Clinica Psicodinâmica do trabalho –
praticas brasileiras
Mendes e Araujo, 2011.
Laboratório de PDT - UNB
• Apresentar a teoria e discutir sobre a prática do
laboratório nos últimos 10 anos.
• Pesquisas com o referencial da PDT x clinica
psicodinâmica do trabalho.
• Contribuições da Psicanálise.
Cap.1
Cap. 1 – Construção teórica
• Princípios gerais.
• Clinica do trabalho da ação dejouriana.
• Contribuições da Psicanálise.
Em Psicodinâmica do trabalho alguns pressupostos essenciais
para sua compreensão. Dentre eles, Ferreira (2011) destaca:
A centralidade do trabalho para o sujeito na constituição da sua subjetividade;
A não neutralidade do trabalho em relação saúde mental e a constituição da identidade do
sujeito;
A possibilidade de mudança das situações de trabalho na medida em que elas existem em
função das decisões humanas e não por uma fatalidade;
A direção destas mudanças ocorre a partir de uma modificação do trabalho e não de uma
adaptação dos trabalhadores ao trabalho existente.
Conhecer a organização do trabalho e fundamental para acessar as vivencias de prazer e
sofrimento, os processos de subjetivação, as patologias e a saude-adoecimento
Identificar como os sujeitos constroem estratégias de enfrentamento em um determinado
contexto de trabalho
A PSICODINÂMICA DO TRABALHO
Organização
do trabalho
o prescrito e o fazer
real do trabalho, trabalho vivo
TRABALHAR
PRAZER
SAÚDE
QUALIDADE DO
TRABALHO
Mobilização subjetiva
Inteligência prática
Espaço de discussão
Cooperação
RECONHECIMENTO
SOFRIMENTO CRIATIVO
Sofrimento patogênico
Estratégias defensivas individuais
e coletivas
Ideologia defensiva
Patologias
Sobrecarga
Violência
Normopatia
Compulsão
ADOECIMENTO
Organização do trabalho: o prescrito e o real do trabalho
Natureza e divisão das
tarefas
Hierárquica, técnica,
operacional, administrativa
e social
Tempo
Jornada, pausas,
turnos, prazos
Produtividade
Esperada
Metas, qualidade
quantidade
Interações coletivas
Comunicação entre
membros da equipe de
trabalho, membros de
outros grupos de
trabalho.
Modos de
gestão
Distribuição de
tarefas, de
pessoas, de
recursos,
autonomia,
participação e
avaliação
Regras Formais
Missão, legislação,
normas, procedimentos
Regras Informais
Regras de ofício,
Práticas, Hábitos
Condições de infraestrutura
Qualidade do ambiente
físico, posto de trabalho,
equipamentos, sistemas
operacionais, material e
informação
Criação de contexto diferenciado - a clinica
Confiança
Fala;
escuta
autentica
Repensar o
trabalho em
suas dimensões
visíveis e
invisíveis.
Clinica psicodinâmica do trabalho:
contribuições da psicanálise
O trabalho como atividade psíquica.
Fazer implica pensar, se engajar no corpo, no cognitivo, no afetivo. Trabalhar e a mobilização
subjetiva frente ao real do trabalho –elaboração e perlaboracao.
Princípio do prazer e da realidade – O trabalho e regido pelo principio da realidade.
O trabalho e estruturante psíquico para quem opera no principio da realidade. Os modos de
organização do trabalho,apoiados na flexibilização do capital favorecem a manutenção do principio
do prazer.
Narcisismo – Difícil renunciar a perfeição narcísica. (fusão total com a mãe, sua majestade o bebe).
Essa perfeição e constantemente recuperada como ideal de ego. Ideal de ego e ideal
organizacional. Aceitar a castração, a incompletude, a fragilidade do corpo e dos processos
psíquicos.
Ex- empresas contratam jovens com sentimentos de onipotência.
Pesquisador deve auxiliar na mudança de um local do narcisismo para um local maduro.
Armadilha que prejudica a formação do espaço de discussão coletivo. Impede deliberações.
Identificação – laços emocionais - vinculo social - cooperação
Clinica psicodinâmica do trabalho:
contribuições da psicanálise
 Busca-se deslocar o sujeito das relações primárias de investimento pulsional
para as relações sociais, sublimadas.
Esse deslocamento é fundamental para a cooperação e o viver junto. Quando
essa passagem não ocorre, predominam condutas narcisistas, regidas pelo
princípio do prazer, levando a ações no trabalho mais individualistas.
Renunciando ao narcisismo que a cooperação pode ser estabelecida.
Grupo deve ser protagonista e avançar para deliberar, provocar mudanças,
emancipação, riscos...
Esse primarismo é estimulado e potencializado pelos modelos de qualidade
total e gestão gerencialista.
Clinica psicodinâmica do trabalho:
contribuições da psicanálise
 A relação do sujeito com o outro, de modo geral, é regida basicamente pelos
sentimentos de culpa e desamparo.
Hoje, esses pilares não ocupam mais o centro da vida coletiva. Isso não
significa que todos tornaram-se sociopatas, mas que são sujeitos
desorientados, desfiliados e desenraizados.
 Normopatia – os meios justificam os fins (ideologia defensiva do realismo
economico e cinismo viril).
Sem frustações, medo, contrariedades, sintomas que o afeto originário da
angústia produz, o sujeito está despreparado para lidar com as pulsões
destrutivas e as estratégias para sustentar a tarefa difícil de viver.
Clinica psicodinâmica do trabalho: contribuições da psicanálise
 A sociedade moderna tende a lançar as subjetividades no abismo do
desamparo.
O sujeito tem que se constituir por seus próprios meios, o que implica
estímulo ao individualismo e à solidão.
Para livrar-se da angústia do desamparo, o sujeito se oferece ao outro.
“Goze com meu corpo como quiser e me submeta, mas não me deixe sozinho
com meu desamparo”.
O preço para vivenciá-lo pode ser alto, mas, ao mesmo tempo, permite o
acesso ao desejo e à liberdade, pois é na falta que o sujeito pode mobilizar-se
para fazer frente ao real.
Cap. 2
Dispositivos para a clinica psicodinâmica do trabalho
O pensar não está dissociado do sentir.
Não é suficiente para a mobilização subjetiva conhecer o trabalho,
saber o que precisa ser feito ou fazer o que se sabe.
O fazer está carregado de saberes e de afetos, principalmente
porque o trabalho implica viver junto = fundamental para deliberação
de ações.
A fala sobre o sofrimento permite essa associação. Para se chegar
a esse momento, muitos dispositivos na condução da clínica são
importantes.
Dispositivos para condução clínica
a demanda: clínica da cooperação, clínica das patologias
a elaboração e perlaboração: fala, escuta e ação
a transferência e a construção de laços
a interpretação
a formação clínica
 a supervisão
Condições para clínica psicodinâmica do trabalho
 Organização da pesquisa Analise da demanda e analise documental e obs
Local, participantes 8 a 12, grupos submetidos a mesma organização do
trabalho ou processo de adoecimento, 2h de duração, encontros semanais,
formação do coletivo de clínicos.
 Construção e analise da demanda
Participação em encontros formais e informais, reuniões, palestras...
Diferenciar demanda institucional e demanda do coletivo de pesquisa
• Instituição de regras de conduta do coletivo de pesquisa e do coletivo
de supervisão
• Etica
• Foco no afeto
Condições para clínica psicodinâmica do trabalho
 Constituição do espaço da fala e da escuta
Observação clinica e interpretação
Apreensão da OT nas suas dimensões visíveis, invisíveis, formal, informal,
técnica, social e principalmente intersubjetiva.
 Estruturação do memorial
Fala dos trabalhadores, feito ao final de cada sessão e lido no encontro
seguinte ex. p.71
 Restituição e deliberação
Feita no inicio da sessão, tradução dos termos técnicos
 Diário de campo e registro dos dados
Gravação, memorial e diario
 Supervisão
Auxiliar na mobilização subjetiva do pesquisador
Condições para clínica psicodinâmica do trabalho
 Apresentação dos relatos
Introdução – descrição da solicitação do trabalho e das atividades a serem
realizadas
Objetivos – gerais e específicos
Estrutura das atividades de capacitação realizadas – palestras, sessões
coletivas, conferencias...
Relato dos resultados pela ACT
 Avaliação
Realizada com o coletivo de pesquisa 1 vez ao mês ou ao final de três meses
após finalização do trabalho
ANÁLISE CLÍNICA DO TRABALHO
Etapa I: Análise dos dispositivos clínicos - (ADC)
Resultados referentes à análise da demanda,
os processos de elaboração e perlaboração,
a construção de laços afetivos,
a interpretação
 a formação clínica
 a supervisão.
Os dados para esta etapa são originados do memorial e do diário de
campo.
ANÁLISE CLÍNICA DO TRABALHO
Etapa II: Análise da psicodinâmica do trabalho - (APDT)
Estruturação dos eixos de análise, é fomentada pelas transcrições
das sessões ou registro das falas.
As falas devem ser editadas e organizadas em forma de texto
obedecendo o desenvolvimento das sessões e a classificação nos eixos
e seus temas.
O texto deve ser apresentado de acordo com o que foi dito em cada
sessão sobre os temas de cada eixo
As falas podem ser usadas para ilustrar o texto produzido pelo
pesquisador-clínico.
ANÁLISE CLÍNICA DO TRABALHO
Eixo I: Organização do trabalho prescrito e o real do trabalho:
Tipos de tarefas
Divisão do trabalho
Normas e regras
Tempo e ritmos
Exigências técnicas
Relações com pares, chefias e clientes
Estilo de gestão
Responsabilidades e riscos
ANÁLISE CLÍNICA DO TRABALHO
Eixo II: Mobilização subjetiva
Sofrimento criativo
Inteligência prática
Espaço de discussão
Cooperação
Reconhecimento
Eixo III: Sofrimento, defesas e patologias
Sofrimento patogênico
Estratégias de defesas individuais
Estratégias de defesas coletivas
Tipos de patologias
Danos físicos e psicossociais
ANÁLISE CLÍNICA DO TRABALHO
Etapa III: Análise da mobilização do coletivo de trabalho –
(AMCT)
É o momento de analisar as dimensões que mais colaboram ou
não com a mobilização do coletivo.
Para tal, é preciso articular os dispositivos utilizados na condução
clínica com os resultados encontrados nos eixos da análise
psicodinâmica do trabalho.
Cap.3
Praticas LPCT - UNB
• Clinica da cooperação.
• Clinica das patologias.
• Clinica da inclusão.
A clinica da cooperação no caps –
centro de atenção psicossocial
• Santos-Junior – 2009 – dissertação de
mestrado.
• Do total de 15 profissionais da equipe, 9
participaram da pesquisa.
▫
▫
▫
▫
▫
Uma psiquiatra
Dois psicólogos
Três auxiliares de enfermagem
Duas terapeutas ocupacionais
Coordenadora do caps
Pre-pesquisa
• Análise documental – reforma psiquiátrica
• Apresentação da proposta de pesquisa pela
coordenadora do caps
• Apresentação do caps, histórico, profissionais...
• Observações livres e conversas informais
• 5 encontros
• Entrega, leitura e discussão do relatório parcial
• Validação.
Resultados
• Organização do trabalho
▫ Desigualdade na distribuição das tarefas
▫ Relações de poder, em que o medico e privilegiado – ameaça ao
reconhecimento que a equipe deseja
▫ Trabalho social fragmentado, falta compartilharem regras do oficio.
• Mobilização subjetiva
▫ Sofrimento
▫ Sobrecarga, cansaço e falta de cooperação dificultam o trabalho
▫ Falta de sentido do trabalho, falta de autonomia
▫ Prazer
▫ – espaço de idealizar atividades
▫ Paixão pela proposta de serviço em atividades fora do caps – visitas
domiciliares, caminhadas, reuniões com lideres comunitários, futebol a
terapia comunitária...
Resultados
▫ Sofrimento vivenciado e mais criativo que patogênico
▫ Defesas são de proteção e capazes de manter o coletivo
mobilizado
▫ Não aparecem patologias no trabalho
▫ Sofrimento vem da insatisfação em fazerem menos do que sentem
que poderiam e da falta de autonomia em escolher tarefas e a
maneira de realiza-las
▫ Reclamaram de trabalho administrativo
▫ Relatam que a maturidade pode fazer evoluir o trabalho
Conclusão
• Vivencias de prazer e sofrimento se equilibram
• Estratégias de defesa coletivas não esgotadas
• Intenções de ressignificação dos problemas
sócio-profissionais
Sofrimento
Estratégias defensivas coletivas
Prazer
A clinica no sindicato dos professores
do DF
• 2008 – ações voltadas para prevenção e saúde do
professor
• Pesquisa regional – ITRA
• Categoria profissional apresenta fortes indicadores de
adoecimentos físicos, psíquicos, sociais e estão
relacionados ao esgotamento profissional e a falta de
reconhecimento.
• 2009 – solicitação do sindicato para criação do espaço
de escuta.
Pesquisa
• 22 professores – dois grupos (depressão,
transtorno bipolar, e síndrome do pânico)
• Sessões semanais (quantidade não foi definida –
fator ansiogenico para os professores)
• Duração de uma hora e trinta minutos
• Encontros ocorreram na sede do sindicato.
• Silencio e fragilidade dos sujeitos
Resultados
Organização do trabalho
• Sobrecarga
• Cobrança por resultados
que desprezam a realidade em sala de aula
• Fiscalização de desempenho sem considerar a realidade
das escolas
• Metas inalcançáveis
• Tarefas repetitivas
• Condições de trabalho precárias
• Relações superficiais. Coletivo fraco
• Culpa pela doença. Vergonha do colega (que via como
sobrecarga)
Resultados – Mobilização subjetiva
• Sentem prazer em dar aula e reconhecidos pelos
alunos
Sofrimento, defesa e patologias
•
•
•
•
•
Falta de reconhecimento e esgotamento profissional
Individualismo
Disputas
Falta de confiança entre os pares
Processos defensivos
▫ Consumo excessivo de alcool
▫ Exclusao de colegas de trabalho
▫ Auto-aceleracao
• Mecanismos de defesa
▫
▫
▫
▫
▫
Anulacao
Deslocamento
Isolamento
Negacao
Racionalizacao
Resumo
Tipo de dano
doenças
causas
Físico
Dores
no
corpo, Esgotamento
distúrbios biológicos
profissional e falta de
condições
apropriadas
de trabalho
Psíquico
Sentimentos negativos Sobrecarga, falta de
em relação a si mesmo e realização profissional e
a vida em geral
defasagem
entre
o
prescrito e o real
social
Isolamento
e Falta de reconhecimento
dificuldades nas relações e pelas relações sociofamiliares e sociais
profissionais
insatisfatórias
Me sinto culpada, sem graça de não ser como os outros que
conseguem trabalhar.
Cap.4
Em função da demanda...
•
•
•
•
Clinica da cooperação
Cenário de cobrança por resultados e metas
Competitividade individual
Prática de gestão narcisista
Clinica...
• Deve ficar atenta para não cair nas armadilhas
organizacionais
• Analise da demanda e um dos caminhos para
desvelar os jogos de interesses
Questões que levaram a procurar a
clinica
• Defasagem entre o prescrito e o real
• Modos de gestão que minam a criatividade
• Não há espaço para criar, negociar, constituir e
consolidar um coletivo de trabalho
• Defesa- individualização
Cenário
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Falta de reconhecimento simbólico
Relações socio-profissionais precárias
Comunicação sem transparência
Esgotamento profissional
Sintomas físicos, sociais e psicológicos
Desvalorização do saber-fazer
Sentimento de injustiça
Falta condição de trabalho
Sofrimento causado pelo confronto com o real e
silenciado - virilidade
Pratica na empresa publica
•
•
•
•
Cinco unidades com 6 a 8 participantes
Demanda pelo RH
Gestores não participaram com suas equipes
Palestras e reuniões de sensibilização para o
engajamento voluntário
• 10 sessões coletivas com cada unidade
• A pressão por prazos e resultados foi prejudicial
para a clinica
• Paralelo, oficinas com gestores sobre PDT e
prevenção de problemas de saúde mental
Analise clinica do trabalho - act
• Dispositivos para a clinica
▫ Fala centrada em reclamações e ressentimentos
▫ Repetição
▫ O dito não saiu da individualidade para que pudesse
aparecer o real enfrentado
▫ Não houve tempo para identificação
▫ Os sintomas não foram decifrados
▫ Simbolização dificultada, impedindo a transferência
entre os participantes
▫ Não ocorreu mobilização
▫ Não foram trabalhadas as frustrações que
possibilitariam a construção de um coletivo
A PDT - OT
• Conteúdos das tarefas repetitivos
• Contradições entre real e prescrito
• Relações socio-profissionais – dificuldade na
comunicação e na distribuição de tarefas e
responsabilidades
• Condições de trabalho insuficientes
• Tarefas rigidamente prescritas
• Mau uso do poder
• Descontinuidade de ações gera medo e estresse
• Gestões com discursos totalitários dificultam o
processo criativo
Mobilização subjetiva
• Identificação de alguns servidores com o
trabalho (filho)
• Reconhecimento material – ok
• Falta reconhecimento moral e simbólico
• Prazer está centrado na possibilidade de vencer
os desafios
• Indica-se- o estimulo a inteligência do saberfazer –reconhecer a experiência, a intuição e a
criatividade dos servidores
Sofrimento, defesa e patologias
• Falta de reconhecimento
• Sentido de pertencimento a uma coletividade, de
valorização profissional e feedback
• Ambiente de trabalho de desmotivação
• Experiência de desrespeito
• Negação do sofrimento
• Grupo carece de gestão participativa
A pratica na empresa
privada
• Empresa do ramo de serviços
• Demanda
voltada
para
melhoria
do
clima
organizacional, qualidade de vida e prevenção da saúde
• Resultados pesquisa clima – falta de reconhecimento,
pouco incentivo por parte de chefes e colegas para
melhoria do desempenho e dificuldades para trabalhar
em equipe
• Construção de espaço para fala e escuta – acesso a
vivência do trabalho - fala
Analise de demanda
• Pesquisa de clima
• Palestra aberta a todos os trabalhadores sobre A
clinica do trabalho e da ação
• Sessões coletivas com as unidades
• Encontros individuais com os gestores da área
• Demanda não foi analisada com a profundidade
merecida. Tratar exaustivamente pressupostos
com os gestores em futuras pesquisas.
A pesquisa
• 4 encontros – seis grupos de 6 a 10 participantes
• Memorial
• Engajamento dos trabalhadores
ACT
• Dispositivos para a prãtica clinica
 DIVERSOS FATORES PREJUDICARAM A
PRATICA CLINICA
 A demanda não estava centrada na criação de
mecanismos de mobilização e participação
 Pesquisa como instrumento para homogeneizar ritmos
de trabalho e produção
 Pratica gerencialista dos resultados foi o centro da
demanda
 Revelação da castração do gestor – problema para
formação da demanda real
Cap.5
Consolidada parceria sindical
• Demanda
▫ Adoecimento por





LER.DORT
DEPRESSÃO,
VITIMAS DE ASSEDIO MORAL,
ASSALTOS E
TENTATIVAS DE SUICIDIO.
• Alem de pesquisas outras atividades...
▫ Capacitação de delegados, participação em
seminários, , coprodução de livros...
▫ 4 estudos strictu senso
Clinica das patologias
• Sessões coletivas com um grupo com LER.DORT
e depressão que esta afastado do trabalho ou em
processo de reabilitação.
• Questões conceituais – p.149-151
• Questões metodológicas – p.151-154
Clinica das patologias
• LER.DORT – doença do trabalho, originada a
partir dos modos de relação com o contexto
produtivo, o sofrimento resultante das
contradições e dos constrangimentos vividos e as
estratégias de enfrentamento.
OBS - lesões por esforços repetitivos
(LER) e os distúrbios osteomusculares
relacionados ao trabalho (DORT)
A Previdência Social gastou cerca de R$
2,1 bilhões somente com as LER/DORT
o setor de serviços é o responsável por
grande
parte
desse
número.
Dispositivos para a pratica clinica
• Confiança entre os participantes
• Acolhimento afetivo – falar sobre problema particular
• Identificação com a dor do outro – incentivar falas
relacionadas ao sofrimento no trabalho
• Exposição de conhecimentos científicos
• Confrontação. Esclarecimentos – estimulo a
assertividade e ao senso de realidade
• Construção de perspectivas – novas ocupações, paixões...
• Auxiliar na percepção de que não foi uma propensão
individual ao adoecimento – culpa
Cap.6
Benefícios da clinica
•
•
•
•
Ressignificar vivencias
Refletir num nível de consciência diferente
Socialização
Fortalecimento do coletivo, novos recursos para
mediar o sofrimento
• Criação de espaço para negociações
• Mobilização política – ação
• Resultado das praticas – programar mudanças
de gestão com base no diagnostico da clinica
Recomendações produzidas em
relatorios
• Conhecer para reconhecer, desenvolvendo prãticas
gerenciais de feedback, orientação, suporte e supervisão
das equipes
• Patrocinar espaços para gestão coletiva da OT pelas
equipes com a participação dos gestores
• Desenvolver estrategias para avaliação do trabalho
invisivel, favorecendo o reconhecimento
• Criar espaços de discussão sobre a OT e o sofrimento,
considerando as contradições entre o dizer-falar e ouvirescutar.
Obrigada!
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Clinica Psicodinamica do trabalho – praticas brasileiras Mendes e