CEFOR CENTRO DE FORMAÇÃO, TREINAMENTO E APERFEIÇOAMENTO – CEFOR POLÍTICA E REPRESENTAÇÃO PARLAMENTAR TURMA 2010 ÉTICA E DECORO NO PARLAMENTO FRANCISCO DE ASSIS AQUINO CUSTÓDIO Orientação: Professor Dr. Antonio Brasília, maio 2009 CENTRO DE FORMAÇÃO, TREINAMENTO E APERFEIÇOAMENTO CEFOR “A VIDA É UMA PEÇA DE TEATRO QUE NÃO PERMITE ENSAIOS. POR ISSO, CANTE, CHORE, DANCE, RIA E VIVA INTENSAMENTE, ANTES QUE A CORTINA SE FECHE, E A PEÇA TERMINE SEM APLAUSOS.” Charlie Chaplin Dedico ao meus Companheiro de curso e ao orientador Antonio, pela vivência intensa desse momento acadêmico que assumimos um compromisso de uma melhor interação junto ao Parlamento. CENTRO DE FORMAÇÃO, TREINAMENTO E APERFEIÇOAMENTO CEFOR SUMÁRIO Identificação 1 – Introdução 2 – Tema 3 – Objetivo de estudo 4 – Problema 5 – Hipótese 6 – Objetivos 7 – Justificativas 8 – Metodologia – Estudo de casos 9 – Referencial Teórico 10 – Cronograma de Execução 11 – Levantamento Bibliográfico _________________________________________________________________________ CENTRO DE FORMAÇÃO, TREINAMENTO E APERFEIÇOAMENTO CEFOR 1 – INTRODUÇÃO O presente projeto de pesquisa visa mostrar a importância da Ética e Decoro Parlamentar, para isso é necessário que façamos um preâmbulo dos temas acima: Todo ser humano é dotado de uma consciência moral, que faz distinguir entre certo ou errado, justo ou injusto, bom ou ruim, com isso é capaz de avaliar suas ações; sendo, portanto capaz de ética. Esta vem a ser os valores, que se tornam os valores, incorporados por cada cultura e que são expressos em ações. A ética, portanto, é a ciência do dever, da obrigatoriedade, a qual rege a conduta humana. Isso implica dizer que ética pode ser conceituada como o estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente à determinada sociedade, seja de modo absoluto. 2 – Tema Ainda podemos definir a ética e decoro como um conjunto de regras, princípios ou maneiras de pensar que guiam, ou chamam a si a autoridade de guiar, as ações de um grupo em particular (moralidade), ou, também, o estudo da argumentação sobre como nós devemos agir (filosofia moral). A simples existência da moral não significa a presença explícita de uma ética, entendida como filosofia moral, pois é preciso uma reflexão que discuta, problematize e interprete o significado dos valores morais. _________________________________________________________________________ CENTRO DE FORMAÇÃO, TREINAMENTO E APERFEIÇOAMENTO Existe uma profunda ligação entre ética e Filosofia: a ética nunca pode deixar de ter como fundamento à concepção do homem que nos dá uma visão total deste como ser social, histórico e criador. Uma série de conceitos com os quais a ética trabalha de uma maneira específica, como os de liberdade, necessidade, valor, consciência, sociabilidade, pressupõe um prévio esclarecimento filosófico. Também os problemas relacionados com o conhecimento moral ou com a forma, significação e validade dos juízos morais 3 - Objetivo O projeto implica dizer que ética e decoro podem ser conceituadas como o estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente à determinada sociedade, seja de modo absoluto. 4 - Problema exigem que a ética recorra a disciplinas filosóficas especiais como lógica, a filosofia da linguagem e a epistemologia. As questões fundamentais devem ser abordadas a partir de pressupostos básicos, como o da dialética da necessidade e da liberdade. Assim, a história da ética se entrelaça com a história da filosofia, e é nesta que ela busca fundamentos para regular o desenvolvimento históricocultural da humanidade. 5 – Hipótese Apesar da diversidade geográfica, cultural, política e econômica do País, bem como da constatação de evolução e mutação do conceito de ética, poderia fazer supor que certos comportamentos seriam aceitos em um lugar e não em outro, temos que há um conceito coletivo e geral do que seja a ética do parlamento brasileiro. _________________________________________________________________________ CENTRO DE FORMAÇÃO, TREINAMENTO E APERFEIÇOAMENTO Podemos dizer, a partir dos textos de Platão e Aristóteles, que, no Ocidente, a ética ou filosofia moral inicia-se com Sócrates. Para Sócrates, o conceito de ética iria além do senso comum da sua época, o corpo seria a prisão da alma, que é imutável e eterna. Existiria um “bom em si” próprios da sabedoria da alma e que podem ser rememorados pelo apendizado. Esta bondade absoluta do homem tem relação a uma ética apriorística, pertencente à alma e que o corpo para reconhecê-la terá que ser purificado. Aristóteles diz que na prática somos o que fazemos, visando a uma finalidade boa ou virtuosa. Isso leva à idéia de que o agente, a ação e a finalidade do agir são inseparáveis: “Toda arte, toda investigação e do mesmo modo toda ação e eleição, parecem tender a algum bem; por isso sem tem dito com razão que o bem é aquilo a que todas as coisas tendem. Para que a virtude humana seja útil é necessária que ela seja ação. E ação é política. O político ideal é o ser em ação por excelência. O político ideal deve ser o lutador pela felicidade alheia, um realizador de sonhos coletivos. Entretanto, sabemos que nem sempre a política é virtuosa. Para que isso ocorra, a ética e o decoro parlamentar não podem ser apenas simples e sacrossanto artigos de um código de condutas. A ética e decoro devem ser, antes um código de conduta exercitado quotidianamente e que vise à felicidade, que objetive o bem coletivo, porque apenas esses objetivos maiores do código é que podem lhe conferir dinamismo, atualidade e efetividade. Apesar da diversidade geográfica, cultural, política e econômica do País, bem como da constatação de evolução e mutação do conceito de ética, poderia fazer supor que certos comportamentos seriam aceitos em um lugar e não em outro, temos que há um conceito coletivo e geral do que seja a ética do parlamento brasileiro. A exigência de uma conduta ética e decorosa dos Deputados Federais é cláusula constitucional inserida no art. 55, II e parágrafo 1º da Constituição Federal. E como manifestação de comportamento ou de pro edimento de representante popular, são a ética e decoro exigências inerentes à preservação da democracia e do próprio sistema federativo brasileiro. _________________________________________________________________________ CENTRO DE FORMAÇÃO, TREINAMENTO E APERFEIÇOAMENTO A expressa exigência de ética na Constituição é mecanismo de preservação de direitos, o que dá à ética e ao decoro a característica de direitogarantia. Por seu turno, o modo como foi fixada a ética em nossa Carta a caracteriza, também e inclusive, como direito individual de cada cidadão, ganhando, neste particular, a alcunha de bem indisponível, como todos os outros direitos individuais. E é pétreo não só no aspecto individual, mas na abrangência da necessidade de sua preservação e ligação direta com a preservação da democracia e dignidade da pessoa. O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados é o orgão legalmente responsável pela observação, orientação, correição, fiscalização e zelo da ética parlamentar, atuando no sentido da preservação da dignidade do mandato parlamentar na Câmara dos Deputados, conforme determina o art. 6 º, do Código de Ética e Decoro Parlamentar. Desde a instalação do Conselho, em outubro de 2001, o Código de Ética da Câmara, mediante a Resolução nº 25, tem sido referência e marco da regulação e sistematização da ética política no País, não somente pelos inegáveis avanços legislativos na fixação de conceitos e procedimentos, mas também pela importância da Câmara do Deputados e seus membros. Talvez sejam estas as razões pelas quais inúmeras casas legislativas buscam no Conselho de Ética e Decoro a inspiração construtiva de seus próprios órgãos e instrumentos corporativos reguladores da conduta parlamentar. Então, como espaço democrático e pluripartidário, pretendemos implementar a atuação do Conselho de Ética como um importante foro de discussão e orientação da ética parlamentar no País, seja ela antes ou depois da eleição, pois a manifestação comportamental correta e aceitável deve ser uma constante da vida pública. De outra parte, se reconhece nas eleições municipais a fundamental escolha dos cidadãos que conduzirão os destinos locais e concreto da Nação brasileira, que, mesmo não sendo os mais aparentes interesses e decisões nacionais são, com certeza, os mais próximos e cotidianamente perceptíveis pelos eleitores, exige-se, pois, a redobrada conduta escorreita e legal dos candidatos municipais. Na reunião desses dois polêmicos e palpitantes assuntos inseriu-se a realização do Seminário Nacional sobre a Ética nas Eleições Municipais. _________________________________________________________________________ CENTRO DE FORMAÇÃO, TREINAMENTO E APERFEIÇOAMENTO Intentando verificar, conhecer e orientar a ética também antes da fixação do mandato eletivo e não apenas durante a sua vigência num reconhecimento e afirmação de que aos partidos políticos, seus candidatos e o pleito eleitoral municipal, inseridos constitucionalmente como direitos fundamentais da sociedade brasileira, impõem-se o pundonor, a decência e a legalidade perenes. Ainda é presente a antiga discussão da coexistência de várias éticas, dentre elas a política, tipo diferente das outras e de algum modo mais permissiva ou flexível. De qualquer modo, é uníssono que a existência da política deva dar-se sob critérios morais e comportamentais preestabelecidos, que estes estejam pautados em valores socialmente aceitos e que seja consoante as mais diversas ideologias dos programas dos partidos políticos. Apesar de direito individual e social, como dito, a ética é, então, também obrigação coletiva, abrangendo a necessidade de sua fiscalização perenes, porque se liga diretamente com a preservação do Estado democrático da pessoa humana. Como caráter de cada indivíduo, cada cidadão brasileiro, a ética é item de constante e atual preocupação no norte da atuação e conduta dos representantes populares. Assim, sob o prisma da ética, o Seminário trouxe a reflexão e discussão de temas como o atual sistema eleitoral, as listas partidárias de candidatos preordenadas ou fechadas, o financiamento público exclusivo das campanhas eleitorais, a reforma da política, os crimes eleitorais e a propaganda nas eleições municipais. A ética e o decoro exigidos constitucionalmente significam um acordo com obrigações e deveres comportamentais aos seus signatários, os candidatos, parlamentares e o povo brasileiro que, se cumpridos, estarão realizando o modelo idealizado de pessoa e contribuindo para o robustecimento do coletivo, das instituições, da democracia, das eleições e do parlamento. Como disse o poeta Ferreira Gullar: “A ética deve fundar-se no bem comum, no respeito aos direitos do cidadão e na busca de uma vida digna para todo” _________________________________________________________________________ CENTRO DE FORMAÇÃO, TREINAMENTO E APERFEIÇOAMENTO 6 – Objetivos Entendo que a ética e o decoro pressupõe a confiança no correto, no lícito. A Carta Constitucional menciona que os parlamentares, como pressuposto, deverão ser corretos, éticos e decorosos é, de antemão, um voto de confiança aos parlamentares de eu deverão comportar-se nada mais do que pelo óbvio, pelo esperado. Do contrário, o que se espera é a penalização severa e exemplar. 7 - Justificativa A ética e o decoro devem constar prioritariamente e sempre de nossas pautas e agendas, como um alerta vivo de nossa atuação pública. Quotidianamente discutindo e conhecendo a matéria e poderemos auxiliar na prospecção dos princípios éticos, retirando do Parlamento a pecha de poder corrupto e menos que da população brasileira. A proposta é mostrar a ética um levantamento do código de ética do Congresso Nacional e Câmara Legislativa. 8 - Metodologia A metodologia empregada é a análise de estudo de casos e bibliografia produzida acerca do tema. Como instrumento de pesquisas estão sendo usados, Constituição Federal, Regimento Interno das Câmeras, bibliotecas, dados estatísticos, Jornais, entrevistas e seminários. 9 – Referencial Teórico "Referencial teórico", O material de pesquisa tem por fim reunir as manifestações como palestras, publicações, são informações preciosas e essenciais contribuições ao assunto, seja no auxilio à pesquisa ou mesmo no balizamento político e técnico de eventuais futuros códigos de comportamento parlamentar e tem portanto, muito a contribuir para a aplicabilidade e eficácia da ética e do decoro parlamentar. _________________________________________________________________________ CENTRO DE FORMAÇÃO, TREINAMENTO E APERFEIÇOAMENTO 10 – CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO COLETA DE DADOS MÊS I MÊS II ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO MÊS II MÊS III REVISÃO ENTREGA E DEFESA MÊS III MÊS IV 11 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CERVO, Armando Luiz. BERVIAN, Pedro Alcino, Metodologia Científica. 3. ed. São Paulo. McGraw-Hill do Brasil, 1983. CÂMARA DOS DEPUTADOS. 1992. Projeto de Resolução n. 106 –A (Da Mesa); Institui o Código de Ética e Decoro Parlamentar. CÂMARA DOS DEPUTADOS. 2005. Primeira Vice-Presidência. Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. CÂMARA DOS DEPUTADOS. 2004. Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. 1994. Regimento Interno da Câmara dos Deputados. CONGRESSO NACIONAL. 1988. Constituição Federativa do Brasil. _________________________________________________________________________ CENTRO DE FORMAÇÃO, TREINAMENTO E APERFEIÇOAMENTO