O “NOVO RURAL” E O EQUÍVOCO CONCEITUAL REPRESENTADO PELA
SINONÍMIA RURAL-AGRÁRIO
Felipe Sampaio Carneiro
Universidade Estadual do Rio de Janeiro – UERJ
[email protected]
Rosane de Oliveira e Silva
Universidade Estadual do Rio de Janeiro - UERJ
[email protected]
Resumo
O presente artigo é fruto de inúmeras reflexões e discussões durante as aulas da disciplina
“Espaço Rural e Urbanização” do curso de Mestrado/Doutorado em Geografia da Universidade
do Estado do Rio de Janeiro. Objetiva-se apresentar uma revisão bibliográfica acerca do debate
teórico e da definição conceitual do chamado “novo rural”, suas características e implicações
para o estudo do espaço rural, principalmente quando se trata de territórios assimétricos.
Procura demonstrar como o equívoco conceitual representado pela sinonímia rural-agrário,
ainda muito presente nos estudos sobre o rural brasileiro e, principalmente, nos manuais
escolares de geografia, compromete os estudos de geografia rural e o entendimento da temática
em questão.
Palavras-chave: Espaço rural.“Novo Rural”. Sinonímia rural-agrário.
Introdução
A dicotomia entre rural e urbano de há muito tem sido razoavelmente “superada” nos
estudos de geografia, ainda que por comodidade. Como é sabido, pela farta leitura
relativa ao tema, torna-se extremamente árduo definir o que seja, efetivamente, espaço
rural. Tal definição se dá, via de regra, por exclusão – é rural o que não é urbano.
Isso se deve à presença de algumas características marcantes que distinguem um e
outro espaço; como a concentração populacional, a massificação de objetos técnicos,
serviços
públicos,
serviços
médicos
e
educacionais
mais
acessíveis,
entretenimento/lazer etc.
De sorte que, ao se utilizar de uma delimitação desses espaços pelo princípio da
exclusão, ocorre uma tendência de interpretação simplista na caracterização dos
contrastes entre o espaço rural e o espaço urbano, gerando uma “fácil” assimilação para
as pessoas que possuem o chamado “senso comum”. Pois a idéia do urbano “moderno”,
mesmo que repleto de estruturas sociais primitivas e degradantes, conseguiu ser
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calcificada no imaginário coletivo da grande maioria da população mundial, mesmo em
países que detêm um rural dotado de boa infraestrutura.
Inserido no bojo dessa problemática, surge outro problema epistemológico a ser
enfrentado pela geografia, e que se apresenta mais presente que nunca em tempos como
o nosso: de mecanização no campo e da emergência de uma consciência ecológica.
Estamos nos referindo à sinonímia entre rural-agrário.
Tal imbróglio conceitual tem incentivado um bom número de cientistas sociais e, em
particular, os geógrafos rurais, a refletirem sobre suas metodologias de análise do
espaço rural. Suscitando questões que, de maneira sintética serão abordadas neste
trabalho. Sendo que daremos destaque às que vêm a seguir.
O que define o espaço rural hoje? O espaço rural e o agrário são sinônimos?
Para tanto, o artigo está estruturado em torno de dois eixos investigativos; que são
representados pelas duas questões acima levantadas, e serão discutidos sob a ótica dos
trabalhos de autores estudados ao longo da disciplina Espaço rural e urbanização do
Programa de Pós-graduação em Geografia – UERJ.
O que define o espaço rural hoje?
Antes de começar a tentar responder a pergunta, é necessário deixar claro que,
diferentemente do que ocorre nos espaços urbanos em todo o planeta, onde há muitas
similaridades nas formas e fenômenos que estes espaços abrigam, existem realidades
rurais das mais distintas no mundo. Contudo, nos limitaremos a abordar algumas
particularidades entre o rural europeu e o de países pobres.
Respeitar a premissa das desigualdades entre os espaços rurais de países ricos e pobres é
condição necessária para uma melhor compreensão do tema; e para não se deixar cair na
tentação a generalizações que, na maior parte das vezes, acaba por comprometer a
análise dos problemas.
O conceito de territórios assimétricos ajuda na tarefa de investigação proposta por este
artigo.
Para González e Dasí (2007), ao se estudar os territórios rurais, o pesquisador se depara
com uma dificuldade de análise, que consiste nas distintas formas de processos que
ocorrem no rural de países ricos e de países pobres; tendo em vista que a função do
espaço rural nos primeiros vai para além da produção de alimentos, enquanto nos países
pobres a função do rural é, essencialmente, a de produzir alimentos. Portanto, o rural e o
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agrário teriam deixado de ser sinônimos há tempos nos países desenvolvidos; por outro
lado, nos subdesenvolvidos, os termos rural e agrário ainda continuam sendo
considerados sinônimos.
Nos países ricos (Europa) estaria havendo uma inflexão/inversão de fluxo populacional
– exceto de população jovem -, ou seja, um êxodo urbano rumo aos espaços rurais. Esse
processo se deve à emergência de um renascimento rural ou uma nova ruralidade.
A causa para essa inflexão seria uma percepção positiva do rural em meio ao despertar
ecológico no presente século; motivada pelas más condições de vida enfrentadas nas
cidades grandes. Uma representação espacial que obtém mais sucesso a cada dia, pois
sugere uma alternativa de vida saudável, próspera, tranqüila; o que tem trazido
mudanças significativas no imaginário do rural dos países ricos.
Esse movimento migratório gera mudanças nesse “novo rural” – europeu -, como a
criação de atividades não agrícolas no espaço rural. Tais demandas são possibilitadas
pelas tecnologias de comunicação e por uma boa infraestrutura (estradas, ferrovias,
telefonia etc.).
Na Europa, esse “novo rural” passa a ser o território das classes médias, como afirmam
os autores. Essas classes médias não priorizam a produção de alimentos, mas procuram
lugares amenos e belos, onde possam manter contato com a natureza e a qualidade nos
alimentos. Somado a isso, há um reforço do sentimento de pertencimento (identificação)
ao lugar.
Realidade bem diferente é encontrada no rural dos países pobres, onde a pobreza
continua concentrada nesse espaço. Resultado de um processo histórico de colonização
e exploração – saque - dos recursos desses países (González e Dasí, 2007).
Há, portanto, uma continuidade dessas desigualdades entre ricos e pobres, possibilitada
por um desenvolvimento desigual e combinado que promove a transferência das
riquezas naturais dos últimos aos primeiros, e; num mundo em globalização, essa
transferência se dá, sobretudo, através da negociação de commodities nas principais
bolsas de valores do planeta.
Cabe aqui abrir um parêntesis para citar o paradoxo enfrentado pelos países pobres e
exportadores de alimentos; este que consiste na dificuldade de acesso aos mesmos
alimentos que produzem, pois significativa parte da população desses países não possui
dinheiro suficiente para adquiri-los. Em resumo, a insegurança alimentar é a marca
desses países.
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A assimetria norte-sul defendida por González e Dasí (2007), que preferimos chamar de
assimetria ricos-pobres, constitui uma chave explicativa importante para o estudo das
particularidades dos diferentes rurais existentes e, por meio dela, conseguimos constatar
que o rural diversificado, não apenas produtor de alimentos, é característico de países
desenvolvidos economicamente, enquanto nos países pobres o espaço rural ainda
mantém a função tradicional.
Essa ruralidade contemporânea – “nova ruralidade” - vivenciada em países europeus
consegue converter o imaginário do rural atrasado em espaço das oportunidades; o que
dantes era atribuído somente aos espaços das cidades. Tal processo não admite mais a
oposição clássica entre rural e urbano, pois não existe uma relação de subordinação
entre eles, mas, sim, uma relação de complementaridade, de interdependência. Idéia
corroborada por Galvão (1995 p. 111) ao afirmar a “parceria” entre campo-indústriacidade que ocorre no Brasil; já que o campo (rural) não aparece numa posição de
subalternização em relação à cidade.
Há, segundo a autora, uma nova forma de inserção do rural na sociedade brasileira. O
rural saindo da condição de gerador primário de riqueza e de mero “fornecedor” a
“parceiro” da indústria, e como exemplo, ela cita a demanda (o consumo) de máquinas
agrícolas encomendadas às indústrias de bens de capital. Porém, tal relação está longe
de ser equilibrada, como afirma:
A “parceria” campo-indústria-cidade aqui sinalizada poderia induzir uma
imagem de integração econômico-social equilibrada e harmônica... O que se
pretende ressaltar com aquela expressão é que a partir da revolução
tecnológica, o campo passou a “existir” para a cidade como algo a mais que o
setor fornecedor de bens primários (Galvão, 1995 p.111).
A partir do exposto, pode-se afirmar que, em países dotados de uma agricultura
moderna, o “novo rural” assume a característica de não estar hierarquicamente
subordinado ao urbano.
O espaço rural torna-se palco de um bom número de atividades não ligadas à produção
de alimentos (agricultura), como o ecoturismo, o turismo de aventura, os
empreendimentos imobiliários, instituições de pesquisa, etc. Portanto, “[...] a
pluriatividade compreendida como a combinação de todas as atividades agrícolas e não
agrícolas [...]”, surge como marca dessa “nova ruralidade” (Silva, 2011 p. 6).
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A sinonímia rural-agrário: um equívoco conceitual
Como visto anteriormente, existem rurais dos mais primitivos aos mais modernos, dos
rurais idílicos aos rurais extremamente dinâmicos e complexos.
O rural possui um conceito polissêmico e, portanto, não pode ser atribuído a ele um
caráter apenas agrícola, como nos alerta Teixeira e Lages (1997); ao afirmarem que o
espaço rural é o espaço de relações sociais, o espaço agrícola, o espaço de lutas, uma
forma de organização social, entre outros. Ou seja, “[...] o termo rural não implica
somente uma localização (campo em oposição à cidade)... mas também indica um status
particular dado à terra como norma e estruturação das relações espaciais”. Essa idéia
é complementada por Calmes et al.(1978) apud Teixeira e Lages (1997), ao ratificar o
espaço agrário ou agrícola como umas das atividades do rural:
Espaço rural é uma forma de organização, e o fato agrícola é uma
especificidade do rural... De uma parte, a agricultura é uma atividade
especificamente rural; de outra, o uso produtivo do espaço rural reserva ainda
um lugar preponderante à agricultura.
Ao discorrer sobre o tema, Locatel (2004, p. 140) afirma estar ultrapassada a concepção
tradicional de espaço rural ligada exclusivamente à agricultura, pois a mesma “não seria
suficiente para a compreensão de sua complexidade territorial”. Para o autor, os
avanços tecnológicos que surgiram no campo a partir da Revolução Verde, na década de
1950, distanciam cada vez mais o agrícola do rural.
Contudo, mesmo diante de todas as novas configurações e funções encontradas no
campo, a tendência da sinonímia rural-agrário ainda persiste. Há que se atentar para o
fato de que
Essa vinculação não condiz com a realidade, em primeiro lugar por não ser a
agricultura que define a ruralidade e, em segundo, que essa atividade
econômica não é exclusivamente praticada em espaços rurais, sendo sua
prática bastante comum em espaços urbanos e periurbanos (Locatel, 2004 p.
141).
Buscando-se uma reflexão sobre a ruralidade na sociedade contemporânea, vê-se que a
Sociologia Rural - fundamentada no desaparecimento das diferenças entre o rural e o
urbano, pelo processo da urbanização e sua generalização - não atingiu seus objetivos de
melhor compreensão do espaço rural. Este ainda possui uma forte carga da imagem da
escassez, falta, atraso, relação específica com a natureza e baixa densidade demográfica.
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Tais perspectivas, todavia, mostram tendência a reverter-se, ainda que um tanto
lentamente.
Na procura da essência do rural, depara-se com a associação entre o rural e o agrário, o
que reduziu a Sociologia Rural à Sociologia da Atividade Agrícola, ou melhor,
Sociologia do Desenvolvimento da Agricultura; graças às pesquisas com perspectivas
voltadas em direção à modernização tecnológica (Carneiro, 2002).
Voltando-nos para as transformações e diversas facetas do espaço agrário
contemporâneo no Brasil, Maria do Carmo Galvão (1995) revela este espaço como
detentor de um caráter híbrido, que se confunde com o urbano, em razão das relações
sócio-espaciais instituídas entre ele, a cidade e a indústria. A autora mostra haver fortes
laços de complementaridade no setor da produção e várias cadeias e redes de serviço a
cingir campo/indústria/cidade, tecendo um novo espaço agrário -"o agroindustrial
urbano".
Na discussão ora apresentada, a idéia de hibridismo espacial surge como uma
ferramenta de análise fundamental para a definição do rural, tendo em vista que, no
mundo da globalização, este espaço tem sido alvo de intensas transformações técnicas,
e, como consequência, uma inserção maciça no circuito local, regional e global da
economia. Apresenta, agora, objetos técnicos antes vistos apenas em espaços urbanos.
Acerca desse caráter híbrido do espaço, Santos (2006, p. 67) afirma:
O espaço uno e múltiplo, por suas diversas parcelas, e através do seu uso, é
um conjunto de mercadorias, cujo valor individual é função do valor que a
sociedade, em um dado momento, atribui a cada pedaço de matéria, isto é, a
cada fração da paisagem.
De sorte que as generalizações ou o apontamento de elementos exclusivos da vida
urbana ou do rural, ou ainda, o fazer associações simplistas entre rural e agrário,
constituem um erro metodológico a ser superado.
Outra consideração a ser feita é que, nos últimos trinta anos, a modernização da
agricultura, com a mudança na base técnica da produção, e a imagem de hibridismo que
ela consigo carreia, erige-se como o evento de maior expressão espacial e de maior
impacto sócio-político-econômico nos domínios agrícola, industrial e urbano do país. A
questão surge quando se observa que, contraditoriamente, isto nada representa em
termos de transformação efetiva no quadro agrário. Visto que tal transformação é
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conservadora: farta em inovações técnicas, todavia sem qualquer compromisso de
reformulação da estrutura agrária.
Assim, faz-se válido ressaltar que a valorização do capital, trazendo um aspecto híbrido
para o espaço agrário, com o controle da propriedade fundiária, por um lado, assim
como as tecnologias, lado a lado com o atraso e seu estigma, revelam o lado perverso da
modernização conservadora (Galvão, 1995).
Grandes, médios, pequenos e micro produtores capitalizados, organizados, segundo
Galvão (1995), compõem as classes produtoras incorporadas ao agrário moderno, numa
perspectiva não sinonímica com o rural. Multiplicam-se as investigações científicas e
experimentos no campo. Assim, espaço (agrário) ligado ao modo de viver urbano, ou
mesmo “rural”, reflete idealizações do agrário; num intenso hibridismo.
Analisar o rural a partir da ótica da escassez, da falta, do atraso, do esvaziamento
demográfico, ou, ainda, de um ponto de vista míope que enxergue apenas o agrícola
nesse espaço, constitui um equívoco metodológico e conceitual, pois há outras variáveis
a serem reconhecidas, como bem aponta Carneiro (2000), ao dissertar sobre a ruralidade
na sociedade contemporânea.
Citando Graziano da Silva (1999), a antropóloga Maria José Carneiro (2000) traz sua
colaboração à discussão sobre as variáveis – não agrícolas - que surgem nesse rural
contemporâneo em transformação, ao afirmar:
[...] as dinâmicas atuais das sociedades rurais têm introduzido novos
ingredientes à discussão, dando margem à formulação de outras hipóteses
interpretativas que identificam alguma ruptura com o passado, justificando
assim a anexação do adjetivo “novo” para redefinir a realidade atual (“nova
ruralidade” ou “novo rural”). Entre esses ingredientes, destaca-se a reversão
da tendência ao esvaziamento social, econômico e cultural dos espaços rurais
(Carneiro, 2000, p. 3).
A autora credita à Sociologia Rural, citada anteriormente, a reificação da imagem
dicotômica que estabeleceu a associação do rural à produção agrícola e do urbano à
indústria, ao comércio e aos serviços. Isso traz muitas implicações, pois ocorre uma
tendência à valorização do urbano em detrimento do rural, considerado atrasado e
estático.
Há, todavia, um rural intensamente transformado pelas demandas de alta produtividade,
possibilitada pela revolução tecnológica no campo, e que passa agora a ser alvo de
preocupação quanto à sua capacidade de preservação. Nesse contexto, surge a questão
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ambiental, que irá “[...] reorientar o olhar para o meio rural, estimulando novas formas
de ocupação do espaço e engendrando uma nova imagem do rural [...]” (Carneiro, 2000
p. 7).
Esse “novo rural” apresenta-se como espaço dotado de ricas fontes de bens imateriais,
simbólicos, capazes de atrair a atenção que dantes não existia; graças ao modelo
produtivo em curso, de característica predatória, que põe em perigo a sobrevivência da
humanidade. Essa emergência ecológica foi suficiente para reinserir o rural na agenda
dos debates, no que diz respeito às práticas e aos saberes tradicionais das populações
campesinas; passando a ser um fator de atração populacional, exemplo do que tem
ocorrido na Europa, como dito na primeira parte deste trabalho.
Tal noção de rural como ambiente a ser preservado, tanto quanto de espaço da produção
agrícola, suscita conflitos de interesses entre diferentes atores sociais. Com isso, temos
o espaço rural como um campo de forças e interesses antagônicos, o que gera mais uma
definição para esse rural contemporâneo.
Conclusão
A partir das reflexões que justificaram a elaboração deste artigo, podemos perceber a
dificuldade para uma definição precisa do que vem a ser o espaço rural e a ruralidade
contemporânea. Como adverte Woods (2000, p.843-844), a ruralidade é praticada –
produzida – rotineiramente por diversos atores: migrantes, residentes, trabalhadores,
turistas, acadêmicos, empresários etc.; portanto, não pode ser caracterizada
simplesmente pela delimitação espacial, como se fosse possível discriminar, em tempos
de homogeneização espacial promovida pelo processo de globalização - o que é ou não
exclusivo do urbano ou do rural. Essa ruralidade plural de atores e de atividades é
chamada hoje de “novo rural” e “nova ruralidade”. O mesmo autor propõe um caminho
metodológico para os geógrafos rurais que vá além das materialidades concretas, e
sugere um diálogo com outras áreas do saber, para acessar e representar o rural e a
ruralidade.
Entendemos que a questão da sinonímia rural-agrário deve ser enfrentada à luz de uma
metodologia que contemple dois caminhos investigativos: o primeiro deve considerar as
assimetrias presentes nos territórios de países ricos e pobres, pois, mesmo no contexto
de um sistema-mundo capitalista, ainda existem espaços rurais que funcionam a partir
de uma lógica de subsistência; o segundo deve levar o pesquisador a considerar que,
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embora o agrícola seja atividade majoritária no rural, este é caracterizado, hoje, pela
pluriatividade. Portanto, há que se levar sempre em conta o caráter híbrido do espaço.
Referências
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pensar o mundo rural na sociedade brasileira. Programa de bolsas CLASCO-Asdi
para pesquisador sênior em ciências sociais da América Latina e do Caribe de 2000.
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LOCATEL, Celso Donizate. Modernização da agricultura, políticas públicas e
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WOODS, Michael. Performing rurality and practising rural geography. In: Progress
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Acesso em: 13fev.2012.
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