CONTABILIDADE AVANÇADA 2010/1 Período: 5 Turma: 1 Sala: 304 1AULA 10 - 07-MAI-2010 ZATTA CONTABILIDADE AVANÇADA 2 CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇOES CONTÁBEIS GENESIS E FONTE DA CONSOLIDAÇÃO 3 O desenvolvimento de técnicas que permitissem prestar informação financeira sobre um grupo específico de empresas está ligado ao desenvolvimento das empresas “holding” que se verificou nos Estados Unidos da América (E.U.A.) no final do século XIX. Objetivo de atrair investidores. A partir de 1900 começou a debater-se a necessidade da obrigatoriedade da preparação e da apresentação de demonstrações financeiras, chegando-se ao consenso de que as grandes empresas o deviam fazer, após sujeição a uma auditoria. Com o virar do século começou a ser também discutida a preparação e a apresentação de demonstrações financeiras consolidadas dos grupos então existentes e a necessidade da sua divulgação recebeu parecer favorável. GENESIS E FONTE DA CONSOLIDAÇÃO 4 Nesta perspectiva, a primeira empresa a apresentar demonstrações financeiras consolidadas foi a United States Steal Corporation, logo seguida pela Standard Oil Company. Nos E.U.A., a regulamentação legislativa da preparação e da apresentação de demonstrações financeiras consolidadas apenas foi concretizada após a crise financeira de 1929 com oj2“Securities Act” de 1933. Tal regulamentação legislativa foi posteriormente desenvolvida e aperfeiçoada, nomeadamente a partir de 1959, sendo de referir a contribuição dada para tal pelo Accounting Research Bulletin (A.R.B.) n.º 51, “Consolidated Financial Statements”, do American Institute of Certified Public Accountants (A.I.C.P.A.). Slide 4 j2 jmarcos; 4/1/2009 5 6 GENESIS E FONTE DA CONSOLIDAÇÃO No Reino Unido, a consolidação das demonstrações financeiras surgiu no início dos anos 1920, com a publicação de um balanço consolidado, pela Nobel Industries, e de um conjunto completo de demonstrações financeiras consolidadas, pela Dunlop Rubber Company. No entanto, a consolidação apenas se desenvolveu naquele país em j3 consequência das participações financeiras dos grupos norteamericanos em empresas britânicas e da publicação do “Companies Act” de 1949, revisto em 1981. A Suécia foi o primeiro país europeu onde foi regulamentada a preparação e a apresentação de demonstrações financeiras consolidadas, o que veio a acontecer em 1944, tendo a Alemanha procedido à sua regulamentação em 1965, com a publicação da Lei das Sociedades. GENESIS E FONTE DA CONSOLIDAÇÃO O International Accounting Standards Committee (I.A.S.C.)[1] publicou, em 1976, a Norma Internacional de Contabilidade (N.I.C.) 3, “Demonstrações Financeiras Consolidadas”. Esta norma entrou em vigor em 1 de Janeiro de 1977, passando então a dominar a prática internacional das demonstrações financeiras consolidadas. A N.I.C. 3 foi revogada pelas N.I.C 27, j4 “Demonstrações Financeiras Consolidadas e Contabilização de Investimentos em Subsidiárias”, e 28, “Contabilização de Investimentos em Associadas”, ambas publicadas em 1989 para entrarem em vigor em 1 de Janeiro de 1990. A N.I.C. 27 foi reformatada em 1994 e revista em 1998 e 2000, enquanto que a N.I.C. 28 foi reformatada em 1994 e revista em 1998, 1999 e 2000. Slide 5 j3 jmarcos; 4/1/2009 Slide 6 j4 jmarcos; 4/1/2009 FONTE DA CONSOLIDAÇÃO 7 No Brasil: Introduzida pela Lei 6.404/76 Principais regras constam da Instrução CVM 247/96 CONCEITO DE CONSOLIDAÇÃO 8 A consolidação é uma técnica contabilística que tem por objetivo preparar as demonstrações financeiras de um grupo de empresas, como se de uma única entidade se tratasse. As demonstrações financeiras consolidadas constituem um complemento e não um substituto das demonstrações financeiras individuais das empresas integradas num grupo. Tem como objetivo dar uma imagem fidedigna da posição financeira, dos resultados das operações, das alterações no capital próprio e dos fluxos de caixa do conjunto formado por essas empresas. As empresas que constituem o grupo podem estar ligadas por força da detenção de participações societárias diretas ou indiretas, embora gozando cada uma de personalidade jurídica própria. OBJETIVO DA CONSOLIDAÇÃO Tem como objetivo apresentar aos usuários os resultados das operações e a posição econômicafinanceira da sociedade controladora e de suas investidas como uma única unidade econômica. 10 OBJETIVO E LIMITAÇÕES DAS DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS O objetivo das demonstrações financeiras consolidadas é o de proporcionar informação útil e importante aos utilizadores dessas demonstrações financeiras. Os utilizadores das demonstrações financeiras consolidadas dividem-se em externos e internos e têm necessidades de informação completamente diferentes. Os usuários externos necessitam de informação para: - conhecer de forma fidedigna os ativos, os passivos, os capitais próprios, os resultados das operações, as alterações no capital próprio e os fluxos de caixa do grupo; - conhecer a situação financeira, mais concretamente o equilíbrio e os ciclos financeiros do grupo. 11 12 OBJETIVO E LIMITAÇÕES DAS DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS Os usuários internos necessitam de informação para: - facilitar a gestão das empresas do grupo, na medida em que a informação disponível é preparada segundo os mesmos princípios e critérios; - melhorar o conhecimento do grupo, pois podem efetuar análises particulares às empresas participadas, mesmo que algumas delas não sejam incluídas no perímetro de consolidação. OBJETIVO E LIMITAÇÕES DAS DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS Limitações apresentadas pelas demonstrações financeiras consolidadas: - os valores expressos nas demonstrações financeiras consolidadas resultam da aplicação de princípios contbilísticos e de critérios de valorimetria e não de avaliações econômicas e financeiras; - a comparabilidade entre grupos é difícil na medida em que os negócios, as taxas de rentabilidade, os riscos e as formas de gestão são diferentes de grupo para grupo; - a comparabilidade no tempo pode ser posta em causa dado que podem surgir alterações no perímetro de consolidação ou nas percentagens de participação. DEMONSTRAÇOES CONTÁBEIS CONSOLIDADAS 13 Demonstrações Contábeis Consolidadas são aquelas resultantes da integração das demonstrações contábeis, estabelecidas pelas Normas Brasileiras de Contabilidade, de duas ou mais entidades, vinculadas por interesses comuns, onde uma delas tem o comando direto ou indireto das decisões políticas e administrativas do conjunto. NBC T - Demonstrações Contábeis Consolidadas – DOU, Seção I, 31/12/93 DEMONSTRAÇÕES QUE DEVEM SER CONSOLIDADAS BALANÇO PATRIMONIAL DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA DEMONSTRAÇÃO DE VALOR ADICIONADO COMPLEMENTO EM NOTAS EXPLICATIVAS OBRIGATORIEDADE DE CONSOLIDAÇÃO 15 Companhias abertas com mais de 30% de seu patrimônio líquido representado por investimentos em controladas. Grupos empresariais constituídos formalmente em grupos de sociedades, mesmo não sendo companhias abertas. Aplica-se também aos casos de sociedades limitadas. QUAIS EMPRESAS ESTÃO OBRIGADAS CVM Cias Abertas c/investimentos em controladas incluindo em conjunto Sociedade no comando de grupo que inclua cias. abertas Entidades de Propósito Específico (EPE) controlada por SACA INOVAÇÕES PELA CVM Consolidação para todas as Companhias Abertas c/Investimentos em Controladas; Nova forma de eliminação dos Lucros Não Realizados; Vedação de Prejuízos Não Realizados; Consolidação Proporcional de sociedades controladas em conjunto; Consolidação das EPES CONTROLADAS NÃO CONSOLIDADAS Com efetivas e claras evidências de descontinuidade; Expectativa próxima de realização do investimento; Neste caso, evidenciação pela MEP; Neste caso, evidenciação em NE. TÉCNICAS DE CONSOLIDAÇÃO 19 Diferença na data de encerramento do exercício: Ë a admitida uma defasagem de 60 (sessenta) dias da data de encerramento do exercício social entre a controladora e a (s) controladas, para a consolidação a ser feita pela controladora. Uniformidade de critérios contábeis entre as empresas consolidadas: Uniformidade na classificação de ativos e passivos, receitas e despesas, para que representem valores de mesma natureza. Uniformização das práticas contábeis por todas asempresas consolidadas. TÉCNICAS DE CONSOLIDAÇÃO 20 Em princípio, a consolidação das demonstrações financeira consiste em somar os valores correspondentes aos elementos contábeis semelhantes, existentes nas empresas que serão consolidadas, excluindo-se: a) as participações de uma sociedade em outra; b) os saldos de quaisquer contas entre as sociedades; c) as parcelas correspondentes aos resultados, ainda não realizados, de negócios entre sociedades, que constem nos resultados do exercício, dos lucros ou prejuízo acumulados, do custo dos estoques ou ativo permanente das respectivas demonstrações contábeis. 21 ELIMINAÇÕES NO PROCESSO DE CONSOLIDAÇÃO A consolidação não é, todavia, simplesmente a soma dos saldos de cada conta das diversas empresas. Isso, porque há a necessidade de eliminar as transações efetuadas entre as empresas do grupo (FIPECAFI, 2002). Antes de tudo é premissa de que a data das demonstrações e as práticas executadas pelas empresas sigam algumas regras básicas que podem ser resumidas em que as datas não podem ser diferentes em mais de 60 dias, apesar de o art. 24 da IN CVM 247/96 pedir que seja a mesma. Quanto aos critérios contábeis é necessário uniformidade entre as diversas empresas do grupo. TÉCNICA DE CONSOLIDAÇÃO Disponível Empresa A $1.000 Disponível Empresa B $800 Disponível Empresa C $300 DISPONÍVEL CONSOLIDADO $2.100 23 24 ELIMINAÇÕES NO PROCESSO DE CONSOLIDAÇÃO A consolidação não é, todavia, simplesmente a soma dos saldos de cada conta das diversas empresas. Isso, porque há a necessidade de eliminar as transações efetuadas entre as empresas do grupo (FIPECAFI, 2002). Antes de tudo é premissa de que a data das demonstrações e as práticas executadas pelas empresas sigam algumas regras básicas que podem ser resumidas em que as datas não podem ser diferentes em mais de 60 dias, apesar de o art. 24 da IN CVM 247/96 pedir que seja a mesma. Quanto aos critérios contábeis é necessário uniformidade entre as diversas empresas do grupo. ELIMINAÇÕES NO PROCESSO DE CONSOLIDAÇÃO Eliminações de consolidação: O principio básico da consolidação é a soma dos saldos das contas, mas têmse que excluir saldos coincidentes nas empresas consolidadas. A eliminação das transações entre as empresas participantes do grupo há de ser efetuada no Balanço Patrimonial e na Demonstração de Resultados. 25 ELIMINAÇÕES NO PROCESSO DE CONSOLIDAÇÃO Eliminações de consolidação: Investimentos 26 A participação acionária, representada pela conta investimentos que uma empresa tiver na outra. No patrimônio liquido devem ser eliminadas, observando sempre a participação da empresa controladora na controlada. ELIMINAÇÕES NO PROCESSO DE CONSOLIDAÇÃO Eliminações de consolidação: Operações envolvendo Compra/Venda As transações entre as companhias do mesmo grupo econômico, como não são com terceiros, não trazem reflexos patrimoniais na consolidação. Ao se fazer a consolidação realiza os seguintes ajustes: a)Contas a pagar / Contas a receber b)Fornecedores / Clientes c)Lucros acumulados / Mercadorias em Estoque d)Receita de Venda / a Custo das Vendas 27 ELIMINAÇÕES NO PROCESSO DE CONSOLIDAÇÃO Eliminações de consolidação: Outras Eliminações No ato da consolidação, o patrimônio liquido da consolidação, deve constar apenas o que de fato pertencem ao grupo de empresa. Assim elimina a participação dos outros acionistas, tanto majoritárias quanto minoritárias, para que o saldo da consolidado não demonstre valores irreais. ELIMINAÇÕES NA CONSOLIDAÇÃO 1. 2. 3. 4. Participações em Controladas Contas Correntes Intercompanhias Resultado de Equivalência Lucros Não Realizados PROCEDIMENTO DE TRABALHO 30 PADRONIZAÇÃO DA CONTABILIDADE; CONTROLE DAS TRANSAÇÕES DO GRUPO; CONTROLE DOS SALDOS INTERCOMPANHIAS; CONCILIAÇÃO PERIÓDICA; DESENVOLVER CONTROLES CONTÁBEIS. ELIMINAÇÕES NO PROCESSO DE CONSOLIDAÇÃO Papéis de Trabalho Devem ser elaborados papéis de trabalho para facilitar o controle de todas as operações envolvidas na consolidação. Esses papéis variam muito de empresa para empresa, mas devem conter informações contábeis e extra contábeis suficientes e necessárias ao processo. ELIMINAÇÕES NO PROCESSO DE CONSOLIDAÇÃO 31 Controles das transações intercompanhias desenvolver planos de contas e critérios de contabilização padronizados de forma que todas as empresas a serem consolidadas adotem, tanto quanto possível, critérios contábeis uniformas entre si e com a mesma classificação; é interessante também que a empresa controladora que elabora as demonstrações financeiras consolidadas passe a emitir instruções para as controladas, cobrindo os tópicos anteriores com amis detalhes, bem como as datas a serem cumpridas. Papéis de Trabalho Segue que no processo de consolidação geralmente é utilizada planilhas de consolidação que podem ser feitas manualmente quanto eletronicamente. Duvidamos que ainda existam empresas que façam a cosolidação de forma manual. Estas planilhas são chamadas de papéis de trabalho e tem o seguinte formato, considerando 2 controladas: PAPÉIS DE TRABALHO CONSOLIDAÇÃO DE BALANÇO - ATIVOS; CONSOLIDAÇÃO DE BALANÇO - PASSIVOS; CONSOLIDAÇÃO DA DRE; RESUMO DOS LANÇAMENTOS DE ELIMINAÇÕES. ELIMINAÇÕES NO PROCESSO DE CONSOLIDAÇÃO 33 controladas: Companhia X e suas Controladas Consolidação do Saldos das Contas Contas Eliminações Controladora Controlada Controlada X Y Z D C Saldos Consolidados Elaborado por FIPECAFI, 2002 34 ELIMINAÇÕES NO PROCESSO DE CONSOLIDAÇÃO Os papéis de Trabalho devem ser elaborados para as contas patrimonias e de resultado. Transcrevemos primeiro os saldos das contas, fazemos então as eliminações e por fim, somamos as colunas e as linhas. Como veremos mais adiante em Conciliação entre o Lucro Líquido e Patrimônio Líquido da Controladora e do Consolidado, são geralmente iguais as demonstrações do DMPL da controladora e do consolidado. Por isso, apesar de constar superficialmente este tópico no FIPECAFI (2002), o art. 22 da IN. CVM 247/96 desobrigou a divulgação da Demonstração Consolidada das Mutações Patrimoniais. ELIMINAÇÕES NO PROCESSO DE CONSOLIDAÇÃO 35 Eliminação dos Saldos de Balanço Companhia X e suas Controladas Consolidação do Balanço Saldos das Contas Contas Eliminações Controladora Controlada X Y Duplicatas a Receber (Y) $1.000,00 Investimentos (Y) 120.000,00 D C Saldos Consolidados (1)> $1.000,00 $0,00 (2)> 120.000,00 0 Fornecedores - (X) $1.000,00 $1.000,00 <(1) 0 Capital 80.000,00 80.000,00 <(2) 0 Reservas 30.000,00 30.000,00 <(2) 0 Lucros Acumulados 10.000,00 10.000,00 <(2) 0 36 ELIMINAÇÕES NO PROCESSO DE CONSOLIDAÇÃO Nesse exemplo a empresa Y deve a empresa X $1.000,00 em mercadorias, representado pela cor verde em ambas as empresas. Nesse caso é preciso fazer o lançamento inverso para eliminar os saldo das contas (1). O mesmo procedimento será usado para eliminar quaisquer outros saldos das contas patrimoniais. Outro caso específico é o dos investimentos que, por estarem representados pelo método de equivalência patrimonial, representam exatamente o valor da participação da controladora (nesse caso 100%) no PL da controlada, podendo ser eliminado com os lançamentos (2). ELIMINAÇÕES NO PROCESSO DE CONSOLIDAÇÃO 37 Eliminações nas Contas de Resultado Trataremos aqui especialmente das operações entre companhias que contemplem lucro na transação. Partimos direto para este exemplo porque acreditamos que as operações sem lucro ou prejuízo são apenas uma simplificação didática e por isso estão englobadas pelo exemplo que se segue: Se a empresa já vendeu para terceiros as mercadorias Se a empresa já vendeu as mercadorias para terceiros não haverá lucros nos estoques decorrente de transações entre companhias. Vejamos um exemplo numérico: ELIMINAÇÕES NO PROCESSO DE CONSOLIDAÇÃO 38 Transação 1 - A controlada Y vendeu mercadorias no valor de $100.000 por 140.000 para a Controladora X, que por sua vez vendeu-as para uma empresa de fora do grupo por 160.000. Nosso papel de trabalho ficaria assim: Companhia X e suas Controladas Consolidação do Resultado Saldos das Contas Contas Eliminações Controladora Controlada X Y D Vendas 160.000 140.000 CPV 140.000 100.000 C 140.000 Saldos Consolidados 160.000 140.000 100.000 Assim verificamos que os saldos consolidados mostram o que aconteceu com as mercadorias desde a hora em que entraram no grupo (100.000) até o momento em que foram vendidas (160.000). O grupo obteve um lucro de 60.000. ELIMINAÇÕES NO PROCESSO DE CONSOLIDAÇÃO 39 Se a empresa não vendeu ainda as mercadorias Transação 2 - A controlada Y vendeu mercadorias no valor de $100.000 por 140.000, exatamente como no exemplo anterior. Porém vamos supor que ainda não tenha vendido as mercadorias para terceiros estando todas em estoque.: Companhia X e suas Controladas Consolidação do Resultado Saldos das Contas Contas Controladora Controlada X Y D Vendas 140.000 CPV 100.000 Estoques 40 140.000 Eliminações C Saldos Consolidados 140.000 0 100.000 0 40.000 100.000 ELIMINAÇÕES NO PROCESSO DE CONSOLIDAÇÃO Se a empresa não vendeu ainda as mercadorias Neste caso não houve lucro realizado fora do grupo econômico e por isso os saldos consolidados (DRE) são nulos. Eliminar-se-ão os respectivos saldos de Ctas a Pagar e a Receber por $140.000 no papel de trabalho das contas patrimoniais. Note que no caso dos estoques, retiramos a parcela de lucro não realizado (40.000) referente as transações internas e podemos verificar que o saldo consolidado para os estoques refletem os valores pagos na aquisição pelo grupo. 41 42 ELIMINAÇÕES NO PROCESSO DE CONSOLIDAÇÃO O grupo vendeu parcialmente as mercadorias Transação 3 - Agora a transação mais difícil (e a mais comum de acontecer, claro). A controlada efetua a mesma operação mas vende apenas parte (neste caso a metade) dos estoques para terceiros por 80.000. Vejamos como ficaria os papeis de trabalho. Mas antes alguns cálculos: Receita de Y - Custo de Y = Lucro de Y 140.000 - 100.000 = 40.000 Se a empresa X vendeu para terceiros metade dos estoques deve também eliminar metade dos lucros contido nos estoques ou seja 20.000. Sendo assim: ELIMINAÇÕES NO PROCESSO DE CONSOLIDAÇÃO O grupo vendeu parcialmente as mercadorias Transação 3 - Agora a transação mais difícil (e a mais comum de acontecer, claro). A controlada efetua a mesma operação mas vende apenas parte (neste caso a metade) dos estoques para terceiros por 80.000. Vejamos como ficaria os papeis de trabalho. Mas antes alguns cálculos: Receita de Y - Custo de Y = Lucro de Y 140.000 - 100.000 = 40.000 Se a empresa X vendeu para terceiros metade dos estoques deve também eliminar metade dos lucros contido nos estoques ou seja 20.000. Sendo assim: ELIMINAÇÕES NO PROCESSO DE CONSOLIDAÇÃO 43 Transação 3 Companhia X e suas Controladas Consolidação do Resultado Saldos das Contas Contas Eliminações Controladora Controlada X Y D Vendas 80.000 140.000 CPV 70.000 100.000 Estoques 70.000 C Saldos Consolidados 140.000 80.000 120.000 50.000 20.000 50.000 Assim ficamos com o seguinte, os saldos consolidados representam exatamente a metade dos saldos da Transação 1, que representava a venda completa de todos os estoques. Aqui fica fácil de ver que metade do lucro entre companhias foi eliminado do resultado e metade eliminado dos estoques do consolidado (20.000). Assim a soma final do CPV + Estoques será 100.000, exatamente como no outro caso. 44 ELIMINAÇÕES NO PROCESSO DE CONSOLIDAÇÃO O grupo vendeu parcialmente as mercadorias Transação 3 - Agora a transação mais difícil (e a mais comum de acontecer, claro). A controlada efetua a mesma operação mas vende apenas parte (neste caso a metade) dos estoques para terceiros por 80.000. Vejamos como ficaria os papeis de trabalho. Mas antes alguns cálculos: Receita de Y - Custo de Y = Lucro de Y 140.000 - 100.000 = 40.000 Se a empresa X vendeu para terceiros metade dos estoques deve também eliminar metade dos lucros contido nos estoques ou seja 20.000. Sendo assim: DEMONSTRAÇOES CONTÁBEIS CONSOLIDADAS EXEMPLO PRÁTICO