Viagem promovida pelo Semesp mostrou experigncias de institui~cesque trabalham em sintonia com o mercado por Pedro Strelkow, de Berlim (texto e fotos) Alemanha parece estar muito a frente quando a quest30 k preparar os jovens para o mercado de trabalho e inseri-10s na profissiio depois de formados. Enquanto em alguns paises a realizaqiio de estagios e atividades praticas depende da iniciativa do aluno ou das universidades, nas instituiqdes de ensino alemiis essas vivencias estiio largamente difundidas e comp&m as diretrizes curriculares da grande maioria dos cursos. 0 modelo, inspirador para muitos gestores, foi apresentado durante a 7a Miss50 Tkcnica Semesp, realizada nas cidades de Munique e Berlim. Na primeira etapa, os integrantes visitaram a Escola Profissionalizante de Munique (Stadtische Berufsschule fiir Hz-Technik), uma das instituiqdes mais tradicionais do pais, com 2 mil alunos matriculados; a Universidade Tkcnica de Munique (Technische Universitit de Munique), uma das melhores da Europa segundo rankings internacionais; e uma fabrica da BMW. Ja em Berlim, os participantes estiverem na Universidade Steinbeis, conhecida como faculdade-empresa por permitir que seus estudantes desenvolvam projetos para companhias dos mais diferentes setores; a renomada Humboldt, fundada ha mais de 200 anos e por onde passaram nomes como Albert Einstein e Karl Marx; e a Universidade Livre (Freie Universitat), lider na area de pesquisa, com mais de 150 programas de formaqiio. Com essa programaqiio, os gestores tiveram um bom panorama do sistema educacional alemso e se certificaram so- bre como a parceria universidade-empresa pode contribuir com a formaqiio de profissionais qualificados. Aluno-empregado Nos cursos superiores da Alemanha, ha uma serie de programas para garantir que os egressos cheguem ao mercado preparados. Um deles k o sistema dual de educaqiio, modelo que combina, em igual medida, componentes teoricos e praticos ao longo da formaqiio. Atualmente, ha mais de 350 carreiras certificadas pelo Estado para oferecer ensino nesses moldes. A palestra apresentada pel0 professor Stefan Marz, da Universidade TCcnica de Munique, e a visita realizada a fabrica da BMW foram fundamentais para compreender como isso funciona na prkica Desde 2007, a instituiqiio mantern uma parceria com a fabricante, que aloca os &nos em suas dependencias para a realizaqiio de atividades profissionais. A parte te6rica de cursos, como o de engenharia, 6 ministrada na universidade com o respaldo dos professores, que analisam os problemas sugeridos pela empresa e os mktodos que seriio utilizados para solucionC 10s. As situaqdes siio colocadas em prhtica na fabrica, onde os alunos chegam a passar ate quatro dias por semana. Mas longe de servir como miio de obra barata para a empresa, os alunos siio supervisionados por funcionarios e tambkm pelos professores. Outro modelo de s&esso no meio acad e m i c ~alemiio foi o apresentado pel0 professor Johann Lohn, presidente e funda- n+ aconselhamento as IES e, dependendo da experihcia com os alunos, podem ate sugerir mudanqas no curriculo. Ha tambem uma clara consciencia de que o treinamento dado aos estudantes podera, eventualmente, ser "usufruido" por uma concorrente. As empresas, alias, contam com essa formaq8o complementar quando contratam um funcionario. Internacionalizaqao dor da Steinbeis. A instituiqgo e uma das poucas particulares do pais - apenas 3% do ensino superior 6 oferecido por instituiqdes privadas -, mas quem paga pelos cursos n8o s8o os estudantes, e sim seus empregadores. 0 investimento so ocorre, segundo Lohn, porque as empresas acreditam na competencia e na capacidade da universidade de transformar o funcionario e fazer com que ele desenvolva habilidades que serHo uteis para o exercicio profissional. De acordo com Jo%oOtavio Bastos Junqueira, reitor do Centro Universitario Octavio Bastos (Unifeob), o modelo de parcerias criado na Alemanha e ideal para ser implantad0 no ensino superior privado brasileiro, em que diversos estudantes est8o inseridos no mercado de trabalho e s8o responsaveis pel0 custeio das mensalidades. No entanto, muitos exercem atividade profissional fora da area de formaq80, o que poderia ser revertido com o estabelecimento de um sistema em que universidades e empresas pudessem se unir para formar m80 de obra especializada e bem treinada. Outro aspect0 que chamou a atens80 dos participantes foi o fato de que, na Alemanha, as empresas que trabalham com instituiqdes de ensino n80 est8o interessadas apenas em solucionar desafios pontuais. Elas enxergam alem e pensam nos beneficios que poderso ser gerados para o desenvolvimento da economia e dos setores produtivos. Pelo que relatou a professora Ida Stamm, do Institut fiir Innovation und Technik, de Berlim, e pel0 que foi visto na Escola Profissionalizante de Munique, as companhias tambem prestam assist@nciae 0 numero de estrangeiros matriculados na Alemanha esta aumentando. Segundo dados da agencia de pesquisas Destatis, no ano letivo de 2014 houve um aumento de 45% no numero de matriculados provenientes de outros paises. No total, as instituiqdes receberam 107 mil estrangeiros e parte desse aumento pode ser creditado a boa reputaqHo do sistema alemao mundo afora. Para dar vaz8o e estimular a internacionalizaq80 das instituiqdes, o govern0 conta com o apoio do DAAD (Deutscher Akademischer Austauschdienst ou semiqo alem8o de intercambio academico) para coordenar os programas de interdmbio. Dado o sucesso das aqdes empreendidas, as instituiqdes se depararam com o problema da barreira linguistica. Ficou claro que seria necessario incluir cursos de mestrado e doutorado em outras linguas, como o ingks, para atrair mais alunos, medida que foi seguida por diversas de instituiqdes. A internacionalizaq80 tambem vem sendo estimulada pelas proprias universidades. A professora Vanessa Grunhagen, da Universidade Tecnica de Munique, conta que oferece aos estrangeiros cursos de adaptaq8o a cultura e, principalmente, a lingua. Na esfera da captaq8o de alunos, a universidade mantem escritorios em varios paises, como o B r a d Por fim, ha instituiqdes independentes atuando nesse cenario, como 6 o caso do Centro Universitario da Baviera para a America Latina. A brasileira Irma de Melo Reiners, diretora-executiva do centro, informa que oferece todo tipo de suporte aqueles que querem estudar em Munique ou em outras universidades do estado da Bavaria, seja qua1 for a institui$80 de ensino escolhida. 8 Recq ido como um dos sistemas educac~onaisn efici 3 mundo, o modelo alemzo e complexo, meritocritico e calcado em altos padroes de qualidade. Por volta dos dez anos de idade, quando concluem o primeiro ciclo escolar (com duragBo de quatro anos), os estudantes t2.m suas notas e comportamentos avaliados para entzo serem direcionados a um dos seguintes tipos de instituigoes. Dependendo do certificado obtido, os alunos podem dar ' ' ' continuidade aos estudos - em u r ' ou instituto! especializados, por exemplo - ou tamente o ...... -8. ,. . Iusca desenvolver nos jovens i habilidades necessarias para a pratica .,.,,~~..,,~,. ~ = d ade cinco a seis anos para ser concluid e confere ao aluno um certificado para cursar uma esco vocwinnal m m o diploma, o jovem tambem pode CON slhar como aprendiz. srece uma formag50 mais ap > com o Hauptschule e perm estudantes frequenta os mais ad^, ' profissionalizantes, e: de ensino r ou o segundo c o @no M i o , feito no Duraq5o de seis Gymnssu do por equates qw querem wmt i d t u t o a especializedm da n k l > e now, an% dependendo do , u r n ampb gama de m n t o s . ,ecida por alguns estados. s verk$& dtadas acima e 3 Abitur, certif'do obr' u o ansino superior. '