA por GNRP-ANCA. Relato de Caso: Paciente masculino, 62 anos, histórico de Blastomicose traqueal há 10 anos, tratada na ocasião com Itraconazol, com critérios de cura. Sorologias para PB micose de 1 ano antes foram negativas. Admitido por febre com duração de 8 dias e queda do estado geral. Vinha em uso de Levofloxacino por suspeita de infecção pulmonar. Há 10 meses evoluindo com perda ponderal (9 kg) e episódios de “pneumonia”. Exames à admissão: creatinina 6,2 mg/dl, urina tipo 1 com traços de proteína e hematúria (155.000/mm3). US rins e vias urinárias normais. Creatinina basal 1,2 mg/dl (9 meses antes da admissão). Sorologias para vírus hepatite B, C e HIV negativas Complemento sérico C3 = 103 C4 = 24 (normais). Paciente evoluiu com redução progressiva da diurese, edema pulmonar e piora de função renal. Iniciado hemodiálise, realizada biópsia renal, e pulsoterapia de 3 dias com Metilprednisolona. Biópsia: extensa vasculite, com crescentes fibrocelulares em 30% dos glomérulos, 50% esclerosados. Resultado do ANCA solicitado na admissão: P-ANCA + , 1/320. Paciente permaneceu dependente de HD, evoluiu com pneumonia e choque séptico, sendo transferido para UTI, não sendo possível uso de Ciclofosfamida pela infecção grave. Evoluiu para óbito 04 dias após. Discussão: As vasculites ANCA relacionadas são importantes causas de IRA e vários são os gatilhos imunológicos descritos. Na literatura há relatos de 2 outros casos (pacientes de 16 e 69 anos) com diagnostico de blastomicose que desenvolveram vasculites ANCA relacionadas, ambos c-ANCA +. Mesmo pela correlação atemporal apresentada em nosso caso ( 10 anos entre o diagnóstico da blastomicose e a injuria renal aguda) a associação com a blastomicose não pode ser descartada como o fator desencadeante da vasculite Palavras Chaves: GNRP-ANCA, BLASTOMICOSE INCIDÊNCIA DE INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA EM PACIENTES CRÍTICOS E SUA ASSOCIAÇÃO COM ESTADO NUTRICIONAL E MORTALIDADE Pontes DP, Araújo RG, Barbosa MSS, Luz Neto LM, Silva JE HOSPITAL DAS CLíNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO A insuficiência renal aguda (IRA) pode ser definida como perda da função renal, de maneira súbita, e potencialmente reversível independentemente da etiologia ou mecanismos, provocando acúmulo de substâncias nitrogenadas (uréia e creatinina), acompanhada ou não da diminuição da diurese. As Unidades de Terapia Intensiva (UTI) têm uma incidência elevada de IRA, podendo, em alguns casos, chegar a 23%. A mortalidade é alta, especialmente nos casos em que há necessidade de diálise, com índices que variam de 37% a 88%. As causas mais frequentes de incidência de IRA são choque séptico, hipovolemia, aminoglicosídeos, insuficiência cardíaca e uso de contrastes para Raio X. Além disso, outros fatores de risco são importantes no desenvolvimento da IRA como: idade avançada, doença hepática, nefropatia pré-existente e diabetes. O objetivo do presente estudo foi avaliar a incidência de IRA em pacientes críticos e associá-la ao estado nutricional e a mortalidade. Foi realizado um estudo restrospectivo com todos os pacientes com idade acima de 18 anos, de ambos os sexos, internados na UTI do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco no período de junho de 2010 a junho de 2011, onde foram coletadas das fichas de avaliação nutricional, informações sobre sexo, estado nutricional, utilizando o Índice de Massa Corporal (IMC) como indicador e dividindo os pacientes em 3 grupos: baixo peso, eutrofia e excesso de peso, incidência de IRA e desfecho clínico (alta ou óbito). Todos os dados foram analisados no software estatístico SPSS versão 18.0. Foram avaliados 109 pacientes, dos quais 58 eram do sexo feminino (53,2%). A incidência de IRA foi observada em 51 pacientes (46,8%). Dos pacientes que apresentaram IRA, 39 (76,5%) foram a óbito, enquanto 12 (23,5%) foram de alta, apresentando diferença estatisticamente significativa (p=0,001). O IMC de eutrofia foi prevalente (41,2%), seguido de baixo peso (37,3%) e excesso de peso (21,6%). Como conclusão, observou-se uma alta incidência de IRA na UTI estudada e uma maior ocorrência de óbito nestes pacientes. Além disso, foi verificado que não houve correlação do estado nutricional com a incidência de IRA e desfecho clínico. Palavras Chaves: Lesão renal aguda, Mortalidade 93 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia INCIDÊNCIA DE INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA EM PÓS OPERATÓRIO DE CORREÇÃO DE CARDIOPATIA CONGÊNITA CILLO, FB, DAMASCENO, BL, ZANETTI, CB, MONTEMOR, ML, MENDOZA, LVG, ANTONIALI, F, CILLO, ACP PUC CAMPINAS, SÃO PAULO Introdução: A insuficiência renal aguda (IRA) pode ser definida como a alteração aguda da função renal caracterizada por elevação dos níveis de creatinina sérica superior a 30% dos valores basais. Entre as causas de IRA em crianças estão as submetidas à correção de cardiopatia congênita associadas à insuficiência cardíaca secundária e a outros fatores, como, por exemplo, tempo de cirurgia e tempo de circulação extra corpórea (CEC). Objetivos: analisar a incidência de IRA no pós-operatório de crianças submetidas à correção de malformação cardíaca na unidade de terapia intensiva pediátrica do Hospital e Maternidade Celso Pierro - PUC CAMPINAS. Casuística e métodos: foram avaliadas 77 crianças, de ambos os sexos submetidas à correção cirúrgica , no período de janeiro de 2009 a abril de 2011, sendo avaliados: tipo de malformação cardíaca, tempo de isquemia intra operatória, CEC e função renal. Foi critério de exclusão crianças com patologia renal prévia. Resultados: De 77 pacientes, foram excluídos 13 (16,88%). Dos 64 pacientes (54 utilizaram CEC), sendo 35 (54,68%) do sexo feminino e 29 (45,31%) do sexo masculino, com idade que variou de 15 dias a 12 anos (média de idade de 26,4 meses). 44 pacientes não apresentaram alteração da função renal: 5 (11,36%) com Tetralogia de Fallot, 4 (9,09%) Comunicação Interventricular (CIV) + Comunicação Inter atrial (CIA), 13 (29,54%) CIA, 4 (9,09%) Persistência do Canal Arterial (PCA), 4 (9,09%) Defeito do Septo Atrioventricular (DSAV), 7 (15,90%) CIV, 5 (11,36%) Coartação da Aorta, 1 (2,27%) Estenose Aórtica e 1 (2,27%) Dupla Saída de Ventrículo Direito. Os 22 (34,37%) pacientes restantes desenvolveram IRA: 5 (22,7%) Transposição de grandes vasos, 4 (18,1%) tinham Tetralogia de Fallot, 4 (18,1%) CIV, 3 (13,6%) CIA, 1 (4,54%) PCA, 2 (9,09%) DSAV, 2 (9,09%) Coartação de Aorta e 3 (16,3%) outras patologias (Shunt Arteriovenoso Sistêmico, Estenose Mitral e Atresia Pulmonar). Em relação ao tempo de isquemia cirúrgico dos 22 pacientes que desenvolveram IRA, 7 (31,81%) não realizaram CEC, 7 (31,81%) tiveram tempo de isquemia <90 min e 8 (36,36%) tiveram tempo de isquemia >90 min. Conclusão: Concluímos que a IRA é patologia freqüente nas cirurgias cardíacas pediátricas (34,37%), parecendo estar mais associada à patologia de base do que ao tempo de isquemia. Palavras Chaves: CREATININA, CARDIOPATIA CONGÊNITA Insuficiência renal aguda após acidente por picada de aranha do gênero Loxosceles Bignardi, JH1, Franco, RTH2,Bezerra, DA3 1 - HOSPITAL NOVO ATIBAI 2 - UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO 3 - HOSPITAL NOVO ATIBAIA Relato de caso HSX, feminina, branca, 08 anos e seis meses, moradora da zona rural da região de Atibaia, deu entrada no PS com história de picada de aranha em hálux pé direito, 4 horas após o acidente devido intensa dor local (a paciente viu a aranha e a família relatava a existência das mesmas no local do acidente – ficavam escondidas embaixo do degrau de madeira na área externa da casa e a criança ao pisar no degrau soltou a madeira e expôs a aranha que foi prensada pelo dedo ferido). Foi avaliada e liberada a seguir com apenas medicamento analgésico. Cerca de 15 horas depois retorna ao PS em choque com isuficiência respiratória, necessitando de suporte ventilatório, urina avermelhada e sangramento em mucosas. Foi imediatamente admitida na UTI. Apresentava-se ao exame admissional uréia em 57 mg/dl e creatinina em 1,7 mg/dl, mostrando alteração da função renal na entrada do paciente à UTI. Estava com a hemoglobina em 16,1g/dl TGO de 4662 U/L e TGP de 1864 U/L. ACPK total dosada apenas no dia seguinte e estava em 266.300 U/L, Urina I com proteínas +++ sem hematuria. Após todo suporte necessario, hidratacão adequada e alcalinização da urina com bicarbonato, entrando em contato com o Instituto Butantan foi optado por iniciar soro anti aracnídeo (10 ampolas). Por se tratar de um hospital privado foi necessário a solicitação à outra instituição pública da cidade e só pôde ser realizado após 30 horas do acidente. Evoluiu com piora progressiva da função renal chegando à anúria. Iniciou tratamento dialítico no terceiro dia após internaçao. Manteve-se em hemodiálise diária por 14 dias e por mais três sessões em dias alternados, até completar 17 sessões. Evoluiu bem e recebeu alta após 28 dias de internação com diurese de 1350 ml/24 horas e exames laboratoriais em normalização com ureia em 63mg/dl e creatinina em 1,2mg/dl, estando 05 dias sem realizar mais hemodiálise. Retorna ambulatorialmente após 13 dias do acidente com função renal normal (uréia de 17mg/dl e creatinina de 0,5mg/dl). Um fator agravante ao caso era que a paciente chegou a uma hemoglobina de 5,2g/dl; mas por motivos pessoais não foi permitido a transfusão sanguínea. Palavras Chaves: insuficiência renal aguda, Loxoscelismo IRA OLIGÚRICA APÓS CRISE CONVULSIVA IVANA SOUSA NUNES, CLARA ALVARES LEAO, MYLLENA ALVES VIEIRA, FERNANDO ANTONIO COSTA ANUNCIAÇÃO, SIMONE DE PAULA AMORIN, LIGIA MARIA DE FARIA VIEIRA, LUCIANA XIMENES SANTA CASA DE MISERICORDIA DE GOIANIA Introdução: Rabdomiólise é uma importante causa de insuficiência renal aguda (IRA), sendo responsável por cerca de 5% a 7% dos casos de IRA não traumática e 25% de todos os casos de necrose tubular aguda (NTA). Objetivos: Descrever um caso de IRA oligoanúrica secundária a crise convulsiva. Material e método : Entrevista e revisão do prontuário de um paciente internado na Santa Casa de Misericórdia de Goiânia (SCMG) de Fevereiro a Março de 2009. 94 Relato do caso (resultados): J.R.S., masculino, 47 anos, proveniente de Pires do Rio/GO, internou com quadro de “desmaio” a esclarecer. Antecedente patológico de trauma cranioencefálico grave com reconstituição facial há três anos, tendo apresentado crises convulsivas desde então com avaliação tomográfica de crânio sem alterações. Na internação atual houve redução do volume urinário, queda do estado geral, sintomas urêmicos e anemia. Leucometria de 11.100mm3 com desvio a esquerda; uréia de 203mg/dl, creatinina 10mg/dl; K 5,5mEq/l; CPK 6700 U/l; TGO/TGP 2206/485 UI/l; EAS: proteínas 100mg/dl, 30.000 leucócitos por campo, hemoglobina - 4+/4 (7.000 hemáceas por campo) e cilindros granulosos 3+/4. Foi submetido à terapia hemodialítica. Ultrassonografia (USG) do aparelho urinário demonstrou dilatação das pirâmides renais bilateralmente e ausência de hidronefrose, sugerindo nefropatia aguda. Foi submetido à biópsia renal que revelou rim com alterações tubulares: achatamento do epitélio tubular, necrose, sinais de regeneração e material avermelhado no interior de túbulos, que pode corresponder a mioglobina. Durante internação, apresentou nova crise convulsiva tônico-clônica generalizada, que respondeu ao tratamento clínico. Paciente recebeu alta após 2 meses, com recuperação da função renal, diurese satisfatória, sendo mantida terapia anticonvulsivante e antihipertensiva. Conclusão: Trata-se de um caso de rabdomiólise possivelmente causado por crises convulsivas de repetição, que levaram a IRA oligoanúrica. O caso descrito demonstra que o diagnóstico e terapêutica precoce da rabdomiólise, tornam possível reverter o quadro de insuficiência renal e evitar sua cronicidade. Palavras Chaves: crise convulsiva,insuficiência renal aguda Leptospirose grave (Síndrome de Weil) complicada com infarto agudo do miocárdio: relato de caso Elizabeth F. Daher1, Pedro Ernesto B. Lima2, Irineu Moreno de M. Sobrinho2, Nubyhélia M. N. de Carvalho2, Leandro L. Carvalho2, Itálita F. Linhares2, Diego S. Almeida2, Alexandre B. Libório2, Geraldo B. Silva Júnior2 1 - SERVIÇO DE NEFROLOGIA, HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA; DEPARTAMENTO DE MEDICINA CLÍNICA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ. FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL 2 - CURSO DE MEDICINA, CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE, UNIVERSIDADE DE FORTALEZA. FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL Introdução: A leptospirose é uma doença infecciosa, caracterizada por um amplo espectro de manifestações clínicas que incluem desde infecções inaparente até doença fulminante fatal. São comuns as infecções secundárias, em decorrência dos múltiplos procedimentos invasivos a que são submetidos os pacientes em tratamento da leptospirose. As infecções urinárias ocorrem mesmo em pacientes não submetidos a cateterismo vesical. Já os sintomas (icterícia, hipotensão, insuficiência renal, febre, dor abdominal) podem ser atribuídos à própria leptospirose. Objetivos: Relatar o caso de um homem com diagnóstico Leptospirose associado a Insuficiência renal aguda( IRA). Casuística e métodos: Paciente do sexo masculino, com 33 anos, procedente de Iracema-ce.Paciente foi internado em setembro de 2008 no Hospital Geral de Fortaleza (HGF) com diagnostico de Lepstospirose, vindo transferido do Hospital de Limoeiro do Norte, foi internedato com febre diária , mialgia generalizada, adinamia, dor retro-orbitaria,vômitos freqüentes, hematuria microscopia, pequena redução do debito urinário edema de membros inferior, aumento do volume abdominal, o paciente evoluiu com quadro de forte dor em região torácica inferior associada a hipotensão arterial PA=60/40 , sendo realizado EGC que evidenciou supradesnivelamento de ST sugerindo infarto agudo do miocárdio. sendo então constatado elevação das escorias nitrogenadas. Foi tratado com medicação sintomática. Resultados: Hb=10.6 Leu : 9.300 (8928 segmentados e 279 linfócitos), plaq:57000, Cr=4.6, Ur=112, Cr=4.6, Ur=112, C3=108mg/dl (90-180), C4=27.5(10-40) PCR=45, Sorologia para Hepatites B, C e anti hiv não reagentes, Sorologia para leptospirose reagente, Vhs=46, US abdominal: Rins tamanho normal medindo RD= 11.8* 4.7 cm córtex=1.5cm RE= 12.3*5.6 cm córtex =1.8cm Conclusões: A leptospirose é uma doença endêmica em nosso meio, sendo uma causa importante de IRA. Alterações cardíacas são raramente descritas, sendo neste caso o IAM uma complicação importante. A avaliação cardíaca deve fazer parte do acompanhamento dos pacientes com leptospirose. Palavras Chaves: Leptospirose, Lesão renal aguda Lesão renal aguda em crianças com leishmaniose visceral de acordo com o critério pRIFLE Michelle J.C. Oliveira2, Natália de Albuquerque Rocha2, Irineu Moreno de Melo Sobrinho1, Alexandre Braga Libório1, PEDRO ERNESTO BEZERRA LIMA1, Luiz F.L.G. Franco2, Graziela B.R. Aguiar2, Rodrigo S. Pimentel2, Krasnalhia Lívia Soares de Abreu2, Geraldo Bezerra da Silva Junior1,2, Elizabeth De Francesco Daher1 1 - CURSO DE MEDICINA, UNIVERSIDADE DE FORTALEZA 2 - DEPARTAMENTO DE MEDICINA CLÍNICA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ Introdução: Não existem muitos estudos sobre o envolvimento renal em crianças com leishmaniose visceral (LV). O objetivo deste estudo é investigar a incidência de lesão renal aguda (LRA) em crianças com LV utilizando o critério pRIFLE e determinar os fatores de risco para LRA. Metodologia: Foi realizado estudo retrospectivo com 146 pacientes menores de 14 anos com diagnóstico confirmado de LV internados em um hospital terciário de Fortaleza, Ceará entre dezembro de 2003 e dezembro de 2010. Foram investigadas as manifestações clínicas e os exames laboratoriais durante a internação. LRA foi definida de acordo com o critério pRIFLE. Análise univariada e multivariada foi realizada para a investigação dos fatores de risco para LRA. A análise estatística foi feita pelo programa SPSS 17.0. Resultados: A media de idade foi de 5±4,0 anos, sendo 53,4% do sexo masculino. LRA foi observada em 67 pacientes (45,9%). A distribuição de acordo com o critério p RIFLE foi: “Risk” 45 (67,2%), “Injury” 21 (31,3%) e “Failure” 1 (1,5%). Os pacientes com LRA eram mais jovens (p<0,001), tinham icterícia (p=0,028) e infecções secundárias (p=0,001) com maior frequência, em comparação com os pacientes sem LRA. O grupo com LRA também apresentou níveis mais baixos de Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia sódio (p=0,03), potássio (p=0,009), albumina (p=0,001), níveis mais elevados de globulinas (p=0,04) e tempo de protrombina mais alargado (p=0,001) na admissão. Os fatores de risco independentes para LRA foram: infecções secundárias (OR: 3,65, IC 95%: 1,426-9,358, p=0,007), hipoalbuminemia (OR: 1,672, IC 95%: 1,065-2,114, p=0,019) e hipergamaglobulinemia (OR: 1,35, IC 95%: 1,031-1,779, p=0,029). Conclusões: A LRA é uma complicação frequente em crianças com LV. Os fatores de risco para LRA foram infecções secundárias, hipoalbuminemia e hipergamaglobulinemia. diminuiram. O paciente recebeu alta hospitalar após 30 dias. Os achados laboratoriais no momento da alta foram: níveis séricos de uréia 161mg/dL, creatinina 2.8mg/dL e CK 251IU / L. Conclusões:Pacientes com rabdomiólise são frequentes nos serviços de emergência. A terapia inicial com reposição volêmica é essencial para prevenir o desenvolvimento de IRA. Uma vez estabelecida a IRA, deve-se iniciar diálise precocemente. O prognóstico costuma ser bom desde que terapia de suporte adequada seja instituída. Palavras Chaves: Lesão renal aguda, Rabdomiólise Palavras Chaves: Leishmaniose visceral, RIFLE Lesão Renal Aguda induzida por Acidentes Ofídicos no Ceará ELIZABETH DE FRANCESCO DAHER5, GERALDO BEZERRA DA SILVA JÚNIOR4,5, MARIA DO SOCORRO BATISTA VERAS1, CAROLINE BARBOSA LIMA3, JULIANA BARBOSA LIMA2, POLIANNA LEMOS MOURA MOREIRA ALBUQUERQUE1 1 - INSTITUTO DR. JOSÉ FROTA 2 - HOSPITAL GERAL WALDEMAR DE ALCÂNTARA 3 - FACULDADE DE MEDICINA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ 4 - CURSO DE MEDICINA, UNIVERSIDADE DE FORTALEZA. FORTALEZA, CEARÁ 5 - DEPARTAMENTO DE MEDICINA CLÍNICA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ Introdução: A Lesão Renal Aguda (LRA) por serpentes peçonhentas é uma complicação comum nos acidentes ofídicos, sendo um sério problema de saúde pública dada sua incidência, morbidade e mortalidade. Há quatro gêneros de serpentes venenosas envolvidos: Bothrops, Crotalus, Lachesis e Micrurus. O objetivo deste estudo é investigar a ocorrência destes acidentes no Ceará. Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo incluindo pacientes admitidos no Instituto Dr. José Frota, serviço de referência em acidentes por animais peçonhentos do estado, entre Janeiro de 2003 a Dezembro de 2011. Resultados: Um total de 233 pacientes vítimas de acidentes ofídicos por serpentes peçonhentas foram incluídos. A maior parte destes pacientes é do sexo masculino 83,2%, procedente da área rural 85,4%, sendo o membro inferior a área mais afetada (62,2%). A prevalência de LRA foi de 10,3%. A principal serpente foi a Bothrops sp (62% dos casos). A idade média do grupo LRA foi de 42 ± 20 anos, enquanto a do grupo não- LRA foi de 33 ± 21 anos (P=0,04). O tempo para atendimento médico foi maior no grupo LRA (23 ± 24 horas) do que no grupo não- LRA (14 ± 17 horas) (P=0,02). O tempo decorrido entre a mordedura e administração do soro antiofídico também foi maior no grupo LRA (24 ± 24 horas) do que no grupo não- LRA (13 ± 15 horas) (P=0,001). A creatinina na admissão foi de 2,0 ± 1,2mg/dl no grupo LRA enquanto a do grupo não- LRA foi de 0,9 ± 0,3mg/dl (P=0,0001), o que definiu uma disfunção renal precoce nos pacientes que desenvolveriam LRA. O sódio sérico no grupo LRA foi de 134 ± 6,9mEq/l, enquanto no grupo não- LRA foi de 139 ± 4,8mEq/l (P=0,0001). O tempo de internamento no grupo LRA foi de 14 ± 12,5 dias, e no não- LRA foi de 3,3 ± 2,2 dias (P=0,0001). A LRA nos acidentes ofídicos estudados foi oligúrica (54,2%), com creatinina média da alta 3,3 ± 3,3mg/dl, evoluindo para cura em 50% dos casos e 50% para seqüela. Não houve nenhum óbito no grupo LRA, tendo 29,1% necessitado de hemodiálise. Conclusão: LRA é uma importante complicação dos acidentes ofídicos e está associada a seqüelas. O tempo de atendimento médico e o decorrido entre a picada e administração do soro antiofídico foram diferentes entre os grupos LRA e não-LRA, o que deve orientar as medidas de saúde a serem implantadas. Palavras Chaves: acidente ofídico ,lesão renal aguda Lesão renal aguda por rabdomiólise secundário à ingestão de álcool e agressões físicas Elizabeth F. Daher1,2, Neiberg A. Lima3, Irineu Moreno de M. Sobrinho3, Leandro L. Carvalho4, Nubyhélia M. N. de Carvalho4, Pedro Ernesto B. Lima3, Itálita F. Linhares3, Rafael S. A. Lima5, Pedro Henrique O. Filgueira1, Meissa Kretzman1, Ticiano A. S. Sindeaux1, Geraldo B. Silva Júnior1,4 1 - SERVIÇO DE NEFROLOGIA, HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA. FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL 2 - DEPARTAMENTO DE MEDICINA CLÍNICA, FACULDADE DE MEDICINA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL 3 - SERVIÇO DE NEFROLOGIA, HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA. FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL 4 - CURSO DE MEDICINA, CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE, UNIVERSDADE DE FORTALEZA. FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL 5 - SERVIÇO DE NEFROLOGIA, HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE RIBEIRÃO PRETO, UNIVERSDADE DE SÃO PAULO. RIBEIRÃO PRETO, SÃO PAULO, BRASIL Introdução:Rabdomiólise é definida como uma lesão no músculo esquelético, com posterior liberação dos constituintes celulares para o líquido extracelular e na circulação, sendo a insuficiência renal aguda (IRA) uma das principais complicações.Relatamos o caso de um homem com diagnóstico de rabdomiólise associado a manifestações respiratórias e renais. Relato do caso: Paciente de 48 anos, sexo masculino, foi admitido na emergência com dispnéia, edema de membros inferiores, fraqueza, oligúria e urina marrom escuro. Foi agredido fisicamente quatro dias quatro dias antes da internação, depois de ingerir quase 2,5 litros de cerveja. Os achados clínicos foram mialgia intensa e diminuição da produção de urina durante o dia após o evento e evoluiu para as pernas progressivo edema e dispnéia. Foi avaliado no dia anterior em outro hospital, onde traumatismo craniano e outras fraturas ósseas foram descartados. Negou o uso de outras drogas e não rotineiramente tomar outros medicamentos. O exame físico mostrou sinais de agressão por todo corpo. Havia equimoses e escoriações em MMII, além de edema nos mesmos. Sua pressão arterial foi 190x100mmHg e as taxas cardíacas e respiratórias foram 92bpm e 24rpm, respectivamente. Achados laboratoriais na admissão: níveis séricos de uréia 275mg/dL, creatinina 14.6mg/dL, 7.9mEq de potássio / L, creatina quinase (CK) 184.376 UI / L, AST 1910IU / L, ALT 3050IU / L, pH 7,24 e HCO3 10.8mEq / L. Havia anormalidades no eletrocardiograma devido à hipercalemia. Hemodiálise de urgência foi iniciada devido a anúria, hipercalemia refratária e hipercatabolismo. Após 14 sessões de hemodiálise, o volume de urina começou a aumentar, e os níveis de uréia e creatinina Meio condicionado de células tronco mesenquimais (CTMs) protegem células tubulares proximais humanas (HK2) das lesões por Gentamicina (GENTA) e LPS. JéSSICA SULLER GARCIA, MARCELO ANDERY NAVES, FERNANDA TEIXEIRA BORGES, NESTOR SCHOR UNIVERSIDADE FEDERAL DE SãO PAULO - UNIFESP/EPM Estudos recentes salientam a contribuição das CTMs na regeneração induzida após lesão renal aguda (LRA). As CTMs atenuam os danos e/ou aceleram o reparo, provavelmente por processos parácrinos. Essa proteção envolve o meio condicionado (MC) que potencialmente contém fatores solúveis ou microvesículas (MVs). Estudamos o efeito parácrino das CTMs em modelos in vitro de LRA tóxica e na sepse, provocadas respectivamente por aplicação de GENTA e LPS em culturas celulares. Células HK2 foram cultivadas e tratadas por 24-96 h com LPS (100mg/ml), GENTA (2mM) com ou sem MC de CTMs. As CTMs também foram tratadas com Actinomicina (Actino, 0,01mg/ml), bloqueador da transcrição e replicação do DNA, por 24 h antes do experimento. Viabilidade celular foi avaliada pela Acridina Orange e apoptose por Hoechst,a proliferação celular pelo ensaio com MTT. Observamos diminuição significativa na apoptose (13,1±2,5 % vs. 30,2 ± 4,5 %, p<0,05) e necrose (17,4±4,7 % vs. 52,6 ± 5,3 %, p<0,05) entre o grupo MC+LPS comparado com o grupo apenas tratado com LPS. A administração de Actino bloqueiou este efeito, sendo que o grupo LPS+Actino apresentou resultados semelhantes ao grupo LPS isolado na indução da apoptose (43,7±6,7% vs. 52,6±5,3%, p<0,05) e necrose (30,9±3,1% vs. 30,2±4,5%, p<0,05). Adicionalmente, os MCs de CTMs estimularam a proliferação nas células expostas ao LPS e GENTA (LPS+MC: 0,15 ± 0,02 DO e GENTA+MC= 0,14 ± 0,02 DO) em comparação aos grupos somente tratados com as drogas (LPS: 0,06±0,002 DO e GENTA: 0,09±0,01 DO). Estes resultados preliminares sugerem que o MC de CTMs exerce efeitos protetores através do estímulo da inibição da apoptose e necrose celular via fatores parácrinos, além de estimularem a proliferação celular nos grupos tratados com as drogas e o MC simultaneamente. Estes resultados podem indicar que é possível minimizar a LRA induzida por sepse ou drogas sem a introdução de células tronco mas apenas com seus MCs, evitando potenciais efeitos deletérios da administração de células. CNPq,FAPESP,CAPES,FOR Palavras Chaves: células tronco mesenquimais, meio condicionado Melhora da função renal em camundongos tratados com Ácidos Graxos de Cadeia Curta submetidos à lesão de isquemia e reperfusão Andrade-Oliveira V, Correa-Costa M, Amano TM, Moraes-Vieira PM, Hiyane MI,Silva-Cunha C, Vinolo MA, Curi R, Câmara NOS Imunologia/Universidade de São Paulo A insuficiência renal aguda (IRA) acomete 6-19% dos pacientes internados, com mortalidade entre 40-70%, é caracterizada pela deterioração da função renal em um curto período de tempo, sendo que a lesão de isquemia e reperfusão (IR) está entre as suas principais causas. Esta lesão desencadeia um processo inflamatório importante que contribui para o surgimento/estabelecimento da IRA e, quando persistente, está associado à doença renal crônica. Os ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) como butirato, propionato e acetato são produtos finais liberados após a fermentação de carboidratos pela microbiota intestinal. Recentemente tem sido atribuído papéis anti-inflamatórios para os AGCCs. O objetivo deste trabalho é verificar se o tratamento com os AGCCs é capaz de melhorar a função renal em camundongos submetidos à lesão de IR, e se está melhora está relacionada a uma diminuição da inflamação. Camundongos (n=5) machos, C57BL/6 foram submetidos à modelo de IR bilateral por 45 minutos. O tratamento com os AGCCS foi realizado, intraperitonealmente, 30 minutos antes da isquemia e no momento da reperfusão na dose de 200 mg/kg de cada AGCC ou com uma combinação dos três AGCCs, na mesma dose. Após 24h, ocorreu o sacrifício dos animais e foi realizado a dosagem de creatinina e uréia sérica, além de citocinas e quimiocinas no soro. Para análise de comparação entre os grupos foi empregado o teste t de student e p<0,05 foi considerado como significante. Foram observado níveis reduzidos de creatinina e uréia séricas após o tratamento com os AGCCs, tanto em combinação (média creatinina (mg/dL) grupo IR: 2,87 vs 1,40 grupo tratado p<0,05; média da uréia grupo IR: 376 vs 181 grupo tratado p<0,01). No tratamento individual também foi possível observar melhora da função renal tanto através dos níveis de uréia (media uréia (mg/dL): média Grupo IR: 376 vs Grupo Butirato: 326, Grupo Propionato: 241 e Grupo Acetato: 120), quanto de creatinina (média creatinina Grupo IR: 2,87 vs Grupo Butirato: 1,32, Grupo Propionato: 1,56 e Grupo Acetato: 0,52) para todos os tratamentos, sendo que o tratamento com acetato foi o que mais protegeu. Na análise das citocinas nos soros dos animais tratados com acetato (maior proteção) foi observado menores níveis de citocinas pró-inflamatórias, sugerindo uma diminuição da inflamação, sistemicamente. Em conclusão, os AGCCs melhoram a função renal após IR, podendo ser esta melhora atribuída, em parte, por uma diminuição da inflamação. Apoio:FAPESP Palavras Chaves: ácidos graxos de cadeia curta, lesão de isquemia e reperfusão 95 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia O EFEITO DAS CÉLULAS TRONCO MESENQUIMAIS (CTM) DA MEDULA ÓSSEA OU DE SEU MEIO CONDICIONADO (MC) NA LESÃO RENAL AGUDA (LRA) INDUZIDA PELO LIPOPOLISSACÁRIDE (LPS) 1 - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO 2 - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO 3 - UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIANGULO MINEIRO REIS LA, BORGES FT, SIMOES M de J, SCHOR N Introdução. lesão renal aguda (LRA) é um importante problema clínico em decorrência de sua grande incidência no ambiente hospitalar e de suas altas taxas de morbidade e mortalidade. A lesão de isquemia e reperfusão I/R é o principal fator etiológico da LRA. Dados recentes vêm mostrando cada vez mais a importância do processo inflamatório no qual participa a IL-1β, neste tipo de lesão. Objetivo. O objetivo deste trabalho foi estudar os componentes do complexo inflamassoma que são responsáveis pela secreção da forma ativada da IL-1β num modelo já bem estabelecido de I/R renal. Material e Métodos. Animais C57BL6 selvagens (WT) e nocautes (KO) para caspase-1, ASC e Myd88 foram submetidos a 45min de isquemia e 24h de reperfusão. Amostras de Sangue e tecidos renais foram coletadas para analises histológicas, bioquímicas, de expressões gênicas e de proteínas. Resultados. Animais WT submetidos a I/R, como esperado, apresentaram altos índices de creatinina (3,1 ± 0,4mg/ dl), uréia (189,3 ± 23,54mg/dl) e necrose tubular aguda (NTA) (73%) 24h após reperfusão. Interessantemente, animais KO para caspase-1, ASC e Myd88 apresentaram importante proteção da função renal, com seus índices de uréia e creatinina séricas e de NTA muito próximo dos valores normais. Além disso, as células destes animais sofreram menos hipóxia quando avaliadas por hipoxiprobe e menores índices de apoptose avaliados pela caspase-3 e maior expressão gênica do gene antiapoptótico BCL-2. Ainda analisamos as expressões gênicas das citocinas pró-inflamatórias TNF-α, IL-1β e IL-6, sendo que nos WT estavam bastantemente aumentadas enquanto que nos KO a expressão foi muito parecida aos dos seus respectivos sham. Os níveis séricos destas proteínas corrolaboraram com a expressão gênica, sendo portanto elevados nos WT e normais nos diferentes KO. Conclusões. Com isso concluímos que da mesma maneira que a produção da IL-1β via os diferentes Tolls que apresentam como molécula adaptadora o Myd88, o complexo inflamassoma que envolve caspase-1 e a molécula adaptadora ASC é muito importante para o desencadeamento da resposta inflamatória, uma vez que esse complexo é necessário para converter pre-IL-1β na sua forma ativa durante a LRA decorrente do processo de I/R. Sendo assim importantes alvos terapêuticos capazes de modificar o desfecho tão desfavorável da LRA. Disciplina de Nefrologia, UNIFESP/EPM A sepsis é caracterizada por uma severa resposta inflamatória, sendo a LRA uma complicação que pode ser fatal. A LRA induzida pelo LPS está associada com áreas de danos tubulares muito semelhantes em humanos. Em estudos anteriores, observou-se que as CTM podem atuar nos níveis de reparação tecidual em diversos modelos de doenças, e esse mecanismo pode ser por ação das próprias CTM com as células residentes ou por efeito parácrino. O objetivo deste estudo é avaliar se as CTM ou seu MC pode reparar a LRA causada pelo LPS em ratos. As CTM foram obtidas de fêmur e tíbia de ratos Wistar machos, caracterizadas por citometria de fluxo e diferenciadas em adipócitos e osteócitos, respectivamente. Ratas Wistar fêmeas receberam LPS (10mg/Kg/peso) (LPS) ou veículo (CTL) em uma única dose i.v. (N=10). Após 24 ou 72 hr, as ratas receberam injeções i.v. de CTM (1X106) ou MC (500µl), 1 ou 3 doses diárias na veia caudal. Amostras de sangue e urina 24 horas foram coletadas para análise da creatinina (Cr) e FENa. Os rins foram removidos para análise do HE, KI67, caspase 3 e cromossomo Y. Houve um aumento da Cr (1,7±0,04; 2,2±0,04) e uma diminuição da FENa (0,7±0,03; 0,6±0,02) nos grupos LPS24ou72h quando comparadas ao CTL24,72h ; Cr(0,6±0,04; 0,7±0,08; p<0,05) FENa(2,6±0,02; 2,5±0,01; p<0,05). Nos animais tratados com CTM ou o MC, a Cr diminuiu significativamente (0,9±0,01; 1,1±0,03) seguido de uma elevação da FENa (1,7±0,04; 2,0±0,03). Não houve diferença na Cr(0,9±0,01 vs. 0,9±0,03 ) e na FENa (1,7±0,04 vs. 2,2±0,02) entre os grupos LPS+CTM e LPS+MC, respectivamente. Entretanto o efeito protetor apresentado nesses grupos foi intensificado quando as doses foram aplicadas 3 vezes Cr(0,8±0,01; 0,7±0,1; p<0,05), FENa(2,5±0,04; 2,2±0,02; p<0,05); respectivamente. Nos grupos LPS, os rins apresentaram uma pequena marcação para o KI67 e uma intensa marcação para a caspase 3 quando comparado aos CTLs. Houve uma intensa marcação para o KI67 e pouca expressão da caspase 3 nos grupos LPS+BMSC e LPS+CM. Esses resultados corroboram com a ausência da NTA nesses grupos. Houve a presença do cromossomo Y nos animais tratados com LPS+CTM, sugerindo um possível efeito parácrino das CTM com as residentes. Esses dados sugerem que as CTM ou o MC podem minimizar a LRA neste modelo de sepsis. Este efeito terapêutico tem um impacto sobre a sua aplicação nesta situação patológica de alta morbi-mortalidade. Palavras Chaves: nefrotoxicidade, células tronco mesenquimais O EFEITO DO MEIO CONDICIONADO (MC) DERIVADO DAS CÉLULAS TRONCO MESENQUIMAIS (CTM) DA MEDULA ÓSSEA NA LESÃO RENAL AGUDA (LRA) INDUZIDA PELA GENTAMICINA. REIS LA1, BORGES FT1, SIMOES M de J2, SCHOR N1 1 - DISCIPLINA DE NEFROLOGIA, UNIFESP/EPM 2 - DEPARTAMENTO DE MORFOLOGIA, UNIFESP/EPM As CTM secretam uma variedade de citocinas e fatores de crescimento que atuam na autoregeneração. Em estudos anteriores, autores demonstraram que as microvesículas de RNA estão envolvidas nesse processo de regeneração celular. Por tanto, o objetivo deste estudo foi avaliar efeito do MC das CTM na LRA induzida pela G. Ratas Wistar fêmeas receberam G (40mg/Kg/peso, i.p., dia) ou veículo (CTL) durante 15 ou 20 dias (N=10/grupo). No 10º dia de G, os animais receberam uma única dose de MC (500µl, e.v.) (CTM cultivadas por 24 hr com DMEM) ou MC+TPS (CTM cultivadas por 24hr com DMEM+tripsina, 100ug/ml) ou MC+RNAse (CTM cultivadas por 24h com DMEM+RNAse, 40 μg/ml). Sangue e urina 24 hr foram coletados para análise da creatinina (Cr) e FENa. Citocinas (IL10, TNFα e INTγ) foram analisadas nesses grupos. Os rins foram avaliados para HE, KI67 e caspase 3. Houve um aumento significativo da Cr (2,9±0,04; 3,4±0,08 vs. 0,7±0,02; 0,5±0,03; p<0,05) e FENa (1,7±0,03; 2,1±0,04 vs. 0,5±0,01; 0,6±0,02; p<0,05) nos grupos G15,20d respectivamente, quando comparadas ao CTL. Esse efeito foi minimizado quando esses animais receberam o MC nesses grupos Cr(0,9±0,03; 0,9±0,01; p<0,05) e FENa (0,7±0,04; 1,2±0,04; p<0,05). Os animais tratados com RNAse+G+MC apresentaram um aumento na Cr(3,1±0,03; p<0,05) e na FENa (1,4±0,03; p<0,05) seguido de uma elevação das citocinas pró-inflamatórias e diminuição da IL10. Entretanto no grupo LPS+TPS+MC, esse efeito não foi observado Cr(1,0±0,01; p<0,05) e FENa (1,2±0,02; p<0,05). Os grupos G15ou20d apresentaram necrose tubular aguda (NTA), aumento da apoptose e pouca marcação do KI67. Surpreendentemente, o grupo MC não apresentou NTA e marcou pouco para a caspase 3 e intensamente para o KI67. A associação do MC e RNAse bloqueou o efeito protetor do MC quando administrado sozinho. Nos grupos G15,G15+RNAse10 e G15+TPS10 causaram um aumento das citocinas pró-inflamatórias seguido de uma diminuição da citocina IL10, quando comparado ao grupo G15+MC10. Esses resultados sugerem que o MC poderia atuar via parácrina, provavelmente pela liberação de fatores (como o mRNA e RNA) que ativam as células residentes. O MC minimizou a resposta inflamatória e a LRA induzida pela G, indicando que o MC é uma potencial ferramenta para modificar a nefrotoxicidade. Palavras Chaves: meio condicionado de celula tronco mesenquimal, nefrotoxicidade O PAPEL DA IL-1β E DOS COMPONENTES DO COMPLEXO INFLAMASSOMA (CASPASE-1 E ASC) NA LESÃO RENAL AGUDA DESENCADEADA PELA ISQUEMIA E REPERFUSAO GONÇALVES GM1, CORREA-COSTA M1, CASTOLDI A2, BRAGA T1, REIS MA3, ZAMBONI D4, PACHECO-SILVA A2, CAMARA NOS2 96 4 - UNIVERSIDADE DE SAO PAULO- RIBEIRÃO PRETO Palavras Chaves: LESÃO DE ISQUEMIA E REPERFUSÃO, INFLAMASSOMA O papel do meio condicionado de células-tronco mesenquimais na morte celular induzida in vitro em células tubulares proximais renais Maculan, F.D.; Cenedeze, M.A.; Pacheco-Silva, A; Camara, N.O. , Semedo, P. OBJETIVOS: Analisar se fatores tróficos secretados pelas células-tronco mesenquimais humanas (CTMs) seriam capazes de modular a apoptose em modelos in vitro de lesão em células tubulares proximais renais.METODOLOGIA: As células-tronco mesenquimais humanas foram isoladas seguindo o método de aderência ao plástico. As CTMs foram obtidas através de doação do GRAACC, com consentimento aprovado pelo CEP 0464/09. Para a separação da fração mononuclear da medula óssea, o material foi submetido ao protocolo do Histopaque (Sigma). Na quarta passagem, as CTMs foram caracterizadas imunofenotipamente para os anticorpos de superfície CD45 (BD), CD34 (BD), CD73 (BD), CD105 (BD) e CD 90 (BD). O meio condicionado das CTMs foi obtido entre as 3ª e 4ª passagens, através da privação de soro fetal bovino no meio, durante 4 dias. Após isso, o meio foi coletado e armazenado à -80°C até ser utilizado. Células tubulares proximais renais imortalizadas (HK-2) foram submetidas a estresse oxidativo pelo uso de peróxido de hidrogênio (4mM) ou a hipóxia química pelo bloqueio da cadeia respiratória pela incubação com antimicina A (5uM) por 2h. Após as 2h, as células foram incubadas por 22h com meio condicionado de CTM ou meio normal de cultivo, D-KSFM. Necrose e apoptose foram avaliadas por marcação com 7-AAD (BDPharmingen) e posterior análise em FACSCanto flow cytometer (BD Biosciences). PCR real time para moléculas apoptóticas e anti-apoptóticas, tais como HO-1, Bax e Bcl-2, foram analisadas nas células HK-2 submetidas a lesão, tratadas ou não com o meio condicionado das células-tronco mesenquimais. RESULTADOS:A análise por citometria de fluxo das células HK-2 marcadas com 7-AAD mostrou um aumento na morte celular e aumento de expressão de Bax após hipóxia química ou estresse oxidativo. Entretanto, ao tratarmos as HK-2 com o meio condicionado das CTMs houve redução da morte celular induzida in vitro, com menor expressão de Bax e aumento na expressão de Bcl-2 e HO-1. CONCLUSÃO: O papel regenerativo das CTMs envolve a secreção de fatores tróficos presentes no meio de cultura. Tais fatores apresentam propriedades pró sobrevivência. CEP 0464/09 Ministério da Saúde, CNPq (573815/2008-9), FAPESP (2009/06416-9). Palavras Chaves: meio condicionado, célula-tronco mesenquimal O PAPEL DOS RECEPTORES INTRACELULARES NOD-1 E -2 E DA MOLÉCULA DAPTADORA DOS TLR, MYD88, EXPRESSOS NO TECIDO RENAL APÓS LESÃO DE ISQUEMIA E REPERFUSÃO Gonçalves GM1, Correa-Costa M1, Castoldi A1, Braga T2, Zamboni D3, PachecoSilva A1, Camara, NOS1 1 - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO 2 - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO 3 - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO- RIBEIRÃO PRETO Introdução. Lesão de isquemia e reperfusão (I/R) é o principal fator etiológico da lesão renal aguda (LRA). Recentes dados mostram a importância dos receptores da imunidade inata do Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia tipo Toll na I/R. Ainda mais recente, foi descoberto outra família de receptores da imunidade inata presente no compartimento intracelular, o Nod-like receptor (NLR). O Papel dos NOD/ NLR no rim é menos claro, mas evidências de seu envolvimento em doenças renais vêem sendo relatadas. Objetivos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a participação dos TLR através da molécula adaptadora comum a todos os Tolls, exceto o TLR-3, Myd88 e dos receptores citosólicos Nod-1 e Nod-2 na lesão renal desencadeada pela I/R renal. Material e métodos. Animais selvagens (WT) e KO para Myd88, Nod-1, Nod-2 e Rip-2 e duplo KO para Nod-1/2 foram submetidos a 45 minutos de I/R. Amostras de sangue e tecido foram coletadas para análises bioquímicas, histológicas, protéicas e expressão gênica em diferentes tempos após I/R. Resultados. A expressão de RNAm de Nod-1, Nod-2 e de Myd88 nos animais WT submetidos a I/R em diferentes tempos nos mostrou que estes genes apresentavam expressões bastante aumentadas. Então, submetemos animais WT e KO a 24h de I/R e observamos que enquanto animais WT apresentavam altos índices de uréia e creatinina séricas e de NTA os KO apresentavam estes índices próximos dos valores normais. Analise de hipóxia através de hipoxiprobe e expressão gênica de HIF-1α mostrou mais uma vez que as células dos animais WT sofreram mais com a hipóxia se comparadas com as células dos animais KO. Além disso, esses animais WT tiveram maiores índices de apoptose, avaliados através de caspase-3, e menores expressões do gene antiapoptótico BCL-2. Mais interessante ainda, foi quando analisamos o perfil pró-inflamatório através da expressão gênica e níveis séricos de proteínas de diversas citocinas e quimiocinas e observamos que enquanto os animais WT apresentavam um acentuado processo de inflamatório renal os animais KO para Nod-1, Nod-2, Rip-2 duplo KO não apresentaram tecidos renais inflamados, sendo bastante semelhantes aos seus respectivos sham. Conclusões.Com isso concluímos que além dos TLR, os sensores intracelulares Nod-1 e Nod-2 iniciam um importante papel na patogênese da lesão renal aguda isquêmica por diferentes mecanismos que resultam numa exacerbação do processo inflamatório e numa grave disfunção renal. Sendo, portanto, importantes alvos terapêuticos desta patologia. palmente, através da secreção de fatores tróficos pelas CTMs. A literatura vem demonstrando que a concentração de várias citocinas pró-inflamatórias, como TNFa e IFNg, são essenciais para ativar as CTMs que apresentarem receptores para tais citocinas. O presente trabalho buscou analisar o papel reparador e imunomodulador das CTMs deficientes de receptor para IFNg em modelos renais agudos. Metodologia: As CTMs de animais nocautes para receptor de IFNg (IFNg KO) e de animais selvagens (controle/ C57/Bl6) foram isoladas do tecido adiposo. Essas células foram caracterizadas por imunofenotipagem e diferenciação em adipócitos e osteócitos. A lesão renal aguda foi obtida através do clampeamento dos pedículos renais de camundongos machos C57/Bl6, por 45 min. Após 4hs da lesão isquêmica, as CTMs IFNg KO e CTMs controles foram administradas intraperitonealmente, e 24hs após a cirurgia os animais foram sacrificados. Resultado: O tratamento com CTMs selvagens apresentou significativa redução dos níveis de uréia e creatinina sérica, o que não foi observado em animais tratados com CTMs IFNg KO. Com relação à análise da resposta inflamatória do rim, os dados demonstram que a expressão de RNAm de IL-6 é maior nos animais tratados com CTMs IFNg KO quando comparada ao tratamento com CTMs selvagens, porém os dois tratamentos apresentam expressão reduzida em comparação aos animais não tratados. Já a expressão de RNAm de IL-10 é maior em animais tratados com CTMs em comparação aos não tratados, e em relação aos tratados com CTMs IFNg KO. Ainda, os animais tratados com CTMs selvagens apresentam maiores índices de necrose tubular aguda quando comparados aos animais tratados com CTMs IFNg KO. Estudos in vitro demonstraram que as CTMs IFNg tem menor capacidade proliferativa do que as CTMs selvagens. Conclusão: Nota-se que os animais tratados com CTMs IFNg KO apresentam uma pequena melhora dos sintomas de IRA, portanto a presença de receptor de IFNg não é essencial para a reparação do tecido, mas a capacidade reparadora, via imunomodulação, é reduzida. Mais pesquisas são necessárias para uma melhor compreensão do papel do receptor de IFN para ativação e resposta das CTMs e sua implicação na terapia celular.CEP 0635/10 Palavras Chaves: Lesão de isquemia e reperfusão, Nod-like receptors Palavras Chaves: Células tronco, Transplante O Peptídeo mimético 4F da apolipoproteína AI (4F) atenua a lesão no rim, no coração e a disfunção endotelial na sepse. Perfil clínico- epidemiológico da interconsulta do serviço de Nefrologia da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna no período de janeiro a junho 2010 Roberto Souza Moreira, Maria Irigoyen, Maria Heloisa M. Shimizu, Niels Olsen saraiva Camara, Rildo A. Volpini, Antonio C. Seguro, LÚCIA DA CONCEIÇÃO ANDRADE RENATA KELLY SOUSA PANTOJA,Amandha Luysa Martins Leal Bittencourt,ana Cristina de Lima Figueiredo Duarte FACULDADE DE MEDICINA DA USP HOSPITAL DE CLíNICAS GASPAR VIANNA O Peptídeo mimético 4F da apolipoproteína AI (4F) atenua a lesão no rim, no coração e a disfunção endotelial na sepse. Na sepse, a lesão renal aguda, cardíaca e a alteração da permeabilidade vascular induzidas por liberação de citocinas acarretam em aumento da morbidade e mortalidade. Sabe-se que a 4F diminui a inflamação na sepse aumentando os níveis séricos de HDL. Nos propomos a estudar a participação da 4F na função renal, cardíaca e na permeabilidade vascular em ratos sépticos no modelo de ligadura e punção cecal (CLP). Ratos Wistar foram divididos em três grupos: controle, CLP e CLP+4F (10mg/kg, ip, 6 h após a CLP). Foi avaliado a função cardíaca através de ecocardiograma e de medida invasiva da pressão diastólica final de ventrículo esquerdo (PDFVE, mmHg); pressão arterial média (PAM); frequência cardíaca (FC); sensibilidade do barorreflexo; LDL (mg/dl); HDL (mg/dl); função renal através de clearance de inulina (Clin, ml/min/100g), bem como expressão proteica (Western blotting) em tecido renal para proteínas do endotélio vascular (Slit2, Robo4, eNOS). Foram também dosados por Luminex os níveis de IL-6, IL-10 e IL-18 em soro. Dados em média±SEM. O uso de 4F preveniu a lesão cardíaca, demonstrada pelo débito cardíaco (mL/min, C: 73±2,3 vs. CLP: 50±6,2 vs. CLP+4F: 77±8,1, p<0,05), pela fração de ejeção (%, C: 75±2,7 vs. CLP: 67,6±2,8 vs. CLP+4F: 79±2,0, p<0,05) e pelo índice de performance miocárdica (C: 0,45±0,04 vs. CLP: 0,64±0,02 vs. CLP+4F: 0,37±0,03, p<0,001). A PDFVE foi restabelecida com o tratamento (C: 7,5±0,5 vs. CLP: 4,6±0,4 vs. CLP+4F: 7,9±0,6, p< 0,001). 4F diminuiu os níveis de LDL (C: 11±1,4 vs. CLP: 18±2,7 vs. CLP+4F: 8±2, p<0,05) e aumentou os níveis de HDL (C: 42±2,3 vs. CLP: 19±1,7 vs. CLP+4F: 34±2,9, p<0,001). Embora não tenha havido diferença na PAM entre os grupos, a FC foi significantemente maior em CLP comparada com o grupo C e CLP+4F. A sensibilidade dos barorreceptores estava alterada no grupo CLP e foi restaurada no grupo tratado. O uso de 4F protegeu a função renal, demonstrada pelo Clin (C: 0,8±0,03 vs. CLP: 0,5±0,06 vs. CLP+4F: 0,8±0,06, p<0.01). Os níveis de citocinas diminuíram significantemente com o tratamento. CLP reduziu a expressão de Slit2, Robo4 e eNOS em 30%, 40% e 60%, respectivamente e o tratamento restaurou a expressão. Demonstramos que 4F, através de via dependente de HDL, melhora a função cardíaca e renal, inibe a resposta inflamatória, e restabelece a permeabilidade vascular. Os rins são órgãos fundamentais para a manutenção da homeostase do organismo humano e da mesma forma alvo de patologias de acometimento sistêmico além das próprias do sistema genitourinário. Presume-se que em hospitais de grande porte que sirvam de referência para pacientes portadores de patologias sistêmicas, além da referência específica em nefrologia, este órgão seja comumente afetado, de forma direta ou indireta. Objetivos: Identificar o perfil clínico-epidemiológico dos pacientes atendidos pela interconsulta da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna no período de janeiro a junho de 2010, com ênfase nos pacientes internados na unidade de terapia intensiva (UTI) que tiveram como diagnóstico nefrológico insuficiência renal aguda (IRA). Casuística e método: Estudo descritivo observacional retrospectivo, incluindo todos os pacientes atendidos pela interconsulta do serviço de nefrologia do Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, no período de janeiro a junho de 2010. Os dados foram coletados através da revisão das Fichas da Interconsulta (FI) e complementados através de revisão de prontuários. Os dados foram organizados em uma planilha e posteriormente analisados usando o programa EPI INFO 3.5.2. Resultados: Foram avaliados 240 pacientes, com maioria do sexo masculino, com média de idade de 57,4 anos, 75,12% foram avaliados nos primeiros sete dias de internação, 71,27% eram portadores de disfunção renal crônica. Quando analisados somente os pacientes da UTI, 77,5% apresentavam IRA, grupo que teve mortalidade de 52,5%; 50% dos pacientes IRA/UTI foram avaliados segundo o sistema RIFLE no estágio FAILURE. Conclusões: Este estudo não teve como objetivo testar hipóteses e sim conhecer algumas características da população atendida pela equipe de nefrologia da FHCGV e levantar alguns questionamentos, servindo de estímulo para estudos futuros. Chama a atenção que metade dos pacientes UTI/IRA sejam atendidos em um momento de disfunção renal severa, quando a principal conduta foi iniciar hemodiálise. Palavras Chaves: Apolipoproteína, Insuficiência Renal Aguda PAPEL DO IFNg NA RESPOSTA REPARADORA DAS CELULAS-TRONCO MESENQUIMAIS EM MODELOS RENAIS AGUDOS Priscilla Barbosa Costa1, Marina Burgos Silva1, Patricia Semedo1, Denise M.A.C.Malheiros2, Álvaro Pacheco e Silva Filho3, Niels Olsen Saraiva Camara4 1 - DISCIPLINA DE NEFROLOGIA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO 2 - DEPARTAMENTO DE PATOLOGIA - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO 3 - IIEP, HOSPITAL ALBERT EINSTEIN 4 - DEPARTAMENTO DE IMUNOLOGIA – UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Introdução: A terapia com células-tronco para a insuficiência renal aguda (IRA) vem surgindo como uma terapia alternativa. O processo regenerativo das células-tronco mesenquimais (CTMs) já foi demonstrado em modelos experimentais para vários órgãos que decorre, princi- Palavras Chaves: Interconsulta, IRA Perfil dos pacientes com insuficiência renal aguda na UTI do Hospital Ophir Loyola no período de fevereiro de 2010 a fevereiro de 2011. MARCIA REGINA DE CASTRO RODRIGUES, Meire Lopes Magalhães Carneiro, Kelly Amaral Santos, Jailson Silva Alves, Alzira Carvalho Paula de Souza, Vanessa Correa Pantoja, Maria de Jesus Rodrigues de Freitas, Gracilene Lobato Cardoso Guimarães, Ana Paula Monteiro Rodrigues HOSPITAL OPHIR LOYOLA Introdução: A Insuficiência Renal Aguda (IRA) é uma síndrome caracterizada por deterioração súbita da função renal resultando na incapacidade do rim em excretar as escórias nitrogenadas e manter o equilíbrio hidroeletrolítico e acidobásico. Tais alterações podem ocorrer em até 7 % das internações hospitalares e em até 30 % dos pacientes internados em unidade de terapia intensiva. Objetivo: Avaliar o perfil dos pacientes que evoluíram com Insuficiência Renal Aguda (IRA) internados na UTI do Hospital Ophir Loyola no período de fevereiro 2010 a fevereiro 2011. Método: Trata-se de uma pesquisa do tipo transversal, retrospectiva de variáveis quantitativas pela análise das fichas de acompanhamento da Interconsulta de Nefrologia já instituídas no Serviço do Hospital Ophir Loyola através do preenchimento do protocolo de 97 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia pesquisa, elaborado pelos autores. Entrarão no estudo os pacientes avaliados pela nefrologia internados na UTI deste hospital no período de fevereiro de 2010 a fevereiro de 2011. Serão incluídos neste estudo todos os pacientes internados na UTI que desenvolveram IRA deste período. Como critérios de exclusão têm-se a presença de pacientes que possuam diagnóstico prévio de Insuficiência Renal Crônica. Resultados: A amostra obtida foi de 56 pacientes, sendo 51,8 % do sexo feminino. A média de idade dos pacientes foi de 58,25 anos, valor de creatinina basal antes da IRA de 1,35 mg/dl, creatinina na admissão da nefrologia de 4,60 mg/dl, tempo entre a admissão da nefrologia e o início da hemodiálise de 0,71 dias, tempo em hemodiálise de 6,89 dias. Quanto a doença de base neoplasia do aparelho digestivo e colo uterino apresentaram os maiores percentuais com 19,6% e 17,9% respectivamente. O principal motivo de pedido de avaliação da nefrologia foi elevação de escórias com 46,4%. A causa de IRA de maior percentual foi Pré-Renal com 50%. Observou-se que dos 45 óbitos (80,35% dos pacientes) 34 tiveram o tempo entre a admissão e o inicio da hemodiálise menor que 1 dia, ou seja, a faixa do tempo entre a admissão e o início hemodiálise não influenciou na evolução dos pacientes. Conclusão:Conclui-se que em sua grande maioria os pacientes atendidos pela nefrologia são oncológicos, com prognóstico reservado e com alta taxa de mortalidade. E que o atraso no acionamento da nefrologia demonstrado pelo elevado valor da creatinina na admissão, resulta em pouca ou nenhuma chance de intervenção quanto a função renal e, portanto quanto a evolução destes pacientes. Palavras Chaves: INSUFICIENCIA RENAL AGUDA, UTI Perfil epidemiológico dos pacientes com insuficiência renal acompanhados pela interconsulta no Hospital da Clínicas da UFPE MIRELLA CAVALCANTI LINS DE MELO, GISELLE VAJGEL FERNANDES, ANDRÉA C.E.P. VALENÇA, MARIA CAROLINA N.R. NEVES, LUCILA MARIA VALENTE, SANDRA NEIVA COELHO HOSPITAL DAS CLÍNICAS UFPE Introdução: A incidência de insuficiência renal aguda (IRA) aumenta em até 11% ao anoe sua prevalência em pacientes internados pode variar de 10,8- 100%. Sabe-se que o grau de IRA é diretamente proporcional ao aumento da mortalidade e pequenas alterações na função renal têm impacto no prognóstico. Objetivo: Demonstrar o perfil epidemiológico dos pacientes acompanhados pela interconsulta da nefrologia durante internamento no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. Métodos: Neste estudo descritivo foram coletados dados prospectivamente em questionário padronizado durante o acompanhamento da interconsulta da nefrologia no período de fevereiro a junho de 2011. Resultados: Noventa e dois pacientes foram avaliados, tendo a média de idade 46 anos (±19), sendo 47,8% do sexo masculino. A UTI foi o setor que mais solicitou avaliação da nefrologia (25%), seguida da clínica médica (13%) e cardiologia (9,8%). Os motivos do atendimento foram: IRA (66%), DRC dialítica (14%), DRC conservador (12%) e outros (8%). A IRA clínica foi a mais frequente, representando 57% dos casos. Sua etiologia foi isquêmica (50%), glomerular (27%), nefrotóxica (21%) e nefrite intersticial (2%). As doenças mais frequentemente associadas aos pacientes com IRA foram: HAS (27%), neoplasias (12%) e DM (11%). De acordo com a classificação RIFLE, os estágios encontrados foram: 33% estavam no estágio de Risco, 23% Injúria e 44% como Falência. Trinta e três por cento dos pacientes com IRA necessitaram de terapia substitutiva renal, dos quais 76,1% foram avaliados inicialmente no estágio F. Conclusão: O trabalho mostrou que os pacientes acompanhados pela interconsulta da nefrologia apresentavam principalmente IRA do tipo isquêmica, eram provenientes frequentemente da UTI e tiveram avaliação em sua maioria no estágio F do RIFLE. Palavras Chaves: INSUFICIENCIA RENAL AGUDA Pressão Intra-Abdominal como Preditor de Injúria Renal Aguda no Pós-Operatório de Cirurgias Abdominais Luís Cuadrado Martins, Amanda Aparecida Petek, Hugo Hyung Bok Yoo, Aline Roberta Danaga, Regina Moura, Juan Llanos, Danielle Vital, Juliana Rigotto Grejo, Fábio Akio Yamaguti, Meire Cristina Novelli e Castro, Cibele Taís Puato de Almeida, Ana Carolina dos Santos Demarchi FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - UNESP Introdução: A medida da PIA (Pressão intra-abdominal) através da pressão intra-vesical é uma forma indireta de medir a pressão abdominal, no entanto, é considerada ´´padrão-ouro``. Apenas recentemente começaram a reconhecer os efeitos do aumento da pressão intra-abdominal sobre a função renal. Não está plenamente estabelecido um valor crítico de PIA que possa predizer o desenvolvimento de Injúria Renal Aguda em pacientes de terapia intensiva. Além do mais, poucos trabalhos nacionais abordam o tema. Objetivo: Avaliar qual o valor de pressão intra-abdominal é fator preditivo para Injúria Renal Aguda (IRA) em pacientes no pós-operatório de cirurgias abdominais em uma unidade de terapia intensiva (UTI) do interior paulista. Método: Foi realizado estudo prospectivo no qual foi aferida a PIA dos pacientes durante todo período de internação na UTI, até a alta ou óbito, bem como acompanhamento da função renal pelo mesmo período. Injúria renal aguda foi definida pelo critério Acute Kidney Injury Network (AKIN). Foram traçadas curvas ROC para determinação do poder discriminatório e do melhor ponto de corte associado ao desenvolvimento posterior de IRA. Resultados: Foram avaliados 61 pacientes consecutivos no período de um ano. A PIA média das primeiras 24 h de pós-operatório teve um poder discriminatório estatisticamente significante em relação ao desenvolvimento de IRA nessa população: área sob a curva ROC: 0,64 IC 95% 0,502-0,787; p=0,047. O Melhor ponto de corte para o desenvolvimento de IRA foi 8,3 mm Hg, considerando a PIA média diária, com uma sensibilidade de 81% de uma especificidade de 50%. Conclusão: A pressão intra-abdominal foi capaz de prever o desenvolvimento de IRA o que valida seu uso na predição de IRA no pós-operatório de cirurgias abdominais. Um valor 98 de 8,3 mm Hg, pouco acima do considerado normal e bem abaixo da definição de hipertensão intra-abdominal foi preditivo de IRA. Palavras Chaves: Pressão Intra-abdominal PROFILAXIA RENAL TRIPLA PARA NEFROPATIA POR CONTRASTE IODADO EDUARDO DE PAIVA LUCIANO1, ANDRÉ LUIZ PINTO2, JULIANA GRASSI2, PAULO SÉRGIO LUCONI1, REJANE MARIA SPINDOLA FURTADO1, SANDRA FERREIRA S . REIS1, PATRICIA FERREIRA ABREU1 1 - HOSPITAL REGIONAL DE TAUBATÉ – SP 2 - UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ – SP INTRODUÇÃO: A administração de contraste iodado para exames cardiológicos intervencionistas pode causar insuficiência renal aguda principalmente em grupos de risco como diabéticos e renais crônicos. OBJETIVO: este estudo propõe analisar a eficiência de um esquema profilático para pacientes em risco para nefropatia por contraste iodado (NCI) que foram submetidos à cateterismo cardíaco para diagnóstico e/ou tratamento coronariano MÉTODOS: Foram estudados 28 pacientes do Centro Estadual de Tratamento de Doenças Renais do Vale do Paraíba, região leste do estado de São Paulo( CETDRVP – SP), que tinham indicação para cineangiocoronariografia. Os pacientes foram internados 24hs antes do procedimento para inicio do protocolo de profilaxia renal com Soro Fisiológico 0,9% a 1ml/Kg/h; N acetil cisteína na dose de 1200mg, via oral, 12/12hs; Bicarbonato de sódio 8,4% 150mEq diluídos em 850ml de soro glicosado a 5% infundidos a 3ml/Kg/h com inicio uma hora antes do procedimento , mantido em infusão continua durante o procedimento e por mais 4 horas após o procedimento. Em 3 pacientes (10,7%) não foi utilizado o bicarbonato de sódio devido importante déficit ventricular e alto risco para congestão pulmonar . Utilizou-se contraste OptRay® de baixa osmolaridade , não iônico e com baixo volume (evitou-se a ventriculografia). Dosamos a creatinina (SCr1) pré cate, 48 horas pós Cate (SCr2) e 6 meses após o cateterismo (SCr3). Foi considerado nefropatia por contraste um aumento em 25% no valor da creatinina basal.RESULTADOS: idade média de 57,8 ± 9 anos ; 67,9% do sexo masculino ; 82,1% da raça branca; 53,6% diabéticos; 60,7% no estágio 3 da DRC (64,3% com MDRD entre 70-30 ml/min/1,73m²); 17,9% de tabagistas; somente 25% não tiveram lesões significativas coronarianas sendo que em 32,1% foi colocado 1 stent, 10,7% 2 stents e 21,4% foram indicados para RM. Em 2 pacientes (7,1%) foi diagnosticado NCI revertida em 72hs.Dos pacientes com NCI 100% tinham mais que 3 lesões no CATE e não foi utilizado o esquema triplo de profilaxia (p 0,08). A SCr1 = 1,63 ± 0,47 ; a SCr2 = 1,49 ± 0,5 (p0,01) e a SCr = 1,59 ± 0,58 . Não houve diferença significante entre os pacientes diabéticos e não diabéticos para NCI, numero de lesões após exame;CONCLUSÃO: o esquema triplo profilático em pacientes de alto risco para nefropatia por contraste mostrou-se eficaz com baixa prevalência (7,1%) desta patologia Palavras Chaves: NEFROPATIA POR CONTRASTE Recuperação das manifestações extra-renais e evolução renal na Síndrome Hemolítico-Urêmica atípica (SHUa) tratada com plasmaferese Crabi GV, Lopes AGG, Gushi LC, Vidal MJA, Martini Filho D, Abensur H Clínica de Nefrologia - Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo Objetivo: mostrar recuperação da função renal em paciente com diagnóstico de SHUa após tratamento com plasmaferese. Relato de caso: paciente de 67 anos, sexo feminino, branca, evoluiu em julho de 2010 com pico febril isolado (38°C), anúria, sonolência e aparecimento de petéquias pelo corpo. Antecedentes: Mastectomia à esquerda há 20 anos por carcinoma de mama; Hipertensão Arterial Sistêmica há 15 anos; Doença arterial coronariana com revascularização miocárdica e troca valvar aórtica em maio de 2010, complicada com acidente vascular encefálico isquêmico (AVEi) durante abordagem e infecção de sítio de safenectomia. Medicamentos em uso: hidralazina, anlodipina, sustrate, sinvastatina. Exame físico: regular estado geral, PA 160x90 mmHg, hipocorada 2+/4+, sonolenta, hemiparesia à direita (seqüela do AVEi), afebril, edema de membros inferiores +/4+, petéquias no corpo. Exames laboratoriais evidenciaram hemoglobina de 9,7 g/dl, leucócitos 10300/mm3(bastões 7/ segmentados 65), plaquetas 33.000/mm3 , creatinina 4,8 mg/dl (basal:1,3 mg/dl–maio/2010), uréia 148 mg/dl, potássio 6,3 mEq/L, DHL 2280 U/L, esquizócitos 3+, reticulócitos 3,4%, haptoglobina < 8 mg/dL, D-dímero 3100 ug/L, C3 0,09 mg/dl, C4 0,02 mg/dl, coombs negativo, bilirrubina indireta, TTPa e TP normais, sorologias e provas reumatológicas negativas. Ultra-Som de rins e vias urinárias normal, Ecocardiograma: fração ejeção de 83%, prótese biológica aórtica com insuficiência discreta, sem vegetações. Iniciado hemodiálise devido anúria e hipercalemia refratária. Realizado biópsia renal que mostrou glomérulos com extensa área de necrose fibrinóide; necrose tubular aguda moderada e aterioarterioloesclerose renal moderada. Estabelecido o diagnóstico, foi iniciado plasmaferese baseado em evidências na literatura favoráveis à essa terapêutica nos casos de SHU em adultos que evoluem com oligoanúria. Durante tratamento paciente permaneceu em hemodiálise, apresentando aumento gradual do volume urinário, redução de DHL, melhora da trombocitopenia e estabilização das escórias em níveis não dialíticos. Recebeu alta hospitalar com creatinina de 1,7 mg/dL. Últimos exames de setembro de 2010 mostram creatinina de 1,14 mg/dL. Conclusão: embora uso de plasmaferese em SHUa permaneça controverso, estudos observacionais sugerem vantagens desta terapêutica com o aumento da sobrevida dos doentes. Neste caso apresentado, o benefício da plasmaferese foi evidente na recuperação da função renal e manifestações extra-renais. Palavras Chaves: hemolítico-urêmica Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia Relationship between inulin clearance and serum creatinine continuous plot using spline cubic interpolation USO DO CRITÉRIO RIFLE EM UTI GERAL PARA AUXILIAR O DIAGNÓSTICO E ACOMPANHAMENTO PRECOCE NA LESÃO RENAL AGUDA Morais.C.A,Razvickas C.M,Monte.M.C.J EDUARDO DE PAIVA LUCIANO1, CAMILA S PINOTTI2, OTAVIO AUGUSTO DE LARA LEITE1, REJANE MARIA SPINDOLA FURTADO1, SANDRA FERREIRA S REIS1, PATRICIA FERREIRA ABREU1, PAULO SÉRGIO LUCONI1 V. C,Semedo P,Tristão R.V,Durão S.M Jr,Batista UNIFESP Background. Once Acute kidney injury (AKI) is established, many clinicians rely directly on serial measurements of[Cr] as an indicator of glomerular filtration.This reliance is misplaced because cr levels may still rise even while filtration is recovering.The purpose of this study was to compare the relationship among serum cr, inulin clearance (GRF), morphological changes and molecular markers of cellular process throughout acute kidney injury. Methods.We performed a cubic interpolation to estimate the (continuous) plasma cr concentration and inulin clearance at time t = to + nΔt where n=1,2,and Δt=0.01days(Matlab function interp1).Histopathological and immunohistochemistry evaluation was made at day 1, 3, 6 and 8. Cellular process was characterized by using vimentin for regeneration, e-cadherin for epithelization, cdc2 for proliferation and Bad/Bcl2 ratio for apoptosis. Results. Inulin clearance interpolation graph shows the minimum point between day 2 and 3 when serum cr concentration is still at half way from the maximum point.This suggests that the deterioration in fact ends just 2 days after onset of AKI .At this time we don´t see any major cellular process as proliferation, apoptosis or regeneration by surrogates markers for these processes and immunohistochemistry. There is, however, a 5-day stabilization period before the GFR starts to return to normal. During stabilization period we observed increased of mRNA expression of markers for proliferation, apoptosis and regeneration. Conclusion. The present study has provided intriguing insights into timing of cellular process during acute kidney injury.Deterioration is more easily identified than the onset of recovery. Recognizing the end of deterioration and onset of recovery is important because it affects medical decision making. Palavras Chaves: Clearance, Inulina Síndrome hemolítico-urêmica em transplante de pâncreas isolado Lopes AGG, Crabi GV,Abensur H Clínica de Nefrologia - Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo Objetivo: relatar caso de síndrome hemolítico-urêmica (SHU) em paciente transplantado de pâncreas isolado de possível etiologia viral ou medicamentosa (Tacrolimus). Relato de caso: paciente de 45 anos, sexo masculino, branco, evoluiu no pós-operatório 6 anos e 10 meses de transplante de pâncreas isolado derivação vesical, com quadro de fraqueza e escapes glicêmicos, associados a plaquetopenia (58000/mm³) e piora da função renal. Antecedentes prévios: quadro viral recente, Diabetes Mellitus tipo 1 há 24 anos, retinopatia e neuropatia periférica. Ultrassonografia de enxerto pancreático: normal. Exames laboratoriais evidenciaram Hb de 11,5g/dL em queda chegando a 7,7g/dL, leucócitos 6500/mm³, plaquetas 39000/ mm³, glicemia 144mg/dL, DHL 892U/L, amilase 36U/L , lipase 16U/L, creatinina 1,6mg/dl (creatinina basal: 1,1mg/dL), pesquisa de esquizócitos positiva, haptoglobina menor que 7mg/dL, bilirrubinas totais 0,4mg/dL, hemoculturas e uroculturas negativas, antigenemia para citomegalovírus negativa. Endoscopia digestiva alta mostrou pangastrite erosiva plana leve com áreas sugestivas de metaplasia intestinal no antro, pesquisa de Helicobacter pylori negativa e biópsia negativa para citomegalovírus. Feito hipótese diagnóstica de síndrome hemolítico-urêmica e realizado troca do Tacrolimus por Ciclosporina, manutenção do Micofenolato de sódio e aumentado dose de Prednisona, além de cinco sessões de plasmaferese e administração de plasma fresco congelado por doze dias. Paciente evoluiu com melhora do quadro clínico e laboratorial, reduzindo a anemia, retornando a função renal de base e normalizando plaquetas, DHL, haptoglobina e glicemia. Conclusão: No transplante de órgãos sólidos, síndrome hemolítico-urêmica como doença primária é rara. Neste caso apresentado, a SHU provavelmente é resultado da toxicidade ao imunossupressor (Tacrolimus) ou secundária à infecção viral. Foram estabelecidos como terapêutica a mudança de imunossupressão associada a infusão de plasma e plasmaferese, que conforme a literatura tem alcançado algum sucesso. 1 - HOSPITAL REGIONAL DE TAUBATÉ – SP 2 - UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ – SP INTRODUÇÃO: A lesão renal aguda (LRA) é importante causa de morbimortalidade em paciente criticamente enfermo. Nas ultimas décadas tem-se aumentado esforços para o diagnóstico precoce incluindo a utilização de critérios com o RIFLE. OBJETIVO: analisar as características clinico laboratoriais dos pacientes graves e que desenvolveram LRA segundo critério de RIFLE. MÉTODOS: 38 pacientes na UTI do HRVP e que desenvolveram LRA classificados segundo o critério RIFLE. Foram analisados segundo a creatinina na admissão hospitalar (Cr1), creatinina na admissão na UTI (Cr2), creatinina na chamada do nefrologista (Cr3), uso ou não de diurético, diagnóstico de base, etiologia da LRA, uso de drogas vasoativas (DVA), necessidade de terapia renal substitutiva (TRS), modalidade da TRS, dias de internação hospitalar, desfecho geral como óbito < 60 dias , óbito > 60 dias e não óbito; desfecho nefrológico como recuperação da função renal, não recuperação ou permanência em DRC, dias em TRS, infecção e sítios de acessos venosos, caracteristicas laboratoriais na admissão; foi utilizado o teste t – student e ANOVA multifatorial para análise estatística. RESULTADOS: 81,1% do sexo masculino; Cr1 (mg/dl) média 1,57 ± 1,05 ; Cr2 =2,01 ± 1,36 mg/dl ; 40,9± 47 dias de internação. Hb (g/dl) 9,8 ± 2,1; K 4,7 ± 1,03 mEq/L; uréia de 137,3 ± 61,6 mg/dl; 48,6% de pacientes em pós operatório; 56,8% com critério de Risco para LRA e 29,7% classificados como falencia renal á admissão na UTI. O diurético de alça foi utilizado em 64,9% (24) mas não esteve associado com aumento na mortalidade ou necessidade de TRS. Sepse foi responsável por 64,9% (24) da etiologia da LRA; 97,2% necessitaram de DVA; 78,4% necessitaram de TRS sendo a modalidade mais utilizada a SLED (48,6%). Quanto ao desfecho observamos 64,9% de óbitos < 60 dias e apenas 27% de pacientes com recuperação da função renal; 67,6% dos pacientes não tiveram infecção do acesso vascular sendo a via de acesso preferencial a femoral. Houve correlação estatisticamente significante para creatinina na admissão da UTI e recuperação da função renal (p0,001); aumento de óbitos < 60 dias quanto maior a creatinina na admissão UTI (p0,001) e finalmente houve correlação positiva entre classificação RIFLE e aumento de mortalidade (total; p 0,003) CONCLUSÃO: o critério RIFLE é importante arma para o diagnóstico de lesão renal aguda e na população estudada foi capaz de estratificar a população de risco para esta patologia. Palavras Chaves: RIFLE Palavras Chaves: hemolítico-urêmica, transplante 99 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia RESUMOS - SESSÃO POSTER LIGAS A informatização como aliada na adesão da população a ações e eventos pontuais de promoção e de prevenção em saúde CAIO FRANCISCO DE ARAÚJO CAVALCANTI, Horácio Luis Fontes Goés de Barros, FIRMINO ELIAS DE ALBUQUERQUE NETO, Lucas Nascimento Tavares, André Falcão Pedrosa Costa, FLAVIO TELES FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS Introdução: Um dos grandes motivos para a não adesão da população a ações e eventos pontuais de promoção e prevenção em saúde é a espera pelo serviço. A LANU - Liga Acadêmica de Nefrologia da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas – desenvolvendo um protocolo de atividade informatizado para maximizar a eficiência e agilidade, além de facilitar o armazenamento de dados e posterior utilização em estudos. Objetivos: Reduzir o tempo de espera dos transeuntes que procuram informação nos estandes das campanhas e ações ligadas a saúde. Reduzir o numero de desistências na busca pela orientação nas campanhas de massa. Facilitar a organização de dados e sua posterior utilização. Métodos: Foi elaborada uma planilha eletrônica na plataforma Excel baseada na ficha de coleta de dados da Campanha Previna-se da Sociedade Brasileira de Nefrologia. A flexibilidade da planilha é total, podendo ser adaptada de acordo com o público, tipo de evento ou necessidade de informações a serem coletadas. Os dados são organizados seguindo uma seqüência que facilite o preenchimento e direcione a entrevista. Há a necessidade de energia no local e de notebooks. Por se tratar da fase que demanda mais tempo, a entrevista e coleta de dados deve concentrar o maior numero de participantes possíveis. Resultados: A planilha facilitou a coleta de dados e direcionou a entrevista, facilitando e tornando mais rápido o atendimento. Sua utilização ocorreu nos 3 eventos realizados pela LANU em 2011 e proporcionou o atendimento de mais de 500 pessoas. Com os dados diretamente armazenados em formato de planilha eletrônica todo o processo de análise torna-se mais rápido. Conclusão: Com a planilha e a metodologia elaborada economiza-se tempo na coleta dos dados e em sua análise. Esse método mostrou-se eficiente e poderá ser seguido para melhorar o atendimento em eventos pontuais de promoção e prevenção em saúde. Palavras Chaves: INFORMATIZAÇÃO Introdução: A promoção da saúde implica em uma redefinição da saúde e seus objetos. A saúde passa a ser compreendida como resultado de vários fatores relacionados à qualidade de vida, ultrapassando o enfoque na “doença” e incluindo questões como habitação, alimentação, educação e trabalho. Para tanto é necessária a atuação polivalente do médico por de concepções como a intersetorialidade, a qual é definida, na Declaração de Santa Fé, como: “[...] o processo, no qual, objetivos, estratégias, atividades e recursos de cada setor são considerados segundo suas repercussões e efeitos nos objetivos, estratégias, atividades e recursos dos demais setores [...]” (OPAS, 1992). Dessa forma, estaremos realizando benefícios profícuos e duradouros. Objetivos: Promoção da saúde por meio de uma demonstração prática de intersetorialidade entre uma liga acadêmica e a iniciativa pública. Casuística e métodos: Foi feita uma sondagem de iniciativas que dessem suporte à esse tipo de trabalho por meio de diálogos informais com diferentes conhecedores dessas atividades e de acordo com a nossa capacidade. Encontramos então o Socorro Cidadão que é uma ação inter e multisetorial a fim de tornar acessível à população, os direitos garantidos pelo Município de Nossa Senhora do Socorro no Estado de Sergipe. No dia do evento, aferimos a pressão arterial, glicemia capilar, circunferência abdominal, IMC, triagem de fatores de risco para doença renal crônica (DRC), além de orientação sobre DRC e outros assuntos que pudéssemos fazê-lo. Resultados e conclusão: Foi notória a aproximação da comunidade e a possibilidade de uma interação desta com a coisa pública, o que permite a realização de atividades dos mais diversos tipos e amplia a força de mudança e de participação da população, facilitando a ação do médico. No entanto, sentimos falta de atividades semelhantes em nosso Estado. Palavras Chaves: INTERSETORIALIDADE ATENDIMENTO EM GRUPO NO AMBULATÓRIO DA LIGA DO RIM E DA HIPERTENSÃO ARTERIAL DE BOTUCATU MARCOS ANTONIO MARTON FILHO, Edwa Bucuvic, Cíntia Mitsue Pereira Suzuki, Juliana Rodrigues Matsuguma, Miguel Hernandes, Vanessa Santos Silva, Gabriela Bruzos, Jacqueline Costa Teixeira Caramori FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU,Hospital das Clínicas de Botucatu Analise do nível de conhecimento em estudantes da rede pública e privada de Vassouras-RJ sobre a Doença Renal Crônica Pereira SL, Baumgarten R, Teixeira APSF, Mota VMR, Amaral JP, Costa FS Universidade Severino Sombra Rio de Janeiro Introdução: A doença renal crônica (DRC) consiste em lesão renal e perda progressiva e irreversível da função dos rins; constitui hoje em um importante problema médico e de saúde pública. O conhecimento e a prevenção da doença são essenciais tanto para se evitar a doença quanto para o seu diagnóstico precoce e a instituição de diretrizes apropriadas para retardar sua progressão, prevenir suas complicações ereduzir o sofrimento dos pacientes e os custos financeiros associados. Objetivo: Identificar o grau de conhecimento e informação dos estudantes de ensino básico e secundário das redes pública e privada da cidade de VassourasRJ em relação à DRC, e quais medidas preventivas e cuidados estão sendo utilizados, fazendo uma análise estatística do quantitativo das informações coletadas e comparando os resultados. Metodologia: O estudo descritivo foi realizado por meio de questionários aplicados no período de março a novembro de 2010, nas escolas de ensino básico e secundário da rede pública e privada do município de Vassouras-RJ. Com 1.147 alunos de faixa etária entre 10 e 19 anos de idade, com perguntas a respeito da DRC, seus fatores de risco e medidas preventivas adotadas. Foi feita uma análise estatística dos dados obtidos, buscando identificar o grau de instrução da população em estudo em relação à DRC e doenças de base como fator desencadeador e agravante da DRC em nosso meio. Resultados: A amostra foi constituída por 1.147 alunos, sendo 618 do sexo feminino e 529 do sexo masculino. A maioria, 1.081 estudantes (94,24%) desconhecem a DRC assim como seus fatores de risco, suas complicações e medidas preventivas; 54 estudantes (4,72%) já ouviram falar sobre DRC, desconhecendo seus fatores de risco, suas complicações e medidas preventivas; e apenas 12 estudantes (1,04%) apresentaram algum conhecimento sobre DRC, seus fatores de risco, suas complicações e medidas preventivas. Conclusão: A proposta do estudo foi fazer uma pesquisa de campo, caracterizada por ser descritiva, levando-se em consideração: O nível de conhecimento dos estudantes entre 10 a 19 anos de idade com relação à DRC, seus fatores de risco, suas complicações e medidas preventivas adotadas. Os resultados demonstram que a maior parte da população desconhece a DRC e principalmente, não adotam nenhuma medida preventiva; sendo fundamental: Campanhas de esclarecimento, prevenção e orientação das prioridades de ações para atenção básica à saúde, com a finalidade de diminuir o crescimento da DRC. Aplicação da intersetorialidade em atividades de promoção a saúde da LANU em comunidade carente de município da grande Aracaju. FIRMINO ELIAS DE ALBUQUERQUE NETO, HORÁCIO LUIS FONTES GOÉS DE BARROS, CAIO FRANCISCO DE ARAÚJO CAVALCANTI, VíTOR HUGO HONORATO PEREIRA, BRUNO DE JESUS COELHO, André Falcão Pedrosa Costa, FLAVIO TELES FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS 100 Introdução: O atendimento em grupo é uma possibilidade de atender maior número de pacientes. É uma proposta diferenciada para dar inicio ao diagnóstico e informação sobre Doença Renal Crônica -DRC e suas principais causas, além de oferecer ao aluno ligante contato com pacientes portadores de doenças crônicas, suas dificuldades e desafios. Objetivos: Descrever a metodologia do atendimento em grupo para pacientes triados em feiras de saúde. Métodos: Em feiras de saúde, quando identificados dois ou mais fatores de risco ou proteinúria, o paciente é orientado a procurar o ambulatório da Liga do Rim e da Hipertensão Arterial, no qual é recepcionado com atendimento em grupo. Nessa abordagem inicial, a equipe, com roteiro previamente definido, recebe o grupo de pessoas e seus acompanhantes. Todos se sentam em círculo, com um quadro negro a disposição. Têm inicio as colocações, preferencialmente sem interrupções. I. Apresentação pessoal, seguida da opinião sobre “o que eu faço de bom para minha saúde?”. II. O que eu faço ou tenho que faz mal para o meu rim. Anotações dos itens relevantes, por membro da equipe, no quadro negro. III. Síntese após as falas para permitir destaque para os fatores de risco ressaltando no quadro negro: hipertensão, diabetes, familiar com doença renal, doença do coração e a idade avançada. IV. No final do atendimento em grupo é agendada consulta individual e são solicitados exames (creatinina, perfil lipídico, glicemia e outros que o preceptor julgue necessários). Resultados: Foram realizados cinco atendimentos em grupo que revelaram à equipe grande desconhecimento sobre riscos de DRC. O rim foi relacionado à dor nas costas de qualquer natureza, independente de calculose renal. A grande maioria da população investigada mostrou desconhecimento dos fatores de risco hipertensão e diabetes, para DRC, entretanto outros fatores foram relacionados por eles como problemas para o rim como suco de limão, tomate, acidentes, tomar muito leite e trabalhar agachado. Para os alunos foi possível observar a importância na atividade da liga, sobretudo por permitirem discutir diagnóstico e tratamento de doenças tão prevalentes por colocá-los em contato com as dificuldades de adesão do paciente. Conclusões: Atendimento em grupo é uma oportunidade que merece ser explorada para informar sobre a DRC, oferece segurança e autoconfiança à equipe, permite desenvolver técnicas que podem ampliar o potencial psicológico na superação da atenção dos envolvidos. Palavras Chaves: atendimento em grupo, educação em saúde COMPARAÇÃO DO NÍVEL DO CONHECIMENTO SOBRE CREATININA ENTRE AMOSTRAS DISTINTAS DA POPULAÇÃO: UNIVERSITÁRIOS, CLIENTES DE POSTOS DE SAÚDE E USUÁRIOS DE RODOVIÁRIA PAULO ROBERTO SANTOS1, Salles-Jr LD1, Vieira EB2, Ponte HA2, Carvalho RM2, Rocha ARM2, Vieira CB2, Apolônio NAM2, Silva-Filho AH2, Cavalcanti JU2 1 - Faculdade de Medicina de Sobral, Universidade Federal do Ceará 2 - Liga de Nefrologia da Faculdade de Medicina de Sobral, Universidade Federal do Ceará Introdução: A doença renal crônica deve ser detectada nos estágios iniciais. Para isso é importante o conhecimento da população sobre a creatinina, principal marcador da função renal. Objetivo: Identificar se o conhecimento sobre a creatinina difere entre amostras distintas da Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia população. Casuística e Métodos: Durante os meses de abril e junho de 2011, foi realizada Campanha de Prevenção da Doença Renal em Universidades, postos de saúde e rodoviária na cidade de Sobral, CE. De acordo com esses locais classificamos os participantes, respectivamente, como Universitários, Clientes e População Geral. Todos os participantes eram solicitados a responder a pergunta “Você sabe o que é creatinina?”. Em caso de resposta afirmativa, o participante era questionado sobre a fonte do seu conhecimento. Resultados: Foram entrevistados 200 Universitários, 170 Clientes e 84 da População Geral. Entre os Universitários: 9% sabiam o que é a creatinina, tendo como fonte de conhecimento os professores da faculdade (50%) e médicos (17%). Entre os Clientes: 7% sabiam, tendo como fonte de conhecimento médicos (50%) e professores (17%). Entre os classificados como da População Geral, 15% sabiam, tendo como principais fontes de conhecimento profissionais da saúde (31%) e professores (31%). Conclusões: O nível de conhecimento foi baixo entre Universitários e Clientes, o que indica necessidade de campanhas localizadas em instituições de ensino e postos de assistência médica com o objetivo de aumentar o nível de conhecimento sobre o principal marcador da função renal, e consequentemente incrementar na população o interesse por saber como vão seus rins. quando se fazia necessário. A análise estatística foi realizada utilizando o programa EpiInfo (versão 3.5.2).RESULTADOS: A amostra foi constituída de 110 indivíduos, sendo a idade 49,9+12,1(X+DP) anos, dos quais 73,60% (81/110) eram mulheres e 26,40% (29/110) homens. A frequência de hipertensos foi de 51,40% (57/110) e 78,20% (86/110) dos pacientes possuíam algum familiar com HAS. Observou-se que 68,20% (75/110) dos entrevistados eram sedentários; 45,87% (50/110) tinham sobrepeso e 32,11% (35/110) eram obesos. Em relação à circunferência abdominal, 91,78% (67/81) das mulheres e 92,30% (24/29) dos homens possuíam valores acima do limite normal.CONCLUSÕES:Observou-se predominância de indivíduos do sexo feminino, hipertensos e com frequente historia familiar da doença.Além disso, a maioria era sedentária, com aumento da circunferência abdominal e acima do peso. A ação da LINEHAL foi de extrema importância para a identificação de grupos de riscos no ambiente do HUPAA, mostrando a relevância social da campanha realizada. Determinação do perfil do ângulo de fase como indicador do estado nutricional e progressão da doença renal crônica não dialítica: dados preliminares Bispo, RKA, Fernandes, RRO, Rocha, MS, Oliveira, SBA, Uchôa, JVM, Cardoso, SB, Pinheiro, ME Thalita de Moura Santos Braga1, Tatiana Martins Aniteli2, Hugo Abensur1, Roberto Zatz2, Victor A. H. Sato1, Renato A. Caires1, Bárbara Nogueira Palmieri3, Eloisa Massaine Moulatlet3, Fernanda Neres Ribeiro de Lima3, Viviane Kim3 Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma doença que atinge 30% dos brasileiros em idade adulta e pode matar 300 mil pessoas anualmente no Brasil por suas complicações e lesões em órgãos-alvo. Dessa forma, se fazem necessários programas que visem à prevenção e promoção da saúde nos indivíduos portadores dessa patologia, evitando tantas mortes de brasileiros e também diminuindo os gastos do Ministério da Saúde com a doença. Objetivos: Realizar dois eventos de prevenção e promoção à saúde ligada à HAS, assim como colher dados dos pacientes para identificação dos principais fatores de risco para tal doença. Casuística e Métodos: Foram desenvolvidas duas campanhas, ambas pelo período da manhã, em dias diferentes: 26 de abril de 2011 no Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA) e 22 de maio de 2011 à beira da praia de Ponta Verde, na orla marítima de Maceió. Os eventos foram organizados pelos membros da Liga Acadêmica de Nefrologia e Hipertensão de Alagoas (LINEHAL) e contou com uma equipe multidisciplinar de profissionais, como nefrologista, nutricionista e educador físico. Foram feitas entrevistas com pessoas que visitavam o local, preenchendo uma ficha que investigava os principais fatores de risco para HAS, havendo aferição da pressão arterial, medição da altura, peso e circunferência abdominal, assim como cálculo de IMC e investigação do histórico familiar da doença. Houve também o fornecimento de informações pertinentes sobre a doença a tais cidadãos, através da conversa com profissionais e estudantes e panfletos. Resultados:Durante as duas campanhas foram avaliados um total de 182 pacientes, sendo 106 mulheres e 76 homens. Houve um maior número de pacientes avaliados na campanha do HUPAA, com total de 110 fichas, apesar do mesmo período de duração das campanhas. Além do preenchimento das fichas, teve relevância as orientações fornecidas à população, fortalecendo a informação e educação em saúde, dando-se ênfase aos hábitos de vida saudáveis como o principal fator protetor para HAS e morbidades nefrológicas, além da visita regular ao médico para o diagnóstico precoce. Conclusões: A realização das campanhas foi uma experiência enriquecedora e única, que produziu efeitos positivos tanto para os acadêmicos, que puderam aplicar na prática seus conhecimentos teóricos e coletar dados epidemiológicos da população assistida a fim de trabalhá-los; como para a comunidade, que se beneficiou destas ações de prevenção e promoção à saúde. 1 - HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO 2 - FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO 3 - FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Introdução: O baixo consumo alimentar somado aos distúrbios metabólicos e endócrinos da doença renal crônica (DRC) podem levar à depleção muscular, uma complicação grave na doença avançada. A bioimpedância elétrica (BIA) é um método de avaliação do estado nutricional pouco utilizado em estudos com pacientes renais não dialíticos. Entre os valores dielétricos fornecidos pelo equipamento, o ângulo de fase (AFº) vem sendo considerado o melhor indicador de evolução clínica. Objetivos:Avaliar o perfil de pacientes com DRC quanto a função renal, variáveis dietéticas, antropométricas e o valor do AFº. Métodos:Pacientes pertencentes à Liga de Doença Renal Crônica, atendidos em 4 consultas nutricionais ao ano foram submetidos a medidas de peso e estatura. Realizou-se recordatório alimentar habitual para cálculo do consumo de energia (En) e proteína (Ptn) pelo software NutWin®. Exames bioquímicos de sangue e urina foram realizados pelo Instituto Central do HCFMUSP. Utilizouse monitor TBW Biodynamics® modelo 450, obtendo-se o valor de AFº. Resultados: Doze pacientes com idade média de 61±12 anos (7 homens), com depuração de creatinina de 39,6±12,5 ml/min/m² e classificados entre os estágios II a IV da DRC foram incluídos no estudo. A média do Índice de Massa Corporal (IMC) foi 29,2±4,4 kg/m², com equivalência entre os valores iniciais e finais do acompanhamento, classificando a maioria em pré-obesidade (41,6%). O consumo médio de En foi de 63,2% e de Ptn 142,7% das recomendações segundo K/DOQI, com média de 19,0±4,4 kcal/kg e 0,8±0,3 g de Ptn/kg de peso ideal. O valor do AFº variou de 3,7º a 7,4º (média e desvio padrão 5,9±1,0º). Conclusões: Os valores de IMC concordam com evidências recentes de presença de pré-obesidade e obesidade nessa população. O consumo alimentar insuficiente em energia e excedido em proteína pode ser explicado por baixa adesão as orientações nutricionais ou por reminiscência no inquérito alimentar (IA). Estudos são necessários para averiguar a associação de AFº com progressão da DRC e alterações no estado nutricional, uma vez que as classificações por IMC e dados de IA podem não representar a realidade dessa população. Palavras Chaves: doença renal crônica, ângulo de fase DIA NACIONAL DE PREVENÇÃO E COMBATE À HIPERTENSÃO ARTERIAL: ATUAÇÃO DA LIGA DE NEFROLOGIA E HIPERTENSÃO DE ALAGOAS (LINEHAL) NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROFESSOR ALBERTO ANTUNES (HUPAA), MACEIÓ-AL. Uchôa JVM, Pinheiro CCS, Bispo RKA, Presídio GA, Fernandes RRO, Neto JGA, Pinheiro ME HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROFESSOR ALBERTO ANTUNES, UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS, ALAGOAS INTRODUÇÃO: A prevalência estimada de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) no Brasil hoje é de 35% da população acima de 40 anos. A HAS é uma doença multifatorial, desencadeada de forma isolada ou associada ao agravamento de outras doenças, pelo seu caráter crônico e incapacitante. O Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, comemorado em 26 de abril, visa alertar a população a respeito dos perigos da HAS. OBJETIVOS: Identificar grupos de risco para as doenças cardiovasculares além de promover a conscientização de pacientes atendidos no Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA) sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoce da HAS.CASUÍSTICA E MÉTODOS: A Liga de Nefrologia e Hipertensão de Alagoas (LINEHAL), com a participação de 13 acadêmicos de Medicina, desenvolveu uma ação educativa em comemoração ao Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial no HUPAA, Maceió- AL, em 2011. Para coleta de dados foi utilizada a Ficha Unificada de Atendimento “Previna-se” da Sociedade Brasileira de Nefrologia. Foram coletados: sexo, idade, medida da pressão arterial, circunferência abdominal, peso, altura e IMC. Os alunos também forneciam informações quanto ao desenvolvimento da doença, diagnóstico e tratamento, além de encaminharem o paciente para atendimento Palavras Chaves: hipertensão EXPERIÊNCIA DE ESTUDANTES DE MEDICINA EM CAMPANHAS DE CONSCIENTIZAÇÃO SOCIAL: COMBATE À HIPERTENSÃO EM DOIS ESPAÇOS SOCIOECONÔMICOS DE MACEIÓ-AL, 2011 Hospital Universitário Professor Alberto Antunes,Universidade Federal de Alagoas, Alagoas Palavras Chaves: Promoção, Saúde Liga Acadêmica de Nefrologia da Uncisal e Dia Mundial do Rim: Relato de Experiência Caio Francisco de Araújo Cavalcanti, Horácio Luis Fontes Goes de Barros, Firmino Elias de Albuquerque Neto, BRUNO DE JESUS COELHO, LUCAS RAFAEL COSTA CORTEZ, André Falcão Pedrosa Costa, Flávio Teles Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas Introdução: O dia mundial do rim (World Kidney Day) foi comemorado em Maceió no dia 16 de março de 2011, com uma ação no centro da cidade enfocando e prevenção da hipertensão, diabetes e doenças do coração. Contanto com a participação da LANU – Liga acadêmica de nefrologia da Uncisal – da LINEHAL – Liga acadêmica de nefrologia e hipertensão arterial de Alagoas – da AAAHD – Associação Alagoana de Assistência ao Hipertenso e ao Diabético – e da Central de transplantes de Alagoas, entre outros órgãos. Objetivos: Promover o conhecimento dos pacientes hipertensos e não hipertensos a respeito da importância da hipertensão e do diabetes e suas conseqüências a saúde do indivíduo; Promover entre a população a nefrologia como especialidade; Chamar a atenção para as doenças ligadas ao rim e coração e suas conseqüências. Métodos: A atribuição de tarefas e a distribuição dos membros foi realizada visando facilitar o atendimento. Havendo, inicialmente, aferição da pressão arterial (PA), glicemia e medidas antropométricas. O atendimento seguia com orientações e entrevista utilizando uma planilha eletrônica desenvolvida pela liga que facilitava o trabalho dos estudantes e agilizava o atendimento. Pacientes com alterações significativas na PA e/ou Glicemia eram encaminhados para uma equipe de médicos nefrologistas presente no evento. Resultados: Passaram pelo local cerca de 350 pessoas, das quais 191 (102 mulheres e 89 homens) realizaram todo o processo. 39,3% dos atendidos possuíam diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica e 17,2% eram diabéticos. Entre as pessoas com alterações pressóricas, 32 não tinham o diagnóstico de HAS e foram orientadas sobre a necessidade de procurar atendimento médico para uma avaliação mais fidedigna. Entre os atendidos, havia 101 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia 17 (8,9%) pessoas com glicemia acima de 200, destes, 15 possuíam diagnóstico prévio de diabetes mellitus e 2 (1,04%) informaram não ter diagnóstico de DM. Os pacientes com PA e/ou glicemia alterada foram atendidos pelos nefrologistas no local. Conclusão: A iniciativa atingiu suas metas no que diz respeito à prevenção por meio de orientações e aferição pontual de PA e glicemia, e considera-se bastante satisfatório o resultado alcançado. Mesmo atividades pontuais, como a que foi desenvolvida, têm sua importância na educação em saúde junto à população – atitude que estimula as Ligas a realizá-las mais vezes. Palavras Chaves: Liga Acadêmica de Nefrologia com modelos de ablação renal em ratos. Conclusão: A liga atua de forma decisiva na formação acadêmica dos seus membros dando-lhes: condições de trabalhar em grupo e de forma interdisciplinar, permitindo o intercâmbio científico e associativo com outras instituições ligadas à nefrologia, promovem os estudos e pesquisas científicas. Uma de suas funções mais importante é prestar assistência à comunidade agindo na prevenção de saúde. LIGA ACADÊMICA DE NEFROLOGIA E HIPERTENSÃO DE ALAGOAS (LINEHAL): AMPLIANDO CAMINHOS NA FORMAÇÃO MÉDICA LIGA ACADÊMICA DE NEFROLOGIA DA UNCISAL: AVALIAÇÃO EMERGENCIAL DOS INDICADORES DE SAÚDE ENTRE AS VÍTIMAS DAS ENCHENTES DE 2010 NO MUNICÍPIO DE RIO LARGO-AL. Uchôa JVM, Barbosa AWG, Cardoso SB, Bispo RKA, Neto JGA, Pinheiro CCS, Andrade ANVF, Pinheiro ME HORáCIO LUIS FONTES GOES DE BARROS, Firmino Elias de Albuquerque Neto, BRUNO DE JESUS COELHO, Caio Francisco de Araújo Cavalcanti, André Falcão Pedrosa Costa INTRODUÇÃO: A Liga Acadêmica de Nefrologia e Hipertensão de Alagoas (LINEHAL) foi fundada no ano de 2008 e tem como objetivos inserir o aluno nas áreas de ensino, pesquisa e extensão em Nefrologia, possibilitando uma formação complementar ao currículo da graduação médica. OBJETIVOS: Descrever e analisar as ações desenvolvidas pela LINEHAL em ensino, pesquisa e extensão, destacando sua importância na formação dos acadêmicos de Medicina, além de apresentar atividades que serão desenvolvidas para o segundo semestre de 2011. CASUÍSTICA E MÉTODOS: A LINEHAL realiza todos os anos um Curso Introdutório para seleção de novos membros, que são submetidos a um prova com os principais temas da nefrologia. Nas reuniões quinzenais, os alunos apresentam artigos científicos da área e participam de discussão de casos clínicos, sob supervisão dos professores. Há também incentivo à organização de campanhas educativas em comemoração ao Dia Mundial do Rim e Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial. Além disso, seus membros são estimulados a desenvolver projetos de iniciação científica. No segundo semestre de 2011, serão iniciadas visitas a serviços de hemodiálise e acompanhamento de cirurgias de transplante renal, gerando mais cenários de aprendizagem para o aluno. RESULTADOS: A liga proporciona um incremento na formação médica, suprindo os déficits de ensino da universidade, além de incentivar os estudantes a terem iniciativas inovadoras, desenvolvendo projetos de pesquisa, artigos e ações educativas de prevenção e promoção da saúde junto a comunidade. A relação médico-estudante se faz presente nas atividades da liga e permite troca de experiências, estimulando no aluno o aprimoramento do pensamento clínico sobre as diferentes situações da prática médica. CONCLUSÕES: A importância da LINEHAL está em inserir o estudante de medicina em âmbitos complementares à formação acadêmica, possibilitando aproximação à prática científica e a atividades de ensino e extensão, como também aos aspectos profissionais e sociais da profissão médica. Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas Introdução: O atendimento regionalizado, hierarquizado e integral são premissas do SUS. Em junho e julho de 2010 vinte três municípios alagoanos foram atingidos pelas cheias dos rios Paraíba e Mundaú, causando mortes e desabrigando milhares de famílias. Ocorreu total desestruturação da rede de atenção à saúde; e uma nova realidade: uma população albergada vivendo sob condições insalubres. A possibilidade do surgimento de surtos das doenças de veiculação hídrica; a baixa acessibilidade à assistência gerou uma preocupação, sobretudo na detecção precoce de sinais e sintomas que pudessem auxiliar na implantação de ações de promoção, prevenção e encaminhamento precoce à rede de saúde de maior resolutividade. Objetivos: Avaliar com celeridade os indicadores de saúde de pessoas vivendo em abrigos, para auxiliar o Sistema de Saúde a traçar uma política racional de assistência. Métodos: Foi elaborada uma planilha eletrônica, onde eram identificados: o obrigo, os membros da família desabrigada, dados sócio-demográficos, semiológicos, antropométricos e de imunização. Membros da Liga Acadêmica de Nefrologia da Uncisal e estudantes voluntários receberam treinamento; grupos foram organizados por atividade: estudantes de séries iniciais desempenhavam função de digitação em leptops pessoais; os de séries avançadas realizavam, sob orientação, exame físico e checavam os dados antropométricos. A avaliação era feita simultaneamente num ambiente específico. As condições sanitárias do abrigo eram catalogadas durante a visita. Pacientes com: febre, tosse, diarréia, cefaléia, hipertensão, dispnéia ou hiperglicemia eram encaminhados imediatamente à consulta médica. Resultados: 12 abrigos foram visitados e 907 pessoas foram avaliadas durante a ação. Qualificou-se e quantificaram-se os principais indicadores de saúde e realizou-se recadastro das famílias. Detectaram-se, precocemente, casos de desidratação infantil, sintomáticos respiratórios, diabéticos e hipertensos descompensados e portadores de síndrome febril. O relatório detalhado foi elaborado e entregue à Secretaria Municipal de Saúde. Conclusão: A informação é capital para a racionalidade da política de atenção à saúde. No caso de catástrofes, o uso de tecnologia da informação, de forma multidisciplinar, mostrou-se muito eficaz na organização da atenção, na detecção precoce de doenças e de agravos; devendo ser um instrumento, pelo baixo custo e fácil reprodutibilidade, utilizado em situações semelhantes. Palavras Chaves: Liga Acadêmica Liga Acadêmica de Nefrologia da Uncisal: Relato de Experiência LUCAS RAFAEL COSTA CORTEZ, Horácio Luis Fontes Goes de Barros, Firmino Elias de Albuquerque Neto, Caio Francisco de Araújo Cavalcanti, BRUNO DE JESUS COELHO, Flávio Teles, André Falcão Pedrosa Costa Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas Introdução: Em novembro de 2008, sete estudantes de medicina unidos pelo interesse em comum pela área de nefrologia, resolveram criar a Liga Acadêmica de Nefrologia da Uncisal (LANU). A Liga é fruto da busca dos alunos por conhecimento e do interesse pela pesquisa e extensão, aplicadas a uma área tão fascinante da medicina. Objetivos: Congregar acadêmicos do curso de medicina interessados no aprendizado e no desenvolvimento técnico-científico da nefrologia e temas relacionados; contribuir para a formação médica de seus membros durante o curso de graduação; promover estudos e pesquisas científicas; manter intercâmbio científico e associativo com outras escolas médicas e outras instituições ligadas à nefrologia; realizar atividades de prevenção e promoção da saúde junto à população; popularização da nefrologia. Métodos: A LANU é composta de vinte e dois membros discentes, do 2º ao 5º ano, dois orientadores docentes, o Professor Doutor André Falcão Pedrosa Costa e o Professor Doutor Flávio Teles de Farias Filho além de professores colaboradores. As reuniões ocorrem quinzenalmente com apresentação de seminários, casos clínicos e artigos científicos. As atividades práticas são realizadas em dupla, uma vez por semana no 1º Centro de Saúde Noélia Lessa, Santa Casa de Misericórdia de Maceió e Uroclínica, e abordam o acompanhamento de pacientes desde o diagnóstico até terapias de substituição renal. A liga atua na comunidade promovendo palestras em reuniões do HiperDia com temas relacionados à saúde e atividades pontuais com distribuição de material informativo, orientação e difusão de atitudes que promovam saúde e a qualidade de vida. Resultados: A LANU realizou diversas atividades de prevenção em saúde, em 2010 realizou triagem para doenças renais em pacientes atendidos no programa HiperDia. Com as atividades práticas os membros tiveram a oportunidade de ter a experiência do contato direto com pacientes nefropatas e com a realidade do sistema de saúde. A liga produziu eventos científicos e realiza pesquisas epidemiológicas e experimentos 102 Hospital Universitário Professor Alberto Antunes, Universidade Federal de Alagoas, Alagoas Palavras Chaves: formação,médica Níveis de vancocinemia persistentemente elevados agravando a nefrotoxicidade da vancomicina em paciente oncológico Rubuski FB1,Oliveira MT1,Hamamoto RHF1, Andrade R1, Saragiotto H1, Marques IDB2, Imanishe MH2, Soeiro EMD1, BENEDITO JORGE PEREIRA1,2 UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO.SÃO PAULO, SP1 HOSPITAL AC CAMARGO, SÃO PAULO, SP2 Os níveis séricos e tempo de uso da vancomicina são importantes na gravidade de sua nefrotoxicidade. Objetivo: relatar caso de nefrotoxicidade pela vancomicina com níveis séricos persistentemente elevados mesmo após suspensão da droga. Caso clínico: paciente 50 anos, feminino, natural e residente em São Paulo, portadora de carcinoma espinocelular fossa nasal, submetida a retirada cirúrgica do tumor com maxilectomia medial direita, ressecção de infraestruturas anterior bilateral, sinusectomia etmoidal bilateral e osteotomia do assoalho frontal, permanecendo internada por 11 dias. Retornou 27 dias depois com osteomielite de região de ossos da face, iniciando tratamento com ciprofloxacina e 2 dias depois substituído por vancomicina (2g/dia) e drenagem cirúrgica da osteomielite. Após 28 dias de uso da Vancomicina domiciliar (Home care) e com queixas de vômitos pós-prandiais teve internação no hospital com quadro de náuseas e vômitos sendo identificado alteração da função renal, com U=74 mg/dl, Cr=4,36 mg/dl e vancocinemia =54 mg/dL. Feito hipótese diagnóstica de síndrome urêmica com lesão renal aguda induzida pela vancomicina, sendo suspenso esse antibiótico. Evoluiu com redução do volume urinário e piora progressiva da função renal, sendo necessário iniciar o tratamento dialítico por 24 dias. Mesmo após suspensão da vancomicina os níveis séricos persistiram elevados, atingindo em 3 dias após suspensão, valor máximo de 129,1mg/ dL e em 15 dias de hemodiálise convencional intermitente mantiveram-se elevados, com queda para 24,6mg/dL a partir desse momento. Nesse período para descartar a hipótese de nefrite intersticial aguda realizou a pesquisa de eosinófilos na urina que foi negativa e Cintilografia com Gálio também negativa. Após 32 dias do início da lesão renal aguda foi realizado uma biópsia renal percutânea guiado por Ultrassonografia, sendo identificado a presença de necrose tubular aguda sem a presença de infiltrado inflamatório intersticial. Após 25 dias do inicio do tratamento dialítico apresentou melhora progressiva da função renal até receber alta hospitalar com 40 dias de internação e encaminhada ao tratamento ambulatorial onde foi reavaliada e apresentava função renal recuperada (U=30mg/dL; Cr=1,3 mg/dL). Conclusões: a nefrotoxicidade da vancomicina está ligada aos níveis séricos elevados persistentes, sem redução com hemodiálise de baixo fluxo e com a presença de necrose tubular aguda. Os mecanismos dessa lesão precisam ser melhor estudados. Palavras Chaves: nefrotoxicidade de vancomicina,insuficiência renal aguda Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia PREVALÊNCIA DE DOADORES DE ÓRGÃOS ENTRE UNIVERSITÁRIOS, CLIENTES DE POSTOS DE SAÚDE E POPULAÇÃO GERAL EM CIDADE DO INTERIOR DO NORDESTE Cavalcanti JU1, PAULO ROBERTO SANTOS2, Silva-Filho AH2, Apolônio NAM2, Vieira CB2, Rocha ARM2, Carvalho RM2, Ponte HA2, Vieira EB2, Salles-Jr LD1 1 - FACULDADE DE MEDICINA DE SOBRAL, UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ 2 - LIGA DE NEFROLOGIA DA FACULDADE DE MEDICINA DE SOBRAL, UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ Introdução: O aumento de casos de doença renal crônica exige que haja na comunidade conhecimento e motivação quanto à doação de órgãos. Objetivo: Identificar se a proporção de doadores de órgãos difere entre amostras distintas da população. Casuística e Métodos: Durante os meses de abril e junho de 2011, foi realizada Campanha de Prevenção da Doença Renal em Universidades, postos de saúde e rodoviária na cidade de Sobral, CE. De acordo com esses locais classificamos os participantes, respectivamente, como Universitários, Clientes e População Geral. Todos os participantes eram solicitados a responder a pergunta “Você é doador de órgão?”. Resultados: Foram entrevistados 200 Universitários, 170 Clientes e 84 da População Geral. Havia 28% de doadores entre os Universitários, 11% entre os Clientes e 23% entre os da População Geral. Conclusões: A menor proporção de doadores entre os clientes de postos de saúde indica que é necessário realizar campanhas nestes locais com engajamento de profissionais de saúde em atividades contínuas de esclarecimento e estímulo à doação de órgãos. VOCÊ SABE O QUE É CREATININA? – UMA ENQUETE EM CIDADE DO INTERIOR DO NORDESTE PAULO ROBERTO SANTOS1, Cavalcanti JU2, Silva-Filho AH2, Apolônio NAM2, Vieira CB2, Rocha ARM2, Carvalho RM2, Ponte HA2, Vieira EB2, Salles-Jr LD1 1 - Faculdade de Medicina de Sobral, Universidade Federal do Ceará 2 - Liga de Nefrologia da Faculdade de Medicina de Sobral, Universidade Federal do Ceará Introdução: A doença renal crônica deve ser detectada nos estágios iniciais. Para isso é importante o conhecimento da população sobre a creatinina, principal marcador da função renal. Objetivo: Identificar a proporção de pessoas que sabem o que é creatinina e as principais fontes desse conhecimento. Casuística e Métodos: Durante os meses de abril e junho de 2011, foi realizada Campanha de Prevenção da Doença Renal em Universidades, postos de saúde e rodoviária na cidade de Sobral, CE. Os participantes eram solicitados a responder a pergunta “Você sabe o que é creatinina?”. Em caso de resposta afirmativa, o participante era questionado sobre a fonte do seu conhecimento. Resultados: Foram entrevistadas 454 pessoas, 279 (61,5%) homens e 175 (38,5%) mulheres, 51% com idade entre 15 e 25 anos, 21% entre 25 e 35 anos, 10% entre 35 e 45 anos e 18% acima de 45 anos. Quanto ao nível de escolaridade, 37% possuíam ensino superior incompleto, 18% ensino médio completo, 16% fundamental completo, 10% superior completo e o restante distribuídos em médio incompleto (9%), fundamental completo (6%) e analfabetos (4%). Quatrocentos e onze (91%) participantes responderam que não sabiam o que é creatinina. Entre os 43 (9%) que sabiam, as fontes de conhecimento foram: professores de faculdades e escolas (44%), médicos (30%) e outras fontes: internet, revistas, colegas de trabalho (26%). Conclusões: Mesmo em amostra com bom nível de escolaridade, houve poucas pessoas que sabiam o que é a creatinina. Instituições de ensino e médicos foram a principal fonte de conhecimento. Concluímos que: 1) é necessário realizar campanhas constantes de educação sobre doença renal crônica e o marcador da função renal creatinina; 2) nessas campanhas devem estar engajados profissionais de saúde e educadores dos vários níveis de ensino. 103 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia RESUMOS - SESSÃO POSTER MULTIPROFISSIONAL (I Encontro Multiprofissional em Nefrologia) A Adesão do Portador de Insuficiência Renal Crônica ao Tratamento Hemodialítico ROSIMEIRE BALOG WANCELOTTI A prática profissional do assistente social sob o olhar de uma recém graduada inserida no Programa de Aprimoramento Profissional “Serviço Social em Diálise” INSTITUTO DE HEMODIALISE SOROCABA - IHS KAREN SUSANNE E SOUZA, TATIANE GRANATTO LOPES O tratamento da Insuficiência Renal Crônica (IRC) acarreta restrições físicas e psicossociais, comprometendo a qualidade de vida do portador da doença. O presente estudo teve como objetivo levantar os principais fatores que interferem na adesão do paciente ao tratamento hemodialítico, bem como buscar estratégias para ajudá-lo a melhorar a adesão. Foi utilizado como instrumento o levantamento bibliográfico de material escrito por outros autores de diferentes abordagens. Foram consultados os principais acervos, publicações e referências existentes sobre o tema, utilizando como fonte: livros, jornais, periódicos, teses, dissertações, anais de congressos, sites científicos dentre outros. Após leitura dos vários autores, foi possível concluir que é preciso levar em consideração os aspectos inerentes ao próprio tratamento, que envolve mudança importante em todas as esferas da vida do indivíduo, impondo-lhe nova rotina obrigatória, da qual não pode isentar-se. É preciso levar em conta, também os fatores relacionais tanto exógenos quanto endógenos, ou seja, a capacidade de enfrentamento e adaptação do indivíduo às adversidades e a participação de sua rede de apoio, principalmente a familiar e a própria equipe técnica. HOSPITAL DAS CLINICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - UNESP A assistência de enfermagem ao transplantado renal e o cuidado integral RENATA BUENO, Adriana Michelone Faculdade de Medicina de Marília O trabalho em equipe multiprofissional é de extrema importância para o êxito do transplante renal. A enfermagem, como parte desta equipe, precisa ser muito bem treinada, capacitada e atualizada, buscando suprir as necessidades básicas de um transplante, considerando o grau de complexidade envolvido neste tratamento. Com relação à assistência de enfermagem, almeja-se nos dias atuais um cuidado integral, visando à valorização do ser humano enquanto ser indivisível que não pode ser explicado, separadamente, por seus aspectos físicos, psicológicos ou sociais apenas. O objetivo desse estudo foi o de analisar como se desenvolveu a assistência de enfermagem, ao longo do tempo, no sentido de promover o cuidado integral aos pacientes transplantados renais. Trata-se de um trabalho de revisão bibliográfica, de caráter histórico, com rastreamento de publicações na base de dados LILACS. Foram incluídos artigos científicos sem limite de data, país de publicação ou idioma. Excluiu-se as demais publicações como teses, livros e outros. Foram encontrados 26 artigos, dos quais 11 foram analisados por contemplar o propósito deste estudo. Na análise dos artigos, verificou-se que o profissional enfermeiro esteve presente desde o início dos transplantes renais. Analisou-se que a assistência de enfermagem teve transformações, passando de uma assistência focada principalmente no aspecto biológico do paciente, para uma mais crítica, reflexiva e integral. Concluiu-se, por fim, que houve, ao longo dos anos, uma progressiva conscientização a respeito da importância de uma abordagem integral no cuidado aos transplantados renais. Palavras Chaves: Transplante de rim,Cuidado de enfermagem Introdução: Criado pelo Decreto Estadual nº 13.919 de 1979, o Programa de Aprimoramento Profissional (PAP) é uma modalidade de formação e capacitação profissional na área da saúde, que adota uma metodologia de aprendizagem com ênfase no treinamento em serviço, sob supervisão. O Serviço Social está exclusivamente em quatro áreas: criança e adolescente, diálise, saúde mental e pública. Objetivo: Socializar a experiência da atuação do assistente social na saúde, mais precisamente do PAP “Serviço Social em Diálise”. Justificativa: A escolha de trabalhar com pacientes renais crônicos terminais nos remete a lidar diariamente com questões de dor física, psíquica e social, bem como perdas constantes; portanto, se pensamos na prática social de forma multiprofissional, verificaremos que ela vem apresentando-se como uma possibilidade de atenção integral ao individuo. No período de graduação já verificamos que o processo saúde-doença não se limita somente ao aspecto biológico, mas envolve todo o contexto social, político e cultural do indivíduo. O PAP estimula o desenvolvimento de uma visão crítica e abrangente do Sistema Único de Saúde (SUS), orientando sua ação para a melhoria das condições de saúde da população. Método: O PAP “Serviço Social em Diálise” iniciou em 2007 e configura uma modalidade de treinamento em serviço que favorece a reciprocidade entre intervenções técnicas especificas e interações profissionais. A prática profissional se desenvolve em um ano com carga horária semanal de 40 horas de atividades, 80% das quais são práticas e 20% em aulas e seminários,etc. O programa coloca o profissional em contato direto com os desafios da realidade, tanto aquelas advindas da assistência integral ao paciente e sua família, bem como os desafios impostos pela própria profissão. Conclusão: É claro que a prática profissional do assistente social fortalece todo o sistema de apoio ao paciente, pois é um profissional que detém um saber imprescindível e uma capacidade de escuta e leitura da realidade social. Tal constatação permite concluir que o assistente social “é um profissional que trabalha permanentemente na relação entre estrutura, conjuntura e cotidiano, e é no cotidiano que as determinações conjunturais se expressam e ai é que se coloca o desafio de garantir o sentido e a direção da ação profissional” (Martineli, 2004:4). Palavras Chaves: assistente social, Unidade de Diálise A prevalência do tabagismo em pacientes renais crônicos submetidos à hemodiálise. LUCIANA ALVES MOREIRA, FERNANDA CRISTINA RIBEIRO NISIHARA, RONALDO ROBERTO BÉRGAMO TRS Introdução e objetivos: A insuficiência renal crônica (IRC) cursa com perda progressiva e irreversível das funções renais, gerando alterações fisiológicas e funcionais causadas pela diminuição da atividade física, fraqueza muscular, anemia, alterações metabólicas, bem como acarreta prejuízo na qualidade de vida. O exercício físico se apresenta como recurso terapêutico na prevenção e reversão destas alterações. Este estudo procurou investigar as taxas de sedentarismo dos pacientes antes e após o início do tratamento em hemodiálise, bem como os principais motivos alegados para o sedentarismo. Metodologia: Participaram do estudo 46 pacientes em programa regular de hemodiálise e diabéticos, com idade entre 42 e 81 anos. Foi aplicado questionário estruturado para caracterizar os sujeitos, identificar a prevalência do sedentarismo e a prática de atividades físicas nesta população. Resultados: Dos pacientes entrevistados, 52% praticavam algum tipo de atividade física antes do inicio do tratamento por hemodiálise, este índice apresentou redução significativa após o inicio da terapia renal por hemodiálise, apenas 17% dos pacientes praticam atividade física atualmente. Os dois principais motivos alegados para a não pratica da atividade foram, fraqueza e dor nos membros tanto superior quanto inferior (38%), seguido de alguma impossibilidade física (31%). Conclusão: Podemos considerar que conforme a literatura, programas de reabilitação física são benéficos para a melhoria do estado geral e qualidade de vida de pacientes renais crônicos, entretanto há necessidade de maiores estudos para melhor quantificar a intensidade dos exercícios para esta população, para que sejam sugeridos programas neste sentido aos centros de diálise. INTRODUÇÃO: Atualmente, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o tabagismo é considerado a principal causa de morte evitável no mundo. Já foi comprovado que a nicotina presente no cigarro é uma droga que causa dependência, e há evidências que essa dependência é também a maior causa de morbidade evitável. Porque algumas pessoas se envolvem com uma droga mesmo sabendo de todos os seus riscos? Um dos mecanismos de funcionamento mental que podem justificar isso é o “Principio do Prazer”, descrito por Freud. Estudos demonstram que diante do medo da morte muitos tabagistas abandonam o cigarro. Entretanto, há uma parcela que mantém o vício. Pesquisas atuais demonstram que algumas doenças graves podem colaborar para a redução do vício. No entanto, a incidência é variável de acordo com o diagnóstico. OBJETIVO: Avaliar a prevalência de tabagistas em programas de hemodiálise. Assim como, discutir o motivo da redução do número de tabagistas nesse microcosmo. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Foram avaliados 325 pacientes com diagnóstico de doença renal crônica em tratamento hemodiálitico. Desses, 190 eram do sexo masculino. A pesquisa abrangeu três clínicas de São Paulo englobando pacientes particulares e outros atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O estudo foi transversal prospectivo. Foram excluídos os pacientes menores de 18 anos e aqueles que não apresentavam capacidade cognitiva de responder o questionário. Aplicação de um questionário objetivo e quantitativo. A entrevistadora foi a mesma em todas as clínicas, evitando diferenças no interrogatório. Foi avaliado o número de pacientes fumantes, ex-fumantes e os que nunca fumaram. E, no grupo de ex-fumantes, o motivo pelo qual eles pararam. RESULTADOS: Dos pacientes avaliados 9,5% continuam fumando; 42,5% pararam de fumar e 48% nunca fumaram. Dos ex-fumantes, 84% decidiram parar por problemas de saúde. CONCLUSÃO: Pacientes com doença renal crônica em hemodiálise apresentam menor prevalência de manutenção do tabagismo quando comparado à outras doenças crônicas como diabetes, insuficiência coronariana e neoplasias. O medo da morte foi fator determinante na grande maioria dos casos devido à freqüência de óbitos no meio em que convivem (sala de hemodiálise). Além disso, a presença de equipe multiprofissional constante corrobora para melhor aderência ao tratamento. Palavras Chaves: ATIVIDADE FISICA, HEMODIALISE Palavras Chaves: Tabagismo, Hemodiálise A prática da atividade física de pacientes com insuficiência renal crônica e diabetes mellitus submetidos à hemodiálise. PAULETE MARIA DOSSENA GRANDO1, PAULA BALDRIGUI1, Maria Auxiliadora V.P. Lima2, CLAUDIA PAULETTO2 1 - CENTRO NEFROLOGICO DE CUIABÁ 2 - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VARZEA GRANDE 104 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM AMBULATÓRIO DE TRANSPLANTE RENAL Pontes DP, Maia KS, Araújo RG, Pimentel MM, Peixoto JEC, Galvão MH, Monteiro EC, Santos AS HOSPITAL DAS CLíNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO A doença renal crônica tem se tornado um problema de saúde pública devido ao crescente número de portadores com esta morbidade. Em seu estágio avançado é necessário que o indivíduo submeta-se a terapia renal substitutiva (TRS). O transplante renal é uma forma de tratamento e requer um amplo acompanhamento à saúde, com o envolvimento de diversos profissionais. A saúde não é competência de um único especialista, mas tarefa multiprofissional e interdisciplinar. O termo equipe multiprofissional refere-se a um grupo de profissionais que atuam de forma interdependente, buscando resultados por meio da somatória de conhecimentos específicos, experiências e estudos que focalizem a qualidade de vida dos pacientes. A educação em saúde ajuda estes pacientes a lidar adequadamente com sua doença, torna-os mais aptos a desenvolver atitudes de auto-cuidado. Nesse sentido, disponibilizar informações que viabilizem a participação do paciente, família e cuidador e proporcionar ao paciente um cuidado individualizado no decorrer do tratamento não constituem somente uma responsabilidade da equipe, mas são atitudes de humanização do cuidado. Este trabalho tem como objetivo, relatar atividades de educação em saúde sobre a temática pré e póstransplante com intuito de informar e desmistificar o tratamento, desenvolvido a partir da vivência dos residentes multiprofissionais em ambulatório de um hospital referência em transplante renal do estado de Pernambuco devido ao déficit de informação dos pacientes referente à temática. Foi elaborado um álbum seriado pela equipe multiprofissional de residentes contendo informações sobre a logística do transplante renal, orientações sobre autocuidado, recomendações nutricionais, farmacêuticas e direitos sociais. Com este instrumento, foram realizadas as intervenções de educação em saúde aos pacientes e acompanhantes durante as consultas ambulatoriais. Foi percebida uma positiva aceitação e apreensão das informações pelos pacientes, devido a sistematização do volume de informações em um instrumento de fácil visualização e compreensão. Percebe-se que o processo de educação em saúde é essencial para a adesão dos pacientes ao tratamento e subsequente sucesso do transplante. Desta forma, a equipe multiprofissional possui um papel relevante atuando com diferentes saberes, agindo como agente multiplicador no processo saúde-doença. Palavras Chaves: Transplante Renal, Equipe Multiprofissional Associação entre parâmetros psicológicos e nutricionais nos pacientes em diálise peritoneal Juliana Cristina Nunes Marchette1, Cassiana Regina de Goes2, Cristiane Lara Mendes Chiloff3, Milene Peron Rodrigues Pinto4, Ana Teresa de Abreu Ramos Cerqueira3, Jacqueline Costa Teixera Caramori1, Pasqual Barretti1 1 - Unidade de Diálise - Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP 2 - Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP 3 - Hospital das Clínicas - Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP 4 - Serviço Técnico de Nutrição e Dietética - Hospital das Clínicas - Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP A incidência e prevalência da insuficiência renal crônica terminal (IRCT) têm atingido proporções epidêmicas no Brasil e em todo o mundo, com elevada mortalidade. Nesses pacientes o comprometimento nutricional associa-se com pior qualidade de vida (QV) e saúde, havendo poucos estudos sobre o tema no Brasil.. Objetivo: verificar a associação entre parâmetros psicológicos e nutricionais em pacientes submetidos à diálise peritoneal. Realizou-se estudo retrospectivo com 45 pacientes da Unidade de Diálise do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (UNESP):, 58% mulheres, idade média de 53.5 anos, em tratamento dialítico por pelo menos seis meses, 69% em modalidade automática e 63% não diabéticos. Na avaliação cognitiva foi utilizado o Mini Exame do Estado Mental (MEEM) e para avaliação da QV o SF-36; para a avaliação nutricional foram tomadas medidas antropométricas e bioquímicas, recordatório alimentar e a bioimpedância elétrica. Utilizando-se a correlação de Pearson, verificou-se que a pontuação no MEEM correlacionou-se positivamente com a ingestão alimentar calórica e protéica e porcentagem de água intracelular; e negativamente com o clearance de creatinina e idade; albumina correlacionou-se positivamente com domínios da QV: capacidade funcional, estado geral de saúde, vitalidade, saúde mental e aspectos físicos, sociais e emocionais, estado inflamatório, medido pelo PCR, correlacionou-se negativamente com aspectos físicos e estado geral de saúde. Na análise multivariada o ângulo de fase correlacionou-se positivamente com capacidade funcional, dor, aspectos emocionais e saúde mental. As associações encontradas entre aspectos psicológicos e nutricionais, tornam possível reafirmar a importância dos cuidados nutricional e psicológico e a necessidade de assistência multiprofissional para esta população. Avaliação da completude e da existência do preenchimento da ficha do HiperDia em uma unidade básica do nordeste do Brasil FIRMINO ELIAS DE ALBUQUERQUE NETO, Horácio Luis Fontes Goés de Barros, Caio Francisco de Araújo Cavalcanti, André Falcão Pedrosa Costa, Flavio Teles FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE ALAGOAS Introdução: O número de pacientes catalogados no sistema informatizado de cadastramento e acompanhamento de hipertensos e diabéticos (HIPERDIA) foi sugerido em 2005, pelo Ministério da Saúde como indicador suplementar do Pacto de Indicadores da Atenção Básica. Pois esse sistema gera informações para os agentes locais, gestores das secretarias municipais, estaduais e Ministério da Saúde, através de uma ficha padrão. Nas unidades de saúde da família, todo paciente diagnosticado, ao se cadastrar nesse sistema, tendo sua ficha padrão preenchida, a primeira via deve constar no prontuário individual e a segunda via encaminhada para a secretaria municipal de saúde do município para ser arquivada no SisHiperDia.. O correto preenchimento e a constante atualização dessa ficha é fundamental para o funcionamento integral do HiperDia. Além do mais, a presença da primeira via no prontuário e a disponibilidade da mesma para análise é um indicador básico de funcionamento do sistema. Objetivos: Avaliar o preenchimento da ficha do HiperDia em pacientes cadastrados nesse programa em uma Unidade Básica de Saúde. Casuística e métodos: Estudo observacional analítico, não intervencionista, de caráter retrospectivo em uma comunidade de baixo estrato socioeconômico assistida pelo programa HiperDia de uma Unidade de Saúde da Família localizada na área urbana da periferia do município de Maceió, Alagoas, cuja população estimada é de 24.2 mil habitantes. Para tanto, foi realizado um questionário padrão preenchido a partir dos prontuários, tendo como base a análise da existência ou não da ficha do hiperdia nos mesmos. Em seguida, os dados relevantes foram analisados no Epi info 3.5.2. Resultados: Foram avaliados 85 prontuários, desses, apenas 61.17% possuíam a ficha do hiperdia. Dentre estes, 34.6% estavam indevidamente preenchidos com um ou mais campos em branco. Quanto aos campos de fatores de risco e complicações, 11.53% das fichas estavam com ambos em branco. Nos campos dos tratamentos medicamentosos, observou-se uma lacuna de 30.76%. Conclusão: Na Unidade de Saúde da Família avaliada é preocupante a quantidade de prontuários de pacientes cadastrados sem a devida ficha do HiperDia.Quanto ao percentual da completude das fichas do Hiperdia é inadequado para efetuar um controle desses importantes agravos à saúde da população. Palavras Chaves: HIPERDIA, PREENCHIMENTO Avaliação do uso de curativo com cobertura antimicrobiana em pacientes em uso de cateter venoso central para hemodiálise, em um centro de referência no interior do Estado de São Paulo NATALIA CRISTINA FERREIRA, ANIELA NASCIMENTO PIVOTTO, MICHELY D. C. BRITO, ARIANE CORTI, ELDA GARBO PINTO, MIRELA MARIA ALLONSO HOSPITAL ESTADUAL BAURU Introdução:A infecção relacionada a Cateter Venoso Central (CVC) em doentes renais crônicos em hemodiálise, representa um obstáculo frente às ações de enfermagem buscando sua prevenção, repercutindo sobre o tratamento e representando a principal causa de morbimortalidade. No cenário do estudo observa-se um grande número de usuários em uso de cateter venoso central representando quarenta e sete por cento do total de acessos vasculares. Diante dos altos índices de infecção relacionada ao uso de cvc, houve a necessidade de uma avaliação dos curativos utilizados. Casuística e Métodos: Trata-se de uma análise da base de dados, onde foram avaliados pacientes portadores de cateter venoso central, de ambos os sexos, faixa etária de 18 a 89 anos, independentemente do período de tratamento, em uso de curativo convencional e curativo com cobertura antimicrobiana, no período de julho de 2008 a dezembro de 2010. Resultados e Conclusões: Os curativo convencional é realizado com gaze estéril, utilizando-se gluconato de clorexedine e o curativo com cobertura antimicrobiana é realizado com filme transparente de poliuretano semipermeável associado à espuma em forma de disco, feita de poliuretano hidrofílico absorvente, com gluconato de clorexidine impregnada de liberação equilibrada, permite a monitorização contínua do sítio de inserção sem a remoção do curativo, com intervalo de troca de sete dias reduzindo assim o risco de trauma devido ao excesso de manipulação, o tempo de assistência de enfermagem e o custo hospitalar, quando comparado ao curativo convencional que deve ser trocado em todas as sessões, média de três vezes na semana. Com a utilização do curativo com a proteção antimicrobiana houve uma redução das infecções significativamente, quando comparados ao mesmo período com uso do curativo convencional. Observou-se também que no período onde o curativo não estava disponível, houve um aumento na incidência de infecção confirmando um melhor efeito protetor quando comparado ao curativo convencional. Palavras Chaves: cateter venoso central, curativo CASOS CLÍNICOS - CUIDADOS COM ÚLCERAS ISQUÊMICAS NA UNIDADE DE DIÁLISE DO HOSPITAL REGIONAL DO VALE DO PARAÍBA – TAUBATÉ - SP EDUARDO DE PAIVA LUCIANO,JEANE FLORA FERREIRA E SILVA,ELAINE C. DOS SANTOS ARANTES,LETICIA YUMI SAKAMOTO,MARIA DE FÁTIMA P. SANTOS,SANDRA HELENA L. S. CARDOSO,FABIO JUNIOR G OLIVEIRA,WELINGTON CARLOS DE SOUSA,LUCRECIA MARIA LOPES HOSPITAL REGIONAL DE TAUBATÉ - SP INTRODUÇÃO: O paciente renal crônico apresenta importantes fatores de risco para isquemia periférica e consequentemente lesões tróficas em leitos distais; seja pela doença de base como Diabetes mellitus ou por riscos não tradicionais como a calcificação extra óssea. METODOS: Realizamos cuidados de efermagem com curativos após as sessões de hemodiálise de dois pacientes em nossa unidade ; a orientação dos curativos foi feita em conjunto com a comissão de curativo do hospital. RESULTADOS: Caso 1 P.A, masculino, 66 anos, branco, casado, natural e procedente de Cruzeiro – SP; paciente diabético e renal crônico dialítico evoluiu com lesão trófica no pé direito há 16 meses; em Agosto de 2010 foi submetido à amputação transmetatarseana em pé direito após 3 meses em tratamento com Meronem ; no quinto mês de pós operatório iniciou lesão trófica infectada , na região lateral do pé direito , infectada e sangrante; optamos por tratamento clinico e avaliação da comissão de curativo do HRVP; os curativos foram realizados 3x semana após a sessão de hemodiálise com soro fisiológico, AGE, papaína gel a 10% e SAF-GEL™; as fotos mostram a boa evolução da ferida com cicatrização adequada. Caso 2 : A.V ; feminino, 77 anos , branca , viúva , natural e proce105 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia dente de Taubaté; paciente diabética tipo 2 e hipertensa , renal crônica dialítica há 14 meses evolui com lesão e edema em membro inferior esquerdo há 2 meses .Internada em maio ,com uma hemocultura(06/05) positiva na 1ª amostra ( acinetobacter multi sensivel) e uma cultura positiva ( pseudomonas multi sensível) da secreção da lesão; iniciou-se tratamento tópico com soro fisiológico ; AGE ; Hidrogel com Alginato3x semana no final das sessões de hemodiálise ; houve importante melhora evolutiva após 6 semanas de tratamento. CONCLUSÃO: os pacientes renais crônicos dialíticos apresentam diversos fatores de risco tradicionais e não tradicionais para lesões distais isquêmicas e devem receber cuidados de enfermagem para profilaxia e tratamento destas lesões na unidade de diálise Palavras Chaves: ULCERA Colonização nasal dos pacientes em hemodiálise portadores de cateter venoso central e o risco de infecção. MICHELY DAYANE CAMPOS BRITO, ARIANE CORTI, NATALIA CRISTINA FERREIRA, MIRELA MARIA ALLONSO, ANIELA NASCIMENTO PIVOTTO, ALINI CORREA HORTOLANI HOSPITAL ESTADUAL BAURU Introdução:A colonização nasal de pacientes com cateter venoso central (CVC) tem se tornado um problema de saúde pública, especialmente quando se reconhece sua complexidade, riscos e custos. As infecções associadas a cateter correspondem a 20% de todas as complicações dos acessos vasculares, sua incidência é alta e grave, levando a retirada e troca deste. Objetivos:Avaliar a ocorrência de infecções em pacientes em hemodiálise portadores de CVC com colonização nasal e comparar a microbiota bacteriana encontrada nas narinas com a do orifício de saída desses cateteres,,e os fatores de risco.Casuística e Métodos:Este estudo foi desenvolvido no serviço de Nefrologia do Hospital Estadual Bauru/SP.O grupo estudado foi de 40 pacientes com faixa etária de 18 a 82 anos submetidos a hemodiálise com acesso tipo CVC, no período de setembro a novembro de 2010. Os dados foram coletados por meio de cultura de secreção por swab e ponta de cateter.Resultados e Conclusões:Os resultados obtidos totalizam um índice de infecção nasal média de 25,83% por Staphillococcus aureus. Nas culturas de ponta de cateter e secreção de orifício do CVC média de 16,66% por Staphillococcus aureus. Concluimos que em nossa instituição existe elevada proporção de infecção por Staphillococcus aureus, acarretando uma alta taxa de internação, uso prolongado de antibióticos e debilidade ainda maior destes pacientes.Os fatores de risco identificados foram: a falta de comprometimento e cuidados com cateter e higiene do paciente, número de sessões de hemodiálise, tempo de permanência do cateter, inserção do CVC, diabetes, uso de drogas intravenosas, número de punções e hipoalbuminemia facilitam a contaminação. É necessário um melhor orientação e acompanhamento a partir do implante do CVC para evitar internações e reinternações, existindo a necessidade de trabalho educativo com pacientes e toda equipe multiprofissional a fim de manter a integridade do acesso e qualidade do tratamento. Palavras Chaves: colonização, cateter venoso central ETIOLOGIA E SUSCEPTIBILIDADE ANTIMICROBIANA DE AGENTES DE INFECÇÃO EM RENAIS CRÔNICOS EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO TâMARA TRêLHA GAUNA1, ANA MARIA MELLO MIRANDA PANIAGO2, ELIZETE OSHIRO2, NÁDIA C.P. CARVALHO3, FERNANDO AGUILAR LOPES3, MARILENE RODRIGUES CHANG3 1 - HOSPITAL UNIVERSITáRIO MARIA APARECIDA ROSA PEDROSSIAN 2 - Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, MS 3 - Departamento de Farmácia, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul,MS A infecção é uma complicação séria e comum em pacientes que utilizam cateter venoso central para hemodiálise. O controle desta complicação é um desafio para a equipe de saúde, dado o risco infeccioso do procedimento invasivo, manipulação constante durante as sessões de hemodiálises e a debilitação imunológica desses pacientes. Os objetivos deste estudo foram: identificar os agentes de infecção e avaliar a susceptibilidade dos mesmos frente aos antimicrobianos em pacientes renais crônicos submetidos a hemodiálise em uso de cateter duplo lúmen em um hospital-escola de Campo Grande/MS, de abril/2010 a junho/2011. De um total de 60 pacientes em tratamento hemodialítico foram acompanhados 30 desde a inserção do cateter por 3 meses em média. Durante as hemodiálises foram inspecionados os sítios de inserção e monitorados sinais e sintomas de infecção, além de coleta e/ou acompanhamento de hemoculturas/culturas de ponta de cateter e pesquisa em prontuários. As infecções predominaram em pacientes masculinos (56,7%), mediana de idade de 60,5 anos (5-85 anos). Houve um paciente com atendimento exclusivamente ambulatorial. Houve em média 25 sessões de hemodiálises por paciente. Dos pacientes, 66,7% apresentaram hipoalbuminemia, 30% tinham história de cirurgia recente e 46,6% tinham diabetes mellitus. A inserção do cateter foi dificultosa em 60% dos casos. Sinais e sintomas predominantes durante as hemodiálises incluíram: tremores (86,6%), calafrios (83,3%), hiperemia (60%) e febre (50%). No período de estudo utilizaram-se 59 cateteres (1 a 5 por paciente). Sítios de inserção predominantes: jugular direita (48,3%) e jugular esquerda (25,9%). De 84 culturas realizadas, 51 (60,7%) microrganismos foram isolados: 28 Gram negativos, 20 Gram positivos e 03 leveduras. Quanto a espécime clínica, 33 (49,2%) de hemoculturas e 10 (58,8%) de ponta de cateter. Em 6 (37,5%) isolados de ponta de cateter foi identificado o mesmo agente da hemocultura, configurando infecção relacionada ao cateter. Entre os agentes etiológicos identificados citam-se: Staphylococcus aureus (23,5%), Pseudomonas aeruginosa (9,8%) e Burhlkolderia cepacia (9,8%). O predomínio de Gram negativos e não fermentadores isolados sugere infecção relacionada a assistência a saúde. Dessa forma a prática diária do serviço de diálise deve ser revista. Espera-se com os resultados obtidos contribuir com o serviço de atendimento ao doente renal crônico com implementação de medidas de prevenção e controle de infecção. Palavras Chaves: INFECÇÃO, HEMODIÁLISE 106 EXPOSIÇÃO AO ÁCIDO PERACÉTICO UTILIZADO NO REPROCESSAMENTO DE DIALISADORES RENATO FINOTTI JUNIOR,REGINA TERRA FUNDAÇÃO SERVIÇOS DE SAÚDE MS - HRMS Introdução: No mundo moderno, tempo e segurança são palavras de ordem para todo e qualquer procedimento. Mecanismos de desinfecção e esterilização a frio têm sido utilizados em larga escala nos últimos anos. No entanto, uma nova ordem em termos de esterilização surge no início do século XXI : o ÁCIDO PERACÉTICO. Manipulado com veículo estabilizante, ele é considerado, atualmente, a forma mais adequada de desinfecção de alto grau e esterilização a frio. O ácido peracético tem como característica ser, bactericida, micobactericida, fungicida, esporicida, viruscida, ter atividade na presença de matéria orgânica, ativo na presença de soro, sangue, fluidos corpóreos e gorduras e favorecer a retirada de resíduos orgânicos das superfícies dos artigos, por isso principal produto atualmente utilizado em reprocessamento de dialisadores e linhas para hemodiálise. Objetivos: Através do estudo, levantar quais os índices de ocorrência de acidentes por intoxicação pela exposição ao ácido peracético no HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul). Apresentar os cuidados para se evitar acidentes com o ácido peracético. Demonstrar o que foi feito com o intuito de se manter a manipulação segura para o colaborador. Casuística: Foi realizada uma análise retrospectiva sobre o período de funcionamento do setor de nefrologia do HRMS, isto é, de outubro de 2004 a dezembro de 2010 para levantamento de registros de ocorrências de acidentes com ácido peracético. Resultados: No período estudado, houve registro de um único caso de acidente com ácido peracético no setor de nefrologia do HRMS. Conclusões: Diante do que foi levantado durante o estudo, ações simples, mas efetivas, foram responsáveis pelo baixo índice de acidentes no setor de nefrologia do HRMS, tais como: educação continuada constante (treinamentos efetivos), acompanhamento do uso de EPI’s (equipamento de proteção individual), bem como manutenção de estoque e disponibilidade dos mesmos; avaliação freqüente do sistema de exaustão instalação de ducha lava-olho dentro da Unidade de Nefrologia, transferência da sala do Farmacêutico Responsável, para dentro da Unidade, afim de melhor acompanhar os procedimentos de diluição/preparo da solução de ácido peracético e realizar esclarecimentos de forma imediata aos colaboradores que trabalham diretamente com o produto. Palavras Chaves: Ácido Peracético, Reprocessamento FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS, CLÍNICOS, SINTOMAS DEPRESSIVOS, E AUTO AVALIAÇÃO DE SAÚDE DE PACIENTES SUBMETIDOS A TRANSPLANTE RENAL Paduan VC, Carvalho, MFC, Andrade, LGM, Cerqueira, ATAR Faculdade de Medicina de Botucatu INTRODUÇÃO: A doença renal crônica terminal exige que o paciente realize algum tipo de diálise, ou seja submetido ao transplante. O transplante renal proporciona melhor qualidade de vida (QV) aos pacientes, se comparado às terapias de substituição renal como diálise ou hemodiálise, porém a QV dessas pessoas pode sofrer influência de aspectos psicológicos como a depressão. OBJETIVO: Descrever aspectos sociodemográficos, clínicos, e a auto avaliação de saúde de adultos transplantados renais, estimar a prevalência de depressão e sintomas depressivos e estudar sua associação com os parâmetros citados. MÉTODO: Foram avaliados 155 pacientes nas faixas etárias de 18-39, 40-59, e 60 anos ou mais, com diferentes tempos de transplante (0-6, 7-36, e 37 meses ou mais), acompanhados no ambulatório de pós transplante renal de um Hospital de Clínicas do interior de São Paulo, utilizando o Inventário de Depressão de Beck, e um formulário sociodemográfico e clínico. RESULTADOS: Dos pacientes avaliados, 61% eram homens, 36% tinham entre 18 e 39 anos, 37% entre 40 e 59 anos, e 27% tinham 60 anos ou mais. Apresentavam menos de quatro anos de escolaridade 21%, e 39% tinham renda per capita inferior a um salário mínimo. Estavam em licença médica, ou eram aposentados, pensionistas, ou recebiam auxílio doença 62%. A maioria realizou terapia renal substitutiva prévia (94%), predominantemente hemodiálise (82%). Em relação ao tempo de transplante 29% tinham de zero a seis meses, 30% de 7 a 36 meses, e 41% mais de 3 anos. O enxerto foi proveniente de doadores vivos em 48% dos casos, 77% não foram internados nos últimos seis meses, 25% relataram algum efeito colateral da medicação imunossupressora e 89% apresentavam alguma comorbidade (hipertensão, diabetes ou problemas cardíacos ou vasculares). Quanto à auto avaliação de saúde, 17% dos pacientes avaliaram-na como ruim ou regular, e 83% como boa ou muito boa. A prevalência de depressão foi de 12%, e de sintomas depressivos 35%. Depressão associou-se significativamente, de forma positiva, com tempo de transplante (p<0,05) e com pior auto avaliação de saúde do paciente (p<0,05). CONCLUSÃO: A alta prevalência de depressão e de sintomas depressivos sugere que deve haver atenção da equipe para esta condição de saúde, e propostas terapêuticas, bem como ações preventivas, devem fazer parte do acompanhamento desses pacientes. Palavras Chaves: depressão, transplante renal Implantação do Gerenciamento de Riscos na Sistematização do Trabalho do Setor de Psicologia em Clínica de Diálise – Nefron - Contagem/MG, 2011 DENISE HELENA CAMARGO, PHILIPE HENRIQUE A. CÂNDIDO NEFRON LTDA INTRODUÇÃO: O atendimento psicológico aos pacientes dialíticos transcende o tratamento. Agregado à rotina terapêutica, o sujeito apresenta um contexto familiar, social, cultural e religioso arraigado de sentimentos e acontecimentos. A experiência clínica demonstra que as Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia ferramentas de trabalho utilizadas pela psicologia tais como acolhimento, entrevista inicial, avaliação anual e atendimentos pontuais quando solicitados pela equipe, são eficazes aos pacientes que não demandam um acompanhamento mais criterioso e rigoroso. Por outro lado, observa-se a necessidade de um monitoramento mais efetivo para aqueles pacientes cuja demanda envolve não somente os setores internos, mas externos. OBJETIVO: Descrever o gerenciamento de risco utilizado como ferramenta de monitoramento da atenção psicológica prestada aos pacientes. CASUÍSTICA E METODOS: Foram estabelecidos 3 níveis de escores de risco a partir de entrevistas não dirigidas e psicodiagnóstico. A amostra foi composta por 300 pacientes e classificada considerando características afetivas, físicas e intelectuais. RESULTADOS: Através da implantação do gerenciamento de risco percebemos melhora no controle do desenvolvimento do trabalho da psicologia. Foi possível ter uma visão macro da amostra que simultaneamente alude ao trabalho subjetivo e possibilita elaborar um plano de ação individualizado focado na melhoria continua da assistência prestada aos pacientes em terapia renal substitutiva. Os resultado da classificação apontaram que 51 pacientes (16%) demandaram monitoramento mais efetivo da psicologia. CONCLUSÃO: O estudo sugere que a revisão da sistematização do trabalho da psicologia é relevante para o aprimoramento e segurança da cadeia terapêutica, isto é, a integração dos diferentes saberes e responsabilidades na utilização dos recursos terapêuticos possíveis ao tratamento. A criação do gerenciamento de riscos pode possibilitar um perfil quantitativo dos pacientes, porém o profissional não deve perder o olhar e a escuta subjetiva inerente a cada sujeito. Palavras Chaves: PSICOLOGIA, GERENCIAMENTO INDICE PROGNÓSTICO NA LESÃO RENAL AGUDA: UMA COMPARAÇÃO ENTRE O APACHEII E SOFA. LUCIANA APARECIDA REIS, ARAUJO G de O,AZEDO FA,PINHEIRO KHE Pós-graduação UNASP A lesão renal aguda (LRA) tem sido definida como uma perda abrupta, geralmente reversível da função renal e frequentemente com incidência elevada durante a internação na UTI. As causas são variadas, mas quando associada à sepsis, tem alta morbi-mortalidade. Os índices prognósticos utilizados nesses pacientes são imprecisos, o que requer avaliar uma população distinta ou as práticas de cuidados intensivos. O objetivo deste estudo foi realizar uma comparação entre os índices prognósticos APACHE II e SOFA nos pacientes com diagnóstico de LRA induzida pela sepsis ou choque séptico. Metodologia: Realizou-se uma análise retrospectiva de 66 prontuários no período de agosto a dezembro de 2010 na UTI do Hospital Servidor Público Estadual de São Paulo, nos pacientes com diagnóstico de LRA, sepsis e choque séptico. Resultados: 66 pacientes avaliados, 35 (53%) são do sexo feminino e 31 (47%) do sexo masculino. A idade média variou de 34 a 89 anos. A incidência de LRA por choque séptico foi de 18 (45%) e 22 (55%) de sepsis. O índice prognóstico APACHE II variou de 2 a 30, média de 15% e risco de mortalidade de 24%; o SOFA variou de 2 a 10, média de 5,1%. A mortalidade nos pacientes com LRA por sepsis e no choque séptico foi de 6 (15%) e 22 (55%), respectivamente. O tempo médio de internação foi de 12 dias. Conclusão: Esses dados sugerem que o índice prognóstico APACHE II foi melhor instrumento de avaliação do prognóstico dos pacientes com LRA e o choque séptico ainda prevalece como a maior prevalência de mortalidade nesses pacientes. vitalidade do questionário. Não observamos associações significantes das variáveis com os outros domínios. Conclusão: As alterações na força muscular respiratória, força muscular periférica e independência funcional, influenciam a percepção de qualidade de vida de pacientes portadores de DRC em hemodiálise (domínios: funcionamento físico, dor e vitalidade). Estas informações podem indicar a necessidade de inclusão de estratégias de reabilitação física que vão influenciar na condição clínica destes pacientes. O PAPEL DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR NO CONTROLE DA HIPERTENSÃO ARTERIAL EDUARDO DE PAIVA LUCIANO1, LETICIA YUMI SAKAMOTO1, MARIA DE FÁTIMA PEDROSA DOS SANTOS1, JEANE FLORA FERREIRA E SILVA2, ELAINE CRISTINA DOS SANTOS ARANTES2, WELINGTON CARLOS DE SOUSA2, FABIO JUNIOR .G. OLIVEIRA2, SANDRA HELENA .L. SOARES CARDOSO2, LUCRECIA MARIA LOPES2 1 - CENTRO ESTADUAL DE TRATAMENTO DE DOENÇAS RENAIS DO VALE DO PARAÍBA – TAUBATÉ – SP 2 - HOSPITAL REGIONAL DO VALE DO PARAÍBA - TAUBATÉ – SP INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial está associada a um aumento da incidência de pacientes portadores de doença renal crônica, sendo um enorme desafio de saúde pública. O tratamento engloba, terapia farmacológica, terapia nutricional, redução de peso corporal, reduzir a ingestão de sódio, restringir o consumo de bebida alcoólica, abandono do tabagismo e mudança dos hábitos de vida.A importância da abordagem multiprofissional promove a qualidade da assistência, tornando-se imprescindível a atuação e o empenho cada vez maior da equipe, gerando qualidade nas intervenções e aderência do paciente ao tratamento. No ambulatório do Centro Estadual de Tratamento de Doenças Renais do Vale do Paraíba, região leste do estado de São Paulo( CETDRVP –SP) a equipe multiprofissional é constituída por médico, enfermagem, nutricionista, psicóloga, assistente social e serviço de apoio.OBJETIVO: Descrever o fluxo de atendimento e as atividades desenvolvidas junto aos pacientes hipertenso renais crônicos pela equipe multiprofissional de saúde. MÉTODO: Acompanhamos 1280 pacientes, no período de março a junho de 2011; os pacientes que apresentaram a pressão maior que 120x80 mmHg, foi entregue folder informativo, orientado e explicado sobre a importância do uso correto das medicações prescritas, adoção de hábitos saudáveis, avaliação nutricional e psicológica, solicitado controle de PA residencial e participação no grupo de orientação ao paciente renal crônico que ocorre a cada 15 dias.RESULTADOS: Foram acompanhados 1280 pacientes com tempo de seguimento médio de 360 dias; analisados no periodo de 4 meses subseqüentes com idade média de 64,4± 14,6 anos ; 507(39,5%) pacientes estavam no estagio 3 da DRC ; 51,4% sexo feminino; 83,6% raça branca, 37,9% eram diabéticos e 42,5% eram hipertensos. Encontramos que 68,3% (1119) se encontravam normotensos; 18,2% (299) hipertensos no estágio 1 ; 127 pacientes (7,7%) hipertensos no estágio 2 e 2,6% (44) apenas no estagio 3 da HAS (com PA acima de 180x110 mmHg) CONCLUSÕES: Os pacientes renais crônicos independente da causa devem ser monitorados para o adequado controle da pressão arterial; a atividade de uma equipe multidisciplinar se mostrou essencial e eficaz nesta monitorização Palavras Chaves: HIPERTENSÃO ARTERIAL Palavras Chaves: indice prognostico, lesão renal aguda Influência da independência funcional e da força muscular na percepção de qualidade de vida de pacientes portadores de doença renal crônica (DRC) em programa de hemodiálise DANIELA BARROS BONFIM COLUCCI, Paula Romero Pelegrino Hidalgo, Christiane Karam, Adriano Luiz Ammirati, Maria Claudia Cruz Andreoli, Fellype de Carvalho Barreto, Thais Nemoto Matsui, Ilson Jorge Iizuka, Fabiana Dias Carneiro, Bento Fortunato Cardoso dos Santos HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN Introdução: Os portadores de DRC apresentam frequentemente, algumas alterações decorrentes da inabilidade em manter o equilíbrio hidroeletrolítico e a excreção de catabólitos corporais. Estas alterações apresentam impacto desfavorável na condição clínica e na qualidade de vida destes pacientes. Objetivo: Avaliar a influência da medida de independência funcional (MIF), pressão inspiratória máxima (Pimax), pressão expiratória máxima (Pemax) e força muscular periférica, na percepção de qualidade de vida de pacientes portadores de DRC em programa de hemodiálise. Casuística e Métodos: Estudo transversal em um Centro de Diálise de hospital privado. Instrumentos/Medidas: Kidney Disease and Quality of Life - Short Form (KDQOL-SFTM1); MIF, avaliação da força muscular respiratória através da manuovacuômetria, teste de cinco repetições máximas para bíceps braquial, flexores de ombro, quadríceps e flexores de quadril. Os dados demográficos e clínicos foram coletados no prontuário de cada paciente e os resultados foram expressos em média e desvio padrão. Utilizado correlação linear de Pearson e regressão linear simples para analisar a influência das variáveis na qualidade de vida. Considerado p<0,05. Resultados: Incluídos 30 pacientes (idade 75,5 ±15,8 anos; índice de massa corpórea: 25,9 ±3,35 Kg/cm2). Encontrou-se Pimax média: -59,4 ±-32,3 cmH20 (63% do previsto); Pemax média: 66,8 ±23,4 cmH20 (70,6% do previsto); pontuação média da MIF: 65,6 ± 18,9. Observamos associação linear da pontuação da MIF (r=0,54 p=0,005), da força de bíceps braquial (r=0,54 p=0,01), flexores de quadril (r=0,34 p=0,01) e quadríceps (r=0,36 p=0,04) com o domínio funcionamento físico. Além disso, houve associação entre a pontuação da MIF (r=0,54 p=0,008) e da força de quadríceps (r=0,45 p=0,001) com o domínio dor; e da força muscular de quadríceps (r=0,40 p=0,0001), Pemax (r=0,44 p=0,01), flexores de ombro (r=0,39 p=0,0001) e bíceps braquial (r=0,38 p=0,0001) com o domínio Perfil de infeção de corrente sanguínea em clientes portadores de cateter venoso central para hemodiálise no Hospital Estadual Bauru NATALIA CRISTINA FERREIRA, MICHELY DAYANE CAMPOS BRITO, ARIANE CORTI, MIRELA MARIA ALLONSO, ANIELA NASCIMENTO PIVOTTO, ALINI CORREA HORTOLANI HOSPITAL ESTADUAL BAURU Introdução: A doença renal crônica tem aumentando progressivamente no Brasil e no mundo acarretando a necessidade do tratamento hemodialitico, quando ocorre a perda irreversível da função renal. Faz-se necessário a utilização de acesso, através de cateteres ou fístula arteriovenosa. Os cateteres vasculares centrais (CVC) predispõem ao aparecimento de infecções locais e sistêmicas representando um desafio para prevenção e controle. Objetivos: Identificar a incidência e fatores de risco de Infecção de corrente sanguínea em pacientes com cateter venoso central para hemodiálise e os respectivos micro-organismos isolados na corrente sanguínea desses pacientes. Casuística e Métodos: Estudo retrospectivo, realizado no Centro de Terapia Renal Substitutiva do Hospital Estadual Bauru/SP. Os dados foram obtidos através do prontuário eletrônico e dados locais entre maio de 2010 a maio de 2011. Resultados e Conclusões: Foram avaliadas todas as hemoculturas positivas, no período o que resultou em 47,23% de Staphylococcus Aureus, 19,4% Staphylococcus Aureus Coagulase Negativa, 11,11% Enterobacter Aerogenes, 5,55 % Acinetobacter Baumannii e outros totalizando 16,62%. Concluímos que existem vários fatores de risco relacionados à infecção do cvc como: idade menor que um ano e maior que sessenta, sexo feminino, uso de antibioticoterapia e imossupressores, infecção de pele, tempo de hospitalização prévia, realização e técnica asséptica no curativo utilizado, duração do uso e localização do sítio de inserção do cateter. Destacamos que papel do enfermeiro é de extrema importância, na adoção de técnicas adequadas na manipulação do cateter, e também na orientação e supervisão da equipe de enfermagem e pacientes, realização de educação continuada a toda equipe profissional focando na prevenção e controle, além da padronização de protocolos para que haja melhor eficácia do tratamento. Palavras Chaves: infecção da corrente sanguínea, cateter venoso central 107 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia PREDITORES DE QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES EM HEMODIÁLISE: UMA REVISÃO NA LITERATURA REIS LA,LAMARCA P PÓS-GRADUAÇÃO UNASP A doença renal crônica (DRC) é definida como uma perda progressiva e irreversível da função renal que culmina com uma fase terminal conhecida como doença renal crônica terminal (DRCT) sendo necessário a depuração artificial do sangue através da diálise peritoneal (DP), hemodiálise (HD) ou transplante renal (TX). Durante o processo de HD os pacientes apresentam-se fadigados psiquicamente ou fisiologicamente, o que afeta a sua qualidade de vida (QV). Em estudos anteriores, observou-se que o exercício físico pode atenuar esses sintomas. Investigar os preditores que afetam a QV nos pacientes portadores de DRCT que estejam em HD, bem como o efeito do exercício físico nesses pacientes. Realizou-se uma revisão na literatura utilizando a base de dados do LILACS e SCIELO, do ano de 2001 a 2011, utilizando as seguintes palavras chave: hemodiálise, qualidade de vida e doença renal crônica. Foram avaliados 42 estudos que envolviam pacientes em HD e DP. Observou-se que 25 (59,5%) dos estudos apontaram as co-morbidades como o Diabetes Mellitus e a doença vascular versus 15 (35,8%) para a depressão e 2 (4,7%) incluíram a idade avançada, o sexo masculino e a ausência de ocupação regular como os maiores preditores da QV nesses pacientes. Observouse ainda que em 10 (4%) estudos, o exercício físico causou uma melhora significativa do quadro clínico nesses pacientes; 6 (2,4%) a educação em saúde realizada pelos enfermeiros durante a HD trazem benefícios nos hábitos cotidianos do paciente dialítico. As evidências demonstradas neste estudo é que o exercício físico e a educação em saúde realizada pelo enfermeiro durante ou após a HD trazem benefícios na QV desses pacientes. Sendo assim, é de suma importância a aplicação de medidas intervencionais realizadas pelo enfermeiro para a minimização desses efeitos. Palavras Chaves: PREDITORES DE QUALIDADE DE VIDA ,HEMODIÁLISE Projeto de Dança para a Promoção da Qualidade de Vida aos Colaboradores de uma Clínica de Diálise, BH, 2011 DENISE HELENA CAMARGO,MELISSA LUCIANA DE ARAUJO,JULIANA C. ROQUE CENEMGE INTRODUÇÃO: Com a implantação da gestão de qualidade nas Instituições de Saúde observamos mudanças significativas quanto à satisfação de clientes internos e externos. Em comemoração à semana da enfermagem e da semana interna de prevenção de acidentes de trabalho (SIPAT) realizamos palestras aos clientes internos para discutir a temática: “Cuidarse para poder cuidar”. Com o apoio da administração, vislumbramos a possibilidade de parcerias com empresas de promoção da saúde, a fim de viabilizar a melhoria da qualidade de vida através do lazer, da cultura e socialização.OBJETIVO: Descrever o projeto “Cuidar-se para poder cuidar” e viabilizar o resgate da autoestima dos colaboradores do CENEMGE. CASUÍSTICA E METODOS: Elaboração do projeto pelos setores de psicologia, nutrição, administração, apresentação à Diretoria da Clínica e parceria firmada com a Academia Pé de Valsa. Divulgação do evento através de mural, triagem do número de interessados no evento, sorteio de convites e levantamento de dados do número de participantes. RESULTADOS: Dos 66 colaboradores, inscreveram-se para o sorteio 28 (42,42%)e foram sorteados 15 (22,72%) convites. Destes, 5 (33,33%) não compareceram, mas cederam os convites aos colegas. Das pessoas que adquiriram o ingresso com 50% de desconto concedido pelo parceiro “Pé de Valsa”, somam-se 9 (13,63%) participantes. Em relação aos colaboradores que foram sorteados 19 compraram ingressos para seus acompanhantes. Ao final obtivemos 40 participantes sendo que 19 (47,5%) do sexo feminino, 21 (52,5%) do sexo masculino e com idade entre 21 e 52 anos. O evento foi realizado nas dependências da “Academia Pé de Valsa” com duração de 4 horas e participação de 10 monitores de dança. Por ocasião da divulgação do projeto, percebemos a repercussão através do entusiasmo e expectativa dos colaboradores. Durante a sua realização a alegria, descontração e animação foram pontos altos do evento. Posteriormente, foi notório o impacto físico e emocional dos participantes através dos comentários e do bom humor ao verem o mural de fotos. CONCLUSÃO: O projeto evidencia a importância e necessidade das Instituições de Saúde em estabelecer redes de parcerias com empresas relacionadas à promoção de saúde. Este olhar cuidadoso e diferenciado poderá proporcionar aos clientes internos a melhoria da qualidade de vida, minimizando os riscos de doenças e afastamentos relacionados às atividades laborativas. Palavras Chaves: PROMOÇÃO À SAUDE, COLABORADORES INTERNOS Reeducação alimentar como proposta de melhoria da qualidade de vida dos colaboradores de uma clínica de doenças renais em Contagem/MG. PRISCILA SILVA GOMES, Alessandra Cristina da Cruz Dias CLINICA NEFRON Introdução: Tendo em vista a realidade da prevalência da obesidade no Brasil e suas complicações, sentiu-se a necessidade da criação de um programa de reeducação alimentar, visando à melhoria da qualidade de vida dos colaboradores internos.Objetivo: Incentivar mudanças de hábitos alimentares com conseqüente diminuição dos riscos de doenças associadas.Casuística e Métodos: Foi realizada a pesagem e cálculo do IMC de todos os colaboradores da clínica e aqueles que apresentaram sobrepeso ou obesidade foram convidados a participar de um programa de reeducação alimentar em forma de concurso. No momento da inscrição 108 cada participante informou, através de formulário, seu hábito alimentar para adequações dietéticas e posteriormente receberam o plano alimentar individual. Resultados: A amostra foi composta por 22 participantes, sendo 86% do sexo feminino e 14% do sexo masculino, com idade entre 18 e 55 anos, acompanhados no período de Janeiro a Maio de 2011. Após o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), 06 participantes foram classificados dentro do Peso Ideal, 09 em Sobrepeso, 06 em Obesidade grau I e 01 em Obesidade grau II. No primeiro mês, obtivemos total adesão dos participantes que somaram 32,7 quilos de perda. No segundo mês, houve uma perda de mais 8,3 quilos entre os participantes, totalizando 41,1 quilos de perda. Entre o terceiro e quarto mês observou-se desistência de alguns participantes e até mesmo o ganho de peso.Conclusão: Considera-se que o tratamento para obesidade requer a adoção não só de um plano alimentar que restringe o consumo de calorias, mas também de uma mudança de hábitos que exige a participação ativa do participante.Entretanto, observamos a melhoria dos índices de massa corporal, sendo importante destacar que a colaboradora classificada como Obesidade grau II passou para Obesidade grau I. Outros dois colaboradores classificados em Obesidade grau I passaram para Sobrepeso e uma participante que se encontrava em Sobrepeso atingiu o seu Peso Ideal.Apesar dos outros colaboradores permanecerem classificados como Sobrepeso, houve redução do Índice de Massa Corporal (IMC), melhora na autoestima, disposição para as tarefas cotidianas e da qualidade de vida dos participantes. Palavras Chaves: Saúde, Ocupacional RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL COM ATUAÇÃO NA ENFERMARIA DE NEFROLOGIA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA CIDADE DO RECIFE Pontes DP, Maia KS, Araújo RG, Pimentel MM, Peixoto JEC, Galvão MH, Monteiro EC, Santos AS HOSPITAL DAS CLíNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO A Doença Renal Crônica (DRC) consiste em uma síndrome clínica que exige do seu portador mudança de hábitos para o seu controle e tratamento, acarretando limitações, perdas e mudanças em âmbito biopsicossocial, interferindo na sua qualidade de vida com angústia pelo adoecimento, alterações na imagem corporal, restrições dietéticas e hídricas, e perda do emprego. Estudos evidenciam a importância do acompanhamento do portador de DRC por uma equipe multiprofissional integrada, com impacto positivo nas condições clínicas e na qualidade de vida desses pacientes. As políticas públicas de atenção ao portador de doença renal, especialmente a que trata a portaria n.º 1168 de 15 de junho de 2004, prevêem esta questão, contemplada nos princípios da integralidade e da humanização do Sistema Único de Saúde brasileiro. Portanto, uma abordagem multiprofissional é adequada e necessária e visa proporcionar ao paciente uma assistência eficaz na resolução e enfrentamento dessas questões. Este estudo tem como objetivo descrever a vivência resultante da atuação multiprofissional dos residentes da área de concentração em nefrologia do Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Saúde do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco na enfermaria de Nefrologia do hospital supracitado. Foi desenvolvido por meio da sistematização do processo de trabalho e registros de campo durante o ano de 2010. Foi percebida boa aceitabilidade da equipe multiprofissional pelos pacientes, assim como valorização da sua forma de atuação. A equipe pôde se beneficiar da troca de saberes, além de proporcionar uma assistência mais individualizada, ao se apropriar das demandas biopsicossociais de cada paciente, trabalhando então com o conceito ampliado de saúde. A atuação multiprofissional integrada possibilitou maior resolutividade no atendimento das necessidades de saúde dos pacientes. O atendimento multiprofissional, prestado de forma integrada, figura entre as primeiras tentativas de atendimento organizado ao paciente com doença renal no nosso meio. Seu valor reside na abordagem global do paciente por diversos profissionais que, familiarizados com a patologia, formulam planos de cuidado em suas respectivas áreas de atuação de forma compartilhada e contributiva, permitindo uma ação terapêutica mais completa, adequada e resolutiva. Palavras Chaves: Humanização da Assistência, Doença Renal Crõnica RELATOS DE PROFISSIONAIS DA ENFERMAGEM A RESPEITO DAS ORIENTAÇÕES ALIMENTARES PARA PACIENTES EM HEMODIÁLISE José Abrão Cardeal da Costa, Renata Moneda A. Santos, FABíOLA PANSANI MANIGLIA Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Introdução: A relação entre a equipe de enfermagem e os pacientes em tratamento hemodialítico, muitas vezes caracterizada por grande sensibilidade e empatia, permite que estes profissionais reconheçam os principais problemas enfrentados por estes indivíduos para sua adesão ao tratamento. Objetivo: verificar a opinião dos profissionais da equipe de enfermagem a respeito dos aspectos relacionados à alimentação de pacientes em hemodiálise e à aderência. Métodos: um questionário com 10 perguntas relacionadas às orientações alimentares e à aderência do paciente às mesmas foi aplicado por nutricionista à equipe de enfermagem de uma unidade de diálise. Resultados: houve unanimidade em afirmar que a alimentação pode influenciar no tratamento do paciente em diálise, no entanto 70% dos participantes responderam acreditar que a maioria dos pacientes não segue as recomendações alimentares. A dificuldade dos pacientes em mudar hábitos de vida foi apontada por 40% dos entrevistados como o fator de maior limitação à aderência, seguida da baixa escolaridade (35%). 75% dos entrevistados afirmaram que não conseguiriam seguir com facilidade as orientações alimentares feitas ao paciente em diálise. Todos já foram alguma vez questionados a respeito da alimentação por algum paciente, embora 35% dos participantes respon- Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia dessem as questões com base no seu conhecimento e 65% comunicassem o nutricionista para a resolução da dúvida. Os alimentos fonte de fósforo a serem evitados pelos pacientes renais crônicos apareceram como a questão mais frequente feita à equipe de enfermagem. Itens fundamentais para uma boa evolução do tratamento do paciente renal crônico em hemodiálise, como: acompanhamento médico, uso correto de medicamentos, apoio familiar, alimentação e atividade física adequadas, ocuparam diferentes posições em uma escala de importância de acordo com os participantes. 60% dos profissionais de enfermagem acreditam poder contribuir na adesão do paciente à dieta reforçando as orientações alimentares, porém somente 3 entrevistados citaram a necessidade de um maior conhecimento da equipe para informar adequadamente. 15% dos participantes apresentaram o incentivo e o encorajamento como formas mais apropriadas de melhorar a adesão do paciente às orientações alimentares. Conclusão: a colaboração da equipe de enfermagem pode auxiliar na melhoria da adesão dos pacientes à dieta. Palavras Chaves: influência na adesão, orientações alimentares SENTIMENTOS CONFLITANTES E LIMITAÇÕES VIVENCIADAS POR FAMILIARES/CUIDADORES DE PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA EM DIALISE PERITONEAL AUTOMATIZADA VIVIANY ABREU DE SOUZA,CAMILA NOGUEIRA SUNDERHUS HUCAM A família compreende o seio de afetividade do ser humano, portanto estudá-la é um desafio, visto os constantes desequilíbrios emocionais e no estado de saúde enfrentados na convivência cotidiana. Buscando conhecer com mais detalhes os sentimentos relacionados a convivência com paciente renal foi realizado um estudo que teve como objetivo traçar o perfil dos pacientes atendidos o Ambulatório de Dialise Peritoneal e também descrever os sentimentos conflitantes e limitações vivenciados pelos familiares durante a convivência com paciente em diálise peritoneal. Trata-se de um estudo exploratório descritivo, com abordagem qualitativa que foi desenvolvido no Serviço de Nefrologia do HUCAM-Vitória/ES no período de Julho a Outubro de 2010, com 06 familiares/cuidadores, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa.Os dados foram coletados através do Inventário de Caracterização do Familiar/cuidador e do paciente renal e pela descrição dos sentimentos conflitantes. Para análise das variáveis qualitativas foi utilizada a análise do Discurso de Sujeito Coletivo. Os resultados demonstraram que a maioria dos familiares entrevistados foram do sexo feminino, filhas, na faixa etária de 45 a 60 anos, pardas, casadas, evangélicas e do lar, procedentes da Grande Vitória. Quanto a caracterização do paciente portador de DRC em diálise peritoneal, 50% eram do sexo feminino e o restante masculino, a maioria na faixa etária compreendida entre 60 e 80 anos, casados, apresentando Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial como doença de Base, e apenas 33,3% tiveram experiência de hemodiálise como primeira terapia renal de substituição, além do tempo de diagnóstico da doença e tratamento superior a 2 anos, apesar do período médio de acompanhamento em diálise peritoneal ser de 12 meses. Embora a maioria dos familiares relatarem que os pacientes mantinham pouca dependência do cuidador, após agrupamento de falas foram notados diversos sentimentos relacionados a convivência, tais como: perdas; danos e conquistas; danos e problemas de saúde; enfrentamento de conflitos; mudança de rotina; dúvidas; doação contínua, dentre outros. Considerando os desafios enfrentados diariamente pelos familiares/cuidadores de renais crônicos na busca por uma melhor qualidade de vida de seus entes queridos, acreditamos que o Enfermeiro necessita criar maiores estratégias para garantir uma assistência integral também aos cuidadores, os verdadeiros executores do cuidado. Palavras Chaves: FAMILIA, DIALISE Trajetória da Sistematização de Atendimento Integrado do NAP(Nutrição, Assistente Social e Psicologia) - CLINEMGE - MG, 2011 RENATA COSTA LANA E SOUZA, MELISSA LUCIANA DE ARAÚJO, MARIO ANTONIO MAFRA MACEDO CLINICA NEFROLóGICA DE MINAS GERAIS INTRODUÇÃO: O paciente dialítico apresenta uma complexidade no tratamento associada a comorbidades e mudanças na sua estrutura de vida. A demanda em relação ao médico e à maquina supõe um saber, uma responsabilidade sobre a vida e a morte. A psicanálise, neste contexto, vem para tratar a demanda de um outro lugar, onde “a demanda não é demanda se não for subjetiva, se não houver sujeito, será apenas um pedido”, num resgate daqueles que se “ligam à máquina” e que, sem perceberem, desligam-se da vida e do mundo. OBJETIVOS: Demonstrar a trajetória de sistematização de atendimento integrado do NAP (1998 a 2011). CASUÍSTICAS E MÉTODOS: Cadernos de pedidos da nutrição e psicologia, formulários de solicitação de atendimento da psicologia e do NAP, registro em ata dos atendimentos realizados em equipe com pacientes e ou familiares e histórico do indicador do NAP: Percentual de nível de atendimento integrado do NAP. RESULTADOS: À partir de 1998 os setores de nutrição, psicologia e serviço social foram implantados na CLINEMGE.Em 1999 o setor de psicologia passa a realizar atendimentos em consultório, após realização de um trabalho de criação de demanda. Em 2005 inicia-se o processo de qualidade e em 2006 a psicologia cria o indicador:Percentual de aceitação dos pacientes ao pedido de tratamento. Em 2007 ocorre a elaboração dos formulários de solicitação de atendimento da psicologia e, posteriormente, do NAP e passaram a ser registrados em caderno de ata os atendimentos realizados com a equipe, pacientes e familiares. Em 2008 os setores de nutrição e serviço social passam a realizar os atendimentos pré-agendados em consultório, como vinha sendo feito pela psicologia. Em 2010 o NAP cria seu indicador: Percentual do Atendimento Integrado do NAP.CONCLUSÕES: A necessidade de adaptação a uma rotina terapêutica imposta, onde os pacientes são dependentes de uma máquina, deixa-lhes uma ilusão de não serem mais senhores de si: tornam-se objetos e a máquina sujeito. O NAP deve trabalhar no sentido de romper a fusão homem-máquina na reconstituição desse indivíduo.O atendimento ambulatorial integrado proporciona um “movimento” por parte dos envolvidos. Na doença, certas atitudes conscientes e inconscientes ligadas à dependência, à regressão e à passividade tornam-se mais freqüentes. Este trabalho do NAP busca o equilíbrio da relação clínica-equipe-paciente, trabalhando com a demanda em direção à vida e não, simplesmente, à “sobrevivência crônica” destes pacientes. Palavras Chaves: atendimento, integrado Variações do pH salivar em pacientes com insuficiência renal crônica. MARCIA ELAINE ZEUGNER BERTOTTI, ANDRÉ LUÍS BALBI, JACQUELINE COSTA TEIXEIRA CARAMORI, LUÍS CUADRADO MARTIN, PASQUAL BARRETTI, LUIZ ANTONIO DE LIMA RESENDE Disciplinas de Neurologia e de Nefrologia da Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP Introdução: A composição salivar é diferenciada, contendo íons cálcio, fosfato, bicarbonato, fluoreto, sódio e potássio, e substâncias orgânicas como glicoproteínas, enzimas digestivas, glicose e uréia; além de restos alimentares, microorganismos, produtos do metabolismo bacteriano, células descamadas do epitélio oral, muco da cavidade nasal e faringe, fluído transudato da mucosa e exsudato dos sulcos gengivais. A saliva tem como funções a limpeza, proteção e manutenção do pH bucal, sendo esta última denominada capacidade de tamponamento salivar, mantendo o pH em torno de 6,8. Na literatura encontramos que pacientes com insuficiência renal crônica (IRC) apresentam pH salivar mais alcalino, devido a maior concentração de uréia presente na cavidade bucal, cuja decomposição pelas ureases produzidas pela microbiota, produz amônia, que contribui na elevação do pH bucal. Objetivo: Determinar o pH da saliva no início e término da sessão de hemodiálise em pacientes com IRC. Métodos: Foram coletadas amostras de saliva espontânea de 21 pacientes urêmicos no início e no final da sessão de hemodiálise. Com o uso de tiras “Merck” e “J. Prolab” indicadoras, foi determinado o pH da saliva no início e final da sessão. A análise estatística foi realizada pelo teste t pareado. Resultados e conclusões: O pH da saliva apresentou-se mais alcalino no início da sessão de hemodiálise, com média de 6,68 (SD= 0,69) tornando-se mais ácido ao final da sessão, com média de 6,09 (SD= 0,82), com diferença estatística significante de p< 0,004. O pH da saliva apresentou-se mais baixo no final da sessão de hemodiálise, quando comparado ao início da sessão. No entanto, a média do pH no início da sessão apresentou-se próxima do normal descrito na literatura. Palavras Chaves: pH salivar, uremia NEFROLOGIA CLÍNICA ABSCESSOS HEPATICOS E PULMONAR SINCRONICOS EM PACIENTE RENAL CRÔNICO EM HEMODIALISE FRANCISCO RAFAEL DO NASCIMENTO ALMEIDA1, ELBER RAFAEL GONCALVES2, FABIANO BICHUETTE CUSTODIO2, MARIANA DE MORAES FRANÇOSO2, RAFAEL DINARDI MACHADO2, RAFAEL AUGUSTO BORGES PAVANI2, VERONICA MARIA PEREIRA COSTA2, MARCELO CARVALHO NAVES RIBEIRO2, BRUNO MARTINS TOKUDA2, HEBERT HENRIQUE CAPUCI2, MARIANA SALOMAO BRAGA2, GABRIELA RODRIGUES DE SOUZA2, BIANCA BARBOSA LEAL2, FERNANDA TOLEDO PIZA FERRAZ2, FERNANDA CRISTINA GOMES CAMELO2, IDA MARIA MAXIMINA FERNANDES CHARPIOT2, HORACIO JOSE RAMALHO2 1 - ACULDADE DE MEDICINA DE SAO JOSE DO RIO PRETO 2 - FAMERP Introdução: pacientes renais crônicos em hemodialise são particularmente sensíves a infecções bacterianas. Abscessos extra-renais são formas raras de infecção nesta população especifica. Objetivo: relatar o caso de um paciente renal crônico em hemodialise com abscessos hepáticos e pulmonar sincrônicos. Metodologia: relato de caso. Resultado: apresentamos o caso de um paciente de 52 anos, diabético, renal crônico dialitico, em tratamento de infecção relacionada a cateter venoso central para hemodialise. Apesar do tratamento correto com vancomicina por 14 dias e troca do acesso, manteve febre intermitente e episódios recorrentes de hipoglicemia. Evoluiu com dor abdominal em hipocôndrio direito, alteração de enzimas hepáticas e tosse produtiva. Us de abdome revelava imagens cisticas no figado sugestiva de abscessos e rx de torax evidenciando lesão escavada em apice do pulmão direito. Hemocultura e cultura de lavado bronco-alveolar evidenciaram a presença de staphylococcus aureus com mesmo perfil de resistência , sendo este semelhante ao que estava sendo tratado no quadro infeccioso prévio. Levantado a hipótese diagnóstica de abscessos hepaticos e pulmonar secundários a infecção de cateter venoso central, sendo indicado drenagem cirurgica aberta das lesões presentes no fígado. Confirmada a hipótese durante o ato cirurgico, o tratamento antimicrobiando foi mantido, com o paciente apresentando melhora clinica. A cultura da peça cirurgica foi positiva para o mesmo microorganismo encontrado nas hemoculturas e cultura de lavado bronco-alveolar previas. Conclusão: apesar da raridade, abscessos extra-renais devem ser considerados no diagnóstico diferencial, em pacientes renais crônicos dialiticos, apresentando quadro infeccioso sistêmico. Palavras Chaves: ABSCESSOS,SINCRONICOS 109 Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia AMILOIDOSE RENAL APRESENTANDO-SE COM INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA PROGRESSIVA NA AUSÊNCIA DE SINDROME NEFRÓTICA E COM DEPÓSITOS AMILOIDES PREDOMINANDO EM VASOS NAYARA GOMES SILVEIRA DA COSTA1, ANA TEREZA AZEREDO BASTOS BRITO1, GUSTAVO GUILHERME QUEIROZ ARIMATEIA1, EDNA REGINA SILVA PEREIRA1, VALÉRIA PIGOZZI VELOSO1, MAURI FELIX DE SOUSA1, Siderley Carneiro de Souza1, Rafaella Marques Barbosa1, Talita Clementino Moraes e Cunha2 1 - HOSPITAL DAS CLÍNICAS, UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, GOIÂNIA 2 - HOSPITAL DE URGENCIAS DE GOIANIA Introdução: Amiloidose caracteriza-se pelo depósito extracelular de proteínas amiloides em tecidos e órgãos. As proteínas amilóides mais comuns são as de cadeia leve na amiloidose sistêmica primária (AL) e amiloide A na forma secundária. Objetivos: Descrever uma apresentação incomum de amiloidose renal. Casuística e métodos: Descrição de um caso clínico da enfermaria de clínica médica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás. Resultados: F.M., 66 anos, masculino, procedente de Goiânia-GO, há 4 meses com quadro dispéptico, náuseas, inapetência e perda de 8Kg. Evoluiu com edema de membros inferiores e dispnéia aos médios esforços. Pressão arterial na internação de 140x90 mmHg. Apresentou piora progressiva da função renal com creatinina sérica variando de 1,31 a 8,59 mg/dl num período 2 meses e necessidade de hemodiálise. Manteve diurese 1 a 2L/dia. Proteinúria de 24h de 550 mg. Exame de urina com proteína 1+, sem leucocitúria ou hematúria. Sorologias virais, eletroforese de proteínas, imunofixação de proteínas séricas e urinárias, mielograma e biópsia de medula óssea, todas normais. Biópsia renal evidenciando à microscopia óptica depósitos de amilóide em vasos, corado pelo vermelho congo. A imunofluorescência foi negativa para cadeias leves kappa e lambda. A imuno-histoquímica foi negativa para amilóide A, P e beta. Discussão: Este caso difere da apresentação mais comum da amiloidose renal que é de síndrome nefrótica com alteração discreta da função renal e evolução lenta para doença renal crônica. O paciente apresentou perda rápida de função renal com necessidade de hemodiálise e sem recuperação da função renal. É descrito que amiloidoses hereditárias podem apresentar doença tubulointersticial e quando os depósitos são predominantemente vasculares a apresentação é de insuficiência renal progressiva, como evidenciado neste paciente. Nos pacientes em que o diagnóstico de amiloidose não pode ser concluído pelas técnicas de imuno-histoquímica, a análise genética deve ser realizada para investigar amiloidose hereditária. Conclusão: Depósito de amiloide predominantemente em vasos é pouco comum e neste caso apresentou-se associado a quadro clínico de insuficiência renal aguda progressiva sem síndrome nefrótica. Diante da apresentação clínica, da imunofluorescência negativa para AL e, excluídas as causas secundárias, a etiologia hereditária deve ser aventada Palavras Chaves: AMILOIDOSE AVALIAÇÃO DOS FATORES DE RISCO PARA NEFROPATIA DIABÉTICA EM PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO II EM ACOMPANHAMENTO AMBULATORIAL ROSA MARIA PORTELLA MOREIRA, MAURICIO DAVID PADILLA DELGADO, PATRICIA MATTOS VIEIRA DO PAÇO, DANIELE MAIA DE JESUS UNIRIO-RJ Introdução: A (ND) Nefropatia Diabética é uma das principais complicações crônicas do (DM2) Diabetes Mellitus tipo 2. A progressão para nefropatia diabética é multifatorial, e envolve fatores riscos bem estabelecidos, como a (HAS) hipertensão arterial sistêmica, hiperglicemia, dislipidemia e tabagismo. Objetivo: Comparar os fatores de risco, não genéticos, para ND em pacientes com DM2, na admissão do acompanhamento ambulatorial e após 12 meses, realizando inicialmente medidas de orientação dietéticas e estimulo a realização de exercícios e tratamento destes fatores de risco. Casuística e Métodos: A amostra foi composta por pacientes com DM2, do ambulatório de nefrologia do Hospital Universitário Gaffrèe e Guinle, no período de abril de 2006 até abril de 2011. Realizado levantamento dos dados dos prontuários da proteinuria de 24 hrs, colesterol total, pressão arterial sistólica e diastólica, (IMC) índice de massa corpóral, glicemia de jejum. Bem como a presença de doenças micro e macrovasculares. A análise estatística foi feita pelo teste de Wilcoxon. ResultadoS: A amostra foi composta por 121 pacientes com media de idade de 61,4 ± 10,3. O tempo médio de diagnóstico da DM2 foi de 9,92 ± 7,4 anos. O tempo de observação foi de um período médio de 35,1 ± 12,4 meses. Na comparação dos fatores de riscos pré e pos mostrou um redução significativa da pressão arterial média, da glicemia de jejum, colesterol total e o clearance de creatinina estimado (todos com p-valor < 0,0001) e o triglicerídeos com (p-valor = 0,0005).A proteínuria de 24 h obteve uma redução não significativa (p-valor = 0,4785) e o IMC (p-valor = 0,6266) e a creatinina (p-valor = 0,4197) se mantiveram estáveis. Conclusões: O controle dos fatores de risco não genéticos é de grande importância para a prevenção da ND bem como o retardo da sua evolução. O IMC é um fator de risco de difícil controle nos pacientes com DM2, mas a orientação a mudança do estilo de vida deve ser reforçada pois mesmo não conseguindo controle a estabilização do IMC já favorece ao retardo da ND. A conscientização e atuação do medico na atenção primaria, no diagnostico precoce e no controle dos fatores de risco não genéticos para ND, leva a um beneficio considerável na evolução da mesma e suas complicações. Palavras Chaves: Nefropatia Diabética,Fatores de Risco Avaliação Metabólica em Nefrolitíase NATáLIA BARALDI CUNHA,Patrícia Capuzzo Garcia Damasio, João Luiz Amaro, Carmen Regina Petean Ruiz Amaro Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina/UNESP Botucatu 110 Introdução e Objetivo: A nefrolitíase é uma doença caracterizada por alta recorrência e comprometimento familiar de 40 a 60% nos parentes em primeiro grau. Está associada à elevada taxa de morbidade e freqüentes hospitalizações. Vários fatores estão relacionados à sua predisposição como raça, sexo, idade, hábitos alimentares, hereditariedade, aspectos climáticos e alterações metabólicas. O objetivo do presente estudo foi diagnosticar as alterações metabólicas dos pacientes portadores de nefrolitíase do Ambulatório de Metabolismo do Setor de Litotripsia do HC-FMB de Botucatu. Pacientes e Métodos: Foram atendidos 867 pacientes portadores de litíase renal no período de Fevereiro de 2000 a Junho de 2011. Destes, 577 foram submetidos ao protocolo de investigação completo. Foram incluídos na avaliação somente pacientes com os critérios para análise metabólica: história clínica ou exame comprobatório de no mínimo 2 cálculos, clearance de creatinina ≥ 60ml/min e urocultura negativa. O protocolo consistiu da coleta não simultânea de 2 amostras de urina 24 horas para dosagens de: Ca, P, AcU, Na,K, Mg, Ox e Ci e dosagens séricas de: Ca, P, AcU, Na, K, Mg, CI, PTH e pH urinário em jejum. Resultados: Dos 577 pacientes estudados encontramos 288 (49,9%) com hipercalciúria, 212 (36,7%) com hipomagnesúria, 176 (30,5%) com hipocitratúria, 141 (24,4%) com hiperuricosúria, 73 (12,6%) com hiperoxalúria, 9 (1,5%) com hiperparatireoidismo primário, 2 (0,3%) com hiperparatireoidismo secundário, 4 (0,6%) com ATR distal e 35 (6,0%) com cálculo coraliforme.Conclusão: A alta freqüência dessas alterações justifica o estudo metabólico como ferramenta diagnóstica para o acompanhamento e tratamento medicamentoso e dietético, como objetivo de reduzir a recorrência desta patologia. Palavras Chaves: nefro