www.pessoacomdeficiencia.gov.br Nº 8 | Jun | 2013 Pauta Inclusiva SDH realiza Consulta Regional das Américas em Salvador/BA Reunião diplomática discutiu a inclusão da pessoa com deficiência e a agenda de desenvolvimento sustentável pós-2015 foto Edmilson Freitas ficiência e desenvolvimento no continente: “O Brasil assumiu o desafio de ser facilitador regional na liderança do processo de colher junto a 20 países as contribuições para a conferência de altas autoridades prevista para setembro, na ONU”, afirma. Participaram da consulta Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, El Salvador, Equador, Guatemala, Honduras, Jamaica, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela. DOCUMENTO FINAL Abertura da Consulta Regional das Américas na capital baiana E ntre os dias 17 e 18 de maio, Salvador/BA sediou a Consulta Regional das Américas, promovida pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República – SDH/PR. A reunião diplomática teve a participação de delegações de 20 países do continente americano, de diversos representantes de organizações não governamentais e de instituições como o Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas – DESA/ONU, Organização Mundial de Saúde – OMS, Fundo das Nações Unidas para a Infância – UNICEF, União Internacional de Telecomunicações – UIT, Organização Internacional do Trabalho – OIT, Banco Mundial e Alto Comissariado de Direitos Humanos. Com o tema “A inclusão da pessoa com deficiência e a agenda de desenvolvimento sustentável no cenário pós2015”, a reunião integrou o calendário de eventos preparatórios para a Reunião de Alto Nível sobre Deficiência e Desenvolvimento (RANDD), marcada para 23 de setembro deste ano, na sede das Nações Unidas em Nova York, com o tema geral: O caminho a seguir: a agenda de desenvolvimento e a inclusão da pessoa com deficiência pós-2015. O evento contou com a presença do governador da Bahia, Jaques Wagner; da diretora da Divisão de Políticas Sociais e de Desenvolvimento do Departamento de Temas Econômicos e Sociais das Nações Unidas, Daniela Bas; da Assessora do Representante Regional do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Galliane Palayret; e do secretário nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência da SDH, Antonio José Ferreira. Para o secretário nacional, ao sediar a Consulta Regional das Américas, o país reforça seu protagonismo no tema dos direitos da pessoa com de- Ao fim dos dois dias de discussões, os representantes dos Estados adotaram uma declaração sobre deficiência e desenvolvimento após 2015, considerando as contribuições da sociedade civil participante da reunião. O texto aprovado reafirma que os Estados devem assegurar o pleno gozo dos direitos humanos de todas as pessoas, sem discriminação, e recomenda a adoção de diretrizes para a inclusão das pessoas com deficiência, entre as quais se destacam: adoção da perspectiva transversal da deficiência; adoção de mecanismos acessíveis de participação das pessoas com deficiência; garantia da acessibilidade como aspecto inerente ao desenvolvimento sustentável; adoção global do desenho universal; inclusão laboral com igualdade de oportunidades e acessibilidade; promoção da educação inclusiva; acesso universal à saúde; consideração da Classificação Internacional de Funcionalidades, Deficiência e Saúde (CIF) como instrumento comum global; entre outras. O documento completo pode ser acessado em www.pessoacomdeficiencia.gov.br. Leia também: O Mercado de Trabalho para as Pessoas com Deficiência ............................................................................. | 2 60 municípios brasileiros já aderiram ao Viver sem Limite ............................................................................. | 3 O que esperar da reunião da ONU sobre deficiência e desenvolvimento .................................................| 4 1 Pauta Inclusiva P E S Q U I S Nº 8 | Jun | 2013 A O Mercado de Trabalho para as Pessoas com Deficiência O emprego das pessoas com deficiência, no Brasil, está amparado pela Lei 8.213/91, também conhecida como lei de cotas. Essa lei obriga as empresas com 100 ou mais empregados a reservarem vagas para pessoas com deficiência, em proporções que variam de acordo com o número de empregados: de 100 a 200, a reserva legal é de 2%; de 201 a 500, de 3%; de 501 a 1.000, de 4%, e acima de 1.001, de 5%. Apesar de a lei vigorar por mais de 20 anos, algumas empresas não a cumprem e têm como uma das justificativas a falta de mão de obra qualificada. Não é uma tarefa fácil avaliar a qualificação das pessoas para o trabalho, mesmo porque parte da qualificação de um empregado ocorre ao longo do exercício das atividades que realiza dentro da empresa. Além do treinamento que o trabalhador recebe no próprio local de trabalho, pode-se avaliar sua qualificação considerando seus anos de estudo ou o nível de educação formal. Dados do Censo 2010 nos mostram indicadores de escolarização e alfabetização, além do nível de educação alcançado por pessoas com e sem deficiência. A partir desses números, pode-se calcular a diferença, em pontos percentuais, entre os indicadores dos dois segmentos populacionais, denominada hiato. Pessoa com pelo menos uma das deficiências investigadas Taxa de alfabetização (15 anos ou mais) 81,7 Pessoa sem nenhuma das deficiências 92,0 Hiato 2010 10,3 Taxa de escolarização (6 a 14 anos) 95,1 96,9 1,8 Fundamental completo e médio incompleto 14,2 21,0 6,8 Médio completo e superior incompleto Superior completo 17,7 6,7 29,7 10,4 12,0 3,7 A taxa de escolarização é definida como o percentual do total de crianças de 6 a 14 anos que frequentavam a escola em 2010. A diferença entre os dois segmentos é de apenas 1,8%, valor que reflete o esforço governamental na inclusão escolar de crianças com deficiência, sendo que, de acordo com o Censo, para cada criança com deficiência estudando na rede particular de ensino, seis frequentavam a rede pública. O hiato da taxa de alfabetização de pessoas de 15 anos ou mais foi de 10,3%, valor que reflete a participação de pessoas mais velhas, as quais tendem a apresentar taxas de alfabetização mais baixas. Os indicadores de conclusão de etapas de estudo também apresentaram hiatos, sendo o maior deles na etapa médio completo e superior incompleto. Apesar das diferenças observadas, os indicadores de 2010, que podem ser comparados aos do Censo 2000, mostram uma melhora nas condições das pessoas com deficiência, como, por exemplo, a queda da taxa de analfabetismo, que passou de 13,6 em 2000 para 9,6 em 2010. Ainda de acordo com o Censo 2010, o nível de ocupação, definido como o percentual de pessoas economicamente 2 ativas na população de 10 ou mais anos de idade, ocupadas na semana de referência, não condiz com as condições de educação formal das pessoas com deficiência. Do total de cerca de 86,4 milhões de pessoas empregadas, 23,6% eram pessoas com alguma das deficiências investigadas e 76,4% não possuíam nenhuma delas. A tabela abaixo nos mostra, ainda, que, do total de pessoas com deficiência, 53,8% não estavam ocupadas, enquanto do total de pessoas sem deficiência, 44,1% não estavam ocupadas. Pessoas de 10 anos ou mais de idade e situação de ocupação na semana de referência. (Censo 2010) Pelo menos uma das deficiências Total Ocupadas Não Ocupadas Nenhuma das deficiências Total Ocupadas Não Ocupadas Total 44 073 377 20 365 963 23 707 414 117 847 272 65 967 714 51 879 557 10 a 14 anos 1 926 730 120 837 1 805 893 15 237 845 948 536 14 289 309 15 a 19 anos 2 017 529 569 790 1 447 738 14 966 031 4 820 432 10 145 599 20 a 24 anos 2 215 799 1 246 832 968 967 15 016 938 9 495 346 5 521 591 25 a 29 anos 2 376 938 1 535 697 841 241 14 715 518 10 668 165 4 047 353 30 a 34 anos 2 447 685 1 632 589 815 097 13 287 819 10 067 846 3 219 973 35 a 39 anos 2 590 841 1 727 132 863 709 11 290 507 8 709 828 2 580 679 40 a 44 anos 3 797 150 2 538 696 1 258 454 9 205 527 7 142 109 2 063 418 45 a 49 anos 4 763 491 3 157 968 1 605 523 7 066 676 5 351 862 1 714 814 50 a 54 anos 4 705 129 2 867 731 1 837 398 5 425 649 3 802 945 1 622 704 55 a 59 anos 4 170 185 2 144 362 2 025 823 4 111 740 2 480 580 1 631 160 60 a 64 anos 3 524 275 1 322 740 2 201 535 2 977 236 1 372 575 1 604 661 65 a 69 anos 2 894 694 727 646 2 167 049 1 957 073 631 034 1 326 039 70 a 74 anos 2 451 628 412 464 2 039 164 1 292 634 293 532 999 102 75 a 79 anos 1 839 631 210 940 1 628 691 730 605 121 491 609 114 80 anos ou mais 2 351 671 150 540 2 201 131 565 475 61 433 504 042 Considerando os dados apresentados, não se pode afirmar que o não cumprimento da lei de cotas é resultado da ausência de mão de obra qualificada para todas as atividades. Existem pessoas com deficiência disponíveis no mercado de trabalho, com qualificações não muito distintas daquelas das pessoas sem deficiência. Cabe às empresas, então, a responsabilidade de encontrar essas pessoas e, uma vez contratados, promover a capacitação e o treinamento de seus trabalhadores em suas áreas específicas de atividade. O custo do treinamento de um trabalhador na atividade específica da empresa é de sua responsabilidade, dado que esse valor é internalizado em sua estrutura de custos e repassado para os preços dos bens e serviços que produz. Por isso interessa à empresa treinar e capacitar seus empregados, a fim de aumentar a produtividade dos trabalhadores. Luiza Maria Borges Oliveira Coordenação do Sistema de Informação da Pessoa com Deficiência Pauta Inclusiva Nº 8 | Jun | 2013 V O C Ê . S A B I A . ? O Banco do Brasil já liberou mais de R$ 42 milhões em crédito pelo BB Acessibilidade 60 municípios brasileiros já aderiram ao Viver sem Limite foto Filipe Matoso Cerca de 6,8 mil pessoas já tiveram acesso a mais de R$ 42 milhões em crédito para a aquisição de produtos de Tecnologia Assistiva em todo o país. No total, mais de 9,5 mil itens já foram financiados por meio do programa. Criada em fevereiro de 2011, a linha BB Crédito Acessibilidade integra as ações do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Viver sem Limite, Ministra Maria do Rosário, o prefeito Fernando Haddad e o secretário nacional Antonio José Ferreira durante a adesão de São Paulo ao Plano Viver sem Limite programa coordenado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Podem ter acesso ao crédito do Banco do Brasil as pessoas com renda de até 10 salários mínimos. A linha BB Crédito Acessibilidade permite aos clientes, não necessariamente as pessoas com deficiência, o acesso ao crédito para a compra de equipamentos necessários para o bem-estar no dia-a-dia e maior autonomia dos usuários. Segundo o banco, os principais pedidos de liberação de crédito são para a aquisição de cadeiras de rodas com adequação postural (14,9%), cadeiras de rodas motorizadas (13,2%), auxílios para ampliação de habilidade (8,5%), andadores (7,5%) e adequação postural (5,7%). M ais de 60 municípios do país já assinaram o termo de adesão ao Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Viver sem Limite. A adesão municipal ocorre após 22 estados firmarem o pacto de compromisso com o plano que foi lançado em 2011 pela presidenta Dilma Rousseff. O estado com maior número de municípios pactuados ao Viver sem Limite é o Rio Grande do Sul, onde cerca de 50 cidades já aderiram. Em ato coletivo no dia 20 de maio, a ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), assinou a pactuação com os prefeitos ou representantes das prefeituras do estado. Em seu discurso, Rosário ressaltou a importância do Viver sem Limite: “O plano surgiu do contato direto da presidenta Dilma com as pessoas com deficiência, especialmente com as mães”, afirmou Rosário. VIVER SEM LIMITE Coordenado pela SDH/PR, o plano ressalta o compromisso do Brasil com as prerrogativas da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, da ONU, ratificada pelo país com equivalência de emenda constitucional. Dividido em quatro eixos (acesso à educação, atenção à saúde, acessibilidade e inclusão social) e elaborado com a participação de mais de 15 ministérios e do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade), o Viver sem Limite envolve todos os entes federados e prevê um investimento total no valor de R$ 7,6 bilhões até 2014. Se você é gestor de algum município e quer aderir ao plano, pode entrar em contato pelo e-mail: [email protected]. As pactuações estão sendo feitas prioritariamente por meio de articuladores regionais do plano e associações dos municípios. Saiba mais em www.sdh.gov.br. www.facebook.com/pessoacdeficiencia 3 Pauta Inclusiva A R T I G Nº 8 | Jun | 2013 O O que esperar da Reunião da ONU sobre deficiência e desenvolvimento O documento final da Rio+20, “O Futuro que Queremos”, trouxe cinco referências específicas que fazem menção às pessoas com deficiência no contexto da agenda para o desenvolvimento sustentável, a saber: a) A reafirmação da responsabilidade dos Estados em respeitar, proteger e promover os direitos humanos e liberdades fundamentais para todos, sem distinção de qualquer espécie ou tipo de deficiência, entre outras situações de diversidade que são alvo de preconceito (parágrafo 9); b) O reconhecimento da essencialidade da ampla participação e acesso à informação e às instâncias judiciais e administrativas, pelas pessoas com deficiência, entre outros grupos, nos processos que contribuem para a tomada de decisão, planejamento e implementação de políticas e programas para o desenvolvimento sustentável em todos os níveis (parágrafo 43); c) A afirmação de que a as políticas de economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza devem melhorar as condições de vida e o bem-estar das pessoas com deficiência, entre outros grupos pobres e vulneráveis, em particular nos países em desenvolvimento (parágrafo 58(k)); d) O comprometimento com a promoção de uma abordagem integrada para o planejamento e construção de cidades e assentamentos urbanos sustentáveis e de políticas de desenvolvimento sustentável em todos os níveis que garantam habitação e serviços sociais inclusivos, bem como um ambiente de vida seguro e saudável para todos, em especial as pessoas com deficiência, entre outros grupos pobres e vulneráveis (parágrafo 135); e e) A reafirmação do compromisso com a garantia de acesso pleno e igualitário à educação, em todos os níveis, para as pessoas com deficiência, especialmente nos países em desenvolvimento, como meio para alcançar o desenvolvimento sustentável, a erradicação da pobreza, a igualdade de género e o empoderamento das mulheres, bem como o desenvolvimento humano, e condição essencial para a realização dos objetivos de desenvol- Expediente vimento acordados internacionalmente, incluindo os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. (parágrafo 229). Em termos conceituais, para que existam ganhos que beneficiem a pessoa com deficiência, a agenda de desenvolvimento precisa contemplar a perspectiva de “promover o desenvolvimento sustentável com acessibilidade e inclusão”, no entendimento de que deve ocorrer a incorporação desses conceitos como valor agregado ao conceito de desenvolvimento. Não são as soluções acessíveis e inclusivas que têm que ser sustentáveis, as soluções sustentáveis é que têm que ser acessíveis e inclusivas. Adotar esse enfoque significa incorporar como princípio de desenvolvimento o conceito da acessibilidade, entendida como garantia de acesso ao meio físico, ao transporte, à informação e comunicação, inclusive aos sistemas e tecnologias da informação e comunicação, bem como a outros serviços e instalações abertos ao público ou de uso público, seja nos investimentos em infra-estrutura e mobilidade urbana, aparelhos públicos ou espaços habitacionais. A acessibilidade é um direito humano que deve ser considerado como eixo estruturante de qualquer cidade sustentável. Falar de sustentabilidade sem falar de acessibilidade significa desconsiderar a questão humana e social. A ausência de diálogo entre essas diferentes perspectivas interfere fortemente na garantia de direitos humanos e no pleno exercício da cidadania, uma vez que se impede o acesso à cidade e seus espaços a parte considerável da população. Assim, é preciso que o tema da acessibilidade arquitetônica e urbanística seja incorporado nas reflexões sobre os assentamentos humanos, com intuito de conscientizar a população mundial sobre a necessidade de que as cidades sustentáveis, com pouca desigualdade e com serviços básicos de qualidade, precisam ser acessíveis. A incorporação do tema da inclusão no desenvolvimento é outro passo que representa mudança paradigmática pela qual a inclusão da pessoa com deficiência na sociedade deixa de ser vista pelo prisma da assistência para ser entendida sob a ótica dos direitos. Essa mudança introduz o critério da igualdade para garantir simultaneamente o mesmo e o diferente às pessoas com deficiência, desalojando convicções cristalizadas e acomodadas. Sua aplicação significa reconhecer o papel a ser assumido pelo Estado: estabelecer políticas públicas e garantir apoio para o exercício da autonomia, o que provoca a revisão dos conceitos sobre quais são os limites das pessoas com deficiência para viver em plenitude. Nesse sentido, a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência definiu com clareza a deficiência como parte da experiência humana e equacionou essa experiência específica como o resultado de impedimentos de longo prazo, de naturezas diversas, em interação com diversas barreiras, indicando que quem impõe limites e barreiras é a sociedade e não a deficiência. Entretanto, para cumprir a tarefa que temos diante de nós, não se pode olvidar que a inclusão da pessoa com deficiência e a acessibilidade não foram contemplados nos Objetivos do Milênio. Esse fato é relevante quando verificamos que o debate para a construção de uma agenda do desenvolvimento sustentável que está em curso é intenso em suas contradições e divergências. Portanto, construir uma relação entre a agenda de direitos humanos e a de desenvolvimento sustentável é uma tarefa a ser cumprida, uma vez que a questão da pessoa com deficiência ainda padece de visibilidade quando se discute o fator humano. Nesse cenário, por maiores que sejam as expectativas sobre os resultados da Reunião de Alto Nível em 2013, é preciso reconhecer que, no amplo debate sobre desenvolvimento sustentável entre os membros da ONU, nem todos os atores estão adequadamente comprometidos com a questão da pessoa com deficiência. Existe, portanto, o risco de que o tema seja tratado a partir de proposições constituídas em torno de expressões de boa vontade, porém superficiais, sem benefício concreto à agenda da inclusão e da acessibilidade, possibilidade que não pode ser subestimada. Fernando Antônio Medeiros de Campos Ribeiro Assessoria de Gabinete da SNPD/SDH-PR Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República – SDH/PR Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência – SNPD 4 Setor Comercial Sul – B, Quadra 9, Lote C, Edifício Parque Cidade Corporate, Torre “A”, 8º andar CEP: 70308-200, Brasília, Distrito Federal, Brasil, Telefones +55 (61) 2025-3684 / 9221, Fax +55 (61) 2025-9747 E-mail [email protected] www.pessoacomdeficiencia.gov.br www.sdh.gov.br