Dióxido de Carbono (Gás Carbônico) Nas condições ambientes, o Dióxido de Carbono, também conhecido como Gás Carbônico, é um gás incolor, inodoro e não inflamável. Possui sabor ligeiramente ácido como a água mineral com gás. Está presente no ar atmosférico a uma concentração na faixa de 330 a 500 ppm. Sua densidade é de 1,5 vezes a do ar atmosférico e sua solubilidade em água é muito grande. Possui toxicidade baixa (TLV 5000 ppm) e massa molecular de 44,0095. O dióxido de carbono é envasado e transportado, em cilindros de aço como gás liquefeito sob sua própria pressão de vapor, aproximadamente à 58,2 bar a 21,1ºC. Tipo de cilindro 40 e 50 litros, conteúdo 25 e 31,3 kg, cor de alumínio (conforme NBR 12176), com conexão da válvula Macho 209-1, rosca 0,825” com 14 NGO 14 filetes por pol. Dióxido de Carbono Super Seco Dióxido de Carbono Industrial CO2 99,9% mín. CO2 H2O 5,0 ppm máx. 99,0% mín. Aplicações: O CO2 é utilizado em preparação de machos em fundições; vídeo laparoscopia para insuflar a cavidade abdominal; congelamento em geral, tanto em processos produtivos em grandes quantidades, quanto em laboratórios para congelamento de amostras; no estado sólido em pellets para limpeza de superfícies por jateamento; criocirurgias dermatológicas para cauterização no local; misturado com argônio em vários processos de solda Mig e Mag; no enchimento de extintores de incêndio; gaseificação de refrigerantes; tratamento de efluentes na correção de ph; preservação de alimentos em estado puro ou misturado com outros produtos, etc. O dióxido de carbono também é usado em equipamentos de refrigeração onde é evaporado para possibilitar o resfriamento do sistema. Grandes quantidades de CO2 são também utilizadas para a fabricação de gelo seco, sendo que a maior utilização do gelo seco é preservar alimentos na distribuição. Este gás é também utilizado em atmosferas controladas para a preservação de alimentos embalados em latas ou sacos plásticos. Uma parte substancial do dióxido de carbono produzida no mundo é usada na carbonatação de refrigerantes e de água mineral com gás. Uma aplicação muito importante é a de agente extintor no combate a incêndios. É ainda utilizado, na inertização de tubulações para a transferência de materiais inflamáveis e para inertização de materiais inflamáveis durante sua produção ou estocagem. O dióxido de carbono é utilizado também no tratamento de águas para a neutralização de efluentes alcalinos, como agente de proteção na soldagem de metais, em combinação com óxido nitroso na fabricação de chantilly e como propelente para alguns líquidos. Na área laboratorial, é utilizado em cromatografia supercrítica. Propriedades Físicas Calor latente de fusão a -56,6ºC; 518 KPa. 7,95 KJ/mol; 43,17 kcal/kg; 180,64 kJ/kg. Calor latente de sublimação -78,45ºC e 101,325KPa. 25,23 kJ/mol; 6,03 kcal/kg; 0,573 kJ/kg. Calor molar específico, gás a 101,325 kPa e 20ºC pressão constante. 37,564 J/ (mol x K); 0,204 kcal/ (kgxºC). Calor molar específico, gás a 101,325 kPa a 20ºC volume constante. 28,541 J/(mol x k); 0,155 kcal/ (kg x ºC). Condutividade térmica, gás a 101,325kPa e 26,85ºC. 0,0166 W/(mxk); 39,6x10-6 calxcm/ (sxcmxºC). Densidade absoluta, gás a 101,325 kPa e 0ºC. 1,9770 kg/m3 Densidade crítica. 0,468 kg/dm3 Densidade relativa, gás a 101,325 kPa 0ºC (ar=1). 1,53 Densidade, líquido a 25ºC; 6430 kPa. 0,713 kg/L Fator crítico de compressibilidade. 0,274 Massa Molecular 44,0095 Ponto de sublimação a 101,325 kPa. 194,7k; -78,4ºC; -109,2ºF. Pressão crítica. 7381,5 kPa; 73,82 bar; 1070,6 psia; 72,85 atm. Pressão de vapor a 21,1ºC. 5824 kPa; 58,24 bar; 844,7 psia; 57,5 atm. Pressão no ponto triplo. 517,97 kPa; 5,18 bar; 5,112 atm; 75,13 psia. Razão do calor específico,gás 101,325kPa20ºC,Cp/Cv. 1,316. Solubilidade em água a 101,325 kPa e 0ºC. 0,759 cm3/ 1cm3 de água. Temperatura crítica. 304,19 K; 31,0ºC; 87,9ºF. Temperatura no ponto triplo. 216,55 K; -56,6ºC; -69,9ºF. Viscosidade, gás a 101,325 kPa e 26,85ºC. 0,01501 mPaxs; 0,01501 mNxs/m2; 0,01501CP. Volume crítico. 2,137 dm3/ kg. Volume específico a 21,1 ºC e 101,325 kPa. 547 dm3/ kg; 8,76 ft3/ Ib. Efeitos e Toxicidade O dióxido de carbono, geralmente é considerado um simples asfixiante, porém, este produto possui alguns efeitos nocivos. A inalação de concentrações elevadas deste gás no ar atmosférico podem causar asfixia e morte. Os sintomas que indicam que um processo de asfixia se iniciou podem ser: dor de cabeça, tontura, aceleração da respiração e batimento cardíaco, fraqueza muscular e zumbido nos ouvidos. No Brasil a NR 15, anexo 11, impõe que a concentração máxima de CO2 permitida no ambiente de trabalho num período de 48 horas semanais, é de no máximo 3900 ppm. O contato com dióxido de carbono líquido causa queimaduras criogênicas que são extremamente doloridas. Primeiros Socorros Uma pessoa que seja vítima de asfixia por dióxido de carbono, deve imediatamente ser removida para uma área descontaminada, de preferência ao ar livre. Caso a pessoa esteja apresentando dificuldade respiratória pode ser administrado oxigênio. Caso a pessoa apresente perda de consciência e parada respiratória, é necessário fazer respiração artificial (boca a boca) seguida de administração de oxigênio. Casa haja parada cardíaca, será necessário administrar massagem cardíaca simultaneamente à respiração artificial; fazendo-se 5 massagens cardíacas e uma respiração alternadamente. Em qualquer caso chame imediatamente um médico ou socorro especializado. Caso a vítima tenha sido atingida por CO2 líquido e apresente sinais de congelamento na pele, o local atingido deve ser descongelado com o uso de água corrente. Nunca utilizar água quente. Precauções no manuseio e estocagem Apesar do dióxido de carbono ser um gás inerte, em concentrações muito elevadas ele é asfixiante, e deve ser estocado em uma área bem ventilada. O dióxido de carbono é inodoro, portanto, você nunca saberá, através do olfato, se houve ou não vazamento. Não coloque os cilindros onde exista o risco de entrar em contato com um circuito elétrico, um curto circuito sobre o cilindro pode ocasionar um aquecimento localizado muito elevado comprometendo a resistência da parede do mesmo. Nunca utilize os cilindros como roletes e evite impactos. Ao utilizar cilindros de dióxido de carbono, procure sempre fixá-los adequadamente de forma a evitar quedas acidentais. Nunca manuseie dióxido de carbono líquido sem a assistência de uma pessoa adequadamente treinada, caso tenha dúvida, solicite assistência do fornecedor. Caso esteja utilizando o gás em processos de soldagem, jamais permita que o eletrodo entre em contato com o cilindro. Nunca aqueça os cilindros contendo dióxido de carbono, caso o cilindro congele e a vazão de gás seja insuficiente, jogar a água corrente sobre o mesmo. Informações para transporte Dados os riscos envolvidos e a complexidade das exigências de segurança legais e normativas para o transporte terrestre de produtos perigosos em geral, especificamente do dióxido de carbono (ONU 1013 – Risco 20 – Classe 2.2 – Gases não Inflamáveis sem Risco Subsidiário), sugerimos que só seja transportado, se forem seguidas as exigências mencionadas, com a utilização dos equipamentos e recursos necessários. Recomendamos, também, enfaticamente que sejam consultados livros, decretos lei e normas pertinentes da ABNT. O transporte do dióxido de carbono em cilindros deve ser feito em caminhão equipado com carroçaria metálica aberta, que possua condições de transportá-los em posição vertical e que esteja devidamente sinalizado e equipado com o kit de emergência apropriado ao produto ou produtos que esteja transportando. O motorista deve possuir habilitação compatível com o tipo de veiculo utilizado e ter participado com aproveitamento de curso de "transporte de produtos perigosos" ministrado por estabelecimento de ensino reconhecido. O certificado de conclusão do curso de transporte de produtos perigosos deve ser portado obrigatoriamente em conjunto com habilitação do motorista, notas fiscais dos produtos transportados e suas fichas de emergência, em toda operação de transporte. Normalmente o kit de emergência para o transporte de gases é constituído de: cones de sinalização, placas com a inscrição "Perigo Afaste-se", fita zebrada e suportes para sustentação, calços de madeira, caixa com jogo de ferramentas, lanterna grande, óculos de segurança, pares de luvas de raspa de couro, capacete, etc. Isto sem falar das unidades de transporte, tais como: faixas refletivas na carroçaria e pára-choques, rótulos de risco, painéis de segurança, extintores de incêndio e demais itens de segurança do veículo. No caso especifico do acetileno as leis e normas ABNT vigentes devem ser consultadas para verificar se existem requisitos adicionais. Detecção de Vazamentos Todos os equipamentos: válvulas, reguladores de pressão, conexões, tubulações, etc. que se destinem a serem utilizados com dióxido de carbono, devem ser devidamente testados e condicionados antes do uso. Dois métodos de teste que podem ser utilizados estão listados abaixo em ordem de preferência: 1. Pressurizar o sistema com uma mistura de no máximo 5% de hidrogênio em nitrogênio e testar todas as conexões com um detector de condutividade térmica. Ao final do teste o sistema deve ser purgado com o próprio dióxido de carbono que será utilizado para remover os resíduos da mistura de gases utilizada. Este teste necessita ser realizado por uma pessoa adequadamente treinada, dá resultados muito satisfatórios e o sistema se torna altamente confiável. Este procedimento é especialmente recomendado para processos de alta responsabilidade e que se destinem à utilização com dióxido de carbono de elevada pureza, como por exemplo, em cromatografia supercrítica. 2. Pressurizar o sistema com o próprio dióxido de carbono e testar todas as conexões e pontos suspeitos com uma mistura de água e detergente. No local onde haja vazamento haverá formação de bolhas. Este teste pode ser feio por quase qualquer pessoa, porém os resultados podem não ser os mais seguros e pequenos vazamentos podem não ser detectados. Este método é especialmente recomendado para dióxido de carbono industrial podendo ainda ser utilizado para dióxido de carbono de elevada pureza desde que após a detecção e correção dos vazamentos, seja feita a secagem interna dos equipamentos através da passagem do próprio dióxido de carbono puro por seu interior até haver plena certeza que toda a umidade residual tenha sido eliminada. Aviso Importante Este material tem o intuito de fornecer ao leitor acesso conveniente às informações de propriedades físicas e químicas do produto em pauta. Este informativo apesar de abrangente não contém todos os dados e informações técnicas disponíveis sobre o produto. 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