FERNANDO HOMEM DE MELO A CRISE AGROPECUÁRIA (GRÃOS): A DOMINÂNCIA DA POLÍTICA MACROECONÔMICA (Brasília – 16.05.06) Professor Titular FEA-USP 1/21 A EVOLUÇÃO DA ECONOMIA BRASILEIRA NO PERÍODO DO PÓS-GUERRA 1. De uma economia fechada ao comércio internacional – substituição de importações, tarifas elevadas, ANEXO C - até o final dos anos 80, para 2/21 A EVOLUÇÃO DA ECONOMIA BRASILEIRA NO PERÍODO DO PÓS-GUERRA 2. Uma economia bem mais aberta ao mercado internacional – em termos financeiros, tecnológicos, de investimentos e comerciais – a partir de 1990. Brasil inserido na globalização de forma incorreta: juros, câmbio e tarifas de importação. 3/21 EVOLUÇÕES DOS ÍNDICES DE CÂMBIO REAL E PREÇOS RECEBIDOS, 1989/2005 (1989 = 100) 110 100 Í n d i c e s 90 80 70 60 19 89 19 90 19 91 19 92 19 93 19 94 19 95 19 96 19 97 19 98 19 99 20 00 20 01 20 02 20 03 20 04 20 05 50 Índice de Câm bio Real Índice de Preços Recebidos Fonte IEA E FGV. Nossa elaboração 4/21 EVOLUÇÃO DO ÍNDICE DE QUANTIDADE PRODUZIDA PER CAPITA DE LAVOURAS (20 PRODUTOS, ÍNDICE LASPEYRES) (1989/2005) 130 120 110 Í n d i 100 c e s 90 80 70 Fonte: José Garcia Gasques; nossa elaboração 5/21 VALOR DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA BRASILEIRA 20 PRODUTOS VEGETAIS, R$ MILHÕES 1989 1994 1996 1998 1999 2002 2003 2004 2005 2006 (est.) : : : : : : : : : : 89.921 90.513 75.884 87.232 86.769 87.251 114.854 109.878 96.256 97.963 Fonte: José Garcia Gasques.Valores de 12/05 6/21 OS ANOS DO GOVERNO LULA Ambiente Externo Favorável Liquidez, Comércio e Preços) (Juros, Diminuição do Risco Brasil (200 – 300 Pontos) Ainda Elevada Taxa de Juros: (SELIC a 15,75% ªª). Efeitos Dívida Pública e Câmbio. Juro Real de 13,00 – 14,00% (2005) 7/21 OS ANOS DO GOVERNO LULA A Recuperação da Credibilidade Econômica: Mercados Internacionais Elogiosos Respeito a Contratos Políticas Fiscal e Monetária Austeras. Muito? Custos para o Brasil (AGROPECUÁRIA) Continuação da Melhoria das Contas Externas (Saldo em Transações Correntes em 2003, 2004 e 2005) Rápida Queda da Inflação (5,7% em 2005 8/21 e 4,4% (est.) em 2006) OS ANOS DO GOVERNO LULA Valorização da Taxa de Câmbio Real (RS$/US$). Menos Conjunto de Moedas Parceiros Comerciais (UE). Nova “Âncora Cambial?” SIM! Alta dos Preços Internacionais (Grãos). Transição: Quedas em 2004/05. Custos Maiores (Petróleo e Transporte) A Segunda “Âncora Verde” em 10 Anos! Crise Agrícola Grave 9/21 A “ÂNCORA” VERDE DO GOVERNO LULA IPCA 2003 – 02/2006 IPCA : 25,5% Preços Administrados : 37,5% Semiduráveis : 31,4% Serviços : 25,1% Duráveis : 17,4% Alimentação : 9,3% Fonte: IBGE. Agroanalysis (FGV) 04;2006, Rogério Mori 10/21 e Andréa Damico MÉDIA DE PREÇOS DURANTE 2001/06 (EM US$/t) ANOS CAFÉ SUCO DE LARANJA ALGODÃO AÇÚCAR SOJA TRIGO MILHO 2001 1.206 1.778 948 185 169 100 82 2002 1.178 2.084 913 142 189 119 89 2003 1.364 1.776 1.316 149 233 123 92 2004 1.679 1.495 1.227 162 277 127 99 2005 2.362 2.185 1.106 221 223 117 82 2006 (est.) 2.492 3.336 1.155 394 224 137 98 Fonte: Bolsas de Chicago e New York; nossa 11/21 elaboração (04/05/06) DESAFIOS AGRÍCOLAS DA POLÍTICA ECONÔMICA FATORES CRÍTICOS Aumento das Exportações Agrícolas: Necessidade de Câmbio Favorável; Custo Brasil (Logística) Redução da Taxa Básica de Juros e das Demais (Spread Bancário). Crédito Agrícola. (Mercado Resolverá?). Escasso e Caro 12/21 DESAFIOS AGRÍCOLAS DA POLÍTICA ECONÔMICA FATORES CRÍTICOS Retomada do Crescimento Econômico: Demanda Interna (Elasticidades: Carnes e Leite) 1999 : 0,79% 2000 : 4,36% 2001 : 1,42% 2002 : 1,52% 2003 : - 0,20% 2004 : 4,90% 2005 : 2,32% 2006 (est) : 3,50% Média : 1,33% (1998/2003) 13/21 DESAFIOS AGRÍCOLAS DA POLÍTICA ECONÔMICA FATORES CRÍTICOS Reforma Tributária e Tarifária: Menores Custos de Produção. PIS/COFINS (Favorável). Impostos e Tarifas Insumos Zerados (Diesel) Política Agrícola Estável: Apoio à Comercialização. A Questão do Endividamento (Três Atores): Governo, Produtores e Empresas do Agronegócio 14/21 DESAFIOS AGRÍCOLAS DA POLÍTICA ECONÔMICA FATORES CRÍTICOS Negociações Internacionais (OMC) (ALCA) (UE). Sairão os Acordos? Continuação do Investimento Agrícola: MODERFROTA. Rentabilidade Necessária Resolução do Conflito Agrário – MST. Apoio à Agricultura Familiar. Mercados e Tecnologia são Fundamentais 15/21 O FUTURO PROMISSOR DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA (CONDIÇÕES) As Questões Cruciais da Rentabilidade e Endividamento (O Risco da Desestruturação) BRASIL-CENTRAL: Disponibilidade de Áreas Cultiváveis (90 milhões de hectares) Desenvolvimento da Infraestrutura de Transportes (PPP?). Meio Ambiente - ONGs Eficiente Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária: EMBRAPA 16/21 O FUTURO PROMISSOR DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA (CONDIÇÕES) Setor Privado atuante na Comercialização, Pesquisa e Suprimento de Insumos. O Terceiro Ator: Necessidade de Negociação. Fortalecimento do Cooperativismo Crescimento Econômico Mundial: Consumo de Carnes e Grãos (Efeito China!). Graduação Produtores Agrícolas Demandantes de Inovações. Redução de Custos (Médio-Prazo) 17/21 O FUTURO PROMISSOR DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA (CONDIÇÕES) Taxa de Câmbio Adequada: Competitividade Externa. Maiores Exportações Necessárias. R$ 2,00/US$ Preocupa! De Novo: Âncora Cambial? SIM! Desastre Agrícola à Frente se Nada Feito! Alguma Redução do Protecionismo Agrícola no Mundo Desenvolvido. OMC (2006) 18/21 PREVISÕES DA TAXA DE CÂMBIO (R$/US$) Boletim Focus – Banco Central do Brasil Apreciação Extremada : Controle da Inflação Final de 2006 : R$ 2,20 / US$ Final de 2007 : R$ 2,35 / US$ 19/21 O PARADOXO DA TAXA DE CÂMBIO! (NOVA “ÂNCORA CAMBIAL”) Condições Econômicas Externas Extremamente Favoráveis: Crescimento, Comércio, Preços e Liquidez. Até quando? Balança Comercial Resultados. Até Quando? com Excelentes Decisões de Investimento em Exportações em 2003 e 2004. Câmbio Favorável 20/21 O PARADOXO DA TAXA DE CÂMBIO! (NOVA “ÂNCORA CAMBIAL”) Enorme Diferencial de Taxas de Juros Interna e Externa e Atração de Capitais. Juro Real de 14,0% a.a. em 2005 (Pico). Tributação Zerada (2006) Confiança do Mercado Financeiro Interno e Externo na Política Econômica (Redução do Risco-Brasil). Aumento de Reservas 21/21